SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE OCUPACIONAL

RISCOS OCUPACIONAIS QUÍMICOS

AGENTES QUÍMICOS: QUADRO 2

NOME: MARIA LUIZA DOS SANTOS MONTEIRO, ALLANA SOUZA, MARIA CLARA FREIRE
PERISSE, STHEFANNY CARLOS SILVA, SARAH OLIVEIRA DA SILVA, RANYA MARIANO JULIO
TURMA: CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA 2023.2
MODULO: I
DATA: 12/03/2024
PROFESSOR (A): ELAINE
 QUADRO 2
 TÓXICOS

Agentes químicos tóxicos são substâncias que, em concentrações elevadas, podem causar danos à saúde ou
ao meio ambiente. Eles incluem uma variedade de compostos, como pesticidas, produtos químicos
industriais, venenos de animais e metais pesados. Estes podem ter efeitos adversos imediatos ou crônicos no
corpo humano e no ecossistema.

- AGENTE 1: AMIANTO

O amianto, também conhecido como asbesto, é um grupo de minerais fibrosos naturais compostos
principalmente por silicatos de magnésio. Sua fórmula química varia dependendo do tipo específico de
amianto, mas em geral inclui sílica, oxigênio e íons de magnésio.

Historicamente, o amianto foi amplamente utilizado em uma variedade de produtos devido às suas
propriedades únicas, incluindo resistência ao calor, isolamento térmico e acústico, resistência à tração e à
corrosão. Ele foi utilizado em materiais de construção, como telhas, cimento, isolamento térmico e acústico,
assim como em produtos industriais, incluindo freios automotivos, juntas de tubulação, produtos têxteis e
materiais de fricção.

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: A contaminação por amianto pode ocorrer pela inalação de suas fibras
durante a manipulação de materiais que o contenham, como também pela ingestão ou contato dérmico.
Medidas de segurança, como o uso de EPIs, são essenciais para mitigar os riscos à saúde associados à
exposição ao amianto.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: A exposição ao amianto pode resultar em várias doenças graves.
O câncer de pulmão é uma das doenças mais comuns associadas ao amianto, ocorrendo devido à inalação das
fibras. O mesotelioma, um câncer raro que afeta a membrana que reveste os órgãos internos, também está
fortemente ligado à exposição ao amianto. Além disso, a asbestose é uma doença pulmonar crônica causada
pela inalação prolongada de fibras de amianto, levando a cicatrizes nos pulmões e dificuldades respiratórias.
Outras condições respiratórias, como pleurisia e bronquite crônica, também podem surgir devido à exposição
ao amianto.

Os acidentes relacionados ao amianto geralmente envolvem a manipulação inadequada de materiais que

contêm essa substância. Isso pode incluir demolições sem medidas de segurança apropriadas, manuseio
imprudente de produtos contendo amianto e violações das regulamentações de segurança no local de
trabalho. Esses acidentes podem resultar em exposição significativa às fibras de amianto, aumentando assim
o risco de desenvolvimento de doenças relacionadas ao amianto.

- AGENTE 2: ANILINA

A anilina é um composto químico altamente tóxico e volátil, com a fórmula molecular C6H5NH2. Ela é
utilizada principalmente na produção de corantes, como intermediário em produtos farmacêuticos, na
fabricação de produtos químicos agrícolas e na produção de poliuretanos e outros produtos químicos
industriais. Apesar de ser amplamente utilizada na indústria química, a anilina apresenta sérios riscos à saúde
humana.
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: A contaminação por anilina pode ocorrer de várias maneiras. A inalação
de vapores de anilina é uma forma comum de exposição, especialmente durante a produção ou manipulação
do composto. Além disso, a anilina pode ser absorvida pela pele em locais onde há contato direto com o
líquido ou em caso de derramamentos.

