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SUMÀRIO

1 - INTRODUÇÃO

Os processos industriais e de geração de energia, as veículos automotores e as queimadas são,


dentre as atividades antrópicas, as maiores causas da introdução de substâncias poluentes à
atmosfera, muitas delas tóxicas à saúde humana e responsáveis por danos à flora e aos
materiais.

A poluição atmosférica pode ser como qualquer forma de matéria o energia com intensidade,
concentração, tempo ou característica que possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à
saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, a fauna e à flora ou
prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e à qualidade de vida da comunidade.

Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis comparados a outros


fatores mais fáceis de serem identificados . Estudos epidemiológicos tem demonstrado,
correlações entre a exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos de morbidade e
mortalidade, causadas por problemas respiratórios ( asma, bronquite, enfisema pulmonar e
câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando as concentrações dos poluentes na
atmosfera não ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes. As populações mais fáceis
de serem atingidas são as crianças, os idosos e as pessoas que já apresentam doenças
respiratórias.

A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade de vidas das pessoas,
mas também acarretam maiores gastos do Estado, decorrentes do aumento do número de
atendimentos e internações hospitalares, além, do uso de medicamentos, custos esses que
poderiam ser evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros urbanos. A poluição do
ar pode também afetar ainda a qualidade dos materiais (corrosão), do solo e das águas
( chuvas ácidas, além de afetar a visibilidade.

Nessa etapa 3, com o tema TIPOS DE POLUIÇÃO, iremos abordar análises da qualidade do
ar atmosférico da região do Grande ABCDM, a qualidade do ar com os tipos de emissões
atmosféricas das queimadas , urbanas e industriais da região Sudeste centralizada mais na
região de São Paulo e Grande ABCDM. As análises foram baseadas através de mapas de
qualidade do ar emitidos pela CETESB e CPTC-INPE.
2 - POLUENTES ATMOSFÉRICOS NA REGIÃO DO ABCD

O gás de ozônio é bastante conhecido por formar uma camada na alta atmosfera que
protege todo o planeta contra emanadas pelo sol. O outro lado desse gás ´q sua atuação na
superfície do planeta, na baixa atmosfera, quando se transforma em um perigoso poluente. O
chamado “mau ozônio” é produzido a partir de reações de substâncias emitidos pelos
escapamentos dos veículos na presença de luz solar. Seu efeito na saúde humana é mais
sentido no sistema respiratório e provoca bronquite, renite e asma, doenças que, a longo prazo
tem efeito s altamente danosos.

O gás de ozônio aumentou 43,6% entre 2010 e 2012 no ar da região do ABCD, por
causa do uso demasiado de veículos que poderia ser amenizado com o transporte coletivo, se
o mesmo tivesse melhorias adequadas.

É fundamental a implantação de rodízio de veículos, inspeção veicular e investimentos


em transporte público moderno para melhorar a qualidade do ar no Grande ABCD. A região
conta hoje com frota de 1,1 milhão de automotores.

Além do ozônio, outros poluentes na atmosfera como partículas inaláveis finas e em


suspensão entre outros, ajudam a piorar o ar que respiramos.

3 - POLUIÇÃO DA ATMOSFERA

O nível de poluição ou da qualidade do ar é medido pela quantificação de substâncias


presentes no mesmo. Considera-se poluentes do ar qualquer substância que pela sua
concentração possa torna-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-
estar público, danoso aos materiais, fauna e a flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo
da propriedade e às atividades normais da comunidade.

Como a variedade das substâncias que podem ser encontradas na atmosfera é muito
grande, o que torna difícil estabelecer uma classificação. Para facilitar essas classificações os
poluentes foram divididos em duas categorias:
Poluentes Primários : aqueles diretamente emitidos pela fontes de poluição;

Poluentes Secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação química entre


poluentes primários e os constituintes naturais da atmosfera.

As substâncias poluentes podem ser classificadas das seguintes formas :

Figura 01: Poluentes

Fonte disponível em:<http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/21-Poluentes>acesso em 26 Out. 2014.

Interagindo as fontes de poluição e a atmosfera irão definir o nível de qualidade do ar,


que determina por sua vez o surgimento de efeitos adversos da poluição do ar sobre os
receptores, que podem ser o homem, os animais, as plantas e os materiais.

