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The Soldiers of Wrath MC

Livro 7
Tradução: Norita, Mari, V Teixeira.

Revisão Inicial: Celia B. Shrisly, Lih


Bitencourt

Revisão Final: Cindy Pinky

Leitura Final: Anna Azulzinha

Formatação: Lola

Verificação: Lola
Constance perdeu a única família que
tinha em um acidente de carro, fatal. O
acidente também a deixou cega de um olho.
Com sua vida parecendo como um disco
arranhado, sem fim, ela nunca sentiu estar
realmente vivendo.

Mas então conhece um motociclista durão,


um cara diferente de todos que já conheceu.
Ele a faz se sentir viva, como se houvesse mais
na vida do que simplesmente uma rotina.

Ela anseia por ele e, as coisas que quer que


ele a faça deveria fazê-la corar. Mas tudo o que
sente é calor... tanto que está queimando viva
pela sua necessidade.
Vengeance, vive a vida de MC. Isso
significa que ele trabalha duro e joga ainda
mais duro. Mas quando se depara com uma
mulher, frágil, e inocente, algo lhe desperta.

Ele a quer instantaneamente, mas não


apenas numa forma perversa. Ele quer
protegê-la, mantê-la segura. Está claro que foi
ferida, e não só porque ele sabe que ela
perdeu a sua família.

Mas quando Constance começa a se sentir


feliz, até mesmo amada, ela percebe que
alguém anda a observando. Eles a querem, e
se eles não podem tê-la, ninguém mais pode.

Constance é forte do seu próprio jeito, mas


cabe a Vengeance proteger a mulher que ele
ama. Cabe a ele certificar-se de que sua
Senhora esteja segura ao seu lado.
Vengeance olhou para a puta do clube que estava
chupando seu pau como se fosse seu pirulito favorito. Ele
não se lembrava do nome dela, e nem ligava para isso. Tudo
em que estava interessado era descarregar a sua porra na
sua garganta e assisti-la engolir.

—Agora isso é uma bela visão, — disse Weasel, entrando


no quarto.

—Sua boca é a melhor. — Vengeance gemeu enquanto a


cadela engoliu-o. Ele só estava pensando sobre o sentimento.
Tão feio como era, ela era um recipiente para se aliviar.
Mesmo quando a puta estava engasgando não tentou fugir, e
ele sabia que ela estava se esforçando muito para
impressioná-lo.

Não estava impressionado.

Seu pau duro como pedra começou a esvaziar, e até


mesmo Weasel teve pena dele.

—Querida, ele não está interessado, — disse Weasel,


estapeando a bunda dela. — Vá e encontre outro irmão para
chupar.

Ela fez biquinho mas não discutiu, ficou aliviado. A


última coisa que queria era lidar com uma vadia
choramingando quando não conseguisse o que queria.

—Obrigado.
—Não tem problema. Você parecia estar de saco cheio.

—Eu estava no clima e então, rápido para caralho, eu


deixei de estar. O que é que existe nestas mulheres que eu
não suporto? — Ele perguntou.

—Você tem passado tempo demais com as Senhoras1, é


isso.

Vengeance balançou a cabeça.

— Não, não é nada disso. Eu não quero saber o que elas


têm a dizer. Não estou interessado nesse tipo de conversa.
Você sabe disso.

Weasel sentou-se na cama, agarrando uma velha revista


pornô e passando rapidamente através de suas páginas.
Vengeance empurrou o pau para dentro das calças e
suspirou. Esta situação não estava funcionando para ele.

—Eu não disse que você queria se estabelecer e ter sua


própria senhora. As putas apenas não fazem isso com você.
Vamos encarar isso. Metade delas quer o que você realmente
não está interessado em dar-lhes — disse Weasel. —Nós
vimos como são as boas mulheres.

—Não há nada de errado com as putas.

—Eu sei, mas elas não são como as Senhoras. Encare


isso, Vengeance, essa mulher vai ter um pau enterrado até as
bolas dentro de sua boceta a qualquer momento. Pelo amor
de Deus, ela imploraria para os homens treiná-la, comê-la até
que não consiga sentir mais nada lá em baixo.

1
Esposa de MC, Old ladies
—Qual é o seu ponto? — Vengeance pergunta.

—Apenas uma vez você não quer uma mulher que não
sabe como tem sido com milhares de paus antes de você? Não
é grande coisa, eu sei, e uma mulher tem o direito de foder
tantos homens quanto elas querem. Mas, algumas mulheres
gostam que seus homens sejam dedicados a ela. Você sabe,
para não pensar em outra mulher que foderam há anos.

Weasel continuou a falar.

No fundo de sua mente, ele andou pensando sobre isso.


Mais do que gostaria. Estava constantemente nos seus
pensamentos. Observando os casais que estavam juntos.
Significava algo para eles, ou pelo menos, tinha significado
para eles.

Ele nunca conheceu uma mulher que pudesse se


estabelecer com ele. Era um durão que gostava de viver a sua
maneira. Não dava a mínima para nada nem para ninguém.
O clube era tudo o que importava, e nos últimos trinta anos,
sempre foi assim.

Agora, no entanto, as coisas estavam mudando.

Ele estava ficando velho. Essa tinha que ser a razão


principal para a vida estar parecendo tão... aborrecida.
Transar com a boceta do clube não tinha qualquer apelo.

—Você tem uma mulher ou algo assim? — Ele


perguntou.

—Ou algo assim? — Weasel riu. —Cara, eu não tenho


porra nenhuma, além do clube e as putas que estão
dispostas a chupar meu pau. Quero dizer, quem em sã
consciência recusaria uma mulher que chuparia o pau como
se tivesse medo que ele fosse desaparecer? — Weasel
levantou-se e caminhou até a porta.

—Por que diabos você veio aqui? — Vengeance


perguntou.

—Para foder com a sua cabeça, irmão. É o que eu amo


fazer. — Weasel lhe deu uma piscadela e saiu.

Legal.

Andando em direção a janela com vista para o


estacionamento do clube, Vengeance viu várias prostitutas do
clube em diferentes estágios de nudez. Havia uma fogueira no
canto, e vários dos caras estavam juntos. Havia os que
gostavam de festas, mas não traziam diversão nenhuma. Eles
simplesmente apareciam por causa da bebida livre e boceta
grátis.

Houve um tempo em que viveu para isso.

Quando essa vida deixou de ser divertida?

Estava escuro ao pé da fogueira, mas as luzes de


segurança eram mais que suficientes para iluminar os
jardins. The Soldiers of Wrath. Sua casa, e sua própria vida.
Ele daria tudo pelo seu Prez2. Até mesmo colocar-se à frente
de uma bala por ele, se fosse preciso. Demon era um caralho
de um líder, feroz e leal.

2
Presidente do MC.
O aniversário de Vengeance era amanhã. Ele estava
chegando a idade madura de quarenta e cinco, e estava
sentindo cada um desses anos.

O que ele tinha para mostrar?

Nada.

Sua vida foi festejando, fodendo, lutando e rodando pela


estrada aberta.

Não sobrou nada em sua vida agora.

Tire a cabeça do seu rabo e pare de ser um bastardo


chorão.

Vengeance se virou para a porta, precisando de um


pouco de ar fresco. Estava cansado do cheiro de álcool,
fumaça de cigarro e sexo. Tinha uma sensação depressiva
sobre isso. Isso é o que estava errado com ele.

Ele estava deprimido. Estava um ano mais velho e a vida


era a mesma coisa.

Homens em torno dele estavam arriscando tudo,


amando a vida, saboreando o tempo que passavam com as
mulheres que amavam e as crianças que tinham ajudado a
criar.

Essa era outra coisa. Ele não tinha filhos.

Com cada puta com quem ele dormia, se assegurou de


ensacar seu pau. Ele não queria nenhuma consequência ao
longo do caminho. O único problema era que agora sua vida
estava completamente vazia, e estava tendo um monte de
revelações difíceis.
Deixar o clube foi fácil. Ignorando qualquer um que
quisesse falar com ele, montou em sua moto e saiu do
estacionamento do clube.

Vengeance não se importava aonde ia, só que todos os


seus problemas desaparecessem. A última coisa que ele
queria era pensar sobre a vida, e o pouco que realizou. A vida
não era sobre ter arrependimentos. Era sobre viver a vida ao
máximo, e isso era exatamente o que ele fez.

Constance Belling olhou para a lápide de seus pais e seu


noivo mortos. Eles haviam morrido há seis meses. Colocando
as rosas em cada lápide, ela olhou para seus nomes, e não
pela primeira vez se perguntou por que diabos sobreviveu.
Estava no carro com eles, quando o automóvel virou e caído
em um lago.

Seu pai teve um ataque cardíaco ao volante; o choque do


acidente fazendo com que seu órgão já frágil falhasse. Ela viu
isso acontecer, mas antes que qualquer um deles pudesse
reagir, o carro foi por cima do parapeito e rolou sob a orla
rochosa, quebrando todas as janelas enquanto caiam para
baixo. Entrou um pedaço de vidro dentro do seu olho, e agora
estava completamente cega por causa disso.
Seu noivo, Brando, conseguiu salvá-la. Ele desconectou
a fivela do cinto e a empurrou para fora da janela quebrada.
Constance nadou até à superfície e desabou à beira da água.

Ninguém mais apareceu depois dela.

Constance foi encontrada algumas horas mais tarde,


isso lhe foi informado quando acordou. Eles tiraram o carro
do pai dela da água. Brando não foi capaz de desenganchar
seu próprio cinto. Ele se afogou, junto com sua mãe.

Deus, uma tragédia da pior espécie.

Horrível. O jantar de noivado dela transformou-se na


pior noite da sua vida.

O que piorou? Ela não chorou, nem uma vez. Não por
seu pai, mãe, seu noivo ou mesmo seu olho.

Tudo tinha mudado, e ainda assim, Constance não


conseguiu chorar.

Ela sentou-se no caminho, olhando para as lápides. Era


tarde da noite, e tinha uma lanterna que usava para iluminar
as três pessoas que foram tudo para ela.

—Você é uma pessoa estranha, Constance, mas eu te


amo.

Brando sempre dizia isso a ela.

Ela não conseguia chorar e já tentara em muitas


situações. Desde que era uma criança, ela não era como
qualquer outra pessoa. Eles sempre queriam se encaixar e
ser como os outros. Ela ficava feliz por correr ao redor do
playground da escola, jogando às fadas. Nunca houve um
melhor amigo para ela, e ela também não precisava de um.

A vida parecia muito mais divertida estando sozinha.

Não havia ninguém para julgar.

Sem decepções.

Sem expectativas.

A vida era exatamente o que ela queria, e foi divertido.

Então Brando apareceu. Doce, Brando. Ele era


charmoso e simpático. Sua primeira e única paixão e mesmo
agora não podia ter certeza se foi uma paixão, ou só porque
ele foi o primeiro cara que ela conhecia que não era um
idiota. De qualquer forma, não importava.

Constance tocou suas bochechas, esperando encontrar


algumas lágrimas, mas, mais uma vez, elas estavam secas.

O som do portão principal sendo aberto a fez virar,


apontando a lanterna em uma figura escura.

— Que porra é essa? Tire essa merda dos meus olhos.

Ela moveu a luz em direção a lápide de seus entes


queridos.

—Desculpa, — respondeu. —Ninguém costuma vir aqui


tarde da noite.

—É provavelmente uma coisa boa.

Ela olhou para a lápide e sabia que era hora de ir


embora. Tinha que voltar para casa e preparar-se para o
resto do fim de semana. Só que não conseguia se mover.
Ficou parada e a lanterna voltou a iluminar o homem
novamente. Constance viu sua jaqueta de couro com o
logotipo. Ele era um motociclista, um membro do MC.

— Você passa muito tempo sozinha em cemitérios? —


Ele perguntou, movendo-se ao lado dela e esfregando seus
olhos.

—Sim, eu passo. Tenho família aqui. — Ela apontou a


luz à sua frente.

—Não pensa em vir durante o dia, quando é mais


seguro?

Estou com um completo estranho neste momento e não é


constrangedor.

—Eu não venho durante o dia. — Ela amava a


escuridão. Quando vinha durante o dia, as pessoas a viam.
Ela odiava isso. Os olhares. A forma como estavam
constantemente tentando entendê-la, como se pudessem.
Nenhum deles tinha uma pista sobre ela. —Gosto de estar
aqui à noite.

—É assustador.

—Vindo do homem estranho que está aqui comigo? —


Ela perguntou. —Isso não é assustador? Por que está aqui?

—Porque eu quero estar aqui. É calmo, até mesmo


pacífico.

Um momento de silêncio passou.

—Quem são eles? — Ele perguntou.


Constance franziu a testa e olhou para ele. Ela não
respondeu imediatamente.

—Eu sou curioso e intrometido para cacete.

Ela sorriu. Ele cheirava a óleo e couro, e era um cheiro


estranho, ainda confortável e agradável.

—Eles são minha família. — Ela apontou a lanterna


para as lápides, enquanto falava. —Mãe. Pai. Noivo.

—Droga.

Sim, basicamente resume tudo.


Vengeance não deveria ter dito nada a ela, mas droga se
não sentia essa tristeza, essa escuridão vinda dela.

Vengeance, sabia que ele deveria ter continuado


andando, dado a ela o espaço, a privacidade. Mas merda,
mesmo um cemitério fechado não era seguro. Ele conseguiu
entrar facilmente o que significava que outros também
conseguiam.

—Qual é seu nome?

Ela não disse nada durante longos segundos, e por um


momento ele pensou que talvez não o faria. Não é assunto
seu. Finalmente, ela se virou e o enfrentou.

—Constance. Você?

—Vengeance3. — Ele olhou para ela, o brilho da


lanterna, permitindo-lhe ver seu rosto. E ela tinha um rosto
bonito. Havia uma cicatriz irregular ao longo de um dos
olhos, e ele podia ver que era cega pela cor turva, mas
caramba, ela era linda.

Seu longo cabelo escuro se moveu por seus ombros, o


vento estava provocando e beijando-o. A sua estrutura óssea
era delicada, fortemente delineada até. Ela o olhou da
maneira que ele estava olhando para ela. Talvez Constance
também estivesse fazendo o balanço dele? Talvez ela estivesse

3
Tradução: Vingança
se perguntando o que diabos esse motoqueiro a estava
vigiando.

Sentaram-se ali por longos momentos, sem falar. Ela o


deixou curioso, o fez querer fazer perguntas, conhecê-la mais.
Vengeance nem a conhecia, mas foda-se, queria mudar isso.

—Como conseguiu um nome assim?

Ele olhou para ela e viu que o estava observando.


Normalmente ele teria apenas dito, teria apenas jorrado fora a
verdade porque não dava a mínima. Mas uma parte dele
queria mentir, para fazê-la ver que não era esse cara mau. No
final, ele não queria mentir para ela.

—Porque eu fui o primeiro irmão no meu clube a


perseguir o traidor que enganou alguém de quem gosto. —
Ele olhou para Constance, querendo saber o que estava
pensando, até onde ela iria se aprofundar no que acabou de
dizer.

—Seu clube, o MC? — Ela apontou para o colete dele.

Ele assentiu.

—Sim, minha família. MC The Soldiers of Wrath.

Constance ficou em silêncio depois disso, olhando para


seu colete, os patches, tudo o que o faz parte da irmandade.

—Então o que você faz com as pessoas que caça?


Espanca-os? Pior? — Não havia nenhuma acusação no tom
dela, sem julgamentos. Ela parecia genuinamente curiosa.
Novamente, ele não ia mentir, mesmo tentando ser o
“mocinho”. Talvez ela não fosse correr na outra direção,
porra.

—Se chegar a isso, sim. — Ele a olhou, mas sua


expressão não demonstrou nenhuma emoção.

—Eles mereciam isso?

Ele assentiu com a cabeça sem perder um segundo.

—E você matou homens? — Novamente, nenhuma


emoção, apenas curiosidade.

—Sim, — ele disse, não tendo certeza se ao admitir que


tinha, iria assustá-la muito.

Constance não sabia se deveria correr o mais rápido


possível desse motociclista, ou dar-lhe crédito por ser
honesto. No final ela se viu sentada ao lado dele, curiosa
quanto ao tipo de homem que ele era.

Ele admitiu ser um assassino, no entanto, ela não


sentiu medo dele, nem sentiu como se ele fosse machucá-la.
Havia muito conforto em sua presença, admitindo o que e
quem ela perdeu e não se afastando dele.

— Como se sente matando alguém? — Ela estava


curiosa, sua vida tão confusa, e quebrada depois do que
perdeu, que a escuridão tocante parecia ser a coisa perfeita, a
coisa certa.

Ele ficou em silêncio por longos segundos, e ela se


perguntava se ele a responderia.

—Eu não te assusto?


Ela deu de ombros. —Você deveria, eu sei disso, mas eu
não sinto nenhum medo com você. É estranho, eu sei.

Vengeance passou uma mão sobre a cabeça, seus bíceps


flexionando, mostrando sua força, seu poder. — Às vezes é
bom, muito bom, porque é o que eles mereciam. — Ele
encolheu os ombros. — Outras vezes você não pode ter
emoções. Você faz o que precisa ser feito porque é para o bem
do clube. — Ele balançou a cabeça, uma expressão estranha
filtrada em seu rosto. —Não acredito que estou te contando
isso. — Seu riso sem humor. — Eu nem te conheço.

Sim, ela sabia o que ele queria dizer. — Às vezes as


melhores pessoas para conversar são as que você não
conhece.
Esta deve ter sido uma das conversas mais estranhas
que ele já teve.

—Você já pensou em matar alguém? — Perguntou


Vengeance.

Constance deu de ombros.

—Não, posso dizer honestamente que nunca pensei em


acabar com a vida de ninguém. Por que eu iria querer fazer
isso?

—Você me perguntou como foi e nós estamos aqui em


um cemitério cheio de morte. Você é uma daquelas meninas
esquisitas que se excita por estar próxima de coisas mortas?

Ela começou a rir.

—Você está falando sério?

— Eu só pensei em perguntar, e além do mais, isso te


fez sorrir.

— Muito verdadeiro. Parabéns, Vengeance. Você me fez


sorrir, o que nunca pensei que aconteceria em um lugar como
este.

—Então estamos tendo um bom começo. — Ele olhou


para as lápides.

—Se você é parte de um MC, porque está aqui tarde da


noite? Não deveria estar festejando?
—Eu precisava de um tempo longe de toda essa
bagunça.

—Toda essa bagunça...— Sua voz desapareceu. —Eu


entendo. Quando meus pais e noivo morreram, todo mundo
estava sempre me olhando, cheios de pena. Toda a minha
vida tinha desaparecido completamente, e então, de repente,
era como se todos pudessem dizer como eles eram ótimos,
sabe? Eles não davam a mínima quando estavam vivos mas
agora, de repente começaram a me dizer o quanto eles eram
bons e que não seriam substituídos. — Ela parou, e ele a
ouviu suspirar. —Sinto muito. Não te conheço. Eu não
deveria estar falando sobre essas coisas com você.

—Bem, se você não pode falar com um estranho, com


quem mais pode falar? Você está sozinha no mundo. Seu
médico recomendou algum tipo de terapeuta?

—Ela aconselhou, e recusei. Eu não sou o tipo de


pessoa que pode sentar e conversar o dia todo. Eles estão
mortos, e eu estou seguindo em frente.

—Você está sentada em um cemitério à noite com uma


lanterna.

—Não tenho nada melhor para fazer. Qual é a sua


desculpa? — Ela perguntou, apontando a lanterna para o seu
rosto. — Que coisas assustadoras estão no seu armário,
Vengeance?

—Não muito. Eu sou um cara chato com um futuro


chato pela frente.
—Mesmo estando em um MC? — Ela perguntou. —
Mesmo com a sua matança? Você é um cara durão,
Vengeance. Não há como negar.

—Eu não estou negando. Eu não sou exatamente


assustador agora. Estou em um dos lugares mais mórbidos
do mundo com você.

Ela riu.

—Sim, você realmente precisa começar a questionar


suas prioridades. Mas, novamente, eu também. — Constance
suspirou. — Por mais divertido que isso possa ser, tenho que
ir para casa. Eu não deveria estar fora depois de escurecer.

—Já vai embora? — Ele perguntou, ficando de pé com


ela. Era um pouco estranho, mas ele não queria que ela fosse
embora.

—Minha sanidade. Nos vemos por aí. — Com isso, ela


saiu do cemitério. Que mulher mais estranha e incrível.

Ele não podia deixar por isso mesmo, e assim ele a


seguiu para fora.

—Ei, — disse.

Ela parou, olhando para ele.

—O que está errado?

—Que tal eu te levar para jantar?

—Você sabe que é tarde.

—Então que tal eu te levar para tomar um café?

Ela sorriu.
— Certo. Café parece ótimo.

Eles caminharam lado a lado pela longa rua.

—Então, você está saindo com alguém? — Ela


perguntou.

—Não. Por quê?

—Conversa fiada. Não sabia se você tinha um pássaro


velho ou algo assim.

—Um pássaro velho? — Ele perguntou, rindo.

—Como chamam as mulheres que vocês mantém?

—Elas são Senhoras.

—E as garotas que você trepa e não cuida?

—Eles são prostitutas do clube ou bunda doce. E elas


estão lá porque querem estar.

—Que nomes encantadores. — O sarcasmo estava


pingando dela.

Eles encontraram uma cafeteria tarde da noite.


Entrando, ela se sentou no balcão.

—Ei, Benny, — Constance disse.

—Você trazendo um problema? — Benny perguntou,


provocando.

Vengeance se sentou no balcão também.

—Eu venho em paz.

—Ele está bem, Benny. Vamos tomar dois de seus cafés.

Benny assentiu com a cabeça.


—Você vem sempre aqui? — Vengeance perguntou.

—Sim. Eu venho. O cemitério é trabalho sedento...

Benny se aproximou e colocou seus cafés.

—Você está bem? — Ele perguntou, olhando para


Vengeance.

—Você está matando-o com seu olhar, Benny. Acredite


ou não, acho que posso ter encontrado um novo amigo. — Ela
sorriu para Vengeance.

Ele não fazia ideia do que estava fazendo com essa


mulher, ou até mesmo por que ele estava aqui agora. Não
fazia sentido para ele.

Constance pegou seu café e soprou.

Vengeance foi tomado por sua beleza, e como ela não


parecia tentar impressioná-lo. As mulheres com quem ele
esteve no clube estavam sempre tentando impressioná-lo,
receber a atenção dele.

Bem, não só a atenção dele. Elas queriam de qualquer


um.

—Você está me encarando.

—Estou.

Vengeance era um homem estranho, mas para


Constance, ele deixava o seu coração palpitar de emoção. Ela
não sabia o que pensar dele, mas então, o que ele achou
dela? Constance estava olhando para lápides e Vengeance se
sentou com ela.

Constance gostava do jeito que ele ficava olhando para


ela, como se fosse a única pessoa no mundo. Bebendo seu
café quente, sentiu que Benny estava preocupado com ela.

Vengeance tinha mais de 1,80 de altura e era


constituído de músculos sólidos. Ninguém seria capaz de
detê-lo, se ele decidisse fazer algo assustador. Mas ela se
sentia segura com ele, o que era estranho, dado o fato de que
acabaram de se conhecer.

O ar de medo que as pessoas pareciam sentir ao seu


redor a emocionava. Ela não sabia o porquê, mas era bom
estar com alguém que fazia as pessoas sentirem mais do que
pena.

—Você se acostumou com isso? — Ela perguntou.

—Me acostumar com o que?

