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ao fato de que sabia que ela era modesta, agindo como se não

tivesse ideia do que falava.

— Às vezes, lutadores podem ser demais. — um olhar


sombrio atravessou seu rosto, mas rapidamente mudou suas
feições e ela sabia que era porque tinha medo de assustá-la.
— Basta ter cuidado. — segurou seu olhar por um longo
segundo, então inclinou o queixo como um gesto de
despedida e se dirigiu para os chuveiros.

O coração de Sunny ainda batia a mil por hora, quando


ela virou para o círculo e viu Mack apoiando os braços por
cima da corda, com as costas curvadas para frente e seu
peito subindo e descendo pela sua respiração.

London estava do outro lado do ringue e tudo acalmou


dentro dela quando viu seu olhar exclusivamente sobre ela.
Havia uma estranha emoção que cintilava em seu rosto, mas,
apesar disso, estava imóvel. Era claro que venceu a luta com
Mack, dado o fato de alguns dos outros lutadores se gabarem
de como arrebentou o gigante, mas nada disso importava
quando olhou em seus olhos. Mesmo a esta distância, podia
ver como eram azuis.

Uma sensação de calor imediatamente percorreu o seu


corpo e parou desconfortavelmente entre as coxas. Deus,
realmente precisava ter o controle de si mesma. Estar com
um lutador não era algo que exploraria. Eram rudes, muitos
galinhas e mandões. Mesmo que por algum milagre cósmico
quisesse London, era o pior de todos quando se tratava de
dormir por aí e isso significava alguma coisa já que nenhum
deles era virgem. Só de ouvir sobre suas façanhas sexuais foi
o suficiente para que Sunny quisesse se lavar em água
sanitária apenas para se sentir limpa. Mas, estando perto de
homens como eles o tempo todo, grandes, musculosos,
tatuados e machos alfa, as mulheres, naturalmente,
juntavam-se a eles, incluindo ela. Só podia ser algum tipo de
chamado inte rior , como uma fêmea que vai atrás do maior e
mais forte do sexo masculino e o único que sabia, sem
dúvida, queria cuidar dela em todos os aspectos.

Isso era o que London significava para ela, um homem


que despertava o seu corpo, deixava seus joelhos fracos,
desejando fazer tantas coisas imundas que a coravam
somente com seus pensamentos. Podia ter 2 anos e só
esteve intimamente com um cara, mas certamente não foi por
escolha. Quando os seus encontros conheciam seu pai, que
era bravo, mesmo na sua idade, e fazia sempre o discurso
que se fodesse com sua única filha, não só apenas ele iria
atrás deles, mas o grande cara russo também. Isto fazia com
que os caras ficassem um pouco distantes, isso quando não
os fazia correr em outra direção.

A única vez que esteve com um rapaz foi porque tomou


a iniciativa. Ainda precisou prometer que não contaria a seu
pai ou a Mack. Ele estava muito assustado. Dizer que sua
adolescência e até mesmo parte de sua vida adulta foram
estranhas, era um eufemismo. Mas como Sunny poderia
culpá-los porque se preocupavam com seu bem-estar?

— Cara, preste atenção! — Liam, um lutador mais novo


gritou do outro lado do ginásio para London e Sunny forçou a
se afastar. Se não tivesse cuidado para onde olhava, ficaria
em apuros. London Stein definitivamente não era para ela e
precisava colocar isso em sua cabeça.

London viu Sunny sair e não pôde deixar de olhar para


sua bunda. Era feita para um homem colocar as mãos, boca
e pênis. Era um bastardo imundo por pensar tais coisas da
filha de seu treinador, mas ela era linda em todos os sentidos
e totalmente fora de seu alcance. Olhou para os seus longos
cabelos cor de mel e imaginou essas longas madeixas ao
redor de seus punhos enquanto a fodia por trás. Seu pau
começou a endurecer, então amaldiçoou e o ajustou na
esperança de que ninguém visse. Já era ruim o suficiente vê-
la o observar o tempo todo, sabendo claramente que o queria
tanto quanto a queria. Tentar ficar longe era muito mais
difícil. Merda, podia ver os seus mamilos enrijecerem sob sua
camisa sempre que estava perto e ouvir sua respiração
quando falava com ela ou fazia coisas engraçadas para ele,
coisas que eram susceptíveis de ter-lhe tomando o assunto
em suas próprias mãos e aliviando a necessidade que sentia
sempre que estava em seu espaço.

Mas esses tipos de pensamentos e desejos acabariam


deixando sua bunda entregue a Mack e seu pai, Harlond. Ela
Sunny. — levantou sua camisa, abaixou o sutiã para deixar
um de seus seios livre e então colocou sua boca em seu
mamilo.

— Oh Deus.

— Não, Sunny, não é Deus, apenas eu. — Ele chupou,


mordeu e lambeu seu mamilo, fazendo com que o bico já
duro ficasse ainda mais. Seu pênis era uma barra de ferro
entre eles e quando começou a estender a mão e pegar o seu
pau para guiá-lo dentro dela, a deteve com uma mão em seu
pulso. — Dê-me um minuto. — descansou sua testa em seu
peito, inspirou e exalou fortemente. Moveu-se ligeiramente, e
então ouviu o som do pacote sendo aberto. Quando colocou o
preservativo e a cabeça grossa de seu pau na entrada de sua
vagina, tudo ficou imóvel dentro dela.

Isso realmente acontecerá. Fantasiou este momento


tantas vezes. Ele não se moveu, não pressionou mais nela e
sequer achou que ele respirava. Podia sentir seu olhar em seu
rosto, embora não pudesse vê-lo.

— O que há de errado? — A sua voz era um sussurro,


mas ainda parecia tão alto.

— Nada, baby. Só sei que assim que tiver as bolas


enterradas profundamente em você não durarei muito tempo.
— se inclinou para frente e pressionou a boca na sua. As
respirações se misturavam e o beijo começou a se tornar
frenético mais uma vez. — Quero você por um longo tempo,
porra. — murmurou as palavras em sua boca. Estava prestes
a dizer-lhe que ela também, mas antes que as palavras
saíssem, entrou nela.

O estiramento e ardência que sentiu quando London


entrou em seu corpo foi doloroso e prazeroso tudo no mesmo
fôlego. London era um cara grande, alto, musculoso e
cheirando a força irrestrita. Seu pênis não era diferente. Era
grosso e longo, fazendo com que seus músculos internos se
esticassem insuportavelmente para que coubesse dentro dela.
Ele parou algumas vezes para que ela respirasse e para que
seu corpo se ajustasse a ele, mas, em seguida, se movia
dentro dela mais uma vez. Justamente quando pensou que
havia terminado, que não podia ser tão grande ou ir mais
longe, entrou mais um pouco dentro dela. Ela bateu a cabeça
na parede e mordeu o lábio. Estava cheia, tão incômoda, mas
adorou e queria mais. London deu um pequeno alívio, antes
que começasse a se mover. Era como se algo estalasse dentro
dele e as proezas que sempre sentiu logo abaixo da superfície
finalmente foram libertadas. O aperto de suas mãos em seu
corpo beirava a ferocidade, mas queria contusões dele, queria
olhar-se no espelho e ver o produto do que fizeram.

— Cristo, Sunny. — Como se não conseguisse manter a


cabeça levantada, encostou em seu pescoço e a fodeu com
força. — Tão bom, baby. Sabia que seria assim, sabia que me
faria sentir assim. — A dor e o prazer se transformaram em
um e os sons que soltava eram loucos e selvagens. Estava tão
molhada que o som de seu corpo encontrando o dela era
eroticamente obsceno e aumentou sua já delirante luxúria. —
Tão apertada e molhada para mim. — gemeu quando apertou
involuntariamente em torno dele. Estava perto de gozar
novamente. — Deus, não durararei. É muito bom, Sunny. —
Mais e mais bateu em sua carne já sensível. Ela gritava cada
vez mais alto, incapaz de compreender a intensidade com que
London a reivindicava. Ele pode não saber o que fazia com
ela, mas arruinava os outros caras para ela.

— Oh, Deus. London. — bateu nela duro, bem fundo e


fazendo que a raiz do seu pau pressionasse contra seu
clitóris. Isso era tudo o que faltava para gozar. Soltou um
grito estrangulado, mas ao invés de colocar a mão sobre a
boca para abafar o som, inclinou sua boca na dela, engolindo
o barulho e, em seguida, gemendo o seu próprio orgasmo.
Jurou que podia senti-lo inchar ainda mais, enchendo e
alongando dentro dela ainda mais, algo que parecia
impossível. Desejou que pudesse ver seu rosto. Pelos sons
que fez, sabia que estava tão frenético quanto ela e tão
superada pelo sentimento deles fazendo sexo.

Quando seu orgasmo diminuiu e ele diminuiu as


investidas, não se moverem durante alguns minutos. Ambos
tentaram recuperar o fôlego e, quando finalmente
conseguiram, parecia mais difícil do que o normal e ele saiu
de dentro dela. Embora estivesse diminuindo, ainda era
impressionante em tamanho. Lentamente a ajudou a ficar de
pé, certificando-se de que estava firme antes de se afastar. O
som de roupas e dele retirando o preservativo perfurou sua
mente nebulosa e rapidamente seguiu o exemplo, abaixando
e cegamente tentando encontrar seu short e roupas íntimas.
Uma vez que os tinha em sua mão, rapidamente vestiu. O
silêncio era tão espesso, tão sufocante, que naquele momento
a névoa pós-eufórica do que acabaram de fazer desapareceu
imediatamente.

Sunny abriu a boca para dizer alguma coisa, qualquer


coisa, mas o som de Taylor chamando manteve sua boca
fechada e seu coração acelerado. Não poderiam imaginar o
que acabaram de fazer, porque, mesmo sabendo que Taylor
conscientemente não diria nada sobre isso, era conhecido por
falar o que não devia, às vezes. Além disso, acabaram de fazer
sexo em sua despensa e esse fato, por si só, era humilhante.
Certamente não queria ser apanhada nesta situação.

— London? — Taylor chamou novamente e então houve


um momento de silêncio. O barulho da geladeira abrindo, de
garrafas tilintando e depois os passos de Taylor se afastando,
fez Sunny respirar de alívio.

— Escute, sairei primeiro e então você segue. — Sim,


ficou claro que não queria que ninguém soubesse o que
fizeram mais do que ela, e sendo tão inteligente como era, e o
fato de que pensou a mesma coisa, ainda assim, doía.

Ela assentiu, mas percebeu que ele não podia realmente


vê-la e disse — Sim, tudo bem. — sabia que a olhava, podia
sentir seu olhar, mas depois de um segundo prolongado, ele
abriu a porta. A luz iluminou a despensa, momentaneamente
cegando-a. London saiu e esperou um pouco antes de
segurar a maçaneta. Estava prestes a sair, mas antes que
deixasse a despensa, o som da voz de Taylor fez com que
entrasse ainda mais na despensa sombreada.
— Cara, te procurava.

— Sim? — ouviu London dizer, afastando-se da


despensa.

— Sim, pensei que tinha ido embora — O som da


geladeira abrindo novamente precedeu suas palavras.

— Não, cara. — Outro momento de silêncio passou. —


Você fodeu Missy? — o coração de Sunny pulsava e assim fez
a sua vagina com a recordação de ter de London entre as
coxas. Antes que London respondesse, Taylor falou
novamente. — Sabia que isso aconteceria assim que ela se
aproximou. Essa garota é uma aberração, cara. Fode o tempo
todo e sabe como fazê-lo como se sentisse quando seu pau
fosse cair.

— Chega, Taylor — havia um aviso na voz de London,


mas Taylor continuou falando.

— Pensei que talvez fosse atrás de Sunny e realmente


comecei a surtar um pouco. Vejo a maneira como a olha para
no centro e saber que está ciente, se mexer com ela trará
Harlond e aquele grande filho da puta, Mack, pra cima de
você.

— Cara, apenas cale a boca. — Taylor começou a rir até


mesmo quando London rosnava as palavras.

— Então, fodeu Missy ou o quê? Sim, aposto que você


fez, aposto que transou com ela com força suficiente que não
andasse em linha reta. Cara, apenas fale. Você age como uma
menininha tímida agora.
— E o que te faz pensar que transei com alguém, afinal?
— houve o som de passos e seu coração parou, pensando que
Taylor soubesse que ela estava lá atrás. Mas depois de alguns
segundos tensos, ninguém apareceu.

— Além da sua tensão, a porra da minha cozinha cheira


como se alguém fez uma orgia aqui e Missy estava toda
disposta como gosta a uma hora atrás. Isso torna meio óbvio,
cara. Pensei que transaria com ela bem na nossa frente para
o quanto ela se esfregava em você.

— Já é o suficiente, Taylor. — houve o barulho de carne


batendo e depois de Taylor gemendo de dor.

— Porra, cara, o que foi isso?

— Porque você não pode manter sua boca fechada,


porra? — Taylor resmungou alguma coisa e depois o som de
seus passos se afastando. Sunny não se moveu, mas apenas
alguns segundos depois, a porta da despensa abriu. —
Sunny, ele se foi. Pode sair agora.

London não encontrou seus olhos, e virou-se para voltar


para a cozinha. Ela o seguiu, sentindo-se humilhada e
desajeitada sobre o que acabou de fazer e o fato de que ouviu
Taylor. Ajeitou a roupa que não precisava ser arrumada e
depois de alguns momentos concisos London finalmente
falou.

— Sunny, olhe para mim. — Relutantemente levantou a


cabeça e olhou em seus olhos também azuis. Estava
novamente encostado ao balcão. — Sobre o que Taylor disse.
— ela balançou a cabeça e levantou a mão.
— Você não me deve uma explicação, London. — E ele
não o fez. Sabia o que se metia e o que estar com um dos
maiores lutadores no ginásio significava. Além disso, com
certeza não queria falar sobre isso, porque então pensaria
sobre ele e Missy juntos. Sim, não é o que queria em sua
mente depois que teve relações sexuais com ele. — Não me
arrependo de nada. — ela sorriu, tentando se livrar dessa
vibração estranha que de repente a sufocava. — É o que é. —
Ela sorriu, esperando que o ato não parecesse tão estranho
quanto se sentia. Ele continuou a olhá-la e, antes que as
coisas passassem de estranhas para insuportáveis, passou
por ele e foi para a porta.

Bem, valeu como uma experiência de vida, porque você


não pode dizer que não sabia no que se metia .

Quando ia sair, ele estendeu a mão, segurou a dela e a


virou para que batesse direto em seu peito. O ar fugiu e ela
esticou o pescoço para o olhar. O olhar penetrante que lhe
deu era algo que podia sentir até os dedos dos pés.

— Você não me deixou explicar, Sunny e eu preciso . —


Ok, isso certamente não era a reação que pensou que teria
dele. Lambendo os lábios, balançou a cabeça e esperou que
continuasse. — Não vou adoçar a minha vida, para você
comer, respirar e viver no mundo de um lutador. Você vê o
que fazemos e como agimos com as mulheres. — Sim, ela
sabia o que falava e como eles fodiam ao redor em uma base
constante. — Não transei com Missy, mesmo que ela tivesse
colocado todo o resto para fora. — Deus, agora se sentia
como uma puta, porque deu para ele tão facilmente. Ela
lembrou-se que era uma mulher orgulhosa e por isso foi atrás
do que queria, e o que queria era London. — Sabia que era
errado te querer, te tocar, mas foda-se. — fechou os olhos por
um segundo e quando os abriu, viu como estavam dilatados.
— E foi perfeito, baby. Não podia evitar, e quando percebi que
não podia me afastar de você, ou do que queria com você,
disse a Missy de maneira alguma transaria com ela.

— Não sei o que dizer. — e não fez. Admitiu que a queria


e não parou até que conseguiu. Sua barriga apertou com
essas palavras e era bom. Mas resistir de imediato salvaria
seu coração, a longo prazo... certo?

Ele respirou fundo e fechou os olhos por uma fração de


segundo antes de abri-los. — Digo isso porque é diferente,
especialmente para mim, Sunny. — O seu coração falhou
diante de suas palavras. — O que compartilhamos lá atrás. —
inclinou a cabeça na direção da despensa — Não quero que
seja a única vez. Quero mais com você. — Agora segurava em
seus ombros, apertando a carne de uma forma que era
excitante, mas também reconfortante. — Sente o que digo,
Sunny, entende que esta não foi a porra de uma foda única
para mim?

Não, ela não pensou, nem percebeu que seria uma


possibilidade e aqui estava ela, pensando que se afastar dele
e do que poderiam ter era a melhor ideia. — Eu...

Ele a interrompeu com um beijo firme. Acariciou sua


língua ao longo de seu lábio inferior e não podia deixar de
tremer sob seu domínio.
Seu sorriso era contagiante e sentiu o dela aumentar. —
Sim, sei o que quis dizer e estou totalmente disposta a dar ao
seu traseiro uma chance. — Era estranho como de repente as
coisas se encaixavam. Foi-se a tensão desconfortável e tudo o
que ficou era London dizendo que queria uma chance com
seu grande sorriso e relaxou. Beijou-a nos lábios, em sua
bochecha e finalmente na curva de sua mandíbula.

— Mas não acho que devemos contar às pessoas de


imediato. — parou de beijá-la com suas palavras e se inclinou
para olhar o seu rosto. — Não que tenha vergonha de estar
com você, muito pelo contrário, mas acho que deveríamos
abordar isso lentamente. — a dor momentânea que
atravessou o rosto com as suas palavras desapareceu quando
finalmente percebeu o que dizia. — Sabe como meu pai e
Mack são. Só quero ter certeza de que não apareçam garras
neles. Ir devagar é bom, certo?

Ele passou a mão sobre sua bochecha. — Não, está


certa. Contar que estou com você provavelmente não será
fácil. — a puxou para um abraço apertado e ela descansou a
cabeça em seu peito. — Vamos dizer-lhes, eventualmente, no
entanto. Sem chance de manter em segredo que é a minha
garota.

E agora estava toda quente e feminina sobre o fato de


London pensar nela como sua garota . Agora tudo o que
precisava se preocupar era como diria às duas pessoas mais
importantes na sua vida que estava com London.
Capítulo Seis
Sunny observava Daria sobre seu smoothie.3 — Age
como se tivesse lhe dito que o mundo vai acabar.

Os olhos violetas de Daria estavam arregalados a


encarando. — É quase isso.

Sunny sacudiu a cabeça, exasperada com a resposta de


Daria. Passaram apenas alguns dias desde que ela e London
concordaram que veriam um ao outro e Daria foi a primeira e
única pessoa para quem contou. Sua melhor amiga de mais
de dez anos sabia tudo sobre o circuito de luta e até mesmo
seu irmão mais velho Trevor ia às instalações de vez em
quando para treinar.

— Só não entendo como isso aconteceu. Quer dizer,


quantas vezes me disse que nunca se envolveria com um
lutador porque sabia da vida agitada, barulhenta e selvagem
que levavam?

Sim, falei isso mais vezes do que queria admitir, mas


London era diferente. — Quantas vezes te disse que
realmente queria London?

Daria a olhou como se tivesse duas cabeças. — Sunny,


ele é um dos piores. Quer dizer, não quero nem saber com
quantas mulheres dormiu e sabe que todas aquelas são
provavelmente as que freqüentam as lutas, por isso são
3
Bebida feita de suco de frutas, sorvete e iogurte.
vagabundas. Além disso, acho que pode fazer melhor. Deveria
ir atrás de um daqueles nerds que freqüentam a biblioteca.
Aposto que têm grandes salsichas.

Sunny revirou os olhos, mas não podia deixar de ficar


corada, quando Daria começou a falar de coisas grandes .

— Oh. Meu. Deus! London é dos grandes, não é? —


Sunny disse-lhe para ficar quieta. — Desculpe, desculpe, mas
comece a falar, garota. Quero todos os detalhes sórdidos e
imundos. — Primeiro Daria lhe dizia para se cuidar com
London e que podia fazer melhor e agora queria saber sobre
ele? Nunca entenderia sua amiga.

— Não falarei sobre isso com você agora.

Daria bufou e recostou-se na cadeira. — Está certa. Não


sei se quero ouvir isso de qualquer maneira. — Daria sorriu,
e fez o seu comentário anterior parecer uma grande mentira.

— Escute, não posso pensar nele e outras garotas ou o


que fez antes de nos tornarmos... tudo o que somos. — Não
que passaram muito tempo juntos após a brincadeira sexual
na despensa, mas ainda o viu na academia todos os dias,
observou-o trabalhar com os outros caras e se apaixonou por
ele ainda mais. Era estranho, desde que se manteve à
distância por tanto tempo. Mas quando todo o muro que
ergueu entre si quebrou, tudo mudou.

— Certo, tudo bem. Não trarei isso à tona novamente,


mas como seu pai reagiu? — a expressão no rosto de Sunny
deve ter sido resposta suficiente, porque Daria franziu a testa
e disse — Isso é ruim, hein?
— Bem, não, ele está bem, mas pode ser porque não lhe
disse nada ainda. — Daria cuspiu em sua bebida e limpou a
boca. — O que? Por que não? — Sunny arqueou uma
sobrancelha. — Bem, tudo bem. Posso entender o porquê,
mas sabe que o seu pai e Mack enlouquecerão. Quanto mais
tempo esconder isso deles, será pior.

Sim, sabia e era por isso que estava relutante em dizer


qualquer coisa. No início, era a necessidade de ter tempo
quando contasse que queria estar com London, mas a cada
dia que passava, começou realmente a se preocupar que
ficariam muito chateados por isso. Não importava que fosse
adulta.

— No começo não queria falar nada, porque sei que


ficariam chateados que não 'acatei suas palavras de cautela’.
— Sunny deu de ombros.

— Não posso dizer que queria estar no seu lugar se


pudesse, mas posso dizer que não deve demorar muito. Sim,
passou apenas alguns dias, mas só os deixará mais
chateados que não contou nada sobre tudo isso. — Daria
estava certa.

— As senhoritas não precisam de mais nada? — a


garçonete se aproximou da mesa e sorriu calorosamente.

— Eu não. Daria? — Sunny olhou para a amiga. Daria


sacudiu a cabeça — Apenas a conta, por favor. — A garçonete
balançou a cabeça e colocou o pequeno pedaço de papel
sobre a mesa antes de sair. Daria estava certa. Precisava
dizer a seu pai e Mack e explicar que era uma adulta e se isso
era um erro, então era dela para fazer o que quisesse.

— Dá-me mais vinte, London. — Harlond levantou as


mãos, as luvas de proteção que usava desviando cada golpe
de London. Ele trabalhava desde as seis da manhã e já era
meio-dia. Tinha energia suficiente para ir mais quatro horas,
mas mais de 8 horas em um dia era muita pressão sobre o
corpo. Deu um soco na luva do Harlond e apoiou as mãos nos
joelhos. O suor escorria pelo seu peito e colocaram uma
garrafa de água na frente de seu rosto. Olhou para cima e viu
Mack ao seu lado, o cara tão suado do seu próprio treino.
London agradeceu e deu um grande gole do líquido frio. Se
levantou e olhou entre Harlond e Mack. Os dois falavam
sobre uma próxima luta que Mack participaria, mas tudo o
que London pensava era no que fariam se lhes dissesse que
se preocupava com Sunny e estava com ela. Não conseguia
parar de pensar nela ou sobre o que compartilharam na
despensa. A próxima vez que a tomasse seria em sua cama,
com as luzes acesas para que pudesse ver cada centímetro
glorioso de seu corpo curvilíneo. Ela era muito boa, melhor do
que qualquer coisa que já sentiu. Merda, estava ficando duro
na frente das duas pessoas que arrancariam suas bolas se
soubessem por que estava duro.
— Ei, está com a gente, cara? — a voz de Mack o trouxe
de volta ao presente e piscou.

— Sim, estou, por quê? — Sua pele apertou e sabia que


Sunny acabara de entrar. O fato de que tinha essa reação
física a ela quando estava perto devia assustá-lo, mas na
verdade o fez se sentir muito, muito bem. Olhou para o lado,
viu-a mexer no seu iPod, mas depois de apenas um segundo,
ela levantou a cabeça e olhou em sua direção. Sim, ela
também sentiu isso, o que fez sentir um pouco confuso por
dentro. Seus olhos se encontraram e um pequeno sorriso
curvou em sua boca, que por sua vez o fez sorrir também. Só
se viam no centro, mas enviavam mensagens e se falavam
todos os dias. No entanto não era o suficiente para ele e
precisava corrigir isso, porque ela era como sua droga e,
agora que a provou, estava faminto por mais.

O sentimento de ser observado o fez sentir punhais nele


e fez London quebrando o contato visual com ela e olhar para
Mack. O lutador estava com sua atenção sobre Sunny e
lentamente virou a cabeça para London. Mack o olhou por
um longo segundo e não precisava ser um gênio para
perceber que o russo sabia o que acontecia. Harlond falava
com outro lutador, e, felizmente, não percebeu o que
acontecia. London limpou a garganta, porque, embora um
confronto aconteceria, não seria agora.

Antes que qualquer um falasse alguma coisa, Harlond


voltou sua atenção para ambos e começou a falar. — Com a
luta se aproximando, preciso que todos fiquem focados e
parem com essa besteira.
London tirou os olhos de Mack e olhou para Harlond. —
Besteira?

— Você e alguns dos outros caras ficando bêbados,


mesmo quando não estão treinando para uma luta. Não
posso ter os meus melhores lutadores de ressaca. Fui claro?

Não podia discutir, porque sabia que era melhor ficar


calado. Podia ganhar a sua vida lutando no circuito
subterrâneo, mas Harlond estava certo. Merda, se não
estivesse bêbado a algumas noites atrás na casa de Taylor,
será que teria coragem de ir atrás de Sunny? Olhou para ela
novamente. Ela malhava na esteira, mais uma vez. Deus, com
certeza iria num piscar de olhos, porque tê-la tão perto
naquela noite não foi como nada que sentiu alguma vez.

— Você me entendeu, London? — a voz de Harlond era


severa e aguda como o estalo de um chicote.

— Sim, entendi. Isso não acontecerá novamente. — Essa


resposta pareceu satisfazer seu treinador. Deu um aceno com
a cabeça e após outro olhar duro de Mack, os dois foram para
o ringue. Precisava fazer uma pausa e agora era um bom
momento. Olhou para Sunny mais uma vez e forçou-se a ir
para o vestiário. Abriu a porta e foi até seu armário. Depois
de pegar o celular e ver que tinha uma mensagem de Ross, a
visualizou.

Ross: Ligue -me. Tenho informações sobre O Leão.

London discou o número de Ross e depois de apenas


dois toques, atendeu.
— Oi. — Ross não perdeu tempo. — Tenho notícias
sobre o encontro com o Leão se ainda estiver de pé. —
Sempre que eles se comunicavam por telefone, nunca
falavam abertamente sobre a luta. Quem sabia quem os
escutaria. — Tenho uma data e um valor, mas podemos falar
sobre isso em pessoa. Se estiver interessado, o valor é insano.
Parece que um monte de gente acha que o Leão será
vitorioso. Se estiver interessado podemos nos encontrar no
Den, acertar os detalhes e definir tudo.

London apoiou os cotovelos nas coxas e inclinou-se para


frente. Mesmo depois de treinar durante seis horas seguidas
ainda estava espremido. Ele teria achado engraçado que todo
mundo achava que este Leão venceria. Ao longo dos últimos
dias viu alguns dos vídeos de lutas subterrâneas do cara. Não
havia dúvida de que era uma máquina, mas era um amador
total na gaiola. Claramente um daqueles caras que veio da
rua e pensava que podia chutar o seu traseiro. Também era
arrogante, deixando a multidão em um frenesi mais do que se
concentrava em seu adversário. London não era arrogante
por qualquer trecho da imaginação, mas não duvidava de que
venceria o imbecil. Vivia para esta merda, treinava com suor
e sangue e era diligente. Não conseguiu o título de invicto por
nada. Colocava tudo o que tinha em uma luta, sua raiva,
frustração, paixão e energia em cada disputa.

— Sim, parece bom. — Após a confirmação de mais


algumas coisas, desligou e abaixou a cabeça entre os ombros.
O suor em seu corpo começou a secar e poderia tomar um
banho, mas ainda estava muito ligado. Precisava de mais
algumas horas e então poderia se limpar. O som da porta
abrindo o fez levantar a cabeça. Esperava ver Mack de pé,
porque um confronto viria, mas ficou surpreso ao ver Sunny
lá.

— Oi. — Seu sorriso era tímido. Estiveram juntos da


maneira mais íntima que um casal podia estar, mas ainda
ficava tímida com ele. Era muito bonito.

— Oi, baby. — Suas bochechas ficaram vermelhas e ele


não podia deixar de sentir prazer no fato que sua garota
reagia a ele tão completamente. — Sinto como se realmente
não a vi. — Vê-la no centro de treinamento e falar com ela
pelo telefone não eram a mesma coisa. Ele se levantou e
estendeu a mão para segurar na sua. Ele a puxou para ele e
uniu seus peitos para que sentisse cada uma de suas curvas.
London olhou para baixo, viu as ondas generosas subindo
sobre a parte superior do elástico seu top e seu pau
endureceu. Quando apertou o seu eixo em sua barriga, seus
olhos se arregalaram e os lábios estavam entreabertos. Não
podia evitar, não conseguia parar a si mesmo e não tinha
intenção de não beijá-la. Inclinando-se e reivindicando seus
lábios, London gemeu profundamente pelo seu gosto. Era
doce e ligeiramente salgado. Era um duplo sabor que o ligava
à enésima potência e queria muito mais dela. Podia ser
apenas um beijo, mas quando chegou à sua boca e língua,
era muito mais. Girou, apertou-a contra os armários com
força suficiente para que o som vibrasse na sala e tomou
posse de seus seios. Seu gemido de resposta o fez sentir-se
mais corajoso. Merda, Mack ou qualquer um dos caras
Bem, não conseguiria esconder por muito tempo desde que
viviam juntos. Balançando a cabeça, porque tudo o que podia
fazer era esperar, decidiu que uma longa e dura corrida a
ajudaria a clarear a mente, mesmo que não resolvesse seu
problema imediato. Mas antes que chegasse em uma esteira,
ouviu seu telefone vibrar mais uma vez.

Daria: Garota, não faça planos para esta noite. Quer ir


em algum lugar excitante?

Sunny: Ótimo. Já imagino onde pensa em me levar.

Daria: Não seja uma chata. Será divertido. Prometo.

Sunny: Apenas diga -me agora para que possa me


preparar.

Daria: Duas palavras : Homem. Doce .

Sunny gemeu quando releu a mensagem de Daria.

Sunny: É melhor não haver outra festa de espuma com


salsichas em meu rosto.

Daria: Ei, isso foi divertido. Ligarei mais tarde.

Daria trouxe um novo significado para a palavra saída


— era divertida, mas havia momentos em que Sunny apenas
gostaria de ficar em casa, especialmente quando Daria
pensava que era divertido levá-la para uma festa de espuma,
aquela em que todos no clube que eram muito bonitos,
ficavam em um mar de bolhas. Sunny viu mais salsichas do
que pensava humanamente possível em um período de duas
horas. E era um dos momentos mais domésticos. Também
teve o clube de strip uma noite, uma onde os homens usavam
tangas temáticas de elefante e balançaram os troncos na cara
dela. Daria era imaginativa, isso era claro, o que significava
que Sunny teria que estar em alerta, pois de jeito algum teria
uma dança surpresa com bolas em seu colo novamente.

Daria decidiu não contar a Sunny aonde iriam pois seria


uma ótima ideia. Sunny pensaria que seria uma missão
suicida. Após oito anos, conhecia um pouco de Sunny e agora
iriam para a parte industrial de Absinto. Era quase uma hora
de distância e, quanto mais dirigiram, mais Sunny pensava
que era uma ideia muito ruim.

— Não é outra festa de espuma ou clube de strip, né? —


Os edifícios e o rio que corria paralelo e separava Absinto de
Haralston veio à tona.

— Disse que é algo muito diferente.