O grupo de poluentes que servem como indicadores de qualidade do ar, adotados


universalmente e que foram escolhidos em razão da freqüência de ocorrência e de seus efeitos
adversos, são:

- Material Particulado (MP)

- Dióxido de Enxofre (SO2)

- Monóxido de Carbono (CO)

- Oxidantes Fotoquímicos, como o Ozônio (O3)

- Hidrocarbonetos (HC)

- Óxidos de Nitrogênio (NOx)


4 - DESCRIÇÃO DOS POLUENTES

4.1 - Material Particulado (MP)

Material Particulado (MP), Partículas Totais em Suspensão(PTS), Partículas Inaláveis


(MP10), Partículas Inaláveis Finas (MP2,5) e Fumaça (FMC). Sob a denominação geral de
Material Particulado se encontra um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e
todo tipo de material sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu
pequeno tamanho. As principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera são:
veículos automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira
do solo, entre outros. O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de
gases como dióxido de enxofre (SO 2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos
voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em atividades de combustão,
transformando-se em partículas como resultado de reações químicas no ar. O tamanho das
partículas está diretamente associado ao seu potencial para causar problemas à saúde, sendo
que quanto menores maiores os efeitos provocados. O particulado pode também reduzir a
visibilidade na atmosfera.
O material particulado pode ser classificado como:

4.2 - Partículas Totais em Suspensão (PTS)

Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é
menor que 50 µm. Uma parte destas partículas é inalável e pode causar problemas à saúde,
outra parte pode afetar desfavoravelmente a qualidade de vida da população, interferindo nas
condições estéticas do ambiente e prejudicando as atividades normais da comunidade.

4.3 - Partículas Inaláveis (MP10)

Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é
menor que 10 µm. Dependendo da distribuição de tamanho na faixa de 0 a 10 µm, podem
ficar retidas na parte superior do sistema respiratório ou penetrar mais profundamente,
alcançando os alvéolos pulmonares.

4.4 - Partículas Inaláveis Finas (MP2,5)

Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é
menor que 2,5 µm. Devido ao seu tamanho diminuto, penetram profundamente no sistema
respiratório, podendo atingir os alvéolos pulmonares.

4.5 - Fumaça (FMC)

Está associada ao material particulado suspenso na atmosfera proveniente dos processos de


combustão. O método de determinação da fumaça é baseado na medida de refletância da luz
que incide na poeira (coletada em um filtro), o que confere a este parâmetro a característica de
estar diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmosfera.

4.6 - Dióxido de Enxofre (SO2)

É formado pela reação do óxido de nitrogênio e do oxigênio reativo, presentes na


atmosfera .Resulta principalmente da queima de combustíveis que contém enxofre, como óleo
diesel, óleo combustível industrial e gasolina. É um dos principais formadores da chuva ácida.
O dióxido de enxofre pode reagir com outras substâncias presentes no ar formando partículas
de sulfato que são responsáveis pela redução da visibilidade na atmosfera.

4.7 - Monóxido de Carbono (CO)

É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta de combustíveis de origem


orgânica (combustíveis fósseis, biomassa, etc). Em geral é encontrado em maiores
concentrações nas cidades, emitido principalmente por veículos automotores. Altas
concentrações de CO são encontradas em áreas de intensa circulação de veículos.

4.8 - Ozônio (O3) e Oxidantes Fotoquímicos

“Oxidantes fotoquímicos” é a denominação que se dá à mistura de poluentes secundários


formados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na
presença de luz solar, sendo estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de
combustíveis e solventes. O principal produto desta reação é o ozônio, por isso mesmo
utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera. Tais
poluentes formam a chamada névoa fotoquímica ou “smog fotoquímico”, que possui este
nome porque causa na atmosfera diminuição da visibilidade.

Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação. É sempre bom ressaltar
que o ozônio encontrado na faixa de ar próxima do solo, onde respiramos, chamado de “mau
ozônio”, é tóxico. Entretanto, na estratosfera (a cerca de 25 km de altitude) o ozônio tem a
importante função de proteger a Terra, como um filtro, dos raios ultravioletas emitidos pelo
Sol.

4.9 - Hidrocarbonetos (HC)

São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis e de


outros produtos orgânicos voláteis. Diversos hidrocarbonetos como o benzeno são
cancerígenos e mutagênicos, não havendo uma concentração ambiente totalmente segura.
Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”.