— As pessoas com medo de você? — Ela olhou seus


lábios, esperando ele falar.

—Não, eu realmente não me importo. Eu estou


acostumado às pessoas tendo medo de mim.

— Nunca quis... ser como os outros? Você sabe, seguir o


que outras pessoas fazem? — Ela perguntou. Os membros do
MC eram conhecidos por desafiar a tradição, certo? Eles
fazem o que querem, sem se preocupar com o mundo. Ou
pelo menos ela assumiu isso.
—Eu faço o que eu quiser. Você nunca quis esquecer o
que as pessoas estão pensando?

Ela sorriu.

—Sempre.

Ele inclinou a cabeça para o lado, sorrindo para ela.

—Aposto que você seria daquelas pessoas que ficam


selvagens nas festas se você apenas se deixasse ir.

—Nunca dei uma chance. — Ela foi tentada, embora.


Quantas vezes pensou em apenas gritar com a vida e ir em
frente fazendo o que queria? Foram muitas vezes. Mordendo o
lábio, ela viu como ele tomou um longo gole.

—Você já deu um passeio de moto?

Ela balançou a cabeça.

—O que você diz de um passeio? — Ele perguntou.

—Sério? Agora?

—Sim. — Vengeance terminou sua bebida e jogou algum


dinheiro no balcão. Ele estendeu sua mão. —Vamos lá. Eu
prometo que vai clarear suas ideias.

Diabos, ele poderia ser um psicopata, mas droga, ela


queria ir.

Seu coração começou a bater, e olhou para sua mão. Ele


ofereceu tantas possibilidades diferentes, era impossível se
concentrar em apenas uma. Ela deve pegar sua mão e ter
uma chance, ou ignorá-lo e voltar para sua vida chata, onde
ela seguia todos os outros? Sua piedade, sua preocupação,
ela estava cansada disso. Ela estava de saco cheio.

—Constance. — Disse Benny, alertando, ou talvez fosse


preocupação em sua voz.

Ela se virou para o homem que conheceu por causa de


suas visitas tarde da noite ao cemitério. Havia preocupação
em seu rosto, ela simplesmente sabia.

Havia apenas uma maneira de sair deste mundo que ela


criou para si mesma, por isso Constance pegou a mão de
Vengeance.

—Eu adoraria.
Constance não podia acreditar que estava fazendo isso,
seguindo o motociclista para fora do restaurante, subindo em
sua moto e colocando o capacete. Nunca foi tão selvagem, tão
imprudente. Seu carro ainda estava estacionado no cemitério,
a caminhada até o café era curta, permitindo ela esfriar a
cabeça.

Mas agora, quase desejava que tivesse usado mais o


bom senso. Ele admitiu fazer coisas violentas, matar pessoas,
machucá-las. Não mediu suas palavras, não mentiu para ela
sobre isso. E aqui estava ela, prestes a ir para quem diabos
sabia onde e para o quê... um pouco de liberdade?

—Pronta? — Vengeance disse com a sua cabeça


inclinada para trás e com um pequeno sorriso em seu rosto.
Um gesto que parecia mudar a forma como ele parecia, o fez
parecer suave, quase gentil. No entanto, ela não foi enganada.
Ele era um motociclista durão, perigoso, violento para
qualquer um que o enganasse.

Mas Constance se sentia segura.

—Pronta.

Ele ligou o motor e ela pôs os braços ao redor de sua


cintura, segurando apertado.

E então eles estavam fora, dirigindo pela estrada escura,


as luzes da rua passando por eles em intervalos.
Constance fechou os olhos, amando o vento que corria
através de seus cabelos. Ela sorriu, não sendo capaz de se
segurar. Se sentia livre neste momento, o pavimento abaixo
deles, correndo, desaparecendo. Eles estavam muito mais
rápido do que provavelmente a lei permitia, mas não se
importava. Ela adorou. Nada a segurando.

Ele acelerava com o motor e fazia as curvas fechadas,


fazendo seu coração pular na garganta por um segundo antes
de se acalmar. Estava suando levemente, adrenalina correndo
em suas veias, fazendo com que quisesse que ele fosse mais
devagar… e ainda fosse mais rápido.

Constance não tinha ideia para onde eles estavam indo,


mas agora não importava. Neste momento, ela sentia como se
tivesse o mundo em suas mãos.

Vengeance virou a cabeça ligeiramente, seu foco ainda


na estrada, mas a boca mais perto para que ela pudesse
ouvir o que ele estava prestes a dizer.

—Como se sente?

Ela sorriu.

—Como se estivesse voando — ela gritou, tentando ser


ouvida sobre o barulho do motor.

O sentimento desta poderosa e enorme moto, abaixo dela,


retumbando, vibrando na área sensível entre as suas coxas a
deixou excitada. Ou talvez tenha sido a emoção de estar
nesta moto, Vengeance sendo a única coisa sólida a
mantendo no lugar.
Ele diminuiu a velocidade, embora eles ainda estivessem
na estrada, e ela jurou que sentiu essa onda de selvageria se
apossando dela. Ela poderia fazer isso? Queria mesmo?
Durante tanto tempo, se sentiu como se estivesse enterrada,
escondida. Sempre jogou pelas regras, certificando-se de não
cruzar nenhuma linha. Ela sobreviveu, mas não estava
realmente viva.

Então, sentindo que, pelo menos, uma vez na vida ia dar


o próximo passo, Constance apoiou seus pés firmemente, se
apoiou sobre os ombros da Vengeance e levantou-se
ligeiramente.

Seus joelhos tremiam, como pudim quente em uma


tigela, mas ela o abraçou.

—Constance, que porra você está fazendo? — Vengeance


disse, mas havia um tom de riso em sua voz.

Claro ela nunca fez nada tão selvagem ou perigoso


antes, mas estava cansada de seguir a linha, jogando pelas
regras.

Estava agora de pé, as mãos sobre os ombros de


Vengeance, as unhas cavando em seu colete de couro. Ela o
sentiu abrandar ainda mais a moto e fechou os olhos,
deixando a sensação de realmente ser livre, de nada a
segurando ou se prendendo a ela.

Era intoxicante, revigorante.

O vento parecia mais feroz aqui em cima, como se ela


estivesse no topo de um edifício, o mundo correndo abaixo
dela, o ato de cair tão perto.
—Você é uma louca, mulher. — Ele estava rindo
enquanto falava.

Pela primeira vez na vida Constance sentiu como se


estivesse realmente viva, e não queria que isso acabasse.
Pela primeira vez em sua vida, Vengeance não queria
que este momento acabasse, mas como todas as coisas boas,
tinha que acabar. Ele voltou em direção ao cemitério onde a
conheceu, e desligou o motor.

Constance saiu da parte de trás de sua moto e tirou o


capacete. Eles estavam perto de uma luz de rua, para que ele
pudesse vê-la no escuro, e seu rosto estava brilhando, como
se ela estivesse encantada e feliz. Estava longe de ser a
imagem de como ele a viu pela primeira vez. Ela parecia
triste, mesmo que não estivesse chorando.

— Isto foi a coisa mais legal de sempre — disse ela,


rindo.

Vengeance não podia deixar de se juntar a Constance,


sorrindo. Tirando o capacete dela, o prendeu em sua moto e
desceu. Ela era tão pequena comparada a ele. Da forma como
ela esteve pressionada contra ele, Vengeance sabia que ela
tinha as curvas em todos os lugares certos, pelo menos todos
os lugares que amava.

—Você não acha que é triste que eu pense que o maior


destaque da minha vida foi estar na sua moto?

—Não foi ter ficado noiva? - ele perguntou.

—Você presta atenção. — O sorriso dela parecia alargar,


e ela apertou a mão em seu peito.
—Eu não tenho escolha a não ser prestar atenção.
Quando estou com meu clube pode ser a diferença entre a
vida ou morte.

Ela assentiu com a cabeça.

—E você não quer morrer.

— Gostaria de viver um pouco mais. — Ele não podia


resistir a estender a mão e acariciar seu rosto, que era
quente, mas suave ao toque.

— Eu amava meu noivo.

—Você amava?

—Sim, eu amava. Eu o amava muito, e me casar parecia


a coisa certa a fazer. Eu sabia que era o que meus pais
queriam, e era o que ele queria.

—O que você queria?

Ela fez uma pausa, franzindo a testa.

—Não sei.

—Você queria se casar? — Ele perguntou.

Novamente, ela deu de ombros.

—Eu realmente não sei. Só fiz o que todos esperavam de


mim, você sabe.

— Eu sei, na verdade — Eles ficaram quietos, ambos


respirando pesadamente enquanto se entreolhavam. —É isso
que você fez toda a sua vida, o que todos esperavam?

Ela se afastou e sorriu.

—Gostei desta noite, Vengeance. Obrigada.


— Eu vou tomar sua mudança de assunto como um
sim. — Ele viu como ela colocou um pouco de cabelo atrás da
orelha, sua mão tremendo. —Quando foi a última vez que
você fez algo por si mesma?

Constance olhou para ele e depois para a moto.

— Acabei de fazer.

Ele franziu a testa.

—Meus pais e meu noivo teriam considerado essas


máquinas a morte. Eu fiz o que eu queria fazer, não o que eu
pensei que deveria fazer. Foi bom, e eu me diverti muito.

Lá estava aquele brilho nos olhos de novo, e ele adorou.


Amava saber que foi ele quem o colocou lá.

—Estou feliz que fui capaz de dar-lhe muita diversão. —


Ele piscou e viu como ela corou. — Você cora também. É bom
saber.

—Cala a boca. Eu vou agora, e foi um prazer conhecê-lo.

—Não pense que não vai me ver novamente. Eu sei onde


te encontrar. — Ele apontou para o cemitério. —Quando
quiser uma carona, ligue-me.

—Não sei seu número.

—Você viu meu clube, e nosso clube tem um telefone.


Pergunte por mim, e eu estarei aqui assim que puder.

—Você faria isso por mim? — Constance perguntou,


inclinando a cabeça para o lado.
Qual era a dessa mulher que estava deixando-o louco?
Seu pau engrossando, ele não queria fazer nada a não ser
levá-la para uma cama e foder sem sentido, e ao mesmo
tempo, ele queria esperar, conhecê-la, compreendê-la.

Essa sensação era uma loucura.

—Você ficaria surpresa com o que estou disposto a fazer


para uma garota bonita como você.

—Eu não sou bonita.

—Acho que cabe a mim dizer se você é bonita e cabe a


você aceitar isso como um elogio.

Ela riu.

— Nos vemos por aí, Vengeance.

Ele viu quando ela entrou em seu carro e partiu.


Interessante, completamente interessante.

Constance recuou de seu arranjo de flores e em seguida,


afastou-se mais uma vez. Eles deveriam estar agrupados, e os
espinhos removidos para a noiva.

—Então, o boletim informativo está falando sobre você,


— disse Julie, a proprietária, vindo em sua direção.

—Sério?

—Sim, o boato é que você estava em uma motocicleta


ontem à noite com um motoqueiro quente.
Julie era uma das amigas de sua mãe, que lhe dera este
trabalho logo após a escola. Brando disse a ela, que as
senhoras adoravam flores, que era bom para ela ter um
trabalho feminino, ser delicada, inocente. Agora ela realmente
poderia rolar os olhos e zombar da garota que foi por ter
ouvido essa merda.

Sim, ela o amava muito, mas às vezes ele fora arrogante,


condescendente e a fez se sentir menos do que era. E então
quando ela questionava por que estava com ele, ele se
tornava doce, gentil e amoroso. Estar sozinha era seu medo.
Por ela ter sido tão fraca naquela época, com medo de si
mesma, de estar viva em sua própria pele, ela ficou com ele.

Claro, ela não sonharia em contar a alguém como ela se


sentia. Era meio incrível como muitas vezes as pessoas
pareciam mudar... como ela mudou.

—Não foi nada, — ela finalmente disse.

—Não parecia ser nada. Sabe que sua mãe iria se


preocupar com você.

Ela cerrou os dentes. Era mais fácil manter seus


pensamentos e a raiva para si mesma. Ninguém queria saber
o que ela realmente pensava ou como se sentia. Todo mundo
apenas assumiu que ela queria ser uma boa menina e fazer
exatamente o que sua mãe disse.

—Conheci alguém, e ele me deu uma carona em sua


moto. Eu estava perfeitamente segura. Eu estava segura.

—E se algo tivesse acontecido?


—Então teria acontecido. Meus pais e Brando levaram
sua vida de forma segura Julie e veja o que aconteceu com
eles. Eles ainda acabaram mortos, ok? Eu arrisquei e ainda
estou aqui tentando arrumar as flores e falhando
miseravelmente. Eu sei o que estou fazendo. — Ela não fazia
ideia.

A partir do momento que vira Vengeance no cemitério, e


ele sentou com ela, algo mudou. Ele não a olhou como se ela
fosse algum tipo de louca por olhar para a lápide de seus pais
e do noivo no meio da noite. Ele a viu, e ela não conseguia
lembrar a última vez que alguém olhou para ela de uma
forma que a fez se sentir notada. Ele a viu como ela era. Era
uma loucura, Constance sabia disso e entendeu, mas não
havia mudança do que ele despertou.

—Talvez você devesse ir almoçar e se acalmar. — Julie,


puxou-a perto e beijou sua cabeça.

Sim, ar fresco faria bem a ela. Agarrou a bolsa, foi para


fora, e atravessou a rua para a pequena cafeteria. Depois de
pegar uma xícara de café, se sentou na mesa perto da janela,
comendo seu almoço e observando as pessoas lá fora. Alguns
olharam para ela e lhe deram aquele sorriso triste de relance
que eles pareciam pensar que faria tudo ficar ok.

Em público, ela guardava seus sentimentos para si


mesma. Soprando um suspiro, ela olhou para a comida.
Queria aquela sensação de novo. A liberdade da vida, de
aproveitar o brilho leve do perigo de fazer algo que era
completamente impertinente.
Retirando seu celular, ela digitou ‘MC The Soldiers of
Wrath’ em uma pesquisa na Internet e esperou. Embora
tenha assumido que não encontraria nada, Constance ficou
surpresa quando o número apareceu nos resultados da
pesquisa. Talvez ela não devesse, mas nem hesitou quando
discou.

—Sim?

Um momento de silêncio. Ela ligou para o número certo?


Isso era uma linha certamente eles tinham que ser legítimos,
certo?

—Hmm, é o MC The Soldiers of Wrath?

—Sim. Aqui é Weasel. Quem diabos é você?

Seu coração trovejou forte.

—Posso falar com Vengeance?

—Quem é você? — Sua voz era dura, fria.

—Diga que é Constance.

Houve um silêncio, e, em seguida, à distância, ela ouviu


um grito. Olhando ao redor do café, não podia deixar de
sorrir. Julie e todos a sua volta, esperavam algo específico
dela. Uma rotina. Sua mãe tinha lhe dito… que ela tinha que
manter o nome da família, e com isso, significava não fazer
nada estúpido ou rebelde. Tinha que pensar para além dela
mesma.

Eles se foram. Ela poderia pensar por si mesma agora.


Poderia estar viva e livre, tentando viver por si mesma, e não
pela ideia de que outra pessoa queria.
— Olá, doçura, — Vengeance disse. —O que posso fazer
por você?

Ao ouvir sua voz, seu corpo se apertou, seu coração


acelerando. Ela olhou para baixo, ainda sorrindo.

—Sua oferta para um passeio ainda está de pé? —


Perguntou.

—Você quer ir para um outro passeio?

—Sim, eu realmente quero.


—Amanhã, então? — Constance disse, com a voz suave,
doce e causando todos os tipos de sensações nele.

—Sim, vou buscá-la no trabalho.

—Ótimo.

Ele desligou a chamada, encarou a parede e se


perguntou se isso era como Demon e todos os outros irmãos
sentiram quando encontraram as mulheres que queriam em
suas vidas.

Ela descobriu onde ele estava, embora provavelmente


não fosse tão difícil, mas caralho, se sentiu muito bem.

A verdade era que já conhecia detalhes sobre ela — seu


nome completo, endereço e número de telefone. Foda-se,
provavelmente pensaria que ele era um perseguidor se ela
soubesse de todas as investigações que fez. Mas não foi bem
assim. Sentiu esta conexão com ela e não queria desperdiçá-
la, como sendo aquela vez que conheceu uma garota em um
cemitério.

Ele pendurou o telefone, pensando sobre seus planos


para amanhã.

—O que foi isso? — Weasel perguntou, com diversão.

—Nada da sua conta.


Weasel mostrou-lhe o dedo, e Vengeance riu. Os irmãos
no clube eram uns fodidos intrometidos, sempre querendo
saber o que estava acontecendo com todos. Esta era uma
família, afinal de contas, mas ainda, queria manter o que
tinha sentido com Constance para si. A queria, isso era
inegável, mas abrir-se sobre tudo, especialmente com um
colega de Patch, não era o que queria agora.

Ele foi pelo corredor, abriu a porta que levava para o


porão, e uma vez que chegou, acendeu a luz. Guardavam um
monte de coisas aqui em baixo, um saco de pancadas,
algumas coisas antigas, como pesos de academia e
privacidade.

O último item era porque Vengeance malhava aqui, em


vez da sala de treino principal que criaram.

Ele tirou sua camiseta e deu um golpe no saco de


pancadas, começou a aquecer saltando nas pontas dos pés e
estralando o pescoço, e foi para o saco. Se manteve nisso até
que estava suado, pareceram passar horas, e os nós dos seus
dedos estavam feridos, começando a abrir a pele.

Todo o tempo pensando em Constance, o que queria


com ela, e como mantê-la por perto. Como diabos ele iria
manter a calma quando o que mais queria e sentia que
precisava com todo seu coração, era ela estar em sua vida?
Constance olhou para a rosa, o amarelo significando
amizade. O buquê era perfeito com a haste longa. Os
espinhos nele eram mortais, mas a intenção e a mensagem
era clara.

Beleza pode ser perigosa e dolorosa.

Constance passou seu dedo sobre a haste, seus


pensamentos em Vengeance, sobre seus planos para
amanhã. Ele ficou feliz por ela ter ligado, e ela sentiu esta
vibração de excitação pelo fato de que a voz dele iluminou-se
quando falou.

Aquela ternura que exalava dele, e a sensação de


quando a olhava e estava realmente a vendo, parecia ir contra
a personalidade do motoqueiro que tinha em sua cabeça.
Claro, ele era perigoso e poderia ser violento a quem o
enganasse, mas depois mostrou a ela um lado diferente.

Vengeance mostrou-lhe que com aquela escuridão,


havia luz. Constance tinha seus próprios demônios, suas
próprias dúvidas sobre o mundo, sobre si mesma e claro a
vida. Mas quando estava com Vengeance, mesmo que fosse
apenas aquela noite, sentiu como se nada disso importasse.

Uma dor afiada quando cortou seu dedo a deixou


ofegante. Ela olhou para o corte, o espinho, depois de
percorrer a almofada macia de seu dedo indicador. Ela viu o
sangue bem acima, aquele pequeno grânulo de vermelhidão,
tornando-a quase hipnotizada, paralisada.

—Querida. — Abigail, uma das mulheres mais velhas


que trabalhava meio período na loja de flores entregou-lhe
um guardanapo. —Tenha cuidado. As rosas podem ser uma
puta inconstante.

A sineta acima da porta tocou, e Abigail foi ajudar o


cliente. A mente de Constance foi para Vengeance novamente.

Será possível sentir essa conexão com alguém tão cedo?


Poderia o instante... ser real? Ela realmente queria acreditar.

Ela queria muito acreditar em Vengeance sendo dócil e


delicado, tentando fingir que a vida não era sobre o perigo e
aventura, não era como deveria ser.

Mas o pensamento em Vengeance, a emoção que sentiu


com ele, fazia com que acreditasse que havia muito mais
neste mundo do que ela pensava.

E isso era revigorante.


Ele não era um adolescente idiota. Ele era um homem
crescido, e mesmo assim Vengeance estava nervoso. Esta foi
a primeira vez que ele realmente gastou seu tempo para se
importar em ir a um encontro com uma mulher. As putas do
clube estavam sempre lá, sempre disponíveis, não importava
quem você fosse.

Constance não era nada como aquelas mulheres. Além


do fato de sentar-se perto de cemitérios à noite, e não em
paus, quando ele estava com ela, sentiu alguma coisa. Ela
era diferente, mas não é um tipo estranho de diferente,
apenas... diferente.

Descendo de sua moto, esperou por ela sair da sua casa,


e não teve que esperar muito tempo. Quando apareceu,
estava pronta para um passeio. Constance usava jeans que
pareciam moldar todas as curvas do seu corpo.

—Ei, — ela disse com uma pitada de um sorriso no


rosto. —Como vai?

—Estou ótimo.

—Tem certeza que você não se importa de vir aqui, me


dar uma carona?

Ele tinha várias imagens eróticas de apenas o quão bom


ela poderia montá-lo. Empurrando-os para o fundo da sua
mente, ele simplesmente sorriu.
—Não me importo. Eu não estava fazendo nada.

Ela escondeu um pouco de cabelo atrás da orelha, e ele


pegou seu capacete.

—Não, por favor. Não me faça usar isso. Eu quero


sentir o vento no meu cabelo e no meu rosto. Não quero ficar
enfiada dentro de um capacete horrível que provavelmente
viu germes demais para contar.

—Você é a única que o usou, — ele disse.

Constance franziu a testa.

—Huh?

—Não tenho qualquer puta nas minhas costas quando


eu estou rodando. Tenho o capacete, mas ninguém nunca
usou.

—Espera, você está me dizendo que ninguém foi na


garupa de sua moto?

—Ninguém que eu me importe se tivermos um acidente.


— Merda, ele disse algo errado?

Ela olhou para ele, a mão na cintura.

—Você acha que nós vamos ter um acidente?

—Não. Eu sou bom e não tenho um acidente em anos.


No entanto, não significa que não há um bêbado idiota que
vai entrar na minha frente, e depois vamos dizer, o resto é
história. Não estou disposto a correr um risco que você pode
se machucar. Você está?
Ele adorou quando ela inclinou a cabeça para o lado,
olhando para ele. Tinha que adivinhar o que estava
acontecendo no seu cérebro. A ponta da sua língua deslizou
em seu lábio, e provocou-o em mais maneiras do que queria
imaginar.

—Eu vejo seu ponto. Ainda assim. Isso é uma droga.

Ele riu.

—Não sei se eu quero ir em um passeio mais.

Agora, isso simplesmente não aconteceria.

—Coloque o maldito capacete. Quando chegarmos a um


ponto que me agrada, você pode tirar até voltarmos para
casa.

Ela deu um pequeno grito e então colocou o capacete


firmemente em sua cabeça.

Ele não mentiu sobre o capacete. Não havia uma mulher


na parte traseira de sua moto em um longo tempo. Ele não
acreditava em andar com cadelas que não eram suas
mulheres. Era só um código pessoal que ele estipulou para si
e se recusou a voltar atrás.

Constance envolveu seus braços ao redor de sua cintura


e parecia enroscar em suas costas.

—Onde vamos? — Ela perguntou.

Eles iam pegar a estrada e não olhar para trás.

—Tente não ter muito medo.


Ela não tinha medo.

No momento que ele se afastou da calçada e saiu da


cidade, deixando para trás todos que ela conhecia, se sentiu
eufórica. Não havia nada que pudesse detê-la ou segurá-la.
Ninguém ia olhar para ela com tristeza porque perdeu
alguém. Não havia nada que perdeu ou ganhou aqui com ele.

Vengeance não a tratava de forma diferente. Constance


era apenas uma mulher para ele e talvez não devesse estar
bem com isso, mas realmente estava.