— Defina diferente. — Sunny olhou pela janela e viu um


grande edifício com janelas fechadas.

— Pense em grandes caras suados, batendo uns nos


outros. — Daria entrou com o carro no que parecia ser um
túnel de estacionamento cheio para uma doca de
carregamento na frente de um edifício de aparência
assustadora. Virou e olhou para Daria quando finalmente
parou.

— Você me trouxe para uma luta no subsolo? — O rosto


de Daria se iluminou e balançou a cabeça furiosamente. —
Vejo caras que lutam o dia inteiro. Por que iria querer vê-los
em um lugar que provavelmente está cheio de estupradores e
assassinos?

Daria revirou os olhos e pegou sua bolsa. — Está sendo


dramática. Em primeiro lugar, é totalmente seguro. Olhe. —
apontou para o pára-brisa e Sunny seguiu a linha de seu
braço e viu um homem cheio de cicatrizes que estava parado
na porta enferrujada. As luzes acima delas piscaram
ameaçadoramente e era tão fraca que não notou inicialmente.
— têm guardas em todo este lugar, fazendo com que as
pessoas fiquem na linha. Fui a um desses com Sandra.

— O que? Quando?

Daria deu de ombros. — Há um mês quando passou as


férias de fim de semana com seu pai. De qualquer forma, foi
intenso. Os caras não são como nada que já vi antes. E a
melhor parte é que são tão violentos, tão masculinos, que sua
calcinha ficará tão molhada que não será capaz de andar
direito o resto da noite.

— Eca. Por que não me contou que foi em uma dessas


lutas com Sandra?

— Porque reclamaria o tempo todo, dizendo que era


perigoso e daria o sermão de uma mãe.
— Não faria. — Sunny olhou para a pequena porta. —
Sou do tipo insensível a caras lutando, Daria. Não acho que
terá o mesmo efeito em mim como teve em você. — Alguns
caras treinaram no centro, especificamente para estas lutas
subterrâneas.

— Sunny, terá um efeito diferente em você. — Daria saiu


e Sunny a seguiu rapidamente. Estava apreensiva e seria o
suficiente para voltar para o carro e sair de lá, mas Daria era
uma doida por risco e a puxava para frente. Quando olhou
por cima do ombro e viu Sunny atrasada, ela parou, foi
rapidamente em sua direção, agarrou sua mão e a puxou.
Foram para a porta arranhada e pararam na frente do leão de
chácara. Ele as olhou, mas não fez nenhum movimento para
deixá-las entrar. — Honey nos deu isso. — Daria soltou a
mão de Sunny e enfiou a mão na bolsa. Tirou pedaços de
papel do tamanho de um cartão postal. O segurança olhou
para os cartões, olhou-os mais uma vez e depois saiu e abriu
a porta. Daria sorriu por cima do ombro e agarrou sua mão
novamente, levando-a para dentro. O fedor de decadência e
mofo do velho edifício encheu as narinas de Sunny e ela
cobriu o nariz e a boca com uma mão.

— Meu Deus, quem morreu aqui? — A iluminação era


sombria na melhor das hipóteses e Sunny estava feliz que
usava calça jeans e botas ao invés da engrenagem do clube
que Daria insistiu que usasse. Agora era sua amiga que
manobra va seus saltos pelo lixo que revestia o chão. Sunny
sabia pouco sobre lutas subterrâneas, mesmo que alguns
caras no centro treinassem para isso. Sabia que os cartões
que Daria deu ao segurança eram para que não pagassem a
taxa de cobertura. Também sabia que haveria um monte de
pessoas assistindo as lutas e que os caras lutavam sujo, sem
equipamento ou proteção. Era como o UFC com mais
velocidade e ossos quebrando.

— Assim que chegar ao local onde todo mundo está é


que se abrirá e não será tão ruim. — Passaram por alguns
caras encostados na parede decrépita, fumando cigarros. O
som de aplausos se tornou mais alto quanto mais entravam
no armazém e assim que subiram um longo lance de escadas
e seguiram pelo corredor o salão apareceu. Por um momento
Sunny ficou chocada com o que viu. Certamente não era
como qualquer luta no UFC que já foi. Uma gaiola estava
erguida no centro da sala e havia tantas pessoas amontoadas
que o calor era forte o suficiente para derrubar uma pessoa.
Os corpos estavam ombro a ombro e o cheiro de suor, álcool e
até mesmo sangue era avassalador.

— Vamos, quero ficar perto da gaiola. — Daria agarrou


sua mão com mais força e foram para frente. Quando a gaiola
erguida estava a apenas alguns metros, Sunny soltou a mão
de Daria e pegou o celular. Havia uma ligação perdida de seu
pai e uma mensagem dele, o que a fez sorrir. A única
interação que teve com o pai foi quando se cruzaram
enquanto saía para esta noite. Ele parecia com um humor
bastante agradável, por isso é provável que London não lhe
disse exatamente o que acontecia com eles. Essa parecia ser
a explicação mais lógica.

Pai: Se cuide e divirta -se com Daria.


Sim, começava a se perguntar exatamente o que London
falou com ele, para que não sentasse lá dando sermão sobre
suas decisões. Sunny não podia deixar de sorrir para o fato
de seu pai enviar-lhe uma mensagem. Ele era a pessoa mais
inexperiente em tecnologia que conhecia e levou uma hora
para ensinar-lhe como usar um celular.

Sunny: Obrigada , pai. Chegar ei tarde . Te amo.

De jeito nenhum lhe diria que estava em um armazém


abandonado, com pelo menos trezentas pessoas dentro, para
assistir caras baterem entre si em uma luta sem luvas.

— Oh meu Deus, estou tão animada com isso. Este


lutador de hoje à noite, Max The Devil Sorrenson. — Daria
começou a abanar-se e Sunny não podia deixar de rir de
como dramática agia. — o vi quando vim para a luta no mês
passado. — Daria tentou olhar por cima das cabeças de todas
as pessoas, presumivelmente para encontrar esse cara. —
Com certeza, é um colírio para os olhos.

— Estão prontos para Max The Devil Sorrenson e o


campeão invicto, London? — O locutor disse o nome de
London e o coração de Sunny começou a bater acelerado.
Puta merda. Quais eram as chances de estar em uma dessas
coisas subterrâneas onde London lutava? Olhou para Daria e
viu sua amiga a olhando abismada. Encolheu os ombros e
ambas olharam para a jaula, a multidão ficando ainda mais
selvagem. Os corpos avançaram como uma onda, flexionando
e se curvando e ambas precisaram dar um passo a frente
para equilibrar-se ou seriam empurradas no chão. Uma
cores e desenhos e queria ficar bonita para ele. Ele bateu na
porta duas vezes, e até isso soou másculo. Deus, ela estava
tão nervosa e vergonhosamente excitada e que esqueceu de
atender a porta.

Alisando suas mãos suadas embaixo de sua saia, ela


rapidamente colocou as sandálias e agarrou a maçaneta da
porta da frente. Antes de abrir, ela se olhou no espelho. Ela
fez chapinha no cabelo, mas sem dúvida os fios castanhos
ficariam mais ondulados por causa da umidade. Seus olhos
castanhos pareciam mais verdes hoje, mas eles tendiam a
mudar de acordo com suas emoções, por mais estranho que
isso fosse. Ela tirou os óculos e olhou para si mesma. Ela
deveria ter aceitado a oferta de sua mãe para comprar lentes
de contato, mas na época ela pensou que era uma ideia
estúpida. Ir sem óculos não era uma opção por causa de sua
visão desfocada, mesmo que ela se sentisse mais atraente
sem eles. Ela os colocou de volta e suspirou. Ele bateu na
porta novamente, s assustando e aumentando o calor em
suas bochechas. Aqui estava ela olhando para si mesma,
enquanto ele esperava pacientemente ela abrir a porta.
Abrindo a porta, Kiera não conseguia olhar para ele, não
quando ela sabia que seu rosto estava vermelho como um
tomate.

Por um momento eu achei que você não abriria.


Suas palavras foram enfeitadas com humor, e ela ergueu a
cabeça. Se seu rosto não estava vermelho antes, agora estava.
Droga de genes.

Ela riu, mas era o tipo nervoso.

Uau, você está ótima. Ela não deixou de perceber


como seus olhos viajaram de cima e abaixo em seu corpo.
Kiera balançou em seus pés e virou para pegar sua bolsa. Ele
provavelmente achou que ela era esquisita pela forma como
agiu quando recebeu um elogio. Quando ela fechou a porta
atrás de si, percebeu que ela não nem agradeceu. Lá estava
ela na varanda, sendo tola com um rosto ainda quente como
o sol.

Kiera?

Ela forçou os olhos para cima, embora ela se sentisse


tola por algum motivo.

Se acalme. Ele sorriu para ela.

Por que está tão nervosa perto de mim? Ele a


alcançou e segurou sua mão. Era quente e grande quando ele
passou seus dedos entre os dela e deu um leve aperto.

Eu não sei. As palavras saíram suavemente.

Ele ficou em silêncio por um momento e finalmente


disse:

Eu sou a última pessoa com quem você precisa ficar


nervosa.

Fácil para ele dizer, mas estranhamente, ela relaxou.

Vamos. Ele inclinou a cabeça em direção ao seu


carro e liderou o caminho. Quando chegou ao lado do
passageiro, ele abriu a porta. Parecia um encontro, com as
mãos dadas, abertura de portas e tal, uma parte dela se
entusiasmou com o pensamento. Ele sentou no banco do
motorista e ligou o motor.

Que tipo de música você gosta de ouvir? Ele virou


para ela, à espera de sua resposta.

Eu gosto de qualquer coisa, bem, exceto country. Eu


não sou muito fã de músicas deprimentes.

Ele sorriu.

Sim, eu também. Apesar do carro ser velho, ele


mudou o estofamento para couro e atualizou o sistema de
som.

Ela realmente não prestou atenção na última vez que ela


andou em seu carro, mas fez questão de olhar o seu interior
agora.

Ele deve ter notado onde seus olhos estavam, porque


disse:

Você gostou? Kiera não sabia nada sobre sistemas


de som, então sorriu e acenou. Parecia sofisticado o
suficiente. Ele conectou seu iPod e passou o dedo sobre a
tela, escolhendo uma música. Incubus começou a tocar e ela
sorriu.

Kiera
descansou a cabeça no assento de couro enquanto ele saia da
garagem e começava a andar pela rua.
Linda e com bom gosto para música. Eu tirei a sorte
grande. Reese virou para ela e piscou.

Antes que ela pudesse processar completamente o que


ele disse, ele começou a acelerar. Ele estendeu a mão e
ajustou o volume. A voz de Brandon Boyd soprou através dos
alto-falantes, e ela estava agradecida que Reese não esperava
que ela falasse. Além disso, ela não tinha ideia do que dizer.
Ela ainda estava repetindo as palavras dele. Ele a achava
bonita. Ela não conteve seu sorriso.

Kiera olhou pela janela do lado do passageiro e viu as


casas passarem em um borrão. Ele estendeu a mão e baixou
o volume, e ela sentiu a pesada e quente mão dele sobre a
dela. Quando ela olhou para a mão em cima dela, um enxame
de borboletas invadiu sua barriga.

Ele olhou para ela.

Está tudo bem, Kiera? Sua respiração a deixou, e


ele disse,

Eu quero muito que esteja tudo bem, Kiera. Seu


coração batia tão forte e rápido que ela poderia imaginar ele
rasgando através de seu peito. Ele podia ter apenas segurado
a mão dela, mas parecia tão bom e correto. Ela balançou a
cabeça em resposta. Ele não tinha ideia de quão bem ela
estava com isso. As borboletas na barriga começaram a ficar
selvagens, e gotas de suor pontilhavam a área entre seus
seios.

Amigos ficam de mãos dadas, certo? A maneira


como ele disse isso era baixa e estranhamente aquecida.
Certamente não parecia que ele estava perguntando isso
seriamente, como se soubesse com certeza que amigos não
ficam com as mãos do jeito que ele estava segurando a dela.
Ele olhou entre ela e a estrada. Ela lambeu os lábios, e ele
seguiu o ato antes de olhar para a estrada novamente. Ele se
mexeu no banco, e ela não pode deixar de olhar para suas
grandes e fortes coxas no jeans. Ela arregalou os olhos
quando viu a protuberância pressionando o zíper. Oh. Meu.
Deus. Ele estava excitado. Por ela.

Sim, Reese. Suas palavras eram grossas e baixas, e


ela lambeu os lábios novamente, que de repente ficaram
muito secos. A forma como sua respiração mudou com suas
palavras baixas disse a ela tudo o que precisava saber. Sua
excitação por Reese Trenton não era apenas em uma única
via. Por alguma razão, o bad boy mais popular da escola, da
cidade, a queria, a nerd e desajeitada, Kiera Sheppard.

Ele entrou no estacionamento do cinema e saiu do


carro. Antes que ela pudesse abrir a porta, ele já estava
abrindo e a ajudando. Ela nunca esteve com um cara tão
atencioso. Foi bom, mas estranho. Depois de comprar os
bilhetes, ele perguntou se ela queria alguma coisa para comer
ou beber, como ela recusou, ele segurou a mão dela e a levou
para o cinema. Não passou despercebido por ela, que várias
meninas pararam para olhar para ele, ou talvez elas
estivessem boquiabertas com o fato de um cara como ele
estar com uma menina como ela. A sala estava escura, e a
música ambiente dava a sensação que eles estavam em um
elevador. Reese os levou até as últimas fileiras de assentos. O
coração de Kiera acelerou quando ela se sentou ao lado dele,
a escuridão os cobrindo como num manto de ônix. Havia
outro casal no cinema, mas eles estavam mais para frente.

Você se assusta facilmente? Reese estava inclinado


para ela, e apesar da escuridão, ela podia ver os olhos dele de
forma clara, notando o fato de que ele estava olhando
diretamente nos olhos dela. A luz da tela escondeu um pouco
seu rosto, mas não o interesse dele que estava claro em sua
expressão.

Às vezes. Para seu espanto, ele pegou sua mão e


a puxou para cima, olhando para cada dedo um a um.

Suas mãos são tão pequenas. Ele passou os dedos


ao longo de cada uma delas. Reese colocou sua mão contra a
dela, com sua palma pressionando a dela. Os dedos dele
passaram pelos dela, e o tamanho de sua mão era incrível. O
ato parecia estranhamente íntimo, especialmente quando ele
a olhou nos olhos novamente.

Ele podia ouvir a respiração dela acelerando? Parecia


tão alta no cinema, mas ela não conseguia se ajudar. Cada
toque e olhar dele enviava um arrepio de desejo por ela. Ela
pulsava entre as coxas, e os seus mamilos estavam duros
com os seios pressionados contra seu top.

Isso não parece com algo que os amigos façam Reese.


Suas palavras foram tensas e sussurradas, e ela sabia
mesmo tentando esconder o desejo que sentia por ele, que ela
falhou miseravelmente. Suas narinas abriram ligeiramente, e
uma expressão quente atravessou seu rosto. Ela olhou para
os lábios dele, aqueles que ela queria pressionados nos dela.
Quando ele não respondeu, ela levantou os olhos para ele.
Tudo em volta deles desapareceu quando Reese baixou a
cabeça na direção dela. Seu coração parou quando ele
encostou suavemente seus lábios nos dela. Ela deixou sua
mão cair em seu colo, mas ele a tomou novamente,
interligando os dedos e a segurando firmemente. Com a outra
mão ele segurou a parte de trás do seu pescoço e inclinou a
cabeça, aprofundando o beijo. No primeiro toque de sua
língua em seu lábio inferior, Kiera gemeu e se abriu mais
para ele. Nenhum beijo já se pareceu como esse. Era quente e
forte, e tudo que ele fez foi arrastar a língua ao longo da dela,
provocando e atormentando até que ela correspondeu e fez o
mesmo com a dele. Seu gemido profundo ressoou até o seu
centro, enviando ondas de choque por todo seu corpo.

Ele interrompeu o beijo e descansou sua testa contra a


dela.

Isso foi ... merda, Kiera. Era tudo o que eu pensava


que seria. Ela abria os olhos enquanto ele se inclinava para
trás.

Tudo o que você pensou que seria? Se ela não


estivesse sentada, provavelmente seria uma poça no chão.

Ele passou a mão pelo cabelo. Seu perfume invadiu os


sentidos dela. Ele cheirava limpo e picante, como sabonete e
tudo isso era Reese.

Sim, isso te assusta? Ela balançou a cabeça,


porque ela achava que não poderia falar de qualquer
maneira, e também pelo fato de estar chocada com suas
palavras.

Você já pensou em me beijar? Suas palavras eram


abafadas, não porque ela tinha medo que alguém pudesse
ouvir, mas porque ela estava vivendo um conto de fadas
agora. A maneira como ele olhou diretamente para ela, sério e
contemplativo, a fez prender a respiração e esperar por sua
resposta.

Desde que a vi pela primeira vez no primeiro ano,


Kiera. Por um segundo eles apenas olharam um para o
outro. Reese levantou a mão e passou o dedo ao longo de seu
lábio inferior, e a boca de Kiera se abriu. Com seus olhos
focados sobre o que ele fazia com seu dedo, passando para
trás e para frente, ele disse:

Eu sabia que você era boa demais para mim, mas


isso não me impediu de querer você. Ele virou seus olhos
para ela, em seguida, olhou de volta à boca, como se estivesse
hipnotizado com a visão.

Porque você pensaria isso?

Seu sorriso era triste.

Olhe para mim, Kiera. Oh, ela estava olhando, e


ela gostou do que viu, mas antes que pudesse dizer qualquer
coisa, ele continuou.
Eu levo uma vida de merda, como você sabe muito
bem. Eu sou tóxico e você é boa e doce, tudo o que eu não
deveria querer.

Tudo isso parecia irreal. Aqui estava Reese Trenton, o


cara que ela secretamente desejou nos últimos quatro anos.
Ela disse a si mesma várias vezes que o fato dela nunca
poder tê-lo e ele ser o clássico bad boy eram as razões que a
faziam cobiçá-lo tanto. Mas, quando ela olhou em seus olhos,
tão azuis que pareciam de outro mundo, ela sabia que não
era o caso. Falando com ele sabia que, sim, ele podia ser
perigoso e agressivo, mas ele também era um herói. Ele a
salvou de Josh quando ela estava em perigo. Ele achava que
ela era boa demais para ele, mas ela não via dessa forma.

Kiera não conseguia encontrar as palavras para


expressar tudo isso para ele, então ela fez a única coisa que
conseguia pensar. Ela o beijou. Kiera agarrou sua camisa e o
puxou, empurrando a língua dele na sua. Ele pareceu
surpreso com suas ações repentinas no início, mas levou
apenas um milésimo de segundo para que ele colocasse sua
mão na parte de trás do pescoço, a puxasse para mais perto,
e assumisse o controle do beijo. O cinema desapareceu até
que fossem apenas os dois. Ela queria estar perto dele o
máximo possível, de modo que nada poderia separá-los.
Nunca houve outro momento em que ela sentisse essa
necessidade tão forte, nem mesmo com os dois caras que ela
já saiu. Para sua decepção, ele se afastou assim que as luzes
se apagaram. Sua respiração estava tão acelerada quanto à
dela.
Nós temos que parar, ou eu não vou conseguir me
segurar. Ele deu um sorriso torto.

Não que eu dê a mínima em perder o filme, mas eu


não quero fazer isso com você em um ambiente público.
Suas palavras enviaram um calor através do seu corpo e o
pulso dela acelerou. Imagens do que eles poderiam estar
fazendo sozinhos passou em sua mente, e ela se sentiu ficar
mais molhada entre as pernas. O filme começou, e ele pegou
sua mão e colocou em sua coxa. Pelas próximas duas horas,
Kiera olhou para a tela, mas nem sabia o que estava
assistindo. Seus pensamentos estavam confusos, e seu corpo
estava a ponto de combustão.

Depois do filme, Reese a levou a um pequeno


restaurante italiano, onde usavam garrafas de vinho como
castiçais e tinha música lírica tocando ao fundo. A
recepcionista, uma menina que ela reconheceu da escola,
olhou para eles com curiosidade. Kiera não deixou de
perceber a maneira como ela ficou olhando para as mãos
deles unidas. Era estranho que em questão de uma semana
tanta coisa mudou em sua vida. O crachá da recepcionista
sinalizava que o nome dela era Kelly . Ela entregou a cada
um deles um menu, uma vez que estavam sentados, mas não
fez nenhum movimento para sair. Kiera olhou para Reese,
mas ele já estava olhando para seu menu.

Um, obrigada. Kiera baixou os olhos para o crachá


com o nome da menina, em seguida, olhou para seu rosto e
disse Kelly. Kiera sorriu, mas Kelly não retornou o
gesto. Ela praticamente podia sentir o desprezo que tão
graciosamente Kelly deu.

Você não frequenta a ? Kiera sabia


que a menina estava sendo maliciosa. A menina sabia muito
bem que ela frequentava, mas o que ela realmente queria
saber era por que uma nerd como ela estava saindo com um
cara como Reese. A garota poderia ter até pensado que ela era
a tutora dele, se não fosse o fato de que ele continuava
segurando a sua mão. Não que ela estivesse reclamando. Ela
já viu a recepcionista várias vezes na escola para saber que,
embora não a conhecesse pessoalmente, sabia que ela saia
com a turma popular da escola.

Você é a nossa garçonete? Reese falou antes que


Kiera pudesse responder sua pergunta. Kelly olhou para ele e
sorriu da mesma forma sedutora que Kiera já viu várias
outras meninas fazerem com Reese. O desejo nos olhos da
Kelly poderia ter deixado marcas de queimaduras nele. Esta
situação foi ficando cada vez mais desconfortável.

Não. Ela piscou os olhos e passou a língua sobre


os lábios vermelhos.

Mas se você quiser uma garrafa de vinho, eu conheço


o barman e posso conseguir. Seu peito foi empurrado para
fora, e seus seios estavam duros contra o material apertado
de sua camisa. Ela estava, pelo menos, usando um sutiã?
Para o prazer de Kiera, Reese manteve o olhar no rosto de
Kelly. Ela não precisava perguntar se Reese frequentava o
State, porque todos em sua cidade sabiam quem ele era.
Talvez isso fosse ruim, ou bom, mas de qualquer maneira, era
a verdade.

Ugh, acho que estamos bem. Obrigado. As


sobrancelhas de Reese se levantaram e ele olhou para Kelly
como se ela fosse um pouco lenta.

Sim, bem, tudo bem. Ela mudou de assunto


rapidamente.

Eu vi você na festa de Haden no último fim de


semana. Kelly virou os olhos para Kiera, e a expressão que
ela conseguiu foi de desagrado. Kiera se perguntou qual
boato ela ouviu.

Ouvi dizer que Josh estava uma zona. Eu acho que


ele teve as costelas quebradas e tiveram que realinhar. Ele
levou cinquenta pontos. Kelly disse isso como se estivesse
impressionada. O boato na escola, especialmente sobre
festas, sempre era deixado aberto a interpretações.

O que ele fez para te chate...

Reese cortou, dizendo:

Escuta, estou aqui no meu encontro e realmente não


quero falar sobre essa merda. Como você não é a nossa
garçonete você pode, por favor, ir buscá-la para que
possamos comer? Ele não demonstrou nenhuma emoção,
mas suas palavras não admitiam discussão. O rosto de Kelly
ficou vermelho, e ela bufou antes de virar e sair. Reese olhou
para ela e sorriu.

Me desculpe por isso.


Não é como se culpa fosse sua. A boca de Kiera
ficou seca quando ela perguntou o que realmente queria
saber.

Seu encontro? Após a exploração de mãos, beijos e


tudo mais que Reese disse Kiera não sabia por que ela ficou
surpresa com sua admissão.

Ele se inclinou para frente e apoiou os antebraços na


mesa. A mesa era pequena e íntima, então ele ficou ainda
mais próximo dela.

Estaria mentindo se eu dissesse que não é o que


quero, o que esperava que fosse. Ele deu um momento
para ela absorver essas palavras, quando continuou.

Pensei que a maneira como olho para você, toco em


você... ele baixou a voz para um sussurro profundo e sexy
que deixou sua pele queimando. ... E te beijo, faria você
perceber o que quero e isso significa ser mais do que apenas
amigos. Eu não quero pressioná-la ou fazer você se sentir
desconfortável, dizendo isto, mas eu sinceramente tinha a
intenção de sair simplesmente como amigos. Seus olhos
caíram para sua boca, e ela sentiu seu rosto corar.

Mas então nós nos beijamos, e eu sabia que ser


apenas amigos não seria suficiente.

Como ela deveria responder a uma confissão dessas?


Kiera olhou para suas mãos enquanto ela torcida
nervosamente o guardanapo no colo. O prazer a atingiu com
as palavras dele.
Kiera, olhe para mim. A maneira como ele disse
essas três palavras à fez querer obedecê-lo. O timbre áspero
de sua voz teve uma resposta imediata nela, e isso não era
algo que ela pudesse controlar. Ele sustentou seu olhar por
um momento.

Me diga o que você está pensando.

Por que eu? As palavras saíram de sua boca antes


que ela pudesse detê-las. Ele se inclinou para trás em sua
cadeira como se estivesse surpreso com a pergunta.

Por que você? Ela assentiu.

Por que não você, seria uma pergunta melhor.


Antes que ele pudesse explicar a garçonete parou em sua
mesa. Eles fizeram seus pedidos e suas bebidas vieram logo
depois. Assim que eles ficaram sozinhos novamente Kiera se
perguntou se ele falaria mais sobre a pergunta que ela fez.

Ela admitiu que tinha baixa autoestima. Seu status


social era menos do que notável e ela se questionava quando
as pessoas se interessariam nela. Ele era tão popular, e bem,
ela não era. Ele poderia ter qualquer garota que quisesse,
muito provavelmente até tinha. Então, por que ele queria
uma que era conhecida como a nerd da

Eu só não entendo por que você iria me querer


quando pode ter qualquer uma. Quer dizer, eu o vejo com
Andrea... Ela nem terminou a frase porque sentiu muito
ciúmes. Ele estava completamente desconfortável, e pela
segunda vez hoje, ela se repreendeu por isso. Reese não era
dela. Um encontro não estabelecia um relacionamento sério,
monogâmico. Será que ele pensava que ela seria apenas mais
uma de suas muitas seguidoras? Que ela iria dar o que ele
queria sem nem pensar duas vezes? Suas ações com ela
disseram que não, mas a sua própria autodúvida e
desconfiança manteve esse pensamento ruim em sua mente.
Talvez ele tenha percebido seus pensamentos claramente pela
expressão que fez, ou já tinha se deparado com essa situação
antes, mas o próximo comentário que fez era como se ele
pudesse ler seus pensamentos.

Eu vou ser honesto e colocar tudo para fora, Kiera.


Ele descansou seu braço nas costas da cadeira e esticou a
perna para o lado.

Minha vida em casa é uma merda e meus pais são


piores ainda. Eu bebo muito, tenho entrado em várias brigas
e fumo em certas ocasiões. Eu não vou mentir e dizer que eu
não comi muitas meninas, porque eu quero ser honesto com
você. Ela não estava acostumada com linguagem chula,
mas não foi por isso que ela se encolheu com suas palavras.

Eu não vou fantasiar sobre a minha vida. Eu não


tenho muito a oferecer, apenas o que você vê diante de você.
Ele se inclinou para frente novamente.

Mas, apesar dos boatos que você ouviu que é verdade


na maior parte, eu sei que quero você. Sei que não a mereço,
mas quero ser honesto e te dizer como me sinto.

Ele respirou fundo e olhou para longe, com uma


carranca no rosto. Naquele momento ele parecia um menino
tão vulnerável e perdido. Ele melhorou suas feições antes de
olhar para ela novamente.

Você acreditando ou não, eu quero fazer alguma coisa


na minha vida. Eu não saio por aí ferindo pessoas porque
gosto. Toda essa conversa se transformou em algo muito
mais profundo. Ali estava ele, desnudando sua alma para
mostrar que queria sair com ela?

Eu só não entendo, Reese. Você nunca falou comigo


diretamente antes da festa de Haden. Agora você está me
dizendo tudo isso.

Ele se encostou e ficou com a mesma posição relaxada


de antes.

Você me falaria as horas se eu perguntasse, Kiera?


Não sei se ele estava esperando uma resposta, pois
continuou falando.

Se essa merda não tivesse acontecido na festa do


Haden, você me deixaria te levar para sair, ser seu amigo? Eu
garanto que você pensaria que eu era apenas um idiota
fazendo uma brincadeira cruel ou até mesmo tentando te
machucar. Kiera tinha que dar crédito por ele não medir
suas palavras.

Na verdade, eu aposto que, inicialmente, foi o que


você pensou, mesmo depois da festa de Haden. Ele pegou a
mão dela em um movimento repentino. Ele estava certo, é
claro, e ela se sentiu como uma idiota. Apesar de dizer a si
mesma que não queria ser mais um desses idiotas que faziam
julgamentos, aqui estava ela fazendo exatamente a mesma
coisa.

À noite em questão passava sempre em sua cabeça. Ela


o olhou nos olhos e falou honestamente, porque pelo menos
ele merecia saber como ela se sentia também.

Sim, você está certo, Reese, e eu me sinto como uma


idiota admitindo isso. Seu sorriso era genuíno, e ela
devolveu o gesto. Ela estava cansada de se esconder. Aqui
vamos nós.

O que eu sei é que eu quero você ... há muito tempo.


Ela rapidamente acrescentou a última parte e sentiu que
ele apertava sua mão, como se a incentivasse a continuar.

Eu vou ser honesta e dizer que se você tivesse vindo


até mim antes da coisa toda com Josh, eu pensaria que era
uma piada. Então, não, eu não teria acreditado em você.
Ele exalou profundamente e assentiu.

Obrigado por ser honesta comigo, eu não posso


culpá-la por pensar dessa forma. Não é como se eu tivesse
sido honesto sobre meus sentimentos por você, ou tivesse
tentando melhorar minha reputação. Podemos começar de
novo?

O coração de Kiera bateu ainda mais rápido. Eles


estavam cercados por casais e famílias felizes rindo. Suas
vozes eram baixas, íntimas, mas sua conversa era profunda e
intensa.

Sim, eu gostaria disso. Ela estava realmente


prestes a fazer isso e se abrir a um menino que
simplesmente, de repente, disse que queria estar com ela há
anos? Sim, sim ela estava, porque estava cansada de não se
permitir fazer o que ela realmente queria, e o que realmente
queria nesse momento era o menino na sua frente.

Ele ainda segurava sua mão, mas ele levantou a outra


como se estivesse fazendo algum tipo de juramento. Kiera não
podia deixar de rir.

Reese Trenton. Eu vivo na periferia, faço coisas ruins


ocasionalmente, mas juro que tenho um bom coração.
Também tenho uma queda por uma garota chamada Kiera
Sheppard, e adoraria se ela me desse à chance de sair
novamente comigo. Ele sorriu, exibindo dentes retos e
brancos. Kiera sorriu e balançou a cabeça com seu tom de
provocação.

Você é louco, mas está no caminho certo. Ele


estava sendo aberto e honesto, e ela sabia que sempre seria
assim. Isso era apenas Reese, que vivia no subúrbio?

Ela pegou sua outra mão e deu um aperto reconfortante,


o mesmo que ele fez tantas vezes esta noite. Ele deu outro
sorriso torto, e ela não podia deixar de sentir um friozinho na
barriga. Era um olhar inocente, mas ao mesmo tempo
delicioso. Kiera deixou seus olhos viajarem ao longo do
comprimento dos braços fortes dele. As linhas circulares e o
design estavam trabalhados através de seu pulso e
desapareciam sob a manga da camisa a chamando como uma
mariposa para a luz.
Você tem um monte de tatuagens. Ela não tinha a
intenção de dizer as palavras em voz alta.

Será que elas te incomodam? Kiera percebeu que


ainda estava segurando suas mãos e passou os dedos ao
longo da tinta escura próxima a seu polegar. Se sentindo um
pouco estranha por estar o acariciando na frente de todos,
soltou suas mãos e se inclinou para trás.

