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DOENÇAS OCUPACIONAIS

PRODUZIDAS POR
COMPOSTOS E GASES
METÁLICOS
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

AGENTES QUÍMICOS
Definição:

São substâncias compostas ou produtos que


possam penetrar no organismo pela via
respiratória, ou pela natureza da atividade de
exposição possam ter contato através da pele ou
serem absorvidos pelo organismo por ingestão;
Poeiras, Fumos, Névoas, Neblina, Gases, e
Vapores.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ Aerodispersóides
◼ Gases
◼ Vapores
◼ Névoas
◼ Neblinas
◼ Fumos Metálicos
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ Gás – substância fluída, compressível e volátil

◼ Vapor – é o estado gasoso de uma


substância que na temperatura e pressão normal
é sólida ou líquida
◼ Névoa – vapor aquoso que obscurece,
embaça

◼ Neblina – Névoa densa e rasteira


RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

São os agentes ambientais


causadores em potencial de
doenças profissionais devido à sua
ação química sobre o organismo dos
trabalhadores;
Podem ser encontrados tanto na
forma sólida, como líquida ou
gasosa.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Os agentes químicos, quando se encontram


em suspensão ou dispersão no ar
atmosférico, são chamados de
contaminantes atmosféricos. Estes podem
ser classificados em:
- Aerodispersóides - Gases - Vapores
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Aerodispersóides
São dispersões de partículas sólidas ou
líquidas de tamanho bastante reduzido
(abaixo de 100 microns), que podem se
manter por longo tempo em suspensão no
ar.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼Exemplos: poeiras (são partículas


sólidas, produzidas mecanicamente
por ruptura de partículas maiores)
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ Fumos (são partículas sólidas


produzidas por condensação de
vapores metálicos).
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◼ Fumaça (sistemas de partículas combinadas


com gases que se originam em combustões
incompletas)
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◼ Névoas (partículas líquidas


produzidas mecanicamente, como nos
processo “spray”)
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◼ Neblinas (são partículas líquidas


produzidas por condensações de
vapores).
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ As partículas mais perigosas são as que se situam


abaixo de 10 microns, visíveis apenas com
microscópio.

◼ Estas constituem a chamada fração respirável, pois


podem ser absorvidas pelo organismo através do
sistema respiratório;

◼ As partículas maiores, normalmente ficam retidas


nas mucosas da parte superior do aparelho
respiratório, de onde são expelidas através da
tosse, expectoração, ou pela ação dos cílios.
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Gases

São dispersões de moléculas no ar, misturadas


completamente com este (o próprio ar é uma mistura
de gases). Não possuem formas e volumes próprios e
tendem a se expandir indefinidamente.
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Vapores

◼ São também dispersões de moléculas no ar, que ao


contrário dos gases, podem condensar-se para
formar líquidos ou sólidos em condições normais de
temperatura e pressão;

◼ Uma outra diferença importante é que os vapores em


recintos fechados podem alcançar uma concentração
máxima no ar, que não é ultrapassada, chamada de
saturação;

◼ Os gases, por outro lado, podem chegar a deslocar


totalmente o ar de um recinto.
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As principais vias de penetração destas substâncias no


organismo humano são:
◼O aparelho respiratório;
◼A pele;
◼O aparelho digestivo;
◼Via ocular.
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Efeitos biológicos dos contaminantes gasosos:


◼ASFIXIANTES: Interferem com a inalação, transporte ou
utilização do O2 no corpo humano. Ex: N2 (nitrogênio), CH4
(metanol), CO (monóxido de carbono), etc
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◼IRRITANTES: Causam irritação do sistema


respiratório e provocam aparecimento de edemas
pulmonares. Ex: NH3 (amônia), Cl2 (cloro), SO2
(dióxido de enxofre), etc
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◼ANESTËSICOS: Provoca perda da sensibilidade,


da consciência e até morte. Ex: CCl4 (tetracloreto
de carbono), CHCl3 (clorofórmio), C2H5OC3H5
(éter)
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◼VENENOS SISTÊMICOS: Causam danos aos


órgãos e sistemas vitais do corpo humano (SNC).
Ex: Hg (mercúrio), As (arsênico), etc.
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◼CORROSIVOS: Destroem a superfície com a


qual entra em contato, podendo ser a pele, trato
respiratório ou gastrintestinal.
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◼TÓXICOS: Afetam órgãos ou tecidos, por exemplo:


CCl4 →Causa danos ao fígado (hepatotixicidade);
HgCl →Causa danos aos rins (nefrotoxicidade);
S2C → Causa danos ao sistema nervoso (neurotoxicidade);
Benzeno → Causa danos às células da medula óssea
(hematotoxicidade).
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◼GENOTÓXICOS: Causam danos ao


material genético.
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◼EMBRIOTÓXICOS: Induzem
efeitos adversos no primeiro estágio
da gravidez.
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◼TERATÓGENO: Não apresentam toxicidade


materna, mas podem causar danos não
hereditários no feto (má formação congênita)
DESCRIÇÃO DIMENSÃO
POEIRAS Partículas sólidas, geradas mecanicamente, resultantes de
operações, como: serrarias, jateamento, perfuração e
beneficiamento de rochas, etc. São irregulares, não floculam, 1 a 25 m.
depositam-se por gravidade. Subdivide-se em poeiras orgânicas
(madeira, lã, algodão, cereais, etc.) e poeiras minerais (sílica,
amianto, manganês, etc.).

FUMOS Partículas sólidas de origem físico-química, resultantes da fusão,


METÁLICOS oxidação, evaporação e condensação dos metais de certas
substâncias. São partículas esferoidais que se depositam com ar 0,1 a 1m
parado e com tendência a flocular. Estão presentes nos
processos de soldagem. Ex: fumos de zinco, de chumbo, de
cloreto de amônia, etc.

NÉVOAS E Suspensão de partículas líquidas no ar, produzidas por ruptura


NEBLINAS mecânica de líquidos (névoas) e de partículas líquidas que são
produzidas por condensação de vapores de substâncias que são 0,01 μm a 10 μm
líquidas à temperatura normal (neblinas). Ex: névoas ou
neblinas de vapor d’água, de ácido crômico, etc.