Pressionou a cabeça contra suas costas, fechando os


olhos, aquecendo-se com a sensação de ser levada para longe
de tudo. Um cavaleiro branco, era a última coisa que este
homem era, mas naquele momento, para Constance, parecia
ser.

A máquina roncou sob sua coxas e o cheiro de couro era


inebriante, e não só isso, o poder que viu em Vengeance,
enquanto pilotava foi aumentando cada um de seus sentidos,
e não conseguia parar a pulsação entre suas pernas.

Não houve nenhum momento que Constance lembrasse


ser despertada assim. Ela não era virgem, mas também não
sentia desejo... nunca. Brando conversara com ela que viria
no momento certo, e que ela precisava relaxar e aprender a
confiar nele.
Tinha confiado nele, completamente.

O sexo não era o problema. Constance era. Brando teve


que usar lubrificação para ajudá-la. Era esquisito pensar em
sexo agora com um completo estranho. Brando foi tudo o que
uma menina precisava para a primeira vez e seu amor. Foi
seu primeiro e único e ela amava-o. Claro que ela o amava.
Ele era o cara que todas as garotas queriam. O problema era
que foi doce, carinhoso, atencioso e perfeito em todas as
partes de sua vida. Ele não queria chateá-la. Quando a
beijou, não pode deixar de se perguntar, se ele estava
pensando em como seus pais aprovariam.

Ele amava à aprovação dos pais dela.

O tempo passou, e seus pensamentos em Brando não se


desvaneceram, não em tudo. Finalmente, Vengeance parou
em uma longa faixa da pista.

—Onde estamos? — Perguntou.

—Uma pista de corrida, ou o que restou de uma. — Ele


estendeu a mão. —Passa-me o capacete, e eu vou te dar o
passeio que você realmente quer.

Ela pensou sobre sexo e todas as coisas sujas no meio.


Retirou o capacete, devolvendo-o.

—Posso te fazer uma pergunta? — Ela disse.

—Com certeza.

—O sexo, é bom?

Ele parou e olhou para ela.

—O quê?
—Esquece. Esqueça que eu disse alguma coisa.

—O que é isso com a conversa de sexo?

—Eu não sei. Acho que só estou curiosa sobre o que


você faz, com suas mulheres?

Ele sorriu.

—Você não precisa se preocupar com isso. — Colocou o


capacete no chão. —Melhor segurar firme. Vou te dar o
passeio de sua vida.

Ela soltou um grito quando Vengeance acelerou para a


frente, para o qual ambos riram. Constance rapidamente
envolveu seus braços ao redor dele, segurando-o firme.
Estava pronta para o passeio da sua vida.
A sensação dos braços dela envoltos em torno de sua
cintura, seu corpo pressionado firmemente em Vengeance o
tomou com excitação. A excitação, certamente não foi
extraviada e queria Constance, mas a verdade era que
poderia dizer que ela era frágil.

Ela podia quebrar, se partir ao meio. Vengeance era um


motociclista áspero, gostava de sexo de certa forma: áspero,
nada retido, e fazer tudo isso com Constance poderia fazê-la
quebrar ainda mais.

—Oh meu Deus, — ela gritou, em voz alta, deixando


clara sua excitação.

Vengeance acelerou, indo mais rápido, tomando as


voltas bruscamente, abraçando o limite. Ele sentiu o vento no
cabelo. Constance segurou mais apertado, suas coxas
internas pressionaram fortemente as coxas dele.

Vengeance não diminuiu, não parou. Continuava ao


redor da pista, deixando a sensação de estar livre passar por
cima deles. Foi só quando sentiu seu corpo soltar atrás dele
que desacelerou. Virou ao redor da pista em um ritmo mais
lento e, em seguida, parou completamente.

Vengeance desmontou e ajudou Constance a descer da


moto. Ela começou a rir, o que o fez sorrir também.
—Isso foi...— disse, mas parou e passou as mãos pelo
seu cabelo. —Isso foi incrível. — Se virou, o sorriso no rosto
enorme, sua excitação clara.

Deus, ela era linda, tão linda que não conseguiu impedir
de puxá-la, agarrando sua nuca e reclamando sua boca.

Ela sentiu seus lábios sobre os dele, fortes, masculinos,


mas suaves e doces. Uma onda de calor e excitação bateram
nela, e Constance expirou, sentindo que o calor se espalhava
em seu corpo. Parecia bom, incrível mesmo.

Vengeance puxou sua boca para trás, seus lábios e


pescoço ligeiramente vermelhos devido a barba no rosto,
lembrando-lhe que estava no lado mais áspero e perigoso.
Mas Constance queria isso. Com Vengeance sentiu-se viva,
senti que estava respirando novamente.

Estava molhada entre as coxas, seus mamilos duros,


esta excitação era incomum, mas agradável e bem-vinda.

—Como foi isso?

Ela estendeu a mão e tocou seus lábios, este leve


formigamento, espalhando-se por ela.

—Isso atravessou a linha?

Ele pareceu genuinamente preocupado que talvez a


tenha empurrado longe demais. Esse lado preocupado dele
subiu contra sua aparência exterior, o motociclista hardcore
que era.

—Foi...— Deus, como ela poderia explicar isso? Como


ela poderia lhe dizer o que a fez sentir, como se não estivesse
mais nesta caixa, presa, sufocante?

—Foda, — ele disse, sua voz grossa, dura. Correu uma


mão sobre o rosto, olhou ao redor e finalmente exalou.

—Vengeance.

Ela esperou até que ele a olhasse.

—Você me faz sentir... viva.

Ficaram olhando um ao outro, o luar acima brilhante,


lançando um brilho prateado.

—Eu quero você, Constance, mas eu sei que não posso


levar você.

—Não vou quebrar. — Embora em um ponto ela achou


que era muito frágil para algo, especialmente uma vida fora
da caixa perfeita que criou. —E eu quero você, também. Eu
quero a sensação que você me dá, a sensação que sinto
quando estou com você. — Apertou suas mãos em punhos,
sentindo-se descoberta, exposta. Mas se sentindo bem.

Ele puxou-a para perto, seu corpo grande e duro


pressionado contra o dela. Vengeance cheirava a suor limpo e
couro, masculinidade e desejo. Havia uma química entre eles
que não podia ser negada. Ela não podia negar, não queria.

—Beije-me outra vez, — ela sussurrou.


Ele a pegou pela nuca, puxando-a para perto e fez
exatamente isso.
Vengeance não tinha uma porra de pista do que estava
acontecendo com ele, nem nada. Um minuto ele estava
passando pela vida como se estivesse batendo em uma
parede de tijolos. Então um tropeço em um cemitério, e
estava aqui agora, beijando Constance.

Seus lábios eram muito suaves quando deslizou sua


língua na boca, e ela soltou um pequeno suspiro, permitindo
que ele mergulhasse em sua boca. Ela acariciou sua língua
sobre a dele, segurando-a firmemente, precisando de algo
para pressioná-la contra. Olhando uma árvore por cima de
seu ombro, ele a moveu para pressioná-la contra a árvore.
Pegando suas mãos, ele trancou seus dedos juntos e
segurou-os acima da cabeça enquanto tomava-lhe a boca.

Mordendo seu lábio quando se afastou, olhou em seus


olhos. Ela estava em chamas por ele.

—Diga-me o que quer, — ele disse.

Ela lambeu os lábios, e seu olhar pousou em sua boca.

—Eu quero você comigo. — Ela engasgou. —Não devia


ter dito isso.

—É isso que você quer?

Ela assentiu com a cabeça.


—É o que eu quero. Eu quero você. — Ela estava
tremendo. —Nunca estive tão devassa antes, mas isto me
parece tão... certo.

Ele olhou para trás para sua moto e estava prestes a


levá-la, quando ela o puxou.

—Não, eu não quero que volte. Quero fazê-lo aqui e


agora.

—Qualquer um poderia parar e ver.

—Não me importo. Eu preciso de você, Vengeance. Se


formos, vou encontrar uma razão para isso não acontecer. Eu
quero você. Você me quer?

—Sim.

—Então me leve.

A árvore forneceu-lhes sombra suficiente, e ele a moveu


para ter um pouco mais de privacidade. Uma vez que ele
começou... não queria um motivo para parar. Algo lhe disse
que sua boceta ia ser a perfeição e que era exatamente o que
ele queria.

Apertando seu rosto, ele olhou em seus olhos.

—Bem aqui? — Ele perguntou.

—Agora mesmo. Vamos lá, Vengeance, mostre-me


exatamente como é ser tomada em um passeio selvagem por
um motoqueiro louco.

Ele riu, vendo o fogo dentro dela. Há quanto tempo


fingia? Que tipo de vida viveu?
Algo lhe disse que no fundo, ela tem atuado desde o
início.

—Diga-me o que você quer, — ele perguntou novamente.

Olhando em seus olhos, ele esperou para ver se ela


ainda teria coragem ou se ia dar para trás. O sorriso em seus
olhos disse-lhe tudo o que precisava saber.

—Quero que me foda, Vengeance. Quero ter a certeza de


nunca esquecer o que estamos fazendo. Eu quero ser capaz
de sentir-te durante dias. Eu sei que não deveria dizer coisas
assim, mas não consigo evitar. Eu preciso. Pela primeira vez
na minha vida, eu quero algo que eu não deveria. Não há
ninguém para me impedir de querê-lo.

Ele acariciou sua bochecha, vendo tantas coisas dentro


de seus olhos.

Ela foi presa em uma vida que exigiu que se


conformasse, e ele não ia deixá-la se sentir assim novamente.
Não no seu turno.

Revirando os lábios sobre os dela, atacou suas calças,


soltando o botão e depois o zíper. Ela assumiu o controle,
empurrando por suas coxas até que saísse delas e junto sua
calcinha.

Constance agarrou sua cabeça e puxou-o para baixo,


beijando-o, aprofundando o beijo.

—Eu nunca fiz nada assim antes, nunca me senti tão


livre, — ela disse.
Abrindo o botão de sua calça jeans, ele a puxou para
baixo, colocando para fora seu pau ereto. A ponta já estava
vazando pré-sêmen. Ele preferiria tê-la em uma cama quente,
mas a mulher dele o queria agora.

Mulher dele?

Sim, ela era toda dele.

Agarrou a bunda de Constance, a levantou, e então,


guiando o pau ao seu calor, olhou para baixo, observando.

—Segura o meu pau. Coloque-o dentro de você.

Constance abaixou sua mão, pegando seu pau, e ele se


aliviou dentro de sua boceta apertada. Com cada centímetro
que deslizava dentro dela, ela gemeu seu nome.

—Oh, Deus, — ela disse. —Isso é incrível.

A camisa que ela usava a protegeu contra a casca dura


da árvore, mordendo em suas costas. Segurando sua bunda,
ele a puxou para baixo no seu pau, fazendo-a tomar cada
centímetro. Tentou lembrar-se que precisava ser gentil e
delicado com ela.

Constance arqueando-se em sua direção gritou seu


nome.

—Isso é tão bom. Por favor, Vengeance. Eu quero mais.

Ela era como uma mulher saída de um sonho pornô.


Com as pernas em torno de sua cintura e sua boceta
apertada apertando seu pau, ele estava no céu, céu puro. Ela
beijou seus lábios e montou tão duro quanto ele poderia
contra a árvore com a chance deles serem pegos.
Não gostaria de ser jogado em uma cela por atentado ao
pudor ou alguma coisa assim.

—Você gosta disso, querida? Você gosta do meu pau


dentro de você?

—Sim, por favor, Vengeance. Foda-me.

Isso não seria suficiente, mas agora teria que fazer.

—Toque em sua boceta. Quero que você goze em todo


meu pau. Vamos lá, Constance. Mostre quanto você quer
isso.

Ela choramingou, mas seus dedos começaram a


acariciar seu clitóris. Olhando para baixo, ele a observava se
tocar. Sua boceta apertada em torno dele, pulsando com cada
onda de prazer que ela estava dando a si mesma.

—Oh, meu. Vengeance, estou tão perto.

—Então vamos, querida. Goze no meu pau, e vou


segurar você. Dá-me o que eu quero.

Constance gritou o nome dele quando gozou, e foi uma


coisa tão bonita de ver. Sua boceta molhando seu pau de
sulcos, e ele apreciava cada segundo disso. O prazer, a
sensação de que encontrou uma mulher para si. Não
conseguia parar de pensar nela.

Segurando-a de perto, ele esperou pela sua libertação


acabar antes que encontrasse sua própria, dirigindo dentro
tão profundo como poderia. Fechando os olhos, ele tomou
posse de seus lábios, e quando sua libertação estava
próxima, rapidamente tirou e terminou em sua boceta.
O sorriso em seu rosto brilhou, mais brilhante do que
qualquer coisa que ele viu. Abaixando-a no chão, Constance
envolveu seus braços ao redor dele, pressionando seus lábios
contra os dele.

—Foi incrível.

Seu entusiasmo era contagiante.

Segurando sua bunda suculenta, sabia que ele não


queria deixá-la ir.

—Posso te perguntar alguma coisa?

—É claro.

—Se você ama estar ao ar livre e montar um


motociclista, por que não fez isso antes?

Ela se afastou, e ele a colocou de pé. Constance olhou


para ele como se ele fosse algo estranho.

—Tenho vivido minha vida para outras pessoas.

—Você tinha um noivo. Ele não queria levá-la para fora,


exibir-te, ser selvagem com você? — Ele estava curioso sobre
Constance e queria conhecê-la. Para entendê-la.

Ela olhou para ele.

—Meu noivo teria considerado qualquer coisa, além de


ficar em casa, perigoso, estúpido, imprudente e eu acho que
principalmente uma prostituta ou uma puta faria alguma
coisa assim.
Vengeance a observava enquanto puxou suas calça
jeans, não se importando para limpar sua semente, não que
ele tinha alguma coisa com isso.

Vestiu seu próprio jeans e olhou para ela. Ela passou os


dedos pelo seu cabelo e suspirou.

—Você pelo menos gostava do seu noivo?

—Sim, eu gostava. Eu pensei que eu o amava, mas


estou começando a me perguntar se não era a ideia de não
ficar sozinha que eu amava. Ele era tudo o que meus pais
queriam, e eu queria fazê-los felizes.

—E quanto a você? Não tinha que ser feliz? —Ele


perguntou.

—Isto era para ser divertido. Não para analisar por que
fazemos certas coisas. Eu realmente gostei disso, não
podemos simplesmente ter isso?

Ela estava correndo. Ele sabia, e ela sabia disso.

Vengeance deu de ombros.

—Você me conhece. Eu sou aquele que chamam para


um bom tempo.

Algo no entanto torceu em sua barriga. Não porque ela


não falasse com ele sobre seus problemas, mas porque sua
fuga e negar a verdade poderiam ter um efeito diferente em si
mesma.

Havia algo sobre ela. Sobre querer ser livre, mas livre de
que exatamente? Não sobrou ninguém, e ela passou muitas
noites no cemitério, olhando para as pessoas que a
mantiveram de castigo.

Algo iria encaixar dentro dela, em breve, e Vengeance


esperava que estivesse lá para pegá-la quando finalmente
caísse em si.
Uma semana depois
Passou-se uma semana desde que Constance deu-se a
Vengeance, e não se arrependeu. Na verdade, queria fazer de
novo, queria vê-lo e deixá-lo fazer se sentir viva.

Foi uma daquelas experiências, um daqueles


sentimentos que ela já não queria esquecer, que queria
segurar para sempre.

Terminou de organizar a variedade de flores para um


chá de panelas e correu os dedos ao longo das pétalas macias
e brancas. Ela pareceu macia assim para Vengeance? Ele
pareceu duro para ela, masculino, como um homem deve ser
com uma mulher. Pelo menos como ela queria que um
homem sentisse com ela.

Ele a fez sentir-se viva, pensou que sua vida todo esse
tempo era nada além de um sonho... uma mentira. Amava
seus pais, se preocupava com seu noivo também.

Mas eles a enjaularam, por se dizer, fazendo sentir como


se sua vida era nada mais do que algo para eles moldarem,
dar forma para o que eles vissem.

Mesmo agora, depois que gozou com Vengeance, seu


corpo se iluminava só pensando nele, a área entre suas
pernas estava sensível e dolorida. Ele era tão grande, tão
grosso e longo. Ele a fez sentir como se tivesse sido dividida
em duas, mas na melhor das formas.

O celular vibrou e ela puxou da blusa e olhou para ele.


A mensagem era de Vengeance, e não pode deixar de sorrir,
encheu-lhe de prazer.

Estou com saudades. Deixe-me levá-la para sair esta


noite.

Claro que sim, ela pensou, jantar e um filme. Mas


também queria seu corpo duro no dela, sua masculinidade,
fazendo sentir-se feminina.

Digitou uma resposta, dizendo que queria vê-lo também,


mas ela queria vê-lo primeiro, para tomar essa iniciativa. O
que ele diria se ela aparecesse no clube, desse esse passo
para lhe mostrar que ela estava falando sério... sobre eles?

Constance olhou para cima onde o clube estava, sem


saber se isso era esperto ou burro, mas queria ser aquela
pessoa que era forte e que ia atrás do que queria.

E isso era Vengeance.

—Ei, uma mulher está aqui para você, —Weasel disse.

Vengeance olhou de relance acima da papelada que ele


estava vendo para Demon.
—O quê? — Ele sentiu suas sobrancelhas abaixarem. —
Quem? — Não deveria haver ninguém aqui para vê-lo, muito
menos uma mulher.

—Sim, coisinha bonita. Parece que ela pode ser cega de


um olho, porque parece fora.

Vengeance ficou parado, seu coração trovejando.

Constance.

Ele queria vê-la, mas não aqui, não assim. O clube


poderia parecer bruto e lascivo. Ele queria protegê-la,
protegê-la da vida que levava.

A vida do clube pode ser hardcore para caralho, e ela era


tão suave e inocente, doce e gentil. Deus, como um idiota
como ele conseguiu uma mulher tão perfeita em sua vida?

—Onde ela está? — Ele perguntou a Weasel.

—Quarto principal. Acho que uma das meninas do


clube, ou uma perspectiva, ia falar com ela.

Isso era bom para caralho e não um desastre esperando


para acontecer.
— Você veio aqui? — Vengeance perguntou.

Constance tomou uma respiração profunda.

—Surpresa. Eu... eu queria ver você. Espero que isso


não seja muito, ou é? Eu não sei. Eu não estou. Uau, isso
parece mesmo como um perseguidor, certo? Não pensei nisso
enquanto eu estava vindo para cá. Deve estar muito
envergonhado. — Ela estava nervosa. —Este lugar é
totalmente incrível, só para você saber. — Seu coração estava
acelerado e ela não podia acreditar que tomou o risco em vir
aqui. Não era como ela, não em tudo e agora estava
lentamente pirando, novamente não era bom.

—Venha, — ele disse, segurando sua mão e puxando-a


para a frente. No instante em que a tocou, tudo parecia se
encaixar. Era como se ele enterrasse seus medos e tudo
parecia certo, mais uma vez. —Pare de entrar em pânico.

—É perseguidor?

—Não acho que você vai ser a primeira mulher a chegar


à sede do clube, e eu sei que você não será a última. Também
estou falando de mulheres de outros irmãos do clube. Não se
preocupe. Eu gosto disso. O que você fez?

—Eu pesquisei na internet, e sim, eu decidi que em vez


disso faria uma surpresa.
—Isto é porque as pessoas próximas a você estão
falando?

Ela balançou a cabeça.

—Bem, todos tiveram sua opinião. Eles me disseram


para pensar sobre o que os meus pais pensariam e assim por
diante, mas não quero pensar nisso. Estou cansada de
pensar sobre isso. Como você lida com as pessoas julgando o
que você faz?

Ele envolveu seus braços ao redor de sua cintura,


puxando-a para perto.

—Estou em um clube, e somos sempre julgados sobre o


que fazemos e não fazemos. Não dou a mínima para isso.

—Ensine-me.

—Você quer que eu te ensine como pouco se foder?

—Sim. Não acha que daria certo? — Ela perguntou.


Tudo o que queria fazer era passar tempo com alguém que
não a vigiasse constantemente, esperando por ela ter um
colapso e estragar tudo. Ela colocou as mãos no seu peito,
sobre sua jaqueta de couro e admirou-se como forte e
poderoso sentiu-se em seus braços. —Eu senti sua falta.

—Eu tinha assuntos do clube.

—Tudo bem. Não estou reclamando. — Ela olhou para


seus lábios e mordiscou o dela. —Vai me beijar?

Ele riu.

—Regra número um de não dar a mínima. Não


pergunte. Há sempre uma chance de que alguém dirá não.
—Você não gosta da palavra não? — Ela brincou.

Ele riu.

—Não quando é algo que eu quero.

Ela sorriu.

—Eu sabia que havia uma razão pela qual eu gostei de


você. — Deslizando as mãos na parte de trás do seu cabelo,
ela o agarrou firmemente e puxou-o para baixo para um
beijo. Tudo parecia tão certo em seu mundo no instante em
que seus lábios colaram nos dela, pode se concentrar.

Vengeance a empurrou contra a parede, e ela engasgou.


Ele levou a vantagem e saqueou a língua em sua boca.
Agarrou as mãos dela, pressionando-os contra a parede. No
fundo da sua mente, ela sentiu a casca desenterrar o corpo
dela, e adorou. Ela apreciou a leve dor de seu toque e queria
mais.

—Foda-se, querida. Você não tem a menor ideia do que


faz comigo, — ele disse.

Pela forma como o seu pau estava pressionando contra


seu quadril, ela teve uma ideia muito boa. Sorrindo, ela olhou
nos olhos dele.

—Quer me foder?

—Por que essa palavra soa tão tentadora saindo da sua


boca?

—Porque você sabe que vai ser bom. Você quer? —Ela
perguntou.
—Te foder? Pode crer que sim. — Liberando suas mãos,
mudou-se para baixo, indo para o botão no seus jeans. Ela
olhou suas mãos. Alguém poderia entrar a qualquer momento
e pegá-los. Ela não se importava.

Por muito tempo ela foi controlada, e isso não ia


acontecer de novo. Estava determinada a fazer o que queria e
não o que alguém lhe dissesse.

—Você quer meu pau dentro de você agora? Neste


segundo?

—Sim, eu quero você. Por favor, me foda, Vengeance. —


Ela não fez mais nada além de sonhar com ele. Cada
momento do dia, sentiu o pau dele enfiando dentro dela.

Empurrando sua jaqueta de couro de seus ombros, ela


rasgou a camisa dele e bateu os lábios contra os dele. Com
Vengeance poderia ser ela mesma, e não precisava se
preocupar com julgamento. Era tudo tão incrível, tão
libertador, e ela adorou.

Marcando as unhas para baixo em suas costas, ela


mergulhou a língua em sua boca enquanto seus jeans eram
puxados. A calcinha dela estava rasgada e no chão e nos
próximos segundos ele estava dentro dela.

Seu pau era longo, grosso e pulsante enquanto deslizava


até o fundo. Constance fechou os olhos, apreciando a
sensação dele dentro dela. Ambos gemeram, e ela segurou-o,
envolvendo as pernas na cintura e precisando dele.

Isso era totalmente diferente do que quando estava com


o seu noivo. Ele não sentia o mesmo, em nada.
Abrindo os olhos encontrou Vengeance olhando para
baixo, olhando para ela.

—Isto é o que você quer? Você quer ser fodida?

—Eu quero ter uma aventura, Vengeance. Eu quero


estar com você.