Não. E elas não incomodavam. Na verdade, Kiera


as achava muito atraentes, mas é claro que ela não disse
isso.

Sua mãe e seu pai não se importam que você tenha


tantas tatuagens sendo tão jovem? O ar em torno dele
mudou, e ele deu de ombros.

Meus pais nunca estão em casa e quando estão,


raramente se importam com o que eu faço. É evidente que
a vida em casa era um assunto doloroso para ele e ela não
queria aborrecê-lo falando sobre esse assunto. Esta noite
estava indo tão bem e arruiná-la era a última coisa que ela
queria.

Eu sinto muito. Kiera realmente não sabia o que


dizer para fazer ele se sentir melhor. Havia dor em sua voz,
mas ele a mascarou bem. Será que era por isso que ele era da
maneira que era? Por ter um lar instável onde ninguém se
preocupava com ele? Suas mãos continuaram repousando na
mesa. Seus dedos eram longos e fortes, e ela estendeu a mão
novamente e os apertou.
Sua comida chegou e eles conversaram e se divertiram.
Kiera se sentiu extremamente confortável com ele, como se
pudesse ser ela mesma e falar qualquer coisa. Era estranho
que mesmo estando há tão pouco tempo em sua presença, ela
já se sentisse dessa forma. Ele segurou a mão dela enquanto
eles saiam do restaurante. Quando passaram pela
recepcionista, Kiera não deixou de perceber a cara de
desgosto que ela fez. Reese deu um aperto na sua mão e ela
voltou a prestar atenção nele. Mesmo olhando para frente,
Kiera sabia que ele estava bem ciente do que acontecia ao seu
redor em todos os momentos. Ele segurou a porta aberta
enquanto ela subia no carro e depois fechou. O silêncio
tomou conta dela, mas ela estava muito focada na maneira
como o corpo de Reese se mexia lentamente enquanto ele
passava pela frente do carro e entrava.

Ele ligou o carro, mas não fez nenhum movimento para


sair. Kiera virou em seu assento e olhou para ele, se
perguntando o que ele estava fazendo. Seu olhar estava no
painel, que mostrava que era um pouco depois das dez. Ele
levantou os olhos para ela e disse

Acho que deveria te levar para casa?

Ela não queria ir para casa, ainda não. Ela estava tendo
um bom momento com ele e queria estar em sua companhia
um pouco mais. Além disso, os pais dela não estariam em
casa durante horas, uma vez que eles a informaram que
estariam em um cocktail com amigos. Ela ficaria sozinha em
casa, apenas com o silêncio e seus pensamentos para fazer
companhia. Estar com Reese à fez sentir como se nada
pudesse atingi-la. Não havia insultos, observações perversas
ou comentários sarcásticos e condescendentes voltados para
ela. Será que ele ouviu o que algumas das outras meninas
disseram a ela ao longo dos anos? O calor tomou conta de
seu rosto com as perguntas que rodavam sua mente e ela
desviou o olhar. Seu dedo sob o queixo exigiu que ela olhasse
para ele, e quando fez, ficou surpresa ao ver o quão perto ele
estava. Sim, o interior do carro era pequeno e, portanto, eles
estavam sentados perto, mas seu rosto estava a centímetros
do dela. Seu hálito quente tinha cheiro das balas que
pegaram após a refeição.

Eu não quero te levar para casa ainda. Seus olhos


estavam em seus lábios, em seguida, voltaram para seus
olhos.

Eu gostaria de te mostrar uma coisa, tudo bem? O


som de sua voz, tão baixa e profunda, a fez balançar a
cabeça. Ela diria sim a qualquer coisa que ele perguntasse.

Eu não quero ir para casa, ainda. Ele não respondeu


com palavras, apenas abaixou a cabeça e roçou os lábios nos
dela. Foi um beijo doce e suave, nada que a deixasse muito
excitada, pois ela ainda estava agitada por causa do beijo que
deram no cinema. Foi o tipo de beijo que roubou sua
sanidade e a fez querer muito mais.
Reese não conseguia parar de pensar no sabor suave e
doce dos lábios de Kiera. O fato de que ela queria passar mais
tempo com ele, e que não estava pronta para ir para casa,
demonstrava que ela sabia exatamente onde ele queria levá-
la. Ele saiu do estacionamento e seguiu para o sul nos
arredores da cidade. O lugar que ele tinha em mente era
especial para ele. Era um lugar que ele usava para pensar ou
simplesmente escapar. Ele não podia contar o número de
vezes que foi lá ao meio da noite, quando seu pai chegava em
casa bêbado caindo sobre suas pernas à procura de uma
briga. Aqueles eram os tempos que ele teve de juntar toda a
sua força e se obrigar a não sair da cidade sem olhar para
trás. Max ofereceu sua casa mais vezes do que Reese poderia
contar, mas não era apenas sobre um lugar para ficar até as
coisas melhoraram. Ele era a sua própria responsabilidade e
— Estou agora. — ela virou e ele se concentrou em seus
seios enquanto se tornaram visíveis. Quando ela levantou os
braços acima da cabeça e os esticou, seu pau pulsou e
endureceu. Merda, transaram por horas na noite passada e
só dormiram as quatro da manhã, mas ali estava ele, duro
para caralho novamente.

Sunny levantou a sobrancelha em questão e um sorriso


lento se espalhou em seu rosto. — Suponho que era a ligação
que esperava, onde recebe os detalhes sobre a luta contra
esse cara, O Leão? — ele deitou, olhou para o teto e balançou
a cabeça afirmativamente. — Está com medo?

Virou, a olhou e viu como parecia preocupada. — Não,


baby. É o que faço, é o que sou.

— Então, quando é a luta?

London sentou e esticou as pernas sobre a cama. —


Esta noite. Será na linha do condado em um edifício
industrial abandonado fora da rota 35. — a olhou por cima
do ombro... — Por que? Quer ir? — já sabia a resposta e
queria que ela falasse, mas também gostava de provocá-la.
Havia também uma parte sua que não queria que ela
estivesse lá. Era a certeza de ser um hospício e tê-la em uma
situação como essa o preocupava.

— Sabe que não perderia isso. Sei que é uma luta muito
importante para você.

— Mas preciso me certificar de que estará onde possa


vê-la a todo o momento. Será uma loucura, especialmente
esta luta, por causa da campanha tão extrema sobre ela e
não serei capaz de me concentrar na luta, se estiver
preocupado com você.

— Quero lembrá-lo que apareci em uma luta e sobrevivi.


— ele levantou a sobrancelha e não respondeu. —Ok, ok. —
ela levantou as mãos. — Você é tão mau como o meu pai. —
resmungou.

— Bem onde possa vê-la. Na verdade, Brock estará na


luta e ficará perto dele, OK? —

Ela assentiu. Embora ele e Brock se mudaram para


Absinto na mesma época, assim que seu amigo ficou muito
sério com a sua garota, Izzy, manteve as lutas escassas.
London ainda o via no centro de vez em quando, e mesmo
que Brock lutasse no circuito subterrâneo, não corriam nos
mesmos círculos. Além disso, dizer para Sunny não fazer
alguma coisa, como ir vê-lo quando seria muito agitado e
perigoso, era como pregar gelo em uma árvore. Isso não
aconteceria, mas sua obstinação era uma coisa que amava
nela, entre muitas, muitas outras.
Você é muito bonitinha para o seu próprio bem.
Ele levantou o cobertor e disse:

É para nós, para sentarmos, nada mais. Palavra de


escoteiro! Kiera não comentou sobre o fato de que ela
duvidava que ele algum dia tivesse sido um escoteiro. Ele
pegou sua mão novamente, e eles começaram a caminhar
pela trilha escura. Apesar do calor, ela estremeceu. Ele
passou o braço em volta dos seus ombros e a puxou para
ficar lado a lado do seu corpo. Imediatamente ela ficou
quente, e gotas de suor desciam por sua espinha. Seu corpo
estava duro em todos os lugares certos, e ela não queria nada
mais do que se afundar nele até que se tornassem uma
pessoa só.

Logo chegaram à lagoa. Árvores a rodeavam


completamente, mas a lua brilhava através delas em uma
cascata de luz sobre a água brilhante. Ele deixou cair o
braço, mas agarrou a mão dela e começou a andar mais para
dentro da abertura. Kiera cravou os pés no chão, e ele parou
e olhou por cima do ombro tentando entender a reação dela.

Espera! Isto é propriedade privada. E se o Sr. Kline


nos pega?

Ele sorriu e se virou para ela.

Kiera, o Sr. Kline deve ter pelo menos 90 anos de


idade. E se ele não consegue ouvir o telefone tocar quando
está de pé ao lado dele, muito menos poderia nos ouvir aqui
fora a cinco acres de distância de sua casa. Além disso, eu
venho aqui há anos. Nós não seremos pegos. Ele apertou
sua mão sobre a dela de novo e começou a levá-la em direção
a um grande e inclinado celeiro a algumas jardas de distância
da lagoa. Parecia que estava desmoronando, e para ser
honesta, era um pouco assustador. Havia pedaços de
madeira espalhados no chão, e ela passou por cima e em
torno dos pedaços. A frente do celeiro era ainda pior, mas
Reese passou por cima do lixo, em seguida, virou, a agarrou
pela cintura e a levantou. Ela precisou apertar firmemente os
dedos dos pés para dentro, para não perder as sandálias.

Ela não podia deixar de notar a maneira como seus


bíceps flexionados marcavam ao levantá-la do chão no
celeiro, ou a maneira como ele cheirava tão bem, como o
perfume caro se misturava ao aroma limpo e cítrico que era
só dele. Quando ela se obrigou a voltar ao presente, ela olhou
ao redor. O celeiro estava em ruínas. O telhado se é assim
que se pode chamar, tinha mais buracos do que ela poderia
contar. Reese começou a se mover para frente, e foi então que
ela sentiu o cheiro de mofo e umidade de terra antiga.
Seguindo sobre o solo encharcado, ela se perguntou o que ele
poderia querer mostrar a ela em um local tão destruído como
este.

É apenas virando para a direita por aqui. Reese


virou à direita, para o que ela achava que poderia ter sido
uma antiga sala de estar em algum momento.

O teto era alto e cheio de buracos, mas isso não era o


que a fez parar na soleira da porta. No chão refletia o que era
uma amostra do luar através das placas do telhado. Ela
tomou um olhar mais atento, vendo a forma de um coração
perfeito que a luz fez. Olhando para o teto, ela viu os pedaços
quebrados e irregulares de madeira em cima dela.

Não são filhotinhos de gato ou qualquer coisa


semelhante, mas eu pensei que você gostaria de ver algo um
pouco diferente. Ele pegou o cobertor e colocou no chão.

Filhotinhos de gato? Ela riu e se sentou ao lado


dele no cobertor, ainda olhando para o luar em forma de
coração a apenas alguns metros dela. Kiera estendeu a mão,
e o brilho azulado banhou sua pele.

Quero dizer, não é a coisa mais incrível do mundo,


mas quantas vezes na vida você pode dizer que viu a lua fazer
um coração?

Ela olhou para ele.

É incrível, e algo que eu não vou esquecer. Obrigada


por me mostrar. Pode ter sido apenas um truque devido à
forma deformada em que apodreceu a madeira, mas vendo
além da feiura veio um perfeito e bonito toque de luz.

Eu não a trouxe aqui apenas para te mostrar isso.

Não? Ela virou seu corpo de frente para ele e o


encarou totalmente. Ele balançou a cabeça e olhou para o
cobertor.

Parecia que levaria muito tempo até ele ter coragem para
falar novamente.

Eu gosto de você, Kiera, e muito. Ele olhou para


ela novamente.

Lambendo os lábios repentinamente secos, ela disse:


Eu gosto de você, também, Reese.

Ele olhou para baixo, mas ela não perdeu o sorriso que
se formava em seus lábios. Quando ele olhou para ela de
novo o desejo que viu refletido e que era voltado para ela era
surpreendente e poderoso.

Eu posso te abraçar?

Arrepios correram ao longo de seu corpo e ela


concordou. Ele se recostou na parede, e ela se preocupou por
um momento se o celeiro desabaria sobre eles. Se
acomodando junto dele, ele passou os braços em volta dela e
a ajustando para que ficasse aninhada entre suas coxas.
Kiera inclinou a cabeça para trás e olhou para o céu que era
visível através do telhado. A lua estava brilhante e bem acima
deles. O pó de estrelas também podia ser visto. Eles estavam
em um sujo e velho celeiro, mas foi uma bela vista. Por vários
momentos eles não falaram, mas não era um silêncio
desconfortável. O som do vento assobiando através das
árvores tinha uma qualidade tranquilizadora.

Meus pais são alcoólatras e eu só vou voltar para


casa a tempo o suficiente para pegar uma muda de roupa
antes de sair por mais alguns dias. As palavras dele a
assustaram, mas ela ficou quieta aguardando que ele
continuasse.

Quando eu disse que a minha vida em casa era uma


merda, eu quis dizer isso. Eu sempre tive que confiar em mim
mesmo para tudo, e aprendi desde cedo que não podia contar
com ninguém mais além de mim.
Ela engoliu o nó de emoção que se formou em sua
garganta.

Eu sinto muito, Reese. Seus braços estavam


envolvidos em torno de sua cintura, e ela colocou as mãos em
seus antebraços.

Por favor, Kiera. Eu não quero nenhuma simpatia,


especialmente vindo de você, não é por isso que estou
dizendo tudo isso.

Quando ela sentiu os lábios dele em sua têmpora tudo


desapareceu. Ela manteve sua boca fechada, não querendo
deixar isso mais difícil para ele. É claro que era muito
doloroso dizer isso, e o mínimo que podia fazer era ser a
pessoa para quem ele poderia dizer os seus pensamentos
mais íntimos.

Eu fiz a minha primeira tatuagem quando tinha


dezesseis anos. Eu conheço um cara que é dono de um
estúdio. Max tem sido mais pai para mim do que o meu
próprio pai, e eu passei inúmeras horas lá. Ele respirou
fundo, como se tirasse força disso.

Quando meu pai viu a minha primeira tatuagem que


tenho no braço, isso aos dezessete anos, ele nem piscou em
surpresa. Ele não dava à mínima, e nem a minha mãe. O
mais provável é que eles estavam bêbados, chapados, ou
possivelmente ambos. Eu não sei se eu fiz isso para chamar a
atenção deles, ou estava apenas revoltado. Merda, eu ainda
não sei. Os olhos de Kiera estavam focados em suas
tatuagens, e brotou dentro dela uma tristeza pelo menino que
não tinha ninguém.

Então, eu continuei fingindo que eles não existiam,


não me importando com nada nem ninguém. Eu bebi e
fumei, entrei em um monte de problemas, mas não havia
ninguém ali para me dizer que eu estava errado. Max
algumas vezes conversou comigo, mas eu nunca o escutei. Só
fico surpreso de não ter sido preso por algumas das coisas
que fiz.

Kiera queria confortá-lo, mas ela sabia que tinha que


esperar até que ele tivesse acabado. Ouvi-lo contar sua
história foi de cortar o coração, mas também deu uma visão
mais ampla a respeito de quem ele realmente era. Ele
quebrou seu maldito coração.

Eu fiz coisas de que não me orgulho, me revoltei, e


feri várias pessoas, mas nada disso era importante. Ele
mudou de posição e a virou para que ela o olhasse nos olhos.
Ele segurou seu rosto com as duas mãos e olhou dentro dos
olhos dela.

Eu não estou procurando por sua simpatia, apenas


aceitação. Seus olhos procuraram os dela, como se
pudesse ver a sua alma.

Você poderia aceitar quem eu realmente sou, Kiera?

Lágrimas brotaram nos olhos dela e ela tentou segurá-


las, mas era impossível, já caiam pelas bochechas. Nunca foi
tão difícil segurar suas emoções diante de outra pessoa, ter
de segurar suas emoções tão expostas e profundas a ponto de
não conseguir respirar. Ele estava pedindo para que ela
aceitasse o homem que ele era.

Merda. Eu não queria fazer você chorar. Ele a


aconchegou mais perto e colocou o queixo no topo de sua
cabeça.

Fechando os olhos, Kiera pensou que odiava não


conseguir controlar suas emoções perto dele, ele era tão forte
e confiante, apesar da bagunça que era a sua vida. Ela
poderia dizer que o conhecia nos últimos quatro anos, mas
neste momento ela estava descobrindo exatamente quem era
Reese Trenton. Apenas uma semana conversando com ele,
nem era tanto tempo assim, e ela sentia como se eles se
conhecessem a vida toda. Um sentimento tão louco e
estranho, mas ao mesmo tempo tão certo. Kiera inclinou a
cabeça e o beijou com toda a emoção que sentia, era
selvagem, forte e fazia com que seu coração desejasse coisas
que ela pensava que não fosse possível. Ela colocou os braços
em volta do pescoço dele e chegou mais perto. A sensação do
seu corpo contra o peito duro enviou uma nova onda de
umidade direto para a sua vagina. Ela nunca fez sexo antes,
mas naquele momento ela queria que a sua primeira vez
fosse com Reese.

Ele usou o contato com seu peito para deitá-la sobre o


cobertor. O chão era duro debaixo dela, mas a única coisa
que sentia era Reese, por todos os lugares. Ele posicionou
seus quadris entre as coxas abertas, pressionando sua ereção
vestida em jeans em seu monte coberto pela calcinha. Sua
saia tinha levantado até as coxas, mas a última coisa que
estava em sua mente naquele momento era a vergonha. Não
conseguiu conter o gemido com o contato íntimo. Qual seria a
sensação de ter a sua pele nua contra a dela? O pensamento
fez com que apertasse cada vez mais as mãos em seus
cabelos o puxando para mais perto. Sua língua quente
deslizou junto à dela, acariciando, imitando o ato sexual da
mesma forma que ela desejava que outras partes o fizessem.
Um impulso lento e constante de seus quadris a teve ofegante
contra os lábios e fazendo com que levantasse seus quadris
para aumentar o contato.

Por favor, Reese, ela murmurou contra sua boca.

Eu quero sentir você dentro de mim. Kiera não


tinha ideia de onde estas palavras vieram. Ela com certeza
não era experiente em como seduzir um homem, mas foi fácil
com Reese. Sua mão foi pela lateral do seu corpo e parou do
lado da sua coxa nua. Ele estava tão duro, como uma barra
de aço por trás da braguilha de sua calça jeans. Bem
lentamente ele moveu a mão sobre a parte superior de sua
perna. Ele continuou arrastando os dedos mais alto e mais
alto, torcendo sua mão explorando com seu dedo ao longo da
perna indo de encontro à virilha próxima a sua vagina. Calor
rodeava entre eles, fazendo com que uma linha de suor caísse
entre os seios. Eles inclinaram a cabeça, ao mesmo tempo, e
as suas línguas mergulharam mais profundamente entre si
até que ela sentiu como se estivesse perdida e tudo o que
realmente importava era Reese.

Você tem um gosto tão bom, Kiera. Ele arrastou os


lábios sobre a mandíbula e para baixo do pescoço para onde
sua pulsação circulava freneticamente. Ele continuou
pressionando lento e constante a sua dureza contra ela. Será
que ele podia sentir sua intensa umidade que a alagava
através da calcinha? Esse era um território totalmente
desconhecido para ela, mas ela não queria que ele parasse.
Seus dedos ainda estavam parados na borda da sua calcinha,
sem se mover, apenas esfregando para frente e para trás.

Me toque, Reese. ME toque mais forte.

Ele gemeu contra seu pescoço, o corpo tenso, e sua


respiração irregular.

Você não tem ideia de há quanto tempo eu queria


ouvir você dizer isso. Foi tão estranho ouvi-lo dizer essas
palavras, mas ela estava doente por ele e não queria se
questionar de como ela se sentia naquele momento.

Por favor. Ela levantou os quadris, esperando que


ele desse o que ela precisava. Não importava que ela chegasse
a implorar por isso, já passou do ponto da timidez e vergonha
por suas ações e palavras.

Seus seios doíam e os sentia tão incrivelmente pesados.


Kiera os pressionou contra o seu peito, seus mamilos duros e
sensíveis. Eles estavam cercados por ruínas, mas isso parecia
certo e ela queria se entregar ao cara mau.

Me diga para parar, Kiera, ele pediu, mas moveu os


dedos abaixo do cós da calcinha.

Não, Reese. Me toque. Ela suspirou, gritando por


dentro quando ele lhe deu uma pequena amostra do que ela
tanto desejava.
Cada vez mais perto, ele chegou ao ponto que formigava
e pulsava por ele, e quando finalmente deixou que seus dedos
deslizassem ao longo de sua fenda molhada ela mordeu o
lábio e gemeu. A força de seu corpo balançando sobre o dela
poderia ter rivalizado com um terremoto. Empurrando os
dedos até a fenda de seu clitóris, ele esfregou o broto inchado
pra frente e para trás, a fazendo gritar de êxtase. Ela devia se
sentir envergonhada pela forma como ela remexeu os quadris
se esfregando em sua mão, mas o prazer era muito, muito
intenso. Nunca sentiu nada assim, e ele ainda não a
penetrou. O que sentiria quando ele pressionasse seu pênis
duro dentro da sua vagina? Ela poderia dizer que ele era
muito grande pela forma como sentia o seu pênis sob os
jeans pressionando contra ela. Ele a machucaria, ela tinha
certeza, mas não tinha dúvidas de que a dor se transformaria
em prazer e deixá-la sem fôlego. Ela deveria se sentir
constrangida pelo quanto estava molhada, ouvia o som da
sua umidade enquanto ele trabalhava com os dedos contra
sua vagina escorregadia.

Você está tão molhada para mim. Ele moveu os


dedos para baixo em linha reta e provocou com a ponta do
polegar ao longo da abertura de seu corpo. Suas pernas
tremiam quando ela apoiou os pés no chão. Ele lambeu e
mordiscou a sua garganta, a dor de seus dentes causando
uma onda de prazer que a surpreendeu. Quando ele
mergulhou apenas a ponta do seu dedo polegar em sua fenda
úmida não conseguiu conter o grito que saiu de sua garganta
contra o lado de seu rosto. Ele só empurrou para dentro dela
a ponta do dedo, mas a sensação doce que corria por seu
corpo fazia com que luzes piscassem diante de seus olhos.

Você é tão apertada e quente, baby. Ele não ia


empurrar mais profundo dentro dela, apenas segurou na
beira em sua entrada.

E toda molhada. Seus músculos internos o


apertaram em baixo, e ele gemeu. Ele virou o rosto e
capturou seus lábios em um beijo ardente. Ele passou a
língua em sua boca, ao mesmo tempo em que empurrou o
polegar mais profundo dentro dela. Dentro e fora ele moveu
seu polegar em sua vagina refletindo o mesmo movimento
com a língua em sua boca. Com uma torção do pulso, tirou o
polegar e colocou em seu clitóris empurrando o indicador e o
dedo médio para dentro dela. Frente e para trás, ele esfregou
seu clitóris, fazendo com que esse pacote de tecido inchasse
ainda mais, fazendo com que seu orgasmo fosse cada vez
mais iminente dentro dela. Era tão intenso que ela sabia que
se ele mantivesse o ritmo ela logo chegaria ao clímax.
Tentando adiar o inevitável, não querendo que acabasse tão
rápido, ela focou sua atenção na sensação em sua nuca e ao
longo de suas bochechas.

Não se segure, baby. Eu quero que você goze. Sua


voz era um rosnado áspero. Moveu o polegar mais e mais
rápido em seu clitóris e levantou a cabeça para olhar para
ela. Ele manteve seus olhos com os dela. A sua boca se
separou, e seus olhos se arregalaram quando o prazer era
demais para conter por mais tempo. Segurando seus bíceps
enormes em suas mãos, Kiera inclinou a cabeça para trás e
fechou os olhos. Ela cravou as unhas em sua carne e gritou.
O prazer a percorreu, das pontas de seus dedos do pé,
subindo por suas pernas e braços, e terminando no topo da
sua cabeça. Em nenhum momento ele parou de provocá-la
entre as pernas, o que fez com que o prazer dela se
prolongasse indo cada vez mais alto.

Quando ela começou a retornar a Terra foi para ver


Reese apoiado sobre seus braços e olhando para o seu rosto.
Ela sentiu que acariciava as pontas de seus cabelos e isso a
acalmou. Ela teve seu primeiro orgasmo provocado por um
cara, mas não era qualquer cara, era Reese Trenton. Mesmo
agora, seu corpo doía, formigava desejando mais, mais de
Reese, algo mais substancial. O que ela queria era sentir seu
pênis profundamente enterrado dentro dela.

Kiera se levantou um pouco, mas antes que pudesse


dizer o que queria, Reese capturou seus lábios. Deu um
prolongado e embriagador beijo que fez com que os dedos dos
pés se enrolassem e uma nova onda de desejo percorresse
suas veias. Ela virou a cabeça para interromper o beijo, mas
Reese não estava satisfeito, não quando seus lábios se
moviam para baixo para beliscar em sua clavícula. Usando a
força maior de seu corpo para se colocar acima, Kiera
estendeu a mão para o botão da calça jeans. Ela nunca fez
nada tão ousado antes, e não sabia os princípios básicos
sobre sexo ou como seduzir um cara, mas o instinto assumiu
e dominou suas ações. Ela foi capaz de abrir o botão e desceu
o zíper até o meio do caminho antes que ele alcançasse sua
mão e a segurou, a bloqueando entre seus corpos.
Olhando para ele, Kiera percebeu que seus olhos
estavam fechados e sua respiração irregular.

O que há de errado? A decepção por ele a parar fez


com que seu rosto se aquecesse de vergonha.

Descansando sua testa contra a dela, ele respirou


profundamente e fechou os olhos. Era claro que a queria,
mas ele precisava parar.

Não há nada de errado. Ele abriu os olhos e a


olhou na profundidade dos olhos dela.

Você não faz ideia do quanto eu quero estar enterrado


tão profundamente dentro de você a ponto de não conseguir
enxergar direito, mas eu não posso fazer isso. Suas
palavras iniciais continham uma euforia e a mesma excitação
que a consumia, mas a última parte ele falou com uma
carranca e franzindo os lábios.

Acredite em mim quando eu digo que eu quero você


Kiera. Eu te quero tanto e tão forte. Para enfatizar seu
ponto, ele pegou a mão que ainda cobria a dela e a colocou
mais a baixo para que a palma da sua mão cobrisse a sua
ereção. Mesmo através de seu jeans o tamanho dele era
perceptivelmente grande, assim como o resto dele.

Eu só não quero fazer amor com você no chão de um


celeiro em ruínas. Ele apertou seus lábios contra os dela, e
ela sentiu sua ereção pressionando por trás de seus jeans.
Seu coração batia rápido e forte, e embora ela quisesse isso
com ele naquele momento, no fundo ela sabia que ele estava
certo. Ela definitivamente não queria perder a virgindade
deitada no chão de um celeiro caindo aos pedaços. Ele se
colocou para trás e ajeitou a roupa antes de deitar de costas e
a puxando para cima de modo que ela estava deitada sobre o
peito. O batimento constante do seu coração fez com que a
sua excitação diminuísse e uma sensação de contentamento
se apoderou dela. Erguendo a mão, Kiera começou a
contornar uma de suas tatuagens que estava exposta ao
longo de seu bíceps.

Vários minutos se passaram sem que nenhum dos dois


dissesse alguma coisa, mas era um silêncio confortável, e
bem-vindo.

Eu ainda não consigo acreditar na quantidade de


tatuagens que você tem para alguém que tem apenas dezoito
anos. Seu peito se moveu ligeiramente com uma suave
risada.

Eu tenho dezenove.

Kiera levantou a cabeça e olhou para ele.

Você tem é? Desde quando?

Ele tirou o cabelo que caiu em sua testa e sorriu.

Sim, desde ontem.

Oh, feliz aniversário atrasado. Ela deu um beijo


nele e descansou a cabeça em seu peito.

Eu não ouvi ninguém falar sobre isso na escola. Você


deveria ter me contado. Eu teria feito um bolo pra você.
Seu corpo ficou tenso, e ela levantou a cabeça para olhar
para ele. Seu foco era nas tábuas abertas do telhado.
Reese? Virando o rosto para olhar para ele, Kiera
se perguntou se ela disse algo errado.

Eu não comemoro meu aniversário, nunca


comemorei, e todos que me conhecem sabem disso. Ele
sorriu, mas era um sorriso triste e distante. Ele podia tentar
agir como um cara durão, insensível, mas ela podia ver que
no fundo ele estava machucado, ele poderia reconhecer isso
ou não. Suas palavras fizeram com que seu peito se
contraísse. Ele nunca comemorou seu aniversário? Que tipo
de pais fazem isso com o seu filho? Ele esteve sozinho por
tanto tempo, e tudo o que ela queria fazer era se certificar de
que esse tipo de coisa não acontecesse nunca mais. Esses
sentimentos tão fortes a assustaram pela intensidade, mas
ela não tinha medo deles. Ao invés disso, ela sentiu a
felicidade com a ideia de estar lá para Reese.

Você realmente faria isso por mim? Ela olhou em


seus olhos azuis, eles pareciam muito mais claros com o
brilho da lua passando em seu rosto. Ele não deu tempo
para questionar o que ela queria dizer.

Será que você realmente faria um bolo para o meu


aniversário?

Deus, ele era tão devastador. Antes que suas lágrimas


caíssem ela enterrou a cabeça em seu pescoço e inalou
profundamente. Como ela poderia se apegar tanto a alguém
em tão pouco tempo? Ela estava enlouquecendo ou a conexão
que sentia poderia significar algo mais?
Agarrando sua camisa em sua mão, ela murmurou
contra seu pescoço,

Sim, Reese, eu teria feito isso, e muito mais. Será


que ele tinha alguma ideia que isso significava que ela faria
qualquer coisa para que ele se sentisse querido e feliz?

Ele apertou firmemente os braços ao redor dela, e eles


ficaram ali por tanto tempo que seus olhos começaram a se
fechar com a exaustão que de repente a dominou. Ela poderia
ter ficado lá durante toda a noite, envolvida no quente abraço
de Reese dentro da propriedade de um velho. Ele foi perfeito
em todos os sentidos, mas muito, muito tempo depois Reese
estava a ajudando a se levantar e a retornar para o carro. O
tempo todo ele estava sempre a tocando, sempre mantendo a
mão sobre ela e fazendo com que nunca se sentisse sozinha
no escuro. Ela queria fazer ele se sentir da mesma maneira.
O telefone de Kiera tocou avisando que havia uma
mensagem na caixa de entrada, ao verificar percebeu que era
uma mensagem da Molly.

Molly:

Molly: ?

Molly:

Kiera deixou o celular em cima da mesa da cozinha e


terminou sua tigela de cereais. Ela estava pensando em Reese
desde que ele a deixou na noite passada. Até mesmo horas
depois, ela se deitou na cama, olhando para o teto, e
correndo os dedos sobre os lábios que ainda formigavam
pelos seus beijos. É claro que não era a única coisa que
formigava ao lembrar do seu toque. Quando ela finalmente
adormeceu, foi para ser acordada pelo barulho das portas dos
armários batendo na cozinha às sete da manhã. Kiera não
precisava dormir muitas horas por dia, mas ela não
conseguiu dormir até bem depois das duas da manhã. Então,
ela se sentou na cozinha, com apenas algumas horas de
sono, e se sentindo como uma espécie de morto-vivo.

Você chegou muito tarde em casa, Kiera, disse a


sua mãe sem tirar a atenção para longe da pia cheia de
pratos.

Sim, me desculpe Mãe. Eu te mandei uma


mensagem, isso tem que valer para alguma coisa, disse
Kiera, mas se manteve de cabeça baixa e movendo a colher
dentro de sua tigela de .

Não, está tudo bem. Nós estávamos apenas surpresos


que você ficou fora até tão tarde. Mas e você se divertiu?
Sua mãe olhou por cima do ombro. No entanto Kiera podia
ouvir a declaração não feita por trás da pergunta inocente
clara como o dia.