GASES Substâncias que se difundem no ar e permanece no estado Molecular:


gasoso em Condições Normais de Temperatura e Pressão 0,5 nm a 8 nm
(CNTP). Ex: CO2, CO, H2S, etc.
VAPORES Substâncias que, eventualmente se encontram no estado Molecular:
gasoso, mas que em CNTP são líquidos. Ex: solventes, acetona, 0,5 nm a 8 nm
tetracloreto de carbono, etc.
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As principais vias de exposição são:

DÉRMICA → Pode penetrar na pele intacta e saudável, essa


via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador
estiver desprotegido e tiver contato com substâncias
químicas, havendo deposição no corpo, serão absorvidas
pela pele.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼A maneira mais comum da penetração pela pele


é o manuseio e o contato direto com os produtos
perigosos, como arsênico, álcool, cimento,
derivados de petróleo, anilina, HCN, mercúrio
orgânico, compostos organofosforados, fenol,
etc. que causam dermatoses de diversos graus,
podendo provocar até o câncer de pele.
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◼ INALAÇÃO → Gases e vapores são facilmente


inalados pelas vias respiratórias;

◼ Essa é a principal porta de entrada dos agentes


químicos porque respiramos continuadamente, e tudo
o que está no ar vai direto aos pulmões;

◼ Se o produto químico estiver sob forma sólida ou


líquida, normalmente fica retido nos pulmões e
provoca, a curto ou longo prazo, sérias doenças
chamadas pneumoconioses, como o edema pulmonar e
o câncer dos pulmões.
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◼ Poeiras “respiráveis” possuem diâmetros de


partículas inferiores a 5 m, e atingem os
alvéolos e bronquíolos;

◼ As de diâmetro superiores a 10 m são


denominadas de “não-respiráveis” e atingem
no máximo os brônquios.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼Se houver contaminantes no ar sob forma


gasosa ou de fumos metálicos, neste caso a
substância atravessa os pulmões, entra na
corrente sanguínea e vai alojar-se em
diferentes partes do corpo humano, como no
sangue, fígado, rins, medula óssea, cérebro,
etc.
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INGESTÃO → Através da ingestão de alimentos


contaminados ou se o trabalhador comer ou beber algo
com as mãos sujas, ou que ficaram muito tempo exposto
a produtos químicos, parte das substâncias químicas
será ingerida junto com o alimento, atingindo o
estômago e provocando sérios riscos à saúde.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ VIA OCULAR → Alguns produtos químicos que


permanecem no ar causam irritação nos olhos e
conjuntivite, o que mostra que a penetração dos
agentes químicos pode ocorrer também por essa
via.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼Cabe enfatizar que se os olhos forem atingidos


por respingos de substâncias ácidas ou cáusticas
acidentalmente, deve-se promover uma lavagem
abundante do globo ocular durante 15 minutos,
no mínimo, por meio de um lava-olhos ou mesmo
numa torneira ou chuveiro com água corrente,
antes de transportar a vítima a um atendimento
médico.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Chuveiro lava olhos


DOENÇAS RESPIRATÓRIAS – AGENTES
QUÍMICOS

Doenças do sistema respiratório relacionadas com o


trabalho .
Doenças Fatores de risco de natureza
ocupacional
Faringite Aguda, não especificada Bromo
("Angina Aguda", "Dor de Garganta")
Iodo
Laringotraqueíte Aguda Bromo

Iodo
Rinites agudas •Carbonetos metálicos de tungstênio
sinterizados. Cromo e seus compostos
RINITE – Inflamação da mucosa do tóxicos. Poeiras de algodão, linho,
nariz cânhamo ou sisal.

Rinites agudas •Acrilatos Aldeído fórmico e seus


polímeros

Rinites agudas Enzimas de origem animal, vegetal ou


bacteriano

Rinites agudas Produtos da pirólise de plásticos,


cloreto de vinila, teflon
Arsênico e seus compostos arsenicais
Rinite Crônica
Cloro gasoso
Cromo e seus compostos tóxicos
Gás de flúor e Fluoreto de Hidrogênio
Amônia
Anidrido sulfuroso
Cimento
Fenol e homólogos
Névoas de ácidos minerais
Pneumoconiose dos Trabalhadores do Exposição ocupacional a poeiras de carvão
mineral
Carvão
Exposição ocupacional a poeiras de sílica-
livre
Pneumoconiose devida ao Asbesto Exposição ocupacional a poeiras de asbesto
(Asbestose) e a outras fibras minerais ou amianto

Pneumoconiose associada com Tuberculose Exposição ocupacional a poeiras de sílica-


("Silico-Tuberculose")
livre

Cádmio ou seus compostos


Enfisema intersticial
Gases e Vapores

ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

ÁCIDO CLORÍDRICO
◼ O principal risco do ácido clorídrico é a sua alta ação
corrosiva sobre a pele e mucosas, podendo produzir
queimaduras cuja gravidade dependerá da concentração
da solução;

◼ O contato do ácido com os olhos pode provocar redução


ou perda total da visão, se o ácido não for removido
imediatamente, através de irrigação de água.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ Os vapores do ácido produzem efeito irritante sobre


as vias respiratórias. O ácido clorídrico, em si, não é
um produto inflamável, mas quando em contato com
certos metais libera hidrogênio, formando uma
mistura inflamável com o ar;

◼ Este ácido não deve ser armazenado próximo de


substâncias inflamáveis ou oxidantes, como por
exemplo, ácido nítrico ou cloretos, e nem próximo de
metais.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

AMÔNIA
◼ A intoxicação industrial pela amônia é, geralmente,
aguda, também pode produzir-se de forma crônica.

◼ Os efeitos irritantes da amônia afetam


especialmente o trato respiratório superior e, em
grandes concentrações, afeta o sistema nervoso
central, produzindo espasmos.