—Você está certa. Isto é uma loucura, mas agora, com o


quão bom sua boceta é, não quero mais nada. Eu quero você.
— Ele tirou dela, só para bater para dentro novamente.

—Ainda não chegamos a uma cama, — ela disse,


sorrindo.

—Bom. Não tenho intenção de deixar você ir. Até


amanhã você vai ficar bem fodida.

Ela amava a promessa em palavras. Lentamente,


Vengeance estava descascando e afastado todas as camadas
que uma vez fizeram ela estar de acordo com tudo o que já
conheceu. Havia horas, mesmo dias que ela olhava lá fora e
só se perguntava como seria ser livre. Para alguém não julgá-
la por querer se molhar na chuva, beijar, foder e rir enquanto
fizesse isso. Não podia fazer isso porque seu noivo disse que
ficaria molhada, e então ficaria com frio.

Tudo o que parecia divertido, emocionante, ele sempre


encontrou uma maneira de estragar. Não havia espaço para
ela viver e agora, seus olhos se encheram de lágrimas por
essas memorias, com a frustação que sentira a cada
momento.
Vengeance parou e tocou seu rosto, olhou em seus
olhos.

—Qual é o problema? Quer que eu pare?

—Não, não. Quero que continue a me foder, Vengeance.


Por favor, eu preciso de você.

Ele hesitou, e ela pegou o rosto dele mesmo quando as


lágrimas começaram a cair em suas bochechas. Ela ignorou-
as e só se deliciava com sua posse. Na necessidade que ele
mostrou pra ela.

Vengeance agarrou suas mãos, pressionou-as contra a


parede e continuou a conduzir dentro dela, outra vez. A
sensação do pau dele era tão boa que não queria que
acabasse.

—Vou continuar te fodendo até que me peça para parar,


Constance.

Isso nunca ia acontecer. Ela nunca quis que ele parasse.


Seria tão errado assim, finalmente viver sua própria vida,
onde ela levava o que ela queria e amava cada segundo? Isso
a fazia egoísta? Isso fazia dela uma gananciosa? Ela estava
cansada de viver uma vida que outros queriam para ela. Que
não estava vivendo.

As pessoas diziam o que ela deveria fazer, como deveria


estar e nunca tendo um segundo para ouvir o que ela queria.

Agora finalmente ia viver.


Uma semana depois
O som da campainha em cima da porta soou, mas
Constance não olhou para cima. Estava trabalhando na
papelada, tentando distrair-se, porque tudo o que ela
conseguia pensar era em Vengeance. Deus, só de pensar nele
ficava com calafrios.

—Ei, Constance.

Ela olhou para cima quando ouviu uma voz profunda.


No começo ela esperava que fosse Vengeance, porque ele era
o único homem com quem falou estes dias, mas não foi o que
ela esperava.

Sentiu suas sobrancelhas franzirem, não tendo certeza


se ela realmente estava vendo Craig lá.

—Craig, certo? — Ela pousou a caneta e olhou para o


homem que cuidava do paisagismo no cemitério. O viu várias
vezes, mas o fato dele saber quem ela era, e ainda lembrar o
nome dela, foi surpreendente. Eles teriam se falado uma vez
desde que ela começou a ir ao cemitério, e isso foi há tanto
tempo que estava surpresa que ele lembrou seu nome.

—Oi, — ele disse e sorriu.


Embora fosse um pouco estranho, Constance achou que
ele estava precisando de flores, e seria por isso que estava em
uma floricultura.

—Como posso ajudá-lo?

Ele não disse nada durante longos segundos, só andou


envolta olhando.

—Craig, eu posso te ajudar em alguma coisa?

Ele parou e olhou para ela, uma expressão séria no


rosto.

—Eu só queria ver como você estava. Normalmente vejo


você no cemitério, mas já faz um tempo.

Ela olhou para ele, percebendo que na verdade nunca


dissera-lhe onde trabalhava. Quando estava prestes a abrir a
boca, para perguntar como ele sabia onde estaria, o som de
uma moto veio.

Constance olhou para o lado de fora, viu Vengeance


parar na calçada e não pode deixar de sorrir. Talvez ela fosse
uma tola, mas nada mais importava no momento.

Vengeance puxou sua Harley na frente da loja de flores,


tendo decidido fazer uma surpresa a Constance. Ele não
poderia ajudar, mas sorria lembrando-se da última vez que a
viu, como eles foram para um passeio, sem precisar de
qualquer coisa, apenas a sensação do vento em seus rostos, a
estrada aberta por baixo deles e um ao outro.

Desmontou, tirou seu capacete e caminhou para dentro.


A primeira coisa que veio a ele foi o aroma das flores. O
cheiro estava fresco e lembrou de Constance.

Ele a viu imediatamente, mas também viu o cara que


estava se aproximando dela, olhando para Vengeance e
trazendo para fora todo o seu instinto protetor.

—Querida, — ele disse a Constance e andou em direção


a ela. Olhando para o homem outra vez. As vibrações que o
cara emanava eram ligeiramente territorial e isso irritou
Vengeance.

—Oi, — ela disse, seu foco nele, com o sorriso largo.

—Ajudando alguém? — Ele disse, gesticulando para o


cara que ainda estava lá, prestes a ser confrontado, se não
parasse de olhar para Vengeance.

—Não sei, na verdade, — ela disse e olhou para o cara.


—Tem algo que eu possa fazer por você, Craig?

Ok, então ela sabia quem era o cara, mas isso não
mudava o fato dele estar se fazendo incômodo.

Craig abanou a cabeça.

—Eu só queria te ver, me certificar de que você estava


bem. Não vejo você no cemitério há um tempo.

—Sim, tenho andado ocupada. — Vengeance viu suas


bochechas ficarem vermelhas, e então olhou para o cara
novamente. Craig parecia irritado, o que significava que o
desgraçado estava aqui para além de uma verificação.

—Te vejo por aí.

Craig saiu e Vengeance olhou-o o tempo todo. Quando


ele virou a esquina e não estava mais a vista, Vengeance
olhou para Constance.

—Você está bem?

Ela sorriu largamente e assentiu com a cabeça.

—Eu estou. Foi estranho vê-lo aqui, dado o fato de que


eu nunca lhe disse onde eu trabalhava.

As bandeiras vermelhas de Vengeance subiram ainda


mais. Se alguém quisesse ir contra ele para estar com
Constance, bem, Vengeance iria frente a frente com ele.

Constance era dele.


Craig queria cuspir na porra daquela moto, mas viu que
a merda estava brilhando, e ele não lhes daria a satisfação
neste momento. Dando uma volta na loja, viu Constance
sorrindo para aquele motoqueiro feio, e depois o homem a
beijou o que não deveria.

Só a visão dos dois juntos foi o suficiente para ele


vomitar. Movendo-se ao longo da rua, ele caminhou de volta
para seu apartamento perto do cemitério. Não viu Constance
visitando o túmulo de sua família e estava preocupado.
Ninguém falava com ele. Ninguém notou que existia e estava
bem com isso.

O que ele não gostava era de outro homem pensando


que poderia tomar o que não lhe pertencia. Entrou em seu
apartamento, acendeu a luz e olhou para a foto, na sua
lareira. Era Constance, quando ela estava no colegial. Tinha
encontrado on-line e imprimiu em casa, agora olhava para ela
todas as noites.

Constance era uma mulher tão bonita. Uma delicada


flor que precisava ser tratada com carinho e com o máximo
de cuidado. Olhando ao redor de seu apartamento, não havia
um espaço que não tivesse algo que a lembrasse. Até tinha o
frasco do seu perfume favorito na mesa de café.

Um casaco de lã que deixou no cemitério uma vez,


estava no divã, lavado e preparado para usar.
Ele a amava e ela era dele.

Constance pertencia a ele, estava ficando cansado de


esperar. Esse novo homem pareceu ser um problema, e Craig
ia ter certeza de se livrar dele.

Vengeance levou Constance para jantar, ela precisava


conhecer Weasel adequadamente. Viu Weasel gostar de sua
mulher o deixando satisfeito. No final da noite, fez a coisa
cavalheiresca e certificou-se que ela chegasse em casa com
segurança.

—Você pode entrar, você sabe?

—Eu sei, mas quero que descanse um pouco. Tenho que


estar na estrada por alguns dias, e no momento em que eu
voltar, como se sente sobre o resto do fim de semana comigo
em minha casa, talvez saindo com alguém do clube, conhecer
minha família?

—Eu adoraria isso. Deixe-me saber e eu vou ter certeza


de que eu possa tirar uma folga.

Ele viu a emoção em seus olhos e estava mais do que


satisfeito por ter sido ele quem colocou lá.

—Eu te ligo. — Puxou-a para perto e pressionou um


beijo em sua bochecha. Ela derreteu-se contra ele. Adorava
quando ela fazia isso. Ele vivia para esses momentos.
Era hora dela conhecer Demon e o resto dos caras. Era
hora dele deixá-los saber que ela era sua mulher.

—Durma bem, Constance.

—Eu vou. Tenha uma boa viagem.

Ele esperou até que ela fechasse a porta e fechasse o


bloqueio antes de caminhar para encontrar Weasel ainda à
espera.

—Gosto dela. — Weasel disse.

—Sabia que ia gostar dela. Ela é uma boa mulher. — Ele


saiu uma noite e encontrou uma mulher muito especial. Uma
coisa assim não acontecia com ele, e ficou tão satisfeito que
foi o único a entrar no cemitério.

Ele franziu a testa, olhando entre o prédio e seu amigo.

—Havia algum babaca farejando em volta dela quando a


peguei.

—Fácil o suficiente para matar se precisar? — Weasel


pediu.

—Sim. Ele estava na loja conversando com Constance e


jogando fora todos os tipos de vibrações. — Vengeance não
gostou da torção que ele estava sentindo no estômago. Algo
estava errado com ele, e não sabia o quê. —Provavelmente
não é nada.

—O que é? — Weasel perguntou. —Isso só vai te


incomodar, então você pode me dizer agora e nós podemos
seguir em frente.

Vengeance esfregou a nuca.


—Aquele cara. Eu não sei. O jeito que ele olhou
Constance. A forma como ele me olhou...

—Ela é quente. É natural que os homens olhem. É


melhor eles não tocarem.

—Não é sobre ela ser quente ou não. Talvez eu esteja


imaginando tudo. — Ele balançou a cabeça. —Eu peguei uma
vibe dele. Ele estava olhando para ela como se ele a
possuísse. Eu não gosto disso.

—Com todo o respeito, Vengeance, você não gosta de


ninguém olhando para sua mulher.

—Eu sei. Mas algo não vai bem com ele. Eu vou ter que
tomar cuidado.

—Como Constance reagiu?

—Ela parecia um pouco desconfortável, talvez até


mesmo surpresa que ele estava lá. Ela disse que era estranho
vê-lo na loja de florista. Ele trabalha no cemitério.

—Espera, o quê?

—Constance gosta de ir para o cemitério, ver a família


dela, falar com eles e essas coisas. É onde eu a conheci. Eu te
disse tudo isso.

—Você disse? — Weasel perguntou.

—Tenho certeza de que disse...

—Tanto faz. Eu já bebi muito entre toda esta merda.


Vamos lá. — Weasel sentou-se na sua moto, esperando.
—Ela nunca o viu em qualquer outro lugar, estava
surpresa que ele sabia onde ela trabalhava.

—Olha, provavelmente não é nada. Se ela passava todo


seu tempo no cemitério e agora passa com você, então é claro
que ele vai se preocupar. Ele está acostumado a esse padrão,
e você quebrou esse padrão. Siga em frente e pare de se
preocupar com isso.

—Eu a convidei para passar algum tempo no clube com


as outras senhoras. Acho que será bom para ela.

—Deanna vai amá-la. Constance tem aquela vibração


sobre ela que só diz que elas vão ser melhores amigas.

Vengeance revirou os olhos. Às vezes não havia jeito de


conseguir que Weasel fizesse qualquer sentido.

—Vamos, vamos sair daqui. Eu quero pegar a estrada.


Demon está esperando.

—Demon está sempre esperando por você no momento.


Você gasta todo seu tempo com essa mulher. Vai tirá-la da
sua vida de merda?

Vengeance pausou e olhou para seu amigo.

—Está é a vida dela, — ele disse.

—Você acha que aquela mulher quer passar o resto de


sua vida trabalhando em uma floricultura e não ficar deitada
e suja com você?

Vengeance viu uma mudança sutil em Constance


durante as últimas duas semanas. Quando ele chegou, e ela
não o viu, vira sua tristeza. No momento que ela o olhou e
virou-se para ele, ela sorriu.

De uma estranha maneira, era exatamente como se


sentia com ela. Até que ele a via novamente, havia uma
escuridão dentro de si, agarrando-se para sair, que só ficava
quieta quando ele estava perto de Constance. Tê-la em seus
braços era uma bênção, um sonho, e ele não queria perder
isso, nem por um segundo.

Escarranchando na sua moto, esperou por Weasel


puxar-se da calçada, e seguiu atrás. Deixar Constance
parecia cada vez mais tedioso. Ele queria que ela estivesse na
traseira de sua moto andando com ele a cada momento que
podiam.

Seus irmãos do clube encontraram uma maneira com


suas senhoras. Ele não via uma razão por não conseguir esse
tipo de vida também.

Ser parte dos Soldiers of Wrath não era fácil. Era difícil e
perigoso. Suas vidas estavam constantemente sob ameaça,
mas eles eram uma irmandade. Constance não tinha mais
ninguém no mundo.

Sua família poderia tornar-se a dela, e seu futuro seria


traçado juntos.

Vengeance estava ansioso para voltar para ela e dar-lhe


a oportunidade de experimentar a vida com ele.
Uma semana depois
Vengeance sentou no bar e olhou para Constance. Ele a
pegou algumas horas atrás, a levou para jantar, agora
estavam andando no clube.

Ele queria levá-la para o quarto que tinha no clube,


apenas passar um tempo a sós com ela e fazê-la ver como
eles se encaixam.

Constance estava falando com Deanna e as outras


senhoras, e estava claro que ela se encaixava bem. Ele sabia
que iria.

Se virou e encarou o bar, cuidou da sua cerveja e olhou


para uma das perspectivas que limpava a parte superior do
bar.

—Ela é uma menina de classe, Vengeance. — Disse


Rocky.

Ele queria dizer a todos que ela era dele, que Constance
era a mulher dele, que estaria na sua vida para sempre. Ele
queria tê-la ao seu lado, fazê-la ver que pertenciam juntos.
Poderia protegê-la, poderia fazê-la ver que estar com ele era o
que ambos precisavam.

Deus, ela era perfeita para ele.

Vengeance olhou por cima do ombro, sorrindo.


—Sim, ela realmente é.— Mas seu sorriso desvaneceu-se
quando viu Ranger, um dos novos prospectos, andar até ela.

Deanna levantou a mão e se despediu, e porra Ranger


andou até a mulher de Vengeance.

Vengeance enrolou os dedos ao redor do pescoço da


garrafa e os seus dentes cerrados, sentindo chateado com o
próprio pensamento de outro homem falando com sua
mulher.

Ranger tocou o braço de Constance, e mesmo se fosse


inocente, Vengeance não poderia segurar a raiva que
queimava nele.

Ele se perdeu.

Levantou do bar, vendo vermelho. Ele precisava colocar


todos e qualquer um em seu lugar se eles cruzassem a linha
com Constance. Já tinha Ranger pela garganta, pressionado
na parede e olhando para ele em questão de segundos.

—Deus, Vengeance? — Voz de Constance foi baixa e


hesitante.

—Ei cara, como vai? — Ranger disse, sua voz tensa da


pressão que Vengeance tinha na sua garganta. Ele também
parecia assustado.

Bom...

Vengeance apertou a mão dele ainda mais em volta do


pescoço do outro homem.

—Você não pensa sobre ela, fala com ela e com certeza
não toque nela, entendeu? — Talvez Vengeance estivesse
exagerando, mas quando era sobre Constance não pode
evitar.

Ranger balançou a cabeça freneticamente, o medo em


seus olhos claros.

—Ela é minha, e você e cada filho da puta que quiser


cheirar ao redor dela devem lembrar-se disso.

—Que loucura foi essa? — Constance disse enquanto


Vengeance levou-a pelo corredor, para um quarto vazio.

Ele estava com ela pressionada na parede, um segundo


depois. Ele não falou no começo, mas não precisava dizer
nada porque o sentia pressionado contra ela, sentindo seu
pau duro contra sua barriga, foi o suficiente de uma
confirmação do que ele queria e precisava.

No próximo segundo seus lábios estavam nos dela.


Todos pensamentos sumiram de sua mente.

—Você é minha. — Ele roubou sua boca. Vengeance


tirou dela, devorando sua boca como se ele tivesse direito
sobre ela.

E ele tem.

Vengeance mordeu o lábio inferior antes de se afastar.


Estavam ambos ofegantes, e Constance sentiu seu coração
acelerar. No começo ficou irritada que ele foi tão brutal,
atuando como um homem das cavernas, quando ela estava
falando com aquele cara. Mas agora tudo o que ela conseguia
pensar era como o queria.

—Não gosto que fale com outros caras. Eu sou um


bastardo possessivo quando se trata de você.

Ela lambeu os lábios e olhou nos seus olhos.

—Você é minha. Diga.

Ela respirou pesadamente.

—Sou sua. — E Deus, isso era a verdade.


Constance olhou fixamente para o cemitério que
abrigava seu passado. Ontem à noite, com Vengeance no
clube foi uma revelação. Deanna era uma das mulheres mais
bonitas e ainda mais fortes que já conheceu. Deanna puxou-a
para um lado e disse-lhe tudo sobre a vida com Demon, como
foi levada pelo clube por conta de uma dívida. A história de
seu amor por Demon foi legal e inspiradora.

A vida de Deanna foi totalmente o oposto a sua, e ela a


invejava. Amy, a Senhora de Joker, era como Deanna, mas
também sua própria pessoa. Havia uma escuridão em seu
olhar que só se elevava quando Joker chegava. Todas as
mulheres dos Soldiers eram fortes à sua própria maneira.
Deanna lhe contará que elas não tinham uma escolha. Era
ser forte, ou morrer.

The Soldiers Of Wrath tinha muitos inimigos, e


tornando-se parte da vida de Vengeance não viria sem seu
próprio conjunto de problemas.

Ela o observou com seu clube, com seus irmãos. Claro,


amou e odiou como ele reagiu quando a viu conversando com
outro homem. Ele foi muito possessivo e ela amou a maneira
que a tomou de volta para o quarto dele, e eles passaram o
resto da noite lá. O corpo dela ainda doía da memória de seu
corpo no dela, dentro dela, fodendo-a.
Vengeance era um homem de ação. Ele não era o tipo de
homem que senta e não faz nada, e ela adorava isso nele.
Agarrada ao portão, olhou em todas as lápides. Seu coração
já não se sentia morto quando olhou dentro dessa parcela do
vazio. Seus pais odiariam Vengeance. Eles teriam implorado
para que ela acabasse com seu relacionamento. Brando teria
deixado isso em ação. Descansando a cabeça contra o portão
principal do seu passado, ela fechou os olhos.

Seu corpo doía de todas as maneiras bem deliciosas. Por


que ela tinha de estar aqui? Vengeance não voltaria por
alguns dias. Disse a ela que ele tinha negócios com um
associado dos Soldiers.

Ela queria ir com ele, mas Deanna lhe avisara que


ninguém ia com os Soldiers durante as viagens de negócios.
Os Prospectos estavam lá para protegê-las, e era isso. Ela não
tinha um prospecto designado, pelo menos não viu um.

Da próxima vez perguntaria a Vengeance sobre isso.

— Você está de volta! — Disse Craig, fazendo-a saltar.

Ela ofegou e colocou a mão no peito.

— Craig, você me assustou.

— Eu sinto muito. Não era minha intenção.

Virando-se para ele, lembrou-se dos sentimentos


estranhos que sentiu da última vez que o viu.

— Tudo bem... Você quer entrar? O cemitério não está


aberto ainda, mas para você vou abrir mais cedo. Disse a
Constance.
— Está tudo bem. Só queria ter a certeza que você
estava bem. — Craig sorriu-lhe enquanto falava.

Isso era a coisa mais estranha do mundo, além da outra


semana, quando ele foi ao seu trabalho. Ela sorriu, mesmo
que fosse forçado.

—Estou bem, Craig. E quanto a você?

— Sim, estou ótimo. — Ele passou por ela para abrir o


portão. —Você vai entrar?

Não querendo ser rude, ela assentiu e entrou no


cemitério. Pela primeira vez, sentiu um calafrio repentino em
ficar sozinha.

—Vou ver meus pais.

Ela não esperou para ouvir mais dele. Movendo-se em


direção a seus pais e ex-noivo, olhou para as pedras.
Esfregando os braços mais uma vez, seu corpo doía em todos
os caminhos certos. Ela não sabia se seus pais teriam
gostado de Vengeance. Brando com certeza não teria. O ex
dela o teria visto como um criminoso. Ela gostava de pensar
que seus pais estariam felizes porque ela estava.

Olhando para cima, viu que Craig ainda a observava. A


maneira como seu olhar parecia segui-la realmente a deixou
nervosa. Sorriu nervosamente em sua direção e então olhou
para baixo para as pedras de seu passado. Não podia
continuar assim, não podia deixar que sua vida girasse em
torno do que aconteceu. Sua vida não era sobre o que tinha
ou não tinha.
Vengeance era a vida que ela queria e o que Deanna
contou. Esse era o tipo de vida que ela queria mais do que
tudo. Se ele a queria para mais do que apenas sexo, ela o
daria.

— Não está completamente dominado então? —


Perguntou Joker.

— Assim como você? Você verificou seu celular milhares


de vezes. Porque você apenas não liga para Amy? —
Perguntou Vengeance, sorrindo quando Joker olhou para o
celular dele mais uma vez.

— Ele fez! — disse Weasel. — No momento em que


paramos, ele ligou.

Eles fizeram uma parada em uma lanchonete e foram


todos desfrutar de hambúrgueres e batatas fritas. A comida
não era a melhor, mas era melhor que nada, e depois de
algumas horas de condução, ele estava morrendo de fome.

Vengeance riu quando Joker revirou os olhos.

— Estou dominado, ok? Busque a tua própria mulher


maldita, e vamos ver como você vai se sentir.

— Eu diria que Vengeance tem sua própria mulher, mas


finge que não. — disse Weasel.
— Deanna amou Constance. — disse Demon. — Ela
espera que Constance fique mais em torno do clube.

—Isso é o que eu estou esperando. Eu vou perguntar a


ela quando nós voltarmos se ela gostaria de ser minha
Senhora.

— Foi rápido! — Disse Weasel.

— Eu sei o que sinto, e ela é uma boa mulher. — Ele


deu uma mordida em seu hambúrguer e gemeu. Até comida
de merda pode atingir o ponto certo.

— Ela é a mulher certa então? — Perguntou Steel.

—Sim, e você deve apreciar as longas fodas que eu vou


dar com a minha mulher. — Disse Vengeance.

Silêncio tocou através do restaurante, e Vengeance


continuou a mastigar a comida ao mesmo tempo que olhou
Weasel, seu amigo.

— Você realmente quer ir para lá? — Perguntou quando


terminou de engolir.

— Eu só estou dizendo. Você a trouxe ao redor do clube


uma vez. Eu sei que você gosta dela e tudo, mas esta vida
não é apenas sobre estar na estrada e fodendo seu caminho
através de putas aleatórias até você encontrar uma Senhora.
Ela é diferente, mais escura. Você a conheceu em um maldito
cemitério, mas isso não significa que ela seja uma Senhora.