4.10 - Óxido de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Nitrogênio (NO2)

São formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos geralmente


são os principais responsáveis pela emissão dos óxidos de nitrogênio. O NO, sob a ação de
luz solar se transforma em NO2 e tem papel importante na formação de oxidantes
fotoquímicos como o ozônio. Dependendo das concentrações, o NO2 causa prejuízos à saúde.
Além destes poluentes que servem como indicadores de qualidade do ar, a CETESB monitora
outros parâmetros, como por exemplo, o chumbo, regulamentado conforme o Decreto
Estadual nº 59.113 DE 23/04/2013.

4.11-Chumbo
No passado, os veículos eram o principal contribuinte de emissões de chumbo para o ar. O
Brasil foi, em 1989, um dos primeiros países a retirar o chumbo de sua gasolina automotiva,
sendo este totalmente eliminado em 1992. Essa conquista deu-se graças à substituição do
chumbo pelo álcool como aditivo à gasolina. Como consequência, a concentração de chumbo
na atmosfera das áreas urbanas diminuiu significativamente. Atualmente o chumbo é
encontrado em maior quantidade em locais específicos como próximo a fundições de chumbo
e indústrias de fabricação de baterias chumbo-ácido.

A CETESB monitora também os compostos de Enxofre Reduzido Total (ERT).

4.12 - Enxofre Reduzido Total (ERT)


Sulfeto de hidrogênio, metil-mercaptana, dimetil-sulfeto, dimetil-dissulfeto, são, de maneira
geral, os compostos de enxofre reduzido mais freqüentemente emitidos em operações de
refinarias de petróleo, fábricas de celulose, plantas de tratamento de esgoto e produção de
rayon-viscose, entre outras. As demais espécies de enxofre reduzido são encontradas em
maior quantidade perto de locais específicos. O dissulfeto de carbono, por exemplo, é usado
na fabricação de rayon-viscose e celofane.
Os compostos de enxofre reduzido também podem ocorrer naturalmente no ambiente como
resultado da degradação microbiológica de matéria orgânica contendo sulfatos, sob condições
anaeróbias, e como resultado da decomposição bacteriológica de proteínas.
Estes compostos produzem odor desagradável, semelhante ao de ovo podre ou repolho,
mesmo em baixas concentrações.

5 - Condições Meteorológicas

A concentração de poluentes está fortemente relacionada às condições meteorológicas.


Alguns dos parâmetros que favorecem altos índices de poluição são: alta porcentagem de
calmaria, ventos fracos e inversões térmicas a baixa altitude. Este fenômeno é particularmente
comum no inverno paulista, quando as noites são frias e a temperatura tende a se elevar
rapidamente durante o dia, provocando alteração no resfriamento natural do ar.
A inversão térmica se caracteriza por uma camada de ar quente que se forma sobre a cidade,
“aprisionando” o ar e impedindo a dispersão dos poluentes.

6 – PROBLEMAS DECORRENTES DA BAIXA UMIDADE DO AR E DA ALTA


CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES

Nas regiões do grande ABCD, freqüentemente ocorrem dias com baixa umidade do ar e alta
concentração de poluentes. Nesses casos é comum ocorrerem complicações respiratórias
devido ao ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da
pele e irritação dos olhos.

Quando a umidade relativa do ar estiver entre 20 e 30%, evitar fazer exercícios físicos ao ar
livre entre 11 e 15 horas, aconselha-se umidificar o ambiente através de vaporizadores,
toalhas molhadas, recipientes com água, umidificação de jardins etc; sempre que possível
permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas. Caso a umidade esteja entre
20 e 12%, é recomendável suspender exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16
horas; evitar aglomerações em ambientes fechados; e seguir as orientações anteriores.

Mas, se a umidade for menor do que 12% interrompa qualquer atividade ao ar livre entre 10 e
16 horas; evitar atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados; manter
umidificados os ambientes internos, principalmente quartos de crianças, hospitais etc. Além
dessas medidas é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos
e narinas e beber muita água.

No mapa a seguir, visualizado em 26 de outubro de 2014, podemos avaliar que a Região do


ABC está com o índice de qualidade do ar que varia um pouco, mas, continua boa, somente
na região do centro de São Paulo está com a qualidade do ar moderado, conforme tabelas
abaixo:
7 - Mapa Indicador da qualidade do ar do Estado de São Paulo

Região Metropolitana de São Paulo

Figura 02

Fonte: Disponível em:<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/php/mapa_qualidade_rmsp.php>Acesso em: 26 Out.2014.

