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RICO: Lei contra extorsão criminal e as organizações corruptas (por suas siglas em
ingles: Racketeer Influenced and Corrupt Organizations Act), é uma lei federal que
sanciona penas contra toda atividade criminal realizada como parte de uma
organização criminal contínua.
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diferentes organizações da costa Leste, Mishca tinha
conseguido.
A tatuagem da cruz em suas costas, um símbolo de
sua nova posição, apenas tinha secado antes de que tivesse
outra sobre seu peito, no lugar legítimo. Alguns gostavam de
lhe recordar que ele era muito jovem para esse papel, mas ele
estava seguro de que com o tempo acabaria com essa
hipótese. Mesmo assim, sabia que cada movimento que fazia
era observado cuidadosamente.
Agora que tinha a marca de poder, Mishca estava no
processo de mudar a estrutura da organização que era chefe.
Diferente de seu pai necessitava ao seu lado de gente em
quem confiasse, não só aqueles que estavam ansiosos por
derramar sangue em seu nome para ser promovido, excluindo
Luka que matava somente por fazê-lo e não para receber
qualquer reconhecimento por isso. E mais importante, só
queria gente cuja lealdade fosse apenas para ele.
Alguns dos homens de Mikhail já tinham ido, apenas
se inteirando de sua situação atual, somente com isso tinha
ido menos de um terço deles, mas isto também trouxe seus
próprios problemas, principalmente porque tinha menos
homens para ocupar seus territórios.
Esta era a razão, apesar de que não estava seguro de
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por que ele tinha dado o primeiro passo, pela qual Mishca
tinha decidido ter uma reunião com Roman Pavlov, o filho
bastardo de Viktor, uma descrição que ele mesmo escolheu.
Mishca nunca teve particularmente nenhum problema com
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ele, mas fez hipóteses sobre sua personalidade baseado em
seu conhecimento de Viktor e da mãe de Roman, uma mulher
que fazia que Anya parecesse mansa. Uma coisa sim que
sabia, entretanto, era que seria bom ter Roman como aliado,
embora só fosse até que lhe traísse.
Roman era parte da Pavlov Bratva, uma que ele
mesmo dirigia apesar de que tinha menos notoriedade do que
provavelmente preferia. Por isso sugeriu uma associação,
uma espécie de aliança que enviasse uma mensagem aos que
consideravam inimigos. Só ajudaria a suas empresas a longo
prazo, razão pela qual Mishca tinha aceitado.
Agora, movia-se para a próxima etapa.
— O que sugere? — perguntou Roman, com voz
plana agora que sabia que Mishca estava de acordo com o
que ele queria.
Mishca bateu sua caneta contra a mesa, encontrando
com os olhos do homem que era família embora não sabia
quase nada dele.
Fazia um pouco mais de meia hora que Roman tinha
apresentado o plano de negócios que tinha preparado.
Poderia tê-lo feito sem a aprovação de Mishca, assim, o fato
de que veio com ele, disse a Mishca que Roman planejava
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significativos.
— O que está acontecendo? — perguntou Mishca,
dirigindo-se mais para a Luka do que Alex.
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Antes que Luka respondesse a sua pergunta, Alex
perguntou: — Por que Roman estava aqui?
Mishca sabia que seu parentesco seguia sendo um
tema delicado para ela, e ver Roman provavelmente foi um
lembrete disso.
— Negócios.
Não lhe deu mais detalhes e não teria feito embora
quisesse. Ela estava bem, Mishca sabia, embora se
perguntasse se as dificuldades que tinha passado ainda a
afetavam.
Alex olhou em seus olhos durante um longo
momento, encolheu os ombros e logo caminhou para o sofá
do outro lado de seu escritório.
— De qualquer maneira, vim aqui te dizer o marido
de merda que é.
Sorrindo, Luka foi e sentou no lugar que Roman
acabara de desocupar, apoiando suas botas cheias de barro
sobre a mesa. Em dias muito parecidos com este, Mishca
ainda não sabia por que mantinha a Luka por perto.