◼ A rápida penetração da amônia no tecido ocular pode


ocasionar perfuração da córnea e, inclusive, a
destruição do globo ocular.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

• 23/10/2009 - 17h51
• Vazamento de gás intoxica 22 pessoas no interior de SP
• Sorocaba, SP - Um vazamento numa tubulação com amônia, gás usado
no sistema de refrigeração de um frigorífico, causou a intoxicação de 22
pessoas em Laranjal Paulista, a 154 km de São Paulo, na região de
Sorocaba.
• O Corpo de Bombeiros da cidade retirou os funcionários que
trabalhavam no local e isolou a área. As vítimas, com sintomas como
falta de ar, irritação nos olhos e sufocamento, foram levadas para o
pronto-socorro da Santa Casa local.
• No final desta tarde, duas pessoas que apresentaram broncoespasmos
permaneciam internadas, segundo o hospital. As demais tinham sido
liberadas.
• O frigorífico fica na margem da rodovia Marechal Rondon, mas não
houve necessidade de interditar a via. Técnicos da Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) estiveram no local para
verificar se houve dano ao meio ambiente. As causas do vazamento
serão apuradas.

• Fonte: Folha de São Paulo – 23/10/2009


RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Vazamento de amônia intoxica 46 em indústria


Um vazamento de amônia ocorrido em 10/2009 em uma
indústria de alimentos deixou 46 pessoas intoxicadas em Nova
Veneza, Goiás.
O acidente ocorreu em uma unidade da empresa Asa
Alimentos, após um problema em uma válvula de gás de uma
câmara de refrigeração de frangos.
Os funcionários foram levados a hospitais da região com
sintomas leves e a maioria foi logo liberada, mas, duas
pessoas foram internadas em UTI, porém sem risco de morte.
A maioria dos funcionários apresentou sintomas como ardência
nos olhos, dificuldades para respirar, dores de cabeça e
náuseas, segundo os bombeiros, que prestaram os primeiros
socorros.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

A empresa não tinha um certificado de


conformidade de segurança emitido pelo Corpo
de Bombeiros e teve de ser interditada.
A Asa Alimentos negou que estivesse em
situação irregular e informou que possui
documentos comprovando a seguridade do local.
A empresa confirmou, no entanto, que os
bombeiros realizaram uma nova inspeção no
local.
Fonte: A Tarde 17/10/2009
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ BENZINA (ÉTER DE PETRÓLEO)


◼ Não deve ser confundida com o benzeno. É um
destilado de petróleo composto, principalmente, de
n-pentano e n-hexano.

◼ A benzina pode causar depressão do sistema nervoso


central e pode induzir a pneumonite, quando
aspirada. Devido à sua alta volatilidade, pode a
benzina ingerida ou inalada vaporizar rapidamente.

◼ Em ratos provoca asfixia podendo ser forte e causar


colapso cardíaco e/ou danos cerebrais.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

GASOLINA

◼ A gasolina é irritante para a pele, olhos, membranas e


mucosas das vias respiratórias superiores.

◼ Ingressa no organismo através da inalação do vapor, sendo


que ainda estão em discussão os efeitos produzidos pela
absorção cutânea do líquido.

◼ Como a composição da gasolina sofre grandes variações, não é


aplicável a ela um único limite de tolerância. Em geral, o teor
de hidrocarbonetos aromáticos determinará a concentração
máxima possível a ser aplicada.

◼ A gasolina tem alto risco de incêndio quando exposta ao calor


ou à chama. Tem risco moderado de explosão, nas mesmas
condições.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

MONÓXIDO DE CARBONO

◼ O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, sem cheiro e age


como asfixiante químico. Tem a propriedade de formar um
composto estável com a hemoglobina do sangue
(carboxihemoglobina), quando inalado por via respiratória,
ingressando na corrente sanguínea da mesma maneira que o
oxigênio.

◼ Dessa forma impede as células de aproveitar o oxigênio, o que


resulta em asfixia.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

◼ A intoxicação aguda por monóxido de carbono


manifesta-se por um mal estar geral com vertigens e
cefaleia.

◼ Às vezes observa-se um estado de embriaguez com


náuseas e vômitos. Em outros casos há transtornos
psíquicos e confusão mental;

◼ Posteriormente aparece uma paralisia progressivo


com impotência muscular que pode-se levar ao estado
de coma, devendo-se tratar com urgência para
prevenir o colapso.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ Nos casos de intoxicação aguda, a recuperação pode


ser total. Se o contato for prolongado poderão
ocorrer danos permanentes no cérebro, devido à
falta de oxigênio.

◼ O diagnóstico da intoxicação crônica é mais difícil.


Estudos ainda estão sendo realizados com relação às
exposições crônicas, mas já se conhecem efeitos
sobre funções sensoriais e mentais, tais como:
diminuição da discriminação visual, redução da
capacidade psicomotora, redução da discriminação
auditiva, redução da capacidade de percepção visual e
redução da capacidade de aprendizagem.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Petróleo
◼ O petróleo cru é um líquido constituído por hidrocarbonetos,
enxofre, oxigênio, compostos nitrogenados e traços de
metais.

Vários produtos obtidos do refino do petróleo tem grande uso
industrial, comercial e doméstico. De grande importância para
a nossa civilização atual, destacam-se: óleo diesel, óleo
combustível, querosene, gasolina, gás liqüefeito, óleo mineral
e solventes.

De um modo geral são substâncias orgânicas de baixa
toxicidade com exceção do benzeno e seus derivados que
devem ser manipulados dentro de normas rígidas de
segurança.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ QUEROSENE
◼ O contato com a pele pode produzir irritação
primária da mesma.
◼ Pode ingressar no organismo através de inalação de
vapores ou através de ingestão do líquido.
◼ As manifestações tóxicas incluem depressão do
sistema nervoso central e pneumonia. A ingestão
acidental do líquido causa irritações no estômago e
intestinos. Se for seguida de uma aspiração originará
problemas pulmonares.
◼ Ação irritante sobre o tegumento cutâneo e que
se faz sobre a barreira lipídica da pele, tornando
a pele seca com fissuras e sangramentos.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ Ação sensibilizante sobre o tegumento


cutâneo por mecanismo alérgico até
eczematização aguda fora as fissuras e
sangramentos.
◼ Possui risco moderado de incêndio e explosão
quando exposto ao calor e à chama.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É


CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E
INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

◼ Nas atividades ou operações nas quais os


trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a
caracterização de insalubridade ocorrerá quando
forem ultrapassados os limites de tolerância
constantes do Quadro nº 1 da NR 15 da Portaria
3214;
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼Todos os valores fixados no Quadro nº 1 - Tabela de


Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por
via respiratória.

