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Unforgiven 2

Tradução: Cartaxo
Revisão Inicial: Liani
Revisão Final: Silviali
Leitura Final e Formatação: Lola
Verificação: Gio S.
A sequência e conclusão de Unforgiven.

Em Unforgiven, Darren e Bailey provaram que o

perdão é possível mesmo depois de um passado

doloroso, mas a absolvição não é o fim de sua

história. A confiança tem de ser reconstruída, a fé

restaurada, e a força testada.

Eles podem ter parado de lutar entre si, mas isso

não significa que a luta acabou. E a vida tem um

jeito de proporcionar o maior soco. O mais doloroso...

Quando a vida joga uma cartada dura, o futuro

pelo qual lutaram tanto está em risco. E quando a

resolução de Bailey está enfraquecida, Darren tem

que levar os dois. Ela pode ser o seu mundo, mas ele é

forte o suficiente para arcar com o peso dessa

responsabilidade? Sua confiança nele é crítica, mas

o perdão tem dado a ela paz suficiente para colocá-

la toda a esperança e sonho em suas mãos?

Uma mulher perdoada.... Um homem redimido....

Um amor inesquecível...
Obrigada ao adorável Michele McMullen por me

guiar através de todas as descrições médicas do

livro. Sua experiência é mais apreciada, e sua

vontade de me emprestar o seu tempo e

conhecimento é inestimável. Obrigada!


Há dez anos...

Ela podia ouvir os aplausos e os gritos enquanto os seus


braços bombeavam e seus pés chutavam. Toda vez que ela
virava a cabeça, expondo sua orelha, os gritos passavam de
um clamor abafado a uma erupção estridente de barulho.
Isso a levou para frente. Isso a empurrou mais duro. Ela
podia vislumbrar a parede se aproximando na frente dela, e
ela se concentrou em puxar respirações profundas toda vez
que virava a cabeça para o lado.

Não deixou que seus dedos tocassem a parede quando


veio deslizando para ela. Em vez disso, ela se dobrou e deu
cambalhotas, virando de lado enquanto seu corpo girava para
frente. Foi uma virada perfeita, e esta a deixou com apenas a
distância certa da parede para plantar seus pés contra ela e
empurrar duro. Ela deu o ―chute do golfinho‖, o inferno fora
de suas pernas, que estavam apertadas bem juntas. Ela
deixou seu corpo vir à tona, mantendo os braços juntos na
frente dela, até que quebrou a superfície, e então ela nadou –
mão depois de mão, chutando tão duro que suas coxas
queimavam. Havia uma dor aguda em seu lado, mas ela
ignorou. Ela teve uma dor de estômago durante todo o dia,
mas eram apenas os seus nervos. E quando a dor picava, ela
apertava os músculos ao redor da dor beliscando em seu lado
direito e se forçou à frente.

Ela sempre virava a cabeça para a esquerda quando


respirava, e agora que estava na reta final, podia ver as
arquibancadas e as pessoas aplaudindo cada vez que
respirava fundo. Esta era a sua corrida. Ela ia ganhar. Ela
precisava ganhar. Ela podia dizer pelo jeito que seu treinador
dançou e pulou ao longo do lado da piscina, mantendo o
ritmo com seus golpes. Enquanto ela se aproximava do final
da piscina. As pernas bombeavam tão fortes. Sabia que as
câimbras viriam durante o resto do dia. Ela não ia perder.

A dor em seu lado crescendo em cada milésimo de


segundo que passava, beirava o insuportável. Mas com sua
adrenalina em alta, ela a sintonizou para fora, quase tendo
prazer com ela, deixando que aumentasse seus sentidos, e
em seguida, ela estava lá. A parede sob a ponta dos dedos.
Ela a tocou e levantou a cabeça rapidamente, com o impulso
de seu corpo trouxe os joelhos na parede. Ela imediatamente
puxou os óculos de proteção de seus olhos, voltando sua
cabeça para o placar. Ela já sabia que havia ganhado, mas
queria vê-lo.

Suas mãos se ergueram no ar enquanto lia o tempo. Foi


um recorde. Ela estava tentando bater esse recorde no estilo
livre de cem metros feminino durante todo o ano, e
conseguiu. A multidão estava torcendo em voz alta, e ela
podia ouvir os pés batendo nas arquibancadas. Seu sorriso
era enorme, e quando o treinador Bradley correu para o lado
da piscina, ela puxou o ar, exalando para fora de sua boca
enquanto tentava recuperar o fôlego. Seu sorriso nunca
deixou seus lábios.

Mas a dor se intensificou, e quando gemeu de dor, ela se


deixou afundar debaixo da água, puxando a toca da cabeça e
sentindo a água fria acalmar o couro cabeludo. Ela adorava
esse sentimento, o primeiro momento em que em a água
corria por seu cabelo depois de ter sua touca de natação por
muito tempo. Mas neste dia, o frio agradável que invadiu sua
cabeça não estava ajudando e a dor estava presente ao seu
lado.

Quando veio à tona, deixou cair a toca e os óculos de


proteção na borda e, em seguida, colocou as mãos no lado
também. Ela se levantou, mas antes que pudesse puxar-se
para fora da água, a dor se transformou em agonia ardente, e
ela afundou na água gritando. Ela imediatamente agarrou em
seu lado direito, e quando olhou para a multidão, avistou
Darren de pé e olhando para ela. Ele se elevou acima dos
outros espectadores, que estavam sentados outra vez.
Quando ela fez uma careta quando o calor em seu lado se
intensificou, ele começou a se mover para baixo descendo as
escadas.

A mão do treinador Bradley se estendeu, e ela a apertou


quando ele a içou para fora da água.

— Bailey, você está bem? — Perguntou com sua voz


preocupada.

— Sim. Sim, eu estou bem. Eu só preciso... — Ela deu


um passo, mas o joelho dobrou quando a dor irradiava pelo
seu lado direito em cada nervo de seu corpo. Seu joelho bateu
no chão quando ela caiu, e ela estendeu a mão no concreto
molhado para se firmar.

— Bay! Deixem-me passar! Bay! — Ela podia ouvir


Darren gritando nas proximidades, e, momentos depois, ele
veio derrapando até parar na frente dela, caindo de joelhos.

— Eu estou bem. Eu só preciso levantar...

— Não. Você precisa de se deitar. — Sua mão estava em


sua bochecha, puxando seu rosto para olhar para ele. —
Jesus, você está queimando, Bay. — Ele inclinou a cabeça
para o lado, gritando — Papai! — Ele parecia em pânico. Ela
estava começando a entrar em pânico também.

Ele a soltou no chão, ajudando-a a se deitar, e ela


estudou os olhos quando a dor mais uma vez queimou
através de suas entranhas. Ela se agarrou ao seu lado,
empurrando a dor como se pudesse fazer isso ir embora, e
então ela gritou quando a agonia tomou conta dela e em um
surto ficou em pânico.

Ele engasgou.

— Oh, Deus. Bailey, por favor... — Seus olhos estavam


girando em torno desesperadamente.

Ela soluçava enquanto seus músculos se retesaram


apertados. Ela não podia liberar a tensão em seu corpo. Seus
lábios tremeram, e os seus dentes batiam enquanto esperava
para morrer ou desmaiar. Nunca sentiu esse tipo de dor, esse
nível de agonia, e ia ficar louca com isso a qualquer
momento.
Marcus veio logo. Ajoelhou-se do outro lado dela, e logo
ela podia ouvir seus pais, sua mãe choramingando e seu pai
a tranquilizando. Jess e Michelle estavam chorando, e
quando olhou para elas, ela viu Jillian com seus braços em
volta de ambas. A mão de Darren estava segurando a sua, e
ela a agarrou quando uma onda de calor percorreu seu
estômago.

— Será que alguém chamou a emergência? — Marcus


gritou, e alguma voz aleatória respondeu que sim. — Bailey,
você tem que me dizer onde dói.

Ela não achava que pudesse falar se tentasse então


estendeu a mão para o seu lado direito. Ela sentiu os dedos
de Marcus empurrando em sua pele. O calor escaldante
irradiava de seu toque, e ela gritou quando soluços
assolavam o seu corpo.

— Eu estou supondo apendicite —, disse Marcus, sem se


preocupar em detalhar mais.

A mãe dela estava subitamente ajoelhada perto de seu


ombro, acariciando-lhe a testa.

— Ela está tão quente.

— Ela tem uma febre. Seu apêndice precisa ser removido.


Ele pode já ter supurado.

E então ela ouviu a voz de seu pai.

— Ela vai ficar bem, Célia. — Daniel estava tentando


manter sua mãe calma, e quando ela olhou para cima, era
para ver o pai espiando por cima do ombro da mãe. —
Aguenta aí, menina. Você vai ficar bem.

Bailey fechou os olhos.

Ela contou lentamente, sufocando a necessidade de


soluçar, incidindo sobre os números. Ela só tinha que manter
a calma. Se ela estivesse calma, sua mãe estaria calma.
Deixou sua mente focar na mão de Darren segurando a dela.
Quando a dor aumentava, ela apertava sua mão, mas forçava
seu corpo a ficar quieto.

Seus olhos estavam fechados, mas as lágrimas ainda


caiam, e quando ouviu as sirenes à distância, ficou aliviada.
Talvez eles possam derrotar sua dor. Talvez façam a dor ir
embora. Alguém precisava fazer a dor ir embora. Por favor,
Deus, basta fazer a dor ir embora.

Ele olhou ela dormir, esperando que acordasse. Ela


estava naquele quarto desde sábado à noite, e agora era
segunda de manhã, e era a primeira vez que estava sozinho
com ela. Ele passou as últimas 36 horas ignorando sua lição
de casa e observando-a do seu lugar na parte de trás da
multidão. Havia pessoas entrando e saindo do quarto – os
pais de Bailey, Jess, seus pais, Michelle e seus pais, o
treinador, seus companheiros de equipe e amigos. E assim,
ele ficou para trás. Seus olhos se fixaram ao seu
constantemente, e ele sorriu, apenas querendo ficar sozinho
com ela. E ele não ia sair para Little Rock até que passasse
um tempo com ela. Era difícil o bastante morar lá, sabendo
que todo o seu mundo estava aqui em Savoy – a irmã dele,
seus pais, sua... Bailey.

Não era como se estivesse perdendo alguma coisa


importante. Ele só tinha duas aulas às segundas-feiras, e não
era uma coisa tão importante para um estudante do segundo
ano perder: duas aulas chatas. Isso não queria dizer que ele
se preocupou em contar à sua família que ele foi parar no
hospital antes de seguir seu caminho para fora da cidade. E
quando ele entrou no quarto de hospital, naquela manhã, os
pais dela, na verdade, pareciam aliviados ao vê-lo.

— Bem, desde que você está aqui por um tempo, vamos


correr para o refeitório para tomar o café da manhã, — Célia
disse.

— Quando deixarão que ela vá para casa? — Ele


perguntou em voz baixa.

— Deve ser amanhã. A febre demorou a baixar. Seu


apêndice perfurou um pouco antes que eles o tirassem, e
ministraram altas doses de antibióticos para se certificar de
que ela não acabe com septicemia.

Ele assentiu com a cabeça.

— Estaremos de volta em pouco tempo. Tem certeza que


você não precisa sair imediatamente?

— Tenho certeza. — Ele sorriu para eles enquanto se


arrastaram do quarto, e, em seguida, ele esperou.
Agora, ela ainda estava dormindo, e depois de uns bons
vinte minutos, ela começou a se mover um pouco. Ela
resmungou em seu sono, e quando respirou profundamente e
suas pálpebras se mexeram, seu batimento cardíaco
acelerou.

— Oi —, ele disse quando seus olhos finalmente se


abriram.

Ela sorriu timidamente para ele. Era sempre um sorriso


tímido, e ele sempre pulsava com um desejo inadequado
quando via aquele sorriso.

— Oi. — Ela o observou por um momento. — Você não


tem aula hoje?

Ele assentiu com a cabeça.

— Nada de importante. Eu queria vê-la antes de voltar. —


Ele se levantou e caminhou até o lado da cama e deixou os
dedos roçarem suavemente através de sua mão. Ela estava
ligada a uma IV, e sua mão pousou suavemente na cama ao
lado dela. Ao seu toque, ela engasgou. Ele adorava isso. Ele
adorava cada vez que ela reagia a ele, mas era estranho. Era
excitante, mas não porque era necessariamente sexy. Era
excitante porque era como um vislumbre de sua mente, ele
não tinha o direito de ver, mas ele não conseguia desviar o
olhar.

— Então, meu pai disse que fizeram laparoscopia.

— Sim. Três furos minúsculos pequenos, nada mais.


Salvaram meu corpo para biquíni, certo? — Estava sendo
sarcástica, mas com a menção de um biquíni e seu corpo,
seu rosto ficou vermelho, e ele poderia dizer que ela se
arrependeu do comentário.

— Graças a Deus, por isso. — Ele sorriu enquanto


estudou-a por um momento. — Posso ver? — Falou
rapidamente – nada novo. Ele esperou que ela dissesse
alguma coisa.

— Sim. — Foi pouco mais que um sussurro.

Ele não tirava os olhos de cima dela, enquanto


lentamente suspendeu a camisola do hospital até seu
estômago. Ela segurava o cobertor no lugar, mantendo-o
baixo em sua barriga, e sua respiração estremeceu enquanto
ela exalava. Ele estava segurando a respiração, não querendo
deixá-la ver o tremor que facilmente combinaria com seu
próprio quando ele exalasse também. E quando ele primeiro
vislumbrou sua pele pálida quando a camisola foi levantada
acima do cobertor, sua mandíbula estremeceu. Cada célula e
cada nervo de seu corpo reagiram.

Era ao mesmo tempo excitante e horripilante. Ele ficou


aterrorizado pensando que ela pudesse morrer dois dias
antes, e suas emoções naquele momento não tinham nada a
ver com a sua arrebatadora atração por ela. Também não
havia como negar como estava tão ligado a ela, pela própria
visão dela, o próprio cheiro dela. Seus dedos tremiam quando
ele estendeu a mão colocando em seu estômago. Havia três
pequenos curativos – um bem no topo de seu umbigo, um
muito embaixo no meio de seu abdômen, e outro abaixo e à
direita.
Ele estava vendo muito de seu corpo naquele momento. A
bandagem que estava abaixo em sua barriga estava um
pouco acima de seu monte de Vênus, e ele sabia o que estava
por debaixo do cobertor. Era a única coisa que ele faria
qualquer coisa para ver, tocar, provar. Foda! Deus, por que
ele a queria tanto? Quando seus dedos tocaram, foi um pouco
acima da menor bandagem, e sua pele se arrepiou quando o
sentiu.

Seu corpo estava rígido, e quando ele olhou para seus


olhos, era apenas para ver seus lábios trêmulos. Ele olhou de
volta para seu estômago, e ele imaginou como seria se
inclinasse e beijasse sua pele. Ele estendeu a mão para a
bainha da camisola, e se obrigou a abaixá-la antes que sua
imaginação o afetasse.

Ele se sentou ao lado dela na cama, cuidando para não


mover o colchão enquanto se acomodava.

— Parabéns pela vitória de sábado. Quebrou um recorde


da escola, mesmo quando suas entranhas estavam tentando
explodir. Impressionante.

— Isso é porque eu sou uma bomba, — ela comentou


descaradamente, ainda corando, acariciando-o com os olhos.

— Você é de fato.

Ele se inclinou para baixo, parando o rosto perto do dela.


Seus lábios se separaram, mas seus dentes estavam cerrados
enquanto esperava para ver o que ele ia fazer. Ela parou de
respirar, e ele tentou engolir. Ele praticamente sufocou um
nó na garganta, os olhos deslocando para seu pescoço. Ela
podia ver sua tensão tão facilmente quanto ele podia ver a
dela, e ambos sabiam muito bem o que isso significava.

Ele estudou sua boca, incapaz de pensar em nada,


admirou seus lábios. Houve uma porra de uma guerra
acontecendo dentro de sua cabeça naquele momento. Ela
queria. Ele queria. O que tinha de errado em tê-lo? Ele supôs
que o fato de ele não poder desfazer depois do feito era a
chave para responder a essa pergunta. Ele não podia se
imaginar desejando desfazer, mas e se.... E se ele os
arruinasse? Ele fez a si mesmo essa pergunta mais vezes do
que conseguia se lembrar naquele momento.

Finalmente inclinou mais para cima seu rosto, tocando


os lábios em sua testa em vez de sua boca. Seus lábios
queriam os lábios dela, mas estavam eram perfeitamente
felizes por estarem tocando sua pele. Ele deixou seu beijo
ficar na sua pele, e sua mão encontrou o lado de suas
costelas apenas sob sua axila deixando a mão no lado mais
distante de seu corpo. Seu toque enviou um arrepio muito
visível através dele, e ela o sentiu.

— Alívio absoluto —, ele murmurou contra sua pele.


Eram apenas duas palavras quando ele normalmente falava
muitas, mas eram as únicas palavras que tinha no momento.
Ela assentiu com a cabeça, mesmo quando seus lábios ainda
roçavam sua testa.

O som repentino de vozes na porta de seu quarto deixou


ambos ofegantes em estado de choque. Ele se afastou dela e
se levantou rapidamente da cama enquanto seus pais
entraram. O rosto de Célia congelou com uma expressão
estranha, chocada, ainda sorrindo e olhando fixamente para
eles. Bailey se parecia com sua mãe, mas era mais séria e
pensativa como seu pai. A mãe dela era meio maluca, tipo
artístico louco que ria alto e muitas vezes, e ela tinha o dom
de fazer uma sala sorrir com a sua presença.

Seu pai Daniel era igualmente artístico; ele era um


escritor antes de tudo, mas era apenas mais contemplativo e
introvertido. Ele via o mundo, enquanto sua esposa criava, e
Darren sempre gostou muito deles, mas agora estava um
pouco aterrorizado que eles implicassem com ele. Ele queria a
filha deles, e não havia nada de inocente sobre o que queria
fazer com ela.

Ele enfiou as mãos nos bolsos.

— Bem, é melhor eu ir. — Olhou para baixo para Bailey.


— Tchau. — Sua voz era calma, e quando ela respondeu na
mesma moeda, a dela era também.

Ele apertou a mão de Daniel rapidamente e abraçou Célia


antes de olhar para trás uma última vez para Bailey e saiu
pela porta. Depois que voltou para seu carro, ele se sentou lá
e olhou para o hospital, pensando nela.

Como é que ele deveria conduzir sua vida sem tê-la? –


Realmente deveria tê-la? O pensamento só o fez ficar em
pânico. Ele realmente deveria suportar ela se apaixonando
por outro homem, se casando com outro homem, tendo seus
filhos? Ela era jovem demais para ele. Ela era muito
importante para ele. E ele era muito ruim em fazer
relacionamentos funcionarem para pôr em risco a confiança e
a amizade. Mas talvez um dia. Quando os dois crescessem
mais. Quando ambos estivessem maduros o suficiente um
para o outro. Haveria certamente um mais tarde. Não era
como se o mundo fosse terminar amanhã.

Eles teriam tempo.


Sessão Um

— Então, Dr. Cory, que tal você me dizer por que está
aqui hoje.

— Por favor, só me chame Darren. — Darren olhou para


Bailey ao lado dele, mas ele desviou o olhar rapidamente.
Parecia insegura, e ela respirou fundo lentamente como se
pudesse simplesmente inspirar e expirar o seu caminho
através disso. Quando ele olhou para trás, até o Dr. Green, os
dedos do homem foram juntos sob o queixo. Era
estranhamente semelhante ao seu pai, e Darren não
conseguia entender exatamente o porquê, mas de repente se
sentiu muito envergonhado. Não que ele não tivesse ganhado
uma boa dose de vergonha.

Darren limpou a garganta enquanto ele se concentrou na


planta falsa na mesa de café entre ele e Bailey e Dr. Green.

— Eu estou apaixonado pela mulher que é responsável


pela morte de minha irmã. — Ele riu, mas era triste e não era
nada mais do que uma reação nervosa. — Eu não posso dizer
que eu não desempenhei um papel na morte dela também,
então eu suponho que são duas questões a resolver. E estou
certo de que eu não passei pelo luto de forma adequada
também, então.... Bem, eu acho que estamos em três. — E
então, antes que pudesse controlar seus nervos, ele riu sem
graça novamente. — Se você é pago pela quantidade de
problemas, este deve ser um ano estelar para você. — Ele
tossiu e limpou a garganta mais uma vez quando o
comentário ridículo sumiu seus lábios. Ele estava agindo
como um idiota. — Basicamente, estou aterrorizado que vou
machucar a mulher que eu amo... E eu não posso suportar
isso. — Toda a sua vida se resumia a essa preocupação.

Fazia apenas uma semana e meia desde que ela decidiu


ficar, desde que ele mais ou menos pediu a ela, e ainda
estava preocupado que ela mudasse de ideia. Ele a colocou
no inferno. Não houve doçura alguma nisso, e ele estava
apavorado que isso pudesse acontecer novamente. E agora,
enquanto olhava para a porra da planta, sua pulsação
acelerou, e imaginou o que faria com ele se ele a machucasse
mais uma vez. Era torturante a atacar, porque era como um
vício que ele não poderia dominar.... Um que o destruía a
cada indulgência.

A sala ficou em silêncio, e quando Darren finalmente


conseguiu olhar para o Dr. Green, viu um sorriso nos lábios
do homem velho. Era reconfortante..., mas só por um
momento. Quando ele olhou para o colo de Bailey, suas mãos
tremiam, e de repente ele não poderia mesmo forçar-se a
olhar para ela. Ele tinha certeza de que se visse seu rosto, ele
ia desmoronar.

— Estou feliz que você está aqui, Darren. Fico feliz que
vocês dois estão aqui. — Dr. Green voltou sua atenção para
Bailey cujas mãos tremiam ferozmente agora. — Então, que
tal você me dizer por que você está aqui, Bailey.

Sua respiração deixou seus pulmões em espasmos


cambaleantes, e o mais baixo dos gemidos escapou de seus
lábios. Ele sabia que ela estava trabalhando até ter a coragem
de falar, mas ainda não conseguia fazer nada além de olhar
para a planta. Ele não tinha certeza se uma faca em sua
garganta poderia fazê-lo sentir-se mais vulnerável do que ele
estava no momento. Ele se sentiu dessa maneira toda a
manhã. Pela semana e meia que ela viveu com ele, tinham
sido mais próximos do normal do que jamais imaginou que
poderiam ser. Eles gostavam um do outro, ele foi gentil, e ela
não pareceu ter o menor rancor contra ele considerando
como ele a tratou durante os seis meses anteriores.

Ele a viu chorar pela perda de sua mãe, quase todos os


dias, várias vezes por dia normalmente, e ele se condoía com
sua dor de uma forma muito egoísta, odiando que ela
sentisse isso, mas permitindo que ele amolecesse seu coração
em direção a ela. Ele a apoiou do jeito que sempre
secretamente desejou que ela o apoiasse quando Jess morreu
– que eles poderiam ter se apoiado mutuamente. E ele não se
ressentia dela por negar isso a ele. Em poucas palavras, ele
ficou machucado por ela, mas adorava a dinâmica deles
assim. Ele finalmente sentiu alguma paz com ela. Até hoje...

Isso era horrível. Isso era real. Isso ia doer. Isso ia


proverbialmente parecer como se ela fosse a única segurando
a faca em seu pescoço, forçando sua vulnerabilidade
diretamente fora dele até que ele pudesse se enfraquecer e
prostrar-se o suficiente para ela. Mas ela merecia.

Ele olhava para frente, sentindo-se encurralado e como


se pudesse desmoronar a qualquer momento. Era estranho,
porque a atenção não estava sobre ele no momento, mas suas
palavras, sejam elas quais fossem, eram uma ameaça para
ele. Ele não sabia ou confiava em como elas iriam fazê-lo se
sentir, e assim, elas pareciam como um perigo muito real de
tudo o que queria no mundo. Não podia permitir que sua dor
e sua raiva purulentas os destruíssem, mas não confiava que
ele sabia como parar isso, também. Bailey sabia como e
quando se afastar dele, e ele não podia lhe dar razão alguma
para fazer isso de novo.

Ela fungou, e ele sabia sem olhar que ela estava a alguns
momentos de desmoronar.

— Sou apaixonada por um homem que eu tenho pavor


que vá me machucar. — Sua voz era tão tranquila, e vacilou
enquanto lutava contra a emoção.

— Fisicamente? — Mesmo que a questão fosse dura, a


cara do Dr. Green permaneceu calma e serena.

— Não. — Os olhos de Bailey deixaram o Dr. Green por


um momento quando sua atenção se dirigia a Darren, e ele
conseguiu olhar para ela também, mas ela não conseguiu
segurar o contato visual melhor do que ele podia, e seu foco
mudou de volta para o Dr. Green rapidamente. —
Emocionalmente, — Bailey o corrigiu.
— E ele machucou você emocionalmente antes? — Dr.
Green focou em Bailey.

Bailey olhou para Darren novamente, e ele lutou para


engolir. Sabia que seria uma questão difícil para ela
responder, principalmente com ele sentado bem ali ao seu
lado, então ele a salvou de ter que dizer.

— Sim, eu machuquei. — Ele fez uma pausa, deixando


seu foco encontrar a planta novamente. — Muitas vezes.

Darren se pegou respirando de forma ridiculamente


lenta, enquanto esperava que o Dr. Green respondesse. Ele
pensou por um momento que podia realmente desmaiar se
não pudesse começar a fazer seus pulmões funcionarem. Lá
estava. A mulher que amava estava com medo dele porque ele
era emocionalmente abusivo. Ele odiava a si mesmo naquele
momento, mas, em seguida, respirou fundo e se forçou a
olhar para Bailey. Seu auto ódio não iria levá-los muito longe,
e ele precisava ir até o fim com ela. Isso não era uma corrida
de velocidade. Isso era uma corrida de resistência, e eles
tinham que alcançar a linha de chegada, porque ele não
poderia sobreviver a qualquer coisa menor do que isso.

Ele queria tanto tocá-la, mas, ao mesmo tempo, consolá-


la ou ser consolado por ela era realmente difícil de imaginar.
Ele amava o seu toque. Ele ansiava por isso quando ele
estava longe dela, mas se sentisse isso agora, estava certo de
que a sua gentileza seria apenas um lembrete de quão fraco
ele era. Em vez de chegar a ela, ele deixou seu foco deslocar
para fora da janela do outro lado de Bailey.
— Quanto tempo vocês passam um com o outro? Quero
dizer, como é que o seu relacionamento é fora desta sala?
Entendo que vocês não são casados, então eu só estou
tentando ter uma noção de onde vocês estão no seu
relacionamento.

Darren olhou de volta da janela para ele.

— Bem, nós moramos juntos, por isso vemos um ao


outro todos os dias.

Dr. Green não disse nada, mas estudou os dois. Darren


não tinha a menor ideia se ele disse algo errado ou algo que
chocou o homem, e ele de repente estava paranoico com o
que estava por trás da maneira excessivamente calma que o
Dr. Green os olhava. Quando os olhos de Bailey caíram para
olhar seu colo, Darren estava seguro que ela pensava a
mesma coisa. Será que o homem achava que era errado eles
viverem juntos?

Dr. Green sorriu para eles.

— Bem, vocês dois têm certamente uma batalha difícil


pela frente.

Derrota percorreu dolorosamente através de Darren por


um momento, ficou tudo pior quando ele viu a cabeça de
Bailey para fora de sua visão periférica.

— Sim —, Darren sussurrou.

— Uma coisa interessante sobre batalhas, apesar de


tudo.
Darren olhou para o Dr. Green, precisando
desesperadamente de ouvir algo positivo.

— Se você estiver disposto a lutar por algo... O céu é o


limite. — Dr. Green sorriu calorosamente para eles
novamente, e quando Darren processou as palavras do
homem, ele assentiu. — Eu quero que vocês dois comecem a
escrever um diário – só tirem isso de vocês. Todo o lodo e lixo
e sentimentos, eu os quero para fora - no papel. Vocês não
têm de compartilhá-lo. Não comigo, não um com o outro.
Vocês não têm sequer que mantê-lo. Se vocês quiserem
escrevê-lo, em seguida, queimá-lo... Só não deixem isso
apodrecer dentro de vocês.

Ele os olhou quando eles assentiram. Escrever um


diário? Que diabos? Darren pode ter acenado com a cabeça,
mas ele realmente não deixava a ideia entrar. Ele não sabia
nada sobre diários. Ele tinha um tempo duro o suficiente
lidando com suas emoções quando ele as mantinha
trancadas com segurança dentro de sua cabeça. Ele não
podia imaginar que um pedaço de papel ia ajudar, mas ele
balançou a cabeça de qualquer jeito.

Eles não disseram duas palavras um ao outro pelo resto


do dia. Ela se sentou na varanda de trás por horas
simplesmente olhando para a madeira grossa, alta que os
rodeava. Ela tinha feito muito isso em semanas ou desde que
sua mãe faleceu, mas Darren sabia muito bem que naquele
momento era diferente. Sua distância e necessidade de
silêncio e solidão estavam relacionadas com ele, nesse dia e
não a sua tristeza com a perda de sua mãe.