Não faz muito tempo, quando Luka fez uma chamada
a qual Mishca não acessou facilmente, ele tinha reagido mal
e, como resultado, Luka quebrou o dedo de Mishca. Isso o
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mesmo.
— Talvez necessite realoca-lo.
Mishca inicialmente tinha acreditado, em parte
porque Lauren sugeriu que Luka e Alex estariam bem juntos
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porque ela estava mais disposta a abrir-se com o assassino
do que do que com ele, mas tampouco perdia de vista o fato
de que sua irmã tinha tido uma queda por Luka desde que
começou a trabalhar para ele.
Não deu muita atenção a isso, não só porque Luka
não tinha parecido receptivo, e também por causa de suas
frequentes visitas à Sala Dourada, mas isso não significava
que conhecesse os verdadeiros sentimentos do assassino.
— Se está preocupado de que ele esteja colocando
seu pau em mim, não se preocupe. Não está.
Até Luka a olhou desta vez.
Ignorando por completo Mishca, ela lhe devolveu o
olhar.
— O que? É a verdade. — Voltou-se para Mishca. —
De todos os modos, como estava dizendo, a garota com que se
deitou retornou a uma existência pacifica, tentou que Lauren
fosse assassinada por uns malditos albaneses loucos, sem te
ofender, Tigre.
Luka sorriu, mas não ofereceu uma resposta.
— OH, e não nos esqueçamos de que minha mãe
contratou um mercenário para aniquilá-la. Quero dizer, se eu
fosse ela, pensaria que teria me casado na pior família de
todos os tempos.
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Nem. Uma.
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— Você...
— Terminamos?
Decidindo que era melhor deixa-lo ir, Mishca
assentiu. Antes que saísse pela porta, entretanto, Lauren e
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Klaus entraram. O sorriso dela era enorme e cálido, como
sempre, ao menos até que olhou Luka e Mishca.
— O que passou?
Luka, ao menos pelo bem dela, tratou de apagar a
tensão de seu rosto lhe dando um sorriso enquanto revolvia
seu cabelo, embora não oferecesse uma resposta. Inclusive se
estava aborrecido com Mishca, não ia descontar com ela.
— Tudo está bem.
Abriu os braços para Klaus, ao seu lado, que franziu
o cenho e deu um passo atrás.
— Me toque e...
— Quantas vezes você já ameaçou me matar? —
perguntou Luka, e esse tom brincalhão em sua voz estava de
volta à medida que forçava seus braços ao redor do
mercenário. Em uma espécie de sussurro, Luka perguntou:
— Pode sentir Ruivo?
Klaus resmungou algo entre dentes enquanto Luka
apoiava a cabeça em seu ombro.
— Maldito, se afaste de mim.
— Sinto um romance se aproximando.
— Pensei que vocês dois não gostavam um do outro
— Disse Lauren com o cenho franzido.
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Mishca voltar ao clube até mais tarde essa noite, Lauren fez
reserva em um de seus restaurantes favoritos enquanto
esperava Mishca fora do bar. Luka e Alex já tinham ido, pelo
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que podia ver, deixando só os garçons e algumas das
garçonetes VIP2 preparando-se para a noite.
Não só eles, mas havia alguns novos seguranças de
Mishca tratando de parecer discretos, enquanto vigiavam a
maioria das entradas.
Resultava ser uma noite bem tranquila, ao menos até
que se produziu uma comoção perto da entrada. Lauren deu
a volta, tentando ver do que se tratava tudo isto, mas não
podia ver nada através da multidão que se formava.
Deslizando do banco que tinha estado sentada nos
últimos dez minutos mais ou menos, Lauren se dirigiu nessa
direção e imediatamente uma figura apareceu ao seu lado.
Sabia, sem ter que olhar que provavelmente era Alik.