◼ Todos os valores fixados no Quadro nº 1 como


"Asfixiantes Simples" determinam que nos ambientes de
trabalho, em presença destas substâncias, a concentração
mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em
volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio
estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco
grave e iminente.
QUADRO I - Tabela de Limites de Tolerância (algumas substâncias)

Absorção
Valor Até 48 h por semana Caracterização do grau
AGENTES QUÍMICOS também
Teto (ppm) ou (mg/m3) de insalubridade
pela pele
Acetaldeído 78 140 máximo
Acetileno Asfixiante simples -
Ácido acético (ácido etanóico) 8 20 médio
Ácido cianídrico + 8 9 máximo
Ácido clorídrico + 4 5,5 máximo
Álcool etílico 780 1.480 mínimo
Amônia 20 14 médio
Brometo de metila + 12 47 máximo
Chumbo - 0,1 máximo
Ciclohexano 235 820 médio
Cloreto de vinila + 156 398 máximo
Cloro 0,8 2,3 máximo
Clorofórmio 20 94 máximo
2,4 Diisocianato de tolueno (TDI) + 0,016 0,11 máximo
Dimetilamina + 8 14 médio
Dióxido de enxofre 4 10 máximo
Éter etílico 310 940 médio
Formaldeído (formol) + 1,6 2,3 máximo
Fosgênio (cloreto de carbonila) 0,08 0,3 máximo
Gás sulfídrico 8 12 máximo
Tetracloreto de carbono 8 50 máximo
Tolueno (toluol) + 78 290 médio
Xileno (xilol) + 78 340 médio
◼ Mercúrio (todas as formas exceto orgânicas) - 0,04 mg/m³ - máximo
◼ Metacrilato de metila - 320 mg/m³- mínimo
◼ Metano Asfixiante simples _
◼ Metanol (vide álcool metílico)
◼ Metilamina 8ppm - 9,5 mg/m³ - máximo
◼ Monometil hidrazina + + 0,16ppm - 0,27 mg/m³ - máximo
◼ Monóxido de carbono 39 43 mg/m³- máximo
◼ Negro de fumo - 3,5 mg/m³- máximo
◼ Neônio Asfixiante simples _
◼ Níquel carbonila (níquel tetracarbonila) 0,04ppm - 0,28 mg/m³- máximo
◼ Nitrato de n-propila - 20ppm - 85 mg/m³- máximo
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
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◼ Quando a coluna “valor teto” estiver


assinalado, implica que aquela substância não
poderá ultrapassar o LT em momento algum da
jornada de trabalho;
◼ Na coluna “absorção também pela pele” está
assinalada os agentes químicos que podem ser
absorvidos por via cutânea, sendo necessário o
uso de luvas apropriadas, além de outro EPI;
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de


métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não,
deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada
ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das
amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte)
minutos.

◼ Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens


não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que segue,
sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente.
Valor máximo = LT x FD
Onde: L.T. = limite de tolerância para o agente químico,
segundo o Quadro n° 1.
F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n° 2.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
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◼ O LT será considerado excedido quando a


média aritmética das concentrações
ultrapassar os valores fixados no Quadro Nº 1

◼ Para os agentes químicos que tenham “valor


teto” assinalado no Quadro Nº 1, o LT será
considerado excedido quando qualquer uma das 10
concentrações obtidas nas amostragens
ultrapassar os valores fixados no Quadro Nº 1.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

VM = LT x FD
◼Ex 1: Para o tolueno (LT = 78 ppm), o valor
máximo será:
◼FD = 1,5
◼VM = 78 x 1,5 = 117 ppm.
◼Ex 2: Para o álcool etílico (LT = 780 ppm), o
valor máximo será:
◼FD = 1,25
◼VM = 780 x 1,25 = 975 ppm.
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Asfixiantes Simples
◼ Acetileno
◼ Argonio
◼ Etano
◼ Etileno
◼ Hélio “Não têm LT, o importante é a
◼ Hidrogênio concentração de oxigênio no
◼ Metano ambiente – NÃO PODE SER
◼ Neônio MENOR QUE 18% EM VOLUME”
◼ Óxido nitroso (N2O)
◼ n – Propano
◼ Propileno
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

N-Pentano
Identificação dos perigos
◼ Extremamente inflamável. Tóxico para os organismos aquáticos, podendo
causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aquático. Nocivo:
pode causar danos nos pulmões se inspirado. Pode provocar secura da
pele ou fissuras, por exposição repetida. Pode provocar sonolência e
vertigens, por inalação dos vapores
Primeiros auxílios
Indicações gerais:Em caso de perda de consciência nunca dar
de beber nem provocar o vômito.
Inalação:Levar a pessoa para um espaço aberto. Em caso de
asfixia proceder à respiração artificial.
Contacto com a pele:Lavar abundantemente com água. Retirar
as roupas contaminadas.
Olhos:Lavar abundantemente com água mantendo as pálpebras
abertas. Pedir atenção médica.
Ingestão:Evitar o vômito. Precaução ao vomitar (existe risco de
aspiração). Administrar óleo de vaselina como laxante (3 ml/kg).
Laxantes: sulfato de sódio (1 colher de sopa em 250 ml de água).
Não beber leite. Pedir atenção médica.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
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N-Hexano
◼ Identificação dos perigos
Facilmente inflamável. Irritante para a pele.
Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em
caso de exposição prolongada por inalação.
Possíveis riscos de comprometer a fertilidade.
Nocivo: pode causar danos nos pulmões se
ingerido. Pode provocar sonolência e vertigens,
por inalação dos vapores. Tóxico para os
organismos aquáticos, podendo causar efeitos
nefastos a longo prazo no ambiente aquático.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
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◼ Primeiros auxílios

◼ Indicações gerais:Em caso de perda de consciência nunca dar de


beber nem provocar o vômito.

◼ Inalação:Levar a pessoa para um espaço aberto. Em caso de


asfixia proceder à respiração artificial.

◼ Contacto com a pele:Lavar abundantemente com água. Retirar as


roupas contaminadas.