O mundo que eles criaram em torno de si durante a


semana passada era como um casulo, mas perdeu sua
segurança naquela manhã. Isso foi intencional. Também foi
aterrorizante. Eles precisavam perder o conforto que
desenvolveram um com o outro para passar pela bagunça
enterrada. Eles rasgaram o véu, por assim dizer, a fim de
deixar os seus demônios soltos. Em seguida, se pudessem
manter o curso, eles iam destruir os demônios e se livrar
deles. Prometia ser uma batalha dolorosa.

Quando começou a chover, ela veio para dentro e se


sentou nervosamente no extremo oposto do sofá. Ela sentou
empoleirada ao lado da almofada, nem mesmo disposta a se
deixar mergulhar no banco. Seu coração batia forte o tempo
todo. Ele não sabia se estava esperando que ela dissesse
alguma coisa ou não, e se escolhesse dizer alguma coisa, ele
não tinha certeza se estava disposto a ouvi-la. Eles se
comprometeram a superar isso, mas.... Foi uma manhã
difícil.

Ela se levantou e disse boa noite calmamente, e então


subiu as escadas da sala grande que iam para o segundo
andar. E ela se foi. Ele andou por dez minutos na frente das
portas francesas que levaram à plataforma, e então ele
finalmente caminhou até seu escritório. Tirou um notebook
da gaveta da escrivaninha, e balançou a cabeça enquanto
soltou um irritado.

— Hum.

Ele quase se sentia envergonhado, e quando levantou a


caneta sobre o papel, fez uma pausa e deixou cair a caneta
na mesa de trabalho. Ele não podia fazer isso. O que diabos
deveria dizer? Ele era um idiota. Ele estava com raiva. Ele
estava...

Idiota

Zangado

Triste

Culpado

Com medo

Olhou para as palavras que havia escrito em um pedaço


de papel, sentindo-se patético e desconfortável. Ele nunca
dirigiu o seu jogo de palavras para si mesmo, e não gostou do
que viu. Ele também não gostava do jeito que se sentia. Era
estranho. Estava sozinho. Ele era literalmente o único lá para
julgar a si mesmo, e, no entanto, sentiu-se julgado e ridículo
como se pudesse ser constrangido na frente de si mesmo.
Este não era um sentimento divertido. Porra, quão vulnerável
o maldito Dr. Green esperava que ficasse com ele mesmo?
Quando pegou a caneta novamente, seu coração começou
a bater forte, e quando ele escreveu o nome dela, dirigindo o
início do diário a ela, sua mão começou a tremer, enquanto
olhava.

Cara Bailey,

Ele parou de novo e pôs a sua caneta para baixo.

— O que há de errado comigo? Quão difícil essa porra


pode ser? — Murmurou. Macy, de repente levantou a cabeça
do seu lugar em sua cama no canto, e ela inclinou a cabeça
para o lado intrigada. Sim, ela sabia que seu humano estava
agindo como um palhaço. — O que você está olhando?

Ela baixou a cabeça para trás para as patas, gemendo


alto enquanto ela descansava na almofada grossa de sua
cama. Hora de tentar novamente.

Desde que escrever sobre como eu me sinto parece ser tão


difícil, que tal eu começar a escrever o que eu sei? Sei que eu
amo você. Sei que o meu mundo não faz sentido quando você
não está nele. Sei que a minha felicidade está diretamente
ligada à sua, e sei que podemos fazer isso. Hoje foi duro. E sei
que é difícil para você também. Amanhã pode ser mais difícil.
Na próxima semana.... Quem sabe o que vai acontecer. Eu
tenho mais pontos de interrogação na minha vida agora do
que nunca tive antes, e isso é porque você está de volta no meu
mundo. Mas vou responder e resolver cada um desses pontos
de interrogação até que nada reste senão você e eu. Sei que
você está com medo de mim. Apenas estou tão apavorado
quanto comigo mesmo. Mas eu não vou falhar. Estou tão
certo, na verdade, que sei que hoje, mesmo quando eu me
sento aqui, enquanto você se esconde de mim lá em cima, que
a nossa vida está indo a algum lugar. Temos um futuro. E
vou dizer a você uma coisa sobre isso.

Darren olhou para fora da janela para as madeiras


escuras, imaginando sua vida. Era como a fantasia mais
atraente do mundo. Ele daria quase qualquer coisa para
capturar essa fantasia e torná-la real. Faria de tudo para
torná-la real. Quando começou a escrever novamente, deixou
que sua fantasia se transformasse em palavras.

Eram quase dez minutos mais tarde, antes de soltar a


caneta novamente, e ele rapidamente escondeu o caderno de
volta na gaveta e saiu do escritório.

Fez o seu caminho para cima, e quando entrou em seu


quarto, ela estava enrolada em seu lado da cama, ainda
totalmente vestida. Ela estava de costas para ele, mas ele
podia ver a borda de seus cílios em movimento, piscando. Ele
colocou suas preocupações e medos de lado por um tempo
quando se apegou à ideia de um futuro com ela, mas quando
ele olhou para ela, sua vulnerabilidade maldita o invadiu
novamente e parecia ameaçar a cortar o seu pescoço. Ele
olhou, querendo fugir e rastejar para as páginas de seu diário
onde tinha deixado um mundo que parecia muito diferente e
melhor do que este.

Mas não o fez. Em vez disso, ele se arrastou para a cama


e apagou a luz. Ele não a tocou. Inferno, ele até mesmo
respeitou a linha invisível no centro de sua cama e não se
desviou mais perto dela do que ela parecia querer estar com
ele. Nunca em sua vida respeitou seus limites físicos. Quando
era jovem, ele não tinha ideia de por que ele não conseguia
parar de tocá-la ou olhar para ela. Quando ficou mais velho,
ultrapassou esses limites brincando, sempre querendo ver
seu rubor e sabendo muito bem o que isso significava. Até o
momento em que estavam na faculdade, ele ultrapassava
esses limites desesperadamente por ela, e quando ela entrou
novamente em sua vida, seis meses antes, passou por esses
limites por muitos motivos confusos, ele apenas mal tinha
começado a arranhar a superfície dos seus limites. Às vezes
havia feito isso cruelmente, provocativamente – um
pensamento que o fez mal do estômago neste momento. Em
outras ocasiões, ele havia feito isso por raiva. Às vezes era
luxúria completa que havia levado seus movimentos, mas a
motivação mais importante que descobriu até agora foi a de
que muitas vezes ele havia feito isso por necessidade pura e
simples de estar perto dela – para recapturá-la. Mesmo no
seu pior, as fronteiras tinham sido desfocadas. Ao contrário
de agora...

Naquele momento, havia um espaço intransponível entre


eles. Eram apenas doze polegadas ou mais, mas parecia como
um abismo. Como aconteceu? Eles não ficavam distantes,
mesmo quando estavam com raiva. Mesmo quando queria
odiá-la, ele não poderia manter distância dela para salvar sua
vida. Odiava isso. Mas, quando fechou os olhos, seu corpo
estava mais exausto do que jamais recordou estar, e ele
afundou no sono rapidamente, pronto para deixar a confusão
para trás.

Ele não fazia a menor ideia de quanto tempo que o sono


durou, mas acordou quando a ouviu fungando e
choramingando. Escutou enquanto ela chorava na escuridão
do quarto, e enquanto ouvia, ele se desesperou, e suas
entranhas se apertaram dolorosamente. Seus dedos tremiam
quando ele estendeu a mão para ela, mas no momento em
que ele a tocou, ele se desfez. Começou a puxar as roupas de
seu corpo, tirando sua camisa pela sua cabeça e se
atrapalhar com a cintura da calça jeans. Não tinha a intenção
de fazer qualquer coisa com ela. Inferno, ele nunca se sentiu
mais impotente em toda a sua vida, mas precisava esfregar
sua pele na dela, e enquanto ele se debatia livre de suas
próprias roupas, ela foi para perto de seu corpo.

Ela chorou em silêncio, e ele sentiu as lágrimas tocarem


e correrem para baixo do seu peito. Quando enterrou seu
rosto no pescoço dela, desistiu de tentar sufocar as suas
próprias, e ele as deixou cair livremente. Seu peito balançou
com seu lamento, e a enormidade reprimida do que eles
estavam sentindo o deixou tremendo e sacudindo os ombros
quando soluço após soluço o inundou.

Não tinha certeza que chorou tão completamente desde o


dia do funeral de Jess, e mesmo assim, fez isso sozinho e em
privado. Ele não podia fazer isso na frente de qualquer outra
pessoa no mundo, além dela, que ouvisse os seus próprios
soluços. Agarrou e arranhou suas costas. Agarrou-a com
força. Seus dedos cravaram em sua pele tão duramente como
os seus estavam cravando nela. E muito tempo depois,
quando seus olhos estavam inchados e quentes, eles
adormeceram novamente. Não podia dizer com certeza se
parou de chorar quando ele fugiu, mas uma pergunta
irritante e horripilante o seguiu até seu sono.

Eles eram realmente fortes o suficiente para fazer isso?


Quando ela acordou, ele
estava nu perto da cômoda. Ele
puxou uma gaveta e pegou um par de cuecas. Queria desejá-
lo. Desejava-o desde que o desejo era uma parte de sua
consciência, mas agora, ela estava com muito medo de
deixar-se sentir alguma coisa. Havia feito amor com ele todos
os dias desde que ele pediu a ela para ficar.... Exceto ontem.
E agora, a própria ideia era horrível, e ela estava feliz que ele
precisava ir para o trabalho, por que se ele a tocasse, ela não
tinha certeza de como lidaria com isso.

Ele era bonito, e quando se virou, deslizando sua roupa


de baixo e a puxando para cima nas pernas fortes e magras,
ela inalou lentamente. Conhecia seu corpo, seus sons, o que
aconteceria se ela o tocasse de uma maneira particular, mas,
neste momento, ela sentiu como se estivesse olhando para
um estranho, um belo estranho com quem ela não tinha
nenhuma conexão real. A terapia não era para aproximá-los?
Então por que diabos ela se sentia tão distante?

Ele colocou uma camiseta branca por cima da cabeça


quando se virou e caminhou em direção ao armário, mas, em
seguida, seu olhar pousou sobre ela, e ele parou no passo
seguinte. Só olhou para ela por um momento quando puxou
a camisa apertada sobre seu torso, e sua testa se encolheu.
Quando o canto da boca puxou para cima, não era nada mais
do que uma tentativa falha de um sorriso, e fechou a boca
rapidamente, antes que ele continuasse em direção ao closet.
Claramente não estava lidando com isso melhor do que ela
estava.

Ele desapareceu no closet, e ao invés de esperar por mais


estranheza quando ele ressurgisse, ela saiu de cama. Colocou
suas roupas do dia anterior, que estavam caídas amarrotadas
ao lado da cama e fugiu. Uma vez que ela estava lá embaixo,
começou o café e deixou Macy sair pela porta francesa para o
deck para que pudesse correr por um tempo. Bailey sentia
como se suas entranhas tremessem enquanto ela esperava
por ele, e seriamente contemplava dar uma caminhada até a
água ao invés de lidar com ele. O que diabos havia de errado
com ela?

Mas sabia que iria irritá-lo tanto quanto ele iria irritá-la,
se ele fizesse o mesmo, e assim, quis colocar isso para fora,
esperou, e tentou lembrar a si mesma que ela estava aqui por
uma razão e que ambos queriam isso. Talvez desejar algo não
era suficiente...

— Oi.

Ela pulou ao som de sua voz, e quando virou em direção


a ele, sua mão estava em seu peito, como se ela pudesse
parar a rápida vibração em seu coração. Dada a sua pulsação
acelerada, parecia que ele saltou de um bolo de aniversário
para ela. Se o olhar em seu rosto disse alguma coisa, foi que
ele não perdeu sua resposta ridícula à sua saudação.

— Oi —, ela sussurrou.
Ficaram a poucos centímetros um do outro na cozinha e
se olharam sem jeito. Seus grandes olhos escuros eram tão
parecidos com os de Jess, e era estranhamente reconfortante.
Ficar presa em seu olhar também era estranhamente
excitante. Era um olhar intenso, e ele fazia assim desde que
eram crianças com aqueles olhos, mas a emoção era diferente
hoje. Ela estava desmoronando, e aqueles olhos
simplesmente a lembravam dele – o ―ele‖ que ela se esforçava
para ver agora.

Ela podia imaginar seus braços em volta dela, segurando-


a com força e tranquilizadoramente. Ela precisava disso. Ela
podia ver o que precisava de pé na frente dela, mas sentiu
como se estivesse olhando para um holograma – como se ele
se parecesse com o Darren dela, mas, não era o seu Darren.
É claro que isso era ridículo. Ele era todo o Darren de hoje
como era dois dias antes. Droga, o Dr. Green tinha que
manchar seu Darren! – Inferno, por manchá-lo.

Ele os agitou de alguma forma, e ela não tinha mais


certeza de que deveriam estar fazendo isso. Puxar isso para
fora e lutar por seu relacionamento fazia todo o sentido do
mundo, até que de repente, não fez mais.

— É melhor eu ir. — Ele coçou a testa por um momento,


antes que olhasse para a máquina de café, mas ele a ignorou
e também o copo de viagem ao lado dela. — Vejo você mais
tarde. — Ele deu um passo para frente e pegou o braço dela.
Seus lábios roçaram a testa enquanto sua mão
delicadamente esfregou o lado de seu braço por um momento.
— Tenha um bom dia.
— Você também.

E então ele se afastou. Tudo nesse homem era sedutor


para ela de alguma forma. A maneira como ele andava, a
maneira como ele aparentava, sua voz quente e profunda,
suas mãos grandes, e seu forte toque. Tudo significava
alguma coisa para ela. E mesmo que o visse se afastar dela,
estremeceu com a forma como cada recordação dele parecia
afetá-la.

Uma vez que ele se foi, ela se afundou em uma das


cadeiras altas na ilha da cozinha. Seu telefone tocou
momentos depois. Era o celular que ele deu a ela uma
semana antes, e enquanto ele andava em uma trilha curta
pela superfície de granito liso da ilha, ela olhou para ele por
um momento. Seu número estava na tela, e quando
finalmente passou seu dedo no aparelho, respirou fundo.

— Oi. — Ela soou muito fraca.

— Eu amo você. — A voz dele também.

Ela ficou em silêncio por um momento.

— Eu também amo você.

A linha ficou em silêncio quando ele desligou, e ela


colocou o telefone de volta no balcão.

•●•

— Isso foi um erro? — Bailey olhou para o chá quente na


frente dela sobre a mesa na casa de Harry e Sally. Ela não
conseguia tirar os olhos dela, e sem pensar passou o dedo em
uma lasca ao longo da borda do copo.

— Oh, Bay... — Michelle não disse nada por um


momento, preocupando Bailey.

Michelle era repleta de opiniões. Opiniões do tipo ―direto


ao ponto‖. Ela não sufocava seus pensamentos sobre
qualquer coisa, e se não sabia como responder isso...

— Você sabia que isso ia ser difícil.

Bailey finalmente olhou para cima.

— E se isso for impossível?

— Com o que você está preocupada?

Os olhos de Bailey se moveram para janela, e ela olhou


para o dia de início do outono por um momento.

— E se estar apaixonada não é o suficiente? — Ela olhou


para Michelle. — Há uma semana.... Eu tomei a decisão de
ficar, porque eu o queria tanto. Agora...

— Agora o que? Agora você mudou de ideia? Você não o


quer mais?

— Não é isso. — Ela olhou para a xícara novamente. —


Quando ele me pediu para ficar, eu não tinha que lidar com a
realidade de quão difícil isso poderia ser. Eu estava apenas....
Aliviada. Agora eu...

— Agora você tem que fazer o trabalho duro e você está


percebendo que realmente vai dar trabalho?
Bailey balançou a cabeça, tentando sorrir para Michelle
do outro lado da mesa.

— Como foi a sessão com Dr. Green?

— Eu o odeio. Ele é claramente um sádico, — Bailey


disse sarcasticamente, mas o sorriso sutil nos seus lábios fez
Michelle sorrir também.

— Não é culpa dele você e Darren estarem fodidos. Dê


uma chance ao homem. Ele está trabalhando com um
acidente de trem aqui. — Michelle sorriu. Foi reconfortante.
Isso não queria dizer que resolveu os problemas de Bailey,
mas, pelo menos, Michelle a tirou do pânico. — O que Darren
acha dele?

— Eu não sei. Nós não falamos sobre isso. Nós não


falamos sobre coisa alguma ontem depois que saímos.

A testa de Michelle franziu.

— Dr. Green nos deu um olhar —, comentou Bailey


inesperadamente.

— Um olhar? Que tipo de olhar?

— Do tipo que sugeriu que talvez ele não ache que


deveríamos estar vivendo juntos? Eu não sei.

— O que ele disse sobre isso?

— Bem.... Nada. Foi apenas um olhar.

Michelle revirou os olhos.

— Eu entendo. Você acha que o seu psiquiatra está


julgando seu arranjo de viver juntos?
— Se eu estou interpretando o olhar que ele pode ter nós
dado, então sim. —Bailey pensava que fazia todo o sentido,
mas dada a forma como Michelle estava balançando a
cabeça, ela poderia estar errada nessa. — Eu poderia ficar
com você por alguns dias? — Ela olhou para fora da janela
enquanto deixava a questão em aberto, mas Michelle não
respondeu. Sabia que era porque Michelle estava esperando
que ela olhasse de volta. Quando Bailey finalmente olhou,
Michelle estava a estudando seriamente de novo. — Odeio
quando você me olha assim —, Bailey murmurou.

— Assim como?

— Como se você fosse um adulto, e você estivesse


pensando em sérios pensamentos adultos.

Michelle riu.

— É claro que você pode ficar comigo, mas que tal você
me dizer o porquê.

— Porque o olhar não é razão suficiente? — Ela não disse


nada por um momento. — Você não acha que é um pouco
estranho que não podemos funcionar sem um terapeuta, e
ainda assim, vivemos juntos e fazemos sexo?

Michelle deu de ombros.

— Eu suponho, mas não tenho certeza de que você


precisa se preocupar em se encaixar em algum molde. Você
realmente não tem o luxo de se manter em algum padrão de
relacionamento, você sabe. Esse navio navegou a muito
tempo para vocês dois.
— Não é que é verdade? — Ela estudou Michelle por um
momento. — Eu só acho que talvez fosse melhor se não
estivéssemos tentando ser um casal até realmente aprender a
ser um casal.

— Como você acha que Dare vai reagir com isso?

— Eu não sei. — Como diabos ela teria essa conversa


com ele?

— Como você está indo com todas as outras coisas?

— Coisas?

— Perder a sua mãe?

Calor instantaneamente se estabeleceu na parte de trás


dos olhos de Bailey, e ela engoliu duramente, sabendo que
isso podia ou não podia ajudá-la a afastar a tristeza. Na
verdade, era um pequeno milagre que ainda havia lágrimas
para chorar depois das últimas semanas. Ela encolheu os
ombros.

— Ok, eu acho. Pensando se algum dia vou me


acostumar com o fato de que ela realmente não está mais
aqui. — Ela afastou a umidade em suas bochechas enquanto
olhava para fora da janela. Quando Bailey olhou de volta,
Michelle estava estudando-a de perto. — Essa conversa está
me deprimindo —, ela comentou com sarcasmo.

— Vamos falar de outra coisa então. Tipo, o que vai fazer


esta tarde? —, Perguntou Michelle incisivamente.

— Correr com Mace. Você quer ir com a gente?


— Foda-se —, Michelle respondeu secamente. — Seria
preciso um fogo de artifício na minha bunda e meu cabelo
pegando fogo.

Bailey riu até mesmo quando ela enxugou outra lágrima.


Já tinha ouvido essa resposta uma ou duas vezes. A mulher
poderia comer o que diabos ela queria, ser mais preguiçosa
do que uma lesma, e ainda tem o corpo mulherão. Bailey teve
que trabalhar para manter sua bunda em forma.

Michelle estendeu a mão sobre a mesa e agarrou a mão


de Bailey.

— Você pode ficar comigo. Você sabe disso. Mas não


desista dele ainda.

Bailey assentiu, mas não disse nada.


— O que você está fazendo?
— Seu coração ficou ferido e
pulsou quando a viu no chão do seu closet no quarto
principal.

Ela estava ajoelhada no chão, dobrando roupas, e


embora isso por si só não fosse preocupante, o fato de que ela
estava colocando as roupas dobradas em sua mochila era.
Era mais do que preocupante.

Ela estava desistindo.

Ela olhou para ele, mas desviou o olhar rapidamente.

— Acho que eu deveria ficar com Michelle por um pouco


de tempo. Eu só...

— Por quê? — Ele podia ouvir a raiva em sua voz, e


forçou seus punhos para descerrar em seus lados. Ele estava
estressado para cacete, e todos os músculos do seu corpo
estavam respondendo. — Bay, eu sei que esta manhã foi um
pouco estranho, e ontem foi.... Você prometeu que não iria
desistir.

— Eu não vou. — Ela finalmente olhou para ele


incisivamente. — Eu não vou.— Seu rosto estava duro, e ela o
encarou, recusando-se a desviar o olhar agora.

Ele caiu de joelhos, sentando em suas panturrilhas


enquanto a enfrentava.
— Então por que você está fazendo isso?

Ela deixou cair a camisa na mão.

— Porque eu acho que estar tão completamente na vida


um do outro pode fazer mais mal do que bem agora. Talvez
um espaço nos ajude a aprender a lidar com tudo, sem a
pressão adicional de lidar um com o outro ao mesmo tempo.
— Parecia que ela estava repetindo uma declaração que havia
memorizado.

— O que eu devo dizer? O que você espera que eu diga?


— Ele lutou para reprimir a sua irritação.

— Quero que você diga que a nossa relação não depende


de onde eu viver. Quero que você diga que está tudo bem.
Que você até mesmo entende. — Ela o estudou por mais um
momento antes de pegar a camisa de volta. — A sessão de
ontem não foi mesmo.... Quero dizer, nós não discutimos,
você não estava com raiva, foi apenas emocional, mas não
ficou feio. E, no entanto.... As coisas desmoronaram de
qualquer maneira, quando chegamos a casa. Nenhum de nós
tinha a menor ideia do que dizer, do que fazer, como até
mesmo agir em torno do outro. — Ela balançou a cabeça. —
Não gosto disso.

— Não gosto disso também, Bay, mas isso é....

— Estarmos separados, sermos capazes de lidar com


esses sentimentos, mas não sendo forçados a lidar com eles
bem em cima um do outro, por que não é uma boa ideia? —
Seus olhos suplicaram para ele. — Por favor, esteja bem com
isso.
— Não parece que tenho muita escolha. — Ele se
levantou para ficar de pé e se afastou. Ele estava com raiva.
Como não poderia estar? Ele queria discutir. Inferno, ele
queria atacar. Mas não o faria. Sua raiva quase os destruiu
uma vez. Mas a ele não era permitido ficar com raiva de vez
em quando, ou ele simplesmente desistiu do seu direito de
discordar dela alguma vez de novo?

Colocou suas roupas de corrida e correu escada abaixo.


Ele não ia ficar sentado em uma casa vazia e se chafurdar na
auto piedade toda a noite se ela ia abandoná-lo. Ele tinha
acabado de amarrar seus tênis de corrida, quando houve
uma batida na porta.

— Hey, Dare. — Michelle observava-o calmamente. —


Você está bem?

— Não, na verdade. — Ele passou por ela, deixando a


porta da frente aberta. — Diga a ela que saí para uma
corrida.

Quando a mão de Michelle apertou em seu braço, ele se


acalmou, mas não olhou para ela. Ela estendeu a mão para a
porta e a fechou, deixando-os sozinhos na varanda.

— Ela não está rejeitando você. Não é sobre isso.

— Estranhamente parece exatamente isso. — Ele


finalmente olhou para Michelle. — Não quero discutir com ela
ou ficar com raiva. Se eu estiver aqui quando ela sair, eu
poderia.

Michelle soltou seu braço quando ela acenou com a


cabeça. E quando ele desceu os degraus da varanda, não se
preocupou em disfarçar o — puta que pariu —, que ele
murmurou com raiva. Em seguida, ele fugiu sem olhar para
trás.

Ele impulsionou pelo afloramento1, e seu ritmo era mais


rápido do que o habitual, mais rápido do que deveria ser. Ele
caiu no chão e puxou os joelhos enquanto olhava o lago
muito abaixo. Talvez a terapia fosse uma má ideia. E se isso
os separasse, em vez de mantê-los juntos? Prometeu a ela
que faria o que fosse preciso, mas talvez isso não fosse o que
eles precisavam. O que havia de errado com deixar o passado
enterrado?

Ele balançou a cabeça com a estupidez da declaração.


Sabia que precisava disso, mas ele estava com medo. Quando
ele finalmente se levantou novamente, o sol estava
começando a se pôr, e ele foi em direção à sua casa.

Assim que entrou na cozinha, encontrou o bilhete ela


deixou na ilha da cozinha.

Dare,

Eu amo você.

Bay

Ele ficou com o bilhete e caminhou até seu escritório.


Puxou uma pequena caixa de armazenamento de fotos do

1
Em geologia, um afloramento é a exposição de uma rocha na superfície da Terra.
armário, e colocou o bilhete dentro. Estava lá juntamente
com a carta que ela escreveu na primeira vez que o deixou.
Talvez seja por isso que ele estava tão preocupado. Não tinha
certeza se ele tinha ou algum dia iria se recuperar da
primeira vez que ela o deixou. Ela estava certa ao ir, mas isso
deixou uma cicatriz.

Tocou a outra carta, deixando seus dedos se estenderem


sobre o papel, e quando ele puxou para fora, sua mandíbula
apertou forte com a ansiedade. Realmente não queria ver
essas palavras novamente. Inferno, não queria senti-las
novamente, mas foi até sua mesa com a carta na mão de
qualquer maneira. Quando ele se sentou à mesa, ele
desdobrou o papel e o achatou, mas recusou-se a olhar para
ele. Olhou para o seu colo por um momento. Lembrou-se
exatamente o que isso havia feito com ele quando encontrou
a carta, e então ele deixou seus olhos verem.

Darren,

Eu vou para Memphis na próxima sexta-feira para estar


com a minha mãe. Está na hora. Eu vou continuar a cuidar
de Macy até então, e espero que lhe dê tempo para fazer outros
arranjos para seus cuidados. Ela é um doce, e eu vou sentir
falta dela. Quanto a nós, eu espero que um dia você possa se
lembrar de como éramos e não o que nos tornamos. Houve um
tempo em que tudo o que você fazia me fazia sorrir. Você
mudou muito desde então, mas ainda há tanta coisa boa em
você. Minhas palavras mudaram também, e enquanto eu
sinto falta das antigas, você deve saber que não há vergonha
nas novas. Machucado. Desolado. Triste. Forte. E eu espero que
algum dia em breve: Curado.

Sua sempre, quer você acredite ou não,

Bay

Ele passou os dedos pelo cabelo. Fazia pouco mais de


dois meses e meio desde que ela lhe deixou a carta e, em
seguida, saiu de sua vida. Parte dele morreu quando leu a
carta e percebeu que não havia alguém no mundo para
culpar além de si mesmo. Ela nunca deixou de amá-lo, nem
mesmo quando ele estava no seu pior com ela. Ele não
merecia o amor dela, mas ela tinha dado a ele até que não
havia mais nada para dar. E ele tinha tomado de forma
maliciosa dela até que ele a deixou seca. Ela apenas sempre
quis o melhor para ele, mesmo quando estava indo embora.

Puxou o diário da gaveta da escrivaninha, e seu pulso


acelerou. Ele tinha se sentido como um idiota a última vez
que fez isso, mas o fez de qualquer maneira. Agora, tinha
pavor de se sentir tão patético novamente. Em vez de esvaziar
a cabeça de tudo o que queria dizer a ela sobre o seu futuro,
mas não tinha coragem de dizer em voz alta, pegou uma
página proverbial de seu passado. Palavras. Poderia lidar com
palavras de uma forma que ele não poderia lidar com frases.
Eles sempre lidaram um com o outro contornando conversa
real e a deixando de lado por palavras aparentemente
aleatórias. Seu jogo. Isso simplesmente teria que ser o seu
ponto de partida. Se ele pudesse lidar com algumas palavras,
como não poderia lidar com outra drenagem cerebral
literária?

Sua mão parou acima da folha de papel, e aquela mesma


pontada de constrangimento o acertou – como se ele fosse
uma criança patética e tola. Rosnou em frustração e fechou
os olhos, mais uma vez imergiu na sensação do que a perda
dela significava para ele. Quando ela se afastou, levou a
única coisa que ele precisava mais do que qualquer outra
coisa dela.

Amor

Ele rabiscou a palavra desmazeladamente na página


enquanto murmurava,

— Deus, eu sou patético. — E então ele encarou a


página. Que outra palavra poderia ser necessária que não
fosse abrangida por essa?

Ele pegou seu celular e discou.

— Olá. — Ela parecia insegura.

— Eu estou com raiva. — Manteve a voz calma.

Houve silêncio do outro lado por um momento.

— Eu sei.

— Mas, se isso é o que você precisa.... Eu só não


concordo com você. — Ele não queria trancá-la para fora, e
queria ser honesto, mas não sabia o que dizer depois disso.
Sabia que ela estava esperando que ele dissesse algo mais
dado o silêncio. — Será que vamos ver um ao outro?