Embora menos comum, a ingestão acidental também pode ocorrer. Além disso, o descarte inadequado de
resíduos contendo anilina pode levar à contaminação do ambiente, afetando a saúde humana e o meio
ambiente. Para minimizar a exposição à anilina, medidas de precaução, como o uso de equipamentos de
proteção adequados e a adoção de práticas seguras de manuseio e armazenamento, são essenciais.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: A exposição à anilina pode levar a uma série de doenças e
acidentes. A inalação dos vapores de anilina pode causar irritação no trato respiratório, dor de cabeça, tontura
e náuseas. O contato com a pele pode resultar em irritação, vermelhidão e dermatite. A ingestão acidental de
anilina pode causar danos aos órgãos internos, como fígado e rins, além de problemas gastrointestinais
graves. Exposições prolongadas ou repetidas à anilina estão associadas a um maior risco de desenvolvimento
de câncer de bexiga e anemia aplástica.

Além disso, acidentes podem ocorrer durante o manuseio, transporte ou armazenamento inadequado de
anilina, incluindo vazamentos, derramamentos e incêndios, representando riscos à saúde e ao meio ambiente.
Portanto, medidas de segurança rigorosas são essenciais para prevenir acidentes e proteger a saúde dos
trabalhadores e do público em geral.

 CORROSIVOS

Agentes químicos corrosivos são substâncias que têm a capacidade de causar danos a outros materiais ou
tecidos vivos por meio de corrosão ou destruição. Eles são caracterizados por sua capacidade de causar danos
químicos significativos quando entram em contato com outros materiais, incluindo metais, tecidos biológicos
e materiais plásticos. Exemplos comuns de agentes químicos corrosivos incluem ácidos fortes e bases fortes

- AGENTE 1: ÁCIDO CROMICO

O ácido crômico, também conhecido como ácido crômico hexavalente, é um composto químico representado
pela fórmula H2CrO4. Ele é um oxidante forte e altamente corrosivo, geralmente encontrado em forma de
solução aquosa ou em cristais vermelhos. O ácido crômico é utilizado em diversas aplicações industriais,
como na fabricação de corantes, pigmentos, tratamento de superfícies metálicas para cromagem, e na
produção de produtos químicos orgânicos. Também é empregado em processos de limpeza e
desengorduramento de materiais, e na análise química para a detecção de certos compostos orgânicos.

Devido à sua alta toxicidade e potencial carcinogênico, o ácido crômico está sujeito a regulamentações
estritas em muitos países. Sua manipulação requer equipamentos de proteção individual adequados, como
luvas, óculos de proteção e aventais, além de um ambiente de trabalho bem ventilado para evitar a inalação
de vapores tóxicos.

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: Por inalação de vapores pois durante o manuseio do ácido crômico em
forma líquida ou solução, podem ser liberados vapores corrosivos. A inalação desses vapores pode levar à
irritação das vias respiratórias e a danos pulmonares. Por contato cutâneo já que o crômico pode causar
queimaduras graves na pele se entrar em contato direto com a pele, resultando em irritação, vermelhidão,
bolhas e necrose. E por ingestão que pode ocorrer em situações de manuseio descuidado ou armazenamento
inadequado. Isso pode causar danos ao trato gastrointestinal e aos órgãos internos, resultando em
queimaduras graves e intoxicação.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: A exposição ao ácido crômico pode resultar em uma série de
doenças e acidentes graves. Inalar os vapores corrosivos do ácido pode causar irritação das vias respiratórias,
tosse e dificuldade respiratória. O contato direto com a pele pode resultar em queimaduras graves, irritação e
ulceração da pele. Em casos mais graves, a exposição dérmica prolongada pode levar à dermatite crônica. A
ingestão acidental de ácido crômico pode causar danos ao trato gastrointestinal, incluindo queimaduras na
boca, garganta e estômago. Além disso, o ácido crômico é cancerígeno e pode aumentar o risco de câncer de
pulmão em pessoas expostas por longos períodos de tempo. Acidentes, como vazamentos ou derramamentos
de ácido crômico, podem resultar em danos ambientais, contaminando o solo, a água e afetando a vida
selvagem. É crucial adotar medidas de segurança rigorosas ao lidar com o ácido crômico para prevenir esses
efeitos adversos à saúde e ao meio ambiente

- AGENTE 2: CLORATO DE SÓDIO

O clorato de sódio é um composto químico representado pela fórmula NaClO3. É um sal inorgânico que é
geralmente encontrado na forma de cristais ou pó branco e solúvel em água. O clorato de sódio é
frequentemente usado na produção de outros compostos químicos, como o dióxido de cloro, que é um agente
de branqueamento usado na fabricação de papel e no tratamento de água.