◼ Olhos:Lavar abundantemente com água mantendo as pálpebras


abertas. Pedir atenção médica.

◼ Ingestão:Evitar o vômito. Pedir atenção médica. Não administrar


óleos digestivos. Não beber leite. Evitar a lavagem do estômago.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ Medidas a tomar em caso de derrame acidental

◼ Precauções individuais:Não inalar os vapores.

◼ Precauções para a proteção do meio ambiente:Não


permitir a passagem para o sistema de esgotos. Evitar a
contaminação do solo, águas e de esgotos.

◼ Métodos para recolha/limpeza:Recolher com materiais


absorventes (Absorvente Geral Panreac, Kieselguhr, etc.)
ou na sua falta areia ou terra secas e depositar em
contentores para resíduos para a sua posterior eliminação
de acordo com as normas em vigor. Limpar os restos com
água abundante.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Óleo mineral

Óleo mineral é um óleo natural, originado do


petróleo. Suas moléculas são constituídas
fundamentalmente de carbono e hidrogênio,
sob a forma de hidrocarbonetos. É insolúvel
em água e em álcool; Solúvel em óleos
voláteis.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Óleo mineral
Os óleos minerais ou fluidos de corte são produtos líquidos de
composição mais ou menos complexa, utilizados para lubrificar e
eliminar o calor produzido pelo processo produtivo.

Estes produtos contém uma mínima quantidade de óleo mineral na


sua composição.
Conforme a sua composição com óleo mineral podem ser
classificados em:

-Fluidos oleosos ou óleos de corte.

-Fluidos aquosos que por sua vez podem ser:


· Emulsões
· Sintéticos
· Semi-sintéticos
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Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Os fluidos de corte contém aditivos, a fim de


lhes dar determinadas qualidades, de acordo
com o uso a que se destina. O óleo para as
furadeiras podem conter além dos aditivos:
emulsionantes, antioxidantes, inibidores da
corrosão, bactericidas e bacteriostáticos,
perfumes, corantes, etc.

Efeitos dos óleos minerais:


Os efeitos podem se manifestar em duas
situações distintas: no meio ambiente e na saúde
do usuário.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Meio ambiente:
O impacto ambiental está fundamentalmente
centrado na problemática de que podem levar
para a atmosfera, produtos resultantes da
queima dos fluidos contendo cloro orgânico
(chuva ácida, deterioração da camada de ozônio,
etc.) com presença nas águas de restos de
derivados fenólicos que podem contaminar o
ecossistema.

* Derivados fenólicos – derivados de benzeno (cancerígeno)


RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Saúde do usuário:
A manipulação pode levar basicamente a:
· Afeções cutâneas;
· Alterações do trato respiratório;
· Câncer.

As lesões da pele se constituem no maior risco e


o melhor estudado é consequência da utilização e
exposição (contato). Elas são devidas à natureza
irritante desses produtos e à agressividade das
substâncias que integram sua fórmula.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Resumindo, o óleo solúvel pode produzir eczema na área


de contato pelos dois mecanismos habituais: irritação e
sensibilização alérgica.
A decomposição térmica destes fluidos durante o
trabalho dá origem a aerossóis e névoas, cuja inalação
pode ocasionar riscos à saúde das pessoas expostas:
Irritação das vias respiratórias, pneumonia, fibrose
pulmonar e asma brônquica, são algumas das patologias
sobre o efeito das névoas desses produtos.
A incidência destas doenças é pequena, não está
claramente definida e não foi tão estudada quanto às
lesões cutâneas.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

O potencial cancerígeno destes produtos está


em certas substâncias que podem fazer parte da
sua composição.
Entre elas, destacam-se os hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos e as N-nitrosaminas que
se formam a partir das aminas e os agentes
nitrosos presentes em algumas taladrinas (fluido
mineral aquoso).
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Limite de Tolerância

No Brasil – não estabelecido

Nos EUA – ACGIH – TLV para 40 horas


semanais = 5 mg/m³
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

The end.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Agentes Químicos
Aula Nº 3
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Xileno e Tolueno
Estas substâncias apresentam um metabolismo
semelhante ao do benzeno. Não se conhece com certeza
a forma pelo qual o xileno é excretado na urina, mas o
tolueno é eliminado sob a forma de ácido hipúrico, o que
é utilizado para monitorar as populações expostas.
Nenhum dos dois é tão volátil quanto o benzeno e nenhum
deles é tóxico.
De um modo geral são substâncias orgânicas de baixa
toxicidade com exceção do benzeno e seus derivados que
devem ser manipulados dentro de normas rígidas de
segurança.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Ação irritante sobre o tegumento cutâneo e que se faz sobre a


barreira lipídica da pele, tornando a pele seca com fissuras e
sangramentos.
Ação sensibilizante sobre o tegumento cutâneo por mecanismo
alérgico até eczematização aguda fora as fissuras e sangramentos.

Em particular, nenhum dos dois mostra qualquer tendência


pronunciada de suprimir a atividade da medula óssea. Relataram-se
casos de anemia aplástica seguida á exposição ao tolueno, mas é
possível demonstrar ter havido uma exposição anterior ao benzeno.

Ambos possuem atividades narcóticas e podem produzir sintomas


que variam desde a fadiga, sonolência e cefaléia até à inconsciência
e morte.
Os toxicômanos que aspiram tolueno podem morrer por arritmia
cardíaca.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
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POEIRAS MINERAIS
ASBESTO

◼ Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma


fibrosa dos silicatos minerais pertencentes aos grupos de rochas
metamórficas das serpentinas.

◼ O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto


crisotila ( asbesto branco ), é de 2,0 f/cm3.