— Eu gostaria.

— Eu sei o que você está fazendo faz sentido para você,


mas também sei o motivo por que faz sentido para você.
Entendo que você não confia em mim. Só queria que
fôssemos mais do que isso. Quero o melhor para nós, e não
quero esperar para que isso aconteça em seis meses ou um
ano. Só quero estar lá agora.

Ela fez - ―hum‖- por um momento. Era um pensamento


inebriante – já estar no seu futuro, e seu ―hum‖ implicava
que ela apreciava o pensamento tanto quanto ele. Um futuro
já não nublado com seu passado, como ele poderia não
almejar isso?

— Darren... — Ele ouviu quando ela respirou fundo e


soltou o ar lentamente. —.... Eu sou responsável pela morte
de sua irmã. — Sua voz era quase brusca.

Seu coração disparou por um momento quando a


imagem de Jess deitada em uma cama de hospital surgiu em
sua cabeça. Ele não tinha entendido devastação como essa
antes da morte de Jess, e até agora, a dor ainda o percorria.
Mas a dor nunca parecia como dor para ele. Parecia com
raiva, e até mesmo quando ele cerrou os dentes e tentou
empurrar isso para fora de sua mente, um impulso elétrico
correu através de seu corpo.
— Nunca haverá um dia em nossas vidas que isso não
seja uma verdade para nós. Nós nunca vamos ser como os
outros casais, nunca. Não é uma opção, e não deve nem
mesmo ser um pensamento em nossas cabeças.

Ele engoliu em seco enquanto seus olhos perdiam o


brilho, e seu rosto se contorceu enquanto lutava contra isso.
Estava se recusando a respirar, porque ele não queria
sucumbir à emoção agora. Ela era muito melhor em colocar
suas vidas em palavras do que ele. Ela sabia exatamente
como explicá-las, mas doeu ouvir o que disse de qualquer
maneira, porque isso significava que um futuro sem nuvens
não era realmente uma possibilidade. Será que isso significa
que o futuro que ele escreveu no dia anterior em seu diário
era apenas um sonho? Não poderia significar isso.

— Nós não temos o luxo de apenas estar apaixonados e


deixar todo o resto de lado... E isso é por minha causa. —
Suas palavras foram controladas e estáveis. Ela não estava se
auto castigando. Ela não estava nem mesmo falando de
culpa. Ela estava apenas colocando-o e forçando-o a
reconhecer que eles eram e o que eles estavam fazendo.

— Darren?

Ele havia ficado em silêncio por muito tempo.

— Sim...

Ela suspirou.

— Por favor, diga-me que eu me mudar não... — Ela


parecia tão insegura sobre o que estava dizendo, de repente,
como se estivesse com medo de como ele poderia responder.
Ainda não tinha certeza do que ela estava pedindo. — Bem,
que isso não quer dizer... — A voz dela sumiu novamente.

— O que você está tentando dizer?

Ela resmungou por um momento, e ele quase sorriu para


a frustração em sua voz, mas então se lembrou que ele não
era um homem feliz no momento.

— Não quero que você ache que isso significa que não
estamos juntos. Só não quero que você veja outras pessoas.
Nem sei se eu preciso dizer isso, mas eu só não quero que
você...

— Você não precisa dizer isso, e se você insinuar


novamente que tal coisa precisa ser esclarecida ficarei
ofendido. Você sabe, Bay, eu estava celibatário o tempo todo
em que você esteve em Memphis, também estava deprimido
como o inferno —, ele resmungou. — E eu nem sequer tinha
qualquer razão para acreditar que você voltaria em seguida.
Acho que eu só.... Eu não sei.... Esperava que você voltasse
algum dia. Isso não é algo que você precisa se preocupar. —
Ele ficou em silêncio por um momento, e ela não disse coisa
alguma também. — Ainda estou chateado com isso, só para
você saber.

Ela riu baixinho.

— Então, você não acha que a minha decisão tem


qualquer lógica que seja? — Ela estava procurando
restabelecer confiança agora.

— Eu não sei, Bailey. — Ele suspirou. — Ouça, é melhor


deixar você ir. Falarei com você mais tarde.
Depois que ele desligou, levantou-se e caminhou em
direção à porta, chamando Macy atrás dele para que ela
pudesse sair mais uma vez antes de dormir, mas o seu
telefone tocou em sua mesa antes que ele saísse do quarto.

— Sim, querida —, ele respondeu.

— Eu amo você. — Clique e ela se foi.

Ele riu por um momento enquanto colocava seu telefone


de volta na mesa.

— Eu também amo você —, disse ele a absolutamente


ninguém, exceto o seu cão, que estava menos do que
pacientemente esperando para ver se poderia ir para fora.

Depois ele subiu na cama, dez minutos depois, olhou


para o teto por um tempo. Não queria isso por si só e sem ela.
Nada disso. Nem esta casa, nem esta vida, nenhuma parte da
sua existência. A verdade inevitável era que estavam no início
da jornada, e passar por ela intacto não era uma garantia. A
paciência não era o seu dom, e ela se mudar fez isso
exponencialmente pior. Pelo menos quando ela estava em sua
casa, a vida parecia que estava se movendo na direção certa,
não em sentido inverso.

Quando finalmente sentiu seu cérebro abrandar, ficou


aliviado. Ele estava definitivamente pronto para terminar o
dia.
Ele acordou com a sensação de uma mão segurando seu
pênis, puxando e acariciando. Seus músculos do estômago se
apertaram, e antes que pudesse abrir os olhos, uma umidade
quente desceu e o envolveu. Ele abriu os olhos para sair da
escuridão, e quando ele estendeu a mão para o abajur ao
lado da cama, uma mão parou o seu braço.

Ela cantarolou, e, em seguida, seus quadris começaram a


se mover, transando lentamente.

— Oh, Deus, Bailey, — sua voz saltou enquanto ela


transava com ele. — Oh, Deus. — Suas pálpebras flutuaram
enquanto lutava por se segurar.

Ela cantarolou novamente, mas sua voz estava mais


perto agora, e ele podia sentir seus mamilos roçando seu
peito enquanto ela se inclinou sobre ele, ainda balançando os
quadris e tomando seu pênis profundamente dentro dela.

— Darren... — Ela gemeu o nome dele, apertando firme


em sua excitação.

— Porra, você me deixa tão bem. — Ele não poderia


acalmar as respirações trêmulas.

— Eu não amo você —, sua voz sussurrou


sedutoramente, e por um meio segundo não registrou as
palavras.

Ele riu, mas o riso foi enfraquecendo e morreu em sua


garganta. Isso deveria ser algum tipo de piada de mau gosto?
— Sim, você ama. — Ele falou com a escuridão, e ela se
apertou nele exatamente naquele momento, e sua voz
balançou novamente.

Como seus quadris aceleraram, ele engasgou, e então


seus lábios estavam em seu ouvido.

— Eu não amo você. — Mais uma vez sua voz era suave e
sedutora quando ela disse a coisa mais dolorosa que poderia
dizer.

— Pare com isso —, retrucou, mas seus quadris se


moviam rápido agora, fodendo e moendo contra seu quadril
enquanto sua excitação se tornou dolorosa.

Suas mãos agarraram em seus bíceps.

— Eu não amo você. — Sua voz era mais alta quando


acelerou seus movimentos.

— Deus caramba, Bay. Pare!

Seus dedos cravados nele. A pressão aumentou


fracionada pelo milésimo de segundo, e as unhas perfuraram
sua pele dolorosamente. Ele gritou quando sentiu as unhas o
cortando.

— Porra, Bay!

— Eu. Não. Amo. Você. — Ela bateu seus quadris contra


seu colo em cada palavra, e seu corpo começou a vibrar. Seus
braços queimavam com a dor, e seu pênis pulsava com a
necessidade torturante. Era a excitação mais dolorosa que já
havia sentido.
— Por favor.... Por favor, pare de dizer isso —,
choramingou quando suplicou a ela, mas seu corpo não
parava.

Ela fodeu, e transou, e o envolveu mais e mais e mais,


estrangulando seu pênis até que ele estava ofegante, cada
músculo de seu corpo rígido e trêmulo. E quando finalmente
o empurrou, ele gritou seu orgasmo ao mesmo tempo em que
seus lábios tocaram seu ouvido novamente e sua voz
sussurrou:

— Eu não amo você.

E então ele acordou...

Ele estava arfando, ofegando, praticamente


hiperventilando quando respirou profundamente.

— Ah, foda-se —, ele soluçou. Estendeu a mão para o


abajur, ainda tentando recuperar o fôlego enquanto se
sentava na beira da cama. Seu quarto iluminado em torno
dele. Esfregou os braços, esperando encontrar cortes, e como
não havia coisa alguma, ele baixou a cabeça nas mãos,
plantando os cotovelos nas coxas. Seu pênis estava duro e se
projetando em sua barriga, mas não havia desejo algum de
fazer alguma coisa sobre isso.

Puxou a gaveta do criado mudo e agarrou a imagem de si


mesmo e Bailey. Ele a apoiou contra a luz e se deitou, deitado
de lado e olhando para o casal feliz na foto. Ele se concentrou
em diminuir sua frequência cardíaca enquanto olhava para a
imagem. É claro que eles não eram um casal quando a foto
foi tirada. Ou talvez eles fossem. Talvez eles sempre tivessem
sido. Bailey estava rindo, ele estava sorrindo para ela, e ele
podia ouvir a risada dela em sua mente. Podia ouvir Jess
gritando:

— Digam XXX. — Poderia até mesmo sentir o poliéster


barato do vestido de formatura de Bailey sob as pontas dos
dedos quando ele beliscou seu quadril.

Sua Bailey nunca iria dizer-lhe que não o amava. Ela


nunca seria tão cruel. Mas Darren havia sido. Ele foi tão
cruel e muito pior. Ela estava certa ao fugir dele.
Quando pedalou até o hospital algumas manhãs depois,
ela encontrou um local para a sua bicicleta no bicicletário
rapidamente. Nenhuma das bicicletas parecia tão vintage e
boba como a dela, e, aparentemente, cestas na frente não
estavam mais na moda, ela claramente tinha perdido o jeito.
Ela pegou sua bolsa amarela da cesta e entrou pela porta
mais próxima. A porta se abriu para área de espera da sala
de emergência onde a secretária de admissão estava.

Andar pela porta resultou em uma resposta visceral que


sugou o ar de seus pulmões. Ela não tinha ideia do que a
vida reservava quando ela sentou nessa sala seis meses antes
à espera da sutura para sua mão. Se alguém lhe dissesse que
daquele ponto a sua vida seria catapultada como um foguete
para o espaço, ela nunca teria acreditado. Agora, olhando
para trás, era apenas estranho e deprimente. Ela estava
quase destruída nessa época, e ainda assim, aqui estava ela,
de pé na mesma sala onde sua jornada com Darren começou
– ou talvez fosse mais correto dizer - onde começou
novamente. Ela olhou em volta, um olhar quase como
admiração até que ouviu uma mulher limpando a garganta.

— Precisa de ajuda? — A moça no balcão da recepção a


olhou avaliando quando Bailey se aproximou.
— Sim. Estou aqui para ver Darren Cory.

— Você quer dizer Dr. Cory?

Bailey olhou para a menina por um momento.

— Certo. — Ela já estava irritada com a menina bonita


que parecia ofendida com as primeiras palavras que saíram
da boca de Bailey.

— Bem, você pretende vê-lo se ele estiver disponível.


Posso dizer-lhe quem está aqui para vê-lo?

— Bailey.

— E ele vai saber quem você é? — A garota começou a


zombar, e devido às suas sobrancelhas levantadas e os
braços cruzados sobre o peito, ela não achava que Bailey
tinha qualquer negócio ali.

— Eu sou sua namorada.

— Namorada? — Ela ficou boquiaberta por um momento


e depois balançou a cabeça enquanto olhava para o teto como
se estivesse tentando chacoalhar seu cérebro de volta para o
lugar depois de ter sido forçado a ouvir uma coisa dessas. —
Estranho ele nunca mencionou uma namorada. — Ela se
levantou abruptamente com uma expressão legal, e apenas
quando se virou para ir embora, comentou sobre seu ombro.
— Bonita bicicleta. — E então ela se foi antes que Bailey
pudesse conceber uma resposta.

Ela caminhou em torno da sala de espera por alguns


minutos, perdendo-se em sua mente mais uma vez, até que o
som da porta de segurança eletrônica a puxou de volta à
realidade. A porta separava o lobby da área de triagem, e
quando a atenção de Bailey foi atraída para o som da
abertura da porta, ela o viu.

Darren a observava atentamente enquanto se


aproximava, e ela mordeu o lábio. Ele parecia incrível. Ela
estava muito apavorada com ele, da última vez em que esteve
ali, para apreciar o quão poderoso ele parecia em suas calças,
camisa, gravata e jaleco, mas quase estremeceu quando o
notou agora. Ele parecia um.... Adulto. Às vezes, ele parecia
tão maduro comparado a ela, independentemente do fato de
ela ser apenas três anos mais jovem. Vestia-se como um
homem, agia como um homem, vivia como um homem.
Bailey, por outro lado, se vestia como se ela mal pudesse
pagar o fio que prendia suas roupas juntas e dependia dos
outros para sobreviver. Seus olhos voaram para sua velha
bicicleta de pneu grosso do lado de fora da janela, e suas
bochechas enrubesceram em constrangimento.

A jovem os assistia do balcão de recepção, e Bailey, de


repente sentiu como se estivesse pisando muito perto de seu
limite de humilhação.

— Hey. — Ele ficou na frente dela desajeitadamente, sem


tocá-la, sem sorrir, sem fazer absolutamente nada para
apoiar a afirmação de Bailey de que ela era, de fato, sua
namorada. Bailey olhou para a mesa de recepção, apenas
para ver um sorriso no rosto da menina.

Bailey forçou sua atenção para voltar a ele.

— Oi.
— Estava me preparando para correr para o refeitório
para pegar um pouco de café. Você pode vir comigo?

Ela assentiu com a cabeça.

— Claro.

Levou-a da sala de espera por um longo corredor lateral.


Ela o seguiu para o refeitório, e uma vez que eles estavam na
fila, ele pagou pelos cafés enquanto ela encontrava uma mesa
próxima e se sentou. Ele parecia calmo, mas então, ela estava
calma também. Enquanto tomou o assento em frente a ela,
ele sorriu, mas parecia exausto, e ele bocejou.

— Você parece cansado.

Estudou-a por um momento.

— Não tenho dormido bem nas últimas noites. Continuo


tendo... Sonhos estranhos. Mas estou bem.

Ela assentiu com a cabeça.

— Você quer me contar sobre esses sonhos? Talvez eu


possa decifrá-los estilo freudiano —, brincou ela, e os lábios
dele finalmente se moveram.

— Confie em mim, querida, não é preciso ser Freud para


decifrar esses sonhos. Meu cérebro não faz rodeios.

— Então me conte sobre eles.

Olhou para ela por um longo momento.

— É melhor não.

Ela não tinha certeza de como responder a isso, e então,


desviou o olhar. Porém sua mão cobriu a dela, e ela puxou
sua atenção de volta para ele. Ele não estava sorrindo,
apenas observando-a.

— Sinto sua falta. — Sua mão envolveu a dela, e ele virou


a palma para cima sob a dela, envolvendo delicadamente
seus dedos.

— Sinto falta de você também —, respondeu ela.

— Então por que estamos fazendo isso?

Ela suspirou.

— Você não acha que talvez sejamos um pouco


codependentes2 ou algo assim?

Sua testa enrugou.

— Deixe a psicologia para o Dr. Green, e pare de ler o


livro velho de psicologia da Michelle. — O lado de seu lábio
levantou. — Não dou a mínima se nós somos codependentes.

Ela riu.

— Eu só estou sendo.... Cautelosa. Ou madura. Ou... —


Ela estava gaguejando. — Lógica?

Ele revirou os olhos, olhando para longe por um


momento, mas sua expressão não era divertida.

Ela mordeu o lábio, odiando a insegurança por trás dele.

— Você conta às pessoas sobre nós?

O relacionamento deles havia sido um turbilhão se


movendo na velocidade da luz sobre vales e montanhas –
como um ioiô para cima e para baixo. Foi realmente só agora
2
Codependência é um termo da área de saúde usado para se referir à uma pessoa fortemente ligada
emocionalmente a outra pessoa.
que eles haviam diminuído o ritmo que ela realmente teve a
chance de parar e pensar sobre a sua dinâmica. Quem
poderia deixar passar? Ela andava em uma velha bicicleta de
pneu grosso que pertenceu a sua mãe, porque perdeu sua
carteira de motorista, juntamente com cinco anos de sua vida
na prisão por homicídio veicular, e ele era, bem, ele era um
maldito médico. A funcionária da mesa de recepção não
poderia ser a única pessoa no mundo a olhá-los juntos e
pensar que havia algo apenas ligeiramente incompatível sobre
eles. E ela queria saber.... Será que ele tinha vergonha dela?

— Bay, do que você está falando?

— Quero dizer, as pessoas sabem que estamos


namorando? Você fala sobre mim? — Encolheu os ombros,
sentindo-se humilhada e sabendo que iria mostrar em suas
bochechas. Ela podia sentir o calor invadindo-as, mesmo
quando tentou agir indiferente.

— Eu falo sobre você para as pessoas que são


importantes para mim. — Olhou para ela por um momento.
— Por que você está me perguntando isso?

Ela balançou a cabeça.

— Não é nada. Estou me sentindo inadequada hoje —,


admitiu.

— Que tal você compartilhar suas inadequações comigo?

— Que tal você compartilhar seus pesadelos comigo?

Ele sorriu para ela, e ela sorriu docemente de volta.


— Tudo bem. Continuo tendo sonhos de você me dizendo
que não me ama.

Ela riu por um momento até que assimilou o olhar em


seu rosto. Ele parecia um pouco longe de apreciar o humor.

— Darren, eu nunca faria isso. Nunca iria sentir isso.

— Bem, acho que é o meu medo de inadequação. Agora,


que tal você me contar tudo sobre o seu?

Ela soltou um suspiro profundo e dramático, e desviou o


olhar por um momento.

— A moça na mesa da recepção ficou chocada quando eu


disse que era sua namorada como se a própria ideia de que
estávamos namorando era incompreensível para ela. Eu
estava... — Ela balançou sua cabeça enquanto pensava.

— Ofendida?

— Essa seria a resposta lógica, não é? — Ela assentiu


com a cabeça enquanto olhava para seu peito. — Estava com
vergonha —, ela finalmente admitiu enquanto erguia o olhar
para o dele.

Ele apertou sua mão delicadamente.

— Eu nem sei o nome dessa mulher. Então, se você acha


que eu deveria estar compartilhando com ela todos os
detalhes do nosso caso indecoroso, então eu vou, mas,
francamente, eu não dou a mínima para o que a ―garota sem
nome da mesa da recepção‖ pensa sobre nós. — Ele piscou.
— Além disso, você sabe perfeitamente bem que nós não
estamos namorando —, disse ele sarcasticamente.
Ela inclinou a cabeça para o lado.

— Preciso lembrá-lo, que nós nunca estivemos em um


encontro de verdade?

Ela riu então.

— Tudo bem, estamos dormindo juntos.

— Não é a palavra de novo. É chamado de fo...

— Dr. Cory! —, veio uma voz animada de criança. —


Olha, olha, olha! — O menino gritou enquanto corria até
Darren, segurando o dedo no ar. Darren o pegou
instantaneamente e o colocou no colo.

— Ethan, você trocou minha atadura de gaze por uma do


Bob Esponja? Estou ofendido.

Uma mulher andava até a mesa deles rindo e sorrindo.


Ela olhou para Bailey, curiosamente, mas sua atenção voltou
para Darren rapidamente. Dada a expressão tímida e os cílios
batendo, para não mencionar o fato de que não havia aliança
de casamento no dedo dela, ela estava flertando, ou pelo
menos flertando tanto quanto ela poderia com Bailey
presente.

— Acabei de tirar os pontos. Está novo em folha.


Realmente não sei para que o Band-Aid agora, exceto que tem
Bob Esponja nele. — A mulher balançou a cabeça em
diversão enquanto ela falava, mas então ela olhou para Bailey
novamente.
— Já tirou os pontos? Eu lhe disse que não demoraria
muito. — Darren sorriu para Ethan como o menino sorriu
para ele.

A mulher finalmente se virou para Bailey.

— Sinto muito. Eu não acho que nós...

— Esta é a minha namorada, Bailey Trent. — Darren


sorriu para Bailey enquanto mordia o lábio de brincadeira.

— Bailey Trent... — O foco da mulher deslocou-se por um


momento. — Acho que conheço esse nome. Bailey.... Oh!
Espere.... Não. — Ela balançou a cabeça, recusando-se a
acreditar que os pontos de seu cérebro simplesmente
conectaram, e então ela riu nervosamente enquanto olhou
para Darren.

Ele a olhou por um momento, sem reagir de forma


alguma, e então ele sorriu. Foi quase provocativa a maneira
como ele dispensou seu choque.

— É bom ver você, Srta. McCormack. Fico feliz em ver


que Ethan se curou muito bem.

Ela ainda ficou boquiaberta, e balançou a cabeça


ligeiramente.

— Uh... Sim.

Darren ignorou e voltou sua atenção para o menino


sentado em seu colo.

— Agora Ethan, da próxima vez que eu vir você, espero


que não seja na sala de emergência. — Ele levantou o menino
e depositou-o ao lado de sua mãe.
A mulher puxou o filho para longe, ainda balançando a
cabeça. E uma vez que eles foram embora, Darren pegou a
mão de Bailey, puxou-a para si, e levou-a de volta para o
corredor.

— Feliz agora? — Ele perguntou a ela quando entraram


no corredor.

— Terei que voltar atrás. Talvez eu não me importe se as


pessoas saibam que estamos namorando —, ela comentou
secamente.

Quando Darren pegou-a pelo cotovelo, ele a puxou pela


porta mais próxima. Era um salão vago com luz baixa, e
quando seus olhos pararam de verificar a sala e se voltou
para ele, ele a estava estudando.

— Pela última vez, nós não estamos namorando. Nunca


estivemos em um encontro. Nós também não estamos
dormindo juntos, e, francamente, não estamos sequer
fodendo. Não posso dizer que sei o que estamos fazendo neste
momento. — Sua expressão era gelada, e ela
instantaneamente esfriou também. Isto pode deteriorar
rapidamente.

— Eu não disse que não podíamos fazer sexo. — Ela


estava tentando aliviar sua disposição bastante intensa, mas
seu rosto não reagiu às palavras em tudo.

Até que ele se equilibrou.

Ela engasgou quando ele fechou o espaço entre os dois


em um piscar de olhos. Sua boca encontrou a dela, sua mão
agarrou seu quadril, e empurrou suas costas contra a porta.
Ele alcançou atrás dela, encontrando a fechadura e a
trancando, e então ele estava tirando as calças com uma das
mãos enquanto a outra segurava a bochecha dela, segurando
sua cabeça parada enquanto a beijava e liberava, sugando e
puxando seus lábios.

Ele empurrou sua roupa íntima, movendo rapidamente a


palma da mão para o seu sexo, e quando mergulhou o dedo,
gemeu. Ela estava molhada desde que o viu caminhando em
sua direção no lobby, e não havia como esconder isso agora.
Ele mergulhou dois dedos profundamente dentro dela,
xingando quando deslizou através de sua umidade
escorregadia, e então ele começou a empurrar. Seus dedos
cavaram em seus bíceps, e ele se acalmou por um momento,
congelando no lugar. Ele se afastou, encontrando seus olhos,
e, em seguida, apenas a encarou.

— Dare?

Ele não reagiu, exceto para olhá-la, e quando finalmente


inclinou a cabeça para olhar para a mão dela ainda
duramente segurando seu braço, sua testa se enrugou.

— O que há de errado? — Ela podia sentir sua vagina


tremendo em torno dele. Seus dedos estavam tão congelados
e rígidos como seu corpo.

— Diga-me que você me ama —, ele sussurrou. — Por


Favor.

— Eu amo você.

Ele suspirou, e deixou sua testa na dela. Seus dedos


começaram a se mover, mas estava mais lento, mais suave, e
ela não estava inteiramente certa do porque, mas ele parecia
fora do ar, não necessariamente preocupado, apenas fora de
alguma maneira. Quando ela colocou os braços ao redor dele
e se aconchegou em seu pescoço, os dedos deixaram o seu
corpo, e agarrou-a em seus braços, segurando-a com força.

— Eu amo você. — Ele falou contra o pescoço dela.

No momento em que se afastou seu rosto estava sem


energia, com a exaustão de novo, e ele esfregou a testa.

— Você está bem?

Ele balançou a cabeça e deu um sorriso fraco.

— Sim. Eu apenas não posso fazer isso agora, não aqui.


Eu me empolguei por um momento. — Soltou um suspiro
profundo. — Posso ver você hoje à noite?

— Umm... Merda. Eu disse a Michelle que vou ajudá-la


com uma exposição na loja de móveis hoje à noite. — Ele
acenou com a cabeça e os lábios franzidos. — Mas eu
poderia.... Poderia cancelar? Eu quero ver você...

— Não, está tudo bem. Ajude Michelle. Estou cansado, de


qualquer maneira. Talvez eu realmente seja capaz de ir para a
cama cedo e dormir.

— E quanto à noite de domingo? Peixe frito na marina?


Sua mãe ligou, e ela e seu pai estão me levando. Ela ia ligar
para você.

— Sim, ela ligou. Estou escalado neste fim de semana


todo, e tenho que trabalhar um pouco mais tarde para cobrir
Dr. Deely no domingo à noite, mas eu deveria ser capaz de
recuperar o atraso com vocês lá.

Era a sua vez de acenar com a cabeça, e quando ela fez,


ele puxou o cós de suas calças, abotoando e fechando. Ele
suspirou e se afastou dela.

— Você está linda. — Seus olhos se arrastaram ao longo


de seu corpo. — Eu amo essa camisa. — Não era nada mais
do que uma camisa de malha listrada em marinho e branco
com manga três quartos. Ela combinou com calças cáqui e
seus sapatos mocassim. O que Darren não sabia era que o
cardigan verde, o vestido armado azul marinho com sua
grande fivela prata, e um lenço floral estavam em sua bolsa
também.

Poucos minutos depois ele lhe deu um beijo de adeus, na


frente da ―garota sem nome da mesa de recepção‖, e ele disse
a ela que a amava também. Ela o observou scannear seu
crachá e entrar na área de triagem, e então ela se virou e
saiu. Ela chegou ao Florais de Tilson dentro de cinco
minutos, e estacionou sua bicicleta em um rack nas
proximidades, rapidamente pegou o casaco de lã, colocou o
vestido, e envolveu o cachecol floral em torno de seu pescoço.
Uma rápida olhada no espelho compacto, um pouco de brilho
labial, e ela estava a caminho, tremendo o tempo todo.

Ela empurrou a porta, e a mulher atrás do balcão sorriu


para ela. Bailey não a reconheceu, e ela pensou que talvez
fosse uma coisa boa.
— Oi. Vi a sua placa ―temos vagas‖ na janela. Posso fazer
uma inscrição?

— É claro que você pode, querida. — A mulher mais


velha sorriu para ela. — Não é possível dizer o quanto estou
ansiosa para preencher a vaga de entrega. É muito difícil...

— Sinto muito, entrega?

— Sim, querida. Essa é a posição que estamos


contratando.

O coração de Bailey afundou.

— Não tenho carteira de motorista.

A sobrancelha da mulher enrugou.

— Bem, sinto muito em ouvir isso. Infelizmente, é uma


exigência.

— Entendo. Obrigada mesmo assim. — Bailey levantou


uma mão enquanto saía da loja, e então ela virou no
quarteirão. Examinou as vitrines das lojas à procura de mais
placas de ―temos vagas‖, e quando passou pela Fotografia
Brunswick, ela avistou uma. Empurrou a porta quando os
sinos avisaram sua chegada.

— Bem, Bailey Trent. Como você está? — Dean Hamilton


era o gerente de Fotografia Brunswick e bem conhecido na
cidade, tendo fotografado quase todas as famílias ao longo
dos últimos vinte anos. As poucas vezes que Bailey tinha
esbarrado com ele ao longo dos últimos seis meses, ele
realmente parou e tomou o tempo para falar com ela.
— Estou bem, obrigada, Sr. Hamilton. Estava esperando
preencher um pedido de emprego.

De repente, o rosto do Sr. Hamilton fechou, e ele olhou


para ela com preocupação.

— Oh. Bem, Bailey, você sabe que o Sr. Brunswick tem


uma política rígida contra a contratação de.... Bem, você
sabe.

— Sim. — E seu coração se afundou ainda mais. — Não


há problema. Entendo. Você não sabe de outros lugares à
procura de funcionários?

— Bem... O banco e a loja floral são os únicos outros


lugares aqui na Main Street que eu sei, mas o banco não vai
ser uma opção para você.

Ela assentiu com a cabeça e tentou forçar um sorriso em


seus lábios, mas dado ao desconforto no rosto de Sr.
Hamilton, ela não estava atuando muito bem.