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: A contaminação por clorato de sódio pode ocorrer de várias maneiras. O
contato direto com o composto durante o manuseio, transporte ou armazenamento é uma preocupação,
especialmente se houver derramamentos ou vazamentos. Isso pode resultar em exposição cutânea ou inalação
de partículas de clorato de sódio, levando a possíveis danos à pele, olhos e sistema respiratório. Além disso, a
ingestão acidental de clorato de sódio pode ocorrer se não forem tomadas precauções adequadas para
armazenar o composto de forma segura, especialmente em locais onde há risco de confusão com outros
produtos alimentícios.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: A exposição ao clorato de cálcio pode resultar em irritação na

pele, nos olhos e nas vias respiratórias, além de danos gastrointestinais se ingerido. Esses sintomas podem
variar de leve a grave, dependendo do nível de exposição e da quantidade de substância ingerida ou inalada.
Em casos graves de exposição, podem ocorrer queimaduras químicas severas, lesões nos tecidos e danos aos
órgãos internos.

 IRRITANTES

Substâncias irritantes são as substâncias químicas perigosas que também causam irritação em seres vivos,
destacadamente, pelas questões de manipulação em diversas profissões e atividades.
Os rótulos e etiquetas em embalagens de substâncias irritantes contém a sigla X.

- AGENTE 1: SODA CÁUSTICA (HIDRÓXIDO DE SÓDIO)

A soda cáustica, também conhecida como hidróxido de sódio, é um composto químico representado pela
fórmula (NaOH). É uma substância altamente alcalina e solúvel em água, geralmente encontrada em forma
de escamas, grânulos ou solução aquosa.

A soda cáustica é amplamente utilizada em várias aplicações industriais e domésticas. Na indústria, é

utilizada na produção de papel, na fabricação de detergentes e produtos de limpeza, na indústria alimentícia
para processamento de alimentos, na produção de tecidos e couro, na refinação de petróleo e na fabricação de
sabão e biodiesel, entre outras aplicações. Também é empregada em processos de neutralização de ácidos e
na produção de produtos químicos orgânicos.

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: A contaminação por soda cáustica pode ocorrer de várias maneiras. O
contato direto com a pele ou os olhos durante o manuseio da substância é uma das principais formas de
exposição. Além disso, a inalação de vapores ou aerossóis de soda cáustica pode ocorrer durante processos
industriais que envolvem sua utilização. A ingestão acidental também é uma preocupação, especialmente em
ambientes onde a soda cáustica é armazenada ou utilizada em recipientes não rotulados ou inadequadamente
armazenados.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: Quando inalada, a soda cáustica também pode provocar sintomas
alérgicos, de asma ou dificuldades respiratórias, bem como penetrar nas vias respiratórias. Em casos graves,
que impliquem substâncias cáusticas, a pessoa pode ter uma pressão arterial muito baixa (choque), dor
torácica, conduzindo possivelmente à morte.

- AGENTE 2: ÁCIDO CLORIDRICO

O ácido clorídrico, com a fórmula (HCl), é um líquido altamente corrosivo e ácido. É amplamente utilizado
na indústria, especialmente na fabricação de produtos químicos, como PVC, fertilizantes e produtos
farmacêuticos. Além disso, é um componente comum em produtos de limpeza doméstica e industrial, usado
para remover depósitos minerais e óxidos. Na indústria alimentícia, é empregado para ajustar o pH durante a
produção e limpeza de equipamentos. Também é usado na indústria metalúrgica para decapagem de metais e
na indústria de tratamento de água para ajustar o pH e remover depósitos minerais

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: Ao lidar com o ácido clorídrico, existem diversas formas pelas quais
pode ocorrer a contaminação do ambiente. O contato direto com o ácido líquido ou concentrado pode causar
contaminação da pele, olhos ou membranas mucosas, resultando em queimaduras graves. A inalação dos
vapores do ácido durante o manuseio ou uso inadequado pode levar à irritação das vias respiratórias e danos
pulmonares. Além disso, vazamentos ou derramamentos de ácido clorídrico podem contaminar o solo, a água
e o ambiente circundante, representando um risco para a saúde humana e o ecossistema.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: O ácido clorídrico na forma gasosa ou diluída em água é

altamente corrosivo e irritante para a pele, as mucosas e os olhos. A inalação do gás ou de gotículas do ácido
provoca danos nas vias aéreas, que variam de irritação até destruição do epitélio pulmonar e morte. A
ingestão do ácido resulta em lesões ulcerativas no trato digestivo.