Era novato e mais velho que Lauren, provavelmente
perto da idade de Mishca, e trabalhava para Roman. Só
quando Luka estava ocupado, e ele estivesse na área, ficava
por perto de Lauren durante o tempo que precisasse.
A diferença da maioria dos outros que Lauren tinha
encontrado Alik não tinha o sotaque russo. De fato, soava
como se tivesse nascido e crescido no coração do Brooklyn.
Não podia explicar, mas lhe lembrava de Luka. Talvez fosse o
cabelo loiro, ou a forma em que um ar ameaçador parecia lhe
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— Christina Montana.
Entregou-lhe o guardanapo.
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— Vá nesse endereço na próxima semana, na terça-
feira. Diga que Roman Pavlov te enviou, e te atenderão.
Entende?
Ela não podia fazer mais que assentir seus olhos
passando sobre cada um deles, provavelmente tentando
averiguar quem demônios se acreditava que eram, mas ao ver
o sorriso tranquilizador de Lauren, assentiu uma vez.
— Vai estar a salvo no momento. — Mishca olhou
para Lauren — Pronta?
— Sim.
Enquanto caminhavam para fora, Christina lhes
disse: — Obrigada.
Quando já estavam a certa distância, Mishca negou
com a cabeça, com um sorriso nos lábios.
— Nunca posso te deixar sozinha, verdade? Nem
sequer por uns minutos.
— Não sei o que quer dizer, Mish. Só estou aceitando
o papel que você me deu.
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cozinheiro.
— Não tenho nenhuma prova viável disso.
— Mas você confia em mim e isso deve ser suficiente.
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Tentou manter o olhar de desprezo na cara, mas não
sabia se tinha êxito enquanto empurrava o prato de volta
para ele. Quando finalmente colocava seu primeiro pedaço na
boca, pensou que havia piores maneiras de sair.
— Há algumas coisas que quero falar contigo
enquanto está aqui.
— É por isso que está tratando de suavizar o golpe?
— perguntou, mastigando lentamente, surpreso de que
realmente gostasse.
Com um sorriso de satisfação, deu-lhe as costas,
agarrando um envelope grande.
— Vou me abster de dizer “eu te disse”.
Com um encolhimento de ombros e apontando com
seu garfo ao que tinha na mão, perguntou-lhe: — O que é
isso?
Perdeu seu sorriso, a ansiedade substituindo a
felicidade em seus olhos. Colocou-o virado para cima entre
eles, leu o cabeçalho. Universidade de Nova Iorque: Escola de
Medicina. Foi essa que se inscreveu fazia tanto tempo? Depois
de sua seleção inicial, foi para duas entrevistas em separado,
e agora este envelope tinha a decisão final.
Pôs sua mão sobre ele quando as mãos dela se
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— As nomeie.
— Quer brigar.
Suas sobrancelhas se franziram enquanto ela virava
a cara para ele.
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— Não entendo.
— Contigo. Quer brigar contigo. Se ele ganhar, você
lhe paga três vezes seu salário atual, mas se você ganhar
começará a te chamar por seu nome e trabalhar para reparar
a relação contigo, mas independentemente do resultado, o
plano de reparar a relação segue em pé.
— Sabe qual é seu salário atual? — perguntou
Mishca secamente, sabendo que era mais que provável não
soubesse, do contrário não poderia ter concordado com seus
termos.
Fez uma careta.
— Estou assumindo um número bastante grande?
Riu sem humor.
— Não tem nem ideia — Mudou de assunto antes
que seu rosto o fizesse, — Mas obrigado por sua ajuda,
embora acredite que isto deveria ser seu último acordo com
um mercenário.
— Estraguei seus planos?
Inclusive se o tivesse feito não lhe diria, não quando
isso dizia a respeito de Klaus. Embora ele não quisesse que
ela intercedesse nem mesmo por ele, Mishca sabia que
quando se tratava dos outros, ela não se aproximava deles
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— Não.