—Weasel, você está cruzando a maldita linha. — Demon


falou.
— Eu estou? Realmente? Não estou dizendo nada de
ruim sobre suas Senhoras. Não tenho problemas com elas. O
que me preocupa é nosso irmão do clube. — Ele olhou para
Vengeance. —Você pode me odiar tudo o que quiser. Eu
entendo seu interesse por ela. Ela é diferente. O que não
consigo entender é: depois de algumas semanas, por que você
quer de repente trazê-la para a vida do clube? Você tem que
dar tempo ao tempo.

Quando ele viu que seus irmãos do clube sentiam o


mesmo, Vengeance perdeu o apetite.

— Eu estarei lá fora.

Ele não se demorou. Inclinou-se contra sua motocicleta


e olhou para o céu. Havia um frio no ar, e ele se perguntou o
que estava fazendo Constance. Ela tinha mandado mensagem
antes, dizendo que estava saindo, e ainda não ligou para ele.
Ele queria ligar, mas novamente, não queria se preocupar se
ela não estivesse em casa.

— Você está bem? — Demon, seu Prez do clube,


perguntou.

— Estou bem. — Ele falou com os dentes cerrados. —


Você concorda com esse idiota?

— Sim, eu concordo.

Ele balançou a cabeça.

— Nem uma vez eu empatei nenhum de vocês, seus


filhos da puta, de escolher suas mulheres e agora você vai me
parar. Onde está à justiça nisso?
— Eu não disse que era justo. Tenho de lhe perguntar,
você acha mesmo que ela tem o que é preciso para ser uma
Senhora, Vengeance? Não só você, mas todo o clube tem que
contar com as nossas mulheres, saber que nos apoiam.
Quanto você sabe sobre ela?

—Eu sei o suficiente.

—Você sabe o suficiente se ela mentirá para os fodidos


policiais? Mesmo Amy pode fazer isso, e ela está fodida na
cabeça por um longo tempo, mas eu sei que posso confiar
nela.

Vengeance cerrou os dentes. Ele não gostou que não


pudesse responder a isso. Era verdade; todas as Senhoras
ficavam por seus homens, sem nem piscar um olho.
Constance, recebeu uma amostra bruta, mas isso não
significava um segundo que não estaria disposta a entregá-
los à polícia.

—Traga-a muito mais, Vengeance. Deixe o clube se


acostumar com ela e então quando você tiver certeza, faça a
sua jogada. Não tome uma decisão precipitada. Você viverá
para se arrepender.

Com isso, Demon deixou-o sozinho para lidar com seus


próprios pensamentos.
Quando Vengeance deixou o clube, ele queria ver
Constance, levá-la para um lugar legal. Diabos, não precisam
ir a lugar nenhum para ele desfrutar de sua companhia.
Sentado em silêncio seria suficiente para ele, enquanto
estivessem juntos.

Ele foi até sua moto, e foi esperto o suficiente para vestir
seu capacete, mesmo que sua mente estivesse louca. Ele não
tinha dúvidas de que Constance era dele e não lhe importava
o que disseram seus irmãos. Ele iria fazê-la sua mulher, diria
a ela o que ela significava para ele, era muito sério e que era o
que importava.

Mas agora, ele precisava pensar sobre como fazer isso.

Ele colocou seu capacete, porque a segurança vem em


primeiro e toda essa baboseira, chutou o pé e acelerou o
motor. Ele afastou-se da sede do clube e pegou a estrada.

Uma vez na rua de trás, ele pegou as ruas estreitas, não


sabia onde estava indo, mas também não se importava.

Ele acelerou. O vento soprou em seu rosto, a escuridão


neste trecho de estrada intensa. Nuvens escondiam a lua,
mas ele conhecia estas estradas como a palma da sua mão.
Quando foi mais rápido, uma corrida começou a enchê-lo.
Vengeance olhou para baixo e viu o asfalto se movendo
rapidamente abaixo dele.
Ele estendeu a mão, desligou o farol e sorriu quando a
escuridão realmente o envolveu. Ele estava vivendo no limite
e curtindo muito cada minuto.

Adrenalina corria por suas veias com o poder que sentia.

Virou-se novamente e dirigiu os dez minutos que


demorou para chegar onde ele realmente queria ir.
Finalmente chegou na casa dela e desacelerou. Desmontou e,
por um segundo apenas, olhou para o céu e fechou os olhos.

Era hora de fazer as coisas com Constance sérias.

Constance deixara o cemitério há 20 minutos, foi para


casa e estava limpando porque estava muito inquieta. Depois
de decidir que precisava seguir em frente, e não ser o tipo de
mulher que era mórbida e só focada no passado, tudo o que
ela pensava era em Vengeance.

A batida na porta a calou. Olhou para o relógio, viu que


era muito tarde para que alguém fosse fazer uma visita e
pensou em não responder. Também pensou em chamar
Vengeance.

E se fosse Craig? Depois dele aparecer na loja e a


sensação estranha que ele passava a ela, Constance sentiu
que as coisas não estavam certas.

— Constance, baby? — A voz de Vengeance chegou e ela


sentiu suas sobrancelhas mais baixas. Deixou cair o pano
que usava para limpar, dirigiu-se para a porta da frente e
olhou pelo olho mágico. Com certeza, era Vengeance.

Depois de abrir a porta, olhou para o homem por quem


se apaixonou.

— Vengeance? — Ela disse o nome dele, suavemente.

Ele entrou em sua casa, fechou a porta e puxou-a para


um abraço antes mesmo que pudesse pensar. Ele a estava
beijando sem sentido, e quando se separou ela estava
ofegando por ar.

— Vengeance, o que está fazendo aqui?

— Eu queria te dizer isso há muito tempo, mas não


sabia quando era a hora certa, ou como você reagiria...

—O que está acontecendo?

Ele deu um passo para trás e passou a mão pelos


cabelos.

— Quero o que é meu. Eu te amo. Eu quero você como


minha mulher, para mostrar, para que todos saibam que se
eles fodem com você eles lidam comigo.

Ela ficou em silêncio por um segundo, não sabendo ao


certo o que dizer.

— Querida, me diga alguma coisa, qualquer coisa...

Ela não sabia o que dizer, mas sabia o que sentia. Isso
foi rápido, assim de repente... mas Deus, ela o amava.

— Eu te amo — disse Vengeance baixinho — Seja


minha, só minha.
Ela não pode deixar de sorrir, sentindo a euforia enchê-
la.

—Eu também te amo, Vengeance, e eu quero isso. Deus,


eu quero muito isso.

— Eu te amo, baby. — Ele agarrou-a pela cintura e a


arrastou sobre ele, então estava montada nele. —Você é
minha Senhora. Minha e eu vou deixar o mundo saber disso.

— Fica comigo, Vengeance. Me faça sentir viva.

E ele fez exatamente isso.


Um mês depois
Um mês havia passado desde que Vengeance veio até
sua casa e disse-lhe como se sentia.

Talvez Constance tenha se sentido estranha por estar


em um encontro oficial com Vengeance. Mas parecia certo e
bom. Ele a levou em um passeio de moto através das estradas
da cidade e, em seguida, a um jantar em um pequeno bistrô.
E para finalizar, a levou para ver um filme de menininhas.

À primeira vista, Vengeance não parecia o tipo de


homem que se preocupava em agradar sua mulher, levando à
encontros. Mas já havia notado algo diferente nele desde o
início, e desde que eles se conheceram, sabia que ele era a
pessoa certa.

Ele estava sendo honesto com ela em todos os sentidos.


Mesmo que odiasse o filme que ela escolheu, a puxou perto
enquanto estavam sentados e esperando o filme começar. Fez
sentir-se amada e querida, e ela não queria que isso
acabasse.

Queria Vengeance na sua vida para sempre.

— Você quer tomar algumas bebidas? Ele perguntou,


aproximando-se quando saíram do teatro e foram em direção
a sua motocicleta.
— Claro, ou podemos voltar para o clube. — Ela sorriu.

— Querida, não me tente.

Ela riu.

— Ou podemos ver um outro filme de garotas onde o


cara não sabe que ele estragou tudo no final do filme.

Ela começou a rir novamente.

Vengeance parou de andar e a fez virar, olhando para


ele. Olharam fixamente nos olhos do outro. Ele segurou suas
bochechas e, por um segundo, não fez nada mais que olhar
para ela. O coração de Constance batia cada vez mais rápido
quanto mais ela fitava seus olhos escuros.

— O que está errado? — Ela perguntou baixinho.

— Eu quero que saiba que nunca vou estragar com


tudo. Nunca colocaria sua felicidade em segundo-plano. Você
sempre vem primeiro. Sempre.

O coração de Constance parou por um segundo.

Vengeance descansou sua testa contra a dela, respirou


lentamente e ela sentiu o cheiro de chocolate e pipoca que ele
comeu no cinema. Era um aroma doce, intoxicante.

Era estranho que este homem, que era tão áspero em


sua essência, poderia ter este lado suave.

— Eu quero o felizes para sempre com você, baby. — Ele


recuou um pouco, mas manteve as mãos nas bochechas. —
Eu te amo.
— Se eu não quisesse o motociclista endurecido, o
homem que sabe como lidar com ele, eu não teria ficado. Eu
quero você, só você. Eu te amo. — Ela ficou nas pontas dos
pés e o beijou suavemente nos lábios. Manteve sua boca na
dele e sussurrou: — Você é meu da mesma forma que eu sou
sua. — Constance sentiu o amor por este homem subir nela.
Ele não era apenas a pessoa que se entregou mais
completamente, profundamente, do que qualquer outra
pessoa. Ele era o homem que não podia viver sem.

— Eu sei que não sou bom o suficiente para você.

Por um segundo, ela não disse nada. Não podia.

— Eu te amo por quem você é. Nunca ache que você tem


que mudar para mim. Você abriu meus olhos, me fez sentir
viva. Você me faz sentir como se eu não estivesse sozinha no
mundo.

—Eu te amo para caralho, baby.

Ela beijou-o novamente.

— Se eu não quisesse isso eu não estaria aqui.

Ele a puxou para um abraço e por alguns segundos


ficou parado, não se mexeu, não respirou. Ela descansou a
cabeça em seu peito, sobre o coração e amou o som constante
batendo.

Ele a embalou, acalmou e a fez perceber que isto era


real.

Ele era real. Esta relação era real.


— Vamos conseguir algo para beber e depois vamos
para minha casa. Então mostrarei corretamente como eu te
amo muito.

Deus, ela esperava que nunca se sentisse confortável no


relacionamento, que eles fossem sempre assim. E então ele
parou e a encarou, com uma expressão séria no rosto.

— O que? O que está errado?

Ele segurou sua bochecha, sua expressão se tornando


macia, amorosa.

— Fale comigo, querida.

O coração dela parou.

— Eu quero ir dormir e acordar ao seu lado todos os


dias. Eu quero saber que você é minha e não vai a lugar
nenhum.

Ela estava atordoada, congelada.

—Sim, também quero isso. — As palavras derramaram


de sua boca, a sensação de que este era o passo certo tão
forte que ela não conseguia respirar.

Ela agarrou-se a ele, amando que não tinha medo deste


novo empreendimento, e que isto era exatamente onde
deveria ir com a sua vida. Ela não precisava de corações e
flores. Constance só precisava e queria, um homem de couro,
montando uma Harley e áspero para amá-la.

E isso foi exatamente o que ela conseguiu.


Duas semanas mais tarde
Constance olhou em torno do espaço que foi seu
apartamento. Não restava nada, já tinha empacotado tudo, e
suas coisas estavam na parte de trás do caminhão de
mudança. Sua vida mudou completamente, e estava prestes a
fazê-lo de novo. Vengeance não só queria que ela fosse dele, a
sua Senhora, queria que ela morasse com ele e concordou
prontamente.

Isto fazia parte de sua antiga vida, e ela queria deixá-los


no passado, precisava mais do que tudo. Puxando o cabelo
para cima em um rabo de cavalo, sentiu uma sensação de
paz sobre ela que nenhuma quantidade de visita ao cemitério
lhe deu.

— Você está bem? — Demon, o Prez do MC The Soldiers


of Wrath, perguntou, em pé ao seu lado. Ela adorava a sua
esposa e seu filho.

— Sim, estou bem. Muito obrigada por fazer isso.

— Vengeance é um cara legal.

— Eu sei. Ele tem sido fantástico para mim. Eu vou ser


uma boa Senhora para ele. Eu prometo. — Deanna já havia
avisado que Demon achava que Vengeance estava indo muito
rápido com isso.
Ele balançou a cabeça.

— Eu estaria disposto a levar uma bala por cada um dos


meus homens, e todos nós lutamos um pelo outro. Vivemos
por nosso próprio código. Não estamos nisso para boceta e
diversão. É a nossa vida. Você tem que estar pronto para
lutar por isso, porque se não, você está morto.

Vengeance explicou tudo isso para ela. Ao concordar em


ser sua Senhora, assumiu a responsabilidade do clube. Ela
tinha que colocar o clube antes de qualquer coisa. Se eles
fossem invadidos e policiais perguntassem a ela, sabia que
não poderia fazer nenhum comentário e manter a boca
fechada. Ninguém podia saber o assunto do clube, e ela
deveria manter seus segredos guardados em todos os
momentos.

A única lei era do clube, e o que Vengeance não sabia


era que Constance estava muito feliz com isso.

Toda a sua vida, esteve muito preocupada com o que


todos pensavam dela. Ela ansiava por não se preocupar mais
com isso. Sim, haveria quem a julgasse, mas sentia que seria
diferente. Com Vengeance e o clube, ela seria parte de suas
vidas.

— Ei, mulher sexy. — disse Vengeance. A puxou contra


ele. Sua mão foi direto para sua bunda e a agarrou com força.

Ela riu e envolveu seus braços ao redor dele.

— Você está pronta para ir?

— Mais do que podem imaginar.


— Eu sei que esta tem sido sua casa por um longo
tempo. Ia viver aqui com seu ex...

— Sim, eu ia. Uau, isso parece fazer tanto tempo.

— Estou aqui, e você não precisa ir se não quiser. — ele


disse.

Ela riu.

— Por favor, Vengeance. Tudo se foi, e não quero ficar


aqui. Parece muito estranho sair. Eu pensei que teria que
ficar aqui por muito tempo. — Ela suspirou. — Estou muito
feliz.

— Você não parece. — Ele mordiscou seu pescoço.

— Eu estou. Estou muito feliz. — Ela agarrou sua


cabeça e o fez olhar para ela. — Eu não posso esperar para
ser sua Senhora, e espero que possamos fazer muito mais
daquela cavalgada que você ama.

Ele bateu na bunda dela, fazendo com que gritasse, e


para uma boa medida, ela deu um tapa dele.

— Vamos, vamos para casa. — Ele disse, envolvendo


seu braço em volta do seu pescoço e beijando sua cabeça.

Deixar o apartamento nos braços de Vengeance parecia


certo. Ter o clube com suas motocicletas cercando o
caminhão de mudança, fez com que ela se sentisse parte de
tudo. Demon estava na dianteira com Deanna em sua
garupa. Constance viu que vários homens tinham as suas
Senhoras com eles também.
— Cadê sua moto? — Ela perguntou, virando-se para
Vengeance.

— Você realmente acha que esses caras teriam desistido


de sua viagem para levar suas coisas? — Ele riu, abrindo a
porta da van. —Receio que não, querida. Nós temos que
dirigir a van.

—Isso é uma merda!

— É a vida. — Ele a ajudou a subir na van, e ela olhou


para os outros homens, embora fosse infantil fazer isso.
Estava realmente ansiosa para voltar ao clube em sua
máquina. Ela adorava seu zumbido entre suas coxas, e
gostava mais ainda quando estava pressionada contra
Vengeance. O cheiro de graxa, couro e até fumaça de cigarro
tornaram-se um conforto para ela.

—Você está bem? — Ele perguntou.

—Não. Queria andar na sua moto. — Ela cruzou os


braços, tentando mostrar a ele que estava realmente
chateada, e ele só começou a rir.

— Deus, eu amo você. — Ele estendeu a mão, agarrou


seu rosto e colou os lábios sobre os dela.

Sempre que Vengeance dizia que a amava, Constance


não conseguia parar de sentir este calor difuso que enchia
cada parte dela. Ela o amava, mais do que tudo, amava
muito.

A vida que eles estavam prestes a fazer parte, era algo


que ela queria. Olhando pela janela, viu quando os
motociclistas começaram a afastar-se da calçada, deixando a
sua antiga vida para trás. Algumas das pessoas que
conhecia, saíram e assentiram com a cabeça, e ela sorriu,
dando-lhes um tchau. Largou o emprego na loja de flores,
querendo começar do zero.

— Há alguma coisa que você vai sentir falta? — Ele


perguntou.

— Não. Minha vida aqui não era tão boa. Realmente não
fiz muito. Eu sou uma pessoa chata. Você percebe isso,
certo? Eu sou totalmente chata e eu espero que você seja
divertido.

—Ok, dê-me uma lista de tudo o que você quer que eu


faça de divertido.

— Acho que ficar bêbada, dançar nas mesas e foder ao


ar livre! — Ela disse, e ele desviou a van.

— Foda-se!

— Espero que façamos muito disso. Muito sexo, muita


diversão.

— Mulher, você vai nos matar. — Ela se moveu através


do assento e apoiou sua mão no seu pau já duro.

— Eu te disse, estou esperando que isso seja muito


divertido. Quero que me ensine a lutar, a atirar e a dançar. —
Ela puxou sua mão fora, descansando a cabeça em seu
ombro.

— Eu não sou o melhor dançarino do mundo, mas acho


que você pode aprender algumas coisas. Posso ensiná-la a
atirar. Nós temos um lugar atrás do clube. Por que quer se
defender? — Ele perguntou.

Ela pensou em Craig. Não sabia o porquê, mas algo não


fazia sentido para ela. Constance estava saindo de sua antiga
vida, deixando tudo para trás, e Craig fazia parte disso
também.

— Eu não sei. Acho que toda mulher deve saber como se


proteger. Você não vai estar perto todos os dias, e se algo
acontecer, quero estar preparada.

—Então eu vou te ensinar, baby. Vou ensinar a você


tudo que precisa saber.

Ele beijou sua cabeça mais uma vez, e ela olhou para os
motociclistas que os rodeavam. Eles eram todos mortais em
sua própria maneira, e sabia que alguns deles não confiavam
em seu relacionamento com Vengeance. Ela entendia. Para
eles, era uma estranha, alguém que vivia pelas regras da
sociedade.

Mostraria que não estavam certos. Constance era fiel, e


amava Vengeance mais do que ninguém na vida dela. Ela iria
lutar por ele através de tudo.
— Você realmente fez isso. — Disse Weasel. — Sua
mulher agora faz parte dos Soldiers Of Wrath. Parabéns. —
Weasel segurou sua cerveja e tomou um longo gole.

— Vai me dar um sermão sobre isso? — Perguntou


Vengeance. Eles tinham todas as coisas de Constance em seu
quarto, e tudo o que não se encaixava foi armazenado. Na
próxima semana ele pretendia levá-la para procurar uma
casa.

Ele estava falando sério sobre fazer uma vida com ela.
Ele queria filhos, como alguns dos rapazes tinham. Olhou em
direção a área de jogo onde estava o filho de Demon. Ele era
um garotinho fofo e, mesmo que ainda fosse muito jovem, ele
era um esquentadinho e estava crescendo para ser forte como
o pai.

— Não vou te dar um sermão sobre qualquer coisa.


Desculpa. Eu não devia ter dito nada. — Weasel suspirou. —
Sua garota se encaixa bem.

— Eu não sei o que era, mas a vida estava esmagando-a,


realmente fodendo com sua cabeça, e fico feliz por ter
conseguido tirá-la. — Apenas pensar na mulher que tinha
visto pela primeira vez sentada no chão em frente às
sepulturas de seus pais e seu noivo, era de dar arrepios. Ela
estava morta por dentro, só que ele conseguiu ver um pouco
de fogo lá, ardendo sob a superfície. Ela era uma montanha-
russa, e ele gostava de montá-la mais do que uma vez. — Não
sei se você vai entender o que estou sentindo, mas eu a amo,
Weasel. Ela é meu coração.

— Você não a conhece há muito tempo.

— Eu sei em meu coração, e isso é tudo que importa


para mim. Ela significa tanto para mim quanto o clube, e eu
morreria por ela. Eu não vou deixar esse sentimento ir, nem
agora, nem nunca. — Ele olhou para sua mulher, que estava
rindo com Deanna e Demon. Ela parecia tão à vontade que
ele sabia que tomou à decisão certa. Joker e Amy apareceram
atrás dela, e não demorou muito estavam todos rindo de algo
que Joker disse.

Ele sentiria ciúme se não fosse pelo colete de couro que


mostrava que ela era dele.

— Você falou sobre Renee? — Weasel perguntou.

O sorriso dele se foi. Não tinha falado com Renee há um


tempo muito longo, e na verdade não a vira há muito mais
tempo. Olhando em direção a Weasel, ele olhou para seu
irmão, que levantou as mãos.

— Você não fala sobre a Renee. — Ele disse.

— Ela é sua irmã, Vengeance.

— Não me interessa se ela era minha mãe, porra. A


merda que ela disse sobre o clube para aquele pinto pequeno.
— Ele balançou a cabeça.

Mesmo agora, pensando nessa conversa, como Renée


ofendeu seu clube, “como era onde estava a escória, onde os
marginais encontraram seu caminho”, o irritou. Isso foi há
meses, e mesmo que estivesse chateado, sentia sua falta.

Ele sempre foi próximo de Renee. Durante muito tempo,


eles apenas se cuidaram. Tudo o que eles pediram era sua
lealdade. Ele deu com prazer. A vida que poderia ter vivido o
teria matado anos atrás. Drogas, sexo, álcool, essas foram às
escolhas que ele fez, e sim, podem estar facilmente
disponíveis no clube, só que ele não queria nada disso, e
manteve seu nariz e veias limpos.

Alguns dos irmãos bufaram ou dispararam, mas ele não


concordou com isso. Demon manteve um controle sobre os
irmãos do clube, e desde que eles estavam lá quando
necessário, Vengeance não teve uma recaída. Gostava de ficar
limpo.

— Ela ainda é sua irmã e sua família. Você perdoa.

— Não estou de humor muito indulgente agora. — Com


isso, ele saiu e caminhou em direção à traseira do clube,
precisando de espaço.

Vengeance perdeu a conta do número de vezes que


estava prestes a telefonar para ela. Claro que ele nunca fez.

— Vengeance? Esse é seu novo nome, certo? Quando


você vai ver que pode ser muito mais?

— Você quer dizer como seu maldito namorado?

— Pelo menos ele sabe como fazer uma vida honesta em


vez de foder tudo o que ele vê, ou matar pessoas. Você é o pior
dos piores, e você sai com um monte de escória...
Foi tão difícil ficar quieto e manter a paciência com ela.

Depois disso, seu relacionamento mudou. Só o


pensamento dela o deixava doente do estômago. Era sua
responsabilidade tomar conta dela, e ainda assim não fez
isso. Ele virou as costas para sua própria irmã e permitiu que
ela saísse do país com aquele idiota.

— Você está bem, querido? — Constance disse,


movendo-se em seus braços e o envolvendo na cintura.

— Lidando com algumas coisas do passado.

—Eu vi você discutindo com Weasel. Ele realmente não


gosta de mim.

— Isso não é sobre você. — Ele beijou sua cabeça. —


Isto é um drama diferente, e você não precisa se preocupar
com isso.

Ela sorriu e olhou para ele.

— Eu já disse que te amo hoje?