◼ Entende-se por "fibras respiráveis de asbesto" aquelas com


diâmetro inferior a 3 micrômetros, comprimento
maior que 5 micrômetros
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼Entende-se por "exposição ao asbesto", a


exposição no trabalho às fibras de asbesto
respiráveis ou poeira de asbesto em suspensão
no ar originada pelo asbesto ou por minerais,
materiais ou produtos que contenham asbesto.
◼Todos os produtos contendo asbesto deverão
ser acompanhados de "instrução de uso" com, no
mínimo, as seguintes informações: tipo de
asbesto, risco à saúde e doenças relacionadas,
medidas de controle e proteção adequada.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ Será de responsabilidade dos fornecedores de asbesto,


assim como dos fabricantes e fornecedores de produtos
contendo asbesto, a rotulagem adequada e suficiente, de
maneira facilmente compreensível pelos trabalhadores e
usuários interessados.
◼ A rotulagem deverá conter, conforme modelo a seguir:
- a letra minúscula "a" ocupando 40% (quarenta por cento) da
área total da etiqueta;
- caracteres: "Atenção: contém amianto", "Respirar poeira de
amianto é prejudicial à saúde" e "Evite risco: siga as
instruções de uso".
◼ A rotulagem deverá, sempre que possível, ser impressa no
produto, em cor contrastante, de forma visível e legível.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ O empregador deverá realizar a avaliação


ambiental de poeira de asbesto nos locais
de trabalho em intervalos não superiores
a seis meses;

◼ Os trabalhadores têm o direito de solicitar


avaliação ambiental complementar nos
locais de trabalho e/ou impugnar os
resultados das avaliações junto à
autoridade competente.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
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◼ Cabe ao empregador, após o


término do contrato de trabalho
envolvendo exposição ao asbesto,
manter disponível a realização
periódica de exames médicos de
controle dos trabalhadores, durante
30 anos.
◼ Estes exames deverão ser realizados
com a seguinte periodicidade:
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

a) A cada 3 anos para trabalhadores com


períodos de exposição de 0 a 12 anos;

b) A cada 2 anos para trabalhadores com


períodos de exposição de 12 a 20 anos;

c) Anual para trabalhadores com períodos de


exposição superior a 20 anos;

O trabalhador receberá, por ocasião da


demissão e retornos posteriores, comunicação
da data e local da próxima avaliação.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
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Manganês e seus compostos

O limite de tolerância para as operações com


manganês e seus compostos referente à extração,
tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda
a outras operações com exposição a poeiras do
manganês ou de seus compostos é de até 5mg/m3 no
ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

O limite de tolerância para as operações com


manganês e seus compostos referente à metalurgia
de minerais de manganês, fabricação de compostos
de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas,
fabricação de vidros especiais e cerâmicas,
fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação de
produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda
outras operações com exposição a fumos de
manganês ou de seus compostos é de até 1mg/m3 no
ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
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Recomendações e medidas de prevenção de controle


indicadas para as operações com manganês e seus
compostos, independentemente dos limites de
tolerância terem sido ultrapassados ou não:
- substituição de perfuração a seco por processos úmidos;
- perfeita ventilação após detonações, antes de se reiniciarem
os trabalhos;
- ventilação adequada, durante os trabalhos, em áreas
confinadas;
- uso de equipamentos de proteção respiratória com filtros
mecânicos para áreas contaminadas;
- uso de equipamentos de proteção respiratórios com linha de ar
mandado, para trabalhos, por pequenos períodos, em áreas
altamente contaminadas
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

- uso de máscaras autônomas para casos especiais e


treinamentos específicos;
- rotatividade das atividades e turnos de trabalho
para os perfuradores e outras atividades penosas;
- controle da poeira em níveis abaixo dos permitidos.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
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Precauções de ordem médica e de higiene de


caráter obrigatório para todos os
trabalhadores expostos às operações com
manganês e seus compostos,
independentemente dos limites de tolerância
terem sido ultrapassados ou não:
- exames médicos pré-admissionais e periódicos;
- exames adicionais para as causas de absenteísmo
prolongado, doença, acidentes ou outros casos;
- não-admissão de empregado portador de lesões
respiratórias orgânicas, de sistema nervoso central e
disfunções sangüíneas para trabalhos em exposição
ao manganês;
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

- exames periódicos de acordo com os tipos de


atividades de cada trabalhador, variando de períodos
de 3 (três) a 6 (seis) meses para os trabalhos do
subsolo e de 6 (seis) meses a anualmente para os
trabalhadores de superfície;
- análises biológicas de sangue;
- afastamento imediato de pessoas com sintomas de
intoxicação ou alterações neurológicas ou
psicológicas;
- banho obrigatório após a jornada de trabalho;
- troca de roupas de passeio/serviço/passeio;
- proibição de se tomarem refeições nos locais de
trabalho.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Sílica livre cristalizada

O limite de tolerância para poeira total (respirável e


não - respirável), expresso em mg/m3, é dado pela
seguinte fórmula:
24
◼ L.T. = ————————mg/m3
% quartzo + 3
amostras tomadas com impactador (impinger) no nível da zona
respiratória

Quartzo significa sílica livre cristalizada ( cristal )


RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ Fica proibido o processo de trabalho de jateamento


que utilize areia seca ou úmida como abrasivo

◼ As máquinas e ferramentas utilizadas nos processos


de corte e acabamento de rochas ornamentais devem
ser dotadas de sistema de umidificação capaz de
minimizar ou eliminar a geração de poeira decorrente
de seu funcionamento.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Relação das atividades e operações envolvendo


agentes químicos, consideradas, insalubres em
decorrência de inspeção realizada no local de
trabalho.

◼ ARSÊNICO
Insalubridade de grau máximo
Extração e manipulação de arsênico e preparação de
seus compostos. Fabricação e preparação de tintas à
base de arsênico.
Fabricação de produtos parasiticidas, inseticidas e
raticidas contendo compostos de arsênico.
Pintura a pistola com pigmentos de compostos de
arsênico, em recintos limitados ou fechados.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Insalubridade de grau médio


Bronzeamento em negro e verde com compostos de
arsênico.
Conservação e peles e plumas; depilação de peles à
base de compostos de arsênico.
Descoloração de vidros e cristais à base de
compostos de arsênico.
Emprego de produtos parasiticidas, inseticidas e
raticidas à base de compostos de arsênico
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Insalubridade de grau mínimo


Empalhamento de animais à base de compostos
de arsênico.
Fabricação de tafetá “seda”.
Pintura a pistola ou manual com pigmentos de
compostos de arsênico ao ar livre.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Limite de Tolerância

Arsênico – 0,5 mg/m³ de ar


RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
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CARVÃO

Insalubridade de grau máximo


Trabalho permanente no subsolo em operações de corte,
furação e desmonte, de carregamento no local de desmonte, em
atividades de manobra, nos pontos de transferência de carga e
de viradores.
Insalubridade de grau médio
Demais atividades permanentes do subsolo compreendendo
serviços, tais como: operações de locomotiva, condutores,
engatadores, bombeiros, madeireiros, trilheiros e eletricistas.
Insalubridade de grau mínimo
Atividades permanentes de superfícies nas operações a seco,
com britadores, peneira
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

The end.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

"Os professores abrem a porta, mas


os estudantes precisam entrar
sozinhos."