Decidiu que lhe diria de qualquer maneira, apesar de
seu estado de ânimo sombrio, e seguiu: — Não acredito de
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verdade que Mish te mataria se tiver algo com uma pessoa
em particular que está perto dele.
— Deixa isso, Lauren.
— Só estou dizendo...
— Jesus Cristo. Deixa pra lá. Se quisesse seu
conselho, teria pedido. Deixa de tentar "consertar" as merdas
quando deveria estar preocupada com você mesma.
Há seis meses, poderia ter começado a aborrecer-se
por isso, mas agora ela só o olhou: — Não acontecerá de
novo.
Separando-se, Lauren se dirigiu para o departamento
de sapatos, sabendo que era mais que provável onde as
encontraria. Luka estava certo em alguns aspectos, que
tratava de "consertar" o que acontecia entre ele e Alex. Queria
que fossem felizes, tão felizes como ela era com Mishca, mas
pela sua atitude estava bastante claro que tudo o que havia
entre eles se rompeu, e teriam que arrumá-lo eles mesmos.
Efetivamente, Alex e Amber estavam ocupadas
provando sapatos quando Lauren se aproximou. Forçando
um sorriso, Lauren fez o que deveria fazer, e no final do dia,
havia mais de uma pessoa ignorando ao assassino.
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uma vez que Luka fizesse o que lhe pediu, sem ter que fazer
uma brincadeira disso. — Isto é sério.
Desde a noite no quarto do motel, quando Mishca
tinha assumido o cargo de Pakhan, ele tinha visto menos seu
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assassino, e se estivesse sendo honesto, uma parte foi devido
ao ressentimento guardado pelo que lhe tinha feito, mas
sobre tudo porque estava demasiado ocupado.
Mas com a mudança no poder, Mishca não tinha
pessoas de sobrando que ele pudesse confiar implicitamente
e Luka só tinha estado fazendo seu trabalho depois de tudo.
Alguns se perguntavam como podia confiar em Luka sem
saber uma só coisa sobre ele, e se estivesse olhando de fora
para dentro, Mishca se perguntaria o mesmo, mas Luka
nunca lhe tinha feito duvidar. Nunca. Presenciou e escutou o
suficiente de merda sangrenta para que não coubesse dúvida
de que ele era quem dizia ser.
Isso não significava que Mishca não tinha vontade de
investiga-lo agora, depois de tudo o que aconteceu. Só que
não tinha chegado a fazê-lo ainda.
— Sério? Isto é sério. Muito sério — concordou
Luka, sacudindo a cabeça com veemência.
— Me assegurarei de que nada vá a merda enquanto
está fora estrangulando ao dragão.
Beliscando a ponte de seu nariz entre o polegar e o
indicador, Mishca fechou os olhos.
— Luka
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— Temperando a galinha?
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— Fora.
Luka fez beicinho, como se tivesse estado esperando
que dissesse mais.
— Uma coisa mais.
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Voltou-se enquanto Mishca rodeava sua mesa,
afastando a manga para cima. As sobrancelhas da Luka
subiram enquanto observava com fascinação o que Mishca
poderia fazer a seguir. Mas Mishca não disse nada, só lançou
seu punho, conectando com o nariz de Luka. Sua cabeça
golpeou para trás e suas mãos imediatamente voram à ponta
de seu nariz, uma risada surpreendida derramou fora dele.
Deixando cair as mãos, com sangue jorrando de sua cara,
limpou-se com o dorso da mão
Sorrindo, disse: — Bate como uma cadela.
Neste ponto, inclusive Mishca estava sorrindo.
— Não volte a quebrar meu dedo outra vez.
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de responder.
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aluguel.
— Não.
— Nem me deixa perguntar! – queixou-se Lauren,
agarrando o braço de Mishca antes que pudesse dar um
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passo mais. — Tecnicamente, estamos de férias e mereço
isto. Além disso, conheço a zona melhor que você e podemos
chegar ali mais rápido.