— Obrigada de qualquer forma. — Deu-lhe mais uma


tentativa de um sorriso e, em seguida desistiu de vez.

Ela ficou em sua bicicleta, puxando o lenço do pescoço e


tirando seu casaco de lã. Quando tirou seus sapatos, ela
cometeu o erro de pensar que uma mão em sua bicicleta iria
estabilizá-la. Em vez disso, o suporte de apoio cedeu, e a
bicicleta tombou em cima dela, derrubando-a de bunda.

Uma mulher que passava deu uma pausa e olhou para


ela desconfortavelmente, mas quando se aproximou para
ajudar, Bailey acenou com um rápido —, eu estou bem. Eu
estou bem. — Não bem no momento. Ela colocou seus
sapatos em sua cesta, e, em seguida, empurrou a bicicleta
pela rua, limpando a areia e a sujeira de seu traseiro
enquanto caminhava. No momento em que ela estava
pedalando para a casa de Michelle, lágrimas caíram de seus
olhos.

Ela não se incomodou em tentar impedir as lágrimas,


quando puxou o diário de sua bolsa para o chão do quarto de
visitas de Michelle. Inferno, suas emoções incontroláveis se
dirigiam todas sobre ela naquele momento – suas ações, sua
mente, seu coração que parecia que ia explodir. Ela
destampou a caneta enquanto subia na cama, imediatamente
começou a rabiscar, mesmo enquanto chorava e sua visão
turvava.

Por que você não está aqui? Preciso de você aqui agora.
Não posso fazer isso.

Ela olhou para as palavras por um momento.

Estou tão sozinha sem você e papai, e eu tenho tanto


medo.

Por que você tem medo, querida?


Ela ouviu a voz suave de sua mãe em sua mente, com o
sotaque do sul e tudo.

Não há nada para se preocupar. Sua vida vai ser


exatamente o que ela está destinada a ser. Nada mais nada
menos.

Sua caneta começou a se mover em direção ao papel de


novo.

E se eu não puder fazer isso? E se eu não for o suficiente


para ele? E se....

Sua escrita parou por um momento, quando contemplava


o quão honesta e aberta ela queria estar com sua mãe
imaginária.

E se ele me machucar de novo?

Bailey fechou os olhos, à espera de ouvir aquela bonita


voz cantada em sua mente. Precisava ouvi-la novamente. Só
mais uma vez. Mais uma reafirmação. Mas não havia coisa
alguma além de silêncio.

— Por favor, mamãe —, ela gemeu quando a angústia


tomava conta, e então caiu no colchão, puxando os joelhos
até seu peito enquanto ela se desfez como uma criança
chorando.
Ele amaldiçoou quando entrou no estacionamento da
marina apenas para vê-lo quase vazio, e de repente se sentiu
como um idiota completo. Ele, na verdade, teve certeza de
lançar uma muda de roupa em um saco pela manhã, então
ele estaria vestido para a ocasião. Agora que estava dando um
olhar casual e pronto para se divertir, apenas se sentia como
uma porra de um imbecil.

Deu uma parada e viu os homens correrem ao redor do


cais junto à marina. Eles tentavam desesperadamente
recolher e reorganizar tudo antes que as escuras nuvens
ameaçadoras à distância se tornassem mais próximas. O
tempo estava virando, e enquanto ele esperava que as fritas
não demorassem muito mais tempo para ficar prontas,
esperava que o céu fosse se abrir em breve. Pensou em, pelo
menos, chegar lá a tempo o suficiente para vê-la e talvez
comer mais alguma coisa.

Não tinha visto Bailey desde quinta-feira de manhã no


hospital, e enquanto eles falavam todas as noites ao telefone
por pelo menos alguns minutos, ele se sentia afundando
ainda mais em depressão com cada dia que passava. Ela
precisava disso – seu espaço, sua separação dele, mas ele
ficou tentando esconder o fato de que isso o estava
desgastando. Pensou um par de semanas atrás, quando ela
concordou em permanecer em Savoy, que tinham passado a
parte mais difícil. Talvez ela tivesse, e ele esperava que ela
tivesse. Ele definitivamente não tinha.

Pegou o celular e ligou para sua mãe.

— Hey, hum. Desculpe, mas sentimos sua falta esta


noite. Fecharam cedo com a chuva chegando.

— Sim, eu posso ver isso. Estou na marina no momento.

— Bailey pediu para ligar para ela.

— Entendi, mas ela não está atendendo ao telefone


agora. Ela ainda está com você?

— Não. Nós a deixamos há poucos minutos. Você a


perdeu por pouco na verdade. Seu pai e eu estamos a
caminho de casa.

— Ok. Vou tentar mais tarde.

— Darren, você está bem? Você parece desligado. Bailey


disse que você não está dormindo muito bem.

— Estou bem, mãe.

Jillian suspirou. Ela não estava compreendendo sua


aflição.

— Você sabe, terapia pode ser difícil. Especialmente na


primeira vez.

— Eu sei. — Ele se sentiu um pouco patético demais para


essa discussão no momento. — É melhor eu ir.
— Nós amamos você, Dare. — Sua voz soava muito
preocupada.

— Também amo vocês.

Ele não foi para casa. Em vez disso dirigiu até a casa de
Michelle, e quando dava os cinco passos para sua varanda,
ela abriu a porta.

— Uau! — Ela gritou, rindo enquanto agarrava seu peito.


— Desculpa-me, você me surpreendeu. E aí, doutor?

— Apenas passei para ver Bay.

— Ela está no chuveiro. Vou olhar para o outro lado, se


você quiser se debruçar sobre ela. — Seu sorriso era astuto e
brincalhão.

— Tentador. Melhor não. Diga a ela que eu passei por


aqui?

Michelle estudou-o, sem dizer nada por um momento.

— Estou saindo. Que tal você mesmo dizer a ela?

Ele olhou para o carro, tocando suas chaves e pensando


no que ele queria fazer.

— O que está acontecendo com você? — Ela cutucou.

— Nada.

— Besteira.

Ele suspirou enquanto olhava para o teto da varanda por


um momento.

— Só estou tentando dar-lhe espaço, isso é tudo.


Michelle colocou as mãos nos quadris, em seguida, de
cara feia para ele.

— Isso é tudo, não é?

— O que você quer que eu diga Shell?

— Que tal a verdade?

Ele cerrou os dentes por um momento.

— Tudo bem. — Ele parecia irritado. — Não gosto disso.


Não quero espaço. Mas sinto que eu não estou mais
autorizado a ter uma opinião. Como se eu fosse um babaca
por dizer qualquer coisa ao contrário do que ela quer.

— Então, qual é a sua opinião sobre a escolha dela de


sair? Se você não pode dizer isso a ela, diga-me.

Ele olhou para ela por um momento.

— Ela está errada. Ela está absolutamente errada -


cacete. Não é melhor para nós ficarmos separados. Só não é.
Eu não dou a mínima se parece lógico para ela. — Ele deu os
ombros. — Mas vou deixá-la fazer o que diabos ela quer de
qualquer maneira. — Ele não estava guardando coisa alguma
de seu desânimo.

— Sinto muito que você se sente assim, mas você precisa


falar com ela sobre isso.

— Estou praticamente com medo de respirar em torno


dela. Estou com medo de foder isso de novo. — Ele se
atrapalhou com as chaves novamente. — Realmente devo ir.
Estou frustrado e.... E não quero correr o risco de soltar isso
nela.
— Não, você realmente deve ficar. Por favor, fique. Ela vai
querer vê-lo. E parece-me que você precisa vê-la. Eu vou
tomar uma bebida com Jason. — Ela desceu os degraus da
varanda.

— Jason quem? — Ele a chamou.

— Jason Suthers. Ele é alguns anos mais jovem que


você. Ele acabou de se mudar de volta para a cidade e pegou
a posição de oficial na polícia de Savoy. Você se lembra dele...

— Ah, sim, Shell, lembro-me dele. Você o namorou


quando era caloura no ensino médio.

— Sim. Esse é o cara. — Ela olhou para ele timidamente,


e virou-se, sem dúvida, pensando que poderia escapar antes
que ele perguntasse sobre isso.

— Tente não traí-lo de novo —, ele a chamou.

Ela parou de repente e virou-se lentamente para trás,


corando, não era algo que Michelle fazia muito facilmente.

— Muito engraçado. Eu tinha dezesseis anos, e a traição


consistiu em beijar outro cara e deixá-lo apalpar meu peito
debaixo das arquibancadas.

Ele riu.

— Sim, bem me recordo que a Terceira Guerra Mundial


se seguiu entre você e Jess depois disso.

— Jess me chamou de vagabunda, eu a chamei de


cadela, e Bailey...

— Me chamou —, ele terminou por ela.


— É claro que ela chamou. Tchau, Dare. Vejo você mais
tarde.

Ele podia ouvir o chuveiro enquanto subia as escadas


para o segundo andar da pequena casa de Michelle em estilo
chalé. Cada passo nas antigas escadas rangia e gemia, mas
sabia que Bailey estava absorta. Quando entrou no banheiro
cheio de vapor, ele se encostou no balcão e esperou. Ouviu
quando ela suspirou baixinho, e ele não pôde deixar de sorrir
ao pensar em como ela parecia agora.

Ele a assistiu tomando banho antes, somente semanas


antes de fato. Tomou banho com ela, ou, às vezes, ele só
ficava na entrada, enquanto estava escovando os dentes, ela
lavava o cabelo ou passava uma toalhinha de pano sobre seu
corpo. Ele sabia que ela cantarolava enquanto deixava cair a
cabeça para trás e tirava a espuma de seus cabelos longos
castanhos aloirados, e sabia que ela ia esticar o pescoço e as
costas enquanto a água quente caía sobre ela.

Podia imaginar cada movimento que ela fez de nada mais


do que o suspiro ou ―hum‖ que ela estava fazendo, e quando
ela finalmente desligou a água, estava excitado e lutando
contra a frente de seu jeans. Ela puxou a cortina, ofegando
enquanto o avistou de pé casualmente na frente dela, e
quando o choque passou, seus lábios puxaram para cima
ligeiramente.

— Oi —, ela disse calmamente enquanto saía do chuveiro


e pegava sua toalha do gancho.

— Oi.
Não disse mais nada enquanto ela se secava, mas ele
assistiu. Seus olhos iam para sua virilha regularmente,
deixando claro que ela não perdeu o estado em que seu corpo
estava. Quando ela finalmente envolveu a toalha em torno de
si mesma e se virou para ir para fora do banheiro, ele a
seguiu. Ela estava hospedada no quarto de visitas de
Michelle, e quando ela entrou, ele deixou seu dedo deslizar
sob a parte superior da toalha bem entre suas omoplatas
ligeiramente salientes. Seu dedo segurou a toalha no lugar, e
o movimento para frente de seu corpo fez com que ela
acabasse nua, exibindo seu traseiro para ele.

Ela tinha uma bunda incrível. Redondas, bochechas


fortes que eram perfeitas para agarrar com as mãos quando
ele a fodia. Sua pequena cintura fina acima contrastava essa
forma lindamente, e ele observou quando ela congelou no
lugar por um momento. Ela se virou lentamente em direção a
ele, suas bochechas coraram de vergonha. Não podia
imaginar por que ela pensou que precisava se envergonhar,
mas desde que se tornou fisicamente íntimo com ela, ele
descobriu que ela era muito tímida sobre seu corpo. Isso ia
até quando ele a deixava quente o suficiente que ela esquecia
que tinha uma bunda que era maior do que ela queria e
alguns quilinhos a mais, que ela preferia não ter. Se ela
soubesse o quanto ele amava esses quilinhos a mais e sua
bunda, mas ela parecia nunca acreditar quando ele dizia a
ela.

— Você está encarando. — Sua voz estava rouca quando


ela interrompeu seus pensamentos.
— E você é impressionante. — Olhou para ela por um
momento, sabendo o quanto o seu foco sobre ela a excitava.

— O que você está pensando? — Ela perguntou enquanto


mordia o lábio.

— Que você tem uma bunda incrivelmente bonita, e eu


gostaria de enfiar meu pau nela.

Ela engasgou com a franqueza de suas palavras, e ele


sorriu.

— O que você está pensando? — Ele deu um passo em


direção a ela, e ela deu um passo para trás em direção à
cama.

Suas inalações estavam profundas e lentas, até mesmo


forçadas.

— Poderia ter simplesmente parado de pensar.

Ele riu.

— Você se incomoda em me ouvir dizer que quero foder


sua bunda?

A respiração dela ficou lenta rapidamente, mas balançou


a cabeça, e ele deu mais um passo se aproximando. Ela não
tinha para onde ir quando a parte de trás de seus joelhos
atingiram o lado da cama, e ela engoliu um nó na garganta.

— O que você gostaria de fazer hoje à noite? —


Perguntou.

Quando tudo o que ela conseguiu foi engolir duro, ele


inclinou a cabeça para o lado. Ela finalmente deu os ombros
nervosamente.
— Eu? — Ele tirou a camisa sobre a cabeça enquanto
falava, e deu um passo em direção a ela novamente. Mais
dois passos e estaria contra o seu corpo.

Ela assentiu com a cabeça. Ele deu outro passo enquanto


desfazia o botão em sua cintura, e quando ele abaixou
lentamente o zíper de sua calça jeans, fechou o espaço entre
eles completamente. Olhou para ela, mas ele se recusou a
tocá-la. Só focou nela, deixando seus mamilos duros como
uma rocha ao encostar logo abaixo de seu peito. Seus dentes
estavam cerrados, protelando a forte necessidade que ele
sentia.

Estava um pouco confuso consigo mesmo no momento.


Ele a queria tanto que suas bolas doíam, e sua garganta
estava trancada e apertada, seu corpo inteiro estava rígido e
tremendo. Ao mesmo tempo.... Estava frustrado, até mesmo
irritado. Mas ele se conhecia bem o suficiente neste momento
para conhecer que a sua raiva era dor.

Parecia que ela estava quase explodindo, e ele sabia


muito bem o que iria encontrar se escorregasse o dedo entre
os lábios de seu sexo. Ela o queria, mas estava empurrando-o
para longe. Ela esteve fazendo isso desde a semana passada,
e ele tinha tolerado e abafou a mágoa que estava causando,
porque estava com medo de ficar com raiva. Estava com
medo de si mesmo e do que sua ira tinha o poder de fazer
com eles. Confiava em si mesmo tanto quanto ele suspeitava
que ela confiava nele. E ele não gostava disso.
Inclinou-se para o seu pescoço. Podia sentir o cheiro de
seu shampoo, e quando se inclinou mais perto, ele sentiu fios
molhados de seu cabelo agarrados ao seu rosto.

— Você quer que eu beije você?

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim —, ela disse sem fôlego.

Ele se afastou, estudando-a. Ele a beijou suavemente no


canto da boca. Ela se virou para ele, mas ele se afastou antes
que ela pudesse colocar os lábios nos dele.

— Vá para a cama, por favor.

Ela subiu na cama, movendo-se graciosamente e sem


virar ou olhar para trás. Ele a seguiu, colocando um joelho na
cama e inclinando-se em direção a ela. Ele a empurrou de
volta com o ângulo de seu corpo, mas não a tocou. Ele se
arrastou ao seu lado, apoiando-se com o cotovelo para olhar
para baixo sobre ela.

Arrastou um dedo pelo seu peito, traçando ao redor do


mamilo, mas sem tocar o pico endurecido.

— Você quer que eu chupe você aqui?

Ela assentiu com a cabeça e ofegou quando seu dedo


circulou lentamente. No momento em que seu dedo trilhou
para o outro seio, seus músculos do estômago estavam
apertados e tremendo. Ele deixou a tortura continuar por um
tempo, e então avançou para baixo ao longo de seu corpo,
finalmente, empurrando-lhe as pernas e se estabelecendo
entre elas. Olhou-a e passou sua bochecha delicadamente
contra o interior de sua coxa. Ela gemeu quando sentiu o
restolho da sua barba passando na pele sensível.

— Você quer isso também?

— Sim.

— Meus dedos?

Ela assentiu com a cabeça.

— Meus lábios?

Ela assentiu com a cabeça.

— Minha língua?

Ela assentiu com a cabeça.

Ele poderia parecer estar jogando suave, mas ele não


estava, nem um pouco. Roçou o polegar ao longo de seu lábio
inferior. Seus lábios se separaram, e ela apertou os dentes,
choramingando novamente. Ele entendeu aquele gemido
muito bem, ela simplesmente não conseguia ouvir o dele.

Ele se levantou para se ajoelhar entre suas pernas, e


quando o fez, ele empurrou sua calça jeans e cueca até suas
coxas, sentando-se sobre suas panturrilhas e deixando seu
pênis sobressair-se.

— Você quer chupar o meu pau, então? Posso colocá-lo


na sua garganta?

— Sim.

— E então eu vou foder você com ele uma vez que você
fique agradável e molhada para mim? — Esperou que ela
acenasse antes de continuar. — Você está no clima para o for
hoje à noite? Gentil, do jeito como fazemos às vezes,
enquanto nós olhamos um para o outro? Adoro assistir seus
olhos quando estou afundando meu pau lentamente em seu
corpo. É assim que você precisa dele hoje à noite? Ou você
quer duro enquanto bato forte em você por trás, enquanto
prendo suas mãos na cama. Sei que você gosta daquela
quantidade perfeita de dor quando eu fodo você duro,
atingindo seu ponto mais profundo em cada estocada. É isso
que você está com vontade? — Olhou para ela por um
momento. — Diga-me.

— Duro. Por trás. — Seus lábios tremiam enquanto


falava.

Ele se deitou ao lado dela.

— E depois?

Ela não sabia como responder a isso, e sua testa enrugou


em confusão.

— Então você vai me chutar para fora e dormir sozinha


depois que eu acabar de fazer amor com você? Você joga ao
velho cão um osso e o deixa abraçá-la por um tempo, pelo
menos?

Ela arregalou os olhos, e seus lábios se separaram


quando olhou para ele em choque. Finalmente desviou os
olhos, franzindo os lábios, e quando ela se sentou à beira da
cama, ele se colocou por trás dela, montando seu corpo.
Deixou sua testa cair para a parte de trás de seu pescoço, e
exalou lentamente.
— Você quer que eu seja sua puta? Sua ligação de sexo?
Seu brinquedo de foda? — Ele falou suavemente. Ele
realmente não estava tentando ser mau, mas ela
provavelmente pensou que ele estava. Ela nunca poderia
querer machucá-lo intencionalmente, mas precisava entender
o quanto doía mesmo sem intenção de machucar. Ele deixou
seus lábios tocar seu ouvido por um momento antes de falar
novamente. — Vou fazer o que você quiser que eu faça. Vou
lamber você, foder você, me prostituir para você se você
simplesmente confiar em mim... E talvez me perdoar também.

Ela se levantou e foi para perto da cômoda antes de se


virar para encará-lo. Ele não tinha a menor ideia do que
estava acontecendo em sua cabeça. Não tinha certeza se
poderia dizer que ela estava zangada com ele, mas olhou para
o chão entre eles, sem dizer nada, com os braços cruzados
sobre o peito. Ele deu-lhe um momento para fazer alguma
coisa, não tinha certeza do que, mas ele finalmente desistiu e
se levantou, puxando as calças para cima e pegando sua
camiseta do chão.

Quando se aproximou dela, ela ainda estava na mesma


posição, olhando para o chão. Ele estendeu a mão para sua
cintura, e, quando ele fez, olhou para baixo para a parte
inferior do armário, ao avistar o pequeno livro com ―Diário‖
em relevo na parte frontal. O que ele não daria para ver
dentro de sua mente agora. Estava tudo lá nas páginas desse
pequeno livro. Ela provavelmente era dez vezes melhor do que
ele em colocar seus pensamentos em palavras, e ele sabia que
estava olhando para uma verdadeira mina de ouro de
introspecção, mas não eram os seus pensamentos para
conhecer a menos que ela escolhesse compartilhá-los.

Ele se inclinou para sua testa e beijou-a delicadamente.


Deixou seus lábios ficar contra sua pele, e ela finalmente
tomou o domínio sobre si e estendeu a mão para sua cintura
também. Ela se aproximou dele e deixou a cabeça cair em seu
peito. Ficou em silêncio em seu quarto, e ele estava lá. Não
havia mais nada que pudesse fazer. Ele já não tinha qualquer
controle sobre esse relacionamento, e até estava começando a
perceber que ela estava pronta para seguir em frente, isso era
simplesmente para onde estavam avançando, pelo menos até
que desistissem um do outro.

Ele se forçou a se afastar, e quando o fez, viu que seus


olhos estavam brilhantes.

— Venho pegar você para irmos ao Dr. Green amanhã.

— Está tudo bem. Vou com a minha bicicleta. Tem


algumas paradas quero fazer depois do nosso compromisso.

Ele balançou a cabeça e olhou para o diário uma última


vez, já que o foco dela seguiu o seu, e depois ele saiu. Quando
chegou ao seu carro, virou-se para trás e olhou para o
segundo andar, para vê-la olhando para ele a partir da janela
de seu quarto. Estava envolta na toalha novamente e
segurando-a com força contra o peito. Seu cabelo estava uma
bagunça molhada emaranhada, e lembrou-o de tantas
memórias dela, que ele não sabia em qual se concentrar
primeiro. Passou tantos sábados em seus torneios de
natação, para não mencionar canoagem no lago e nadar em
qualquer uma das centenas de pequenas praias escondidas
ao longo da costa. Sua bagunça molhada de cabelo
definitivamente não era uma nova imagem para a sua mente,
mas era uma que instantaneamente o fez sofrer por ela.

Mesmo naquela época, quando ela ainda estava na


escola, ele não era capaz de tirar os olhos dela.

— Pare de olhar para a melhor amiga de sua irmã mais


nova. — Seu amigo Scott o chamou uma vez, mais de uma
vez se ele fosse honesto.

— Não estou olhando —, ele sempre respondia


defensivamente.

Scott ria enquanto ele balançava a cabeça, nem um


pouco convencido.

Agora, ele estava olhando para ela de novo, mas estava


autorizado de uma forma que ele não estava autorizado há
muitos anos. Ele pegou o telefone e ligou para ela. Ela
desapareceu da sua vista, e quando ela reapareceu, estava
levantando seu telefone no ouvido.

— Olá...

— Eu amo você. — E então ele desligou.

As pontas dos dedos de sua mão livre tocaram o vidro, e


ela apenas o observava. Ele subiu em seu carro momentos
mais tarde e foi embora.
Sessão Dois

— Como vocês dois passaram a semana passada? — Dr.


Green sorriu para eles.

Ela encolheu os ombros e olhou para Darren para ver se


ele iria gerenciar uma resposta melhor. Em vez de oferecer
algo inteligível ou razoável, ele soltou um suspiro exagerado
de ar, deixando os lábios bater como uma criança.

— Isso é bom? — Dr. Green ainda sorrindo, nem um


pouco alarmado com a reação bizarra de Darren. — Importa-
se de falar sobre isso?

Ela balançou a cabeça, sem perceber que estava fazendo


isso, e quando ela olhou para Darren novamente, ela o viu
balançar a cabeça também.

— Sério? Você me pega por hora, e você não quer falar


sobre isso?

Bailey estava começando a pensar que ela gostava desse


homem, mesmo ele sendo um sádico.

Darren resolveu cooperar primeiro.

— Bem. Bailey saiu de casa.

As sobrancelhas de Dr. Green disparou quando ele voltou


sua atenção para ela.
— É isso mesmo?

Bailey balançou a cabeça, perguntando-se se a sua boca


iria trabalhar durante esta sessão.

— Suponho que não quer dizer que vocês se separaram,


porque estou supondo que não estariam aqui se esse fosse o
caso. Quer dizer, eu realmente não sou especialista em
aconselhamento pós-termino de não casal. — Os cantos de
seus lábios se levantaram novamente, e quando eles fizeram,
ela finalmente sorriu também. Quando olhou para Darren,
ela pegou um sorriso sutil nos lábios também, talvez não tão
grande quanto o dela, mas era algo.

— Não, nós não terminamos. — Aleluia. Ela podia falar.

— Devemos falar sobre isso. — Dr. Green finalmente


parecia um pouco mais sério. — De quem foi essa decisão?

— Bailey — O foco de Darren se deslocou para fora da


janela.

— E você não concorda com sua decisão, eu entendo?

Darren respirou profundamente, e Bailey sentou


rigidamente ao lado dele, esperando por ele.

— Não. Acho que ela saiu porque não confia em mim.


Ainda não tem certeza que podemos fazer isso, que eu posso
fazer isso. Entendo. Entendo, mas... — Darren balançou a
cabeça por um momento.

— Reconstruir um relacionamento quando foi feito algum


dano emocional é um negócio complexo. A confiança pode
levar algum tempo.
— Sei, mas por que esse tempo tem que ser gasto
separados? — Ele deu os ombros e olhou para fora da janela
novamente. Ele estava claramente frustrado.

— Acho que só Bailey pode responder isso.

De repente, os dois homens olharam para ela, e ela não


sabia o que dizer. Ela nem sabia a resposta. Tomou a
decisão, mas toda vez que ela tentava colocá-lo em palavras,
não tinha certeza que até mesmo ela estava comprando seu
argumento.

— Não sei.

Darren revirou os olhos e olhou para o lado.

— Bailey, você está desistindo desse relacionamento...

— Não! — Ela praticamente cortou Dr. Green. — Nem um


pouco —, ela continuou rapidamente, e então ela se virou
para Darren. — Isso não é o que eu quero Darren, você sabe
disso.

Ele finalmente olhou para ela, e os lábios franzidos por


um momento. Quando ele pegou a mão dela, tentou sorrir,
mas fechou os lábios.

— Eu sei que não é. — Ele estudou os olhos enquanto


falava, e então suspirou antes de olhar para Dr. Green.

— Quero que vocês dois arranjem tempo um para o


outro. Isso é mais difícil de fazer quando vocês não vivem
junto, então encontrem tempo, e, em seguida saiam. Apenas
vocês dois. Um encontro.

Darren riu e olhou para ela.


— Isso seria bom. O primeiro encontro.

Ela assentiu com a cabeça.

— Sei que há muito a dizer sobre isso, mas tenho um


sentimento que é um tema controverso, e não que tenha um
problema de aprofundar em território difícil, mas
honestamente não acho que vai fazer-nos muito bem passar o
nosso tempo falando sobre isso hoje. Quero que vocês dois se
certifiquem de passar tempo juntos, e nós vamos revisitar
esse assunto mais tarde. Agora, quero falar sobre algo que
pode ser ainda mais difícil para ambos. Gostaria que você me
contasse sobre o acidente. Diga-me como isso aconteceu.

Bailey mal conseguia engolir, e ela poderia de repente


sentir os lábios se contraindo. Era como se seus músculos
faciais estivessem se esforçando e ficando endurecidos, e
ainda assim, sua expressão estava congelada exceto claro, a
contração em seus lábios. Ela limpou a garganta. Ela não
falou sobre coisa tão vergonhosa na semana passada, e ela e
Darren desmoronaram independentemente. Como diabos
colocar sua culpa para fora na frente dele? O que iria fazer
com eles?

Quando Darren apertou a mão dela e puxou-a para o seu


colo, ela pulou. Isso não poderia ser mais fácil para ele do
que ela, e depois da semana passada, ela estava quase
chocada com o gesto de conforto, mas ela ficou extasiada. Ele
não parecia importar - estavam se preparando para falar
sobre um tema pesado. Ele apertou suavemente e deixou seu
polegar percorrer a palma da mão enquanto segurava a mão
dela apertado.

A próxima vez que ela inspirou, ficou preso em sua


garganta, e seu peito estremeceu. Nunca tinham feito isso.
Nunca tinham falado sobre aquela noite. Nem uma única vez
desde que ela entrou na vida de Darren novamente seis
meses antes, não tinham mergulhado nesse tópico. Ela
imaginava que ambos estavam apavorados demais para abrir
essa parte da memória. Claro, Dr. Green era o sádico que ia
jogar isso em cima deles.

— Está tudo bem, Bay. — A voz de Darren estava forte e


paciente, e teceu os dedos entre os dela. No entanto
contencioso como Dr. Green diria, o seu tópico anterior era,
Darren mostrou nada além de apoio no momento.

Sua atenção voou para ele, e, em seguida, finalmente


abriu a boca.

— Depois que Darren deixou o bar naquela noite.... Eu


estava chateada. — Ela fechou os olhos, lembrando cada
detalhe daquela noite dos sons da música eletrônica
estridente dos alto-falantes, as vozes, e o clamor de atividade.
Ela podia ouvir as ordens de bebida, e então era sua própria
voz que ouviu. Fui tomar uma cerveja.

— Parei depois daquela última bebida. Pensei que eu ia


ficar bem no momento em que Jess quisesse sair. E quando
saímos mais ou menos uma hora e meia mais tarde, eu me
sentia bem, mas.... Obviamente eu não estava.
Não tinha coragem de olhar para Darren, e olhou para
seu colo, enquanto falava.

— Jess estava me provocando sobre Darren. Ela sabia


que algo estava acontecendo, mas me recusei a dizer alguma
coisa. Estávamos discutindo sobre isso, apenas brincando,
realmente brincando. Tirei os meus olhos da estrada, e..... Eu
não sei.... Talvez não estava totalmente sóbria, eu
simplesmente não consegui reagir rápido o suficiente.
Aconteceu tão rápido.