Provérbio Chinês
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

EXERCÍCIOS
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Agentes Químicos
Aula Nº 4
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
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CHUMBO
Insalubridade de grau máximo
Fabricação de compostos de chumbo, carbonato,
arseniato, cromato mínio e outros.
Fabricação de esmaltes, vernizes, cores, pigmentos,
tintas, ungüentos, óleos, pastas, líquidos e pós à base
de compostos de chumbo.
Fabricação e restauração de acumuladores, pilhas e
baterias elétricas contendo compostos de chumbo.
Limpeza, raspagem e reparação de tanques de
mistura, armazenamento e demais trabalhos com
gasolina contendo chumbo tetraetila.
Pintura a pistola com pigmentos de compostos de
chumbo em recintos limitados ou fechados.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Insalubridade de grau médio


Aplicação e emprego de esmaltes, vernizes,
cores, pigmentos, tintas, ungüentos, óleos,
pastas, líquidos e pós à base de compostos de
chumbo.
Fabricação de porcelana com esmaltes de
compostos de chumbo.
Pintura e decoração manual (pincel, rolo e
escova) com pigmentos de compostos de
chumbo (exceto pincel capilar), em recintos
limitados ou fechados.
Tinturaria e estamparia com pigmentos à base
de compostos de chumbo.
Insalubridade de grau mínimo
Pintura a pistola ou manual com pigmentos de
compostos de chumbo ao ar livre.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Aplicações
◼ Batom
◼ Tintas
◼ Esmaltes
◼ Vidro (cristal)
◼ Tinta de papel jornal (embrulham carne)
◼ Alimentos (quiabo, mariscos, repolho
apresentam grande retenção de Pb)
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼Em Santo Amaro a escória do chumbo espalhada


nos terrenos e ruas é lixiviada para cisternas,
cacimbas e póços;
◼As hortaliças de fundo de quintal apresentação
riscos de alto teor de chumbo;

◼Os filtros dos aparelhos de ar condicionado


apresentaram registros de chumbo (pesquisa de
2010).
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Para a avaliação da concentração de chumbo em


ar (Pb-Ar), a NR-15 Anexo no 11, Portaria no
12/83 estabelece o valor de 0,1mg/m3, para o
limite de tolerância (LT). Prevê também que
medidas preventivas devem ser adotadas sempre
que o valor de Pb-Ar atinja a metade daquele
recomendado como LT - (0,05 mg/m³) valor esse
denominado nível de ação.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Ainda de acordo com essa norma, a concentração


de chumbo no ar deve ser determinada por
métodos de medidas instantâneas, de leitura
direta ou não, sendo necessárias pelo menos dez
determinações para cada ponto, tomadas no nível
da zona respiratória do trabalhador, com
intervalo de, no mínimo, vinte minutos entre as
medidas. Estabelece também que nenhum valor
medido deve ultrapassar o limite de 0,3 mg/m3,
sob pena de o ambiente ser considerado de risco
grave e iminente
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Estudos atuais sobre limite de tolerância


ambiental avaliados através dos níveis de Pb-Ar
mostram que, para um valor limite de 0,1 mg/ m3
(o mesmo estabelecido pela legislação
brasileira), 65,0% a 99,6% dos trabalhadores
podem apresentar Pb-S acima de 40 µg/dl,
dependendo do tamanho do material particulado
presente no ambiente de trabalho.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Segundo modelo adotado pela OSHA


(Occupational Safety and Health
Administration), que desconsidera as variações
no tamanho das partículas, 83,7% dos
trabalhadores podem apresentar valores de Pb-
S acima de 40 µg/dl. De acordo com os mesmos
modelos e considerando-se um limite de 0,05
mg/m3, a estimativa dos trabalhadores com Pb-S
acima de 40 µg/dl é de 19,2% a 78,0%, ou de
50,3%, como prevê a OSHA.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA O CHUMBO

ACGIH (2008) NR – 15
LIMITE DE TOLERÂNCIA ANEXO 11
TLV em mg/m³ LT em mg/m³

40 h/sem 44 h/sem 48 h/sem 44 h/sem

CHUMBO
Pb
0,05 0,044 0,1 0,0126
◼Trabalhadora
sem proteção,
utilizando a
boca para
apoiar o fio de
solda
A doença causada pela intoxicação pelo chumbo
recebe o nome de saturnismo.
◼A intoxicação aguda pelo chumbo provoca,
cefaléias agudas, paralisia motora, dores
articulares, irritabilidade, neurites óticas,
comportamento maníaco, distúrbios mentais
gerais. Se não for corretamente tratado pode
apresentar, convulsões e até ocorrer morte.
◼A exposição crônica provoca, desconforto
muscular, cefaléia, constipação intestinal,
diarréia, gosto metálico, fadiga fácil, fraqueza
muscular, insônia, pesadelos, irritabilidade, dor
abdominal.
◼Um dos sinais mais comuns de altos níveis de
chumbo é a linha preta na gengiva.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

OPERAÇÕES DIVERSAS
Insalubridade de grau máximo
Operações com cádmio e seus compostos, extração,
tratamento, preparação de ligas, fabricação e emprego de seus
compostos, solda com cádmio, utilização em fotografia com luz
ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em
revestimentos metálicos, e outros produtos.

Operações com as seguintes substâncias:


- Éter bis (cloro-metílico)
- Benzopireno
- Berílio
- Cloreto de dimetil-carbamila
- Dicloro-benzidina
- Dióxido de vinil ciclohexano
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Insalubridade de grau médio

◼ Aplicação a pistola de tintas de alumínio.