 DANOSOS AO MEIO AMBIENTE

- AGENTE 1: CHUMBO
O chumbo é um elemento químico representado pelo símbolo Pb e possui a fórmula Pb. É um metal pesado
de cor azul-acinzentada, encontrado na crosta terrestre. Devido às suas propriedades físicas e químicas, o
chumbo tem sido historicamente utilizado em diversas aplicações industriais. Uma das principais aplicações
do chumbo é na fabricação de baterias de chumbo-ácido, amplamente utilizadas em veículos automotores e
sistemas de energia de reserva. Além disso, é usado na indústria de construção em materiais como soldas,
revestimentos de cabos elétricos, tubulações de água e revestimentos de telhados.

Na indústria de munições, o chumbo é utilizado devido à sua densidade e capacidade de absorver choque.
Também é empregado na indústria de vidro e cerâmica em esmaltes de cerâmica, pigmentos de vidro e em
certos tipos de cristais. Em menor escala, é utilizado em eletrônicos, como na soldagem de componentes
eletrônicos

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: Por ingestão, devido a falsificação de Uísque contaminado com chumbo
e remédios populares são fontes eventuais. A inalação de poeira ou partículas contendo chumbo em
ambientes industriais onde o chumbo é manipulado ou em áreas próximas a estradas com tráfego intenso,
onde o chumbo proveniente da gasolina pode ser liberado no ar. A absorção do chumbo pela pele também
pode ocorrer, especialmente em ambientes onde há exposição direta a produtos contendo chumbo, como
tintas ou materiais de construção.

DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: O chumbo afeta muitas partes do organismo, incluindo o cérebro,
os nervos, os rins, o fígado, o sangue, o aparelho digestivo e os órgãos sexuais. As crianças são
particularmente sensíveis, porque o chumbo causa um dano maior no sistema nervoso que ainda se encontra
em processo de desenvolvimento. Níveis muito elevados de chumbo no sangue podem causar alterações de
personalidade, dores de cabeça, perda de sensibilidade, fraqueza, um sabor metálico no sangue, instabilidade
na locomoção, problemas digestivos e anemia. O diagnóstico baseia-se nos sintomas e em um exame de
sangue.

- AGENTE 2: MONÓXIDO DE CARBONO

O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor, inodoro e altamente tóxico, composto por um átomo de
carbono e um átomo de oxigênio, representado pela fórmula química CO. Ele está presente em várias
situações e ambientes, incluindo veículos automotores, indústrias, residências e incêndios florestais, também
é liberado na queima do cigarro

FORMAS DE CONTAMINAÇÃO: O monóxido de carbono (CO) pode contaminar o organismo humano

principalmente por meio da inalação. Quando o CO é inalado, ele entra nos pulmões e se liga à hemoglobina
no sangue com uma afinidade muito maior do que o oxigênio. Isso significa que o CO substitui o oxigênio na
hemoglobina, formando carboxihemoglobina, o que reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio
para os tecidos do corpo.
Além da inalação direta de CO, também é possível que pequenas quantidades de CO sejam absorvidas
através da pele, embora essa não seja a principal rota de exposição. A contaminação por CO pode ocorrer em
ambientes fechados com fontes de combustão, como garagens, casas mal ventiladas ou locais de trabalho
onde existem aparelhos a gás sem ventilação adequada.
DOENÇAS E ACIDENTES CAUSADOS: Pode causar dores de cabeça, tonturas, náuseas, confusão,
desmaios e, em casos graves, até mesmo morte por envenenamento por CO. A gravidade dos sintomas
depende da concentração de CO no ambiente e da duração da exposição.