Era a mesma coisa que sempre diziam a ela em mais de


uma ocasião de como eles estavam preocupados sobre ela ser
uma pessoa antissocial. Aparentemente sair sempre com
apenas duas pessoas não era muito parecido com uma vida
social para eles.

Então, me fale sobre esse novo rapaz.

Kiera gemeu internamente e levantou os olhos para


olhar sua mãe. Ela realmente não queria falar sobre isso,
mas se ela não contasse algo sua mãe não a deixaria em paz.

Ele é apenas um garoto da escola mãe. Seu nome é


Reese Trenton e ele é um sênior, também. Um lampejo de
emoção passou pelo rosto de sua mãe.

Seu último nome é Trenton você disse? A forma


como sua mãe fez a pergunta foi preenchido com um pouco
de apreensão.

Sim. Por quê? A reação de sua mãe era um pouco


fora do comum.

Este menino Reese, é o filho de Hugo e Carolyn


Trenton?

Kiera deu de ombros e franziu as sobrancelhas.

Ele não me disse nomes de seus pais. Por quê?

Sua mãe se sentou na cadeira, levou a xícara de café aos


lábios e bebeu devagar, seu olhar vagando pela janela da
cozinha.

Nada, é só que se esses forem os seus pais, eu fico um


pouco preocupada.

Kiera perguntou pela terceira vez:


Por quê? Quando sua mãe não respondeu de
imediato Kiera disse:

Você não pode simplesmente dizer algo assim e não


falar... mais nada.

Ela suspirou profundamente e baixou sua xícara de café


para a mesa.

Kiera, é só que Hugo é uma má influência, e ele


carregou Carolyn para baixo junto com ele. Hugo é um
bêbado que joga fora qualquer dinheiro que eles tenham, e ele
levou Carolyn para baixo ao seu nível. Eles vivem na periferia
da cidade, ao longo dos trilhos de trem na McKinley e
Harrison.

Kiera ficou quieta, sem saber o que dizer. Será que essa
família que sua mãe falava era a família de Reese? Se fosse
assim, então ele não estava brincando quando disse que
viveu no lado errado das faixas. Ela pensou que ele estava
sendo engraçado, fazendo com que se lembrasse de Pretty in
Pink , mas não, foi a verdade em tudo. Ele estava sendo
honesto e literal.

Eles se mantêm e não vêm causando problemas a


anos.

Kiera ficou cada vez mais e mais desconfortável a cada


palavra que sua mãe disse.

O que quer dizer com problemas?


Nada, querida, realmente. Além disso, as chances de
que seja o filho de Hugo e Carolyn são bem reduzidas. Eu
quero dizer que ninguém ouviu falar deles em anos.

Não, mãe. Me conta por favor.

Sua mãe agarrou o copo de café em ambas as mãos.

Bem, Carolyn costumava andar limpa e sóbria. Ela


trabalhou em cima da , era um pequeno
restaurante, mas desde aquela época está fechada. Na
verdade, fomos para a escola juntas e éramos melhores
amigas, mas eu fui para a faculdade enquanto ela ficava aqui.
Quando voltei, ela tinha um bebê e se casou com o Hugo.
Para encurtar a história, Hugo era um homem podre, já era
desde a escola. Muito abusivo, mentalmente e fisicamente.
Em seguida, ela desapareceu e só aparecia de vez em quando.
Ela pegou o copo e terminou o café antes de se levantar.

Isso foi há anos, apesar de tudo. Eu não tenho ouvido


ou visto algo sobre eles já faz um longo tempo, mas eu sei
que eles ainda vivem por lá.

Você nunca ouviu falar mais nada sobre seu filho?

Ela o manteve por perto.

Ninguém nunca tentou ajudar? A ideia de que esta


mulher, Carolyn, foi deixada para lidar com um homem tão
horrível como Hugo sozinha deixou um gosto ruim na boca de
Kiera.

Sua mãe a observava do outro lado da cozinha.


Kiera, muitos de nós tentamos várias vezes fazer com
que ela visse o homem que ele realmente era. Ela o conheceu
na época da escola e sabia o quão sujo e podre ele era. É por
isso que foi um choque quando descobri que ela estava com
ele. Nós dissemos que ele só iria empurrá-la para baixo, mas
ela não queria ouvir e nos afastou. Uma tristeza passou
pelo rosto de sua mãe, mas ela disfarçou rapidamente.

É uma situação triste, mas às vezes as pessoas não


querem ver o que está bem na frente deles, e se recusam a
aceitar ajuda das pessoas que se preocupam. Eu não queria
desistir dela, nenhum de nós queria, mas o que faríamos
depois que nos afastou tanto e tantas vezes? Não havia muito
que se pudesse fazer. Você pode tentar e tentar até com o seu
último suspiro para fazê-los ver a razão, mas eles vão fazer o
que querem no final.

E a polícia? Ninguém nunca pensou em fazer algo


sobre o menino? A tristeza tomou conta de Kiera porque
ela tinha certeza que sua mãe estava falando sobre os pais de
Reese. Ela apenas sabia. Seu instinto dizia que essa era a
verdade e ela se sentiu mal por isso.

Querida, eles foram chamados muitas vezes para


depor. Eu não sei como eles conseguiram ficar com a guarda
dele, eu realmente não sei, mas eles ficaram. Além de
sequestrar o menino, não havia nada que pudesse ser feito.

Kiera sentia tanta indignação pela vida que Reese viveu.


Ele não tinha nada de positivo em sua vida.
Você tem planos para hoje? Talvez com Molly ou Ian?
A mãe dela mudou de assunto com perfeição, mas a
conversa não sairia da cabeça de Kiera por um bom tempo.

Kiera olhou para sua tigela de cereal.

Molly está chegando daqui a pouco. Sua mãe disse


mais algumas coisas, mas Kiera estava perdida em seus
pensamentos.

Ela foi deixada sozinha na cozinha, mas seu estômago


estava embrulhado, e ela empurrou sua tigela de cereal para
longe, não estava mais com fome. Ela queria falar com Reese
sobre essas coisas, mas como traria à tona algo que
provavelmente seria extremamente doloroso?

Depois que estava vestida Kiera sentou no sofá


esperando Molly aparecer. Ela não teve de esperar muito
tempo, no entanto. Molly entrou pela porta da frente, sem se
incomodar em bater e sentou ao lado dela no sofá. Pelo
sorriso bobo no rosto, Kiera assumiu que as coisas foram
bem com Ian.

Então, eu posso imaginar que as coisas estão boas,


com Ian?

O sorriso de Molly cresceu, e Kiera riu. Ela estava


contente por Molly estar feliz.

Sim, pedi a ele para vir e conversar comigo. Molly


descansou a cabeça no encosto do sofá e virou o rosto de
modo que ela estivesse olhando para Kiera.
Você deveria ter visto a cara dele quando eu o deixei
entrar. Eu juro que parecia que ele estava caminhando para a
cadeira elétrica.

Ambas riram, embora Kiera sentisse compaixão pela


clara angústia que ele passou.

Nós conversamos por horas. Contei tudo o que sentia.


Expliquei que estava com medo de que as coisas mudariam
entre nós depois do que fizemos. Ele ouviu pacientemente e
não disse nada até que eu terminei. Um momento de
silêncio se passou antes que Molly falasse novamente, e Kiera
sabia que o que quer que fosse sua amiga estava prestes a
contar algo importante.

Ele disse que me amava, Kiera. Molly sentou, a


emoção clara e evidente em seu rosto.

Ele disse o quê? Kiera se contorceu no sofá, e ela


sabia que sua surpresa estava estampada em seu rosto
enquanto ela olhava para Molly.

Oh meu Deus, Molls. O que você disse sobre isso?


Sua melhor amiga olhou para baixo, mas o sorriso ainda
estava em seu rosto.

Eu disse a ele que o amava também. Quando ela


ergueu os olhos Kiera podia ver a verdade por trás deles.

E eu o amo, tanto, que o meu peito chega a doer.

Eu estou tão feliz por vocês. Kiera a puxou para


um abraço apertado e murmurou contra seu ombro,
Estou muito feliz que você encontrou força para dizer
a ele como você se sente e colocar tudo para fora.

Sim, estou feliz que eu fiz, também. Molly se


afastou, e Kiera torcia a barra da camisa em suas mãos.

O quê?

Depois de falar com sua mãe, Kiera sabia que ela


simplesmente não conseguia esquecer a conversa. Ela tinha
que descobrir a verdade.

O que você sabe sobre Reese e seus pais?

Molly parecia confusa.

O que você quer dizer?

Kiera sabia que ela deveria ir diretamente para Reese e


saber as coisas por ele, mas certamente fazer perguntas
pessoais poderia ofendê-lo. Ele disse a ela muitas coisas
pessoais na noite passada, mas não tinha realmente se
aprofundado nos detalhes sobre ele, e entendia o motivo, se o
que ela ouviu foi a verdade. O que a levou a acreditar que ele
não queria falar sobre isso.

Bem, eu estava conversando com minha mãe, e ela


estava dizendo algumas coisas muito perturbadoras sobre os
pais de Reese, ou que ela pensou que poderia ser seus pais.
Eu só queria saber se você ouviu alguma coisa.

Molly parecia um pouco desconfortável e depois deu de


ombros.

Eu não sei muito, mas ouvi rumores no primeiro ano


de caloura. Não sei se são verdadeiros ou não, mas eu me
lembro de quando alguns alunos do segundo ano espalharam
a notícia de que Reese espancou um garoto. Eu nunca ouvi
outro boato depois disso.

Kiera olhou para Molly, perguntando onde ela estava


quando tudo isso estava acontecendo.

Como é que eu não ouvi nada sobre isso?

Molly deu de ombros.

Kiera, você não tem exatamente uma vida social, além


de sair comigo e Ian. Ela sorriu um pouco timidamente e
disse:

Sem ofensas.

Kiera não poderia ficar chateada com isso porque era a


verdade, mas manteve esta opinião para si mesma, a verdade
é que até este momento nunca lamentou sua escolha. Talvez
se ela tivesse sido mais aberta não demoraria tanto tempo
para ela e Reese finalmente se falarem?

Eu realmente não posso argumentar com relação a


isso, mas eu acho que teria ouvido das pessoas, pelo menos,
ouvido falar sobre isso na sala de aula naquele primeiro ano.

Molly balançou a cabeça.

Você se lembra daquela festa que eu fui convidada


assim que começaram as aulas no primeiro ano, mas você
não quis ir?

Kiera pensou e concordou.


A festa que a Heather te convidou? Heather era a
irmã mais velha de Molly, mas desde que se formou vivia em
Nova York.

Sim, bem praticamente todos os sêniors e júniors


estavam lá, e apenas um punhado de calouros. Não me
lembro do nome do garoto agora, mas eu me lembro de que
ele estava falando toda essa porcaria sobre Reese, dizendo
que ele era lixo branco e que seus pais eram bêbados e outros
detalhes. O cara estava realmente começando a atrair uma
multidão. Molly balançou a cabeça.

Para ser sincera foram muito tristes as coisas que


ele disse.

Como o quê? Então o que a sua mãe disse era


verdade? E se sim, será que essas pessoas realmente eram os
pais de Reese?

Não me lembro de tudo. Isso foi há anos.

Bem, o que você se lembra? Kiera insistiu.

Por que você não pede pro Reese te contar se você


está tão curiosa? Quero dizer, parece que vocês estão se
dando muito bem. Quando Kiera chegou em casa na noite
passada, ela enviou uma mensagem de texto para Molly. Foi
vaga, mas é claro que Molly não ia deixá-la descansar
enquanto não dissesse os detalhes, por isso Kiera começou a
esclarecer.

Eu não posso. Quer dizer, não quero que ele se sinta


ofendido, mas eu preciso saber. Kiera sabia que era errado
querer investigar desta maneira, mas ela tinha que saber o
que estava enfrentando.

Molly suspirou profundamente.

Ele estava apenas dizendo que a mãe de Reese era


uma drogada e seu pai um alcoólatra. Disse que Reese
passou a maior parte de seu tempo em algum estúdio de
tatuagem porque seus pais não queriam nada com ele. Então
o cara começou a dizer que ele era espancado em casa,
porque ele não valia nada e assim por diante. Eu sei que ele
disse mais, mas então Reese apareceu. Ele descobriu o que
estava acontecendo e começou a bater para valer naquele
garoto. Os olhos de Molly se arregalaram, e ela repetiu
pausadamente, como se Kiera não tivesse entendido.

Ele surrou tanto que o garoto nunca mais voltou para


a escola.

Kiera cobriu a boca e sentiu seus próprios olhos se


arregalando em espanto. Será que a Molly estava querendo
dizer que ele matou o garoto? Certamente não. Molly deve ter
visto a conclusão que ela chegou porque ela balançou a
cabeça com firmeza em negativa.

Não, eu não quis dizer isso, o garoto ficou no hospital


por alguns dias, mas, em seguida foi transferido de escola.
Ouvi dizer que ele se mudou para fora do estado para viver
com seus avós ou algo assim. Depois disso, ninguém nunca
disse mais nada sobre Reese Trenton novamente, mas você
poderia culpá-los? Quer dizer, mesmo quando era um calouro
ele era grande e assustador para cacete.
Sim, Kiera se lembrava dele muito claramente. Ele
nunca foi como um daqueles adolescentes desajeitados com
os membros desengonçados e o rosto coberto de acne. Ele
não tinha tantos músculos como tinha agora, ele era mais
magro e com uma perpétua expressão de raiva em seu rosto,
a mesma que mantinha as pessoas à distância. Ela nunca
pensou que ele estava tão endurecido em uma idade jovem
por causa de onde ele vinha. Kiera queria nada mais do que ir
até ele e o abraçar, algo que ele provavelmente não o deixaria
muito à vontade. Eles não se falaram novamente, mas ele
estava constantemente em seus pensamentos pelo o resto do
dia.

Kiera e Molly passaram o resto da tarde com Ian,


falando sobre seu relacionamento e por que eles guardaram
dela. Kiera manteve um sorriso no rosto vendo o carinho que
demonstravam um com o outro agora que não estava mais
escondido, mas seus pensamentos estavam em outro lugar.
Ela não negaria que foi um pouco estranho que seus dois
melhores amigos estivessem juntos, mas ela estava feliz que
eles encontraram alguém em quem confiar e poderiam ser
felizes juntos. Kiera estava otimista de que um dia ela
encontraria esse tipo de felicidade com alguém que cuidaria
dela tanto quanto ela se preocuparia com ele. Esses
pensamentos trouxeram a imagem de Reese de volta a seus
pensamentos. Ela não queria pensar nisso profundamente,
especialmente quando as coisas entre eles não estavam tão
certas assim, eles estavam apenas começando a se conhecer.
Sim, eles tiveram alguns momentos muito intensos juntos,
mas não era como se ele dissesse que queria um
relacionamento exclusivo com ela, o que ela admitiu apenas
para si mesma, era exatamente o que ela queria.

Reese jogou as cartas que ele não queria para Leo, que
foi o distribuidor das cartas para essa mão de pôquer. Dr.
Dre cantou através dos alto-falantes, e mais e mais pessoas
vieram para a festa a cada hora. Ela estava acontecendo à
meia-noite e a casa de Harrison Jennings estava cheia além
da capacidade. Reese levantou a lata à boca e tomou um
longo gole de cerveja, ela estava quente e era apenas a
segunda para a noite. Ele foi uma enfermeira na última hora,
realmente não queria estar aqui, mas não havia nenhum
outro lugar para ir. Sua casa estava fora dos limites,
especialmente quando seus pais estavam dando a sua
própria festa lixo branco. Os delinquentes sujos e inúteis a
um nível totalmente novo.

Você vai jogar essa porra ou o quê? Chris, um cara


que se formou poucos anos antes dele, jogou alguns dólares
no pote e em seguida, olhou para ele.

Reese cobriu sua aposta e aumentou antes de fazer a


sua jogada. Um coro de gritos irrompeu enquanto como
previu, Reese viu o seu flush derrubando direto as cartas do
Chris. Reese recolheu os cinquenta dólares que estavam
atualmente no pote. Chris deu um olhar desagradável, mas
Reese não deu à mínima. Seus pensamentos estavam
atualmente em Kiera, como de costume. Ele tentou enviar
mensagens de texto para ela, mas quando ele recebeu a
notícia da festa já era tarde, e ela não respondeu. Ele não a
via desde a noite em que a levou ao celeiro do Sr. Kline, e
apesar do fato de que foi apenas um dia, o fez se sentir como
um maldito réptil perseguidor. Já sentia falta dela como um
louco, e ele sabia que era porque ela era a única pessoa que o
fez querer se abrir completamente e não esconder nada.

Vou fumar um cigarro. Joguem a próxima mão sem


mim, disse Reese e se levantou.

Chris ainda tinha um brilho desagradável em seus


olhos, mas poderia ser pelo fato de que Reese chutou seu
traseiro nas últimas três mãos. Se o cara não fosse tão
malditamente arrogante ele poderia realmente ganhar uma
mão. Ele também era uma merda em esconder suas emoções.
Reese saiu pela porta de correr dos fundos e se sentou em
uma cadeira no pátio virada para o lado e longe dos casais
transando à direita da porta. Ele pegou um cigarro e
acendeu. O primeiro trago sempre foi o melhor, mesmo que
fosse uma porra de um hábito desagradável. Ele estava
fazendo seu melhor para parar, mas momentos como este,
quando seus pensamentos estavam bagunçados e confusos e
o estresse era muito grande, ele precisava da sensação da
nicotina em seu corpo. Ele deixou cair à cabeça para trás
contra a cadeira e fechou os olhos. Ele achava difícil tentar
imaginar um mundo diferente, onde era só ele, sem as
merdas que a vida muitas vezes trazia. Podia se imaginar
feliz, longe de tudo. Abrindo os olhos de repente, porque seus
pensamentos estavam ficando muito profundos, ele olhou
para o céu claro acima dele. Ele era vasto e infinito, e nada
poderia tocá-lo. Pensar sobre o que ele nunca teria só levaria
à decepção.

Ei. Eu sei quem é você. A voz arrastada, de uma


mulher veio pela direita.

Reese olhou para o lado e viu uma ruiva tentar


contornar os casais fodendo na frente de todos que
quisessem ver. Ela segurava um copo vermelho na mão e o
álcool que com certeza estava dentro derramava a cada passo
que ela dava. Era claro que ela estava mais bêbada do que
qualquer coisa, especialmente quando ela sorriu para ele de
uma forma que ele viu muitas vezes na vida. Era um sorriso
que ele sabia que vinha quando uma mulher queria algo dele.

Duvido. Ele nunca a viu, e tudo o que ela queria


bem provável, era uma transa rápida e não era algo que ele
estava afim de dar.

Ela parou na frente dele, cambaleando um pouco, e


agarrou a beira da sua cadeira para se apoiar. Reese manteve
seu olhar à frente e deu outra tragada no cigarro. Talvez se
ele a ignorasse ela iria embora?

Sim. Eu vi você em alguns lugares. Eu até perguntei


quem você era. Ela arrastou seu dedo ao longo de seu
braço, e ele encolheu os ombros com o toque.
Além disso, você não é uma pessoa que se esquece
fácil, disse ela ofegante.

Você certamente não parece um sênior , não com esse


corpo e tatuagens. Ela começou a tocá-lo novamente, e ele
jogou o cigarro fora e fez um movimento para levantar, mas
ela foi rápida mesmo bêbada, ou talvez ela simplesmente não
conseguisse ficar de pé por mais tempo? Ele caiu para trás
contra a cadeira quando ela plantou sua bunda em seu colo.
Seu hálito cheirava fortemente a vodca, e esse era um cheiro
que fazia com que sua bile subisse para a garganta, porque
era muito familiar. Reese agarrou seu braço para levantá-la
do colo dele, mas em um movimento que ele não esperava ela
o beijou. Sua língua passou pela união de seus lábios, e ele
virou a cabeça. Embora ele tenha agarrado seus braços para
afastá-la, ela começou a rir e colocou os braços firmemente
em torno de seu pescoço. Seu aperto era forte mesmo estando
bêbada, mas ele era mais forte. Antes que ele a empurrasse
para longe um grito soou no ar.

Que porra é essa! A voz cheia de raiva rugiu e fez


com que Reese empurrasse a garota para longe dele.

Ela começou a rir e tentou se aproximar dele


novamente, mas ele se levantou rápido, o que a fez tropeçar
para trás. Chris veio direto em direção a ele e parou quando
ele estava a um pé de Reese. Chris era um cara grande, um
wrestler na faculdade e pela agressão e testosterona ao redor
dele ficou claro que ele queria começar uma briga com Reese.
Chris olhou entre ele e a ruiva. Ela continuou a rir, e Reese
apertou os dentes em irritação.
Qual é o problema? Reese manteve a voz baixa,
mas não escondeu o fato de que, se Chris queria brigar então
que fosse assim. O cara foi um fodido idiota olhando feio para
ele durante a noite toda.

Chris zombou e estalou os dedos.

O problema, irmão, é que você toma todo meu


dinheiro com o seu jogo de cartas de merda, e então você
ainda quer foder com a minha namorada.

Isso fez com que Reese levantasse as sobrancelhas em


surpresa. Ele olhou para a ruiva. Ela claramente não se
importava que o seu namorado estivesse a poucos passos de
distância uma vez que ela continuou a olhar sensualmente
para Reese. Ele olhou para Chris novamente.

Primeiro, eu não sou o seu irmão. Não que eu deva a


você qualquer tipo de explicação, mas talvez você deva
manter uma rédea curta sobre sua namorada por que foi ela
quem veio me procurar.

E foi assim que o ar mudou. O suspiro indignado que


veio da ruiva foi ignorado por ambos. Um músculo tremeu
sob o queixo de Chris.

E, por último, não é minha culpa que você não saiba


jogar pôquer. A multidão estava começando a crescer em
um círculo em torno deles.

Você não quer fazer isso. Era um aviso sutil para


Chris.
Era sua decisão se ele decidisse aceitar a sugestão.
Alguns murmúrios soavam ao redor deles, mas Reese
mantinha o foco no idiota na frente dele. Chris não ia deixar
passar, e não pareceu que desistiria, então parecia que as
coisas estavam prestes a ficar bem feias. Apesar do fato de
que Reese queria apenas seguir em frente e não fazer coisas
sujas, para ele não era estranho dar alguns socos. Apesar dos
rumores de que se espalharam pela escola, Reese não era o
tipo de cara que começava as brigas. Ele não procurava por
problemas e dava socos aleatórios, mas quando uma ameaça
real surgia, ele não voltava atrás. Nunca.

, do Eminem começou a tocar, e Reese


pensou que era adequado para o que estava prestes a
acontecer. Chris alongou o pescoço em seus ombros. Sim,
claro que ele queria continuar com isso, e Reese não estava a
ponto de impedi-lo, não com a raiva que mantinha por seus
pais. Ele o advertiu, mas estava claro que Chris tinha tanta
fúria para queimar como ele tinha. Então, vamos fazer isso.

Você tem certeza de que quer fazer isso? Era uma


questão de cortesia, que ele sabia que Chris iria zombar, mas
ainda assim, Reese propôs.

Cara, eu estive esperando anos para bater no seu


rabo. Você anda como se estivesse acima de toda essa merda,
e isso me irrita cada maldita vez. Alguém precisa te derrubar
e acabar com essa merda e eu planejo fazer isso agora.
Chris tirou a sua jaqueta e jogou para a ruiva que ainda
estava atrás do Reese.
Melanie, dê o fora daqui. A garota correu até ficar
com a multidão, esperando para ver a luta.

Você é um grande filho da puta, mas eu ainda posso


acabar com você, disse Chris e estalou os dedos mais uma
vez. Ele começou a saltar sobre seus pés, como se fosse
algum tipo de boxeador no ringue.

Você se acha como uma espécie de Deus, fodendo


com todas as garotas e iniciando todos os tipos de merda.
Estou prestes a pôr fim a essa merda.

Se você fosse esperto você levaria sua garota e voltava


para a porra da sua casa.

Chris começou a rir.

O que você é, uma mulherzinha agora? Ou talvez você


ficou mole agora que você está transando com a irmã mais
nova do Alex?

Reese cerrou os punhos no momento em que a menção


a Kiera saiu da sua boca. De jeito nenhum ele ia escapar
usando o nome dela. E como ele sabia sobre Kiera para
começar?

Se você sabe o que é bom para você, então cala a


boca. Reese sentiu que os músculos começaram a se
contrair, um sentimento familiar quando o modo de luta
ligava dentro dele. Esta situação era toda muito real para ele
e eram momentos como estes em que ele apreciava uma boa
luta.
Cara, eu não tenho medo de você. Se você quer foder
meninas nerds, o problema é seu, mas quando você começar
a brincar com a minha mulher, ai sim se torna meu
problema.

Reese rangeu os dentes.

Eu não dou a mínima para a sua garota, mas você


nem deve falar o nome dela. Pelo olhar no rosto de Chris
ele não precisava explicar que estava se referindo a Kiera.

Reese-filho da puta-Trenton. Chris começou a rir de


novo e virou em um círculo para falar com a multidão.

Quero que todos e cada um de vocês vejam a queda


deste idiota. Os telefones com câmeras tiraram fotos após
fotos, e não havia dúvida de que vídeos estavam sendo
gravados também. Chris se virou para ele e rosnou.

Traga sua bunda branca até aqui e vamos começar


com isso.

Bem, aqui vamos nós.

Chris se jogou pra frente e bateu com o corpo em Reese,


mas ele estava preparado. Ele se firmou. Chris cambaleou
para trás e girou. Seus golpes eram rápidos e superficiais um
resultado de ter bebido durante toda a noite e da raiva. Reese
abaixou e levou o punho para cima, acertando Chris no
queixo. Ele cambaleou para trás, o sangue imediatamente
escorrendo de sua boca. Ele virou a cabeça e cuspiu um
pouco de sangue. Eles lutaram até que Chris com a mão
bateu em Reese e o jogou contra a lateral da casa. O tijolo
desmantelado bateu contra a lateral de seus braços, seu
sangue estava bombeando dentro de suas veias e a
adrenalina corria por ele. Reese estava muito longe de sentir
qualquer tipo de dor. Reese sorriu enquanto Chris tentou dar
um soco nele. A luta era metade da diversão, a outra metade
era o decorrer da luta. Chris tentou socá-lo novamente, e
Reese abaixou para a direita antes que fosse atingido. O som
de carne batendo em tijolos fez um ruído doloroso. Chris
gritou de dor e caiu para trás, segurando a mão ferida no
peito. Todo mundo começou a gritar, algo alto e ritmado. Para
obtê-lo, estava dando trabalho. Chris veio para ele de novo, e
Reese o empurrou de volta. A fúria na voz de Chris era um
fato, e ele ignorou a sua dor nas costas e correu em uma
fúria cega novamente se jogando sob Reese. O pequeno
bastardo foi rápido, mesmo ferido, e Reese se movia para fora
do caminho de novo antes de Chris pudesse socá-lo. No
próximo movimento o punho de Chris se chocou com a lateral
do seu rosto. O soco acertou a cabeça de Reese de volta, e o
sangue instantaneamente encheu sua boca. Sua visão ficou
desfocada por um momento. Reese sacudiu a cabeça e cuspiu
o sangue. Chris tinha uma expressão enlouquecida nos
olhos, e Reese sabia que não era apenas raiva e álcool que o
impulsionava. O cara estava muito chapado. Tudo o que ele
usou claramente o deixou irracional e fez com que pensasse
que era invencível.

Eu quero te dizer o que vou fazer uma vez que acabar


com você. Chris foi para trás e para frente, com os punhos
levantados e os olhos selvagens. O sangue escorria dos cortes
desagradáveis que cobriam as juntas de sua mão arruinada.
Reese passou o antebraço sobre o seu lábio cortado.

Estou indo encontrar aquele doce pedaço de bunda


com quem você está saindo e mostrar como um homem de
verdade fode. Baixando a voz para que não houvesse
dúvida de que Reese era o único que podia ouvir, Chris disse:

Aposto que ela é virgem, e eu já posso sentir como vai


ser entrar naquela cereja doce.

A raiva cega preencheu Reese. Ele não era tão idiota a


ponto de não saber exatamente o que Chris estava fazendo. O
idiota estava tentando deixá-lo furioso, e estava funcionando.
Reese se jogou sobre ele, jogando seu corpo no chão, e socou
a lateral do rosto de Chris. O lutador começou a tentar
alguns movimentos para colocar Reese em posição de
submissão, mas de maneira nenhuma isso aconteceria. Seus
músculos estavam cheios de sangue, e seu coração batia
rápido e forte no peito. Ele estava no modo de luta e Chris
disse a porra da coisa errada.

Socando o rosto de Chris uma e outra vez, Reese só


podia ver Kiera no chão com Josh em cima dela. Sua visão
ficou vermelha e ouvia um zumbido baixo nos seus ouvidos.
Foi então que ele percebeu que o ruído no fundo estava vindo
dele. Vários braços se fecharam em torno do seu peito, mas
Reese não ia deixar ninguém impedi-lo naquele momento. Ele
se soltou de quem o segurava com força, e ouviu o grunhido e
um xingamento vir de trás dele. Ele foi atrás de Chris
novamente, mas mais braços ficaram em volta dele e desta
vez conseguiram tirá-lo de cima de Chris. Reese começou a se
balançar para que as pessoas o soltassem e ele pudesse
acabar com a sua fúria, mas quando ouviu as vozes de
Marcus e Christian foi que ele percebeu que precisava se
acalmar antes que acabasse causando algum dano que não
tivesse volta.

Ele se virou para Marcus e Christian e viu as expressões


atordoadas de seus amigos. Marcus tinha os olhos
arregalados e olhou entre ele e Chris.

Merda, cara. Este é o segundo em menos de uma


semana. Ele passou a mão pelo cabelo curto e soltou um
suspiro.

Todo mundo dando o fora daqui. O Show acabou.


Marcus começou a gritar com a multidão com a voz brava, e
olhou para eles, até que começaram a ir para dentro da casa.
Virou para Reese e sacudiu a cabeça.

Reese, cara, o que está acontecendo? Marcus era


um amigo próximo, de quem ele não escondia suas merdas,
mas já fazia um bom tempo desde que ele falou sobre o que
acontecia em sua vida. Ele não estava prestes a recomeçar
agora, no entanto ele certamente não estava disposto a falar
sobre Kiera, não quando ele estava tão irritado.

Estou fora disso. Os gemidos de Chris vieram de


trás dele, e ele estava muito grato de que Marcus e Christian
salvaram sua pele novamente. Que porra estava acontecendo
com ele.
O restante do sábado e domingo se arrastou com apenas
mensagens de texto entre ela e Reese. Ele enviou uma
mensagem perguntando se ela queria ir a uma festa com ele,
mas era tarde e ela já estava dormindo. Quando viu a
mensagem estava de manhã. Além de falar com ele por
telefone e ter trocado mensagens de texto, ela ficou em casa
relaxando na frente da TV. Ian e Molly vieram visitá-la
algumas vezes e foi bom estar com eles. Kiera não percebeu
como tinha se isolado de todos, especialmente de seus dois
amigos. Quando conversou com Reese sabia que tinha algo
errado, mas também sabia pelo seu tom de voz, que ele
falaria quando estivesse pronto.