◼ Fabricação de pós de alumínio (trituração e
moagem).
◼ Fabricação e manipulação de ácido oxálico,
nítrico sulfúrico, bromídrico, fosfórico.
◼ Metalização a pistola.
◼ Operações com bagaço de cana nas fases de
grande exposição à poeira.
◼ Operações de galvanoplastia: douração,
prateação, niquelagem, cromagem, zincagem,
cobreagem,
◼ anodização de alumínio.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Hidrocarbonetos e outros compostos de


carbono – Insalubridade de grau máximo
◼ Destilação do alcatrão e da hulha (carvão de pedra);
◼ Destilação do petróleo;
◼ Manipulação do alcatrão, betume, antraceno, óleos
minerais, óleo queimado, parafina e outras substâncias
cancerígenas afins;
◼ Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis, nitroderivados,
aminoderivados e outras substâncias tóxicas derivadas
de hidrocarbonetos;
◼ Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e
solventes contendo hidrocarbonetos

Fenóis -→ derivados de benzeno (cancerígeno)


RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Benzeno

◼ Comprovadamente cancerígeno;

◼ Foi proibido a utilização do benzeno a partir de 1


de janeiro de 1997 para qualquer emprego,
exceto nas indústrias e laboratórios que:
a) o produzem
b) o utilizam em processos de síntese química
c) o empregam em combustíveis derivados de
petróleo
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ As empresas que produzem,


transportam, armazenam, utilizam
ou manipulam benzeno e suas
misturas líquidas contendo 1% ou
mais de volume deverão apresentar
à SSST/MT o Programa de
Prevenção da Exposição Ocupacional
ao Benzeno - PPEOB
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

PPEOB

◼ Caracterização das instalações contendo benzeno;


◼ Avaliação das concentrações de benzeno;
◼ Ações de vigilância à saúde dos trabalhadores
◼ Descrição do cumprimento das determinações da
Portaria e dos acordos coletivos referentes ao
benzeno;
◼ Adequação da proteção respiratória;
◼ Definição dos procedimentos operacionais de
manutenção;
◼ Procedimentos para proteção coletiva e individual dos
trabalhadores
◼ Descrição dos procedimentos e recursos necessários
para o controle da situação em caso de emergência
POR ESSAS E OUTRAS É QUE, ÀS VEZES, PESSOAS SÃO ACOMETIDAS
DE ENFERMIDADES GRAVES E NÃO SABEM A CAUSA.
E a gente nem se dá conta......Olha o risco!
CARROS ESTACIONADOS AO SOL

Um carro estacionado na sombra durante um dia com as janelas


fechadas pode conter de 400-800 mg. de Benzeno. Se está no sol a
uma temperatura superior a 16º C., o nível de Benzeno subirá a
2000-4000 mg, 40 vezes mais o nível aceitável...

A pessoa que entra no carro mantendo as janelas fechadas


inevitavelmente aspirará em rápida sucessão, excessivas
quantidades desta toxina.

O Benzeno é uma toxina que afeta o rim e o fígado. E o que é pior, é


extremamente difícil para o organismo expulsar esta substância
tóxica.

Ar condicionado ou ar simples dos Automóveis

O manual do condutor indica que antes de ligar o ar condicionado,


deve-se primeiramente abrir as janelas e deixá-las assim por um
tempo de dois minutos, porém não especificam "o porquê", só
deixam entender que é para seu "melhor funcionamento".
Aqui vem a razão médica:

De acordo com um estudo realizado, o ar refrescante antes de sair


frio, manda todo o ar do plástico quente o qual libera Benzeno, que
causa câncer (leva-se um tempo para dar-se conta do odor do
plástico quente no carro). Por isto é a importância de manter os
vidros abertos uns minutos.

"Por favor não ligar o ar condicionado ou simplesmente o ar,


imediatamente ao se entrar no carro.
Primeiramente deve-se abrir as janelas e depois de um momento,
ligar o ar e manter as janelas abertas até uns minutos.

Além de causar câncer, o Benzeno envenena os ossos, causa


anemia e reduz as células brancas do sangue.

Uma exposição prolongada pode causar Leucemia, e incrementar o


risco de outros tipos de câncer.
Também pode causar um aborto. O nível apropriado de Benzeno em
lugares fechados é de 50 mg/929 cm2.

Assim, antes de entrar no carro, abram as janelas e a porta para


que o ar interior saia e disperse esta toxina mortal.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

AGROTÓXICOS

◼ De dermatites a câncer, as doenças causadas


pelos produtos químicos aplicados aos alimentos
têm sido alvo de pesquisas para precisar as
relações de causa e efeito.
◼ Pesquisa da Universidade de Edimburg, na
Escócia, registra uma redução gradual do
volume de espermatozóides em adultos,
humanos e animais, provocada por resíduos
químicos nos alimentos e no meio ambiente.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ Os agrotóxicos são agentes químicos


que determinam uma série de
efeitos nocivos para a saúde
humana, avisa Frederico Peres,
pesquisador da Escola Nacional de
Saúde Pública da Fiocruz do Rio de
Janeiro.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

◼ O alerta serve especialmente para os


trabalhadores rurais, que precisariam
usar macacão, máscara, protetor
auricular, óculos e luvas para se proteger
do contato direto com os químicos.
◼ No Nordeste, é praticamente impossível
alguém usar todos esses equipamentos,
por causa do calor infernal, lamenta a
médica Idê Gurgel.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES
QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Como reduzir os efeitos do agrotóxico?


1. Escolha produtos livres de furos ou picadas por
onde os resíduos possam entrar; lavar e esfregar
com bucha macia com sabão neutro as frutas;
2. Deixar de molho em água com vinagre(uma colher
de sopa de vinagre para cada litro de água) por
meia hora;
3. Procure alimentos orgânicos, ou seja, aqueles
cultivados com pouco ou sem produto químico;
4. Coma variedade de alimentos; quanto mais
variável for sua alimentação, você terá menos
riscos de expor-se aos pesticidas.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS
AGENTES QUÍMICOS
Marcos Barbosa Horta – Engenheiro de Segurança

Os vencedores

"Os membros de uma equipe vencedora lutam


contra seus concorrentes. Os membros de
uma equipe perdedora lutam entre si."

J.M.Juran
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

The end.
RISCOS DE EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS

Exercícios

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