— Hoje não, princesa.

— Então eu te amo.

Ele segurou-a firme. Era difícil não pensar em Renee. No


momento em que Weasel disse o nome dela foi como se
comportas tivessem se aberto, e agora não havia como ficar
longe. Renee era sua irmãzinha, e ele não podia deixar de
perguntar-se se ela fez algo com aquele idiota. Seu namorado
não se comportava como o tipo de pessoa que trabalhava
duro. Ele parecia mais um vagabundo e achou o bilhete de
loteria com sua irmã.
— Eu não fui totalmente honesto com você. — Disse
Vengeance.

—Sobre o quê?

— Família. Não consigo lembrar se eu lhe disse se eu


tinha alguma ou não. Eu não quis mentir. Eu tenho uma
irmã. Uma irmãzinha, e ela foi embora há uns dois de anos
agora. Nós nos separamos em condições ruins, e não falei
sobre ela porque não a vejo há muito tempo.

— Sente falta dela?

— Sinto falta da garota que ela era antes do namorado


envenenar sua mente. Ela disse coisas. Eu disse coisas, e ela
se foi.

— Você se preocupa com ela?

— Sim, sim. Eu... na maior parte do tempo eu não


penso sobre isso, e então Weasel falou, e não posso deixar de
pensar se ela está bem.

Constance esfregou sua barriga carinhosamente.

— Então você sabe o que você tem que fazer.

— O quê?

— Ligue para ela.


Vengeance olhou para o telefone por longos segundos,
sabendo que ele deveria ligar para Renee, mas tudo que podia
fazer era sentar-se lá. Droga, Vengeance nem sabia se ainda
usava o mesmo número de telefone, e claro como porra, não
achava que ela gostaria de receber uma ligação dele.

Foda-se.

Não importava o que alguém dissesse, Vengeance não


queria brigar com Renee agora. Ele estava feliz, e ter
Constance em sua vida, fez com que ele desejasse aproveitar
isso e não se preocupar com o que poderia ou não acontecer.

Não, abrir essa lata de vermes não aconteceria. Mesmo


que ele planejasse se reconectar com Renee em algum ponto,
porque ela era da família, e sempre seria, agora ele precisava
pensar sobre si mesmo e Constance.

Constance olhava para fora enquanto pensava sobre o


quanto sua vida mudou. Olhou para o papel de parede
damasco que crescia em espiral com o design.

Apesar de te abandonado seu trabalho, ainda era


obrigada a cumprir mais alguns dias. Mas estava feliz com
isso, e uma parte dela estava triste de ir.
— Você tem certeza de que está bem para fechar?

Constance acordou e sorriu para Dianna, a funcionária


de tempo parcial que eles contrataram não há muito tempo.

— É claro. Eu faço isso. — Ela sorriu e levantou a mão


para um adeus.

Durante a próxima hora, terminou de limpar, tentando


manter sua mente concentrada em outras coisas além de
como estava feliz.

Vengeance abriu seus olhos, a fazia se sentir viva. Ele a


fez sentir que havia esperança de ser feliz. Ela o amava,
realmente amava aquele motoqueiro endurecido.

Ela agarrou o saco de lixo que precisava ser retirado no


final da noite, apagou as luzes e pegou sua bolsa. Indo para
casa, para Vengeance, esta noite seria uma experiência
incrível. Ela só foi ao cemitério uma vez no mês passado, e
embora fez sua última homenagem e falou a seus pais que
estava apaixonada por Vengeance, ela não se sentiu triste.

Estava no auge de sua vida, apenas começando, e não


podia estar mais feliz.

Por um momento, ela olhou para o céu, sentindo que


sua vida tinha finalmente feito um círculo completo, como se
ela não precisasse se preocupar com o passado mais.
Obviamente ela não esqueceria, mas não se preocuparia com
isso também.
Constance estava prestes a virar e caminhar para seu
carro, para ir para casa com seu homem, quando o som de
sapatos no chão a fez parar.

— Dianna? — Ela disse, mas ninguém respondeu. Seu


coração começou a acelerar, e as palmas das mãos
começaram a suar.

Ela cavou em sua bolsa as chaves e o celular, discando


o número de Vengeance só para tê-lo lá, para aliviar seu
medo, quando o som de passos atrás dela a fez se virar. Ela
ouviu a linha conectar, a voz de Vengeance na outra
extremidade, mas estava congelada no lugar.

Antes que ela pudesse saber quem estava atrás dela, por
causa das sombras, ou gritar e esperar que Vengeance
pudesse ouvi-la ao telefone, que estava agora no chão, uma
mão foi colocada sobre sua boca e ela foi arrastada para trás.

O cheiro de lixo parecia excessivamente intenso, mas


seus sentidos estavam dominados agora mesmo. Então, ela
cheirou o álcool.

Levou um momento para que seus olhos se


acostumassem com a luz do farol fraco na forma de seu
atacante, mas quando percebeu quem era lutou dez vezes
mais.

Craig.

— Não sabia como chamar sua atenção, como te dizer


que eu quero você. — Seu hálito cheirava fortemente a
bebida. — Mas então você é só amores com aquele maldito
motoqueiro. Não sabe que ele não é bom para você?
Bile subiu em sua garganta.

—Eu só queria te ver, para te mostrar como somos bons


juntos, o quanto eu te quero. — Afirmou ele. Craig segurou o
lado de seu rosto em uma espera dolorosa.

Com todas as suas forças, ela se moveu e tentou chutá-


lo entre as pernas, mas ele se moveu antes de sua perna o
atingir.

— Por que você teve que ir e fazer isso? — Ele disse, em


uma voz baixa, assustadoramente calma.

— Craig, por favor... — Ela disse suavemente, sua voz


quase um sussurro. — Craig, você não precisa fazer isso.

Mas apesar de saber que ela poderia ter dito essas


palavras o dia todo, também sabia que elas caíam em ouvidos
surdos.

— Eu tenho que fazer isso, porque se você não quer


isso, se não posso te ter, ninguém irá também.

O medo a atravessou como nunca sentiu antes. Olhou


para baixo, para seu celular, ainda ligado a Vengeance. Ele
podia ouvi-la, ele sabia o que estava acontecendo?

Ela teve uma oportunidade de experimentar e dizer a


Vengeance onde estava antes que Craig fizesse algo mais
estúpido.

— Vengeance, Craig me tem. Estou na floricultura


agora. — Ela gritou as palavras, esperando ter sido alto
suficiente para que ele pudesse ouvi-la ao telefone.
Craig amaldiçoo e virou-se para ver o telefone no chão.
Ele baixou o pé, esmagou o celular e se virou para enfrentá-
la. Sua expressão era perigosa.

— Você não deveria ter feito isso. — E então deu um


soco em seu rosto, e a escuridão foi à última coisa que
lembrava.
— Você ligou para sua irmã? — Weasel perguntou.

Vengeance olhou para o amigo.

— Por que quer tanto que eu ligue para Renee?

— Achei que você deveria. Ela é sua família, afinal.

— Você está falando sério? Depois de tudo o que ela


disse, e das ofensas de que esteve falando. Você está louco. —
Vengeance sacudiu a cabeça quando sentiu uma faísca de
culpa. Renee disse algumas coisas, mas ele também.
Houveram alguns arrependimentos ao longo do caminho, o
que ele esperava. Soltando um suspiro, olhou ao redor do
clube.

Os únicos que estavam ao redor eram aqueles que não


tinham esposas. Ele estava esperando sua mulher chegar.
Tinham encontrado uma casa pequena, dois dias atrás e
estavam aguardando a mudança para se mudar. Economizou
dinheiro suficiente para sair do clube por um longo tempo
agora.

Constance manteve o emprego na floricultura, porque


Julie não queria deixá-la ir. A chamada foi uma surpresa
para ela, estavam desfrutando de um piquenique, quando a
conversa aconteceu. Depois disso, ela estava muito feliz.

— Eu gosto de trabalhar na floricultura porque eu amo


as pessoas que vêm e vão, os clientes que precisam de mim
para alguma coisa. Não é algo que eu quero passar o resto da
minha vida fazendo, mas eu realmente gosto de lá.

Então, ela conseguiu fazer o que queria, Vengeance


pagou para ela ter um carro novo que ele não precisasse se
preocupar em quebrar.

Pensar em sua casa e nos planos, encheu-o de


excitação. Embora fosse um homem crescido, sentiu-se como
uma criança na noite de Natal. Não só seus desejos se
tronariam realidade, como ficariam muito mais sujos.

Vengeance sabia lá no fundo que chegaria um ponto em


que queria seu próprio espaço, e aquele tempo era agora. No
momento em que conseguiram seu lugar e se mudassem, ele
pretendia fodê-la em cada um dos quartos, sobre as
superfícies de trabalho, para que todo lugar estivesse coberto
de lembranças. Quando eventualmente tivessem filhos, e ele
sentiu que estavam no seu futuro, muito em breve, ele não
queria que Constance esquecesse o quanto ele a amava. Só
de pensar em um futuro com Constance era o suficiente para
fazê-lo sorrir. Nunca sentiu este tipo de amor por outra
pessoa. Ele estava consumindo.

— Não quer que Constance conheça sua irmã?

— Eu não sei. Constance não precisa disso.

— Chame sua irmã, Vengeance. Você sabe, você quer e


você sabe que você precisa.

Vengeance suspirou. Houveram muitas vezes, ao longo


dos últimos anos, que ele queria chamá-la, para descobrir se
ela estava bem, é claro que isso nunca aconteceu. Havia
sempre algum motivo para não ligar, alguma desculpa para
não fazê-lo.

— Vou chamá-la quando estiver pronto e não antes


disso.

Balançando a cabeça, estava apenas começando a sair


para surpreender sua mulher quando seu celular tocou.

Ouvir seus gritos o assustou de maneira louca.

— Vengeance, Craig me tem. Estou na floricultura


agora.

Olhando para Weasel, ele viu que o irmão escutou.

— Eu sabia que havia algo de maldito sobre aquele


bastardo de merda.

Ele não esperou por Weasel. Craig estava prestes a


saber, exatamente, com quem ele estava fodendo.

A dor explodiu dentro da cabeça de Constance quando


tentou abrir os olhos. A sensação a fez gemer, mesmo tendo
que ficar quieta.

O que diabos aconteceu?

Ao longe, ouviu o som de um zumbido, e como uma


onda, tudo veio correndo de volta.

Craig a seguindo, as palavras que saíram da sua boca.


Ela estava em uma casa, apartamento de algum tipo.
Sua residência, ela presumiu.

Ele bateu nela, a nocauteou, e agora ela estava em


algum lugar que não reconhecia. Tentou mover as mãos, não
podia. Olhando para baixo, tomando cuidado para não fazer
movimentos bruscos, viu que seus pés estavam amarrados,
assim com suas mãos. Também estavam ligadas, então não
havia como se mover.

Rangendo os dentes, tentou não fazer barulho, e quando


o som de Craig aproximou-se, ela olhou através do quarto e o
viu cantarolando sozinho na cozinha. Tinha que ser o
apartamento dele ou algo assim. Ela foi colocada no sofá com
uma almofada debaixo da cabeça. Seu coração começou a
acelerar.

Eu tenho que sair.

Vengeance a ouviu? Ela tentou deixá-lo saber que Craig


estava lá. Ela sabia que algo estava errado sobre esse cara.

— Ah, vejo que você acordou. — Disse Craig,


alarmando-a enquanto a observava da cozinha.

Ela não disse nada, e então viu que seu apartamento


inteiro estava coberto de fotos dela. Não apenas fotos. Havia
roupas e outras bugigangas que só agora percebeu que
faltavam.

Mordendo o lábio, voltou sua atenção para Craig, que


sorriu.
— É tão bom que você está acordada. Eu estava
preocupado que você não acordasse. Eu achei que bati muito
forte em você...

Mas que diabos?

— Minha cabeça dói. — Ela murmurou. A garganta dela


parecia que estava sendo esfregada por uma lixa.

—Oh, você estava sendo difícil, mas eu entendi. Você


não está acostumada a ter um cavalheiro cuidando de você,
mas eu vou te ajudar com isso. Você vê, Constance, meu
doce, você sempre deveria estar comigo, e bem, eu não posso
ter aquele motoqueiro maldito estúpido machucando você.
Quer dizer, suas mãos sujas nojentas te tocaram. Eu já tive
que lidar com o seu noivo, e ambos sabemos que ele não
tinha o direito de estar perto de você, muito menos se casar
com você.

Ela franziu a testa.

— Brando?

— Sim. Você não precisa se preocupar com nada agora.


Eu vou cuidar de você, como eu sempre deveria ter feito. Está
tudo bem agora. Você não precisa ter medo de nada. — Ele
acariciou sua bochecha, e levou cada grama de força para
não puxar longe dele. O cara estava delirando.

Meu Deus. Está obcecado por mim desde que eu estava


com Brando.
Ele criou algum tipo de fantasia, uma vida onde eles
estavam juntos. Isto era... assustador. Não havia nada certo
sobre isso, e sentiu um frio na barriga.

— O que você fez para Brando? — Ela perguntou.

Craig titubeou, e Constance congelou enquanto ele


enxugava um pano em uma bacia. Ele virou e andou em
direção a ela. Ela se encolheu, mas ele pressionou contra a
sua têmpora.

— Você não precisa se preocupar, querida. Estou


cuidando de você, tem alguns cortes aqui. Eu posso ter
batido um pouco duro. Você tem um monte de sangue, mas
não precisa se preocupar. Acho que você está linda, não
importa o que.

Ok, ela estava começando a entrar em pânico.


Vengeance a ouviu? Deus, não havia como ela pudesse estar
com esse homem.

— Brando? — Ela perguntou.

— Seus pais intrometidos e Brando tinham que ir. Eu


tinha alguém para executá-los fora da estrada.

Lágrimas encheram seus olhos.

— Eu estava no carro.

— Sim, você não deveria ter ido, Constance. Eu pensei


que você estaria em outro lugar no momento. Se eu soubesse
que você estaria no carro também, não teria feito isso. — Ele
fez, assim era sua culpa. — Você criou um pouco de dor por
fazer coisas que realmente não deveria fazer, mas não se
preocupe. Eu sei como curá-la de suas falhas, então
você será tão perfeita quanto eu quero que seja.

Oh Deus. Vengeance, cadê você?

Vengeance foi para a loja de flores, embora ele soubesse


que Craig não ficaria por lá, mas ele tinha que começar por
algum lugar. Antes de sair, tentando descobrir onde diabos
Craig poderia tê-la levado, seus irmãos apareceram.

Demon, Joker, Steel e Sakes subiram em um SUV.


Striker e Nerd, assim como Tryk e o prospecto Brash, vieram
em outro veículo. E depois houve Weasel arregaçando na
Harley.

Vengeance passou uma mão sobre o rosto e caminhou


até os outros Patches. Demon abaixou o vidro do motorista,
olhando para ele, parecendo chateado e sério para caralho.

— Não estão aqui, né? — Ele falou isso como uma


pergunta, mas era claro que todos sabiam que Craig não
seria burro o suficiente para ficar aqui.

— Você sabe onde o filho da puta pode tê-la levado?

Vengeance olhou para sua Harley, pensando, tentando


lembrar se Constance lhe disse alguma coisa sobre Craig.

— Ele trabalha no cemitério onde Constance vai, mas,


além disso, eu não sei nada sobre ele. — Ele exalou,
sentindo-se muito chateado, e muito preocupado, também. —
Eu preciso voltar para o clube e procurá-lo, ver o que consigo
descobrir. Eu preciso fazer isso agora. — Ele estava
começando a se preocupar. Embora tivesse certeza de que o
filho da puta não machucaria Constance porque ficou claro
que ele a queria, mas se ele estivesse desesperado...

— Não há necessidade de voltar para o clube. — Tryk


disse da outra SUV.

Vengeance se virou e caminhou até onde o homem


estava sentado, na parte de trás. O Patch já tinha seu laptop
para fora e iniciado a pesquisa.

— Eu só sei o primeiro nome dele, mas ele trabalha no


Solemn Hearts Cemetery, na cidade. Acha que você pode
trabalhar com isso?

Tryk assentiu com a cabeça.

— Não há problema. Dê-me alguns segundos.

Ele começou a digitar no laptop, a tela com este brilho


azul iluminando o interior do SUV.

Pareceram horas, mas foi apenas um minuto no máximo


antes de Tryk sentar-se mais ereto.

— Encontrei o filho da puta. — Tyrk virou o laptop e,


com certeza, obtivera o nome completo e o endereço do
palhaço.

— Já é um começo. Agora vamos achar o pequeno idiota


e fazê-lo sofrer antes de enterrá-lo a seis pés.
O som de água correndo foi o que despertou Constance.
Ela piscou os olhos abertos, a indefinição, dissipando-se após
alguns segundos. Ela foi transferida, mas não tinha ideia
quando ou como Craig fez isso sem ela saber.

Mas então percebeu que a dor na cabeça a deixou muito


sonolenta, e antes que percebesse a escuridão a varreu.

Por instinto, ela ergueu as mãos, esfregou os olhos,


tentando tirar o sono e a imprecisão fora dela, mas o barulho
de metal contra metal a fez ficar em silêncio. Ela puxou o
braço novamente, não tendo certeza porque estava tão
surpresa que estava trancada. Constance olhou para o lado e
viu que sua mão estava presa na cabeceira da cama de metal
com um par de algemas.

Ela empurrou-se na cama, o coração acelerado de novo


e sua cabeça batendo com uma dor maçante e constante.
Como diabos ela iria sair? Mesmo que Vengeance a tivesse
ouvido, como diabos ele a encontraria?

Ela nunca lhe contou o sobrenome de Craig, nunca


disse nada mais do que onde ele trabalhava.

Ele poderia descobrir onde ele morava com essas


informações? Ele pensaria em procurar aqui? Talvez essa não
fosse a casa de Craig?
Deus, estava pirando. Gotas de suor cobriam sua testa,
e pensou que nenhuma quantidade de esforço conseguiria
livrar a sua mão.

E aquela água... o que era o som da água corrente?

Como se ela tivesse gritado isso alto, uma porta do lado


de fora do quarto se abriu. Ela se acalmou, seu coração
parando, seu foco na porta entreaberta. Um segundo mais
tarde e Craig estava no outro lado, uma toalha branca jogada
por cima do ombro e as mangas de sua camisa arregaçadas.

Ela olhou para aquela toalha, ouviu o som da água e


seu pânico aumentou dez vezes.

Tomar banho.

Ele ia fazê-la se lavar na frente dele. Deus, isso está


piorando a cada minuto.

Craig aproximou-se e ela tentou voltar, mas não poderia


ir tão longe, antes que ele chegasse bem ao seu lado, o brilho
nos olhos dele fez a sua pele rastejar.

—Você está suja. — Disse Craig, com os olhos


entreabertos, um sentimento quase repugnantemente
excitado vindo dele.

Ela começou a balançar a cabeça, seu medo


aumentando, sua respiração rápida. Deus, isto não está
acontecendo.

Ele a deixou desgastada e a tirou da cama antes que ela


pudesse reagir. Foram em direção ao banheiro, apesar de sua
luta, e, embora ele não fosse tão grande, era um homem
forte. Quando eles estavam no banheiro à primeira coisa que
ela cheirou foram lilases. Ela quase se engasgou, sabendo
que ele perfumou a água, ou talvez quisesse que ela tomasse
banho com ele. O banheiro estava nublado, úmido do calor e
da água, e ela lutou com mais força.

— Não faça isso mais difícil do que deveria ser. —


Jogando-a para frente fechou a porta, trancando-os. — Tire a
roupa. — Ele exigiu, encarando, fazendo-a sentir-se enjoada.

Ela balançou a cabeça. — Não.

— Você quer que eu tire suas roupas então? — O jeito


que ele disse era como se ela quisesse desafiá-lo, queria ser
aquele que rasgou a roupa dela. Ele se aproximou e ela
recuou.

— Não. — Ela disse novamente e começou a tirar a


roupa. Ele a observou com satisfação doentia.

— Vengeance vai vir para mim.

Craig sorriu.

— Se ele sabe onde me encontrar, ele certamente pode


tentar tirar você de mim.
Constance sentia dor por todo seu corpo, virou-se de
costas para ele, e tirou a roupa lentamente,

—Vamos lá, Constance. É perda de tempo, —ele disse.

—Eu estou dolorida. — Ela disse. Craig pegou seu


braço, e ela gritou do choque e da dor que seu toque criou e
de desgosto que sentia por ele.

—Você vai fazer exatamente o que eu digo, caso


contrário eu vou te fazer ficar de joelhos, chupar o meu pau e
engolir até a última gota de esperma.

Ela nem sequer questionou por que não a forçou a isso


no caso dele realmente fazê-lo. "Passei muito tempo pensando
neste momento, e querendo ver você me mostrar o que
sempre foi meu".

Fechando os olhos, ela cerrou os dentes e continuava


tentando lembrar-se que estava em uma posição muito
perigosa, uma que ela realmente precisava ter cuidado com
Craig.

Você pode fazer isso.

Só tira a roupa

Veja, você ainda está com sua calcinha e sutiã.

Não importava; Vengeance viria e ela ficaria segura.


Tinha que haver uma maneira dele encontrá-la, e ela estava
esperando, orando, e se alguém estivesse ouvindo ajudariam.
Eles fariam esse idiota pagar.

—Conhecia Brando bem? — Perguntou para distraí-lo.

Craig resmungou.

—Não. Ele pensou que ele era bom o suficiente para


você, e nós dois sabemos que o idiota nunca poderia dar o
que você queria, o que precisava.

Ela virou o sutiã, sem abrir o fecho, e então torcendo-o


pelo corpo, puxou-o contorcendo para baixo do seu corpo.
Em seguida, se livrou da calcinha, odiava que não houvesse
nada mais para ela remover.

—Vire-se, ele disse.

Vamos lá, Constance. Você é melhor que ele. Você pode


fazer isso.

Virando-se na direção dele, fechando fortemente as


mãos, obrigou-se a receber os seus olhares e saber que muito
em breve, em um dia como hoje, ela ia arrancar os seus olhos
e esmagá-los. Até mesmo o pensamento disso a levou a sair
da letargia, mas gostava de fingir que ela poderia fazer algo
assim.

—Você é tão linda. Eu sempre imaginei como seria estar


aqui com você, adorando o seu corpo.

—Eu sabia que seria difícil, está com sede? Eu peguei


esse macarrão que você tanto ama no supermercado, coloquei
um comprimido para dormir na sua água, e saiu tudo como
planejado. Uma vez que nos banharmos, tenho um jantar
especial planejado para você, e então nós vamos fazer amor.

Quando tudo isso acabar, ela iria precisar de um Oscar


pelo seu desempenho. Uma pequena quantidade de vômito
encheu a sua boca, e que ela engoliu enojada. Um passo de
cada vez e agora ele tinha uma intenção de psicopata, fazê-la
sua pequena escrava de amor. Estendeu a mão, e ela
congelou quando ele meteu a mão na barriga dela. Ela ficou
tensa, querendo nada mais do que tirar sua mão do seu
corpo, mas parou a si mesma.

A última coisa que ela queria fazer era dar-lhe uma


razão para machucá-la.

—Vá. Entre na água. Você está cheirando um


pouquinho ruim.

Ela não esperou por ele falar duas vezes e foi para o
banho, agradeceu as bolhas que estavam ao seu redor,
mantendo-a segura. Venha, Vengeance. Por favor, esteja a
caminho, ou...

Talvez, se ela fosse legal e conversasse com ele, isso


poderia impedi-lo de machucá-la.