— Te amo. Sabe disso, mas eu gostaria de te amar
por uma eternidade, não só por agora.
Revirou os olhos embora suas palavras a tocaram.
— Se for tão importante para você, vou conduzir
devagar.
Mishca suspirou longa e profundamente, não
querendo estar de acordo, mas sabendo que finalmente
ganharia se lhe mostrasse esses formosos olhos dourados a
ele. A contra gosto, lançou as chaves, tentando não parecer
assustado quando se meteu no assento do carona e prendeu
o cinto de segurança. Uma vez que estava dentro, aproximou-
se, com a mão para acariciar ao redor de sua coxa, mas ela
suspirou e retirou brandamente sua mão.
— Não posso dirigir com você fazendo isso, Mish.
Ele fez uma careta.
— Provavelmente é o melhor.
— Não se preocupe Mish. Te amo muito para te
matar.
Acreditava nisso, mas ainda assim não pôde evitar
sentar com as costas retas quando arrancaram. Embora risse
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aconteceu, mas estava claro que o que pensava então não era
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necessariamente o caso.
O jantar transcorreu com relativa rapidez, e em
pouco tempo, Lauren tinha baixado o guarda, finalmente
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alegrando-se de que tivesse concordado com o jantar... Ao
menos por um tempo.
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um tribunal.
Lauren sorriu.
— Muito medo de que não volte a sair?
A expressão dele só a fez rir mais amplamente.
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— Não sabe quanta verdade há nessa frase.
Apertando sua mão, lhe deu um ligeiro puxão
enquanto o guiava para o grande edifício de tijolo que era
mais antigo que a própria cidade. Levou pouco tempo para
chegar à sala de audiências no final do corredor. Não havia
muitas pessoas dentro nesse dia, a maioria presente, eram
pessoas que Lauren realmente conhecia.
Não passou muito tempo antes que fosse a hora de
Susan e Ross subirem à parte da frente, e não importava que
houvesse outras pessoas em ambos os lados dela e de
Mishca, ela estava a ponto de chorar quando os viu ficar ante
o juiz. Lauren tinha estado esperando por este dia por tanto
tempo como podia recordar, e estava mais que feliz de passar
este momento tão especial com eles.
Apertando a mão de Mishca, sorriu, secando seus
olhos com o lenço que uma vez esteve no bolso superior de
sua jaqueta. Ele estava de longe, muito mais composto,
mostrando seu lado formal nesse traje, seu cabelo
inteligentemente afastado de sua cara.
Olhando para trás, as bodas no tribunal foram muito
mais simples e menos estressante que as de Lauren, e ela se
alegrou que saísse como foi pedido. Tão rápido como
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olhos.
— Ainda lembro a primeira vez que te conheci.
Estava tão seguro de si mesmo, inclusive naquela idade tão
jovem. Pensei que era adorável. Nunca pensei que chegaria o
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dia onde te converteria em uma parte tão grande de nossa
família, não obstante me alegro de que esteja conosco.
— Obrigado por me receber. Então, isto significa que
aceitará minha oferta?
— Pelo que Lauren me diz, não acredito tenha muita
opção, mas acredito que terá mais dificuldades para tratar de
convencer Ross disto.
— Por isso — disse Mishca com um sorriso —, vou
deixar essa parte para você.
Quando ela foi para um último abraço, da porta Ross
disse: — Mantenha suas mãos para ti mesmo, moço.
fazê-lo.
— Tem grandes amigos.
— Não sei se te disse, mas te amo, Mish. Mais do
que nunca saberá.
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mar.
De pé frente à residência estava um homem que
aparentava estar em seus sessenta anos, com calças de linho
branco e sandálias marrons, sua camiseta de um material
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similar. Seu cabelo branco como a neve caía ao redor de sua
cabeça, e uma vez que viu o carro chegar, endireitou-se ainda
mais, colocando suas mãos nos bolsos.