Ela fungou as lágrimas que enchiam suas pálpebras


inferiores, e sentiu sua mão apertar contra a dela novamente.
Podia não ter a coragem de olhar para ele, mas ela apreciava
aquele aperto suave, tranquilizante, mesmo que as palavras
que ela dizia não eram mais fáceis para ele ouvir do que eram
para ela dizer. Quando sentiu os lábios roçarem seu rosto, ela
vacilou por um momento.

— É por isso que Jess me ligou naquela noite, não foi?


Para perguntar sobre nós?

A vibração de sua boca contra sua pele deixou arrepios


ao longo do braço. Ela assentiu com a cabeça.

— Eu não tinha ideia. — Sua voz sumiu.

É claro que ele não tinha. Tais detalhes obsoletos como o


propósito do telefonema fatídico foram facilmente esquecidos
naquelas circunstâncias. Inferno, a polícia nunca sequer
perguntou a ela o porquê daquele telefonema. O telefonema,
afinal, não tinha absolutamente nada a ver com o seu nível
de álcool no sangue. Era uma pequena coisa momentânea
que não deveria ter tirado os olhos ou a atenção da estrada,
mas fez. O motivo não importa. Só não importava.

Ela se virou para ele e balançou a cabeça, mas seus


olhos estavam embaçados.

— Eu sinto muito. — Ela se desfez em seguida, soluços


submetendo seu corpo enquanto os ombros caíam e seu peito
arfava. Seus braços estavam ao seu redor em um instante.
Ele a silenciou com os lábios em sua orelha. Suas mãos
estavam cerradas em bolas apertadas em seus lados,
recusando-se a deixar ir a sua culpa e segurando aquela
vergonha bem apertada. Foi assim até que ele a acalmou por
longos minutos, acariciando suas costas, e seus dedos
finalmente relaxaram, e ela agarrou seu corpo.

— Você está bem —, ele sussurrou.

Dr. Green ficou sentado em silêncio, deixando a crise


fazer seu curso e deixar Darren lidar com isso. Quando ela
finalmente se acalmou e endireitou-se de novo, Dr. Green
estava estudando os dois. Ele não estava sorrindo, ele não
tinha o cenho franzido, ele apenas observava. Parecia estudar
atentamente as reações um do outro, e ela suspeitava que ele
estivesse se concentrando em Darren tão perto quanto ela,
esperando para ver como iria lidar com o que ela estava
dizendo.

— Por que você deixou o bar, Darren?

O corpo de Darren ficou tenso ao seu lado por um


momento, e seu coração disparou quando o pânico a invadiu.
— Fiz algo que eu não deveria. Eu... — Ele balançou a
cabeça enquanto tentava resolver isso internamente antes de
falar. — Beijei Bailey na praia, e eu.... Toquei-a. Fiz coisas
que não deveria fazer dadas as circunstâncias, e só entrei em
pânico. Quer dizer, eu estava lá com minha namorada, e
acabei quase fazendo sexo com Bailey contra um muro de
contenção na praia. — Ele soltou sua mão apenas para
passá-la através de seus cabelos em frustração. — Estava
confuso, eu era idiota, estava sendo imaturo, e eu só....
Entrei em pânico. Estraguei tantas coisas por deixá-la lá.
Deveria ter percebido que ela bebeu demais, mas eu era
muito egoísta para notar algo tão importante quanto isso. —
Olhou enojado para si mesmo quando ela olhou para ele, e
quando seus olhos se encontraram com os olhos
semicerrados. — O que eu fiz com você naquela noite.... Tocar
em você... E depois abandoná-la.... Foi tão errado. Queria
tanto você, e não tinha a menor ideia de como lidar com isso.
Nunca na minha vida senti algo tão forte por alguém como
senti por você, e entrei em pânico. Estava, naquele momento,
tão certo de que desapontaria você se eu a seguisse, e ainda
assim tão certo de que nunca seria feliz de novo se não a
seguisse. Não sei como explicar isso de outra forma. Mas,
independentemente disso, o jeito que lidei com isso foi errado.

As lágrimas turvas que distorciam sua visão finalmente


caíram, deixando-a vê-lo e a dor dele também.

— Isso foi tanto minha culpa...

— Não, não foi... — Ela interrompeu-o rapidamente.


— Sim, foi. — Ele era tão rápido para parar suas
palavras. — Talvez por motivos diferentes, talvez de uma
forma diferente e grau, mas eu participei numa parte em todo
esse...

— Eu fiz isso, Darren. Foi a minha escolha. Você não


pode culpar a si mesmo pelo que eu escolhi fazer. Não
funciona assim. Isso não pode funcionar assim. — Ela estava
praticamente implorando para ele, mas ele precisava
entender.

— Bailey —, ele tentou.

Mas Dr. Green interrompeu.

— Deixe-a falar, Darren.

Ela pensou por um momento, tentando encontrar as


palavras para fazê-lo entender.

— Se tivesse parecido bêbada ou agindo como bêbada,


então... — Ela balançou a cabeça. — Nós dois sabemos que
não foi o caso. — Ela o estudou por um momento. — É muito
fácil atirar culpa neste mundo para fazer as pessoas se
sentirem melhor. — Seu foco mudou para o colo, e ela olhou
para as pernas. Ela teve cinco anos para pensar sobre esse
mesmo tema, e ela sabia muito enfaticamente como se sentia
sobre isso. — Cheguei a um acordo um longo tempo atrás,
com o fato de que fiz uma escolha, e foi a escolha errada. Eu
fiz isso. Eu. — Ela finalmente olhou de volta para ele. — Não
preciso que você assuma a responsabilidade por minhas
ações. A culpa tem que parar comigo. Caso contrário.... Onde
isso vai parar?
— Você quer culpar Jess também por entrar no carro
comigo? O bartender por servir álcool? — Ela começou a
divagar, e sua voz foi ficando mais alta a cada segundo. —
Nossos pais por não nos impedirem de fazer a viagem? Onde
isso vai parar? — Ela olhou para ele, e sua mandíbula
apertou. — Você não era responsável por minhas ações. —
Ela balançou a cabeça.

Dr. Green deixou o silêncio entre eles se esgotar antes


que ele finalmente voltasse a falar.

— Darren, o que você estava fazendo quando Jess ligou?


Quero dizer, você saiu com a sua namorada antes...

— Estava terminando com ela —, ele respondeu


rapidamente, finalmente olhando para longe dela e de volta
ao Dr. Green.

A descarga elétrica percorreu o corpo de Bailey quando


ela ficou boquiaberta. Ela não tinha ideia de que ele rompeu
com a namorada naquela noite. Ela assumiu, como todos os
seus outros relacionamentos, eles apenas eventualmente
apagaram – inferno, ele se desfez o suficiente após a morte de
Jess para fazer um relacionamento impossível. Mas ele
terminou com ela, antes mesmo de saber sobre a morte de
Jess. Ela não esperava isso.

O foco de Bailey caiu em seu colo, e sua testa enrugou


enquanto processava. Darren inalou de forma constante e
profundamente ao seu lado, mas não disse mais nada sobre o
assunto. Quando o intercomunicador do Dr. Green buzinou e
sua secretária anunciou a chegada de seu próximo paciente,
ele olhou para os dois e abriu um largo sorriso.

Dr. Green tinha a incrível capacidade de sorrir para eles


como se eles não estivessem condenados. Ela adorou naquele
momento – quão calmo ele era, como se ele entendesse que
eles não tinham de se adaptar a qualquer tipo de padrão, a
fim fazer funcionar. Não havia um pingo de tristeza em sua
expressão, e foi reconfortante.

— Continue.

Eles assentiram.

— Vocês estão escrevendo no diário como eu pedi?

Eles concordaram, sem dizer nada.

— Bom. Bem, eu vou vê-los na próxima semana. Passem


algum tempo juntos. Isso é uma ordem. — Dr. Green deu um
tapinha no ombro de Darren quando eles passaram por ele
em seu caminho para fora.

Caminharam fora do prédio em silêncio, e Darren a


seguiu até o bicicletário.

— Você está bonita. Gosto dessa roupa.

— É da Michelle. — Ela encolheu os ombros, tentando se


livrar da hora anterior e agir normalmente.

— Michelle é tipo cinco metros mais alta que você. — Ele


sorriu, parecendo tão cansado quanto ela se sentia.

— Bem, fica uma capri nela, e uma cigarette em mim. —


Estava usando uma capri solta preta, uma camisa de botão
branca, e um cinto largo preto. Ela usava um par de
sapatilhas pretas também, e, francamente, estava muito bem
vestida para andar na sua velha bicicleta.

— Bem, você está incrível.

— Obrigada.

Ele se inclinou e beijou-a suavemente nos lábios. Darren


virou então e começou a caminhar para o seu carro, mas ela
o impediu.

— Por que você terminou com ela? — Ela congelou no


lugar enquanto esperava.

Ele lentamente se virou para encará-la, e quando ele


andou poucos passos de volta para ela, o andar estava calmo
e casual. Ele tirou uma mecha de cabelo que tinha agarrado
em seus cílios, e ele estudou os olhos. Quando ele se inclinou
para baixo, ele a beijou suavemente na testa.

— Porque eu precisava demais da praia —, ele murmurou


com os lábios prolongados e roçando sua pele, e, em seguida,
virou-se novamente, e se foi.

Ela passou as duas horas seguintes preenchendo pedidos


de emprego, achava que não teria sucesso em alguma delas
dadas as questões muito pontuais sobre antecedentes
criminais. Quando entrou na biblioteca pública, tendo visto o
anúncio para uma posição de recepcionista no jornal local,
ela se virou e caminhou de volta para fora quando o jovem
atrás do balcão a viu, claramente a reconhecendo, e então
começou a sorrir desdenhosamente.
Quando Bailey voltou para Michelle, estava frustrada...
De novo. Isso estava se provando quase impossível. Não
estava nem mesmo sendo rejeitada completamente. Inferno, a
maioria das pessoas poderia ser boa o suficiente para ela
quando pedia um formulário, mas houve esclarecimento
sobre política, houve negação, e havia apenas as empresas
que não estavam interessadas na contratação de mulheres
jovens que tinham sido condenadas por homicídio culposo.

Ela pegou seu diário antes que entrasse em colapso em


sua cama, na sua falta, mesmo para mudar de roupa, a
roupa vistosa e bonita de Michelle.

O que ele tem?

Ela escreveu no topo da página.

Não tem sido sempre sobre ele para você, querida?

Bailey cantarolava e sorriu enquanto a voz de sua mãe


flutuou através de sua mente.

— Sim —, ela disse em voz alta para o quarto vazio.

O som que ecoa da doce risada de sua mãe infiltrou seus


pensamentos.

Quando ela começou a escrever novamente, foi com um


sorriso no rosto.
Ele olha para mim de forma diferente que qualquer outra

pessoa no mundo. Ele me toca de forma diferente, ele fala de

forma diferente. Tudo o que ele faz para mim é de alguma

forma original e apenas para mim. Ele trata o mundo de

uma maneira, e eu de maneira especial. E ele sempre tratou.

Sempre...

— Olá. — A voz dela resmungou enquanto tentava


acordar e falar ao mesmo tempo.

— Oi. — Sua voz soava cansada.

Bailey podia ouvir Michelle no térreo mexer na cozinha, e


quando ela esfregou os olhos e olhou para fora da janela,
para um céu escuro. Sentou-se rapidamente, puxando a
página de seu diário de sua bochecha úmida e esperando que
a tinta não tivesse borrado.

— Merda —, ela murmurou. — Eu queria estar em casa


para passar algum tempo com Mace hoje.

— Está tudo bem. Foi apenas um dia de oito horas para


mim. Ela está bem.

— Você está em casa?

— Sim.
Ela fechou os olhos e imaginou sua casa e ele nela. Ela
sentiu saudades. Ela sentia falta do cheiro do seu mundo, da
sensação dele. Poderia ter ido embora, mas isso não significa
que ela não sentia falta cada vez que pensava nisso. Ela
adorava abrir sua casa e ouvir o farfalhar das folhas ao longo
do chão na floresta. Ela adorava o som da chuva, quando
escorria por entre as árvores altas e imponentes.

Sua casa era um lugar tão diferente da de Michelle. A


casa de Michelle estava na cidade. Era boa, e era confortável,
mas parecia diferente, e tinha uma sensação diferente. Bailey
sentia falta de sua casa com ele. Ela poderia voltar. Sabia que
podia. Então, por que não voltava?

— Vamos sair na noite de quarta? Eu saio as cinco, e eles


têm música ao vivo e dança no resort de pesca de trutas nas
noites de quarta-feira.

— Tipo um encontro? — Seus lábios se abriram


ligeiramente.

— Tipo um primeiro encontro.

— Ok.

— Boa noite, querida. Eu amo você.

— Eu também amo você.


Ele praticamente ficou sem
fala quando ela abriu a porta.
Encarou, e sua virilha pulsava com necessidade desesperada.
Fazia quase duas semanas desde que eles fizeram amor. Não
tinha que usar esse tipo de restrição com ela há algum
tempo, e ele não estava gostando nada disso. As seis
semanas que ela esteve em Memphis quase o mataram, e
quando ela voltou, ele pensou que necessidade não
correspondida era uma coisa do passado. Queria que
estivesse errado.

Sua mão apertou seu estômago em nervosismo, e suas


narinas dilataram quando ele a viu. Ela usava um vestido
esvoaçante, manga estilo cap-sleeved3, cor creme e alguns
centímetros acima dos joelhos. Com um cinto de tecido
dourado, e as sandálias estilo gladiador com pedrarias eram
elegantes o suficiente para a roupa, mas casual o suficiente
para ser muito Bailey. Ele ainda estava vestido com roupa do
hospital em calça social, camisa branca e gravata, e não
conseguia evitar, mas achava que eles pareciam perfeitos
juntos. Eles se encaixavam.

3
Mangas neste estilo.
— Michelle me fez usar o vestido. — Seu lábio se abriu
sutilmente, e suas sobrancelhas se ergueram.

— Acho que eu amo Michelle por forçar você. Vamos?

Ela assentiu com a cabeça e mordeu o seu lábio quando


saiu pela porta e pegou sua mão estendida.

— E onde Michelle foi hoje à noite?

Bailey olhou para ele com uma expressão maliciosa.

— Ela está em um encontro com Jason novamente —, ela


comentou.

— Interessante. Parece estar ficando um pouco sério. —


Ele segurou a porta aberta para ela antes de ir para o seu
lado do carro, e uma vez que ele entrou, ele olhou para ela e
sorriu.

Estava levando-a para o River Bend Trout Fishing Resort.


O restaurante era o mais agradável por quase uma centena
de quilômetros em todas as direções. O resort podia ser todo
sobre pesca, mas atraia bastante clientela de alta classe de
todo o mundo, daí o cardápio elegante e deslumbrante
cenário. O restaurante ficava ao lado do rio com salgueiros o
rodeando, e sua mesa acabou sendo bem perto da janela com
uma vista incrível para baixo nas torrentes de água que
rapidamente passavam.

Ele não tinha vindo aqui desde que Bailey, Jess, e


Michelle se formaram no colegial, e todos os seus pais os
levaram. Darren tinha conseguido pegar casualmente a
cadeira junto à Bay naquela noite, e ele passou toda a
refeição deixando seu pé descansar contra o dela, sabendo
que ela não iria se afastar e desfrutando muito desse
aconchego.

Agora, quando eles se sentaram de frente, a perna ainda


estava encostando a dela, e estava imaginando qual seria a
sensação de ter sua pele nua contra a dele. É claro que não
era o único pensamento em sua cabeça. Nunca poderia ter
imaginado naquela noite de verão quase nove anos antes, o
rumo das suas vidas. Eles iriam suportar pesadelos,
desespero absoluto e alegrias inimagináveis. Toda a sua
felicidade e dor estavam de alguma forma, ligadas a ela, e
parte dele pensava que era uma espécie de uma coisa
incrível. Incrível, porque ele a amava tanto que ele estava
disposto a aceitar a dor para manter a felicidade.

Ficaram em silêncio enquanto comiam, mas ele olhou


para ela, e suas bochechas iriam enrubescer quando o
pegasse. Ele não precisava falar com ela para ficar
confortável. Ele gostava de seu silêncio, tanto quanto de sua
voz doce, e agora, ele estava gostando de sua timidez. Vinte
minutos depois, um grupo local subiu ao palco na grande
sala de jantar, e os casais lentamente começaram a encher a
pista de dança do restaurante.

Quando ele inclinou a cabeça em direção à pista de


dança, justo quando ela terminou sua refeição, ela olhou
hesitante para o chão e, em seguida, acenou com a cabeça.
Uma vez que ela estava em seus braços e eles estavam se
movendo ao redor do chão, ele se inclinou e beijou o lado de
seu pescoço. Uma boa parte das outras pessoas era de
hóspedes do resort, mas ele reconheceu uma boa parte das
pessoas de lá também.

A banda começou a tocar uma versão instrumental


folclórico de Nat King Cole - ―Unforgettable‖, e Darren levou-
a no meio da multidão. Esta era a primeira vez que estavam
em um encontro oficial, e havia algo a ser dito sobre isso. O
fato de a banda estar tocando a música mais perfeita do
mundo para descrevê-los deixou um tremor quente percorrer
de um nervo para outro em seu corpo. Sua garganta trancou
enquanto observava seus olhos, e ele balançou a cabeça
ligeiramente quando sorriu.

Estendeu a mão em seu rosto e alisou os cabelos para


trás enquanto a estudava.

— Costumava pensar que eu precisava esquecer de você


se quisesse ser feliz...

Ela assentiu com a cabeça de forma sutil.

— Deus, eu estava tão errado.

Seus olhos perderam o brilho das lágrimas, mas era por


todas as razões certas. Ele se inclinou para seu pescoço e
beijou novamente, deixando os lábios lentamente passear
pelo lado de sua garganta para seu ouvido.

— Inesquecível. — Com certeza tinha esse direito. — Isso


é o que você é —, ele murmurou baixinho enquanto se
aninhou contra ela. — Minha inesquecível.
Ela gemeu baixinho, e sua mão apertou seu ombro antes
que ele se inclinasse para trás e estudasse seus olhos de
novo.

Aquele encontro estava tão atrasado que era ridículo.


Eles deveriam ter feito isso quando ainda estavam na
faculdade, inferno, quando ela ainda estava no colégio teria
sido bom. Antes tarde do que nunca, ele supôs.

Seu encontro foi perfeitamente agradável pelo resto da


canção e metade da próxima, mas depois mudou. A atenção
de Bailey começou a ser puxado para longe dele muitas vezes.
Seus olhos furtivamente se afastaram dos seus - mais e mais,
e após a quinta vez que ela desviou o olhar e, em seguida,
olhou para seu peito, ele a puxou para mais perto do corpo, e
ele olhou em volta. Sabia o que ela estava olhando. Na
verdade, sabia quem estava olhando para ela, e era
praticamente toda e qualquer pessoa que sabia quem eles
eram. Darren ignorou. Claro, era mais fácil para ele fazer do
que ela, por razões óbvias.

— Não posso acreditar que ela tem a coragem...

A cabeça de Bailey virou em direção ao som da voz que se


movia por eles no meio da multidão.

— É? Bem, e ele? Que tipo de irmão faz isso com sua


irmã...

Sua cabeça virou na outra direção, tentando identificar a


voz, e quando Darren estendeu a mão para o queixo, ele o
inclinou para si. Ela encontrou seus olhos pela primeira vez
em tempo demais. Seus olhos estavam brilhantes novamente,
mas aquelas não eram boas lágrimas. Isso não poderia
desmoronar. Sua noite tinha sido maravilhosa demais para
que ela se desfizesse agora.

Ele a estudou por um momento, sutilmente balançando a


cabeça antes que ele a beijasse. Parou de se mover, e eles
congelaram na pista de dança. Ele puxou o lábio superior
entre os seus quando algumas pessoas engasgaram. Sua mão
estava na sua parte inferior das costas, e ele a segurou
firmemente ao seu corpo, deixando os lábios bater
tranquilamente contra os dela de novo e de novo. Não foi um
beijo ofensivo, e ele nem sequer enfiou a língua na garganta
dela, mas ele também não soltou os lábios até que ele estava
muito bem e pronto.

Ela ficou boquiaberta com ele, ainda com os olhos


cintilantes. Ele desviou o olhar e viu um casal de meia-idade
próximo a observá-los. Reconheceu a mulher como uma caixa
do supermercado na cidade, e enquanto ele não poderia
reconhecer seu marido, ele tinha certeza que o viu ao redor
também. A mulher sorriu sutilmente e calmamente de volta
para eles, e ela balançou a cabeça ligeiramente. Não havia
um pingo de desdém em sua expressão, um momento de
hesitação em seu sorriso. Infelizmente, não é isso que Bailey
viu em torno dela.

Ela viu a sua vergonha e culpa em cada rosto ali. Ele


supôs que não era surpresa a partir de sua perspectiva, mas
Deus, ele desejava que ela pudesse ver o casal doce nas
proximidades que não a odiava. Por que ela não podia vê-los?
Ele sorriu gentilmente para o casal, e quando olhou para trás
para Bailey, seus lábios tremiam enquanto ela olhava para
ele. Inclinou-se e deu um beijo no meio de sua testa.

Sentiu sua exalação na parte da frente de sua garganta


enquanto seus lábios permaneceram e roçaram sua testa.
Passou a mão pelo lado de seu rosto, e ele sentiu uma
lágrima tocar sua mão.

— Olhe para mim —, sussurrou baixinho.

Seus olhos estavam brilhantes, e ele sorriu gentilmente.


Não podia imaginar o que isso era para ela, e que a única
razão que estava ali - nesta cidade - era por causa dele, por
ele, de fato.

— Você vê aquele casal dançando perto do palco?

Ela os espiou rapidamente, e, em seguida, seus olhos


estavam de volta nos seus e ela balançou a cabeça.

— Estavam sorrindo para nós apenas um momento atrás.

Ela olhou em sua direção novamente por um segundo. —


Tenho certeza de que eles simplesmente não me
reconheceram.

— Seu tom era sarcástico.

— Oh, sim, eles reconheceram. Eles me reconheceram


também. E ainda sorriram. Tenho certeza de que, de fato, é
por isso que sorriram. — Ele estudou seus olhos. — Nem todo
mundo aqui odeia você.

— Parece que sim, às vezes. — Seus lábios franziram, e


ela olhou para seu peito.
Não tinha escapado à sua atenção que ainda estavam
ainda de pé como estátuas no meio da pista de dança, e
quando começou a se mover novamente, comentou:

— Os idiotas sempre deixam mais marcas do que as


pessoas boas. Mas há uma abundância de pessoas boas e
amáveis aqui. A maioria deles até. Mas você tem que olhar em
volta e vê-los, Bay.

Ela assentiu com a cabeça ligeiramente.

— Você sabe, os babacas nesta cidade eram babacas


muito antes da morte de Jess, e se não odiassem você,
estariam odiando outra pessoa.

Ela riu baixinho, mas ainda acenou com a cabeça.

— Podemos ir? — Perguntou ela suplicante.

— Claro.

Isso não significa que eles sairiam imediatamente.


Caminharam ao longo do rio, uma vez que saíram,
serpenteando através de um túnel de ramos de salgueiro que
pendia em torno deles. Ao passarem pelas cabanas
espalhadas pela orla, ele olhou saudosamente para elas. O
que não daria para levá-la em uma dessas. Qualquer cama
compartilhada serviria, a sua, a dela, as cabines de pesca da
truta, ele não se importava.

No momento em que voltaram para o carro, ele estava tão


ligado que achou que poderia implodir. Em vez de agir como
um palhaço ajudou-a a entrar no carro e foi para a porta do
motorista, mas a compostura se desintegrou no momento em
que estava sentado ao lado dela e viu seu joelho nu e a
bainha do vestido que estava acima.

Ligou o carro e abaixou as janelas para ajudar a resfriar


o rubor correndo sobre sua pele. Ela acendeu a luz cúpula,
sacudiu a viseira do passageiro para baixo, e verificou a
maquiagem, não que ela estivesse usando muita que
precisasse se preocupar. Quando ela olhou para ele, sorriu
timidamente, mas aquele sorriso caiu de seu rosto quando
sua visão pegou alguma coisa além dele. Era um casal
andando pelo estacionamento em direção ao seu carro, e eles
estavam olhando para Bailey enquanto riam e conversavam
com as cabeças inclinadas, provavelmente eram os idiotas da
pista de dança.

— Podemos ajudar? — Perguntou ao casal, encarando-os.

A jovem, que ele não reconheceu, deu os ombros e


continuou andando, mas o homem com quem ela estava
parou.

— Ela matou sua irmã, cara. O que está errado com


você?

— Ah, eu entendo. Então, você deve ter conhecido a


minha irmã muito bem, para estar tão preocupado, não é? —
Ele comentou friamente.

— Esse não é o ponto, cara...

— Esse é o ponto, cara. Você não é qualificado para


julgar o que escolhemos fazer, porque você não sabe nada
sobre nós e nada sobre a minha irmã.
O homem olhou para ele por um momento, mas sua
namorada puxou seu braço. Como o homem relutantemente
seguiu, ele retrucou,

— Você é um babaca, e sua namorada é um pedaço de


merda. Claramente vocês são feitos um para o outro.

— Que tal você se foder e ter uma boa noite — Darren


cuspiu as palavras enquanto a mão de Bailey apertava
duramente em seu braço.

Quando olhou para ela, seus olhos estavam arregalados e


sua expressão era puro choque. Ela estendeu a mão e
desligou a luz do teto do carro enquanto soltava uma bufada
de ar. Caíram na escuridão, e ele escutou enquanto ela
ofegava.

Não tinha a menor ideia do que dizer depois disso e não


tinha a menor ideia se ela estava chateada com a forma como
ele reagiu ou não. Ao invés de tentar descobrir isso,
finalmente colocou o carro em marcha e saiu, balançando a
cabeça e expirando profundamente. Ela se recostou no banco
e cruzou as pernas. Não ajudou sua excitação furiosa ou seu
cérebro absolutamente confuso ver a silhueta escurecida do
joelho casualmente pendurado sobre sua perna, e quando
estendeu a mão para sua coxa logo acima do joelho,
gentilmente apertou-lhe a pele, sem dizer nada.

Manteve a mão lá quando saía do estacionamento, e


quando olhou para ela, ela descruzou as pernas. Ela
estendeu a mão para o topo da sua mão, mas não era para
tirar os dedos. Em vez disso, ela o puxou mais perto, abrindo
as pernas para ele. Ela não era tipicamente tão corajosa, e
mesmo agora, a mão tremia contra a sua quando ela guiou
seus dedos. Não tinha sido sua intenção levar as coisas nessa
direção quando ele tocou sua perna, mas isso não era algo
que ele poderia resistir.

Recuou no pedal do acelerador para abrandar e dar ao


seu cérebro tempo para se lembrar de como dirigir, e quando
sentiu o tecido entre as pernas, ele não esperou por um
convite para empurrar abaixo e orientar os dedos entre os
lábios. Ela estava encharcada enquanto alisava toda aquela
pele lisa, e ele xingou.

Ele se afastou rapidamente quanto ela suspirou. Ele


estava prestes a perder a cabeça se ele não chegasse dentro
de seu corpo em breve, e tocá-la poderia facilmente ser o
catalisador para a insanidade.

— Você quer que eu estacione? — Perguntou ele,


deixando seu foco direto nela.

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim. — Foi pouco mais que um sussurro.

Estavam em Ozarks, e isso significava que passavam por


arborizadas estradas sinuosas. Estava deserto e silencioso, e
ele procurou por qualquer lugar que pudesse parar naquele
momento. Quando fez uma curva, ele viu. Era uma estrada
de cascalho que levava para fora da estrada principal e até na
encosta da floresta. Ele não sabia se era uma entrada de
automóveis longa e sinuosa como a que estavam ou uma
estrada de acesso a alguma torre, e, francamente, ele não
dava a mínima para o que era.

No momento em que reduziu a velocidade e ligou o sinal,


seus olhos estavam sobre ele. Estava escuro, mas isso não
significa que não podia vê-la olhando para ele nas sombras.
Andou cerca de quinze metros pela estreita estrada de acesso,
e ela não disse nada quando ele parou o carro e desligou.
Desabotoou o cinto de segurança e se lançou para a sua
boca, enfiando a língua entre os lábios, mesmo quando enfiou
a mão debaixo da saia dela, forçou sua mão por sua calcinha,
e afundou dois dedos dentro dela. Ela estremeceu e apertou
em torno dele quando ele mergulhou, e quando ela se
aproximou e segurou sua virilha, puxou a boca dela,
deixando a cabeça cair para trás quando ela apertou.

Estava completamente perdido, e havia muito pouco


nesse ponto que o impedia de transar com ela. Ele estava
querendo isso, mas evitando, porque sabia que era uma coisa
excepcionalmente carregada entre eles agora, mas essa noção
simplesmente desapareceu de seu cérebro. Tirou os dedos
dela e usou a mão livre para aprofundar a mão em sua
virilha, e então foi para fora do carro, dando a volta para o
lado dela. A noite estava fresca e arejada. Era setembro, e
estava começando a ficar frio à noite, mas ele ignorou quando
puxou abrindo a porta.