Molly foi buscá-la para a escola na segunda-feira, ela


sentou na parte de trás do carro, enquanto Ian e Molly deram
as mãos e fizeram coisas bobas e melosas de relacionamento
no banco da frente. Parecia que eles já não estavam
escondendo o seu amor e decidiram que demonstrações
públicas de afeto eram definitivamente aceitáveis. Foi
nauseante, mas bonito mesmo assim. Eles chegaram cedo o
suficiente para conseguirem uma vaga em frente ao prédio da
escola. Foi então, com Molly e Ian discutindo sobre ele querer
levar a bolsa dela, que Kiera viu Reese em seu Trans-Am
apenas algumas vagas depois. Terminando de fumar seu
cigarro, ele deu uma última tragada e inalou. Kiera nunca
considerou fumar atraente, mas assistir Reese parecia ser
sexy e perigoso. Como se sentisse seu olhar, porque,
francamente, ela o estava encarando descaradamente, ele
virou e prendeu seus olhos nos dele. O sorriso que espalhou
pelo seu rosto era lento e quente, e todo o corpo de Kiera se
iluminou como se fosse quatro de julho. Agarrando sua bolsa
e saindo do carro, ela disse a Molly e Ian que se encontraria
com eles mais tarde. Seus amigos olharam para Reese,
compartilharam um sorriso e acenaram para ela antes de
irem para a escola. Reese saiu do seu Trans-Am, suas pernas
longas estendendo como uma espécie de animal poderoso se
preparando para a batalha. Ele usava sua roupa padrão:
jeans apertados e blusa com um desenho no peito. Ele deu
mais uma tragada, deixando o hábito desagradável parecer
malditamente sexy, pegou sua mochila e caminhou em
direção a ela. Kiera se sentiu como uma maldita patricinha
enquanto observava ele se aproximar. Ela podia sentir os
olhos das pessoas sobre eles, mas ela não conseguia desviar
o olhar. Ele parou bem na frente dela, e ela se perguntou se
ele podia ouvir seu coração batendo muito rápido. Parecia tão
alto em seus ouvidos, como um tambor com uma batida
selvagem. Foi então que ela percebeu seu rosto machucado e
lábio cortado.

Oh meu Deus, Reese. Ela levantou a mão para


tocar seu rosto, mas ele a parou, segurando suave em seu
pulso.

O que aconteceu?

Ei, menina bonita. Ele sorriu para ela.

Está tudo bem. Ela sabia que ele não queria falar
mais sobre o assunto e que ela não devia fazer mais
perguntas, embora Kiera não pudesse ajudar, se perguntava
com quem ele brigou. Deus, ela esperava que seu pai não
tivesse feito isso com ele.

Empurrando esses pensamentos para longe até que ela


pudesse perguntar a ele, ela disse:

Oi. Kiera desviou o olhar e notou várias pessoas


os assistindo. Eles não estavam fazendo nada íntimo, mas
seu rosto corou com o claro interesse. Ela nunca foi
observada tão descaradamente antes. Era um pouco
enervante. Quando ela olhou para Reese seu sorriso estava
enorme.

Eu ainda deixo você nervosa, né? A maneira como


ele disse a última palavra fez o calor se espalhar novamente
por dela. Lembrou dos lábios dele no dela, suas mãos em seu
corpo e sua ereção pressionada contra sua vagina. Seu olhar
ficou quente e ele deu um passo mais perto.
Te incomoda termos audiência?

Deveria, e ela se sentia um pouco exposta, mas estar tão


perto dele, sentindo seu cheiro, sentindo seu calor, fazia todo
o resto desaparecer. Ela balançou a cabeça.

Bom.

Antes que ela pudesse piscar e processar o que estava


fazendo, ele colocou a mão atrás do pescoço e trouxe sua
boca até a dela. Eles já não estavam mais em pé no
estacionamento da escola, mas sim em algum lugar privado e
íntimo. Seu beijo a tirou de lá, esquecendo todo o resto, e
fazendo com que eles flutuassem acima de todos. Ele tinha
gosto de hortelã, e ela se perguntou quando ele colocou um
chiclete na boca, provavelmente enquanto ela estava
preocupada com todos os outros, ou quando estava de boca
aberta admirando como ele era lindo. O primeiro toque de
sua língua contra a linha de seus lábios fez com que sua boca
abrisse e aceitasse o que ele queria dar a ela. Eles podiam ter
ficado lá se beijando durante horas, ou talvez fosse por
apenas alguns segundos, mas de qualquer forma mexeu com
sua mente. Quando ele se afastou, ela inclinou para frente,
pedindo mais, não estava pronta para abandonar o prazer
que ele tinha dado. Ela abriu os olhos, se sentindo
envergonhada por não ter percebido que ainda estava de
olhos fechados e olhou para ele. Seus olhos estavam
semicerrados e um olhar de excitação cobria seu rosto. Seus
lábios estavam vermelhos e um pouco inchados, e Kiera sabia
que ela estava olhando da mesma maneira para ele. Eles com
certeza se sentiam assim. A névoa obscura que os cercavam
explodiu como uma agulha em um balão, quando algumas
vaias e assobios soaram ao lado. Kiera olhou e viu Marcus
batendo palmas e rindo. Christian colocou dois dedos na
boca e soltou um enorme assovio barulhento.

Droga, Reese, você trabalha rápido, cara. Marcus


sorriu para Kiera, e ela sabia que suas palavras não eram
rudes e sim debochadas. Abaixando a cabeça, seu cabelo caiu
sobre um lado de seu rosto como uma cortina.

Reese pegou sua mão e a levou em direção aos


espectadores surpresos. Pouco antes deles passarem, Reese
golpeou Marcus com força suficiente no braço para fazer ele
tropeçar para trás e agarrando seu bíceps.

Caramba cara. Que merda foi essa? Marcus


esfregou o braço e olhou para Reese.

Eu não me importo se você estava brincando ou não.


É melhor eu não te ouvir falando merda sobre Kiera
novamente. A raiva na voz de Reese era tangível e Marcus
deu um aceno firme com o queixo para mostrar que entendia.

Reese continuou os levando para as portas da frente e


Kiera avistou Ian e Molly do outro lado de bocas abertas, em
choque. Molly recuperou a compostura mais rápido do que
Ian e colocou os dois polegares para cima. Sua vida pessoal
poderia ter sido mais exposta nos últimos dez minutos?
Ninguém fez outro comentário, provavelmente com medo de
Reese socá-los como fez com Marcus, mas isso não impediu
Andrea ou seu pequeno pelotão de líderes de torcida de olhá-
los da forma mais desagradável que podiam. Kiera sabia que
seria assim se ela quisesse estar com Reese, mas ela estava
realmente pronta para este tipo de atenção?

A primeira parte da manhã na escola passou rápido, e


enquanto o almoço rolava ao seu redor, Kiera estava uma
pilha de nervos. Ela encontrou Molly e Ian no refeitório e
procurou por Reese. O avistou sentado à sua mesa, uma
carranca em seu rosto enquanto Andrea estava sentada na
frente dele. O olhar no rosto de Andrea era quente, como se
ela estivesse tentando seduzir Reese no refeitório da escola, o
que não era muito surpreendente. A boca de Andrea estava se
movendo lenta e deliberadamente, e Kiera se perguntou o que
ela estava dizendo. O mais provável é que fosse algo de
natureza sexual. O ciúme subiu em sua cabeça e Kiera
endireitou as costas. Após o pequeno show que deram no
estacionamento, Kiera acreditava que Andrea recuaria.
Claramente Kiera estava errada.

Nós estamos indo comer fora do compus. Quer vir?


Perguntou Ian.

Kiera ainda estava olhando para Reese e sacudiu a


cabeça.

Não, eu acho que vou ficar aqui. O que Kiera


estava planejando fazer ainda era um mistério, até para ela
mesma, mas não recuaria e deixaria Andrea passar por cima
dela, especialmente quando Reese era algo que ela não queria
desistir, pelo menos não sem lutar. Ela podia ter se mantido
em segundo plano, ficado fora do caminho das pessoas, e
sempre ter pensado menos de si mesma, mas Reese Trenton
a fez sentir alguma coisa... Algo mais. Ver que ele não se
preocupava com o que os outros diziam e vivia por suas
próprias regras, a fez querer empurrar todas as suas noções
preconcebidas de si mesma para longe. Ele tinha uma vida
familiar ruim, mas ainda mantinha sua cabeça erguida e
atravessava a vida com um propósito. Ela estava de pé para o
que ela acreditava ser um passo de cada vez.

Ela olhou para seus amigos e viu que eles estavam


prestando atenção em Reese.

Bem, vá pegá-lo, menina. Disse Molly, e Kiera


podia ouvir o incentivo e sorriso na voz da amiga.

Cuidado, pois tem algumas garras sobre ele. Ian


parecia um pouco hesitante, mas ela não podia culpá-lo.
Kiera ficou toda sua vida no banco de trás. Ela estava
cansada disso e queria se defender. Ela podia não ser
popular, mas ela não era capacho de ninguém, muito menos
de uma garota que menosprezava todos. Ela tinha só mais
uma semana nesta merda de ensino médio e a única coisa
boa que aconteceu era Molly, Ian, e agora Reese. Kiera não
deixaria ninguém tirar isso dela.

Depois de Molly e Ian saírem, Kiera agarrou uma maçã,


uma garrafa de água e uma pequena salada. Andrea ainda
estava na mesa e olhando para Reese, que estava envolvido
em uma conversa com Marcus. Respirando fundo, Kiera foi
em direção a Reese. Quando ela estava perto o suficiente para
que os outros na mesa notassem sua presença, eles pararam
de falar e olharam para ela. Sim, Kiera podia ouvir o que
Andrea e seus amigos estavam pensando.

Reese parou de falar com Marcus e olhou para ela. O


sorriso que apareceu no seu rosto deu a força extra que ela
precisava para ir em frente.

Eu acho que você está na mesa errada. Andrea


zombou em sua direção. Ela tirou seu perfeito cabelo
enrolado do ombro e levantou o nariz.

Os nerds ficam do outro lado da lanchonete. Seus


amigos riram.

Estava prestes a ir encontrá-la. Venha sentar perto de


mim, menina bonita. Disse Reese estendendo a mão e
ignorado os comentários de Andrea. Reese levantou e disse:

Pensando bem, vamos comer em outro lugar. Kiera


praticamente podia ouvir Andrea rangendo os dentes. Reese
lançou um olhar em direção Andrea e Kiera poderia dizer que
ele queria dizer mais, mas se calou.

Não. Aqui está bom, disse Kiera colocando a


bandeja para baixo junto com a de Reese.

Isso é inacreditável, Andrea murmurou baixinho,


mas tendo a certeza de que era alto o suficiente para Kiera
ouvir.

Cale a boca, Andrea. Reese disse as palavras com


calma, mas havia uma seriedade obscura, que deixou todos
na mesa quietos. O olhar chocado que atravessou o rosto dela
foi inestimável.

Eu não tenho que aguentar isso. Andrea pegou os


livros e se levantou. A pequena roupa de líder de torcida que
usava era indecente, e Kiera se perguntou quantos dias por
semana elas precisavam usá-las, já que parecia que era o que
sempre usavam. Andrea estalou os dedos, e todas as outras a
seguiram para fora da lanchonete. O ar imediatamente ficou
mais leve e Kiera estava feliz que ela fez seu primeiro
movimento e tomado uma posição.

Ei, desculpe por hoje cedo. Eu não quis ser grosseiro.


Marcus se inclinou para frente para que ela pudesse vê-lo
do outro lado de Reese. Seu cabelo loiro escuro estava uma
bagunça, mas era atraente e parecia bom nele. Seus olhos
castanhos estavam calorosos e sinceros, mas ela se
perguntou se Reese o ameaçou com outro soco, se ele não se
desculpasse. De qualquer maneira, ela gostou.

Está tudo bem.

Ele sorriu, mostrando os dentes brancos retos.

Eu sou Marcus, e que aqueles são Leo e Christian.


Ela acenou para cada um deles.

Kiera, certo? Ela assentiu com a cabeça novamente.

Sim, eu vi você nos corredores.

Na verdade, temos aula de economia juntos.

Marcus olhou para o lado como se estivesse pensando


nisso.
Oh, certo. Ele olhou para ela, seu sorriso de volta
no rosto.

Sem ofensa, mas eu não vejo ninguém nessa classe.

Eu ignoro Hawthorn.

Kiera não podia negar a maneira branda que o Mr.


Hawthorn dava aula ou que economia não era um assunto
emocionante. Ele deu um aceno com o queixo e ela sentiu
que aquele pequeno movimento era de aprovação. Se ela
precisava disso, ela não sabia, mas foi bom saber que seus
amigos gostaram dela. Marcus virou para falar com os outros
caras e Reese virou sua cadeira para dar toda atenção. Ele
era tão atraente, com seu jeito charmosamente misterioso.

Eu não acho que Andrea seja minha maior fã, ela


disse.

Ele levantou a mão e afastou uma mecha de cabelo da


sua testa.

Não pense nela. Ela não vale o seu tempo. Além disso,
ele sorriu amplamente,

Eu honestamente acho que ela não gosta muito de


ninguém.

Ela olhou em seus olhos azuis.

Ela valeu o seu tempo? Kiera não tinha ideia do


porquê deixou escapar as palavras, e se arrependeu
imediatamente. Ele olhou para ela por um tempo antes de
responder.
Eu não quero mentir para você, mas não quero te
machucar. Seu pulso acelerou, enquanto esperava o resto
de sua resposta enigmática. Ele passou a mão pelo cabelo e
exalou alto. Será que ela ainda queria saber tudo o que
aconteceu com ele e Andrea?

Andrea preencheu o vazio durante um curto tempo.


Ele olhou para ela timidamente.

Eu sei que devo soar incrivelmente insensível e


vaidoso. Eu não tenho sentimentos por ela, mas nós temos
um passado, um curto, mas temos.

Ele não precisava explicar mais.

Mas qualquer garota em comparação a você... não


existe competição, Kiera. Ele passou o dedo ao lado do seu
pescoço.

Não existe competição, Kiera. O toque suave de seu


dedo na sua pele tinha feito tudo dentro dela acordar. Você
acredita em mim?

Ela não hesitou em dizer:

Sim. O que quer que fosse que estavam fazendo,


estava ficando cada vez mais profundo e ela não sabia o que
faria ou como se sentiria quando chegasse a hora de deixá-lo
para ir à faculdade, porque gostando ou não de pensar sobre
isso, ela iria embora em apenas alguns meses.
O resto da semana passou como um borrão, e Kiera não
podia acreditar que seu último ano estava passando num
piscar de olhos. Era surreal, mas a ansiedade a fez seguir em
frente. Com Alex se mudando do dormitório durante o verão e
os seus pais indo ajudá-lo a voltar para casa, Kiera tinha a
casa para si mesma no fim de semana. Havia apenas uma
coisa que ela podia pensar em fazer numa casa vazia e essa
coisa tinha a ver com Reese.

Após o incidente desagradável com Andrea no refeitório,


Kiera não voltou a vê-la. Ela ainda não discutiu tudo que
descobriu sobre Reese com ele, e honestamente não sabia se
daria tempo para isso. Kiera imaginou que demonstrar
carinho, coisa que ele nunca recebeu, era o primeiro passo
para mostrar que ela se importava. Não havia um dia em que
ele não viesse até ela para beijá-la sem sentido. Não
importava se todos outros ainda parassem e olhassem ou que
eles poderiam se meter em problemas sérios por isso. Reese
mostrou que a queria e que não dava a mínima para o que os
outros pensavam. Além disso, ela adorava que ele a tocasse
sempre que quisesse. Agora era sexta à noite, seus pais
saíram há poucas horas para ver Alex e ela estava pensando
em chamar Reese. Seu celular vibrou e ela pegou, sorrindo
quando viu o nome do homem que consumia seus
pensamentos toda a tarde.
Kiera riu alto.

Kiera colocou rapidamente um vestido de verão, prendeu


o cabelo em um rabo de cavalo e colocou suas sandálias.
Reese bateu na porta na hora combinada e como sempre ela
estava com borboletas em sua barriga. Ele já estava sorrindo
quando ela abriu a porta e não perdeu tempo em entrar na
casa, envolvendo os braços em volta dela, e inclinando seus
lábios para os dela. Suas costas encostaram na parede e ela
gemeu em sua boca. Suas línguas deslizaram uma na outra e
ela sabia que se não parasse com isso agora, ela pediria para
ele a levar para o quarto. Mas será que ela realmente queria
parar com isso? Kiera decidiu que queria que Reese fosse seu
primeiro. Ela não precisaria sair com ele por meses, ou
mesmo anos, para saber que ele era o único. Kiera contou
com seu instinto e seus instintos diziam que ficar com ele era
certo de muitas maneiras. Eles não precisavam ir a lugar
nenhum, não quando a ideia de ficar era muito melhor.

Passando a mão entre seus corpos, ela começou a puxar


seu cinto, mas, mais rápido que ela, ele a impediu de
continuar. Ele se afastou com sua respiração quente e
mentolada soprando de seus lábios.

Calma, baby. Sua respiração estava quente e doce.


Ele descansou sua testa contra a dela e ambos respiraram
ofegantemente.
Por que você parou? Mesmo que ela pudesse ouvir
como parecia necessitada, ele se afastou e olhou para ela.
Seu olhar estava em seus lábios e sua ereção pressionada
contra sua barriga.

Uma expressão aflita atravessou seu rosto. Sim, ela


poderia ter se precipitado, mas desde que ela decidiu que era
isso que queria, era impossível pensar em outra coisa.

Se não pararmos, eu serei responsável por fazer algo


que ainda não estamos prontos. Ele falou, mas ela ainda
podia ouvir o calor e a excitação dentro dele. Kiera engoliu,
pensando com um pouco de humor que estava tentando
seduzir Reese Trenton a ir para a cama com ela. Deveria ter
sido fácil convencê-lo a dormir com ela. Ele era um cara
afinal, mas uma parte dela se derreteu sobre o fato dele
querer levar as coisas devagar. Isso sim mostrou como ele
realmente se importava com ela.

Reese. Suas mãos se moveram pelos seus braços


tatuados, parando em seus bíceps e ela deu um leve aperto.
Seus músculos estavam duros e definidos, quando ela deixou
seus dedos curvados em sua pele macia, ele ficou tenso.

Eu quero isso. Ela se moveu um pouco mais perto


até que seus seios ficaram deliciosamente pressionados
contra seu peito duro. Ela reparou a forma como sua
respiração se tornava mais rápida e ofegante.

Eu quero que você seja meu primeiro. Ele fechou


os olhos e gemeu, mas não respondeu verbalmente. Em
seguida, ele segurou o rosto dela e a beijou até não conseguir
respirar e sua cabeça girava.

Eu quero você, Kiera. Ele murmurou contra seus


lábios.

Mas eu não quero apressar as coisas. Ele se


afastou, mas manteve os olhos fixos nos dela.

Você não tem noção de como eu quero isso. Para


mostrar suas palavras, ele agarrou seu pulso em sua mão e
moveu entre seus corpos colocando a palma de mão em seu
pênis. Ele estava duro e era tudo para ela. Movendo seus
dedos para o zíper, ela lentamente o puxou para baixo.

Eu quero muito mais com você, Kiera. Isso não é


apenas um pedaço de bunda para mim, não quando se trata
de você.

Seu aperto aumentou em seu pulso, e ela poderia dizer


que se o forçasse, ele cederia, mas não era assim que ela
queria que a noite corresse.

Ela sussurrou

Ok, Reese, mas ela não soltou o pequeno pedaço


de metal. Ele afrouxou seu aperto, mantendo os olhos fixos
nos dela. Kiera lentamente desceu seu zíper, e parecia muito
obsceno, mas ela se recusou a parar.

Só porque ela concordou em não fazerem sexo esta


noite, não significava que ela não poderia, pelo menos, aliviar
um pouco sua agonia e o senhor sabia que ela estava
sentindo muita agora, especialmente entre suas pernas.
Colocando sua mão através de sua calça e através da
abertura na sua cueca boxer, seus olhos se arregalaram
quando ela entrou em contato com seu pau. Ele segurou seu
olhar com o seu próprio, e se não fosse o lampejo de emoção
que passou pelo seu rosto quando ela apertou a mão no seu
eixo, ela poderia ter pensado que ele não estava sentindo
nada. Reese era muito bom em esconder o que sentia e ela
estava prestes a mudar isso. Kiera queria, na verdade,
precisava vê-lo gozar. Ele estava grande na sua mão, quente e
duro. Para ser justa, Kiera nunca sentiu ou viu um pênis
pessoalmente, mas viu o suficiente em Sex Ed para saber
que, sem dúvida, ele era maior que o normal. Ela ficou bem
surpresa quando o tocou. Seu peito subia e descia rápido e
forte, ele levantou o braço e colocou a mão na parede ao lado
de sua cabeça, se inclinando para mais perto dela enquanto
se preparava. Eles compartilhavam o mesmo ar e olhavam
nos olhos um do outro. A umidade que cobria sua calcinha
fez com que o material pressionasse sua vagina, esfregando
suas dobras, provocando seu clitóris. Kiera lambeu os lábios
e puxou seu eixo para fora das calças. Ele fechou os olhos e
mais uma vez apoiou a testa na dela, quando ela começou a
acariciá-lo da base até ponta, a sensação de formigamento
aqueceu sua vagina.

Me beije, Ree... Ele não deixou ela terminar a frase


e sua boca já estava na dela, sua língua passando por seus
lábios. Seu membro parecia que aumentava em seu aperto.
Ela fez algumas carícias nos dois únicos namorados que teve,
mas tudo foi feito sobre a roupa, apesar dos frenéticos
pedidos deles para que ela fizesse mais. Quando Reese gemeu
e empurrou seu quadril para frente, o formigamento dentro
dela se intensificou e subiu até os mamilos. Ele não parou de
beijá-la quando começou um impulso lento e constante dos
seus quadris, empurrando ainda mais sua ereção em sua
mão, em seguida, se afastando. Ele fez isso mais e mais,
usando sua mão como instrumento de prazer enquanto ele
devorava sua boca.

Ele moveu a mão que não estava ao lado de sua cabeça


para baixo até que ele encontrou um de seus seios cheio e
dolorido em sua mão. Era incrivelmente boa a forma como ele
movia os dedos sobre seu mamilo, sem fazer nada mais do
que provocar e torturar.

Oh, Deus, Reese. Kiera mal conseguia pronunciar


as palavras. Talvez ter começado isso sabendo que não fariam
nada, tenha sido uma má ideia.

Tocá-la era uma pura e agonizante tortura. O jeito que


ela respondeu a ele deixou seu pênis mais duro que nunca.
Imagens sujas passaram em sua cabeça, imagens dela
debaixo dele, sua pele lisa, macia e nua, suas pernas
separadas, mostrando a parte de seu corpo que ele queria
mergulhar uma e outra vez. Ele passou a palma da mão
sobre seu mamilo, gemendo quando a pequena pérola ficou
ainda mais dura. Ele o tomou em sua boca, preocupando se
foi muito áspero e exigente, mas era incapaz de parar a si
mesmo. Ela o deixou louco. Nunca houve outra mulher em
que ele tivesse ficado tão amarrado, ou o deixado tão excitado
que ele poderia gozar apenas com a sensação de sua
respiração em seus lábios.

Reese. Sua cabeça caiu para trás contra a parede e


ele colou a boca em sua garganta. Ela era doce, como
baunilha e mel. O sabor do banho e Kiera, estava todo em
sua língua. Seu pau pulsou na mão dela. Ele precisava se
lembrar para ir devagar, era o que ele precisava e que os dois
necessitavam. Forçá-la seria desastroso, e, além disso, eles
tinham todo o tempo do mundo para se tornarem íntimos. Ele
falou sério quando disse que ela era diferente das outras. Ele
não tinha planos para ir a lugar nenhum, não quando ficou
claro que ela estava tão envolvida quanto ele, mas ele não
dormiria com ela agora.

É isso aí, baby. Ele pressionou sua ereção mais


forte em sua mão e ambos gemeram. Ele começou um
impulso lento contra ela, e adorava como sua respiração
mudava em resposta.

Deus, Kiera. As coisas que você está fazendo comigo.


Se eles continuassem assim ele gozaria em sua mão,
derramando tudo de uma vez.

Sua boca estava no seu ouvido. Ela sussurrou:

É tão bom, Reese. Ele apertou os seus seios


macios. Ela era extremamente sensível a seu toque.
Sim, querida. Ele moveu seus quadris contra ela
um pouco mais forte, e ela agarrou seu bíceps. Podia
imaginar ele passando a mão pela parte interna de sua coxa e
tocando aquela inocente calcinha pequena que ele sabia que
ela usava. Ele apostava que ela estava molhada, apenas para
ele. Se ele não se controlasse poderia forçá-la a ponto de fugir
dele.

Nós temos que parar, baby.

Kiera respirou fundo e deixou as palavras de Reese


penetrarem. Ele podia estar certo, mas parecia errado ter que
parar o que eles estavam fazendo, especialmente pois estava
gostando. Ele se empurrou nela mais algumas vezes antes de
dar um último beijo e desencostar. Seus olhos caíram para
sua ereção que estava para fora da calça. Ela tinha razão, era
grosso e longo, e, francamente um pouco intimidante.

Quando ele fechou suas calças e ela se acalmou um


pouco, ele murmurou,

Você vai ser a minha morte. Ele sorriu, mostrando


que só estava a provocando. Ele estendeu a mão, mas ela
sabia que precisava apenas de um momento para se ajustar
novamente. Se ele a tocasse novamente, ela não se
responsabilizaria por suas ações e isso poderia incluir
derrubá-lo no chão e resolver do seu próprio jeito.
Me dê apenas um minuto. Kiera correu para cima,
se sentindo mortificada por precisar trocar a calcinha, mas
essa era a realidade. Quando ela voltou, Reese estava
encostado na parede, os dedos movendo rapidamente ao
longo do seu telefone enquanto mandava uma mensagem. Ele
guardou o telefone no bolso e sorriu para ela.

Hey baby, você está bem para ir? A piscada que ele
deu a deixou vermelha. Será que ele sabia que ela teve que
trocar sua calcinha porque ficou muito excitada? Um
segundo depois ele se afastou da parede e ficou na frente
dela. Colocando a mão em sua bochecha ele sussurrou,

Você é tão linda quando fica envergonhada. Seu


coração saltou do seu peito. Com um beijo leve em sua testa,
ele os levou para o Trans-Am. Quando estavam dentro e na
estrada, ele pegou a mão dela, entrelaçou os dedos e colocou
em sua coxa.

Você quer ir a uma fogueira no Marcus depois do


sorvete? Ele olhou para ela.

Isso era realmente algo que ela queria fazer? Imagens


dela na festa de Haden passaram pela sua mente. Reese
apertou a mão dela, como se pudesse sentir sua inquietação.

Ei, não se preocupe se você não quiser ir, mas não vai
ser como no Haden. São apenas alguns amigos íntimos.
Ele apertou a mão dela mais uma vez.

Além disso, eu estarei com você o tempo todo, e eu,


juro por Deus, Kiera, não vou deixar nada acontecer com
você. Ele levou sua mão à boca e beijou seus dedos. A
seriedade e verdade das suas palavras a relaxou.

Embora eu não vá pressioná-la para ir, eu quero


apresentá-la para o resto dos meus amigos algum dia.

Ela confiava nele. Ele já provou que podia protegê-la, e


isso aconteceu quando eles nem se conheciam.

Eu gostaria de encontrar seus amigos.

Isso é bom, baby. Ele olhou para ela novamente e


sorriu.

Você sabe, Kiera?

Ela engoliu em seco,

Hum? A maneira quente e baixa que ele disse seu


nome a fez pensar em todos os tipos de coisas sujas que ela
ainda não tinha experiência.

Eu quero que todos saibam que você é minha. Sua


respiração se alterou com as palavras significativas.

E você é minha, Kiera, não é? A expressão séria no


rosto dele disse a ela tudo o que precisava saber. Reese a
queria tanto quanto ela o desejava.

Sim, Reese, eu sou sua. Ele beijou a mão dela


novamente, descansou sobre o coração por um momento, em
seguida, a colocou de volta em sua coxa. Mesmo enquanto
foram tomar sorvete e dirigiram para o Marcus, ele manteve a
mão dela sobre sua coxa. Ela ficou emocionada.
Reese pegou a mão de Kiera e a levou para a grande
fogueira brilhante, no centro de um campo vazio. Marcus
vivia em uma velha fazenda com seu pai. Os três acres
tinham um pequeno riacho que passava por ela, um pasto
antigo para cavalos e um galpão que estava tão mal
conservado como o celeiro de Kline. Pensar sobre o celeiro fez
sua excitação aumentar novamente e Kiera rapidamente
empurrou esses pensamentos para longe.

Eles passaram por um monte de carros e caminhonetes


enquanto andavam para a fogueira e quanto mais perto eles
chegavam, mais alta a música ficava. A casa era grande no
estilo cabana, de madeira com dois andares e um deck
envolvente e até mesmo um balanço na varanda da frente.
Imediatamente ela reconheceu Marcus, Leo e Christian, mas
havia outros cinco homens, três dos quais ela reconheceu da
escola, mas não conheceu pessoalmente, e os outros dois ela
nunca viu antes. Seu coração deu um pulo quando viu Kelly,
a recepcionista do restaurante italiano que Reese a levou na
semana passada. Kelly deu um olhar sujo para ela, mas
voltou sua atenção para o cara que ela estava sentada no
colo. Ele era um dos caras da escola e Kiera achava que seu
nome era Mike, ou Mark.

Ei, Reese, tudo bem? Marcus se levantou e ele e


Reese se cumprimentaram com tapas nas costas.

Ei, cara. Leo foi o próximo, e, em seguida, Christian


veio e se cumprimentaram.

Como vai, Kiera? Marcus passou os braços em


volta dela como se fossem amigos há anos. Tudo o que ela
pode fazer foi ficar lá em choque.

Hey... Reese empurrou Marcus e colocou seu braço


em volta de sua cintura, a trazendo para junto de si.

Desculpa cara. Apenas mostrando a sua menina um


pouco de amor. Marcus sorriu para ela, mas o que viu no
olhar que Reese o deu, fez o seu sorriso sumir
imediatamente.

Seja como for, seu idiota possessivo. Marcus sorriu


novamente e ela ouviu e sentiu a risada de Reese.

Você seria, também, se você tivesse uma menina


como Kiera. Reese se inclinou e beijou o topo de sua
cabeça, o pulso de Kiera acelerou. Ela adorava que ele não se
importava com o que os outros podiam pensar sobre ele
demonstrar carinho.
Sim, homem, verdade. Christian gritou para uma
nova rodada de cerveja e Marcus o seguiu.

Eu acho que eu deveria cuidar dessas vadias. Vocês


querem uma cerveja?

Reese olhou para ela e ela balançou a cabeça.

Nah, cara, estamos bem.

Tranquilo, cara. Eles seguiram Marcus até o resto


dos caras, e ele começou a apresentá-la a todos.

Shayne, Zac, Mike, conheçam a menina de Reese,


Kiera. Os três caras que ela viu na escola levantaram suas
latas de cerveja ou inclinaram seus queixos em
reconhecimento. O fato de Marcus a ter chamado de a
menina de Reese a fez corar. Kelly, que estava no colo de
Mike, a olhou de cima a baixo, mas o sorriso que deu a Kiera
era genuíno.

Jake e Colt são da Mount Tess University junto com


Mason.

Onde está o idiota do seu irmão, afinal? Colt riu,


fazendo os outros caras rirem também.

Ele deveria estar de volta com mais cervejas há vinte


minutos.

Ele provavelmente encontrou uma garota para pegar


nos fundos da loja de conveniência. Todos murmuraram
em concordância ou começaram a rir.

Marcus revirou os olhos e deve ter visto sua confusão


porque ele disse,
Mason é meu irmão e um prostituto maior que ...
Ele cortou os olhos para Reese e ela imediatamente se sentiu
desconfortável porque sabia o que ele estava sugerindo.

Vamos apenas dizer que ele gosta da população


feminina. Ele limpou a garganta e murmurou sobre
encontrar algumas cervejas lá dentro e foi para a casa.

Reese sentou em uma das cadeiras no gramado e para


sua surpresa e constrangimento, a puxou para o seu colo.
Seus lábios encontraram a curva de sua orelha e ele
sussurrou:

Está tudo bem, Kiera?