Os olhos de Lauren dispararam para Mishca, embora
não parecesse surpreso de ver o homem de pé ali, ela
abandonou suas preocupações... Ao menos até que estiveram
frente a ele e este entregou a Mishca um envelope.
Depois de falar um italiano rápido e fluido com
Mishca, ele sorriu amavelmente a Lauren e seguiu seu
caminho.
— O que disse?
Um musculo palpitou na mandíbula da Mishca antes
de dizer: — Bem vindos a Itália.
— E...
Duvidou, claramente sem querer responder, mas o
fez de todos os modos.
— Roman nos envia suas saudações.
Lauren se esticou, sem dar outro passo para frente.
— Isto era um favor então? Um presente por um
acordo que aceitou?
— Não nessas palavras.
— Sabe o que? — Disse Lauren levantando suas
mãos enquanto tomava as chaves de suas mãos,
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Aprecio.
— Talvez possa me mostrar quão agradecida é
quando voltarmos? Sei que desfrutarei disso.
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Ela sorriu, arrastando sua unha por seu peito,
sentindo o músculo duro debaixo de sua roupa.
— Claro... Acredito que você gostará da surpresa que
tenho para você.
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— Alugar um barco.
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Lauren deitava em uma toalha na proa, os óculos de
sol colocados enquanto o sol irradiava sobre ela. Já se tinha
esfregado de óleo de bronzear com cheiro de coco, e agora
desfrutava do ligeiro balanço da embarcação enquanto a água
se mexia ao seu redor. Tinha sido um processo relativamente
rápido, o aluguel da embarcação, e desde que Mishca já sabia
como pilotar um, saíram para água em pouco tempo.
As praias da Sardenha eram muito mais formosas ao
vivo, seu atrativo se perdia na tradução com fotografias.
Mishca tinha estado embaixo da cobertura, mas
podia ouvi-lo caminhar de volta para cima. Ela se moveu em
sua direção, utilizando a mão para bloquear um pouco de sol
enquanto sorria para ele. Estava descalço, vestido com um
short de temática náutica, junto com um chapéu de palha
que realmente funcionavam para ele.
Graças a Deus por estas férias.
— Vai se bronzear, Mish? — perguntou
inocentemente, arrancando uma uva da bandeja que levava
com ele, virou-se sobre seu estômago para que pudesse ver
melhor.
Mishca, em toda sua glória pálida, olhou para o sol e
sacudiu a cabeça.
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— Me bronzear não.
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mas ele não terminou com ela, não por um longo tempo. Seus
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murro no ombro.
— Izvolit. Por favor.
Essa palavra finalmente a tirou de sua miséria
prazenteira. No momento em que ela se rendeu, também fez
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ele, suas investidas desaceleraram enquanto se inchava
dentro dela, momentos antes que chegasse, grunhindo seu
nome.
Lauren desabou contra seu peito, sentindo o suor
banhando-os.
— Não quero me mover deste lugar — murmurou
ela, riscando uma das estrelas no peito. — Eu gosto aqui.
— Eu gosto de você aqui.
— Esta é sua ideia de adular? Porque se é, sou tudo
isto.
— Sempre poderíamos ficar neste navio — Mishca
sugeriu ironicamente, seu sorriso de satisfação cada vez
maior. — Posso pensar em algumas coisas mais que
podemos fazer antes de irmos.
— Por muito tentador que pareça — e realmente
era tentador, — ainda quero nadar.
Ela podia dizer que preferia ficar na cama, mas ele
não honraria seus desejos, agarrando suas roupas antes de
passar a sua própria.
Quando finalmente o seguiu até a cobertura, viu que
havia uma boa distância desde onde vieram, mas estavam
mais perto dos escarpados que tinha visto quando cavalgou
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pela cidade. Mishca não tinha notado desde que tinha sido o
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— O que te dói?
— Tudo.