—Isso é realmente muito bom. Obrigada.

—Eu pensei que você gostaria disso. A lavanda está ai


para ajudá-la a relaxar. — É adorável. Eu amo o cheiro. Ela
passou as mãos pela água, olhando ao redor das bordas da
banheira, perguntando se havia uma arma.

—Então, erm, como você está?


—Estive muito ocupado, havia muitas coisas para
limpar em torno no cemitério e você sabe que eu não gosto de
deixar bagunças.

—É isso o que você faz? Certifica-se que tudo esteja


incrível? Ela forçou um sorriso. —Você faz um ótimo
trabalho.

—Isso é mórbido, mas é algo que eu realmente tenho


que fazer. Eu também sinto que estou respeitando aqueles
que têm passado.

Mesmo enquanto ele falava, ela se lembrou de sua


confissão e que causou a morte de Brando. Ele contratou
aquele motorista para executá-los fora da estrada naquela
noite.

—Por que você nunca disse nada? A mudança em Craig


foi instantânea. —Eles sempre pensaram que eram melhores
do que nós. Nunca nos permitiriam estar juntos. Eles eram
bocetas, muito deles, e você merecia o melhor, muito melhor.
Ele se levantou e começou a se aproximar.

—Eu sempre pensei isso também. — Ela segurou a sua


mão, na esperança de afastá-lo e para ele ver que a estava
assustando.

—Meus pais sempre quiseram que eu fosse de uma


determinada maneira e eu nunca poderia ser a pessoa que
eles queriam. Sempre tive medo, Craig.

Estou com medo.


Agora ela tinha pavor de Craig. Parte do que ela disse
era realmente verdade. Seus pais foram tão perfeitos que
sentiu que eles mereciam alguém muito melhor do que ela
como uma filha. Faria qualquer coisa para mantê-lo longe
dela.

Constance ficou tensa enquanto ele passava a mão


acariciando a sua bochecha. Ao fechar os olhos, esperava não
demonstrar a repulsa por seu toque. O seu estômago estava
torcendo e não sabia quanto tempo ainda poderia manter
essa farsa.

Certamente Vengeance a encontraria. Ele tinha que


encontrá-la. Não havia mais ninguém em quem pudesse
confiar.

—Eu nunca machucaria você, Constance, apesar de


estar ameaçando agora, você é tudo para mim. Eu sempre
estive cuidando de você. Sempre a amando e eu sabia que um
dia estaríamos juntos. Ele se inclinou e pressionou os seus
lábios contra os dela. Os seus olhos estavam fechados, e ela o
beijou de volta.

—Obrigada, ela sorriu para ele.

—Você não precisa me agradecer, linda. Eu sabia que


fugir com aquele motociclista era apenas um erro. Você
estava desesperada por mim e eu vou lidar com esse
criminoso. Você nunca terá que ter medo novamente.
Vengeance parou, em frente à pequena e degradada
casa onde Craig supostamente vivia. Embora estivesse escuro
lá fora, estava claro que as janelas foram escurecidas,
pintadas para não permitir que nenhuma luz penetrasse por
dentro.

—Aqui? Weasel perguntou quando parou ao seu lado.

—Isso é o que Tryk encontrou.

—Bem, vamos começar esta festa.

Vengeance não poderia ter dito melhor ele mesmo.

Constance tinha uma mão cobrindo os seus seios e a


outra entre as suas pernas. Craig olhou para ela, com desejo
em seus olhos. Ela tomou um banho e agora estava fora da
banheira, com água pingando do seu corpo

— Mexa as mãos,

Ela balançou a cabeça.

—Não. — Sua voz era suave, quase nem audível, mas


que se lixe não ia tirar.

Ele deu um passo mais perto e ela se virou tentando


sair, mas a banheira parou sua fuga.
—Vejo que você vai ser difícil outra vez. Pensei que
tínhamos um acordo? Eu pensei que nós estávamos na
mesma página.

Pensando em como ela poderia sair dessa, como poderia


enganar Craig, a fim de salvar a sua vida, se sentiu enojada.
Não, ela não podia mais fingir, não podia agir como se
pudesse estar bem com isto. Constance não queria Craig
pensando que havia alguma esperança.

—Você também pode me matar, porque nunca serei o


que você quer que eu seja. Eu adoro Vengeance. Ele fechou e
torceu os lábios com desgosto. Ela jurou que ouviu algo fora
do banheiro, mas com seu coração trovejando, apertando a
garganta, sufocando-a, desejando que o Vengeance estivesse
aqui, não teve a certeza. Craig aproximou-se agarrando-a, e
antes que ela soubesse o que estava acontecendo, ele a
apertou tanto que seu corpo inteiro se torceu para o lado. Ela
caiu, batendo a cabeça no lado da banheira, dor consumindo-
a e então jurou que ouviu Vengeance chamando seu nome,
logo antes que houvesse um choque alto e a porta do
banheiro estivesse estilhaçando-se para dentro. Mas a
escuridão se apoderou dela antes de poder ver o que estava
acontecendo.

Vengeance olhou fixamente para o filho da puta que


estava prestes a fazer Deus sabe o que com a sua mulher.
Tudo o que ele podia pensar quando olhou para essa cena
eram nas coisas que ele a teria forçado a fazer.

Era tudo no que ele podia pensar vendo Constance no


chão, o sangue juntando-se em sua têmpora e o medo de que
ela o estivesse abandonando. Felizmente, eles a levaram ao
seu médico e estava estável. Mas quem sabe que tipo de
merda mental ele a fez passar?

Raiva e assassinato encheram os seus pensamentos.


Vengeance prendeu as mãos bem fechadas em seus lados.
Este bastardo pagaria com a vida dele. Eles levaram Craig de
volta ao clube, estavam no porão agora, e seria aí que o
bastardo morreria. Craig estava em uma cadeira, com os seus
braços e pernas amarrados, o seu rosto sangrando e
espancado porque Weasel chegou até ele há mais de vinte
minutos.

No momento Craig estava desmaiado, provavelmente


devido à dor, mas logo ele ficaria bem acordado. Vengeance
caminhou até Craig, revirou o filho da puta e sorriu quando
Craig gaguejava acordado, gemendo de agonia. Ele deu um
passo atrás e pensou em como faria isso. Rápido e fácil
nunca foi o seu problema, mas, novamente, ele queria que
esse filho da puta morresse para que ele pudesse ficar com
Constance.

Vengeance balançou e socou forte o rosto do fodido. A


cabeça de Craig tombou para o lado, e ele gemeu. Ele bateu
em Craig novamente, desta vez, arrancando um dente com
sucesso. Craig lutou com as suas amarras, e Vengeance
sorriu para isso. O sangue era um fluxo contínuo dele, e uma
pequena piscina estava no chão embaixo do homem.

Boa. No momento em que terminasse, ele estaria


mergulhado no fluido viscoso. Mais e mais ele apertou Craig,
e logo o filho da puta estava inclinado para a frente, sua
respiração lenta.

— Irmão, termine com o bastardo antes que ele morra e


você não entenda qual foi o golpe final. Weasel ficou ao lado
do Vengeance, bateu-o na parte de trás e depois se mudou
para o outro lado da sala.

Vengeance não fez isso mesmo.

Primeiro, ele caminhou até a mesa no canto, pegou a


garrafa de uísque e tomou três goles antes de finalmente
retornar a Craig. Olhou para o homem que estava prestes a
matar, o cretino que traumatizou Constance. Ele a
machucara e a estupraria, porra, poderia tê-la matado só
para que ninguém mais pudesse tê-la.

—Aqui, irmão, — disse um Patch, mas Vengeance estava


tão absorto no que estava acontecendo para saber qual dos
irmãos foi quem lhe entregou a faca. Ele agarrou o queixo de
Craig, forçou a olhar para ele e mostrou os dentes.

—Você deveria ter ido embora. Mas pegar minha


mulher, e machucá-la, fazendo as coisas impensáveis, que
você teria feito com ela, assinou a sua sentença de morte.

E então ele deslizou a lâmina nas tripas de Craig.


Vengeance teve prazer em esfaquear o filho da puta uma
e outra vez, sangue demais cobrindo a sua mão, o peito e
salpicando no chão como uma matança de animais.
Vengeance puxou a lâmina, o sangue escorria.

Viu Weasel do outro lado da sala, com um sorriso sádico


no rosto. Weasel gostava de violência, adorava praticá-la,
além de vê-la. O som que Craig fez quando um dos pulmões
se encheu de sangue e o corpo se desligou. Vengeance
mostrou os dentes e esfaqueou o filho da puta mais uma vez,
torceu a lâmina uma última vez e viu como a vida
desapareceu dos olhos deste filho da puta... Silêncio encheu
a sala quando Craig deu uma respiração engasgada.
Vengeance voltou, olhou para o pedaço de merda que já não
podia machucar Constance de novo e... Sentiu alívio.

—Hora de enterrar este filho da puta seis pés abaixo da


terra.
Uma semana depois
Constance olhou o rosto refletido no espelho, ainda
tinha um curativo onde Craig lhe bateu. E um outro de
quando ela batera na banheira, tinha um corte no lado do
rosto, um que abriu e definitivamente iria deixar uma marca.
Ela estendeu a mão, tocando a bandagem branca imaculada
e imaginando quais seriam os danos quando tudo fosse dito e
feito.

Ela acordou apenas algumas horas atrás. Mais de uma


semana se passou, e ela estava tentando seguir em frente,
curtir a sua vida, mesmo sabendo que Vengeance e os seus
irmãos motociclistas mataram Craig, era difícil de processar
às vezes.

Quando alguém pigarreou, ela virou-se para encontrar


Demon de pé com seus braços cruzados.

—Ei, — ele disse.

—Oi, respondeu, olhando para o grande motociclista. —


Vengeance irá voltar a qualquer momento.

—Deanna disse que estava aqui e eu queria te ver.

—Eu estou bem. Realmente, estou bem.


—Eu queria pedir desculpas.

—Pelo que?

—Minha mulher te adora. Ela acha que você é


maravilhosa, e eu também acho. Minha filha te ama, e o
clube também. Eu deveria ter chegado mais cedo, e não
deixado esse filho da puta te machucar.

Ela concordou e, enquanto o fazia, sentiu-se como uma


pessoa louca.

—Estou bem. — O acalmou. Não há nada com que se


preocupar. Ela soltou a respiração.

—É uma espécie de besteira. Mas eu queria poder tê-lo


matado sozinho.

Ela esfregou a têmpora e franziu a testa.

—É só ... são sempre os silenciosos, certo? Deus, isso


me deixa doente no estômago.

—Você nunca conheceu Craig muito bem?

—Não, eu não. Para ser sincera, antes da morte de meus


pais, eu nem sabia que ele existia. Isso faz de mim uma
pessoa má?

—Eu não sabia que Deanna existia até eu conhecê-la.


Com relação a Craig, eu me consideraria sortudo que você
não o conheceu antes. Craig era um doente. Você sabia que
ele tinha amostras de sangue na casa dele?

—Amostras de sangue? Constance perguntou, franzindo


a testa
—Sim, o seu sangue. Ele tinha algumas. Não quero nem
saber como ele conseguiu, mas como eu disse, ele era uma
pessoa seriamente doente.

—Isso é a coisa mais nojenta que eu já ouvi. — Ela


cobriu a boca.

—Acredite em mim, ele estava completamente obcecado


com você. Suas roupas estavam lá. Acho que até mesmo
alguns dos seus lixos estavam lá também. Você evitou uma
bala.

—Mas ele matou a minha família e o meu noivo, Brando.


— Ela suspirou.

—É triste e doloroso porque eu penso comigo mesma


que eu não deveria ficar aborrecida, mas então não posso
ajudá-lo. Ele morreu e não foi preciso. A obsessão doente de
Craig o matou.

—Você o amava?

—Brando? Eu gostava dele. Muito. Ele é tudo o que


conhecia. Eu pensei que eu o amava, mas ele não era o
homem certo para mim. Eu amo Vengeance com todo meu
coração. Eu estarei ao seu lado, e eu vou apoiar este clube.
Eu prometo a você. Ela disse, envolvendo os seus braços em
torno de si mesma. —Você provavelmente está farto de mim.

—Você é uma boa pessoa, e eu sei de fato que o


Vengeance a ama.

Ela sorriu.

—Eu o amo também.


— Os seus sentimentos por Vengeance encheu-o de
muita felicidade.

—Eu sabia que ele viria atrás de mim. Nunca tive


qualquer dúvida que ele estaria lá.

—Se houver alguma coisa que você precisar, apenas me


avise.

Ela viu enquanto Demon saiu do quarto e soltou um


suspiro. Não havia nada mais que pudesse fazer. Desde que
Vengeance colocou Craig a sete palmos abaixo do chão, ele
não estava mais próximo a ela, e isso machucou seu coração
mais do que qualquer outra coisa.

Ele teria deixado de amá-la? Ela fez algo horrível?


Não sabia, e com cada dia que passava, sabia que isso a
deixava doente apenas em pensar nisso.

Vengeance, sentou-se no alto de uma colina,


descansando na sua moto, cigarro entre os lábios, e olhou
para o chão. Estava no alto, viu a cidade abaixo, e à
distância, teve uma visão clara do clube. Sua visão não era a
melhor, e então a maior parte do tempo parecia uma bagunça
turva e que estava feliz com o agora. Ele não queria se
concentrar. Passou mais de uma semana desde que
encontrou Constance e a tirou daquele filho da puta. Ficou
decepcionado consigo mesmo, porque não gastou tempo
suficiente para machucar o bastardo. Sua morte foi muito
rápida, e cada vez que olhava para Constance era inundado
pelo sentimento de culpa de que não chegou a ela mais cedo.
Agora esse sentimento o estava corroendo por dentro,
tornando quase impossível concentrar-se em qualquer coisa.

Todas as noites durante a semana passada ela


perguntava se ele iria para a cama, e ele dizia-lhe que tinha
coisas para fazer. Ele não queria dormir ao lado dela, só
queria alguns momentos para vê-la. Constance merecia
alguém melhor que ele. O que ele viu e o que sabia, as coisas
que Craig planejou para ela, fez ter náuseas.

O som de uma motocicleta em sua direção o fez virar-se.


Weasel parou a poucos metros de distância.

—Eu pensei que eu iria encontrá-lo aqui.

—Que merda você quer?

—Por que está aqui?

—Porque não está no clube? Weasel perguntou. — Você


sabe que Constance nunca sai do seu quarto, nem você vai
para sua casa. Ela está no seu quarto ou no banheiro
olhando para cara dela.

O rosto que tinha um curativo. O médico disse que ela


iria ficar com uma cicatriz para o resto da sua vida. Ele pode
tentar reparar os danos, mas no final ela ainda teria uma
cicatriz, um lembrete. Ela era linda, não importava o quê.

—Dá-lhe algum espaço.


—Você quer dizer o que está fazendo? O que diabos está
acontecendo, Vengeance? — Weasel perguntou.

—Ela está sofrendo e você está aqui, fazendo o quê?

—Eu falhei com ela.

—Como diabos você falhou com ela? Você a salvou. Você


a protegeu.

—Cheguei tarde. Ele conseguiu machucá-la, e ela vai


viver com essa marca pelo resto da vida.

Weasel quase explodiu de tanto rir. Ele realmente


agarrou sua barriga e riu.

—Uau, você realmente acha isso? Você está sendo idiota


de propósito? Você a salvou antes que ele pudesse fazer
qualquer outra coisa. Weasel balançou a cabeça. —Você
precisa tirar a cabeça da sua bunda e ir à sua mulher antes
de perder outra coisa boa em sua vida. — Ele voltou a sua
motocicleta. —E ligue para sua irmã.

—Ele e sua puta obsessão com a minha irmã.

Vengeance, observou quando Weasel se afastou. Ele


poderia se dar um tempo? Ele logo chamaria Renee, mas
agora, ele realmente precisava lidar com os seus problemas e
um deles estava de volta ao clube.
Vengeance voltou para o clube, foi direto para
Constance, mas quando a encontrou, estava dormindo, então
deixou-a sozinha. Pegou o seu celular e olhou para ele por
longos segundos.

Já passou tempo suficiente.

Empurrando de lado qualquer raiva que ocupou durante


a briga que teve com sua irmã, ele ligou para o seu número.
Sua necessidade de fazer as coisas corretas com a única
família que deixou bateu forte. Mas a mensagem de voz
começou, e ele pensou sobre o que dizer, como dizê-lo. Um
momento se passou antes de continuar. —Faz um tempo,
irmãzinha, mas é preciso falarmos. Ele riu sem humor.

—De certa forma, fico feliz por ter caído na caixa de


mensagens. Isso torna um pouco mais fácil. Mas acho que é
um pouco débil também, acho...Ele passou uma mão sobre o
cabelo, olhou fixamente e desejou poder dizer essas coisas
pessoalmente.

—Mas sinto muito pela forma como eu agi, e sei que


uma parte de você deve estar sentindo também. Nós sempre
fomos unidos, sempre tivemos as costas um do outro. Na
época, eu estava fazendo o que achava melhor. É sua vida e
você é uma adulta. Sabe o que deseja. Então, desculpe,
porque não ter você na minha vida é muito difícil, Renee.
E essa era a verdade.
—Me ligue, irmãzinha. Quero dizer essas coisas para
você, quero fazer isso novamente. Eu quero que você conheça
minha mulher, quero que você volte para a minha vida. Nós
somos tudo o que temos.

A dor a estava consumindo, o calor e a umidade a


cercavam. Ela estava tremendo, suas mãos cobrindo suas
partes íntimas enquanto Craig estava do outro lado dela. Ele
estava rindo, observando-a, seu olhar se aproximando como se
ele realmente estivesse se aproximando e tocando nela.

Constance queria vomitar, queria apenas correr e nunca


olhar para trás. Mas estava congelada, incapaz de se mover,
incapaz de respirar. Ela estava presa neste turbilhão de
emoções: medo, raiva, desgosto e a necessidade de que
Vengeance estivesse ali. Mas Craig aproximou-se, fazendo-a
sentir-se acuada, sufocada, e ter seu medo escalando ainda
níveis mais altos. Tentou gritar, mas sua voz não saiu,
sufocando seu grito. Ela queria atacar Craig, mas seus
membros eram como chumbo, grudados ao seu corpo, cobrindo
as suas partes íntimas. E então ele estendeu a mão para ela,
tocou-a, fez sua pele queimar.

Ela gritou então, alto, claro, cheio de paixão.

Constance acordou sobressaltada, seu coração


acelerado, sua respiração difícil, rápida, queimando-a de
dentro para fora, como chamas que a queimavam,
consumindo-a. O suor molhando a sua testa, quando olhou
para o lado da cama, esperando que Vengeance estivesse lá,
querendo o seu conforto, a sua forte presença, viu que estava
ausente. Sentiu-se no limite, o pesadelo percorrendo-a como
uma entidade viva, uma lembrança do que aconteceu com
ela.

Havia conversado vagamente com Vengeance sobre o


que Craig fez e embora se sentisse segura, o fato é que ele
não podia mais machucá-la, o problema era que Vengeance
estava se afastando dela. Ficou mudo no relacionamento, e
ela sabia que era porque Vengeance achava que falhou com
ela. Sabia disso, e sabia que estava sozinha agora, querendo
o homem por quem se apaixonara.

Passando a mão no seu rosto, ela finalmente se forçou a


ficar de pé e caminhar até o banheiro anexo ao quarto.
Depois de acender a luz, olhou para a bagunça que ela
estava. O suor cobria sua testa, a linha do cabelo estava
úmida, seus cabelos parecendo um ninho de ratos escuros
em volta de sua cabeça. O curativo em sua bochecha
precisava ser trocado, mas odiava fazê-lo. Mas essa era a vida
dela, e precisava ser forte.

Uma vez que o curativo estava fora encarou a ferida


curada, a cicatriz que seria deixada para trás, não era um
lembrete de seu trauma, mas de sua sobrevivência. Era como
ela tinha que olhar para ele, de qualquer forma. Ela se virou e
olhou para o chuveiro, precisando afastar o pesadelo que
tinha tido.
E isso foi exatamente o que ela fez, porque depois disso,
ela e Vengeance precisavam de uma conversa séria sobre a
origem do relacionamento deles. Ele precisava saber que não
a deixara desprotegida. Ele salvou sua vida.

Logo que terminou o banho, se secou, colocou roupas


confortáveis e saiu do quarto. Apesar de ser no meio da noite,
ainda tinha pessoas no MC. Alguns caras estavam jogando
pôquer, o cheiro de fumaça enchendo o ar, o som de suas
vozes embaçadas e bêbadas, apesar do horário.

Passou por eles e caminhou até a parte de trás onde


ficava a sala de reuniões. Ela poderia ter chamado
Vengeance, mas se ele estava no clube não poderia estar
longe. O encontrou, sentado sozinho, de costas para a porta.

—Vengeance? —Ele lentamente se virou na cadeira, seu


rosto parecia exausto, seus olhos eram pesados. —Nós
deveríamos conversar.

Ele concordou:

—Sim nós temos.


O primeiro pensamento que passou pela cabeça de
Vengeance era de como ela era linda. O curativo no rosto não
reduzia sua beleza, pelo menos não para ele.

Constance olhou para o chão, e o silêncio que estava


entre eles era desconfortável, e ela não gostava dele, nem um
pouco. Não era assim que era suposto ser, e ainda assim ele
não conseguia parar. Ele a amava. Mais do que tudo. Seus
sentimentos não mudaram.

—Como você está? — Ela perguntou.

—Bem e você? — Ele balançou a cabeça. —Isso é uma


besteira. Eu não estou bem.

—Eu também, disse ela.

Vengeance olhou para ela, e viu as lágrimas nos seus


olhos.

—Você não me ama mais? Eu não sou mais atraente


devido ao que aconteceu?

Ele estava em estado de choque com o rumo dos seus


pensamentos. No começo, não sabia o que dizer, e por alguns
segundos simplesmente olhou para ela como se ela fosse uma
espécie de alienígena.

—Por que diabos você está falando isso?


Quando ele finalmente conseguiu que a sua voz saísse,
ele também conseguiu se mexer. Avançando em direção a ela,
segurou o seu rosto e inclinou a cabeça para trás para poder
olhar em seus olhos.

Lágrimas caíram, arrastando-se em suas mãos. Elas


quebraram seu coração, e ele não conseguia vê-la com tanta
dor.

—Você não se aproxima mais de mim. Eu mal vi você


desde que isso tudo aconteceu com Craig. Eu via Weasel e o
Demon mais do que eu te vi.

Sabendo que ela falava a verdade, a tocou com seus


lábios. No começo, ela estava tensa, não o beijara de volta, e
depois lentamente, segundo a segundo, começou a derreter, a
ceder e, finalmente, ela o beijou de volta.

Pela primeira vez desde que a viu caída no chão com


tanto sangue saindo de sua cabeça... ele sentiu que a salvara.
Toda vez que pensou apenas que Craig a machucou por não
chegar lá rápido o suficiente.

Ele deslizou a língua em seus lábios e a ouviu ofegar.

Se afastar foi a coisa mais difícil que já fez, tinha que


fazer isso. Ainda segurando o seu rosto, ele limpou as
lágrimas, odiando que as colocou lá.

—Eu deveria ter chegado a você mais cedo.

—O que você quer dizer?

—Ele te machucou, e quando eu fui ao cemitério e você


não estava lá, eu não consegui lidar com isso. Eu não sabia
nada sobre aquele filho da puta além do seu primeiro nome.
Eu não consegui encontrá-lo, se fizesse você sair desse
maldito trabalho, nada disso teria acontecido.