Nesse mapa, podemos avaliar que a Região do ABC está com o índice de qualidade do ar
varia um pouco, mas, continua boa, somente na região do centro de São Paulo está com a
qualidade do ar moderado, conforme tabelas abaixo:

Tabela 01: Indicador do ar da Rede São Bernardo - Centro

Estação: S.Bernardo-Centro
Data: 26-10-2014
Hora: 21:00
Índice: 31
Qualidade:
Poluente: MP2.5
Fonte disponível em:<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/php/mapa_qualidade_rmsp.php?id=7#resultad >Acesso em 26 Out.2014
Tabela 02 : Indicador do ar da Rede - Estação Congonhas

Estação: Congonhas
Data: 26-10-2014
Hora: 21:00
Índice: 46
Qualidade:
Poluente: MP2.5
Fonte disponível em:<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/php/mapa_qualidade_rmsp.php?id=7#resultad>Acesso em 26 Out.2014

Tabela 03: Indicador do ar da Rede - Estação S. André - Paço Municipal

Estação: S.André-Paço Municipal


Data: 26-10-2014
Hora: 21:00
Índice: 29
Qualidade:
Poluente: MP10
Fonte disponível em:<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/php/mapa_qualidade_rmsp.php?id=7#resultad>Acesso em 26 Out.2014

Tabela 04: Indicador do ar da Rede- Estação São Caetano do Sul

Estação: São Caetano do Sul


Data: 26-10-2014
Hora: 21:00
Índice: 36
Qualidade:
Poluente: MP10
Fonte disponível em:<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/php/mapa_qualidade_rmsp.php?id=7#resultad>Acesso em 26 Out.2014
Tabela – 5 – Resumo da Última Hora das Redes

Fonte disponível em:<http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/Ar/php/mapa_qualidade_rmsp.php?id=7#resultad>Acesso em 26 Out.2014.

Tabela 6 – Configuração e localização das Redes


CONFIGURAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS REDES

Fonte disponível em:<http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/24-Configura??es-da-Rede-Autom?tica> acesso em 26 out.2014.

Para cada poluente medido é calculado um índice, que é um valor adimensional. Dependendo
do índice obtido, o ar recebe uma qualificação, que é uma nota para a qualidade do ar, além de
uma cor, conforme apresentado na tabela abaixo:

TABELA 7 - ESTRUTURA DO ÍNDICE DA QUALIDADE DO AR


Fonte disponível em:<http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/22-Padr?es-e-?ndices>Acesso em 26 Out.2014.

TABELA 8 - QUALIDADE DO AR E EFEITOS À SAÚDE

Fonte disponível em:<http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/22-Padr?es-e-?ndices>Acesso em 26 Out.2014.

A seguir os mapas referente a Qualidade do AR; Emissões de Queimadas e Emissões Urbano/


Industrial
MAPAS DA QUALIDADE DO AR DO ESTADO DE SÃO PAULO
Monóxido de carbono (CO)

Disponí
vel em :<http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt > Acesso 02/11/2014.

Ozônio (O³)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.


Óxidos de Nitrogênio (NOx)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.

Composto Orgânico Voláteis (COVDM)


Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014

Material Particulado

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.


MAPA DE EMISSÃO DE QUEIMADAS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Monóxido de Carbono (CO)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/201

Metano (CH4)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.


Óxidos de Nitrogênio (NOx)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.

Material Particulado (PM25)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.


Compostos Orgânicos Voláteis (COVDM)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.

MAPAS DE EMISSÕES URBANO / INDUSTRIAL

Monóxido de Carbono (CO)


Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.

Metano (CH4)
Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.

Óxidos de Nitrogênio ( NOx)

Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.

Compostos Orgânicos Voláteis ( COVDM)


Disponível em : <http://meioambiente.cptec.inpe.br/index.php?lang=pt >Acesso 02/11/2014.
Conforme os mapas acima, podemos analisar que :

Os lançamentos de gases e pequenas partículas na atmosfera podem alterar


sensivelmente a qualidade do ar, provocando a sua poluição.

Além da quantidade e do teor dos poluentes lançados na atmosfera, alguns fatores


ambientais podem influir no processo de poluição do ar.

A poluição do ar depende, principalmente, de:

- Fontes de emissão de poluentes; tipos e quantidades de resíduos; período de emissão


dos mesmos;

- Características climáticas do ambiente, tais como a velocidade e direção dos ventos e a


estabilidade atmosférica, as quais podem contribuir para uma maior ou menor dispersão,
transformação ou remoção dos poluentes;

- Condições topográficas do meio, influindo na circulação do ar.