Isso foi um pouco inesperado para ela, mas, novamente,


ela sabia que gostava da sensação do seu corpo duro e forte
por baixo dela e o fato de que ele tão claramente queria
mostrar que ela era dele. Olhando para ele, ela molhou os
lábios e assentiu. Ele fechou os dedos em torno de seu
quadril e a puxou para ele, para que suas costas
descansassem contra seu peito. Depois de um tempo, Kiera
ficou mais confortável, falando e brincando com os outros
caras. Kelly estava quieta e mandando mensagem em seu
telefone. A única vez que ela olhou para cima foi quando Mike
sussurrou algo em seu ouvido a fazendo rir. Marcus voltou
dez minutos mais tarde com uma versão mais velha de si
mesmo o seguindo. Ela assumiu que o novo cara devia ser
Mason. Ele segurava um pacote com doze cervejas em cada
mão e fez um aceno de cabeça para todos.
Depois de ser apresentada a Mason, se sentaram
conversando ao redor do fogo por mais algumas horas. Kiera
não podia deixar de rir das histórias sórdidas e bêbadas de
Mason e dos outros universitários. Parecia que quanto mais
cerveja os caras bebiam, mais eles perdiam o poder sobre
suas línguas. Ela sabia que, se estivessem todos sóbrios, eles
certamente não estariam revelando alguns dos seus segredos
mais embaraçosos para todos.

Reese tirou o cabelo de perto do seu ouvido e disse em


voz baixa, profundamente sexy,

Você quer sair em breve? Está ficando um pouco


tarde. Ele deixou seus lábios passarem para frente e para
trás ao longo de sua orelha, e ela suspirou, dormir era a
última coisa em sua mente. Se sentindo um pouco
irresponsável, ela se virou e pressionou os lábios contra a
pele logo abaixo da sua orelha. Seu corpo inteiro ficou tenso
debaixo dela e ela jurou que ouviu ele prender a respiração e
não soltar.

Arrastando beijos molhados ao longo do seu pescoço e


até o seu ouvido, ela sabia que as pessoas estavam
provavelmente olhando, mas naquele momento ela não dava
à mínima.

Eu realmente gostaria de ir, mas dormir não é o que


eu quero fazer, Reese.

Sim, ele os parou mais cedo, dizendo que era melhor


não se precipitarem, mas Kiera queria estar com ele
desesperadamente. Estar tão perto dele e ter a dureza de
seus músculos bem debaixo dela, fazia Kiera ter pensamentos
sobre os dois juntos na cama, nus e suados. Ela o olhou nos
olhos, sabendo que ele podia ver exatamente o que ela queria
dizer ou pelo menos ela esperava que ele soubesse. A maneira
como ele engoliu em seco, como se estivesse lutando para
fazer essa simples tarefa, a fez se mexer em seu colo. Ele
gemeu baixinho, crescendo e ficando duro sob seu traseiro.

Kiera ... O aperto e afrouxamento de seus dedos


em seus quadris os manteve ligados, mas não era o que ela
queria sentir naquele momento.

Você vai me levar para casa, Reese? Eles olharam


um para o outro e ela jurou que podia ver manchas escuras
de azul se misturando com tons mais claros. Ele não
respondeu, então ela perguntou de novo.

Você vai, Reese?

É isso que você realmente quer, menina bonita?


Com voz baixa, mas cheia de calor, o suficiente para rivalizar
com o sol. Reese manteve o olhar preso ao dela.

Ele estava dando a ela uma saída. Ele estava dizendo


muito, em poucas palavras. Ele a fez sentir como se não
houvesse mais ninguém no mundo, somente ela. Ele tinha
um passado, um difícil e violento passado, para ela
compreender. Se entregar a ele era um dos maiores passos
que ela já tomou e que marcaria toda sua vida íntima de
agora em diante. Ela olhou em volta, percebendo que não
tinha ninguém prestando atenção neles. Em essência, eles
estavam em seu pequeno mundo. Quando ela olhou para
Reese foi para vê-lo ainda olhando para ela. Não havia
pressão em sua expressão, mesmo que tenha sido ela a
pessoa que trouxe essa conversa à tona.

Eu nunca quis nada mais, Reese. E isso era


verdade. Faíscas brilharam através de seus olhos. Ele olhou
para longe e ela poderia dizer que ele estava pensando sobre
isso, possivelmente, até mesmo pensando em uma desculpa
para esperarem. Ele era honrado, mas ela queria que, nessa
noite, ele fosse o seu primeiro. No momento seguinte ele
estava de pé e caminhando com ela para longe de todos. Ele
falou por cima do ombro que ele iria alcançá-los mais tarde.
Eles chegaram ao carro e quando ela pensou que ele iria abrir
a porta como fazia todas as outras vezes, ele apenas a girou,
pressionou suas costas contra a lateral do carro e a beijou
suspirando de prazer. Seus braços fortes a prenderam e sua
língua passou contra a dela. Kiera não queria nada mais do
que o deixar tê-la a céu aberto e contra o seu carro. Ele
quebrou o beijo rápido demais, olhou para ela enquanto
respirava forte e, finalmente, abriu a porta. Suas pernas
tremiam quando ela se sentou no banco do passageiro. Ele
passou com fluidez em torno do carro, apesar da excitação
óbvia que formava uma tenda no seu jeans.

O silêncio encheu o interior do carro assim que ele


sentou ao seu lado, mas o som de suas respirações pesadas
mostrou exatamente onde suas mentes e corpos estavam. Ela
pediu para ele dirigir de volta para sua casa e ele fez isso em
tempo recorde. Uma vez que ele parou o carro na garagem e o
desligou, se sentaram lá por alguns minutos. A realidade do
que eles estavam prestes a fazer, sobre o que ela pediu para
fazer, a deixou nervosa. Ele podia ter muita experiência em
sexo, mas parecia tão nervoso quanto ela se sentia.

Kiera...

Reese? Ela sabia o que ele ia fazer, tentar


convencê-la que não era a hora, mais uma vez, mas essa era
a última coisa que ela queria.

Ela o ouviu engolir antes de responder.

Sim, baby?

Ela virou em seu banco e olhou para ele. Kiera queria


que ele visse exatamente o que ela queria.

Eu quero isso. Eu quero você.

O tempo congelou e então ele a puxou e a beijou. Um


suspiro escapou, porque ela sabia que nunca iria se
acostumar com as poderosas emoções que o beijo dele
poderia criar dentro dela.

Me leve para dentro, Reese.

Eles estavam dentro de casa e no quarto dela apenas


alguns momentos depois. Kiera fechou a porta atrás dela e se
encostou na porta enquanto olhava fixamente para Reese. Ele
andou em torno de seu quarto e correu os dedos ao longo da
beira de sua penteadeira, da sua janela e finalmente parou
na beirada da cama. Era uma cama queen size, mas Reese a
fez parecer pequena. Ela não acendeu a luz, então a única
iluminação que tinham vinha da lua que brilhava através da
janela.
Ele olhou para ela e disse:

Venha aqui, Kiera. Ela adorava a maneira como ele


dizia o seu nome, tão baixo e profundo, mas cheio de fogo, o
suficiente para ela sentir até ossos.

Indo em direção a ele, ela ficou a poucos centímetros


dele e sentiu seu cheiro. Ela queria as mãos dele sobre ela
tanto quanto ela queria a sua próxima respiração.

Eu quero que você me toque, Reese. Ela não sabia


de onde veio toda essa coragem, mas ela ficaria com ela. De
jeito nenhum ela deixaria o medo controlá-la novamente.

Cristo, baby. Ela foi arrastada para seu corpo duro


e fechou os olhos com o contato.

Você cheira tão bem. Seus lábios eram macios e


quase hesitantes quando ele foi de sua têmpora até o canto
de sua boca, colocando um beijo suave lá. Ele continuou
descendo, ela respirou fundo quando chegou a sua garganta.
Usando a mão que estava ao lado do seu pescoço para
inclinar mais sua cabeça, ele respirou fundo novamente e
gemeu.

Como lavanda.

Umidade se juntava em sua vagina e seu clitóris


pulsava.

Eu poderia passar a noite toda apenas arrastando


minha língua ao longo de seu corpo, memorizando cada
centímetro de sua carne macia e fazendo você minha. Ele
moveu sua boca para o canto da boca dela e sussurrou:
Você gostaria disso, não é, baby? Sua língua saiu e
passou ao longo de seu lábio inferior.

Você gosta de ser minha. Ele traçou os lábios com


a língua.

Você gosta de saber que, se algum imbecil se meter


com você, eu vou quebrar os seus ossos.

Um tremor correu pelo seu corpo. Sim, ela sabia que ele
falava a verdade, e sim, ela amava o fato que ele ficou tão
possessivo com ela. Todas as feministas provavelmente
zombariam dela se soubessem que ela gostava do Reese todo
territorial e homem das cavernas quando se tratava dela.

Suas palavras eram como um afrodisíaco, fazendo com


que ela pressionasse seus seios contra seu tórax duro,
silenciosamente implorando por mais.

Me responda, menina bonita. Ele agarrou a bunda


dela e apertou. Um gemido escapou dela quando os dedos
dele cutucaram o vinco de seu traseiro e os curvou para
dentro.

Sim, Reese, eu quero ser sua. Apenas sua.

Ele rosnou, literalmente, sua aprovação.

E você é, Kiera. Segurando seus ombros, ele a


puxou de volta para ele e trouxe seu rosto perto do dela.

Você é minha e de mais ninguém. Quando ele


agarrou o fundo de seu vestido e, lentamente, o arrastou por
seu corpo, provocou uma tortura para si mesmo.
Quando o material caiu em seus pés e Kiera ficou com
nada além de um sutiã liso branco e de calcinha, ela desejou
que tivesse optado por vestir roupas mais bonitas. É claro
que ela não pensou que isso aconteceria quando se vestia, ou
até mesmo quando mudou a calcinha, não depois de Reese
ter dito que eles precisavam levar as coisas mais devagar. A
maneira como ele olhou para seu corpo de cima a baixo
deixou claro que ela poderia estar vestindo a calcinha da sua
vó e não faria diferença nenhuma. Ele gostava do que via.

Deus, você é tão linda, Kiera. Ela gostava da


maneira como ele olhava para ela, gostava das coisas que
dizia, mas ela não queria esperar mais. Ela queria estar
debaixo dele, em cima dele, de qualquer forma que ele
quisesse.

Por favor, Reese. Felizmente, ela não teve que pedir


muito, porque o sorriso ardente que ele deu foi confirmação
suficiente. Ela estendeu a mão para sua camisa, mas ele já
tinha tirado e jogado no chão junto com seu vestido, em um
piscar de olhos. Esta foi a primeira vez que ela teve uma visão
ampla do seu peito, e Deus como seu peito era bonito. Mesmo
na escuridão, ela podia ver as linhas individuais e a forma de
suas tatuagens. Os desenhos, os círculos escuros que
cobriam a pele bronzeada de seus antebraços e bíceps eram
uma sobrecarga visual. Ele também tinha seu mamilo
esquerdo perfurado e o pequeno pedaço de metal brilhava
com a luz da lua. O peito dele estava livre de qualquer
tatuagem, mas não importava, porque era tão glorioso como o
resto do corpo. Duro, músculos definidos sobre a pele lisa,
sem pelos.

Eu quero ir devagar, baby, eu realmente quero, mas


se você continuar olhando para mim assim, eu não vou
conseguir me controlar. Ela não queria que ele se
controlasse.

Afastando seus olhos longe do seu abdômen e peitoral


ondulados, Kiera olhou para o rosto dele. A sombra escondia
parcialmente, mas ela ainda podia ver seus olhos e o que viu
neles a fez colocar as mãos para trás e soltar o sutiã.
Deixando cair no chão, ela colocou seus polegares sob o
elástico da calcinha e a empurrou para baixo. O ar não
estava frio, mas seus mamilos endureceram ainda mais, ou
talvez fosse a maneira como ele olhava para ela, como se
estivesse morrendo de fome e quisesse devorá-la. Ele passou
a mão sobre sua boca, seus olhos vagando sobre cada
polegada exposta dela.

Kiera ... Ele quase gemeu o nome dela.

Eu nunca vi nada tão bonito como você.

Felizmente, ele não a fez ficar ali nua por muito tempo.
Ele rapidamente desfez o cinto, abrindo o botão da calça
jeans e puxando o zíper para baixo. Ele tirou sua cueca boxer
com suas calças, e então ele estava de pé diante dela, todo
duro, excitado, um corpo masculino, nu. Olhar para o seu
corpo parecia uma boa ideia, especialmente quando seus
olhos pararam em sua enorme ereção. Ele estava duro e
longo, apontando diretamente para ela.
Venha aqui, baby. Ele envolveu um braço em volta
da cintura dela e colocou a outra mão em seu cabelo,
inclinando sua cabeça para trás dando acesso a sua
garganta.

Eu não vou deixar ninguém ter você. Nunca. Sua


declaração foi forte e feroz. Ele a levou até a cama, ao mesmo
tempo que pressionou beijos molhados ao longo de sua
garganta. Os lençóis estavam gelados contra suas costas, ou
talvez fosse seu corpo que estava muito quente. Kiera
espalhou suas coxas abertas para que Reese pudesse caber
entre elas. Um gemido involuntário escapou quando seu
pênis pressionou contra suas dobras escorregadias.

Merda, baby. Ele ofegava contra seus seios,


fazendo seus mamilos formigarem com a proximidade.

Você está tão molhada e quente. Ele saiu de cima


dela por um momento, e ela o viu pegar um preservativo no
bolso da calça e rapidamente o colocou em si mesmo.

Eu quero te provar, Kiera. Você vai deixar, menina


bonita?

Ele poderia fazer o que quisesse desde que aliviasse o


sofrimento dela. Sua mente estava em branco e seu corpo
agora estava comandando o show.

Ela assentiu, mas era evidente que ele queria mais.

Eu quero ouvir você dizer isso. Ele estava movendo


lentamente os lábios para seu seio. Os pequenos sopros de ar
quente, de sua boca esquentaram sua carne e seu sangue
subiu para a superfície. Suas costas arquearam quando ele
colocou os lábios ao redor do seu mamilo dolorido, tudo o que
Kiera podia fazer era agarrar seu cabelo e morder o lábio para
evitar gritar de prazer. Cada vez mais ele atormentava seu
corpo, alternando entre os seios e sugando seus mamilos
duramente, a dor e o prazer se transformando numa só.

Peça para colocar a minha boca em sua doce boceta.

Suas palavras foram sujas, mas eram como


combustível, ela se viu levantando seus quadris e gritando.

Por favor, Reese. Por favor, me toque lá em baixo.


Ela ainda estava envergonhada? Ele estava a uma polegada
da sua vagina e sua voz enviou vibrações através de seu
clitóris o fazendo inchar. Felizmente, ele não a fez pedir
qualquer outra coisa. Kiera nem sabia se poderia ter formado
mais palavras. Ele lambeu da abertura de sua vagina até o
clitóris. Ele repetiu essa ação até que ela se contorceu
debaixo dele, seu clímax se aproximando rapidamente.

Reese... Eu vou goz... Em um movimento rápido


que a impediu de falar, Reese colocou o clitóris em sua boca e
um dedo pressionado dentro de seu corpo. Ele chupou mais
rápido do que ela poderia compreender. Ele acrescentou um
segundo dedo e o espaço para sua penetração foi se
alargando. Ondas de êxtase passaram através dela, roubando
sua respiração, seu pulso e até mesmo sua sanidade. Ele não
parou e não iria parar mesmo se ela implorasse. Com as
pernas tremendo, coração acelerado e suor brilhando em sua
testa, Kiera finalmente sentiu ele se mover para cima em seu
corpo. Sua boca reivindicou a dela e ela se provou em seus
lábios.

Foi inesperado, mas certamente não desagradável. Na


verdade, ela agarrou seu cabelo e abriu mais a boca. Seu
sabor misturado com o dela, criando uma infinidade de
sensações que brotaram ao longo de sua língua. Levantar
seus quadris e esfregar sua vagina sensível em seu pau,
quando ele alcançou entre seus corpos e colocou a ponta do
seu pau em sua entrada, fez a antecipação e o nervosismo
baterem nela.

Vai doer, baby, mas você vai se sentir incrível.

Kiera deixou as mãos nos seus ombros, onde ela


agarrou os músculos fortes.

Talvez fosse seus nervos ou que ela precisava sentir


conforto naquele momento, mas ela perguntou:

Você já... Kiera fechou os olhos e respirou fundo.

Este é um primeiro para nós dois, Kiera. Ela não


teve que perguntar se ele já esteve com outras virgens antes.
Ele podia lê-la tão bem.

Se eu pudesse fazer esta ser a minha primeira vez


também, eu faria num piscar de olhos, Kiera. Ele passou
os lábios ao longo dela de uma forma lenta e sensual. Eu
gostaria de ter esperado. Ele se afastou e olhou para ela.
Se eu pudesse tirar a dor que você vai sentir, eu faria. Ele
era gentil e sensível, o que fazia sua decisão de estar com ele
mais firme. Balançando a cabeça, ela enrolou as pernas em
volta de sua cintura e olhou em seus olhos.
Eu sei que você faria Reese e é por isso que eu quero
que seja você. Havia mais do que isso, mas ela não estava
pronta para ir tão profundo com ele, não neste momento.
Sem dúvida, suas emoções iriam assustá-lo.

Merda, ela se assustava com a intensidade delas


também. Ele empurrou apenas um pouco e a cabeça grossa
de seu pau estendeu sua abertura. Claro que ele iria se
encaixar dentro dela, mas ainda era uma experiência
assustadora, especialmente porque ele era grande. Ele
colocou dentro e fora apenas penetrando com a ponta,
trabalhando a sensação de ser esticada pela ampla cabeça de
seu pênis. Logo ela relaxou não percebendo quão tensa
estava. Isso era claramente o que Reese estava esperando,
porque ele puxou até que a ponta descansou em sua entrada,
em seguida, empurrou cada centímetro dentro dela. Uma dor
alucinante, a fez reclamar alto.

Sinto muito, querida. Ele repetiu essas três


palavras como um mantra contra o centro do seu peito. Seus
músculos internos se apertaram ao redor dele, causando
profundos gemidos e murmúrios suaves dele. A dor diminuiu
e ela passou as mãos pelas suas costas. Ele colocou seus
braços em ambos lados de sua cabeça e se empurrou para
cima para que pairasse sobre ela. Ele parecia escuro e
perigoso, como um anjo caído, seu anjo caído.

Ele se moveu dentro e fora dela, lento no início, mas aos


poucos ganhando velocidade. O desconforto se tornou algo
mais sombrio, mais carnal e, antes que ela percebesse, ela
levantou os quadris para encontrar seus impulsos. Em
nenhum momento ele tirou os olhos de seu rosto e, por
algum motivo, isso tornou o que eles estavam fazendo mais
íntimo ainda. O desconforto roubava seu fôlego às vezes, mas
o prazer superava. A transpiração cobria seu peito e o luar
que entrava pela janela fazia com que as gotas de suor
brilhassem. Kiera deixou seus olhos viajarem até seu
estômago e viu com total clareza e apreciação como os
músculos de seu abdômen se contraíam.

Kiera. O nome dela era um gemido em seus lábios


e quando ele inclinou a cabeça para trás, os tendões de seu
pescoço se destacaram.

Você parece incrível.

Ele bateu duro nela e seus olhos reviraram quando o


êxtase a pegou e não a deixou ir. Cada vez mais ele
trabalhava seu pênis dentro dela, atingindo um ponto
ultrassensível repetidamente. O clímax tomou conta dela
rapidamente.

É isso aí, baby. Goza para mim. Ele respirou mais


forte, tão forte que era tudo que ela podia ouvir.

Olhe para mim. Porra, Kiera. Olhe. Para. Mim.

Forçando seus olhos abertos, Kiera viu seu orgasmo


tomar forma em seu rosto. Um, dois... e no terceiro impulso
ele afundou dentro dela, gemendo longa e profundamente. O
prazer que se contorceu em seus traços masculinos era um
orgasmo visual e o fato de que ela fez isso com ele, a fez ter
uma série de orgasmos menores. Ele não olhou para longe
dela quando gozou e tudo o que podia fazer era encarar o
êxtase. Seus músculos internos fecharam e abriram ao redor
de seu pênis. Ele abaixou a cabeça com os braços balançando
com a força de seu prazer. Antes que ele a esmagasse com
seu corpo, ele os rolou para que estivessem deitados olhando
um para o outro, com seu pênis amolecido ainda enterrado
dentro dela. Sua cabeça repousava sobre seu peito e ela
ouviu quando a batida rápida do seu coração desacelerava
para um ritmo normal.

Não havia palavras para o que fizeram. A emoção era


palpável, e ela sentiu tudo, não apenas em um nível físico.
Ele a deixou apenas por tempo suficiente para se lavar no
banheiro. Quando ele voltou com uma toalha quente e
gentilmente limpou entre suas coxas, lágrimas arderam nos
seus olhos. O ato foi muito atencioso, ao contrário do homem
áspero e duro que ele aparentava.

Reese? O som do relógio em sua mesa de cabeceira


parecia excessivamente alto no quarto silencioso.

Sim, menina bonita? Ele alisou a mão pelas suas


costas, deixando as pontas dos dedos trilharem ao longo de
sua espinha.

Ela queria perguntar sobre o seu passado, sobre seus


pais e tudo o que ouviu. Kiera acabou de dar sua virgindade e
essa intimidade entre eles era uma abertura. Parecia certo,
mas ela ainda não conseguia encontrar as palavras para
abordar o assunto.

Então, ao invés de perguntar à queima-roupa sobre seus


pais, disse,
Você quer falar mais sobre seus pais ou qualquer
outra coisa que possa estar pesando em seu peito? Ela
esperava que ele ficasse tenso ou se afastasse, mas em vez
disso ele a apertou ainda mais forte.

Não, querida, mas obrigado por querer me ouvir.


Ele beijou o topo da cabeça dela.

Eu não quero manchar o nosso momento.

Kiera deixou o som do seu coração acalmá-la para


dormir. Ela colocou para fora e, se e quando ele estivesse
pronto para falar sobre isso, ele saberia que ela estaria lá
para ele.

Ele a segurou com força pelo resto da noite, e Kiera


percebeu que poderia muito bem se apaixonar pelo bad boy.

Reese ouviu a profunda respiração de Kiera quando ela


adormeceu no seu peito. Ele entendeu o significado do que
disse, sobre estar com ela ser a primeira vez. Ele nunca
esteve com uma virgem, e o fato de que ela o escolheu para
ser o único a tirá-la despertou uma emoção desconhecida que
apertava seu peito. Ela era tudo o que havia de bom e correto
no mundo, e ele não passava de um pedaço de merda que
estava tão abaixo de sua classe, que não era nem mesmo
engraçado. Ele queria mudar por ela, queria ser digno de seu
amor, porque, caramba, ele sentia que já a amava. Merda,
como um bastardo como ele poderia ser digno de uma
emoção tão forte? Ele a segurou mais apertado e colocou um
beijo no alto de sua cabeça. Ela se moveu ao lado dele, mas
continuou dormindo. O cheiro de lavanda tomou conta, e
Reese fechou os olhos e respirou tão profundo quanto podia.
Ele queria que o cheiro dela ficasse impregnado em cada
célula do seu corpo. Talvez, se ele não tivesse esperado o fim
do seu último ano para lidar com suas coisas, tudo teria sido
diferente. Se ela estivesse em sua vida, ele não teria a
necessidade de recorrer a outros vícios para preencher o vazio
que o consumia. Era tarde demais para se preocupar com os
se . Ele a tinha em seus braços e Reese não planejava deixá-
la ir.

Os pais e irmão de Kiera chegaram em casa no domingo


à tarde, e Kiera não percebeu o quanto sentiu falta de Alex
até que ela o viu sair da caminhonete. Quando ele a viu indo
em direção a eles seu sorriso cresceu.

Você com certeza é um colírio para os olhos, Goober.


Kiera revirou os olhos para o apelido que Alex colocou nela
desde que tinha cinco anos. Ele passou os braços em volta
dela, e ela se deixou ficar perdida na familiaridade de seu
irmão.

Desculpe não ter ido com mamãe e papai.


Não se preocupe, eu realmente não precisava tanto
deles lá de qualquer maneira, mas você sabe como a mamãe
é. Ele a colocou sob o queixo e a levou para a casa com o
braço ainda por cima do ombro.

Deixa eu pegar minhas coisas e depois nós iremos a


algum lugar para comer algo. Eu sinto como se eu não te
visse a uma eternidade. A deixou no hall de entrada,
enquanto ele pegava algumas de suas malas e as levava até
seu quarto. Era bom tê-lo em casa, mas ela se preocupou,
mordendo seu lábio inferior, com a ideia de contar sobre o
óbvio relacionamento que ela estava tendo com Reese. Não
havia dúvida de que Alex sabia sobre ele, sobre sua
reputação, de modo que ela precisava ter muito cuidado.

Uma hora mais tarde, e depois de Alex desfazer as


malas, eles estavam em sua caminhonete se afastando da
casa de seus pais. Ele olhou para ela e perguntou:

Você está com fome? Ela balançou a cabeça.

Bom, estou indo para o drive-thru para pegar alguma


coisa.

Depois que ele pegou um pouco de comida, eles foram


para o parque. Alex estacionou a caminhonete em uma vaga e
desligou o motor. Por vários momentos eles se sentaram lá e
olharam para o playground. Como era domingo e o tempo
estava bom, o parque estava lotado. Quando Alex começou a
dirigir, eles tinham vindo muito aqui. Um pequeno lago ficava
perto do playground e, normalmente, as pessoas tinha mais
liberdade. Uma quadra de tênis ficava ao lado do parque, e
um monte de árvores espessas ficava do outro lado.

Você quer ir passear em nosso lugar?

Kiera assentiu e eles desceram. Eles caminharam ao


redor do lago e foram para a sombra fresca das árvores. Por
alguma razão ninguém entrava na floresta, mas funcionou
bem para eles. Kiera não vinha aqui em anos, por isso foi
muito agradável. Um grupo de grandes pedras estavam em
um semicírculo, e eles se sentaram, um de frente para o
outro. Alex imediatamente começou a mexer em sua comida.
Eles não falaram enquanto ele comia e Kiera apenas
desfrutou do ambiente calmo e quieto. Não foi até Alex ter
acabado de comer e esticar as pernas que ela percebeu o que
estava em seu braço.

Alex, o que é isso? Ela se inclinou para frente e


puxou a manga de sua camisa. Tinta escura em linhas
circulares começava no seu bíceps superior e desaparecia em
suas costas.

Quando você fez uma tatuagem? Ela deixou cair a


camisa e se inclinou para trás.

Mamãe e papai sabem? Sem dúvida eles iriam


pirar se vissem isso. Seus pais eram convencionais nesse
sentido.

Agora eles sabem. Ele sorriu e se recostou na


árvore que ficava atrás da rocha onde ele sentou.

Eles chegaram mais cedo do que eu pensava e eu


abri a porta vestindo apenas uma calça.
Eu aposto que a mamãe perdeu a cabeça.

Seu sorriso se alargou.

Isso é um eufemismo, mas o que posso dizer? Eu sou


um adulto e pago minhas próprias contas. Ele estava
certo, mas ainda assim, sua tatuagem parecia bem grande.

Quer ver? Ela assentiu. Ele se levantou e subiu a


camisa. Ele se virou, e a boca dela abriu. A maioria de suas
costas estava coberta de linhas escuras e intrincadas.

Por que você não me disse que você fez? Quero dizer
... droga, Alex. Isso é um monte de tinta.

Ele deixou cair sua camisa e sentou.

Honestamente?

Ela olhou para ele como se ele tivesse perdido a cabeça.

Ele riu. Tudo começou quando eu perdi uma aposta.

Você teve que fazer por causa de uma aposta? Ela


podia ouvir a nota de incredulidade em sua voz.

Pelo menos ele teve a decência de parecer envergonhado.

Uma aposta bêbada, sim. Na manhã seguinte, eu


percebi que tinha um Scooby Doo tatuado nas minhas
costas. Kiera deu uma gargalhada. Lágrimas caíram dos
cantos de seus olhos e ela as enxugou.

Isso não tem preço.

Ele fez uma careta.

De qualquer forma, eu cobri a partir daí. Levou


alguns meses para terminá-la. Ele deu de ombros.
Bem, eu gosto. É chocante, mas parece boa.

Ele sorriu e colocou as mãos atrás da cabeça e olhou


para ela. Ele estava mais forte desde a última vez que o viu.

Você está malhando. Ela declarou o óbvio.

Sim. O treinador tem orientado para os homens


ficarem em forma, especialmente depois que alguns deles
foram para o treino de ressaca em mais de uma ocasião.

Seu celular tocou com uma notificação de mensagem, e


ela o pegou de seu bolso. Um sorriso se formou em seus
lábios quando viu que era de Reese.

Se ela fosse do tipo que desmaiasse, ela teria feito isso


naquele momento. Ela digitou uma resposta rápida,
colocando seu telefone à distância em seguida. Alex a
observou com uma expressão de sabedoria.

O quê? ela perguntou.

Não ‘o que’, eu conheço esse olhar.

Kiera fingiu inocência.

Que olhar?

O olhar de uma garota que está com um cara. Ela


ficou quieta e eles pareciam ter algum tipo de olhar fixo. Kiera
não ia esconder seu relacionamento de Alex, mas agora,
confrontada, não podia negar que estava um pouco
apreensiva em falar a verdade. Alex sempre foi o típico irmão
mais velho quando se tratava de garotos.
Então, irmã, de quem é a bunda que eu tenho que
chutar?

Ela riu, mas o som morreu quando ela percebeu que


Alex estava falando sério.

Pare com isso, Alex. Inquieta, Kiera olhou para


qualquer lugar menos para ele.

Então, o futebol está indo bem, não é?

Não mude de assunto, Kiera.

Eu não estou mudando nada. O olhar duro em seu


rosto disse que ele não deixaria passar. Ela respirou fundo e
decidiu apenas acabar logo com isso.

Está bem, está bem. Estou saindo com alguém, mas


você não precisa ficar todo protetor ou qualquer coisa. Ele
levantou uma sobrancelha para sua declaração.

Ele é um cara muito legal e me trata bem.

Eu não deveria estar preocupado que minha irmã está


saindo com alguém pela primeira vez?

Ela endireitou os ombros.

Eu já namorei antes.

Seu olhar falou alto.

Deixar algum tocador de tuba flertar com você não é


considerado um namoro, Goober. Então, quem é ele?

Ela não estava disposta a debater com Alex que ela já


teve dois namorados e o que importava se um deles tocava
tuba? Suas mãos pareciam extremamente interessantes
naquele momento.

Reese Trenton. Ela disse seu nome rápido e suave,


e no silêncio de Alex, ela assumiu que ele podia não ter
ouvido, mas levantando os olhos, mostrou que seu irmão
ouviu bem.

Reese Trenton? Ele falou arrastando seu nome.

Ela assentiu com a cabeça.

Sim. Acho que você o conhece.

Merda, Kiera. Ele se levantou e começou a andar.

Você não sabe quem ele é? Sei muito bem que você já
ouviu os boatos. Ele parou na frente dela e olhou com uma
expressão infeliz.

Eu ouvi os boatos, e eu nem estava mais na escola.

Eu não me importo com tudo isso, Alex. Isso é o que


eles são, apenas boatos. Ele é totalmente diferente. Ele é um
cara bom. Ela notou uma mudança em Reese, uma boa
mudança, que fez seu coração pular uma batida e sua
barriga se apertar. O que eles fizeram na noite anterior se
repetia em sua mente e ela corou.

Felizmente, Alex virou e começou a andar de novo, então


ele não notou. Sem dúvida, ele seria capaz de dizer
exatamente o que ela estava pensando.
Eu vou chutar a sua bunda. Ela não tinha dúvidas
que seu irmão poderia fazê-lo, mas havia algo diferente em
Reese, algo perigoso e cheio de cicatrizes. Ele era cruel, isso
estava claro na maneira como ele a defendeu na festa de
Haden.

Você não precisa fazer isso, Alex. Ele tem me tratado


com muito respeito. Ele é bom para mim. Seu irmão olhou
para ela, sua expressão incerta.