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Lauren não estava disposta a lhe rogar que a levasse
pela curta distância de seu carro à porta principal de sua
casa, mas seguiu seu caminho, sempre pensando que era um
passo mais perto de uma maravilhosa cama até que esteve
mais que disposta a afundar-se nela. Tinha esquecido que a
natação era exaustiva, sobre tudo porque passou muito
tempo desde a última vez que o fez.
— Vem aqui.
Levantou-a como se não pesasse quase nada, e quase
suspirou de alívio quando a agonia constante em suas pernas
desapareceu. Mishca a pôs de pé somente o tempo suficiente
para que pudesse destrancar e abrir a porta.
— Há dezenas de razões pelas quais te amo, Mish.
Esta é uma delas.
Seus lábios se torceram.
— O sentimento é mútuo. Talvez agora possa
repensar esta necessidade de fazer coisas como saltar do
penhasco?
— Não é uma necessidade.
Quando chegam ao quarto, Lauren teria sido mais
que feliz de deitar-se na cama e passar horas dessa maneira,
mas Mishca tinha outros planos. Manteve um abraço
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— Mish...
— Ainda não.
— Mas...
— Pover'temne — Me acredite.
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Não havia ponto a discutir, — sobre tudo com a
promessa subjacente que ouviu em suas palavras, —
permitiu sentá-la na bancada, olhando como se aproximava
para ligar a ducha, ajustando as torneiras até que o banheiro
estava cheio de vapor. Voltou para ela, ajudando-a a sair de
seu vestido e então seu biquíni.
Mishca a ajudou a ficar de pé, os dois caminhando
pelo Box, o calor da água que caía do chuveiro sobre deles,
acalmando seus músculos doloridos. Em um dos bancos de
pedra incorporados, relaxou-se, observando-o, apreciando a
vista, revisando as tatuagens que o cobriam.
As estrelas no peito, os dragões nos ombros, a saída
do sol e a linha da escritura em seu antebraço, e as duas
cruzes com as quais ela estava familiarizada, pois
representavam sua vida dentro da Bratva, mas havia uma
relativamente nova que estava no braço oposto que estava
desprovida de qualquer conexão com as outras. Foi colocada
em seu bíceps interior, em um lugar facilmente oculto pelos
trajes que usava todos os dias, mas o preferia assim.
Lauren gostava de ter algo deles mesmos, além da
Bratva e mais que isso, gostava do que representava.
A tatuagem era de um relógio de bolso, seu artista
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caminho.
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— Abre a porta.
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atrás.
Lauren queria ignorar seus sintomas, com a
esperança de que passariam, mas depois desta noite, —
outra noite que passou no piso do banheiro, — não tinha
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outra opção. Ela tinha que saber com segurança. Vestindo
um par de calças de moletom, junto com uma jaqueta leve,
agarrou suas chaves, fechando a porta do quarto atrás dela
enquanto saía.
— Vai sair?
Ela quase saltou no ar com a pergunta de Alik,
surpreendida por sua presença ocasional em sua casa. Ele
estava deitado no sofá, botas Timberland colocadas no chão
cuidadosamente ao lado de onde estava sentado. A televisão
estava ligada, um filme passando que não reconhecia, o
volume tão baixo que não havia possibilidade de que ele
pudesse ter estado emprestando muita atenção.
Lauren olhou a seu redor, sua mão apertando a
correia de sua bolsa enquanto contemplava o que fazer a
seguir.
— O que está fazendo aqui?
— É quinta-feira.
Ele não tinha que explicar o que queria dizer.
Embora a reunião mensal entre os chefes geralmente era
realizada durante o dia, Mishca tinha o costume de trocar as
coisas agora, nunca realizando a reunião no mesmo lugar,
nem durante as mesmas horas.
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suas lágrimas.
— Me diga.
Quando ela o olhou aos olhos, foi golpeada por um
pensamento curioso, falando em voz alta.
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— Sempre achei seus olhos interessantes. Acredita
que se tivesse um filho, teriam seus olhos?