Um exemplo das condições climáticas contribuindo para o agravamento da poluição é o


fenômeno conhecido como “inversão térmica” (ou “inversão de camada”, ou ainda, “inversão
de temperatura”).

Normalmente, a temperatura da atmosfera decresce com a altura, ficando as camadas mais


frias de ar sobre as camadas mais quentes. Ocorre um movimento ascendente do ar, a partir da
superfície da terra, com o ar mais quente (mais leve) subindo e o ar mais frio (mais pesado)
descendo. Este fenômeno contribui para a dispersão do ar, no sentido vertical.

Em algumas regiões, quando ocorrem condições meteorológicas anormais, acontece o


fenômeno inverso, ou seja, a temperatura do ar passa a ser maior nas camadas superiores,
existindo a “inversão térmica”.

Nessas situações, o movimento vertical do ar é prejudicado, formando-se uma camada


estável. Os poluentes lançados na atmosfera concentram-se nas proximidades da superfície da
terra, podendo resultar em grave problema de poluição.

As principais fontes de poluição atmosférica são:

 Fontes industriais, incluindo as fábricas e outros processos, tais como a queima de


combustíveis derivados do petróleo, em fornos caldeiras etc.;

 Transportes, compreendendo os veículos automotores de vários tipos e o tráfego


aéreo;

 Outras fontes, tais como: incineração do lixo; perdas, por evaporação, em serviços
petroquímicos; queima de combustíveis para aquecimento de edificações; queima da
vegetação (queimadas); consumo de cigarro.
A presença de poluentes na atmosfera pode resultar em prejuízos à saúde humana, aos
animais, aos vegetais e aos materiais em geral, podendo-se enumerar os seguintes efeitos:

- Danos à saúde humana, contribuindo para a maior incidência de doenças respiratórias,


irritação nos olhos e pulmões, podendo causar até a morte;

- Redução da visibilidade, devido à presença de partículas de materiais na atmosfera;

- Danos aos animais, podendo causar até a morte, em situações graves de poluição do ar;

- Prejuízos aos materiais, tais como: corrosão do ferro, aço e mármore; deterioração da
borracha, de produtos sintéticos e tecidos; sujeira de roupas, prédios e monumentos;

- Danos aos vegetais, causando a descoloração de folhas e flores, queda de folhas falhas
na floração e produção de frutos, malformação e até mesmo a morte de plantas.

O controle da poluição atmosférica, principalmente nas grandes cidades ou centros industriais,


torna-se necessário para garantir uma qualidade satisfatória ao ar. Entre as principais medidas
de controle, destacam-se;

 Localização adequada de indústrias, com relação às residências e a outros usos


sensíveis, exigindo-se um afastamento conveniente, em função do potencial de
poluição da fonte;

 Instalação de equipamentos de retenção de poluentes, nas indústrias e outras fontes de


poluição da fonte;

 Controle da emissão de gases a partir dos veículos, através de novas técnicas de


fabricação que conduzam a uma menor produção de poluentes atmosféricos;

 Utilização maior do transporte coletivo, nas grandes cidades, em substituição ao


transporte individual;

 Melhoria do sistema de transporte urbano, buscando-se um fluxo mais rápido dos


veículos, o que resultará numa menor quantidade de poluentes lançados na atmosfera;

Controle da queima do lixo e de outros materiais; nos incineradores de resíduos sólidos,


devem ser instalados dispositivos de controle da emissão de poluentes.
REGULAMENTAÇÃO

No Governo Federal, a instância regulamentadora das emissões atmosféricas é o Conselho Nacional de


Meio Ambiente, que por meio de suas resoluções determina os limites máximos de emissões de
poluentes. No CONAMA, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA coordenam as discussões que
geram os novos limites de emissão.

Particularmente no que diz respeito aos limites das emissões industriais, há a importante participação
dos órgãos estaduais de meio ambiente na edição das resoluções, tendo em vista seu papel
preponderante no licenciamento e na fiscalização destas atividades e o conhecimento que detém da
realidade de seus territórios.

Além disso, participam também ativamente das discussões os representantes da indústria brasileira,
dos governos municipais e da sociedade civil, propiciando resoluções baseadas na realidade do país e
com a colaboração de todos os setores.