A luz de teto iluminou instantaneamente, e ambos


ficaram calados quando seus olhos se encontraram. Ela
olhou para ele desesperadamente, ofegante, com os lábios
entreabertos. Se alguém estivesse por perto, havia pouco que
Darren pudesse fazer para esconder o que ele e Bailey
estavam fazendo, mas nem um único carro passou na
estrada, e ele achou que mesmo que passasse, estaria indo
rápido demais para conciliar os movimentos vindos de seu
carro.

Ela se virou de lado no banco, e ele colocou as mãos sob


sua saia e puxou sua calcinha de seus quadris e por suas
pernas. Ele as tirou de seus tornozelos, deixando seus
sapatos no lugar, e colocou o pequeno tecido no bolso. Ela
não precisou de incentivo algum para abrir as pernas, mas
quando se atrapalhou com a cintura da sua calça, ele a
deteve, agachando-se e afastando mais as suas pernas.

Ele podia ver cada centímetro cintilante de seus lábios


entreabertos. Era a incrível luz rosa iridescente sob a luz de
cúpula do carro, e ele lambeu os lábios e empurrou a saia de
seu vestido. Nada estava escondido, e quando usou os
polegares para separar os lábios, respirou fundo.

Seus dedos correram por seu cabelo quando deixou sua


boca varrer sua vagina, e rodou e lambeu sua vagina quente
e úmida. Amava demais seu gosto e seu cheiro. Isso enviava o
seu desejo às alturas toda vez, e ele estava sonhando com
isso por duas semanas de merda agora. A ausência
definitivamente fez o coração crescer mais afeiçoado, mas
também o deixou lunático delirante. Não tinha certeza de que
estava apenas saboreando-a.

Ela estava molhada, e quando ele empurrou seu polegar


em sua vagina, chupou seu clitóris. Ela gritou, e ele chupou
com mais força, segurando os nervos um pouco apertados
entre os lábios e sacudindo-os com a língua quando ela
gemeu e se contorceu. Seu polegar empurrou e rodou, e ela
mal conseguia manter sua bunda no banco.

Seus gritos se tornaram cada vez mais altos enquanto


brincava e provocava o corpo dela, e quando ela se desfez, foi
alto, com um punhado de seu cabelo em uma mão e a outra
apoiada no painel. Os músculos do seu estômago se
apertaram, e ele olhou seus olhos enquanto a lambia
desesperadamente. Diminuiu um pouco o ritmo de sua
língua, e tirou o dedo dela. Seu corpo afundou de volta contra
o console central, por um momento, enquanto seus músculos
foram negligenciados, e ela choramingou um gemido doce.

Ele se levantou, tentando descobrir como ia fazer isso.


Queria isso, mas ele ia acabar fodendo-a e, em seguida,
deixando-a na casa de Michelle como uma foda ocasional que
ele conseguiu com um encontro. Será que ele realmente faria
isso? Não era assim que queria com ela, mas quando ela se
sentou e novamente começou a se desfazer suas calças,
desistiu de se preocupar sobre como ele se sentiria depois.
Ele estava ofegante, em pânico, e caindo aos pedaços, mas
quando ela olhou para seus olhos, ela lambeu os lábios, e o
último fio tênue de hesitação o deixou inteiramente.

Ele olhou para ela, colocando as mãos em cima do carro


e a deixou liderar. Ela puxou as calças e cuecas até suas
coxas, e então ela se inclinou para frente e o chupou em sua
boca. Ele assobiou e fechou os olhos, deixando a testa cair
para a parte superior da moldura da porta. Suas mãos e
punhos cerrados contra o teto do carro enquanto ele se
concentrava na sensação de seus lábios ao redor de seu
pênis. Ela se moveu para cima e para baixo ao longo de seu
comprimento, e ela brincou com seus testículos, deixando os
dedos correrem suavemente em toda a pele sensível e
apertada.

— Foda-se —, ele murmurou, e seus punhos


desenrolaram contra o metal liso e gelado do teto. Seus dedos
tentaram segurar dolorosamente na superfície plana. Isso
causou calor nas pontas de seus dedos, e eles deixaram um
rastro ardente enquanto seus dedos se enroscaram. Quando
ela fez uma pausa, foi só para empurrar sua camisa e beijar
seu estômago. Ela chupou beijos suaves contra a sua pele, e
ele ouviu o doce som de sucção que sua boca fazia, sentindo
seu pênis ser acariciado em sua bochecha.

No momento que ele pensou que não aguentava mais,


tinha parado de se preocupar com tudo o que havia de errado
com isso. Seu cérebro simplesmente não poderia processar
mais isso. Soltou o teto do carro, e seus dedos arrefeceram
instantaneamente. Quando olhou para ela, ela estava
olhando para ele de forma constante com a mão em seu
quadril. Ela estava muito calma. Tão calma! Mas ele sabia
que ela estava se preparando para desmoronar. Tudo o que
podia pensar era o que seria a sensação de afundar-se em
seu calor novamente.

Ele a empurrou de volta com uma mão no peito. Eles


quase não falavam quando faziam amor de qualquer modo,
mas ele geralmente dizia algo sujo para ela. Era estranho
como estavam em silêncio. Ele se perguntou se dissesse
alguma coisa, ou se ele ouvisse a voz dela, se iria arrancá-lo
disso, e se seria capaz de parar. Não tinha certeza se queria
saber, então manteve sua boca fechada.

Quando ela descansou de volta contra o console central e


abriu mais as pernas, isso abriu sua visão de tudo o que
havia para ver, e ele roçou o dedo indicador sobre a pele
enrugada de seu ânus enquanto seus músculos do estômago
se apertaram, e ela engasgou. Ele sabia que ela gostava
quando ele a tocava lá, e seu pênis se contorceu enquanto
observava os músculos se mexerem com seu toque.

Abandonou-o rapidamente, no entanto, e pressionou a


cabeça de seu pênis em sua fenda molhada. Passou a cabeça
do pau através de sua umidade, revestindo-se dela, e quando
a cabeça passou por cima de sua entrada, ele sentiu seu
corpo ceder sob a pressão. Isso é tudo o que tinha, e ele
mergulhou, afundando-se profundamente até a base com um
impulso suave. Ela gemeu alto, e seus olhos se arregalaram.
Esperou que seus músculos relaxassem em torno dele.

Retirou-se lentamente e completamente, e acariciou o seu


pau enquanto ela estudava o que ele estava fazendo. Ele
ofegava enquanto estava na frente dela, e seu peito subia e
descia enquanto ela esperava. Ela quase parecia que
precisava chorar, e seus lábios tremiam enquanto ele estava
lá. Quando ele cutucou contra ela novamente, ambos
observaram enquanto centímetro após centímetro de sua
ereção desaparecia em seu corpo. Seus lábios se separaram
cada vez mais e mais profundo empurrava, e deixou ir
lentamente, dolorosamente lento até que ele estava dentro em
seu núcleo.

Baixou a cabeça para a dela, beijando-a e sentindo seus


lábios tremerem contra os seus. Os dedos de Bailey
agarraram a parte de trás do seu pescoço enquanto seus
quadris começaram a empurrar entre suas pernas. Ele
mergulhou e puxou, empurrou e retirou, e quando Bailey
liberou sua boca, apertou-o mais em seu pescoço, e ele
começou a bater forte, segurando seu rosto perto do dela e
focando em seus olhos.

Ele agarrou seus seios através de seu vestido enquanto


ele a fodia, e seu corpo foi sacudido para frente com cada
penetração rápida. Foi duro, foi profundo, e os músculos do
seu rosto se encolheram quando ele bateu em suas
profundezas, mas ela segurou a parte de trás do seu pescoço
e abraçou-o. Ela não queria nada suave, e sua expressão
tornou-se desesperada rapidamente. Ela estava perto, e ele
estudou a maneira como seus lábios tremiam e ela
choramingou.

Observá-la desmoronar era inebriante, e no momento em


que desmoronou, ela gritou, deixando as unhas cavar a parte
de trás do seu pescoço. Ele empurrou profundamente em seu
núcleo, deixando-se ir. Convulsionou dentro de seu corpo e
caiu em cima dela, deixando a testa cair contra a dela
enquanto os músculos do estômago se contraiam e
apertavam. Tentou recuperar o fôlego, e seus dedos
suavemente esfregaram contra a parte de trás do seu
pescoço, onde as unhas o arranharam momentos antes.
Não conseguiam fazer nada além de se olhar. Ela estava
tão inexpressiva quanto ele, e ela parecia tão confusa quanto
ele. Ele esteve muito distante dela nas duas últimas
semanas, mas não havia nenhuma distância entre eles no
momento. Inferno, ele ainda estava enterrado profundamente
dentro dela, mas além de tudo isso, isso era o que ele mais
desejava. Intimidade. Isso era a única coisa que conseguiram
manter através de tudo muito ruim que ele a fez passar. Às
vezes ele pensava que isso era o que os ajudou a passar por
tudo intactos.

O problema era que ele não tinha certeza se deveriam


fazer agora. Não agora, quando ela estava colocando espaço
entre eles e tentando se proteger dele. Não agora, quando ela
não confiava nele, não acreditava nele, e certamente não o
havia perdoado.

Ele finalmente se afastou dela, ela engasgou e


estremeceu, quando ele deixou o seu corpo. Ela empurrou a
saia de seu vestido para baixo quando se sentou, e ofegava na
frente dele por um momento enquanto ele se recompunha.
Ela começou a procurar em sua volta no carro, e ele puxou a
calcinha do bolso, segurando-a para ela ver. Ajudou-a colocá-
la, deixando as palmas das mãos correrem suavemente até a
parte de trás de suas panturrilhas e coxas, e então ele deu a
volta no carro e subiu de volta para o banco do motorista.

Ela parecia tímida e nervosa sentada ao lado dele com as


pernas firmemente juntas, e olhou para ele rapidamente
quando alcançou a parte de trás do seu assento quando se
virou para olhar para fora da janela traseira e reverteu o
carro lentamente para fora da estrada.

Eles estavam tão silenciosos a caminho da casa de


Michelle quanto tinham estado desde que deixaram o
restaurante e, quando estacionou, ele caminhou com ela até
a porta, finalmente, tentando ser normal.

— Em casa antes do toque de recolher. — Ele tentou um


sorriso.

— Você poderia entrar? — O rosto dela estava


esperançoso.

E ele não tinha certeza do por que, mas o incomodava


que foi ela que pediu. Suas barreiras eram um tapa na cara,
e o fato de que ela estava se curvando ou sugerindo tal coisa
depois de acabarem de transar era estranho. Ele não
respondeu de imediato.

— Você sabe.... Eu fodi muitas mulheres que namorei,


sem nunca querer dividir a cama com elas.

Seus olhos se arregalaram.

— Nunca quis reduzir você a algo tão sem sentido quanto


isso. — Ele olhou para aqueles grandes olhos chocados por
um momento, sentindo-se como um idiota, mas também se
sentindo completamente justificado. — Você sabe que amo
você.

Ela assentiu com a cabeça, mas seu rosto estava tenso.

Ele tentou dar um sorriso tranquilizador para ela, mas


era difícil. Seus lábios estavam apertados.
— Mas você vai quebrar meu coração quando você me
pedir para sair depois, ou eu vou quebrá-lo eu mesmo não
sabendo quanto tempo devo ficar. É provavelmente melhor
que eu vá.

Ela lutou para engolir, por um momento, mas então ela


balançou a cabeça, seus olhos caindo para o seu peito.
Inclinou-se para ela e beijou-a na testa e deixou sua mão
trilhar pelo seu rosto. Ele beijou o caminho até sua orelha
suavemente enquanto segurava seu rosto em sua mão.

— Você foi incrível esta noite —, ele sussurrou. — Sua


boca parecia incrível e sua vagina tem um gosto muito bom.

Seu corpo estremeceu visivelmente, e ele a beijou


suavemente no rosto antes de se afastar.

— Se você quiser sair com Mace até eu chegar à casa


amanhã à noite, nós poderíamos levá-la para uma corrida.

Ele esperou para ver a resposta dela, e quando ela


acenou com a cabeça, seu peito relaxou.

Ela se virou, abriu a porta da frente, e então se foi. Ele


olhou para a porta fechada que os separava por um
momento, e então desceu os degraus, quase batendo em
Michelle quando ela contornou a lateral da casa.

Ele inalou lentamente e tentou afastar a tensão em seu


corpo.

— Por que você está andando por aí no escuro, esquisita?


— Ele deu um peteleco no seu braço de brincadeira. Seu
humor não estava brincalhão o suficiente para retirá-lo, mas
o olhar estranho no rosto de Michelle, pelo menos,
acrescentou um pouco de alívio cômico para a sua vida. —
Você está espiando seus vizinhos, não é?

— Não! Estava liberando minha nicotina, idiota.

— Acho que preferia que você estivesse espionando.

— Relaxa. É apenas chiclete de nicotina.

Ele bufou.

— Por que você vem aqui fora para mastigar chiclete de


nicotina?

Ela encolheu os ombros.

— Isso me lembra de esconder cigarros. — Ela deu a ele


seu melhor olhar ―não, sem essa‖, e, em seguida, completou
dizendo realmente: — Duuuuhhh...

Ele balançou a cabeça, rindo.

— Então, como foi o encontro?

Ele olhou para o chão e chutou uma pedra na entrada da


garagem.

— Eu não sei.

— Não foi bom então, acertei? — Ela assentiu com a


cabeça em direção ao meio-fio, e ele a seguiu.

— Foi maravilhoso —, disse ele enquanto se sentou no


meio-fio ao lado dela.

— Então, por que está tão sombrio? — Ela lhe ofereceu o


seu pacote de Nicorette.
Ele pegou o pacote antes de perceber o que era, e quando
olhou para ele em sua mão, balançou a cabeça e jogou-o de
volta para ela. Pelo menos ele poderia contar com Michelle
para mantê-lo ligado a Terra e são quando sua namorada o
mantinha constantemente nas nuvens.

— Não quero falar sobre isso —, ele murmurou. Ele sabia


que não iria satisfazê-la.

— Ah, vamos lá, Dare! Você tem que FALAR.

— Jesus Cristo, Shell. Não tenho...

— Ei, não bata no grande JC só porque vocês dois têm


que encaixar as coisas tão regiamente.

Respirou fundo, soltando-o lentamente e de forma


dramática.

— Desculpe.

Ela observou-o com paciência, espantando um inseto que


parecia atraído por seu rosto.

— Ok. — Ele fez uma pausa, ainda tentando descobrir


como se abrir. — Não gosto de me sentir como se não tivesse
controle sobre minha vida.

— Ohhhh... — Ela o cutucou no lado. — Parece que


alguém é um maníaco por controle.

Ele revirou os olhos.

— Não. Ou talvez sim.

— Por ―vida‖ eu suponho que você quer dizer o seu


relacionamento com Bailey?
— Existe uma diferença? —, resmungou. — Nada mais é
nos meus termos. Sinto que ela tem as minhas malditas
bolas viciadas. E eu vou deixá-la mantê-las lá, porque eu
perdi o direito de ter uma opinião ou ficar com raiva dela.

— Por que você está com tanto medo de ficar zangado


com ela? — Sua voz era estridente.

— Quase destruí nossas vidas com a minha raiva, Shell.


— Ele olhou para o chão entre seus pés, lutando contra a
necessidade de odiar a si mesmo por um momento.

— Ela pode lidar com sua raiva.

— E se eu não puder lidar com isso? Não quero ser


aquele homem de novo. — Ele balançou a cabeça enquanto
pegou o pacote de Nicorette de sua mão, pegando um quando
ela sorriu para ele. Ele mastigou, esperando por um ataque
do que diabos os fumantes gostavam de cigarros. Em vez
disso, ele teve um bocado de hortelã extrarrefrescante que o
fez engasgar. Ele cuspiu, jogando para a rua quando ela caiu
para trás rindo dele. — Isso é nojento —, gritou ele,
incrédulo.

Ela riu, eventualmente, recuperando a compostura o


suficiente para sentar, e uma vez que ela se estabeleceu, ela
se virou para ele e sorriu.

— Você sabe o que? Bailey pode estar trabalhando


através de seus problemas de confiança com você, mas há
muito mais do que isso. Alguma vez lhe ocorreu que talvez
você precisa aprender a confiar em si mesmo também? — Ela
o estudou.
Ele deu de ombros.

— Pode ser.

— Você acha que eu iria apoiar o seu relacionamento se


pensasse que você iria para o lado escuro de novo?

— O lado escuro. Sério?

— Sim, o lado escuro. Você sabe. Você desapareceu por


anos depois que Jess morreu. E você não voltou até que
Bailey voltou também.

— Você soa como a minha mãe.

— Sua mãe está certa.

Ele assentiu com a cabeça.

— Eu sei que ela está.

— Eu iria amarrá-lo com suas bolas e levá-lo para fora da


cidade com essa corda presa ao para-choque do meu carro se
eu pensasse que você iria destruir Bailey.

— Isso foi ilustrativo...

— Meu ponto é.... — Ela se virou para ele, sorrindo


docemente. — .... Você consegue. Não tenha medo de dizer
isso a ela. — Ela se levantou em seguida, voltando-se e
oferecendo-lhe a mão. Ele a tomou, e quando ele estava em
pé na frente dela, ela falou de novo. — Ela ama você. Mas ela
está errada. — Ela subiu na calçada e foi em direção à porta
da frente, falando por cima do ombro — Boa noite, Dare.
Quando Bailey saiu do
chuveiro, olhou-se no espelho.
Ela estava dolorida. Ela estava fisicamente satisfeita, e não
estava emocionalmente satisfeita. Ela também não tinha mais
certeza do que diabos ela deveria fazer. E sozinha? Inferno
sim, ela estava. Ela jogou a escova na pia depois que
conseguiu desfazer os nós, e quando finalmente passou pela
porta de seu quarto, estava literalmente coçando a cabeça
enquanto tentava descobrir como diabos ela iria se impedir
de ligar para ele. Queria falar com ele, mas ele estava
chateado, ou alguma outra coisa quando saiu.

Quando ela avistou Michelle enrolada em sua cama, ela


gritou:

— Mas que... O quê! Você não pode simplesmente fazer


isso! — Ela apertou sua mão em seu estômago enquanto
tentava descobrir como fazer seu coração funcionar
novamente.

— Nós precisamos conversar. — Michelle parecia séria


demais, e para uma mulher que nunca pareceu tão severa,
era estranho. Mesmo quando não havia razão para isso, ela
se esforçou para manter esse tipo de decoro por um longo
tempo.

— Ok. — Ela olhou para Michelle desconfiada quando


pegou uma calcinha de sua mala e a colocou sob o robe.
— Você está o torturando. Você precisa parar.

Bailey olhava para o chão por um momento, sem saber


ao certo como responder a isso. Quando endireitou sua
postura, abriu a boca, esticando seu queixo em vez de falar
por um momento.

— Não estou tentando machucá-lo.

— Agora, nisso eu acredito. — Michelle se ergueu,


sentando de pernas cruzadas sobre a cama. — Sei que você o
ama. Também sei que você está com medo dele.

Bailey balançou a cabeça enquanto pegou suas calças de


pijama da cadeira e se contorceu nelas, finalmente virando as
costas para Michelle quando jogou uma camiseta sobre a
cabeça. Quando ela se virou, Michelle a estava estudando.

— Eu não tenho medo dele. É...

— Isso é lógico. Entendo. Seu comportamento foi


imperdoável, e você está dentro de seus direitos de não
confiar nele ou perdoá-lo novamente. Ele não merece isso.

A boca de Bailey ficou aberta enquanto olhava em


choque. Isso era confuso como o inferno.

— Michelle, não entendo o que você está tentando dizer.


Pensei que você estava bem com Darren e eu...

— A coisa é.... — Michelle continuou quando seu foco


mudou para fora da janela por um momento. — Você não
merece o seu perdão também.
Os olhos de Bailey ficaram marejados imediatamente, e
suas narinas dilataram e queimaram quando suas emoções
lutaram para se libertar. Ela se afundou na cadeira próxima.

— O perdão não tem absolutamente nada a ver com o


que uma pessoa merece. — Os olhos de Michelle brilhavam
muito. — E a sua escolha de perdoá-la foi provavelmente a
decisão mais difícil que Darren já tomou. — Ela assentiu com
a cabeça e sorriu fracamente, enquanto uma lágrima correu
pelo seu rosto. — Eu sei, porque é a mesma decisão que eu
tinha que fazer também. — Seu peito visivelmente estremeceu
quando seus olhos se fixaram no chão por um momento. —
Jess era minha amiga também, você sabe. — Michelle ficou
em silêncio, em seguida, olhou para o chão. Passaram-se
muitos e longos segundos, antes que ela lentamente olhasse
de volta para Bailey, e ela sorriu gentilmente. — Isso está em
suas mãos agora. Segurar a sua confiança e seu perdão
somente na sua cabeça é apenas cruel. Tão cruel quanto ele
foi com você. E conheço você melhor do isso para pensar que
você poderia algum dia querer fazer isso com ele
intencionalmente.

Bailey assentiu enquanto chorava baixinho.

— Você tem que confiar nele, e você tem que perdoá-lo


exatamente da mesma maneira que ele tem que perdoá-la
também. Caso contrário... — Michelle deu os ombros
enquanto se levantava. —... O seu relacionamento morre. —
Quando ela finalmente se aproximou de Bailey, alisou a
umidade de suas bochechas e riu. Michelle não era propensa
às lágrimas, e foi quase doloroso de ver o quão emocional ela
estava.

Michelle tomou suas mãos nas dela, puxando Bailey para


si, e ela sorriu.

— O que você está esperando? — Os lábios de Michelle


franziram.

Bailey fechou os olhos e se lembrou exatamente do que


era ser odiada por ele e exatamente como se sentia. Suas
ações e comportamento poderiam cortar como uma faca, e as
suas palavras poderiam quebrá-la em mil pedaços.

— Guarde sua vergonha para a puta do andar de cima,


que a levou para longe! Ela não merece merda de mim, e se eu
sentir vontade de arrastar sua bunda inútil através do meu
inferno e a destruir, então que assim seja!

Ela engasgou quando a memória ainda tão fresca a


atacou, e quando Michelle a segurou pelos ombros, Bailey
tremeu e chorou.

— E se ele me machucar de novo? Não acho que eu


poderia lidar com isso. — Soluços balançaram seu corpo
enquanto ela engasgou com as palavras, e caiu.

Michelle fez sons calmantes quando a puxou em seus


braços. Ela deixou Bailey chorar e engolir o ar com suspiros
calmantes. Bailey não poderia tirar o peso do seu peito, e não
foi até longos minutos mais tarde que ela conseguisse se
controlar.
Mas quando Michelle finalmente se afastou, ela estava
calma e seu sorriso era doce.

— É um salto de fé.

Bailey assentiu. Não havia dúvida alguma sobre isso.

— Você tem que tomar uma decisão. Avançar ou acabar


com isso.

Bailey ficou em silêncio por um momento.

— Avançar. — Sua voz quase saiu como um sussurro.

Michelle riu baixinho.

— Então vá para casa.

Quando ela entrou em seu quarto, duas horas mais


tarde, e Michelle tinha acabado de deixá-la, ele estava
dormindo. Ela acendeu a luz do banheiro, deixando a porta
aberta. Queria vê-lo, mas não queria acordá-lo ligando a
lâmpada de cabeceira. Colocou a bolsa no chão ao lado dela,
puxou o diário, e afundou-se na cadeira que estava perto da
cama. Ela o encarou, e puxou as pernas para cima para
sentar-se de pernas cruzadas na cadeira.

Estudou a maneira como ele respirava lentamente, e um


arrepio quente a percorreu com a visão dele. Começou a
esboçar um desenho dele. Ela não era uma artista como a
mãe dela, mas era melhor do que a maioria, e deixou seu
lápis desenhar a forma dele. Ele estava com o estômago para
cima, e os seus braços estavam envoltos no seu travesseiro.
Sua cabeça virada para o lado, descansando em suas mãos.
Ele estava sem camisa, e ela tinha certeza que sem calça
também dada a forma como o lençol assentou baixo em suas
costas, tão baixo que ela podia quase ver a fenda de suas
nádegas. Ela queria puxar o lençol para baixo e ver o resto do
corpo. O joelho estava um pouco para cima, e ela queria
muito saber como pareceria nesse ângulo.

Mas ficou em seu lugar na cadeira, apenas apreciando o


silêncio e a visão dele, e ela o desenhou. Ele era
impressionante, e quando olhou do papel no seu colo para a
sua figura na cama, ela aqueceu, e sua pele se arrepiou.
Desenhou a forte linha das costas, os braços estendidos,
tudo. Ainda puxou o lençol para baixo em sua mente e tirou
as bochechas redondas de seu traseiro, que estavam, na
verdade, escondidas debaixo do lençol.

Você está sendo lasciva, querida. A voz arrastada da mãe


disse para ela, e Bailey sorriu, finalmente, fechando o diário e
o deixando em cima de sua mala.

Fazia menos de um mês desde que ela concordou em


permanecer em Savoy. As primeiras duas semanas tinham
sido como um sonho nebuloso, ao menos olhando para trás
agora. Estava lutando com a perda de sua mãe, e ele a apoiou
perfeitamente. Ele tinha feito amor com ela quando era
necessário, segurou-a quando ela precisava dele, até mesmo
a ignorou e a deixou ignorá-lo também quando ela ansiava
silêncio. Mas o que eles não tinham feito mesmo foi tentar
arranhar a superfície do seu passado. Simplesmente fingiram
que não existia, e tinham feito um maldito bom trabalho.

Tinha sido confortável, mas estavam apenas brincando


de casinha então. Não estavam lidando com as coisas que
precisavam ser tratadas, e ela teve que admitir, era fácil
ignorar esses demônios ocultos sob a superfície. Agora ela
pensava que talvez fosse porque estavam tão aliviados de
estarem juntos novamente.

Mas depois de duas semanas, deixaram seu mundo se


embalar, e certamente abalou-a com força o seu núcleo. E
uma vez que seu mundo foi abalado, ela não foi capaz de
ignorar o seu passado por mais tempo, menos a parte
imediata e dolorosa que incluiu o pior de Darren. Ele foi
excepcionalmente bom em ser cruel, frio, e, francamente,
sádico. Era um homem movido por anos de dor, e Michelle
estava certa, Bailey estava com medo. A que distância aquele
Darren foi? Por quanto tempo ele iria ficar longe? Ela poderia
sobreviver se ele a machucasse novamente? O estranho era
que ela conhecia o Darren bondoso tão bem como chegou a
conhecer o malvado, e ainda assim a trouxe ao limite,
imaginando aquele contraste cruel. De certo modo, era por
isso que pôde machucá-la tão facilmente, porque ela nunca
soube que ele era capaz de ser tão terrível, e ela se rasgou em
pedaços ao ver alguém que uma vez confiou tanto - ser tão
feio.

Ele gemeu baixinho e se mexeu na cama, trazendo sua


atenção para o momento. Quando ele se esticou, o lençol
desceu em seu traseiro, e ela ficou rígida. Fantasiou sobre
isso, tudo isso, há anos. Ela costumava se perguntar como
ele era nu, como o gemido dele iria soar enquanto fazia amor.
Pensou incessantemente sobre essas coisas, e cada vez que
ela estava perto dele, esses pensamentos voltavam, e
imaginava esta intimidade.

Ela ficou em silêncio e foi na ponta dos pés ao pé da


cama. Sua mãe estava certa, ela estava sendo lasciva, mas
ela queria ver, e antes que erguesse o olhar para esse ponto
entre suas pernas, ela mordeu o seu dedão. E então ela
olhou. Seus testículos sentaram pesados na cama entre as
pernas, e ela seguiu essa linha acima sobre a pele lisa acima
de suas bolas que terminaram em suas bochechas. Ela podia
quase ver cada parte dele. Era errado ela querer ver mais?
Ele não parecia considerar nenhuma parte dela fora dos
limites, mas o mesmo servia para ela?

Quando a perna avançou apenas ligeiramente, seus


testículos apertaram e depois relaxou, e ela engasgou
calmamente. Porra. Isso era errado. Ela não podia
simplesmente encará-lo durante toda a noite. Ela estava certa
de que isso iria fazê-la estranha, então desistiu da vista, e
caminhou ao longo da cama, livrando-se de suas roupas
enquanto se movia, deixando-as no chão.

Ela sentou-se ao lado da cama, e a mudança do colchão o


agitou. Ele zumbia.

— Não —, ele murmurou. — Não diga isso. — Suas


palavras sumiram enquanto ele gemia. Ela não podia dizer se
era o bom tipo de gemido ou o mau.
Ela alcançou seu ombro e deixou a palma de sua mão
correr suavemente para baixo na parte de trás de seu bíceps,
e, em seguida, seu corpo sacudiu por um momento, enquanto
seus olhos se abriram. Ele rolou para o lado e olhou para ela.
Seus lábios se separaram como se estivesse em estado de
choque.

— Você é real? — Ele sussurrou.

Ela assentiu com a cabeça.

— Você é? — Ela brincou com ele, mordendo o lado de


seu lábio.