Colocou uma mecha de cabelo detrás de sua orelha,
fazendo todo o possível para não parecer confundido.
— O tychem govorish' — por que está falando isso?
Lauren não teve que responder, porque no próximo
segundo, seus olhos se dirigiram ao que ela sustentava, suas
sobrancelhas unindo-se juntas enquanto ele os tirava
brandamente de sua mão. Logo que leu o primeiro, cada
emoção, cada moléstia de uma reação desapareceu de seu
rosto. Leu um por um, — como ela o tinha feito —
colocando-os sobre o balcão uma vez que terminou.
— Eu... – engoliu a saliva, seu olhar indo dos testes
para seu estômago, sua expressão ainda ilegível.
— OH.
Ele parecia que realmente tinha perdido as palavras,
fazendo seu coração pulsar mais rápido. Ela não podia dizer
se estava aborrecido pela notícia, mas se explicou de
qualquer jeito.
— Meu controle da natalidade estava em minha
mala, a que se perdeu quando estávamos na Sardenha.
Esqueci de tudo isso enquanto estávamos ali... Eu realmente
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— Merda. Não.
— Disse que essa seria sua reação, — murmurou
Lauren embora duvidasse que alguém lhe desse muita
atenção desde que Mishca e Klaus estavam muito ocupados
olhando um ao outro.
Lauren tinha querido esperar para dizer a alguém
sobre a gravidez até que estivesse um pouco mais adiantada,
mas depois de uma visita ao médico e confirmar o que os
testes já tinham mostrado, Mishca não quis perder nenhum
tempo. Aparentemente, isso significava trazer Klaus para
uma "reunião" na qual Mishca lhe informava que seus
serviços seriam requeridos pelos próximos nove meses.
É obvio que para Klaus, isso significava bancar a
babá para ela pelos próximos nove meses.
— Que demônios te pareço que sou? Disparo merda
para viver, não posso ser o menino de recados da sua esposa.
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foi suficiente.
Mishca lançou seu punho para o queixo de Klaus,
falhando por uma polegada quando Klaus se inclinou para
trás, lhe lançando um golpe. A única vez que Lauren viu
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Mishca brigar foi no ginásio que lhe pertencia, ele tinha sido
intocável, o outro menino pareceu principiante ao lado de
Mishca, mas agora que ele e Klaus se enfrentavam, pareciam
estar ao mesmo nível.
Enquanto Luka parecia mais que contente de vê-lo s
brigar, Lauren teve o suficiente.
— Basta! Estou farta de vocês dois. O único que
fazem é brigar. Mish tem que deixar de tentar obrigar que
Klaus faça o que não quer. Já deve saber que a metade da
merda que diz o faz só para te machucar. — Ela passou uma
agitada mão por seu cabelo, sentir as lágrimas era
completamente desnecessário, seus olhos picavam. — Estou
suficientemente estressada e vocês dois acrescentando mais
não me ajuda.
Lauren se virou para Klaus, vendo a cólera residual
em seu rosto, junto com esse habitual sorriso, só a fez
zangar-se mais.
— E você precisa deixar de jogar a carta de vítima.
Mikhail foi um idiota. Viktor foi ainda mais, mas é tempo de
deixa-lo para trás. Sim, perdeu a alguém a quem amava
devido à Bratva, também eu, assim como Mishca. Se pudesse
tirar sua cabeça de seu traseiro por um segundo, poderia ver
128
PRÓXIMO LIVRO
Antes de Luka
Sergeyev, existia um
menino com o nome de
Valon Ahmeti, nascido
de uma mãe russa e um
pai albanês. Sua vida não
foi fácil e ele deveria ter
sucumbido ante a morte
faz um bom tempo, mas
prevaleceu como só ele
poderia, em uma vida de
inferno e deboche.
A beleza se deriva
da crueldade...
A sede de sangue
da agonia...
132
tortura...
Rompe-as...
Volkov Bratva 3,5
133
Página