De todos os caras que você poderia ter escolhido, você


escolheu esse. Não era uma pergunta e ela poderia dizer
que agora ele estava falando sozinho.

Agora eu gostaria de ter deixado você sair com esse


tocador de tuba. Kiera não poderia ajudá-lo. Ela riu alto.

Eu não gosto disso, Kiera.

Não importa se você gosta ou não, Alex. Eu sou uma


garota grande e posso tomar minhas próprias decisões. Eu
amo o fato de você se preocupar comigo, mas esta é a minha
vida. Ele olhou para ela por um longo momento, então
balançou a cabeça em derrota. Ele sabia que ela estava certa.

Além disso, se eu acreditasse em cada boato que


ouvisse, eu iria colocá-lo em uma categoria de super
mulherengo. Ela sorriu, porque esta última parte era
verdade. Ela estava tentando fazer um ponto, no entanto.
Nem sempre se pode acreditar no que os outros dizem. Às
vezes, ela tinha que descobrir por si mesma quem eles eram.
Isso era exatamente o que ela estava fazendo com Reese.
Merda, Kiera. Ele passou a mão sobre seu cabelo
castanho escuro e sentou sobre a rocha de frente para ela.

Só me prometa uma coisa. Ela assentiu e sorriu


porque ela amava seu irmão e o fato de que ele confiava nela
para tomar suas próprias decisões.

Tenha cuidado com ele. Ele tem um passado de


merda. Seus olhos ficaram sérios.

E você vai me dizer imediatamente se ele fizer ou


disser qualquer coisa para machucá-la, entendeu? Embora
ele estivesse muito sério, Kiera não podia deixar de sorrir. Ele
estava sempre cuidando dela.

Sim, Alex. Serei cuidadosa, e obrigada por cuidar de


mim.
Reese, você viu suas fotos da festa do Harrison?
Reese bateu a porta de seu armário e virou para olhar para
Marcus.

Que fotos? Reese começou a andar.

Ele não dava a mínima para fotos de celular que algum


bêbado tirou enquanto ele enchia o idiota do Chris de
porrada. Ele mereceu a surra, especialmente depois que ele
começou a falar sobre Kiera. Ele foi para o refeitório e pegou
um refrigerante, olhou para o relógio, e uma sensação
vertiginosa que não estava acostumado a sentir, até Kiera
entrar em sua vida, o encheu. Ela estaria ali em breve, e ele
não pôde evitar o sorriso que se formou em seus lábios.

Marcus sentou à sua frente na mesa. Ele pegou o


celular e fez uma careta para o que Reese presumia serem as
fotos em questão.
Estas caras! Marcus empurrou o telefone na cara
dele, e Reese pegou de sua mão. As primeiras imagens eram
fotografias dele e Chris lutando. Outras mostravam o punho
de Reese conectado com a mandíbula de Chris. Ele se
inclinou e devolveu o celular, não se importando. Sim, eram
evidências, mas sabia que não iriam longe. Marcus balançou
a cabeça.

Continue olhando. Reese sentiu suas


sobrancelhas baixarem e continuou vendo mais das mesmas
fotos, mas a próxima fez tudo dentro dele parar. Alguém tirou
várias fotos da namorada de Chris o beijando, e suas mãos
por todo o corpo dele. Reese sabia que era inocente, que ele
não queria nada disso, mas as fotos, com certeza, pareciam
incriminadoras. Ele sabia a verdade, sabia que estava
tentando afastá-la, mas pela foto, parecia como se estivesse a
puxando para ele.

Onde você conseguiu isso, e porque alguém enviaria


dias depois da porra da festa? Ele passou o dedo na tela e
olhou o resto, mas eram todas iguais. Reese notou que não
havia nenhuma dele a afastando. Raiva queimava por suas
veias.

Marcus levantou as mãos e um olhar cauteloso


atravessou seu rosto.

Andrea mandou para mim, junto com outros vinte


negativos não revelados. Eu sei que Christian e Leo também
receberam. Você não...

Reese balançou a cabeça com raiva.


Porra, cara, sem dúvida que se espalharam como
fogo, e toda a maldita escola já recebeu. Marcus olhou em
volta antes de se inclinar.

Eu sei que você não faria nada para prejudicar o que


você tem com a sua garota, não quando eu sei que ela é
especial para você. Se isso cair nas mãos dela, ela vai ver algo
nessas fotos que não é real. Eu estava lá, Reese, e eu sei que
você empurrou aquela garota, mas nessas fotos... Ele
apontou para o celular.

Parece que tinha algo mais acontecendo. Reese


jogou o telefone sobre a mesa. Seu coração bateu contra as
costelas. Olhando ao redor da lanchonete viu que Kiera ainda
não tinha chegado. Precisava chegar até ela e explicar tudo.
Não queria que ela tivesse uma ideia errada, porque ele não
podia negar que as fotos pareciam absolutamente
verdadeiras. O que ela pensaria se imaginasse que ele estava
com outra garota e logo em seguida fizesse amor com ela?
Sentiu um mal-estar e levantou abruptamente.

Preciso encontrar Kiera.

Hey. Kiera virou quando ouviu Andrea atrás dela. A


falsa doçura em sua voz não passou despercebida por ela.
Andrea usava sua roupa de líder de torcida, que surpresa,
seu pelotão atrás dela, todos com sorrisos suspeitos. Antes
que Kiera pudesse dizer qualquer coisa, Andrea estava
falando novamente.

Se você acha que é mais do que apenas um pedaço de


carne nova pro Reese, então você está enganada.

Merda, de que se trata? Desde que Kiera se aproximou


da mesa de Reese dias atrás e enfrentado Andrea, a garota a
deixou relativamente em paz. Ela tentou ignorar Andrea,
porque Kiera sabia que uma reação negativa era exatamente
o que a outra garota estava buscando. Ela virou para ir
embora, mas Andrea entrou na frente dela, sorriu e Kiera
sentiu sua raiva e irritação crescer.

O que você quer, Andrea? Ela cruzou os braços e


olhou para a outra garota. Kiera estava cansada disso e já
tivera o suficiente de brigas mesquinhas.

Eu entendo que você está chateada porque Reese não


quer você, mas descontar em mim é ridículo. Kiera não
tinha, ainda, falado tão abertamente, e admitiu que era uma
sensação terrivelmente boa, a de falar o que estava entalado
em sua garganta para Andrea.

Andrea apertou os olhos e estendeu a mão por trás dela,


como se tentando segurar seus amigos, e se aproximou.

De qualquer forma, eu só queria que você visse que


não é mais especial do que qualquer outra garota que ele
fodeu. Andrea se inclinou e falou devagar.
E você o deixou fodê-la. Certo? Era uma pergunta,
mas ao mesmo tempo não era. Antes de Kiera poder ir
embora Andrea estendeu um conjunto de fotos.

Aproveitei a oportunidade para imprimir estas para


você, uma vez que fui eu mesma quem as tirou. Seu
sorriso era malicioso.

Pensei que talvez você gostasse de dar uma olhada


nelas, e realmente saber com o que você está lidando. Porque,
querida, se você planeja ser o sabor favorito da semana de
Reese Trenton, você precisa saber o que isso significa.

Kiera olhou para Andrea e para as fotos. Elas eram


embaçadas, mas claras o suficiente para que ela pudesse ver
Reese lutando com outro cara.

Não tenho nenhum desejo de ver fotos de lutas de


Reese. Ela começou a se mover novamente, mas Andrea
bloqueou seu caminho. Kiera sentiu o aumento da pressão
arterial.

Já acabamos aqui, Andrea. Sai da porra da minha


frente. Uma expressão de surpresa brilhou no rosto de
Andrea, e Kiera admitiu que se surpreendeu também.

Andrea refez sua expressão e disse:

Não, eu acho que você vai querer ver estas. Andrea


empurrou as fotos no peito de Kiera novamente e saiu. Por
um momento Kiera apenas ficou lá e pensou em jogá-las fora,
mas a curiosidade levou a melhor sobre ela e olhou as fotos.
As primeiras eram apenas de Reese lutando.
A expressão de raiva em seu rosto era francamente
assustadora, mas não foi isso que quase fez seu coração
parar. A imagem que ela olhava mostrava Reese em uma
cadeira com uma ruiva em seu colo. Eles, definitivamente
estavam se beijando, e, pela forma como Reese a segurava,
ficou claro que estava gostando. Se não fossem a data e a
hora impressas na parte inferior das fotografias ela teria
ignorado e apenas pensado que eram de antes deles estarem
juntos. Claramente ela não pensaria isso agora. As outras
fotos eram deles se beijando e a bílis subiu em sua garganta.
Era tão fácil para ele simplesmente esquecê-la? Lágrimas
caíram pelo seu rosto, e ela ouviu os risinhos agudos atrás
dela. Ela não precisava olhar para saber. Andrea e suas
seguidoras ficaram para vê-la perceber que ela não foi nada
para Reese. Enquanto corria para fora da escola, a última
coisa que ouviu foi a risada cacarejante e as palavras cruéis
de Andrea.

Eu disse que você não era nada para Reese.

Uma vez do lado de fora, ela rapidamente ligou para Alex


pedindo que viesse buscá-la. Dez minutos depois ele
estacionou na frente da escola, e ela correu para a
caminhonete. As lágrimas eram uma corrente constante por
suas bochechas, e ela esperava que Alex não a perturbasse
perguntando por que ela estava chateada. Estava sem sorte,
porém, porque assim que ela fechou a porta, ele começou
com as perguntas. Pelo menos, ele continuou dirigindo,
porque ela não podia ver Reese agora, e tinha se preocupado
todo o tempo em que esperou por Alex de que ele viesse
procurar por ela. Seu celular vibrou, mas ela não se
incomodou em olhar.

Kiera, o que está errado?

Ela não respondeu, apenas olhou para pela janela e


tentou se forçar a parar de chorar. Mais alguns minutos se
passaram antes que ele perguntasse a ela novamente.

Kiera, me diga o que está errado.

Ela fungou, não querendo falar sobre isso, mas sabendo


que Alex não iria ceder. Ele desviou a caminhonete para o
lado da estrada de forma tão abrupta que ela teve que colocar
as mãos sobre o painel ou teria batido nele.

Você vai me dizer que porra está acontecendo, Kiera.


Sua voz saiu como um rosnado baixo, e ela olhou para ele.
Ela esqueceu o quão assustador poderia ser o olhar de Alex
quando estava chateado.

Ela sussurrou:

Não é nada.

Seu rosto ficou mais escuro.

Mentira. Sua mandíbula travou, e ele olhou para


fora do para-brisa.

Foi Trenton? Ele machucou você?

Quando ela não respondeu imediatamente ele virou


novamente para frente. Os músculos sob o queixo
trabalhando para frente e para trás, e ela poderia dizer que
ele mal controlava seu temperamento.
É isso aí. Eu vou voltar para a escola e encher de
porrada esse filho da puta. Ele colocou a caminhonete em
marcha e voltou para estrada. Ela estendeu a mão e colocou
uma mão em seu antebraço. Lágrimas continuavam a
escorrer de seu rosto, o que apenas o irritou ainda mais.

Ele não me machucou, não da maneira que eu tenho


certeza que você está pensando.

Kiera, você está chorando por causa dele. Eu não me


importo se ele a humilhou no refeitório. Ele machucou você, e
eu vou fazê-lo perceber que se ele fode com você, ele fode
comigo.

Kiera fechou os olhos, não querendo que isso ficasse


ainda maior. Esta era a última semana de aula. Ela podia
aguentar. Seu celular continuou vibrando com mensagens de
texto, e como ela, obviamente, não estava respondendo, as
chamadas começaram a chegar.

Eu só quero ir para casa. Ela implorou.

Por favor, Alex. A respiração que estava segurando


saiu de uma vez, quando, após vários segundos, Alex
finalmente recomeçou a ir para casa.

Obrigada, Alex.

Não me agradeça ainda, Kiera. Ela não precisava


perguntar o que ele queria dizer, porque a ameaça não dita
estava lá.

Assim que ele entrou na garagem, ela não esperou por


ele, correu para casa e fechou a porta do quarto atrás dela.
Fechou os olhos enquanto as lágrimas caíam ainda mais
agora que estava sozinha. Ela trancou a porta e deitou de
bruços em sua cama. Respirando fundo, ela gritou em seu
travesseiro o mais alto que podia. Era bom, mas não ajudava
muito. Seu telefone tocou pela centésima vez, e ela se
levantou pegando. O rosto sorridente de Molly iluminava a
tela. Ela pensou em ignorá-la, mas sem dúvida que agora
todo mundo na escola sabia da sua humilhação. Passando
seu dedo na tela, ela respondeu.

Olá?

Deus, Kiera. Ian e eu procuramos você por toda parte.


Onde você está? A preocupação na voz de Molly era clara.
Ela também podia ouvir Ian despejando uma série de
perguntas ao fundo sobre se ela estava bem.

Estou bem. Pedi pro Alex me buscar.

Kiera. A voz de Molly baixou para um volume


suave.

Você está bem?

As lágrimas começaram novamente, e caramba, Molly


ouviu.

Eu sinto muito, Kiera.

Como você descobriu? Ela não estava realmente


surpresa, e talvez fosse uma masoquista por querer saber os
detalhes. Um momento de silêncio se passou, e Kiera
perguntou:
Todo mundo sabe, não é? A exalação profunda de
Molly respondeu sua pergunta.

Foram enviadas algumas mensagens, mas também


houve fotos.

Kiera fechou os olhos, não chocada, mas se sentindo


humilhada mais uma vez.

Andrea estava certa, Molly. Eu não era nada além de


um pedaço de carne para ele. Kiera não contou a Molly
ainda sobre a perda de sua virgindade com Reese, mas pela
inalação afiada no telefone não precisava ter dito. Sua melhor
amiga sabia.

Sinto muito, querida.

Kiera fungou e riu, mas foi um riso forçado e nem um


pouco divertido.

Ele ficou louco, Kiera.

Do que você está falando? Ela pegou um lenço de


papel e limpou debaixo de seus olhos.

Reese. Ele foi à loucura quando descobriu que Andrea


tirou essas fotos e que você foi embora. Ele saiu de carro há
cinco minutos.

Kiera balançou a cabeça, embora ninguém a visse.

Ele ficou chateado porque foi pego.

Eu não sei, Kiera. Eu já o vi chateado, mas isso era


algo que estava próximo ao um raio tóxico. Sua expressão...
Deus, Kiera. Foi muito assustador. Ele estava xingando e
gritando, mas eu realmente não poderia repetir o que ele
disse.

Ela falou por mais alguns minutos com Molly, mas de


repente estava exausta. Depois que desligou o celular, o jogou
para o lado. Ela olhou para o teto e inspirou profunda e
calmamente. Ah! Não ajudou merda nenhuma. Ela deveria ter
acreditado nos rumores, e reconhecido que Reese não era o
tipo que ficasse com apenas uma garota, mas ela o amava,
caramba. Sim, ela o amava porra. Quando isso veio à sua
mente, ela fechou os olhos e cobriu o rosto com as mãos. Ela
o amava, e estava claro que ele não compartilhava os mesmos
sentimentos. Soluços profundos roubaram seu fôlego e ela
desejou que a dor pudesse simplesmente desaparecer.

Talvez ela devesse falar com ele, ouvir o seu lado da


história. Parecia tão diferente do que conhecia dele depois de
passar um tempo juntos e ver como ele a tratava, mas as
imagens eram claras e inconfundíveis. Seu telefone começou
a tocar novamente, mas ela deixou ir para a caixa postal.
Minutos depois, o som de pneus cantando em frente sua casa
a fizeram sentar e depois correr para a janela.

Oh Deus!

Reese estacionou o carro e foi até à porta da frente,


chamando seu nome.

Kiera. Ele parou e olhou para a sua janela. A


angústia em seu rosto era clara, ela queria ir até ele,
desesperadamente, mas o medo e a dor a mantinham presa
ao lugar. Antes que ela pudesse tomar uma decisão sobre se
devia ir ou não até ele, Reese virou a cabeça em direção à
porta da frente. Um momento depois, ela viu Alex indo em
direção a Reese com passos rápidos e irritados. Com a janela
fechada ela não conseguia ouvir exatamente o que eles
diziam, mas a expressão de Alex era furiosa. Antes que ela
pudesse sair da janela, Alex puxou o braço para trás e socou
o rosto de Reese.

Reese caiu para trás, claramente surpreso pelo soco,


mas ficou em pé segundos mais tarde. O sangue começou a
se formar no canto de sua boca e escorrer de seu nariz. Ele
limpou com as costas da mão e virou para cuspir um bocado
de sangue. Ele ergueu as mãos, num claro ato de rendição,
mas a raiva no rosto de Alex era como um relâmpago no céu.
Ele socou Reese de novo e de novo, o mandando para o chão
mais uma vez. Alex estava em cima dele alguns segundos
depois e continuou batendo como um louco. Tudo estava
acontecendo tão rápido, mas ao mesmo tempo parecia em
câmera lenta. O mais chocante era que Reese se recusou a se
defender. Kiera desceu correndo as escadas e saiu pela porta
da frente.

Assim que saiu, ela pode ouvir as palavras cheias de


raiva de Alex. Elas eram vis e duras como nada que ela já
tivesse ouvido seu irmão dizer.

Alex. Pare, por favor. Você vai matá-lo. Ela gritou


uma e outra vez, mas seu irmão era como uma máquina.

Ela correu até ele e agarrou seu braço que tinha


recuado. No segundo seguinte ela se encontrou caída a
alguns metros de distância. Ela perdeu o ar e estrelas
dançaram na frente de seus olhos. Por um momento ela não
sabia o que tinha acontecido, mas então percebeu seu erro.
Ela não deveria ter corrido para Alex quando ele estava
claramente furioso. O som do grunhido de Alex a levou a
olhar para eles e viu Reese bater o punho na barriga de seu
irmão.

Você pode me bater quanto quiser, mas quando você


coloca suas mãos na minha garota, então eu e você temos a
porra de um problema.

Alex levantou e os dois homens se encararam. Alex


estava ao seu lado um segundo mais tarde, passando as
mãos pelos cabelos.

Kiera, eu sinto muito. Eu não tive a intenção de


empurrá-la para trás assim. Eu estava tão irritado que nem
percebi que era você agarrando meu braço. Ele a puxou
contra seu peito para um abraço.

Você está bem?

Estou bem, Alex. Ela olhou por cima do ombro dele


e viu Reese a observando com suas emoções tão cruas e
visíveis que ela não conseguia conter o fluxo de lágrimas.

Kiera. A voz de Reese estava tensa, e ele limpou a


garganta antes de falar novamente.

Se você puder só conversar comigo, me deixe explicar.


Seu rosto estava machucado e sangrando, e ele segurou
uma mão perto de seu peito, mas toda a sua atenção estava
voltada para ela.
Não tem mais nada para falar, imbecil. Você feriu
minha irmã, e isso faz de você meu problema, Alex disse
sem desembaraçar os braços dos dela. Ela estremeceu
internamente com as palavras de seu irmão. Reese fechou os
olhos e fez uma careta.

Ele abriu os olhos de novo, e ela jurou que viu lágrimas


transbordando nos cantos.

Por favor, Kiera. Apenas me dê cinco minutos, e então


eu não vou incomodá-la nunca mais.

Ela sabia que isso precisava ser resolvido agora. Se


afastando de Alex, ela olhou para o irmão.

Eu ficarei bem.

Ele balançou sua cabeça.

Eu não vou te deixar sozinha com ele. Ele deu um


olhar desagradável para Reese antes de olhar para ela
novamente.

Alex, eu vou ficar bem. Apenas me dê alguns minutos


de privacidade, ok? Levou vários minutos para seu irmão
concordar, e, quando ele voltou para casa, ela sentiu o peso
do constrangimento pairando no ar.

Kiera, meu bem. Ele deu um passo para frente, mas


ela estendeu a mão para detê-lo.

Por favor, não faça, Reese. Ela furiosamente


limpou suas bochechas e enxugou as lágrimas. Ele olhou
para longe, raiva e mágoa cruzaram suas feições.
Kiera viu as fotos, e era difícil pensar que eram nada
mais que a verdade, mas depois do tempo que passou com
Reese ela queria acreditar em qualquer coisa que ele dissesse.
Ela o amava, mas seu pensamento racional a fez se perguntar
o que ele poderia dizer para fazer tudo voltar a ser como
antes?

Eu sei o que você acha que eu fiz após ver as fotos,


mas eu juro que não é o que parecem. Ele deu mais um
passo para a frente, e ela deu um pra trás.

Por favor, Reese, pare.

Suas narinas alongaram, e ele apertou os dentes antes


de concordar.

Eu sei que parece que eu estraguei tudo, mas eu juro,


Kiera, eu não enganei você. Ela veio até mim, e antes mesmo
que eu soubesse o que estava fazendo ela estava no meu colo
e me beijando. Tentei afastá-la, e por isso nas fotos parece
que eu estava segurando ela.

Kiera baixou o olhar para o chão e fechou os olhos. Ele


parecia tão sincero, e ela não podia deixar de acreditar nele.
Como poderia não acreditar quando ele a fez se sentir tão
bem consigo mesma, bem, com exceção deste momento.

Querida, você tem que acreditar em mim. Ele


parecia mais perto, e ela ergueu os olhos e olhou para ele.
Suas emoções estavam abertas para todos verem. Os
pensamentos vis de que o que eles tinham não duraria
cresceu dentro dela. Ela partiria para a OSU no outono, e não
era como se eles tivessem discutido qualquer tipo de planos
para o seu relacionamento.

Reese, o que estamos fazendo? Eles podem ter ido


para a mesma escola durante os últimos quatro anos, e ele
poderia ter sido o cara com quem ela perdeu a virgindade,
mas eles não se conheciam, não de verdade. Eles só se
conheciam há algumas semanas, mas parecia que ela o
conhecesse por toda a sua vida. Ela se arrependia de ter
estado com Reese sexualmente? Tudo o que ela realmente
queria era cair em seus braços e esquecer todo esse drama,
mas ela sabia que não resolveria nada.

Eu não sei do que você está falando, Kiera. Ele se


aproximou, e ela não recuou.

Se você acredita em mim, então vamos seguir em


frente, meu bem.

Se as coisas pudessem ser simples assim, mas sabia


que isso seria apenas um Band-Aid sobre um ferimento mais
grave.

Reese, você já pensou sobre o que vai acontecer


quando eu partir para a faculdade no outono?

Um olhar de confusão passou por seu rosto. Ele


provavelmente pensou que havia algo de errado com ela por
ter mudado de assunto tão rapidamente.

Eu te juro, Kiera. Por favor, você tem que acreditar em


mim.
Uma nova onda de tristeza a encheu. Ele ainda achava
que ela estava falando sobre as fotos, quando na realidade
não estava.

Eu acredito em você, Reese, eu realmente acredito.


O alívio que tomou conta de seu rosto fez seu coração se
partir.

Isso é tão bom, querida. Sua voz era sincera, e uma


expressão cheia de alegria cobriu seu rosto.

Seu peito se apertou com mais força. Ela viu uma


lágrima escorrer no canto de seus olhos. Ele parou bem na
frente dela, mas não fez nenhum movimento para tocá-la. Ela
não achava que poderia aguentar se ele a tocasse, não com
suas emoções à flor da pele.

Eu pensei que a tinha perdido, Kiera. Deus, eu não


quero nem pensar nisso. Ele fechou os olhos, e mais
lágrimas caíram.

Eu não posso explicar porque as pessoas fazem essas


coisas, mas o fato de que você acredita mim... Ele cobriu o
rosto com as mãos, e seu grande peito arfava.

Kiera começou a chorar mais, o que o fez abaixar as


mãos e olhar para ela preocupado.

Kiera, baby, eu juro que tudo vai ficar bem. Somos


mais fortes do que isso, do que qualquer um que quer nos
derrubar.

Reese, eu não estou falando sobre as fotos, estou


falando sobre nós. Ela virou de costas para ele e olhou
para a porta da frente fechada. Alex estava logo atrás, será
que ele era capaz de ouvir que tudo estava indo por água
abaixo?

Eu não entendo. Sua voz era tensa, mas ela não


teve coragem de encará-lo.

Eu só preciso de algum tempo para pensar, para


descobrir o que estou fazendo. Enfrentá-lo novamente foi
mais difícil do que ela pensava que seria e quando ela olhou
nos olhos dele sentiu a dor verdadeira. Seu olhar era vazio de
qualquer tipo de emoção, como se ele estivesse olhando
através dela.

Talvez tudo isso tenha sido um sinal ou algo assim?


Mesmo que não seja verdade, como eu poderia pensar que
um cara como você e uma garota como eu iria durar? Ela foi
sem importância por tanto tempo, a gordinha em quem
ninguém nunca prestou atenção, até que Reese Trenton a
notou. Ela não queria tempo, não queria nenhum espaço
entre eles, mas todo este drama a fez perceber que eles não
se conheciam de verdade.

Sim, isso era exatamente o que ela precisava fazer,


porque seus pensamentos estavam selvagens em função de
suas emoções e ela não conseguia pensar claramente.
Antes que ela pudesse se mover,
ele estava falando.
Um tempo separados... Ele olhou para longe, e
durante vários agonizantes minutos não se mexeu. Ele virou
e olhou para ela novamente.

Você acredita em mim, mas ainda precisa de tempo?


Basicamente, você está desistindo de nós?

Ela abriu a boca, mas nada saiu. Tudo estava passando


diante de seus olhos e era como se alguém tivesse roubado
sua voz.

Você está desistindo de nós? Ele perguntou de novo,


sua voz mais forte mostrando claramente sua dor.

Isso não é verdade, Reese. Seu peito subia e descia


com dureza.

Eu me importo com você, eu... Antes que ela


pudesse dizer que cometeu um erro de duvidar deles, e antes
que ela pudesse confessar que o amava, ele ergueu a mão,
parando suas palavras.

Eu não quero machucar você ou impedi-la de pensar


sobre as coisas. Só saiba que eu faria qualquer coisa por
você, Kiera. Ele se aproximou.

Porra, eu faria qualquer coisa. Ela ficou sem


palavras por sua admissão. Ele limpou a garganta várias
vezes.

Você sabe, eu sempre me senti como um bastardo.


Eu usei mulheres para nada mais do que uma noite, me
embebedando para entorpecer meus demônios, e lutando,
vivendo através da dor que eu sentia. Você veio, e eu senti
algo mais do que raiva. Você trouxe luz à minha vida, e eu
não quero abrir mão disso.

Suas palavras eram tão abertas e honestas que um


soluço rasgou seu peito. Se ela pudesse apenas falar para ele,
ela sabia que as coisas ficariam bem.

Oh, Reese... Antes que ela pudesse fazer as


palavras saírem, ela estava em seus braços e seus lábios
estavam nos dela. Não foi um beijo sensual, mas cheio de
promessas e tristeza. Suas lágrimas se misturaram, e o sabor
salgado banhou seus lábios.

E então ele se foi. Simplesmente se foi. Seus joelhos


ameaçaram desmoronar ao vê-lo partir.

Alex veio atrás dela e colocou as mãos em seus ombros,


dando o apoio silencioso que ela precisava. Seus dedos
coçaram para ligar para Reese, dizer a ele que voltasse e que
tudo ficaria bem, mas ao invés disso virou no peito de Alex e
chorou silenciosamente.
Uma semana depois.

A última semana de aula para os seniores passou


rapidamente, e durante esse tempo ela quase não viu Reese.
Nas vezes em que seus caminhos cruzaram ele nunca a olhou
ou falou com ela, apesar de suas tentativas de falar com ele.
Ligar para ele foi inútil, já que ele não atendia, e mensagens
de texto deram o mesmo resultado. A primeira e única vez
que ela foi capaz de realmente falar com ele, ele estava
distraído e tentou esconder a sua mágoa. Ele não deu tempo
para realmente falar antes que tivesse ido embora
novamente. Era culpa dela que ele sentisse necessidade de
dar espaço. Ela deveria ter sido mais forte e falado que o
amava quando tudo aconteceu. Ela deveria ter apenas falado
para que ele soubesse a verdade.
O dia da formatura veio e passou, mas ela não sentia
qualquer tipo de emoção. Reese não tinha sequer aparecido,
apesar de seu nome ter sido chamado. A dor que sentia no
pensamento por ele não estar lá, de não aceitar tão grande
realização, a fez lamentar tantas coisas que fez. Ela queria ter
ido até ele, e dizer todas as coisas que estavam entaladas
dentro dela. Fiel à sua palavra, ele ficou longe, apesar de
suas tentativas de fazer o relacionamento deles voltar ao que
era antes. Reese era uma pessoa extrema, por natureza, e,
portanto, a situação estava nessa mesma situação.

Ele consumia seus pensamentos noite e dia, e tudo o


que ela queria eram seus braços grandes e fortes em volta
dela. Ao longo dos últimos dias Molly e Ian tentaram falar
sobre tudo o que aconteceu, mas Kiera manteve os detalhes
para si mesma. Foi uma tortura, até mesmo dizer que eles
estavam dando um tempo um do outro, porque na realidade
não era isso que ela queria. Talvez no início, mas então ela
percebeu que ele era a única pessoa para ela. O que quer que
seus amigos viram em sua expressão os fizeram deixar por
isso mesmo.

Não levou muito tempo depois de tudo o que aconteceu


para que ela lesse as mensagens de Reese e os correios de voz
que ele deixou naquele dia em que o mundo pareceu se
desintegrar. Elas eram honestas e de partir o coração, e ouvir
sua voz profunda estava causando tanta angústia dentro dela
que não foi capaz de terminar de ouvir o resto.
Kiera, por que você não vai apenas falar com ele?
Molly sentou ao lado dela na cama e afastou os cabelos do
rosto.

Você não entende, Molly. Eu tentei falar inúmeras


vezes, mas ele acha que eu preciso desse tempo. Kiera
cobriu o rosto e exalou.

Fui eu que o afastei. Eu não posso nem me desculpar


ou dizer que o amo porque ele não retorna minhas ligações
ou mensagens.

Alex esteve lá para ela, mas aquele em quem ela


pensava, achava estar fazendo a melhor coisa para eles
agora. Ela não contou aos seus pais, mas sabia que sua mãe
notou a mudança nela. Felizmente, ela não procurou por
respostas.

Kiera, na verdade é muito fácil. Molly se inclinou


para ela, e elas descansaram suas cabeças juntas.

Ele é uma alma torturada. Ela olhou para Molly.

Ele não tem ninguém que se preocupa com ele, ou


com o que está fazendo, e embora isso machuque os dois, é
algo que ele acha que é certo. Eu até o apoio dar um
tempo , mas eu posso ver a tristeza em ambos. Molly
empurrou uma mecha de cabelo do rosto e sorriu.

Ele te ama, eu posso dizer. Ouvir Molly dizer que


Reese a amava fez o coração de Kiera bater rapidamente.
Poderia ele realmente a amar?
Eu não estou dizendo que Reese é um anjo, mas ele
também não é horrível, um idiota assustador como todos
dizem ser. Você deve seguir seu coração, porque antes que
você perceba pode acabar.

Kiera sacudiu a cabeça e olhou para Molly.

Quando você se tornou tão malditamente inteligente?


Molly sorriu.

Quando você olha para nós, o que você vê?

Molly parecia confusa.

O que você quer dizer?

Só isso. Quando você vê Reese e eu juntos, o que você


vê?

O rosto de Molly suavizou, e ela sorriu.

Você e essas malditas perguntas profundas. Eu vou


te dizer exatamente o que eu penso, mas quero que você me
escute de verdade, ok?

Kiera assentiu, sem saber onde isso estava indo, porque


parecia que Molly estava prestes a dizer algo muito
importante ... Outra vez.

Eu vi como Reese era antes de você e como nunca


falava ou saia conosco. Ele se mantinha fechado, a cabeça
baixa, e não se envolvia a não ser que fosse confrontado.
Então você veio e a mudança nele era evidente. A porcaria da
escola toda estava falando sobre isso. Kiera não se
lembrava de nada disso, e como se Molly lesse a sua mente,
ela disse:
Vocês estavam muito focados em vocês mesmos para
perceber o que estava acontecendo. Droga, eu acho que Reese
nem sabia que estava sendo o motivo do falatório. Tenho
certeza de que, se soubesse, ele teria colocado um fim nisso.
Molly encolheu os ombros, mas manteve os olhos em
Kiera.