Seu rosto finalmente relaxou, e seus lábios pararam em


um pequeno sorriso. Ele estendeu a mão e passou a mão pelo
seu rosto até o pescoço.

— Você está meio pelada —, comentou sonolento.

— Você também está.

— Sim, eu estou. — Seus lábios levantaram mais.


Quando ele olhou para longe por um momento, seu foco
parou em sua mala, que ainda estava no chão ao lado da
cadeira, e respirou fundo.

Bailey ficou subitamente nervosa, mas ele merecia que


ela fizesse a pergunta, em vez da resposta ser simplesmente
assumida.

— Posso voltar para casa?

Estudou a sério por um momento, e seu coração entrou


em pânico. Um flash do lado feio dele atingiu-a como um soco
no rosto. Houve um tempo em que tinha necessidade de
machucá-la. Teria brincado com ela da pior maneira possível,
e ela teria se quebrado. Mas enquanto ela lutava para engolir
e soltou uma calmante exalação, prostrou-se ainda mais.

— Estava errada. Sinto muito.

Sentou-se e segurou-lhe o rosto.

— Esta casa não existe sem nós dois juntos. Claro que
você pode voltar para casa.

Seus olhos se encheram de lágrimas, e ela balançou a


cabeça.

— Mas não fuja de mim outra vez.

Ela continuou balançando a cabeça, e ele a beijou


suavemente nos lábios enquanto seu polegar acariciou sua
bochecha. Quando ele se afastou, olhou para o relógio, e
gemeu e puxou-a para a cama e em seus braços. Ouviu a sua
respiração lenta novamente, e então ela adormeceu.

Acordou com o despertador e um cor-de-rosa sutil por


entre os galhos das árvores. Ele apertou o botão de soneca e
rolou para trás em direção a ela. Seus dedos trilharam e
voltaram por seu braço, e ela tocou e acariciou a parte
inferior das costas. Ele se inclinou, beijando o topo de seu
ombro, e ela gemeu baixinho.

Sabia que não tinha tempo, mas ela deixou os dedos


acariciarem mais embaixo. Tremiam, e ele se afastou,
olhando para ela. A palma da mão deslizava sobre os fortes
músculos de suas nádegas, e seus dedos tocaram ao longo da
fissura. Ela não conseguia esconder a agitação de seus dedos
enquanto ela os deixou flertar com aquele lugar totalmente
inadequado e privado, e a forma como ele se concentrou nela
inexpressivamente foi um pouco assustador. Ela não tinha a
menor ideia do que estava fazendo, e se perguntou se estava
cometendo algum pecado maior no momento. Se ele apenas
dissesse alguma coisa, desse alguma indicação de que ela
não era uma aberração, ela poderia, talvez, parar o tremor de
seu peito, mas ele ficou congelado com a mão ainda em seu
braço. Seus dedos lentamente se contraíram em seu braço,
sugerindo que havia algo mais acontecendo do que o que ela
podia ver.

Quando ele começou a ofegar, foi sutil, mas seus lábios


estavam entreabertos, e todo o seu corpo estava rígido. Seus
dedos percorreram mais longe, correndo ao longo de sua
fenda, mas nunca se aprofundando. Queria se aprofundar,
mas ela tinha certeza de que era errado. Independentemente
da correção ou incorreção, seus dedos desceram, mais sua
respiração ficou presa e seu som se tornou gutural.

O despertador tocando novamente enviou uma sacudida


através de seus corpos, e ele olhou para ela quando a tocou
de novo e de novo e de novo, até que ele finalmente balançou
a cabeça e rolou para longe dela. Silenciou o alarme e se
levantou, olhando para ela. Estava com o membro grande e
ereto, e quando a pegou fitando, ele riu.
— Vou começar o café. — Ela sorriu timidamente
enquanto se arrastou da cama, e ele desapareceu no
banheiro. Momentos depois o chuveiro ligou. Ela vestiu
shorts e uma camiseta regata e desceu correndo as escadas,
e sentou na ilha da cozinha enquanto esperava pelo café.
Quando ele desceu 20 minutos depois, serviu-se de um pouco
de café e, em seguida, abriu caminho entre suas pernas.

Ainda estava agindo um pouco tola, e ela podia sentir o


calor rastejando em seu rosto enquanto a olhava. Ele parecia
mais divertido que ofendido com ela sobre o assalto em seu
clitóris, e quando ele a beijou no pescoço e, em seguida, seus
lábios deixaram um rastro lentamente até o lado de seu
pescoço, ele estava cantarolando.

— Você sabe que você pode fazer o que quiser com o meu
corpo. — Sua voz era profunda e seu hálito quente contra seu
ouvido, mas quando ele se afastou para olhar para ela, seus
olhos estavam sérios.

— O que significa isso? — Sua voz era calma sussurrou.

Mas ele sorriu.

— Você sabe exatamente o que isso significa. — Ele olhou


para o relógio de parede. — Mas não temos tempo para
discutir isso agora —, comentou quando ele se inclinou para
seus lábios. — Estou feliz que você está em casa. Macy
também. Não fuja de novo.

Ela assentiu com a cabeça, e ele a beliscou rapidamente


antes de sair.
Ela caminhou pela casa, recolhendo sua roupa e levando
para lavar, e vinte minutos depois, seu celular tocou.

— Então... —, disse ele, não dando saudação alguma.

— Então.... Você me ligou para dizer que me ama, e agora


você vai desligar na minha cara?

Ele riu.

— Não é por isso que eu liguei.

— Tudo bem então. Por que você está interrompendo a


arrumação que estou fazendo em casa?

— Bem, eu vou dizer a você por que.... Eu estive


pensando sobre sexo todo o caminho para o trabalho.

Ela riu.

— Sinto muito por ouvir isso.

— De qualquer forma, isso me lembrou de algo. Você


pode ir ao meu escritório e abrir o calendário lá para este
mês?

— Claro. — Ela encontrou o calendário e folheou as


páginas rapidamente até que encontrou setembro. — Ok, o
que estou procurando?

— Deve haver um dia que tem um asterisco vermelho


escrito em...

— Sim. Próxima terça-feira.

— Por um triz. Você deve tomar sua vacina de controle de


natalidade nesse dia.

— Bem, você pode trazer a vacina para casa?


— Não deveria. Era uma coisa fazer isso uma vez, e,
francamente, ainda foi um pouco antiético. Você precisa
começar um registro médico e decidir se tem certeza se
gostaria de continuar com as vacinas.

— Bem, tenho certeza que tenho que agradecer pelos


cinco quilos que ganhei ao longo dos últimos três meses. —
Ela deixou-se cair na cadeira.

Ele riu.

— Você provavelmente está certa. Ouça, você pode ligar e


marcar uma consulta, mas eu provavelmente posso conseguir
uma mais cedo se eu ligar. Conheço Dr. Halady na clínica
obstétrica muito bem.

— Bem lógico, não é?

— Sim. Há algum horário entre hoje e a próxima terça


que você não está livre?

— Não, oh.... Espere... — Ela se encolheu, tentando


descobrir rapidamente o que dizer. — Uh... eu vou almoçar
com Michelle amanhã, no.... uh... Nino, então não posso fazer
nada ao meio-dia... — Ela se encolheu novamente,
balançando a cabeça e esperando que ele não fosse vidente.
—... E nós temos o nosso compromisso na segunda-feira.

— Ok. Eu vou marcar e enviar para você o dia e a hora.


Vejo você hoje à noite.

Desligaram e, momentos depois, o telefone tocou.

— Eu amo você.

— Eu amo...
— Cale-se. Tenho que desligar agora. — Clique.

Ela riu enquanto soltava o telefone novamente, e Macy


saltou ao redor, entendendo claramente que o riso era uma
ocasião para saltar.

Darren marcou a consulta para 30 minutos depois da


sua consulta na segunda-feira com Dr. Green.
Até o momento em que a
noite da terça seguinte chegou,
tinham sobrevivido a mais um encontro com Dr. Green,
tinham comprado mais três meses sem pensar em gravidez, e
ele estava serpenteando pelos corredores do supermercado.

— Bem, se não é o meu médico favorito. — Michelle


caminhou até ele com uma cesta pendurada em seu braço.

— E a minha dona de loja de móveis favorita. — Ele


sorriu para ela.

— Você faz as compras de supermercado? — Suas


sobrancelhas se ergueram quando ela olhou para ele por um
momento.

— Bem, compras de supermercado não funcionam tão


bem quando o seu único meio de transporte é uma bicicleta.
Além disso, Bay me mandou para fora de casa esta manhã
com uma lista de coisas que ela precisa para o jantar hoje à
noite.

O rosto de Michelle enrugou.

— Você já provou a sua comida? É ruim. Basta levá-la


para jantar fora, pelo amor de Deus.

Ele riu.

— Ela está insistindo. Encontrou uma receita que ela


firmemente acha que pode fazer.
— Por que há tantos malditos carboidratos em tudo? —
Michelle estava examinando o rótulo de uma caixa que
acabou de pegar.

— São massas, Shell —, comentou secamente. — Falando


de massas, como foi o almoço das meninas na última sexta-
feira no Nino? Esqueci-me de perguntar a ela.

— Que almoço? Não vi Bay desde que ela voltou a morar


com você —, comentou distraidamente enquanto levantava
outra caixa e começou a olhar o rótulo.

Darren congelou no lugar, e Michelle levou mais alguns


passos até que ela percebeu que ele tinha parado de se
mover.

— Dare, o que há de errado?

— Oh.... Nada. — Ele a alcançou.

— Ela disse que almoçamos?

— Não. Eu estava.... Pensando em outra coisa.

Ela inclinou a cabeça para o lado, claramente não


acreditando nele.

— Ela teve um almoço com a minha mãe. Eu apenas


esqueci. — Não, ela com certeza não almoçou com a mãe
dele, nem tinha planos para isso, muito provavelmente não
tinha planos com Michelle também. O que ela tinha feito foi
mentir. — É melhor eu ir. Só tenho mais uma coisa na minha
lista. — Ele olhou para a lista na mão, sem realmente ver
nada. — Tchau, Shell. — Ele se forçou a sorrir quando olhou
para cima.
Não se lembrava muito da fila do caixa ou de dirigir para
casa, e quando estacionou, estava absolutamente furioso. Ele
também estava absolutamente em pânico. Por que ela iria
enganá-lo? Ela não fazia esse tipo de coisa. Só não era quem
ela era, mas havia mentido. Ele subiu as escadas com os
braços carregados de mantimentos. Estava nervoso.
Precisava enfrentar isso, algo que tinha perdido o hábito de
fazer ao longo dos últimos anos. Infelizmente se tornou um
covarde, e era muito melhor em enfiar a cabeça na areia em
estilo avestruz do que lidar com qualquer coisa
emocionalmente dolorosa.

Quando entrou na casa, Macy não estava lá para


cumprimentá-lo. Por meio segundo ele pensou que elas
estavam fora para uma corrida, mas, em seguida, ouviu a voz
de Bailey no escritório que ficava além da cozinha.
Imediatamente entrou em pânico. Estava com medo de ouvir
outra coisa que pudesse perturbá-lo.

Em vez de carregar as sacolas de supermercado para a


cozinha, deixou-as no chão da entrada e rastejou
silenciosamente em direção à cozinha. Quando entrou, tirou
seu paletó e pendurou em um dos bancos de bar na ilha de
cozinha. Macy estava encolhida no chão do escritório e ainda
estava alheia ao fato dele ter chegado em casa.

Bailey estava sentada em sua cadeira de lado, com os


joelhos puxados para cima e as solas dos seus pés plantadas
no braço. Seus olhos olhavam para fora da janela para o
quintal arborizado, e quando Darren apoiou os cotovelos
sobre a ilha de cozinha, ele apoiou a cabeça nas mãos e
olhou. Ela estava roendo a unha do polegar. Ela sempre fazia
quando estava nervosa.

— Você pode me dizer por que não estou sendo


considerada para o trabalho agora? Quero dizer, quando você
me chamou de volta para uma segunda entrevista ontem, eu
realmente não estava esperando ouvir você cancelando hoje.
Eu pensei... — E ela começou a roer a unha do polegar
novamente.

Sua testa se encolheu em confusão. De que trabalho ela


está falando? Ela não estava tentando trabalho algum.
Inferno, ela não tinha nem mesmo enviado currículo para
trabalho algum. Ele saberia se ela tivesse. Ela teria dito a ele.

— Sei que eu não estive trabalhando por um longo


tempo, e sei que o meu histórico não é perfeito, mas você tem
que entender... — Sua voz parou abruptamente quando ela
foi cortada pela pessoa do outro lado. — Oh.... Entendo. —
Ele estudou seu perfil através das portas francesas do
escritório, e ele viu seus olhos visivelmente marejados. —
Não, eu entendo. Claro. Você tem políticas. — Sua voz estava
firme, mas ele podia ver no aperto do pescoço dela que foi
uma luta.

— Obrigada. Tchau. — Desligou, e quando as lágrimas


caíram, ela as limpou rapidamente. — Estúpida Bailey —, ela
murmurou para si mesma.

Sua testa se encolheu quando ele mergulhou em sua dor.


Ela fungou, e ele a estudou enquanto ela esfregava a testa.
Ele não gostava disso. Não entendia nada disso, mas mais do
que isso, ele não gostava de vê-la chateada. Ela estava
claramente sofrendo por causa de tudo o que diabos foi
aquilo, e como a última hora de seu próprio estresse e
paranoia derreteu, ele se concentrou no estresse de Bailey.
Estava perdendo alguma coisa, mas ele não ia resolver este
mistério ficando de mau humor nos bastidores.

Ele caminhou em direção à porta, e no momento em que


ela pegou seu movimento periférico, seus pés caíram no chão,
ela se virou para ele, e limpou a garganta como se houvesse
alguma esperança de que pudesse esconder o fato de que
estava chorando. Macy finalmente acordou e começou a
saltitar como uma tola.

Ele limpou a garganta, e ela olhou desconfiada quando


terminou de limpar a evidência de seu choro de seus olhos.

— Oh, oi. — Seus olhos voaram ao redor da sala.

Ele assentiu com a cabeça.

—Oi. — Ele olhou para ela por um momento. — Não vou


me incomodar fingindo que não ouvi o telefonema e lhe dar a
chance de perpetuar esta mentira, que, francamente, já tem
me incomodado pela última hora, então por que você não me
diz o que está acontecendo?

Ele contornou a mesa e ofereceu-lhe a mão. Ele a olhou


com severidade, mas quando a puxou para junto de si,
sentou-se na cadeira, deu um tapinha na mesa, e piscou para
ela. Sua ira não iria tirar o melhor dele hoje, muito menos
não quando ela parecia chateada o suficiente pelos dois.
Sentou-se na frente dele, e ele começou a amassar as
panturrilhas com as mãos enquanto ela plantou os pés sobre
suas coxas. Ele finalmente iria desvendar sua tensão.

— Tentei o trabalho na casa de vegetação. Pensei... — Ela


balançou a cabeça. — Encontrei-me com o gerente na sexta-
feira, e ele me chamou ontem de manhã para marcar uma
segunda entrevista. — Ela mordeu o interior de seu lábio.
Seu rosto estava triste, e seus olhos encobertos novamente.

— E? — Ele se inclinou e a beijou no joelho, deixando


sua boca rastejar suavemente para baixo na frente de sua
panturrilha.

— Parece que o proprietário se apoderou do meu pedido e


me vetou. Eles têm políticas que proíbem a contratação de
qualquer um com um crime classe A.

Sua boca se deteve no meio do caminho para baixo de


sua panturrilha, e ele olhou para ela.

— Venha aqui. — Estendeu a mão para ela, e quando ela


deslizou da mesa, ele a puxou para o seu colo. A cabeça dela
encontrou o seu ombro, e ele passou os braços em volta dela.
— Por que você não me disse que tinha se candidatado a um
emprego?

Ela se sentou e olhou para seus olhos. Parecia tão


humilhada, e quando ela encolheu os ombros timidamente,
mordeu o lábio.

— Candidatei-me para seis vagas nas últimas duas


semanas. — Ela olhou para longe.
Fosse qual fosse a raiva que poderia ainda estar
segurando, desapareceu quando ela começou a falar
novamente.

— Não disse a você na primeira vez, porque pensei que


talvez eu o surpreendesse se conseguisse o emprego. Quando
descobri que o meu pedido foi rejeitado por causa da minha
investigação criminal, não disse a você, porque eu estava
com.... Vergonha. — Ela olhou de novo, suas bochechas
queimando vermelhas por todas as razões erradas. Ele
adorava quando ela corava, mas esse simplesmente não era o
tipo certo de corar. — Depois disso, não lhe disse sobre os
pedidos de emprego por que... — Ela balançou a cabeça. —
Porque eu não queria ter que dizer a você que fui rejeitada
novamente. — Não olhou para ele vez alguma enquanto
falava. Seu foco estava em seu pescoço, muito
especificamente no nó da gravata. Ela focou nisso ao invés de
forçar-se a ver a sua expressão, medo de vê-la, talvez.

Estendeu a mão para seu rosto, e ela finalmente olhou


para ele.

— Bailey...

— Na verdade, eu me senti bem sobre este. Quero dizer,


era a primeira vez que fui chamada de volta para uma
segunda entrevista. — Seus lábios levantaram em um
pequeno sorriso, mas uma lágrima correu pelo seu rosto, e
ela deu um suspiro trêmulo. — Já estava pensando em como
eu iria surpreendê-lo com ele. — E então suas emoções mal
contidas se transformaram em soluços tranquilos quando
cobriu os olhos com a mão. — Sinto-me tão estúpida. — Mal
conseguia pronunciar as palavras enquanto se desfazia.

Passou os braços em volta dela e a puxou para seu peito


enquanto ele fungou sua própria emoção. Segurou-a
enquanto ela chorava, e ele acariciava suas costas.

— Não sabia que você queria encontrar um emprego.


Você nunca mencionou isso antes. Quero dizer, você sabe
que você não precisa. Nós não precisamos que você trabalhe.
Não é como...

Sentou-se e enxugou o rosto.

— Quero trabalhar. Quero fazer algo. Preciso fazer


alguma coisa. — Ela encolheu os ombros, mas seus olhos se
abaixaram novamente. — Não tenho coisa alguma minha.
Não posso nem comprar uma xícara de café sem o seu
dinheiro. Não posso cuidar de mim mesma. E eu não gosto de
me sentir desse jeito.

Ele deveria ter visto isso logo. Por que não tinha
percebido? Gostava de pensar que ele a conhecia melhor do
que qualquer outra pessoa no mundo. Com certeza a
conhecia bem o suficiente para saber que cuidar de sua casa
e de seu cachorro não iria satisfazê-la por toda a vida. Não
iria satisfazê-lo se fosse ele. O que diabos o fez supor que
poderia ser o suficiente para ela?

Roçou o polegar sobre o lábio inferior antes de beijá-la


suavemente, e quando ele se afastou, tocou sua boca
novamente.

— Dê um tempo.
Ela assentiu com a cabeça, mas não disse nada.

— E não esconda isso de mim. Isso não é negociável. Nós


não podemos fazer isso.

Seus olhos brilhavam instantaneamente quando


balançou a cabeça.

— Encontrei Michelle no supermercado, e sabia que você


não almoçou com ela na sexta-feira. — Ele olhou para ela por
um momento. — Bay, você só não pode esconder isso. Você
mentiu para mim. — Ele balançou a cabeça. — Isso não é
quem você é.

Seu foco caiu para seu colo, e ela afastou uma lágrima,
mas, em vez de deixá-la esconder dele, ele puxou o queixo
para cima.

— Nós não podemos mentir. Sei que você estava


envergonhada, mas você não tem que ficar comigo. Já sei
tudo o que há para saber sobre você, o melhor de você, o pior
de você, e tudo mais. Só não há nada a esconder.

Seus lábios franziram.

— Eu sinto muito. — Ela não disse nada por um


momento. — É difícil não se sentir inadequada com você às
vezes.

— Por quê?

— Você é um médico. — Ela encolheu os ombros. — Eu


sou uma ex-presidiária ignorante que não consegue
encontrar um emprego. Quero ser mais. Para você. Para mim.
Para nós. — Seus lábios franziram novamente quando seus
olhos se encheram de lágrimas. Ela simplesmente não
conseguia reprimir a emoção agora. Ele estava adivinhando
que a sufocou por muito tempo, e agora que finalmente a
soltou, ela não sabia como sair dessa situação.

Ele segurou seu queixo delicadamente e a forçou a


manter seu foco nele.

— Você é tudo. E você não precisa provar o seu valor


para mim, porque já sei que é dez vezes maior do que o meu.
— Ele respirou fundo. — Se é muito difícil aqui.... Podemos
mudar.

— Não. Nunca iria pedir-lhe para desistir de seu trabalho


e sua casa por mim. — Ela balançou a cabeça.

— Não há coisa alguma neste mundo que eu não daria


por você. — Novas lágrimas corriam pelo seu rosto. Ele
passou os braços em volta dela novamente e puxou seu corpo
de volta para o seu peito. Ele precisava que ela fosse feliz,
porque não havia felicidade em sua vida que não começasse
com a dela. Se isso os tornava codependentes, ele não dava a
mínima. Era apenas o que eles eram um com o outro, e
ganharam essa dependência – inferno, ele já gostava muito
disso.

— Eu amo você —, ele sussurrou em seu ouvido. — Nós


vamos lidar com isso. Eu prometo. E se é isso que você quer,
então continue tentando. E se um novo começo em um novo
local é o que precisamos, então isso é o que vamos fazer. Não
temos de decidir de imediato.
Ela assentiu com a cabeça, enquanto se aninhava em seu
pescoço, e ele acariciava suas costas, movendo a mão sob sua
camisa para tocar sua pele.

Poucos minutos depois, ela fungou e limpou a garganta.


— Eu meio que o julgo completamente responsável por perder
o único trabalho real que tive nos últimos dez anos. — Sua
voz finalmente relaxou, e ela estava tentando brincar com ele.
Era um bom sinal.

— Você realmente gostaria de ainda estar trabalhando


para aquele desastre de mulher?

Ela balançou a cabeça vigorosamente contra seu peito


enquanto ele riu.

— Deus, não —, respondeu ela.

Ele sabia muito bem que ela não queria nem por um
segundo, ainda estar trabalhando na antiga clínica
veterinária de Macy.

— Você sabe que nada aconteceu entre Verônica e eu,


certo? Estava tentando me lançar mais em você quando
concordei em sair com ela. Não funcionou. Não aconteceu
nada, literalmente nada, exceto um beijo nojento que
terminou em um microssegundo quando quase vomitei em
sua boca.

Ela se afastou para olhar para ele, mas permaneceu em


silêncio.

— Desculpe-me, eu a deixei pensar que dormi com ela.


Foi imaturo. Eu estava só...
Seus lábios de repente esmagaram os seus quando ela o
beijou apaixonadamente e o calou com a língua. Ele a
chupou quando ela provou sua boca, e gemeu quando seu
corpo respondeu. Ela se separou de seus lábios e beijou para
baixo sobre seu queixo.

Ele se aninhou em seu pescoço, movendo os lábios em


sua orelha.

— Ela nunca teve uma chance contra você —, ele


sussurrou. — Ninguém teve - nunca.

Ela gemeu, e ele puxou a cabeça para trás só para ver


seus olhos brilhando de novo. Ela só não ia parar de chorar
hoje. Isso não era necessariamente uma coisa ruim.

Ele não deveria ter sentido falta disso. Ela precisava de


mais. Ele ia atrás para conseguir o que mais ela precisava.
Ele simplesmente a amava demais para dar-lhe tão pouco.
Ela era seu tudo. E, aparentemente, o seu tudo precisava de
um propósito na sua existência. Ele entendia isso, e ele com
maldita certeza iria ajudá-la a encontrar.
Ouviu a própria respiração,
e ela se concentrou em seu
corpo quando ele avançou. Macy estava, como de costume,
encaminhando-se na frente e os deixando comer poeira. Latia
e circulava ao seu redor, ficando na retaguarda por um tempo
até que ela ficou aborrecida com o seu ritmo. Então ela
passou correndo por eles novamente. Ela fez parecer fácil.
Bailey fazia parecer o inferno. Era um inferno, e apenas
quando pensou que não poderia passar até mesmo outros 15
metros, a compensação veio à tona, e eles saíram para a alta
ribanceira no afloramento.

Ela arfava e andou em círculos enquanto lutava contra a


exaustão. Ela precisava disso. Deixar seu cérebro sintonizar
tudo para fora, exceto a batida constante de seu coração era
uma maneira incrível para simplificar sua vida. Nada era
complicado quando estava correndo. Não havia preocupações
sobre ela e Darren, não havia busca de emprego para
estragar a sua confiança; a decisão de permanecer em Savoy
ou fugir para uma nova cidade com ele não era nem mesmo
um pensamento em sua cabeça. Não havia nada além de seus
tênis de corrida que batiam no caminho de terra desgastada
que serpenteava através da floresta.

Simples.
Ele observou enquanto ela abrandou sua respiração, e
uma vez que estava parada em cima do afloramento com o
olhar perdido no lago abaixo, ele puxou o corpo dela contra o
dele e beijou o lado de seu pescoço.

Ela sorriu e cantarolava.

— Desculpe eu arruinei o jantar.

Ele riu.

— O que exatamente fez você pensar que grelhar4 era a


mesma coisa que ferver? — Ele beijou seu ombro.

— Acho que é porque eles têm o mesmo som. Não sei.


Apenas pensei que era talvez uma receita britânica ou algo
assim. Eles fervem a carne lá.

Ele ainda estava rindo.

— Bem, você recompensou isso com a torrada de


manteiga de amendoim.

— Nem mesmo eu consigo estragar isso.

Ficaram em silêncio enquanto ele segurava seu corpo e


apoiou o queixo no ombro dela, e passou muitos minutos,
antes que qualquer um deles falasse de novo.

— Estive pensando sobre uma coisa —, disse ele.

— Ok. — Ela olhou por cima do ombro para ele.

— Quero que você volte para a escola. Não quero que


você se preocupe em trabalhar. Há algumas ótimas
graduações on-line. Até a University of Arkansas tem

4
No original broliling que significa grelhar e boiling que significa ferver.
algumas, e uma vez que você já era uma estudante lá, seria
uma transição fácil. Você queria estudar uma vez. Não vejo
razão alguma para que você abra mão disso.

O coração dela parou. Não queria explicar isso para ele,


mas exceto mentir para ele novamente para salvar a sua
dignidade, o que não poderia fazer, não tinha muita escolha.

— Eu já tranquei o meu empréstimo estudantil porque


não posso pagar. Não acho que eu...

— Vou cuidar disso. Quero que você se preocupe em ser


uma boa aluna e nada mais. Vou adicioná-la às minhas
contas bancárias também, e não quero...

— Darren, não... — Ela virou-se para ele.

—Você vai a algum lugar? —, perguntou sem rodeios.

Ela balançou a cabeça em confusão.

— O quê?

— Você vai a algum lugar? —, Repetiu.

— Claro que não.

— Então você precisa parar de ver o meu mundo como o


meu mundo e começar a vê-lo como nosso mundo. Não quero
que você se preocupe com dinheiro. Confie em mim, a escola
irá mantê-la bastante ocupada e muito satisfeita, eu espero.
— Ele beijou o lado de seu pescoço, mordiscando-a
delicadamente. — E quando você não estiver ocupada e você
precisar preencher o tempo, vou cuidar de ocupar o seu
tempo e o seu corpo —, ele murmurou contra seu ouvido.
Ela sorriu. Isso era o que ela queria. É claro que queria,
mas também terminar a sua educação. Isso foi o que ela
pensou que não poderia ter.

— Não tenho certeza de como eu me sinto sobre deixar


você...

— O quê? Satisfazer as suas necessidades? Todas elas?


— Ele ainda estava sendo sedutor, e estava tornando difícil
manter esta conversa séria.

— Quis dizer pagar pela minha educação...

— Tudo o que eu tenho, desde a minha casa até meu


dinheiro até o meu cão louco, pertencem a você. Quero isso
para você tanto quanto eu acho que você quer para si mesma.
— Ele ficou em silêncio por um momento. — Você quer isso,
não é?

Ela assentiu com a cabeça quando olhou em seus olhos.

— Sim —, ela sussurrou.

— Bom. Agora, diga-me quando você estiver pronta para


voltar. Quanto mais cedo nós voltarmos, mais cedo posso
levá-la para cama. Estou velho demais para foder como um
estudante universitário, mas vendo como sou obcecado por
você... — Ele se aninhou em seu pescoço novamente,
cantarolando com satisfação.

Ela podia sentir seus lábios puxando para cima pelo


pescoço dela enquanto suas mãos serpenteavam para baixo
após a cintura de suas calças de corrida.
— Vamos correr —, ela comentou, dando um passo
rápido para trás enquanto ele puxou sua cabeça para cima.
Ela piscou, e então começou a descer a trilha. Ele passou por
ela dentro de um minuto, batendo na sua bunda quando
passou e, quando de repente se virou em direção a ela, ele a
empurrou contra uma árvore, e ela engasgou. Estava
ofegante, e antes que pudesse descobrir o que ele estava
fazendo, ele empurrou a mão pela cintura de suas calças de
corrida novamente e, em seguida, sua roupa de baixo.
Engasgou quando ele enfiou o dedo entre os lábios de seu
sexo, e então brincou com ela.