—Você se culpa?

—Sim. Eu me culpo. Você não se viu nocauteada no


piso. Estava aterrorizado para caralho com o que aconteceu
com você, baby. Muito assustado. Eu pensei que você estava
morta.

—Eu queria ter certeza de que a morte de Craig fosse


demorada, mas a raiva com que estava dentro de mim ... Ele
balançou a cabeça. —Eu não consegui... Eu o matei, e eu
queria fazer isso muito mais e mais.

—Aquele filho da puta merecia muito mais do que o que


lhe dei, começou a sentir sua garganta apertando.

—Estou totalmente apaixonado por você, Constance.


Meus sentimentos nunca mudaram.

Ela sorriu e de repente se afastou dele. Ele observou


quando ela virou as costas.

—Deus, eu pensei que você não pudesse suportar estar


ao meu redor. Ela se virou para ele e, mesmo quando as
lágrimas nos olhos brilhavam, ela ainda parecia feliz.

—Eu não me importo com a cicatriz que você ficou, ou o


que você parece. Eu estou apaixonado por você, Constance.
Ninguém mais. Eu estava lidando com essa merda, e eu fiz
tudo errado.
Ele foi em sua direção e puxou-a de volta para os seus
braços. Agora que ele a tinha lá, não a estava deixando ir.
Seu maior erro desde que ela chegou em casa foi dar lhe
espaço.

Toda vez que ele olhava para ela, a culpa o tinha


preenchido. Craig disse que ela implorava para que
Vengeance viesse, pedia que ele a salvasse. Essa foi a coisa
mais cruel que o bastardo poderia ter dito a ele. Isso o fazia
sentir-se ainda mais como um idiota. Essas palavras, esses
lembretes foram uma das razões pelas quais acabou com a
vida do bastardo tão rapidamente, sem nem pensar nisso.

—Eu pensei que você não me queria mais.

—Eu quero você, Constance. Eu sempre vou querer


você. Você está aqui. Ele pegou a sua mão e apertou-a contra
o seu coração.

—Desde o momento em que a vi pela primeira vez, como


aquela pequena mulher estranha falando no cemitério, você
ficou o sob minha pele. Ele beijou os seus lábios de novo, e o
seu pênis começou a inchar.

—Liguei para a minha irmã, disse.

—Você fez isso?

—Sim. Já era tempo. Espero que ela me ligue de volta e


assim eu poderei convidá-la para vir a nossa casa. É aqui que
ela pertence. O clube não a aceitaria imediatamente por
causa da porcaria que ela disse, mas com o tempo, eu acho
que ela poderia recuperar a sua confiança.
Sua irmã sabia o que estava em jogo, mas ele estava
mais concentrado em Constance. Dirigindo o polegar sobre o
lábio, ele olhou nos seus olhos.

—Eu ganhei de volta o seu amor?

—Nunca o perdeu Vengeance.

Ela caminhou em direção a ele, e a mão em seu coração


começou a deslizar lentamente, indo em direção a seu pênis.
Ele não a impediu, nem por um segundo. Eles estavam na
sala de reuniões, e era local privado. No momento em que ela
tocou seu pênis, Vengeance não podia conter um gemido.
Empurrando as suas costas contra a parede, ele agarrou
suas mãos e a aprisionou lá.

—Não, eu estou tentando ser legal aqui eu quero que


seja legal para você amor. Vengeance falou.

—Já faz muito tempo que você esteve comigo e estou


cansada de esperar. Eu fiquei acordada à noite esperando
que você viesse até mim e você não veio. Eu quero que você
faça amor comigo, Vengeance. Por favor faça. Não me faça
implorar.

Droga. O que quer que essa mulher quisesse, ele daria.


Não podia esperar para levá-la ao andar de cima, e então a
amaria aqui, na sala de reuniões. Ninguém os perturbaria, e
precisava estar dentro dela, agora mesmo.
Um mês depois
—Você está bem, querida? Vengeance perguntou sobre o
barulho do motor da Harley. —Eu estou bem, ela gritou de
volta, o vento correndo por seus cabelos, a vibração da
motocicleta sob suas coxas.

Passou-se um mês desde o incidente com Craig e,


embora seu rosto estivesse quase curado, e seus pesadelos
desaparecessem, ainda ocasionalmente lutava com o que
aconteceu. Ela estava falando com um terapeuta, não apenas
sobre ter sido brutalizada por Craig, mas também sobre
perder a sua família.

As sessões de terapia que estava fazendo agora eram


diferentes das do passado. Ela era mais velha, lidando melhor
com as suas emoções, e sabia que era porque estava feliz,
porque finalmente estava com Vengeance e encontrou a sua
voz. Ela até começou a ter aulas on-line. Eram apenas cursos
de pré-requisito, porque ela não sabia o que seria seu
diploma, mas gostava de se concentrar em coisas que não
eram sobre si mesma.

Vengeance a levou para outro lugar, levando-a mais


para longe da cidade, longe da civilização. Eles estavam indo
para o pequeno lago, para passar algum tempo um com o
outro, e se afastar do apelo da vida. O pequeno lago era uma
área isolada, tão isolada e privada ... exatamente o que
queria.

Uma vez que estavam no lago e encontraram o local


perfeito para se sentar e admirar a beleza na frente deles, ela
se perguntou como as coisas seriam no futuro. Foram difíceis
no início, mas, como eles conversavam, ficavam suaves e
feliz. Durante longos minutos, tudo que Vengeance fez foi
segurá-la. Depois de tudo o que aconteceu, ela sabia que
esses homens, esses motoqueiros, eram uma raça própria. O
som do vento que assobiava pelas árvores tinha uma
qualidade hipnótica, mas era o som do coração do Vengeance
batendo debaixo de sua orelha que a deixava calma.

Eles se sentaram lado a lado, sem falar nada e ambos se


concentraram na água. Ele virou-se e encarou-a depois de
alguns momentos, e apenas olhou para ela. Então levantou a
outra mão e segurou sua bochecha.

—Antes de você, eu não sabia o que era viver. Não me


importava o que era. Ela sorriu, sentido o mesmo que ele.

—Eu não acho que você percebe o quanto eu me


importo com você. Ele pegou sua mão e colocou-a
diretamente sobre seu coração.

—Você sente o quão forte está batendo o meu coração?


É tudo por você.

Este motociclista era grande, musculoso e trazia medo a


outros homens apenas com um olhar. Mas aqui estava ele,
segurando a sua mão sobre seu coração e olhando para ela
com essa expressão vulnerável e aberta. Era estranho sentir
as emoções de alguém tão forte como se fossem as suas.
Ele a soltou e encarou o lago mais uma vez. Pareciam
terem tempo de ficaram sentados em silêncio, era confortável
e fácil. Quando ele a encarou novamente, havia paz em sua
expressão. Ela sorriu e olhou para os seus lábios, seu corpo
se aquecendo, sua necessidade aumentando. Constance
finalmente ergueu o olhar para encontrar os olhos dele.

—Eu realmente amo você.

Ele sorriu suavemente. Vengeance então se inclinou e


pressionou a sua testa contra a dela.

—Eu quero que você saiba que sempre estarei aqui para
você. Sempre.

A puxou para o seu colo, e com as pernas de cada lado


ao seu corpo pressionado, ela deixou a sensação de pertença
lavá-la. Constance apertou os seus lábios nos dele e fechou
os olhos.

Ele sussurrou.

—Tire as suas roupas para mim, Baby, e sorriu para ela.

Ela sabia que parecia surpresa, mas o calor ainda se


movia através do seu corpo.

—Alguém pode ver.

—Estamos sozinhos aqui, mesmo que alguém venha eu


não ligo, quero que saibam que você é minha.

Enquanto o calor continuava a subir pelo seu corpo, ela


se afastou e começou a remover as suas roupas. Uma vez que
estava nua, não demorou muito para ele agarrá-la
novamente.

Ele também tirou a roupa. Ela pensou antecipadamente


que eles seriam íntimos ali, mas quando ele agarrou sua mão
e levou-a para a água, ela percebeu que tinha outros planos.

Olhando para a água ela falou:

—Vai ficar muito frio, Vengeance.

—Eu posso te esquentar, disse logo ao lado de sua


orelha.

No instante seguinte, ele passou os braços em volta da


sua cintura. Ela não sabia o que estava fazendo, não até que
ele os aproximasse da água e, finalmente, caísse nas
profundezas. Eles atravessaram o topo, e ela ofegou, rindo ao
mesmo tempo.

—Eu sempre vou proteger você, ele disse ao lado de sua


orelha abraçando-a.

Constance sabia que ele nunca a deixaria ir.

Renee escutou a mensagem de seu irmão Vengeance


muitas vezes. Ela sabia o que eles passaram, que eles eram
as únicas pessoas que realmente tinham na vida um do
outro, deveria significar mais do que a luta que eles tinham
conseguido. Eles eram familiares, mas ele a magoara, as suas
palavras foram como uma faca em sua barriga.

E as coisas que eu disse também devem tê-lo machucado.


A vida era tão curta, tão preciosa.

Ela olhou para o homem, o seu namorado, que


começou esta briga, embora inadvertidamente. Ele não sabia
que Vengeance não a queria com ele, e por isso ela manteve a
boca fechada, sem contar nada.

E aqui estavam eles, prestes a viajar para a Europa,


aproveitar a vida. Mas que tipo de vida seria sem família?
Dois meses depois
Vengeance bateu as mãos no bar e pediu mais algumas
cervejas. Era hora da partida e, como sempre prometia, a
casa MC The Soldiers of Wrath estava zumbindo com
atividade. Eles acabaram de voltar de uma corrida, e tudo o
que ele queria fazer era ter as bolas afundadas em sua
mulher. Mas Constance insistiu que demorassem e ficassem
para a festa.

Ele não se importou. Ela passou muito tempo se


preparando para isso, e ele sabia que significava muito para
ela fazer parte do clube. Com duas cervejas na mão, ele abriu
caminho e encontrou Constance conversando com Weasel e
Joker. Amy estava aí, sorrindo e sendo encantadora como
habitual.

Havia momentos em que Vengeance olhou para as


mulheres que agora faziam parte do clube e ficou surpreso
com o quanto elas eram diferentes. Amy, por exemplo, estava
à beira de uma quebra, uma jovem vulnerável que nem
sequer poderia formar frases para a maioria dos caras. A
única pessoa com quem tinha conversado era Joker. Agora,
depois de alguns anos de estar com Joker e o clube, ela
estava gostando da festa como se fosse outro dia. Ele daria
sua vida por cada uma das mulheres dos Soldiers, assim
como faria por todos os seus irmãos.

Colocando o braço em torno dos ombros de Constance,


beijou seu pescoço. Ela soltou uma risadinha e deu um
tapinha no seu braço.

—Ei, ei, estávamos falando aqui, disse ela, e então


segurou o braço tão forte quanto pôde.

—Eu não vi você no que parece dias, nem semanas, e


você quer conversar com meus irmãos, disse Vengeance,
mordiscando sua orelha.

—Ela provavelmente está cansada de sua bunda, disse


Weasel.

—Todos sabemos que você é uma mulher por dentro.

—Acho que ele acabou de dizer que todas as mulheres


gemem, disse Amy.

—Você está certa. Nós, mulheres, precisamos nos unir.


Eu não farei a sua torta de chocolate favorita agora. Ele pode
conseguir uma totalmente de padaria.

—Que provavelmente irão cuspir nela, disse Constance.

O olhar sombrio no rosto de Weasel, mostrava que ele


não estava feliz com isso.

—Não poderíamos ser tão cruel, disse Amy. —Podemos,


mas acho que poderíamos ser facilmente influenciadas.

Vengeance observou enquanto Constance piscava para


Amy, e então Weasel estava de joelhos, mãos juntas,
implorando. Somente quando eles cederam, Weasel se
levantou. Constance tomou um gole de cerveja e tudo o que
ele queria fazer era levá-la para a cama. Em vez disso, eles se
misturaram, e ela o fez ser civilizado, o que ele estava fazendo
agora. Depois de uma hora, ela pegou a sua mão e levou-o de
volta ao seu quarto. Mesmo que eles tivessem seu próprio
lugar, seu quarto ainda estava disponível para sempre que ele
precisasse no clube.

—Ninguém veio aqui. — Constance fechou a porta e ele


estava sobre ela. Segurando o seu rosto, chocou seus lábios
contra os dela e pressionou-a contra a porta. —Você me
fodeu, me fez esperar muito, muito para estar com você, ele
disse.

—Ganhei U$300 dólares, e para você saber, eu vou


dividir com você. Ela empurrou a sua jaqueta para fora de
seu corpo, e sua curiosidade acabou com o melhor dele.
Agarrando as mãos, ele a impediu de arrancar suas roupas.
Mais uma vez, ele a impediu de ficar nua. —Como você
ganhou trezentos dólares? Ele perguntou.

—Deanna e as meninas estavam falando sobre como os


homens reagiriam quando chegassem em casa. Ela disse que
você me colocaria no seu ombro nos primeiros dez minutos.
Eu disse que não, você nos pegaria uma cerveja e ficaria por
uma hora. Ela sorriu para ele.

—Eu disse e estava certa.

—Você realmente apostou se eu poderia ou não manter


o meu pau na minha calça?
—Sim, e agora eu tenho trezentos dólares, o que
significa que eu posso conseguir o misturador que queria, e
você também pode conseguir algo.

Ele balançou a cabeça e depois riu.

—Há momentos em que você realmente me surpreende,


disse ele. —Eu posso lhe dar dinheiro sempre que quiser.

—Eu sei disso, mas vamos, isso é legal. Isso me faz


saber o quanto eu posso ganhar apenas por você estar longe.
Ela o empurrou de volta para a cama.

—Eles não achavam que você duraria tanto tempo, e


não só estou prestes a chupar o seu pau, você tem trezentos
dólares. Veja o lado bom, baby.

Ele revirou os olhos, mas ela não se importou. Ela abriu


suas calças em algum momento e tirou seu pau para fora. No
momento em que seus lábios estavam ao redor do seu
comprimento, ele enfiou os dedos nos cabelos e segurou-a no
lugar, pulando lentamente na sua boca. Vengeance sabia que
uma vida com Constance nunca seria aborrecida ou chata.
Ela sempre o provocava, ou achava maneiras de fazê-lo rir.
Ela era sua outra metade, e ele a amava mais do que
qualquer coisa.
Quando não quis mais o seu pau em sua boca, ele a
afastou e a puxou para a cama. Dentro de segundos, ainda
sentindo a sua boca apertada envolvendo o seu pau ele a
deixou nua, e se enterrou até as bolas dentro dela.
—Eu quero colocar o meu bebê dentro de você, disse
Vengeance. Ele estava pensando mais e mais que quando ele
estivesse na estrada ele queria que ela estivesse inchada com
seu filho na barriga.
—Você quer ter um bebê? —Ela perguntou.
—Sim. Eu quero que você e eu tenhamos um filho, para
termos muitos deles. Você gostaria disso? Gostaria de ter um
bebê? Meu? —Ela assentiu com a cabeça, e o seu pau
cresceu ainda mais com esse pensamento.
—Não estou em controle de natalidade, disse ela.
—Então, eu vou gozar muito em você. Eu quero meu
filho dentro de você, baby.
—Para sempre.
Ele colocou os lábios sobre os dela, e ela se derreteu por
ele.
Duas semanas mais tarde
Constance fechou os olhos, amando o vento que
atravessava os seus cabelos, e o homem que amava estava
bem na sua frente, apreciava a sensação de ser livre. Ela
sentiu um sorriso se arrastando pelos lábios.

Ela estava na parte traseira da moto de Vengeance,


provavelmente indo muito mais rápido do que legalmente
deveria, mas não se importava. Constance adorava isso,
adorava sentir-se viva, sentia como se ela pudesse ser quem
deveria ser, estar sempre com Vengeance. Ela realmente
amava o fato de que ele era o único que ela tinha em seu
abraço, que seu corpo duro a mantinha estabilizada.
Mas o que ela mais amava era que Vengeance deu-lhe
esse empurrão para encontrar-se e ser forte. Ele acelerou o
motor, acelerando e fazendo as curvas mais fortes, fazendo o
seu coração saltar pela garganta, por um segundo, antes de
se acalmar. Ela sorriu mais amplo. Eles finalmente
encontraram um lugar próprio, e já não estavam vivendo no
clube. Embora ela amasse o MC, e as pessoas que estavam
lá, ela também gostava de ter seu próprio espaço com o
homem que amava. E era para lá que eles estavam indo
agora.
Casa.
A sensação dessa poderosa e enorme motocicleta sob
ela, torcendo, vibrando a área sensível entre as suas coxas, a
fez acender. Mas, novamente, quando estava com Vengeance,
não demorava muito para despertá-la. A combinação das
vibrações da motocicleta, a sensação, Vengeance, o fato de
que ela sabia que não a negaria, a deixaram ansiosa para
chegar em casa.

—Apresse-se para casa, ela sussurrou, sabendo que ele


iria entender o que ela queria dizer. Ele fez um barulho, e
então estava tomando o próximo passo bruscamente e indo
para o lugar deles. Seu sangue correu por suas veias, os seus
cabelos chicotearam o seu rosto debaixo do capacete, e
adorando que ela estivesse prestes a se sentir ainda mais
livre, ela simplesmente foi com isso. Toda vez que estavam em
sua moto, ela fez isso, porque o fato de ser ela mesma, nada a
segurando, fez sentir-se ... Invencível.

Ele se virou e olhou para ela por cima do ombro por um


segundo, vendo ela agora em pé, provavelmente ansiosa, ela
estava sendo imprudente, mas ele não parou. Ele diminuiu a
velocidade, deixou que ela experimentasse isso, ser ela
mesma. Ficou assim por longos minutos, e só quando viu a
sua casa a distância, se sentou de volta, rindo de alegria.
Constance envolveu os seus braços ao redor da sua cintura e
descansou a sua bochecha nas costas. Uma vez que eles
estavam em casa e desmontaram, eles entraram. Ela fechou a
porta e tirou seu casaco quando sentiu o calor de seu olhar
fixo na parte de trás do seu corpo. Ela se virou.
Ele sorriu, mas não estava cheio de diversão. Estava
cheio de excitação. Ela apertou suas coxas juntas, sua
necessidade aumentando. Ele ergueu uma sobrancelha.

—Venha aqui, querida.

Ela estava na frente dele em apenas alguns segundos.

Era o que queria ... era necessário.

Um gemido o deixou logo antes de bater as mãos na


porta ao lado de sua cabeça e reclamado sua boca com a
dele. Vengeance pegou uma de suas mãos e agarrou sua
cintura, curvando os dedos em sua carne e puxando-a para
frente, para que ela pudesse sentir exatamente o quão duro
estava seu pênis.

E Deus, ele estava duro. Era tudo para ela. Ele passou
o polegar bem ao lado de sua boca. Ela se inclinou para
frente ainda mais, tentando chegar o mais perto possível dele.
Ela se arrastava em seu corpo, se possível, tentando ser um
só corpo com ele.

—Tão bom, querida, ele murmurou. A sensação de sua


boca na dela teve um pouco de água se espalhando de sua
boceta e mergulhando em sua calcinha. Sim, ela precisava
dele desesperadamente.

Ele enfiou os seus dedos nos seus cabelos,


apertando os fios até que a dor se misturou com o prazer já
crescido. E então, Vengeance inclinou a cabeça para o lado e
a devorou ainda mais.

Ela gemeu.
Ele gemeu.

Ele recuou apenas um centímetro, mas sua boca


ainda estava tão perto dela.

—Me diga o que você quer. Ela olhou nos olhos dele.

—Você.

Ele balançou sua cabeça.

—Seja mais específica.

Ela inalou profundamente.

—Foda-me. Agora. Ela fechou os olhos e expirou, seu


coração batendo rápido.

—Você sente o quão duro eu estou por você? Ele disse


contra sua boca.

Ela assentiu, com a garganta apertada.

—Deus, querida. Eu quero te foder agora. Sua voz era


tão dura como a sua necessidade por ela. E então ele voltou a
boca sobre a dela e a língua abrindo seus lábios.

Um tesão profundo fez com que sua boceta apertasse


dolorosamente. Vengeance moveu as mãos para a ponta da
camisa e começou a levantá-la lentamente.

—É isso, querida. Ele pareceu frenético com sua


necessidade. Foi assim que se sentiu também.

Então sua camisa estava fora do corpo e ele estava


empurrando sua ereção dentro dela, pressionando seus
quadris para frente e depois para trás, uma e outra vez. Ele
era grande, grosso e longo.
Quando deu um passo para trás, tudo o que podia fazer
era apertar as mãos atrás dela e respirar dentro e fora. Os
seus mamilos doloridos até mesmo com dificuldade...

—Termine de tirar a roupa baby.

Ela tirou o sutiã, jogou-o de lado e foi trabalhar com sua


calcinha e calças. Seu olhar subindo e descendo em seu
corpo, consumindo-a, fazendo com que ela se sentisse bêbada
de tudo.

—Porra. — Ele passou a mão pela boca e olhou para


seus seios. —Caralho, eu quero devorar você.

Bom, porque é exatamente isso que ela queria que ele


fizesse com ela.

E uma vez que ela estava em seus braços, e eles se


dirigiram para o quarto deles, ela sabia que onde ela estava
na vida era exatamente o que deveria ser.

A perfeição para ela significava um grande motociclista


com couro a devorando.

Vengeance deixou a sua mulher dormindo na cama e foi


ao clube. Nos últimos meses foi um sonho para ele e para ela.
O MC The Soldiers of Wrath a aceitaram, e ele a amava mais
do que qualquer coisa. Sofrendo ele disse a Demon que ele
não fazia o que tinha que fazer e ele faria o que fosse
necessário para mantê-la. Ele se dirigiu para fora para fumar
rapidamente, e apenas aproveitar a felicidade que foi
concedida a ele.

Durante toda a sua vida partiu, pilotou com o clube e


fodeu pelo caminho inúmeras mulheres, nunca acreditando
em se estabelecer. Constance foi para ele. Aquelas poucas
horas em que Craig a tinha, nunca teve tanto medo em sua
vida. Ele a amava mais do que qualquer outra coisa no
mundo.

—Eu pensei que você estaria com sua mulher, disse


Weasel.

—Eu voltarei lá depois de ter resolvido alguma coisa


aqui. Você parece ciumento. Vengeance sorriu.

—Nah, é bom te ver feliz, Vengeance. Você realmente a


ama, não é?

—Eu morreria por aquela mulher, e eu nunca pensei


que diria isso. Um dia, queremos ter um filho, alguns deles,
você sabe.

Vengeance tinha planos para uma família, sua própria e


pequena família e seu feliz para sempre.

—Você encontrará sua mulher em breve.

—Não, nenhuma mulher vale a pena se estabelecer.

Vengeance não era um tolo. Weasel cairia, e logo.

—Eu liguei para Renee. Eu não falei com ela, mas eu a


deixei saber que queria vê-la. — Ele bateu nas costas de seu
irmão do clube.
—Vou voltar para casa para a mulher que eu amo.
Uma vez que ele deixou o clube e estava em casa, voltou
para a cama. Constance acordou com um gemido.

—Onde você esteve? Ela perguntou.

—Fazendo um trabalho do clube. Vengeance puxou


Constance para dentro dos seus braços e sorriu.

—E, tentando convencer Weasel, que havia uma mulher


lá fora para ele.

Ela riu.

Renee viria, e quando o fizesse, Weasel iria cair.

Assim como Vengeance se apaixonou.

Vem a seguir

História de Weasel, o mais difícil


deles a cair, está chegando em breve!

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