Desde o final da década de 90, a regulamentação das emissões atmosféricas das fontes fixas tem
gerado debates intensos no CONAMA, debates que culminaram com a edição das Resoluções nº
382/06 e 436/11, que alinharam o país com o que há de mais avançado em termos de limites de
emissão de poluentes, qualidade do ar e proteção do meio ambiente e da saúde humana em todo o
planeta.

Resoluções CONAMA relativas a Fontes Fixas:

Resolução CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989

Criou o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar – PRONAR.


A fixação de parâmetros para a emissão de poluentes gasosos e materiais particulados (materiais
sólidos pulverizados) por fontes fixas começou a ser efetuada por meio dessa Resolução, que
determinou a necessidade de se estabelecer limites máximos de emissão e a adoção de padrões
nacionais de qualidade do ar.

Resolução CONAMA nº 3, de 28 de junho de 1990

Dispôs sobre os padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Teve como base normas (ou
recomendações) da Organização Mundial da Saúde, que levam em conta limites de concentração
compatíveis com a saúde e o bem-estar humanos. Em seu art. 1º, a Resolução nº 3/1990 define que são
padrões de qualidade ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar
a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos
materiais e ao meio ambiente em geral.

Resolução CONAMA nº 8, de 6 de dezembro de 1990

Estabeleceu os limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externa


de fontes de poluição. Esta resolução complementou o PRONAR estabelecendo limites para a
concentração de determinados poluentes no ar.

Resolução CONAMA nº 382, de 26 de dezembro de 2006

Estabeleceu os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas.


Cabe ressaltar que a Resolução CONAMA nº 382/2006 representou uma mudança de abordagem do
tema. Nas resoluções anteriores do PRONAR, considerava-se a qualidade do ar como parâmetro
básico, admitindo-se emissões maiores onde as condições atmosféricas fossem mais favoráveis. Pela
Resolução nº 382/2006, fixam-se limites específicos de emissão para cada tipo de fonte ou
combustível utilizado. Ele se aplica a todas as fontes fixas instaladas a partir da sua vigência, ou seja,
2007.

Resolução CONAMA nº 436, de 22 de dezembro de 2011

Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas instaladas ou
com pedido de licença de instalação anteriores a 2 de janeiro de 2007, complementando assim a
Resolução nº 436/2006. impondo às fontes antigas novos limites. Para a maioria dos segmentos da
indústria, os limites foram igualados, ou seja, as fábricas antigas terão que se modernizar e diminuir
substancialmente suas emissões, equiparando-se às fábricas novas.
Esta Resolução induziu uma revolução tecnológica no Brasil, sendo uma das medidas de maior
impacto ambiental que o CONAMA aprovou nos últimos anos, trazendo uma profunda mudança
tecnológica ao nosso parque industrial e diminuindo de forma expressiva as emissões destas indústrias,
que por serem as mais antigas, são justamente as que se localizam dentro das áreas urbanas mais
consolidadas, com maior impacto poluidor. A Resolução restringe as emissões de poluentes de treze
dos principais setores da indústria nacional, determinando limites de emissão dos principais poluentes
e com prazos fixos para a implementação das mudanças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

De uma forma geral, a qualidade do ar é produto da interação de um complexo


conjunto de fatores dentre os quais destacam-se a magnitude das emissões, a topografia e as
condições meteorológicas da região, favoráveis ou não à dispersão de dos poluentes. É
possível perceber que diversos fenômenos nocivos ao meio ambiente (chuva ácida, efeito
smog, efeito estufa) e também ao homem (doenças respiratórias, alergias e outros) estão
associados a este tipo de poluição. O governo estabeleceu diversas medidas para que o nível
de poluentes emitidos por veículos estivesse dentro de um nível considerado aceitável, a meta
mais importante a ser concluída é que a melhoria da qualidade do ar que respiramos não
depende apenas de uma instituição e, sim, de uma ação conjunta de diversos órgãos e
atividades que podemos citar: melhoria da qualidade dos laboratórios de teste das montadoras
e das entidades ambientais governamentais (para efeito de fiscalização), do desenvolvimento
de tecnologia dos motores e equipamentos; melhoria do combustível e até mesmo dos
urbanistas e engenheiros de trânsito, que deverão evitar a concentração de veículos em
corredores de tráfego; por isso, estudos futuros são necessários para aprimorar as medidas
para qualidade do ar com redução da poluição atmosférica de origem veicular, Urbanas,
Industriais e por emissões de queimadas.
BIBLIOGRAFIA

www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar/fontes-fixas

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