Eu acho que a maneira como as coisas aconteceram


foi muito ruim, mas pergunte a si mesma se você pode ir para
a OSU sem olhar para trás. Você pode colocar o que você e
Reese tiveram no passado, só porque ele fez o que você pediu,
e está dando tempo para pensar sobre as coisas? Molly
levantou e sentou de pernas cruzadas em sua cama, de frente
para Kiera.

Eu vi o quão feliz você estava. Desde que a conheço,


nunca houve uma época em que você esteve assim. Você
sempre usa a cabeça, Kiera, mas desta vez você deve usar o
coração.

Com isso Molly se levantou e pegou sua bolsa.

Basta lembrar o que você pode ter, e não o que


poderia acontecer se você se der uma chance com Reese.
Você é teimosa, é claro, ele também é. É evidente que ele
pensa que está fazendo a coisa certa, mas é agora que você
precisa assumir o comando e mostrar a ele o que você
realmente quer. Ela beijou Kiera no topo da cabeça e a
deixou sozinha com aquelas simples, porém, muito poderosas
palavras.
Maldita seja, Molly, disse Kiera para si mesma e
sorriu. Indo para a janela, ela olhou para fora. A vida dele foi
difícil, com um passado traumático. Ele não achava que era
bom o suficiente para qualquer coisa, especialmente para ela,
e ela sabia que uma parte dessa distância era por causa
disso. Deixá-lo ter todo esse tempo para pensar sobre as
coisas certamente não era bom para ninguém, porque tudo o
que podia pensar eram os pensamentos vis que poderiam
passar pela cabeça dele. Ela precisava dizer que era digno,
que o relacionamento deles era digno, e que ela o amava mais
do que qualquer outra coisa. Esses pensamentos somente
solidificaram sua crença a respeito do que ela precisava fazer.
Uma batida na porta do quarto a fez se afastar da janela. A
porta se abriu e Alex pediu para entrar.

Está tudo bem se nós conversamos?

Ela assentiu e sentou na beira da cama. Alex se


aproximou e sentou ao lado dela. O quarto ficou em silêncio
enquanto eles se sentaram lado a lado.

Você tem estado tão triste, Goober. Alex olhou para


ela, a dor no rosto de seu irmão mais velho era clara.

Kiera sussurrou:

Eu sei. Ela não explicou os detalhes de como se


sentia a respeito de Reese para ninguém, além de Molly.

Alex assentiu e baixou a cabeça novamente. Ele olhou


para as mãos e ela se viu fazendo o mesmo. Elas eram
grandes e bronzeadas, como as de seu pai.

É por causa de Reese, certo?


Sim.

Ele assentiu novamente. Depois de um momento, ele


exalou e levantou a cabeça para olhar para ela.

Naquele dia, ele disse algumas coisas para mim.


Ela sabia que conversaram, ou mais, gritaram um com o
outro, mas ela não foi capaz de ouvir o que estava sendo dito.
Kiera manteve o silêncio e esperou que ele continuasse.

Eu disse a ele que, se ele chegasse perto de você


novamente eu o mataria e que ele não machucaria você
novamente. Alex pegou sua mão e deu um aperto.

Eu estava tão irritado porque ele te fez chorar, Kiera.


Tudo o que eu queria era machucá-lo. Ele me disse que a
amava, que você era a única coisa em sua vida que valia
alguma coisa. Alex levantou os olhos para ela.

Eu queria acreditar que ele só disse essas coisas


porque eu estava para chutar sua bunda, mas eu estaria
mentindo se dissesse que ele não quis dizer cada maldita
palavra. Eu vi nos olhos dele, Kiera. Esse cara te ama tão
profundamente que apenas ficou lá e me deixou chutá-lo,
apesar do fato de que poderia ter revidado. Alex sorriu.

Enquanto meu punho continuava batendo em seu


rosto, ele repetia que te amava.

Essas palavras de seu irmão fizeram tudo ao seu redor


desaparecer até que ela não conseguia se concentrar em nada
além de suas palavras.

Ele disse isso? Ele disse a você que me amava?


Alex acenou.

Sim, o bastardo estúpido. Ele riu, em seguida, um


honesto sorriso divertido.

Lá estava eu, o machucando para valer e o idiota


continuava dizendo que estava apaixonado pela minha
irmãzinha. Alex se virou para ela.

Assim é melhor. Ele a puxou sobre seu queixo, e


seu sorriso cresceu.

Você tem a luz de volta a seus olhos.

As lágrimas vieram rápido e fortes, mas desta vez ela


não as limpou. Ela não se incomodou em dizer a Alex que
Reese era quem estava mantendo distância. Nada disso
importava. Ela o amava e ele a amava, Kiera estava cansada
de estarem separados. Ela o faria ver a razão, fazê-lo perceber
que eles eram bons juntos. As coisas foram por água abaixo
tão rápido e ela não deveria ter dito que precisava de tempo e
o afastado. Ele estava fazendo o que ela queria e ela não disse
a ele como se sentia antes que ele se fosse. Ele ficou longe
dela e a cada dia que passava ela percebia o erro que
cometera. Kiera deveria ter conversado com ele, falado sobre
os problemas e ficado com o cara que amava. Era a hora de
tudo se acertar de novo.

Eu posso não gostar, mas eu não suporto ver você


assim. O cara te ama e está claro que você o ama. Você deve
ter o que te faz feliz, Kiera, o que coloca esse sorriso em seu
rosto. Ele segurou seu rosto com as mãos e se inclinou
para pressionar um leve beijo no centro de sua testa.
Mas se ele fizer você chorar novamente eu vou
quebrar seus braços e pernas. Kiera riu e o abraçou.

Obrigada, Alex.

Pelo que, Goober?

Por ser o melhor irmão mais velho que uma garota


poderia pedir. Ela se afastou e sorriu genuinamente pela
primeira vez desde que tudo mudou.

E também por me deixar usar sua caminhonete.


Ele riu e enfiou a mão no bolso para dar as chaves. Kiera não
perdeu mais nenhum minuto, calçou os sapatos e correu
para fora da casa. Ela precisava encontrar Reese.

Kiera não sabia por onde começar sua busca por Reese.
Era uma tarde de sábado e sabia que ele trabalhava no
estúdio de tatuagem ocasionalmente, de modo que foi onde
ela foi procurar primeiro. Havia uma tonelada de carros
estacionados fora da pequena e degradada loja, mas ela sabia
que era uma loja de tatuagem bem conhecida e respeitada.
Ela não viu o Trans-Am de Reese, mas pensou que poderia
estar estacionado na parte de trás, onde ela não podia vê-lo.
Depois de estacionar seu carro e ir à porta da frente, ela
percebeu que se sentia tonta por causa de seus nervos. Por
que ela estava tão nervosa? Podia ser o fato de que Reese
poderia mandá-la embora, que talvez em todo esse tempo
pensando ele percebeu que eles realmente não dariam certo?
E se ele percebeu que a distância foi melhor?

Kiera balançou a cabeça, não querendo seguir por esse


caminho. Ela iria se preocupar se e quando precisasse.
Um sino tocou quando ela abriu a porta. Música de rock
clássica tocando alto e o zumbido da agulha misturado com a
música.

Eu estarei com você em apenas alguns minutos.


Sente, querida. Um homem mais velho com uma longa
barba branca e tatuagens cobrindo seus braços e até mesmo
o pescoço, gritou ainda debruçado sobre as costas de uma
mulher de meia-idade.

De longe Kiera podia distinguir a imagem de uma carpa


em seu ombro. Ela sentou no preto e surrado sofá de couro e
pegou uma revista. A capa mostrava uma mulher tatuada
usando nada mais que algumas tiras de tecido. Após dez
minutos folheando as páginas, o homem mais velho parou em
frente a ela.

O que posso fazer por você? Kiera se levantou e


colocou a revista na mesa ao lado dela. Esse seria Max, o
proprietário e a única pessoa que Reese admirava?

Hum. Ela olhou ao redor na esperança de que


Reese magicamente aparecesse vindo das salas dos fundos e
isso tornaria tudo muito mais fácil.

Na verdade, estou procurando por alguém. Pensei que


ele poderia estar aqui. Ele não disse nada, apenas levantou
uma sobrancelha incrivelmente espessa e esperou que ela
continuasse.

Reese Trenton trabalha hoje? Um flash de surpresa


tomou conta do rosto do homem, e ela se perguntou se era
porque alguém estava procurando por Reese. Esse
pensamento a fez sentir incrivelmente triste.

Reese? Ele lentamente disse seu nome e Kiera


assentiu.

Ele, uh, me disse que trabalhava aqui, mas não me


disse seus horários ou algo assim, Kiera tentou ligar para
ele quando entrou na caminhonete, mas como ele não
atendeu, ela não tinha como saber onde ele estava. Ela
nervosamente torceu as mãos a sua frente.

Sim, ele trabalha aqui, só que não hoje. Ele não se


moveu da frente dela, apenas continuou a observá-la com os
olhos escuros. Ela teve a estranha sensação de que este
homem a conhecia, apesar do fato de que ela nunca o
conhecera. Reese falou a ele sobre ela?

Oh. Ok, obrigada. Ela virou para sair, mas ele a


chamou. Ela parou e olhou para ele.

Eu só quero que você saiba Reese é um bom homem.


Kiera assentiu, porque sim, ela sabia disso, mas estava um
pouco confusa do porquê ele estava dizendo isso a ela.

Ele não quis falar comigo sobre o que o estava


incomodando, mas eu sabia que era por sua causa.

Kiera virou totalmente e ergueu as sobrancelhas.

Eu não entendo o que você quer dizer.

Kiera certo? Ela acenou que sim e ele continuou.

Eu conheço Reese há muito tempo, e quando ele me


contou sobre essa garota, você, que significava tudo para ele,
eu sabia que você era especial. Ele sempre se manteve
fechado em si mesmo, nunca pensou que era bom o
suficiente, e arranjou mais problemas do que eu gostaria.
Mas ele é um bom homem, e eu o amo como meu próprio
filho. Ele mantém as coisas para si mesmo, pensando que
falar sobre seus problemas vai ser um fardo aos outros ao
seu redor. Então, quando eu toquei no assunto, pude
perceber, pela maneira que ele ficou tenso e se recusou a
falar, que as coisas entre vocês dois não estavam bem.
Max respirou fundo e foi até a mesa de recepção. Ele ficou
atrás dela por um momento, claramente pensando no que
dizer em seguida.

Eu não deveria estar dizendo isso para você, porque


não é da minha conta, mas eu tenho um pequeno conselho
para você, uma vez que ele não vai me ouvir. Nunca tome por
definitivo aquilo que faz seu coração disparar e sentir um
aperto na barriga. Não há muitas coisas na vida que valham
a pena lutar, mas quando você se importa com alguém, é
quando você anda até os confins do mundo para fazer
acontecer. Suas palavras ficaram suspensas no ar, e a
emoção atingiu Kiera rápido e dura.

Obrigada por isso.

Ele acenou tenso.

Mas eu não posso ajudá-la, porque não sei onde ele


está. Tudo o que ele me disse foi que sairia para pensar um
pouco.
Obrigada novamente. Kiera saiu da loja e apenas
ficou lá, parada. Não demorou muito tempo para pensar onde
ele provavelmente estava. Ela voltou para a caminhonete e
começou a ir para a propriedade do Sr. Kline, mas fez
algumas voltas e acabou dirigindo devagar para a casa de
Reese ou o que ela acreditava ser a sua casa. As palavras de
sua mãe sobre a casa dos Trenton e o fato de Reese dizer que
vivia na periferia a fez ter esperança de que estava indo na
direção certa. A casa, se é que poderia ser chamada assim,
parecia que estava nas últimas. A pintura estava saindo e até
mesmo inexistente em alguns lugares, e o telhado estava
precisando de reparos urgentemente. No quintal não tinha
grama, embora houvesse algumas manchas marrons. O carro
de Reese não estava na frente, mas ela viu um homem mais
velho, que era tão grande como Reese tropeçar do lado de fora
da casa. Ele estava praticamente arrastando uma mulher
com aspecto frágil pela mão atrás dele. Ela sabia, sem
dúvida, que aqueles eram os pais dele. O homem segurava
uma garrafa de bebida na mão, e a mulher estava rindo
incontrolavelmente. Ficou claro que eles estavam bêbados,
ambos. A raiva a encheu e ela brincou com a ideia de ir até o
homem e chutá-lo nas bolas e chacoalhar a mulher até que
viesse a razão. Ela sabia, no fundo de seu coração, que eram
os pais de Reese. Em vez de parar e falar o que pensava, ela
pressionou seu pé no acelerador e apertou as mãos no
volante.

Ela seguiu para a pequena faixa de terra ao lado da


estrada e saiu da caminhonete. A corrida de volta para a
lagoa parecia ter demorado uma eternidade e seu coração
estava batendo a mil por hora. Ela não estava preocupada
com Kline descobrir que ela estava invadindo a propriedade,
porque seus pensamentos estavam focados unicamente em
Reese.

Kiera só esperava que ele estivesse no celeiro, porque


senão, a última opção de onde ela poderia pensar em
procurá-lo seria a casa de Marcus. Ela finalmente chegou ao
celeiro e passou por cima de vários pedaços de detritos que
cobriam o chão. Lembranças de sua última vez ali encheram
sua mente e a fizeram andar mais rápido. Tudo estava tão
quieto e silencioso que ela temia que estivesse errada e Reese
não estivesse ali, mas ela virou a esquina e entrou naquele
quartinho onde Reese a levou e a tocou tão intimamente. Lá
estava ele, deitado no chão com os olhos fechados e seus
fones de ouvido. Por um momento, tudo o que ela fez foi olhar
para ele. Parecia tanto tempo desde que o vira pela última
vez. Ele era grande e forte com as pernas estendidas diante
dele, os tornozelos cruzados e as mãos atrás da cabeça. O
desejo de ir junto a ele, envolver os braços em torno de sua
cintura e segurá-lo perto era tão forte que ela começou a fazer
exatamente isso, mas mesmo com os olhos fechados e sua
audição prejudicada pela música alta e raivosa que vinha de
seu Ipod, Reese podia senti-la. Ele abriu os olhos, virou a
cabeça e então estava olhando para ela. Por longos segundos,
ela não se moveu, nem respirou. Lentamente, ele se levantou
e desligou seu IPod. Sua garganta trabalhava enquanto ele
engolia em seco e ela podia sentir a força dele de onde estava.
Agora que ela estava tão perto dele não sabia o que dizer.

O que você está fazendo aqui? Ele engoliu em seco


novamente.

Reese, eu... As palavras ficaram obstruídas em sua


garganta, e ela respirou fundo.

Sinto muito, mas, por favor não me exclua


novamente. Eu sei que você acha que isso é o que quero e sei
que fiz você se sentir assim. Eu fui idiota por pensar que
precisava de tempo para pensar sobre as coisas e trabalhar
com o que quer que tivesse me incomodando. Este tempo
longe de você tem sido tão difícil para mim, sei que não é o
certo. Deus, Reese, eu te amo tanto. Ela esperava que ele
pudesse perceber que suas palavras significavam muito mais.
Elas continham toda a sua emoção, todos os seus
sentimentos e acima de tudo, todo o seu amor por Reese
Trenton. Ele levantou lentamente, e Kiera se encontrou
dando um passo para trás, preocupada de que ele a
mandasse embora. Ele não respondeu, e o peso de suas
palavras ficou no ar entre eles.

O quê? Ele engoliu em seco novamente, e quanto


mais próximo ele ficava mais ela percebia como suas emoções
eram cruas. Gotículas minúsculas de suor que não estavam
lá antes brotavam em sua testa. Olhando ao redor da sala
nua, com as ripas quebradas e telhado estragado, tudo o que
Kiera conseguia se lembrar eram dos segredos que ele
compartilhou sobre si mesmo e a sensação de que o vínculo
entre eles, de alguma forma, tinha se tornado mais forte.

Eu te amo, Reese e eu deveria ter dito isso antes de


você sair. Ele deu outro passo lento, quase hesitante.

Alex me disse o que falou naquele dia que você veio à


minha casa, o quanto você se importa comigo. Suas mãos
estavam suadas, e ela as esfregou em seu jeans.

Diga alguma coisa, por favor. Ele olhou para o


chão, o medo e o mau agouro bateram nela. Era isso, o fim do
que ela teve com ele. Foi curto, mas rápido, incrível e uma
relação que ela iria comparar a todas as outras o resto de sua
vida. Incapaz de continuar olhando para ele porque revelou
suas emoções, Kiera olhou para o chão.

Eu te amo, Reese e me assusta a minha vida sem


você. Ela levantou a cabeça para olhá-lo e perdeu o fôlego
quando percebeu que ele estava bem na frente dela. Ela
inspirou seu cheiro em seus pulmões e esperou ansiosamente
para ouvir qual seria sua resposta.

Durante vários segundos tudo o que fez foi olhar para


ela. Em seguida, levantou a mão e segurou seu rosto. Ela
fechou os olhos e se inclinou a seu toque.

Olhe para mim. Suas palavras eram baixas.

Eu pensei que dar espaço e tempo para pensar fosse


a coisa certa a fazer. Eu sei que eu não mereço você, mas sou
um bastardo egoísta. Não me senti assim até que passasse
mais tempo e eu realmente pensasse em nós dois juntos e
achei até bom que essas fotos apareceram. Você poderia ver a
pessoa que eu sou

Ela o cortou.

Você é merecedor de muito mais do que você se dá


crédito, e foi horrível a forma como eu te tratei e agi após
essas imagens aparecerem. Essas fotos não são verdadeiras,
e o cara nessas fotos não é quem você é. Eu sei, Reese.
Minhas emoções eram fortes no início e não sabia como
aceitar o que eu estava vendo, mas o amor que tenho por
você não me deixa ficar com aqueles sentimentos horríveis de
que você e eu não daríamos certo. Estava morrendo de medo
de ser magoada por você, porque isso é exatamente o que iria
acontecer. Foi estúpido deixá-lo ir embora, mas eu estava
com tanto medo de tudo.

Ele respirou fundo e soltou o ar lentamente.

Eu odeio que sua vida tem sido da maneira que é,


mas eu quero experimentar tantas coisas boas com você. Eu
quero criar memórias que tragam um sorriso em seu rosto e
afastem todas as outras negativas. Ela estava pressionada
em seu peito duro segundos depois.

Eu não posso te dizer o quanto eu lamento sobre


tudo, e como eu agi mal. Eu odeio que deixei Andrea ficar
entre nós dessa forma e não deveria ter deixado isso
acontecer.

Você está errada, Kiera. Ela olhou em seus olhos,


com intenção de discutir sua declaração, quando ele começou
a falar novamente.
Eu não mereço você. Eu te amo, Kiera Sheppard,
muito. Eu não posso nem respirar sem pensar em você, não
posso comer ou dormir. Este tempo longe de você, mesmo
que eu tenha pensado que era o melhor, tem sido um inferno.
Eu tenho andado dentro desse nevoeiro, na esperança que
fosse passar, mas sabendo, em meu coração, que não iria.
Ele se afastou e olhou para ela, as lágrimas em uma queda
constante pelo seu rosto, como no dela.

Eu sei que tudo isso é uma loucura, que somos


jovens e temos anos à frente de nós. Ele respirou fundo e
fechou os olhos. Quando os abriu novamente o azul da sua
íris era tão vibrante que parecia irreal.

Eu nunca estive mais seguro de que você é minha e o


fato de que você me quer tanto quanto eu a quero, me toca, e
me faz ter esperança de mudar essa minha vida fodida. Vou
passar o resto da minha vida provando que eu sou digno de
seu amor.

Não, Reese, o seu amor me humilha, e eu vou provar a


você que eu sou digna dele.

Seus olhos estavam profundos e cheios de significados e


suas palavras a atravessaram como uma segunda alma.

Ele levantou a mão dela e a colocou sobre o coração.

Agora entendo o que significa se preocupar com


alguém mais do que consigo mesmo. Eu agora percebo a
profundidade da emoção que a pessoa que você ama gera
dentro de você. Ela se sentia da mesma maneira.
E foi assim, em questão de minutos, toda a dor e
sofrimento, toda a solidão e preocupação, desapareceram. O
mundo se endireitou, e ela se sentiu completa mais uma vez.
Ele estava certo. Eles eram jovens e tudo aconteceu na
velocidade da luz, mas não havia nenhuma dúvida em sua
mente ou coração de que este era o lugar que ela estava
destinada a estar.
Um ano depois

Kiera firmou as mãos sobre os sacos de compras e subiu


as escadas até o pequeno apartamento que ficava a cinco
minutos da Universidade Estadual de Ohio. Elas pareciam
durar para sempre e após um ano marchando para cima e
para baixo ela ainda não estava acostumada com o treino
esgotante. Ela fazia malabarismos com as chaves e sacos
plásticos de mantimentos em suas mãos, enquanto tentava
destrancar a porta da frente. Ela abriu um minuto depois e
Reese estava do outro lado, com nada além de um par de
shorts. Seu peito brilhava com o suor, e as tatuagens
coloridas que cobriam seus braços se destacavam em
contraste com a pele bronzeada. Suspirou involuntariamente
com a visão. Depois que as coisas se ajeitaram, um ano atrás,
eles passaram todo o verão conhecendo um ao outro. Ela
descobriu tantas coisas a respeito dele, por mais simples que
fossem, eram extremamente importantes para ela. Ele
gostava de sorvete rocky road, mas não comia as amêndoas.
Gostava de ketchup, mas odiava tomates. Sua canção
favorita era In My Life , dos Beatles e quando eles fizeram
amor enquanto a música tocava, ele sussurrou a letra para
ela, se apaixonou por ele mais uma vez.

Seus pais e Alex foram cautelosos, mas apoiaram seu


relacionamento e Reese ganhou pontos com seus pais quando
investiu tempo em conhecê-los. O pai dele, Hugo, foi preso
durante o verão e agora estava encarando um tempo na
prisão. Talvez ficar preso o ajudasse no caminho da
recuperação.Com Hugo fora de cena a mãe de Reese estava
agora em um programa de recuperação para obter uma ajuda
muito necessária. Durante o ano passado ela melhorou
drasticamente, mas todo mundo sabe que ela ainda tem um
longo caminho pela frente. Reese foi vê-la algumas vezes, e
quando ele perguntou se Kiera queria ir junto, ela não
hesitou. Estar lá por ele em todos os sentidos possíveis era
algo que ela não precisava pensar duas vezes.

Ele a puxou para dentro e bateu a porta atrás de si. O


olhar em seu rosto era como o que ela estava muito
familiarizada. Era quente e dizia que Reese queria alguma
coisa dela.

Sem afastar o olhar, ela disse,

Eu vejo que você estava se exercitando. Kiera


deixou os sacos no chão sem tirar os olhos de cima dele.

Ele deu um passo predatório em direção a ela.

Sim, eu estava. Ele pegou uma toalha, que não


tinha notado até agora e a passou no rosto e no peito. Deveria
ser ilegal um cara parecer tão bem sem camisa. Ele deu mais
um passo e outro, até que ficou bem na frente dela.

Você sabe como eu fico quando eu me exercito, ou se


estou perto de você, ou apenas olho para você. Ele sorriu.

Nunca falhava, toda vez que ele se exercitava ficava


malditamente excitado. Talvez fosse a adrenalina e a
testosterona bombeando em suas veias que o fazia ficar
selvagem? Fosse o que fosse, era quente para cacete.

Você está todo suado. Ela quis dizer isso com


desgosto, mas ao invés disso, saiu como um gemido ofegante.
Na verdade, ela não se importava se ele estava suado. Era do
tipo bom, limpo e ela queria toda essa carne suada
pressionada contra ela. Ele se inclinou para frente e
sussurrou tão perto de sua boca que ela sentiu o anseio
percorrendo seu corpo até atingir seu âmago.

Você gosta quando estou assim. Sua língua saiu e


correu ao longo de seu lábio inferior.

Faz você se lembrar de fazer sexo comigo. Ele


passou a mão pelas costas dela e segurou seu traseiro
através do vestido fino que o cobria.

Faz você pensar no meu pau enterrado bem fundo na


sua boceta apertada.

Deus, o jeito que ele falou, como um pervertido foi tão


quente que ela não podia suportar. Kiera colocou as mãos
sobre seus ombros, porque ela temia desmoronar no chão.
Toma banho comigo, baby. Ele não precisava pedir
duas vezes, especialmente porque ele já a excitou a ponto de
não poder pensar com clareza. Sua vagina estava molhada, e
os mamilos duros através de seu vestido. Pegando sua mão,
Reese a arrastou para o banheiro. Seu apartamento era
pequeno, apenas um quarto, um banheiro, uma cozinha e
sala de estar que era praticamente o mesmo cômodo. Era
velho, e o carpete era dos anos setenta, mas era limpo, perto
da OSU, e em uma parte decente de Columbus. E também
era deles, e ela podia dormir ao lado de Reese, todas as
noites, nada podia superar isso.

Ela estava matriculada no segundo ano OSU, e ficou


encantada quando Reese se matriculou também. Quando ela
se mudou para Columbus em função da faculdade, ele veio
com ela. Não havia mais nada para ele na cidade, além disso,
ele não aceitaria um não como resposta. Não que ela teria
dito não a ele, mas ele era um homem com muita força de
vontade. Seus pais não estavam felizes, assim como seu
irmão, mas ela era adulta e capaz de tomar suas próprias
decisões. Ele conseguiu um emprego e se inscreveu em
alguns cursos, mas o tempo passou. Agora, entretanto, ele
finalmente se matriculou para aulas no outono, e ela não
poderia ter ficado mais orgulhosa dele.

Kiera se aproximou e colocou os braços ao redor da


cintura dele.

Já decidiu em que você irá se formar?


Ele se inclinou e ligou o chuveiro. Com uma voz séria,
ele disse:

Sim. Acho que vou ser um ginecologista.

Kiera deu uma gargalhada e cutucou suas costelas.

Você é um porco.

Ele virou e escorregou as alças do vestido de seus


ombros. O tecido embolou a seus pés e um arrepio passou
através de seu corpo quando sua pele nua tocou a dele.

Você percebe que terá que olhar vaginas de senhoras


idosas, certo?

Ele a beijou indo do lado de seu rosto até sua garganta.

Mmm, talvez eu fique com engenharia.

Boa ideia. Kiera fechou os olhos e suspirou quando


suas mãos grandes e quentes cobriram seus seios. Ele parou
e se afastou para olhar para ela. Os olhos dele nos seios, em
seguida, em seus olhos como se só agora estivesse
percebendo que ela estava sem sutiã.

Você não estava usando sutiã hoje? Ela balançou a


cabeça e suspirou quando seus dedos beliscaram seus
mamilos simultaneamente.

Você vai me levar a porra da loucura. Ele colocou a


boca em volta de sua garganta e murmurou:

Terei que entrar em um bocado de lutas para proteger


sua honra.
Quem se importa com honra, quando você está me
tocando desse jeito? Ela gemeu quando percebeu que falou
em voz alta. Sua risada profunda foi direto para seu clitóris e
em seguida, sua mão estava entre as coxas dela. Ele
empurrou a calcinha de lado e esfregou seu clitóris.

Eu não queria falar isso em voz alta. Ele riu


novamente.

Eu sei, e é isso que faz ficar ainda mais excitante.


Sua boca estava sobre a dela e então ele estava empurrando
a calcinha para baixo em suas coxas, tirando seus shorts e a
empurrando para o chuveiro. A água estava quente, do jeito
que ela gostava, e o vapor aumentou em torno deles. A parede
estava fria contra suas costas quando a pressionou e ele
reivindicou sua boca mais uma vez. Sua língua acariciando a
dela, e seus dedos provocando seu clitóris bem antes que ele
os escorregasse em sua entrada, foi uma sobrecarga
sensorial.

Ele murmurou contra os lábios úmidos,

Isso é bom, baby?

Você sabe que sim.

E ele sabia, porque a forma como ele brincou com seu


corpo era da mesma forma que um maestro conduzia sua
orquestra. Mais e mais ele bombeou seus dedos em sua
vagina. Ele moveu o polegar em seu clitóris, esfregando
aquela pequena saliência até que ela teve que enterrar as
unhas em seus ombros e morder o lábio para não gritar em
seu clímax. Nenhuma vez ele parou de bombear aqueles
longos e grossos dedos em seu corpo, não até que seu clímax
estivesse acabado e ela tivesse ficado ali de pé, mole e sem
fôlego. Ele tirou os dedos dela e os trouxe, brilhantes de seus
sucos, até a boca. Ele chupou até limpá-los, sem nenhuma
vez quebrar o contato visual. Ele podia transar com ela com
apenas um olhar e isso era exatamente o que ele estava
fazendo. Sem dizer nada, Reese a agarrou por trás de suas
coxas, bem debaixo do seu traseiro, e a levantou.

Ela envolveu os braços ao redor de seu pescoço e colou


a boca na dele. O beijo era duro, exigente e preenchido com
tanta paixão que ela se sentia queimar por ele. A ponta do
seu pênis pressionou na abertura de sua vagina e sem
demora ele se empurrou para dentro dela. Ele era quente e
duro e enchia cada polegada de seu corpo. Mesmo um ano de
relações sexuais com ele não diminuiu o prazer e o deleite de
tê-lo esticado e duro dentro de si.

Depois que eles passaram a morar juntos Kiera não


queria nada entre eles: segredos, demônios, ou camisinha.
Reese fez exames e ela começou a tomar pílula. Foi a melhor
decisão que ela tomou em relação a sua vida sexual, porque
sentir sua pele nua dentro dela era inspirador. Reese segurou
seu quadril apertado, usando seu corpo como alavanca para
empurrar para dentro e para fora, para frente e para trás. Ele
empurrou os quadris, a enchendo com sua ereção, em
seguida, tirando tão rapidamente quanto colocou.

Diga o quanto você me ama. Sempre que eles


faziam amor Reese gostava de escutar isso, mas tudo bem,
porque Kiera gostava de dizer.
Eu te amo mais do que qualquer coisa. As palavras
foram divididas. Sua respiração vinha mais entrecortada
enquanto Reese ia cada vez mais forte e mais rápido. Seus
seios se esfregaram ao longo da definição dura de seu peito e
ela sabia que estava a apenas alguns impulsos de chegar ao
clímax.

Olhe para mim.

Sem perceber que tinha fechado os olhos, Kiera olhou


para a luz azul de seus olhos.

Eu quero ver você gozar. E isso foi tudo o que


precisou.

Essas palavras ditas pelo homem que amava, a fez gozar


com tanta força que jogou a cabeça para trás batendo na
parede atrás dela. Reese segurou a parte de trás de sua
cabeça, em seguida, mudou a outra mão para baixo, em sua
bunda. Ele se apertou contra ela, e três rápidos impulsos
depois, ele gozou dentro dela. O gemido gutural que soltou
era primitivo e animalesco. Ela desembaraçou suas pernas ao
redor de sua cintura e foi lentamente para baixo por todo o
comprimento do seu corpo. Ele ficou a segurando e, depois de
ter certeza que cada parte de seu corpo estivesse lavada, os
levou para a cama. Lá, ele envolveu os cobertores à sua volta
e a abraçou.

Kiera?

Ela inclinou a cabeça para trás e olhou em seus olhos.

Na minha vida, eu nunca amei nada mais do que você.


E foi assim que ela se apaixonou por ele mais uma vez.
Jenika Snow é uma autora best-seller de

EUA. Ela é uma enfermeira, esposa e mãe. Ela

tem sido uma escritora publicada desde 2009.

Jenika é uma daquelas garotas que gosta de

chuva e escuro e é chamada de estranha por

causa disso. Ela é diferente em todos os sentidos,

gosta de comer primeiro a cobertura de sua pizza

e sempre usa meia.

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