— Tentando jogar comigo? Huh? — Seus dedos se


moviam quando suas palavras saiam sarcasticamente.

— Sim. — Sua voz estava rouca.

— Você deve saber melhor. Brincar é coisa minha. E você


vai pagar por ser tão insolente. — Ele mordeu o lado de seu
pescoço.

Ela engasgou com o ar, e enquanto ele fazia cócegas e


brincava com seu clitóris, usou a mão livre para puxar para
baixo o topo de sua camisa, levantar o seio de seu sutiã
esportivo. Abaixou a cabeça e chupou seu mamilo em sua
boca. Apertou o cerco suavemente, puxando-o enquanto ela
gemia, e quando empurrou um dedo em sua vagina molhou
rapidamente, ela agarrou os seus ombros.

No momento em que ele soltou seu mamilo e parou de


atormentar seu sexo, ela estava ofegante por uma razão
muito diferente da qual estava momentos antes, e ele sorriu
para ela.

— Falando de jogar, quero jogar com você esta noite. —


Mordeu o lábio de brincadeira depois que ele disse isso, e ele
esperou que ela respondesse.

— Você vai me torturar com sua escova de dente de


novo?

Ele riu.

— Você devia me agradecer pelo orgasmo mais intenso de


sua vida, e você está chamando-o de tortura?

Ela não respondeu essa. Foi o orgasmo mais incrível


desde sempre, embora houvesse algo tortuosamente
prazeroso sobre isso, como se seu corpo pudesse atingir um
limite de prazer e nada além de flertar com a linha entre a
sanidade e a loucura. Ela queria esse tipo de tortura
novamente, embora não tivesse certeza de quantas vezes
poderia lidar com isso.

Ele a olhou de perto.

— Estava pensando sobre um tipo diferente de jogo. —


Ele se afastou dela, e assim como sorriu para ela, começou a
descer o caminho, deixando-a na poeira com seu seio exposto
e suas roupas em desordem.

— Filho da puta —, ela resmungou quando se recompôs


e, em seguida correu atrás dele.

Não havia esperança de pegá-lo, e ela muito em breve o


perderia de vista completamente. Macy correu na frente, mas
voltou para ela rapidamente, e depois de sair mais uma vez,
finalmente voltou e ficou com Bailey o restante do caminho.

— Irmãs sempre - antes dos homens - não é Mace? —


Bailey perguntou-lhe quando Macy latiu e saltou.

Os últimos oitocentos metros ela resmungou e o


amaldiçoou por deixá-la lá fora, sozinha, não que ela não
percorresse essas trilhas sozinha, o tempo todo, e quando a
sua casa ficou à vista, ela aumentou a velocidade.

Quando entrou na casa, ele estava longe de ser


encontrado, mas quando ela subiu as escadas até o segundo
andar, ouviu o chuveiro ligado. No momento em que ela
entrou no banheiro, ele já tinha saído do banho e estava nu
perto da pia, passando fio dental.

— Entre. Você parece suada como o inferno. Por que você


demorou tanto? — Ele sorriu. Ela amava aquele sorriso. Ela
cresceu se derretendo com a visão daquele sorriso, e quando
ele mostrou aqueles dentes brancos perfeitamente retos para
ela, lembrou-se exatamente quem ele era. Inferno, lembrou-se
exatamente quem ela era também.

Tirou suas calças de ginástica encharcada de suor e a


regata e entrou no chuveiro. No momento em que ela saiu, ele
tinha saído do banheiro, e se enxugou rapidamente. Deu um
passo para o quarto apenas para vê-lo fechar as portas
francesas. Ele sorriu gentilmente enquanto engatinhava para
cima da cama.

— Venha aqui. — Ele estendeu a mão para ela, e ela se


arrastou para a cama. Ajoelhou-se ao lado dele, ainda
tentando descobrir exatamente o que ele ia fazer com ela. Ele
comandava na cama, e ela gostava de deixá-lo comandar,
mas havia algo sobre a maneira ocasional que ele se inclinou
contra a cabeceira e estudou-a com calma que a enervava.
Ele ainda estava com as mãos apoiadas por trás de sua
cabeça, e isso a deixou sentindo um pouco vulnerável.

Ela mordeu o lábio inferior enquanto ele mantinha os


olhos fixos nela, e seu corpo estava apertado quando ela se
sentou sobre as panturrilhas, esperando por algo. Quando
inalou lentamente, ele sorriu.

— Disse que você poderia fazer o que quiser com o meu


corpo, e vou deixar você fazer hoje à noite.

Seu coração acelerou de repente, e sua testa se encolheu


quando ela tentou engolir. Seus olhos trilharam para baixo de
seu corpo, finalmente se fixando em sua ereção rígida.
Quando ele cantarolou, ela engasgou com surpresa. Ela
estava muito tensa e nervosa com isso. Não poderia querer
dizer que ele queria...

Sentou-se e puxou o rosto para ele, mas não chegou a


beijá-la.

— Ainda não.

Assim que ela derreteu em seu corpo e suspirou contra


seus lábios, ele agarrou sua cintura, puxou-a para o seu colo,
e virou seu rosto para longe dele. Ela riu enquanto ele passou
os braços em volta dela e se aninhou em seu pescoço.

— O que foi isso? — Perguntou ela através de seu riso.


Ele riu.

— Apenas pensei que era uma boa maneira de levá-la


para a posição que eu a quero.

— E qual é a posição?

— Sua bunda na minha cara —, comentou secamente.

Seu corpo ficou tenso, e ele mordiscou o lado de seu


pescoço quando ela entrou em pânico.

Passou a mão pelas costas dela entre seus corpos, e


quando ele arrastou seus dedos de volta até seu ombro,
agarrou, empurrando-a para frente inclinada para baixo entre
suas pernas. Ela aceitou sua direção, mas levou uma boa
dose de força de vontade para ignorar a autoconsciência.
Tudo o que podia imaginar era exatamente o que este ponto
de vista parecia a partir de sua perspectiva.

— Boa menina —, sussurrou, e quando ela olhou por


cima do ombro para ele, tinha se inclinado para trás para
descansar contra a cabeceira da cama de novo. Agarrou a
frente de suas coxas, deslizando-a de volta ao longo de seu
corpo até que seu sexo estava bem contra o seu estômago.
Seus joelhos estavam em cima da cama de cada lado do seu
corpo, seus seios roçavam ao longo do topo de suas coxas, e
ela descansou o rosto contra uma de suas coxas. Ela podia
sentir sua umidade escorregadia contra seu estômago, e se
forçou a relaxar.

Ele olhou, e quanto mais tempo passou sem tocar, mais


nervosa ela ficava. E quando ele finalmente passou as mãos
até a parte de trás das coxas, ela não conseguia impedir suas
nádegas de vacilar em surpresa. Seus polegares acariciaram
ao longo dos lábios de sua vagina, enquanto suas mãos
viajaram para cima, e ele abriu os lábios. Quando ela olhou
para trás novamente, ele estava sorrindo quando se
concentrou em seu sexo, sua bunda, cada parte íntima do
seu corpo que estava em exposição para ele.

Ele mergulhou dois dedos profundamente em sua vagina


enquanto seus músculos se encolheram novamente, e ela
apertou instantaneamente. Apertou forte, tremendo quando
ele empurrou, e ela podia senti-lo abrindo os dedos e a
esticando. Quando ela mordeu o topo de sua coxa enquanto
ele empurrou um terceiro dedo com os dois primeiros,
amaldiçoou e empurrou tão longe quanto podia.

— Você está nervosa? — Ele mergulhou e puxou


enquanto falava, empurrando-a para fora de sua zona de
conforto não era engraçado.

— Sim —, ela ofegava contra sua perna enquanto seus


pelos faziam cócegas em seus lábios.

— Deixo você nervosa quando pensa sobre o que eu


posso ver?

Ela o espiou novamente por cima do ombro para vê-lo


chupar o dedo médio de sua mão livre em sua boca. Gemeu
enquanto ele continuava a acariciar dentro e fora de seu
corpo com os dedos da outra mão.

— Responda-me, — ele exigiu calorosamente.

— Sim. — Ela estava falando contra sua perna


novamente.
— Você não deveria estar. Sua vagina está pingando no
meu estômago. Você está com tanto tesão. E é absolutamente
bonito de ver. Você é tão rosa e brilhante.

Ela gemeu quando seus dedos se moveram dentro de sua


vagina. Estremeceu novamente quando ele empurrou
lentamente o dedo médio de sua mão livre pelo apertado anel
de músculos em seu reto.

— Você sabe por que adoro tocar seu pequeno rabo


apertado? Hmm? — Sua voz era quente e sedutora quando
ele gentilmente retirou o dedo de seu ânus.

— Não. — Ela mal conseguia falar.

Ele empurrou para dentro e para fora, em seguida, ainda


com seus três dedos em sua vagina.

— Porque é tão incrivelmente íntimo e pessoal.

Ela gritou em voz baixa. Estava em seu limite. Podia


sentir a pressão se construindo em sua virilha. Foi intenso, e
ainda assim, ela queria. Empurrou contra ele, moendo contra
suas mãos sem prestar atenção ao que ela estava fazendo, e
ela gemeu.

— Você quer que eu foda você aqui, não é?

Ela assentiu com a cabeça, em vez de responder.

— Deixa-me ver você gozar, baby. Deixa-me ver como


você faz quando está sozinha.

Adorava quando ele era grosseiro e vulgar com ela. A vida


normal não permitia tais coisas, mas quando os dois estavam
sozinhos, ela percebeu que havia muito pouco que ele não
estava disposto a dizer para ela. Ela, por outro lado, mal
podia falar, e gemeu um som gutural, ainda derrubada contra
sua coxa.

Enfiou a mão entre seus corpos, e como parte de trás da


sua mão correu sobre seu pênis, ele gemeu. Puxou seus três
dedos de sua vagina, e a pressão incrível se soltou. Ela
engasgou, querendo mais. Ela deslizou seu dedo em seu
quente buraco molhado. A amplitude não comparava com os
dedos dele. Ele amaldiçoou quando seu dedo deslizou mais e
mais profundo.

— Você pode sentir isso? Meu dedo deslizando contra o


seu através dessa barreira fina de pele?

Ela assentiu com a cabeça.

— Adoro sentir o meu pau em movimento dentro de sua


boceta com o dedo em sua bunda. Posso sentir cada
penetração, cada estocada profunda.

Ela choramingou novamente, e quando seu corpo tremia


e suas pernas amoleceram, ameaçando não sustentá-la, ele
lentamente forçou um segundo dedo em seu traseiro. A
almofada de sua palma roçou seu clitóris com cada impulso
de seu dedo em seu sexo, e seus quadris se moveram contra
sua mão.

Seu peito arfava, e seus lábios tremiam enquanto seus


dentes batiam. Sentia como seu corpo inteiro estivesse
vibrando, e então ela se desfez, apertando os dedos, enquanto
seus pés levantavam da cama e os dedos dos pés apertaram,
todos os músculos do seu corpo estavam apertados.
Seu orgasmo foi intenso, e levou muitos longos segundos
antes que passasse. Ficou deitada em colapso e esparramada
em seu colo, e ele puxou suavemente os dedos de seu
traseiro. Ele a deixou descansar, lentamente acariciando as
bochechas de sua bunda quando ela se deixou relaxar
novamente.

— Que diabos foi isso? — Ela murmurou enquanto ele


riu.
Quando ela recuperou as
forças, ele bateu de brincadeira
na bunda enquanto seus músculos se encolheram. Ela se
apoiou nos cotovelos para vê-lo. Suas bochechas estavam
rosadas e coradas, e ele levou o seu tempo deixando os olhos
passear até seus seios fartos e depois mais para baixo em seu
sexo. Ele finalmente desistiu da visão e correu para o
banheiro, lavou as mãos rapidamente.

Quando voltou, ela se endireitou na cama e agora estava


com a cabeça onde deveria estar. Ele se arrastou para a cama
ao lado dela e se esticou para encará-la. Puxou-a em seus
braços, e ele trouxe seus lábios até os dela. Mas não a beijou.

— Eu sei o que você quer fazer. Não há nada de errado


em querer me tocar lá. — Ele se afastou apenas um pouco
para olhar em seus olhos. — É íntimo. É só a gente. E não
tem que ser bom para qualquer outra pessoa no mundo,
exceto para nós. E se isso não é convincente o suficiente —,
ele se inclinou para a boca novamente, deixando os lábios
relaxarem e tocarem os dela... — Quero que você me toque lá.
Somente você. — Seus lábios roçaram os dela enquanto
falava, e em seguida, ele beijou, empurrando os lábios com a
língua. Ele beijou e lambeu, e quando finalmente tirou sua
boca, seus lábios estavam rosados e inchados. — Apenas seja
gentil, baby. Eu sou virgem —, comentou com um sorriso.
Ela mordeu o lábio. Ele se inclinou para trás apenas um
pouco para abrir o espaço entre seus corpos, e então ele
esperou que ela superasse seus nervos e assumisse. Seus
dedos tremiam quando eles correram em seu peito, e quando
ela se aproximou do seu abdômen inferior, ele se inclinou
para trás um pouco mais longe, dando-lhe espaço para
manobrar. Ela colocou os dedos em torno de seu pênis, e ela
acariciou. Sua palma era tão suave, e seus dedos tão esbeltos
e graciosos. Mas isso não era o que ele queria, em última
instância, e ele sabia muito bem que não era o que ela
realmente queria, também.

Puxou a mão trêmula até a boca e lentamente chupou


seu dedo médio entre os lábios. Levou o seu tempo, e ele
deixou sua língua circular e lamber ao longo de sua pele
quando seu dedo se moveu mais profundo em sua boca. Ele
nunca tirou os olhos dos dela, e quando soltou seu dedo, ela
estendeu a mão entre seus corpos novamente. Ele estava
morrendo de medo do que estava deixando-a fazer, e ele
manteve seu corpo perto do dela, seus lábios quase tocando o
seus.

Plantou o calcanhar atrás do joelho da outra perna,


abrindo o espaço entre as pernas para ela, mas mantendo-se
quase completamente contra ela e deixando pouco espaço
para o braço dela. Sentiu o tremor em seus dedos novamente
enquanto corriam suavemente sobre seu pênis, arrastando
para baixo sobre o saco apertado de seus testículos e depois
mais longe. Ele ofegava em curtos suspiros agitados.
Ela apertou e massageou a pele do seu períneo, e ele
respirou profundamente quando suas pálpebras pareciam
flutuar. Era tão forte que quase doía, e ele podia sentir seu
pau pulsando enquanto seus dedos amassavam sua pele
cada vez mais perto do local que estava desesperado para
senti-la. E então ela estava lá, e de repente ele não conseguia
engolir. Baixou a testa na dela quando ela deixou seu dedo
médio arranhar lentamente sobre o local mais privado de seu
corpo, em seguida, empurrou.

Ele gritou, com os lábios tremendo contra os dela quando


engasgou – respirações indo diretamente em sua boca. Ela
empurrou em um ritmo constante e lento, e seus músculos
pressionaram em torno de seu dedo molhado. Ela estava
extraordinariamente calma enquanto estudava seus olhos.
Tremia quando seu corpo lentamente levou mais de seu dedo
magro, e sua boca abriu cada vez mais e mais quanto
profundo ela empurrou.

— Porra, Bay —, ele murmurou. — Isso é tão bom.


Caralho. — Ele estendeu a mão para seu rosto, segurando
seu rosto perto do dele, e então fechou os olhos e se
embebedou na sensação de tê-la dentro dele.

Quando ela começou a empurrar suavemente dentro e


para fora, seus olhos se abriram e encontraram os dela
estudando-o.

— Mais. — Ele mal conseguia passar a palavra enquanto


ele ofegava através de suas penetrações. Ela congelou por um
momento antes de apertar outro dedo dentro com o primeiro.
A tensão e a pressão eram intensas, e ela gentilmente
empurrou e puxou, pressionando seu polegar em seu períneo
enquanto seus dedos entravam inteiros cada vez mais.

— Oh Deus, baby —, ele sussurrou, deixando a pressão


se construir. Não era dor, mas sentia-se quase como se ele
fosse se desfazer com o toque, e tudo o que podia pensar era
colocar o pau dentro dela, para que pudesse dar ao seu corpo
alguma válvula de escape para a tensão se construindo em
sua virilha. Cerrou os dentes e forçou os olhos a se fixar nos
dela. Seus lábios estavam entreabertos, enquanto observava
cada reação que ele lhe deu. Seu ponto de ruptura foi quando
essa tensão cresceu para um frenesi dentro dele. Ele sentia
como se cada célula de seu corpo estivesse pronta para
explodir simultaneamente. Ele resmungou e rosnou um som
enlouquecido quando se abaixou e puxou seu pulso por entre
as pernas. Naquele exato momento, ele a empurrou
duramente sobre suas costas e desceu em cima dela.

Forçou as pernas dela a se abrirem com as suas


enquanto prendia seu pulso na cama acima de sua cabeça. E
antes mesmo de ter certeza que estava pronto para transar
com ela, ele empurrou até o punho dentro de seu corpo.
Olhou para ela quando seu pênis se contorceu dentro dela.
Podia sentir os lábios puxados para trás em um rosnado, e
seus olhos se arregalaram com uma expressão quase chocada
em seu rosto.

E então ele a fodeu duro. Bateu, e seu agarre em seu


pulso apertava com cada penetração selvagem. Ela gritou
quando ele bateu em suas profundezas, mas ele manteve os
olhos nos dela e olhava por qualquer sinal de que era demais.
O ritmo era quase violento, as penetrações profundas
consumindo cada centímetro dela, e todos os músculos do
seu corpo estavam apertados e esperando desesperadamente
por sua libertação.

No segundo em que ela gritou sua libertação, ele se


soltou. Empurrou com força uma última vez e ficou rígido.
Caiu sobre ela, seus músculos do estômago ainda
apreensivos quando derramou tudo de si mesmo dentro dela.

Cada músculo em seu corpo doía, e seu traseiro estava


dolorido. Estava deitado ofegante em cima dela enquanto ela
acariciava lentamente as costas com a mão livre. Ele não
sabia se merecia seu toque macio após levá-la com tanta
ferocidade e de forma imprudente, mas quando levantou a
cabeça de seu peito, ela lhe deu um sorriso gentil. Ele ainda
estava prendendo a outra mão na cama, e quando soltou, ela
imediatamente estendeu a articulação do pulso.

— Eu machuquei você?

Ela balançou a cabeça.

— Puta que pariu isso foi intenso. — Caiu em seu corpo


novamente, descansando seu rosto entre os seios, e ela riu.
Ele não se incomodou em se mover durante longos minutos, e
escutou sua frequência cardíaca se acalmar enquanto a sua
fazia o mesmo. Quando ele saiu fora dela, levantou-se e
estendeu a mão para ajudá-la. Ele a seguiu até o banheiro,
observando-a se mover. Adorava vê-la nua. Depois de uma
vida querendo conhecer cada centímetro de seu corpo, ele
ainda tinha problemas com o fato de que já a conhecia
intimamente. Também ela era simplesmente impressionante
de se ver porra.

Era perfeitamente curvilínea e firme. Não havia nada reto


em seu corpo, e ele adorava isso. Ela nunca tinha sido reta
como uma tábua, mesmo quando suas curvas eram um
pouco mais sutis na juventude. Agora, seus seios eram mais
cheios e desenvolvidos, e o contraste entre sua pequena
cintura e seus quadris bem torneados era de tirar o fôlego.
Não havia nada melhor do que estudar o corpo em que ele se
tornou viciado momentos depois que veio dentro dela.

Sentou-se na ampla borda da banheira e abriu a torneira.


Quando ela se aproximou dele, ele a puxou para ficar entre
as pernas. Beijou sua barriga enquanto suas mãos
encontraram e gentilmente tatearam sua bunda, e ele olhou
para ela enquanto seus lábios beijavam sua pele. Quando
finalmente a teve na banheira, ela começou a cair no sono em
seu peito, e ele traçou círculos ao longo de suas costas.

— Preciso falar com você sobre algo. — Esperou que ela


levantasse a cabeça. — Eu... — Ele franziu os lábios. Era
outra coisa bem diferente admitir seus defeitos em voz alta do
que os escrevendo em seu diário. — Quero muito confiar em
mim mesmo com você, porque não quero nunca mais
machucá-la novamente. E sei que é uma luta para que você
possa confiar em mim também.

—Isso não é... — Ela tentou cortá-lo.


— Sim, é. — Ele estendeu a mão em seu rosto e tirou o
cabelo de sua testa. — Temos que estar abertos um com o
outro sobre tudo. Não me contar sobre os pedidos de
emprego... — Ele olhou para o lado por um momento. — Se
seus pais estivessem aqui, você teria dito a eles? — Ele
achava que já sabia a resposta para essa pergunta, mas foi
importante para mostrar o seu ponto.

— Isso é diferente...

— Sim, é, mas eu não quero que seja.

Ela olhou para ele, e ele olhou de volta.

— Você teria dito a eles, porque você teria confiado que


seus sentimentos por você fossem incondicionais o suficiente
para lidar com a sua rejeição e sua vergonha.

Ela estudou seu peito por um momento, em vez de


responder.

— Você disse a Michelle?

Ela assentiu com a cabeça sem olhar para cima de seu


peito. Sua expressão era desprovida de qualquer coisa, e ela
só olhou.

Feriu seus sentimentos saber que ela confiou mais em


sua melhor amiga do que nele. Amava que ela tinha uma
amiga tão incrível como Michelle, mas ele queria ser mais do
que sua melhor amiga.

— Isso envia uma mensagem alta e clara que você não


confia em mim da mesma forma que neles. Você se preocupa
sobre como o seu constrangimento e vergonha afetará a
maneira que me sinto por você.

Suas narinas inflamaram, enquanto seus olhos se


encheram de lágrimas, e, em seguida, elas se abaixaram
quando tentou olhar para ele.

— Você se mudou, porque você não confia em mim para


não a machucar. E... — Ele olhou para longe novamente. — E
talvez porque alguma parte de você não tivesse totalmente
disposta em me perdoar ainda, sem deixar ir totalmente a dor
que causei a você.

Ela balançou a cabeça rapidamente. — Não, isso não é


verdade...

— É verdade. — Ele sabia que era, e não tinha problema


em cravar nela com sua convicção. — E está tudo bem. Sei o
quão difícil isso pode ser. — Ele afastou uma lágrima de seu
rosto, e, em seguida, puxou o rosto para ele e apertou as
bochechas firmemente em suas mãos. — Eu imploro que
confie em mim. Isso alimenta a minha alma. — Seus olhos se
fixaram nos olhos dela, em busca de algum sinal de que
entendeu exatamente o que isso significava para ele. —
Preciso que você confie em mim... — Balançou a cabeça
ligeiramente. —.... Porque isso me ensina como colocar
confiança e fé de volta em mim mesmo. Sei que eu não
mereço isso, mas eu preciso.

Ela olhou para ele sem dizer uma palavra, mas seus
olhos estavam arregalados, e poderia dizer que ela estava
absorvendo-o, cada grama que estava tentando compartilhar
com ela.

— E preciso que você me perdoe.

Ela continuou a observá-lo por um momento, mas depois


colocou os braços ao redor dele e se aconchegou em seu
peito.

— Por favor, me perdoe. — Passou as mãos pelo cabelo e


para baixo sobre as costas enquanto ele implorava pelo que
precisava.

Ela assentiu com a cabeça.

Ela ficou em silêncio, em seguida, e ele acariciou sua


pele, puxando seu cabelo para o lado para que pudesse
deixar seus dedos massagear a nuca dela. Pensou que ela
poderia cair no sono em seguida, mas em vez disso, ela falou.
— Eu amo você, Darren.

Seus lábios levantaram instantaneamente. — Também


amo você, Bailey. — Ele ficou em silêncio por um momento.
— Você sabe que podemos fazer isso, certo?

Ela sentou-se no colo dele.

— Tudo isso. Esta vida. Nós. — Sua voz era baixa.

Ela parecia tão cansada, mas sorriu e acenou com a


cabeça.

— Eu sei.

Puxou o rosto para ele e moveu os lábios em sua orelha.


— Minha vida, meu universo, meu tudo, meu
inesquecível. Você sempre será o meu mundo. Confie nisso.

Ela choramingou o som mais doce que ele já tinha


ouvido. Essas eram as palavras perfeitas para quem ela era
para ele.

— Eu vou dar tudo que você possa precisar nesta vida.


Prometo a você —, ele sussurrou.

Ela assentiu com a cabeça, enquanto seus olhos


brilhavam. Ele quis dizer isso, cada palavra. Ela teria tudo
neste mundo, cada pequena parte dele que poderia lhe dar.
Quatro meses depois

Bailey sorriu quando ela olhou para seu diário. Estava


nevando levemente lá fora, e se sentou na grande poltrona
confortável na sala de estar, deixando seu foco mudar entre o
mundo branco além da janela e seu diário. Ela agora preferia
falar com Jess a trabalhar em seu dever de casa. E então,
isso é o que ela ia fazer.

Jess,

Deus, eu queria que você estivesse aqui. Bem... A


vagabunda foi abatida! Como você pode não estar aqui para
fofocar comigo sobre isso? Aparentemente, Michelle não
percebeu que realmente tinha que tomar a pílula
anticoncepcional todos os dias, a fim de evitar a gravidez.
Agora, ela e Jason – sim, AQUELE Jason, vão ter um bebê. Ela
já está sendo dramática. Isso realmente me lembra de você.
Você pegou meu sarcasmo?

Em outra nota...
Bailey deixou os olhos vaguear ao redor da sala por um
momento.

Estou feliz. Não me interprete mal. Sinto sua falta todos os


dias. Sinto falta da minha mãe e do meu pai, e penso em
vocês três juntos, assistindo a minha vida e de Darren. É como
assistir um esporte, eu me pergunto. Vocês simplesmente
sentam-se juntos na arquibancada do Céu, comendo pipoca,
rindo quando eu faço coisas como tropeçar e cair em um
monte de cocô de Macy, balançando sua mão para mim
quando eu for teimosa sobre algo estúpido, tremendo de medo
quando eu tento cantar? Ou vocês estão muito ocupados
sendo anjos e por que não? Definitivamente sinto sua falta.
Vejo você nos olhos de Darren. Às vezes sua expressão, a forma
como ele faz uma carranca quando está se concentrando em
alguma coisa, o jeito que ele ri. Há muito de você nele.

Não sei por que eu continuo escrevendo no diário. Dr.


Green nunca disse muito sobre isso, mas criei uma espécie de
conexão ao falar com você dessa maneira – falar com todos
vocês. E sei que Darren ainda escreve também. Será que ele
fala com você como eu faço? É difícil imaginá-lo prostrando-
se diante de um livro cheio de páginas em branco. É difícil
imaginar que o homem forte, sério e controlado, expondo seu
coração de tal maneira, mas ele deve escrever sobre algo.
Gostaria de saber se é sobre mim. Deve ser, mas eu me
pergunto o que ele diz.
Amo você Jess. Desejo todos os dias que você estivesse aqui
para compartilhar minha vida, e mais do que isso, que você
tivesse uma vida para compartilhar comigo. Não foi justo.
Luto com isso ainda. Não foi justo com você que o meu erro
custou sua vida. Não foi justo que meu pai deixou de me ver
uma última vez, porque eu estava na prisão. Não foi justo que
a vida da minha mãe se foi em um instante, quando tudo
que ela queria no mundo era estar comigo e cuidar de mim.
Não tenho certeza se algum dia entenderei por que a vida
tinha que ser tão injusta para as pessoas que eu mais amava
no mundo. A vida não é justa. Tenho idade suficiente para
entender isso, então por que ainda é tão difícil de aceitar?

Mas, apesar de tudo, eu sou feliz. Sorrio muito agora. Eu


rio muito também, mais do que jamais pensei que faria
novamente. Ele enche o meu mundo e me mantém contente e
em paz. Só espero que eu faça o mesmo por ele... Mas acho que
eu faço. Porque ele sorri muito agora também. E ele ri tanto
quanto eu. Ele está em paz? É tudo que eu espero por nós dois,
e para você e meus pais também.

Da sua amiga mera mortal,

Bailey
Sete meses mais tarde

— Pensei que nós poderíamos comer fora no deck. Não


posso acreditar que está quente em setembro. Poderíamos
muito bem nos divertir enquanto podemos. — Bailey se
encostou ao batente da porta quando ele se se sentou à
mesa.

Ele sorriu.

— Claro, querida.

Ela caminhou de volta para a cozinha. Era uma linha


reta de visão entre seu escritório e a cozinha através das
portas francesas que separavam os quartos. Macy estava
encolhida no chão, perto dele, e Bailey voltou para a cozinha.
Era incerto se seria comestível ou não. Pelo menos ela
gostava de tentar, e ele gostava de vê-la.

Seu rosto era sempre muito expressivo quando ela


cozinhava. Seu nariz se torcia, ela inalava enquanto suas
narinas alagavam, ela fazia carranca, ela fazia careta, inferno,
ela até batia o pé e ficava brava com a panela no fogão. Era
tudo adorável, e às vezes resultava em uma refeição que
podiam realmente desfrutar. Outras vezes.... Nem tanto.

Quando ele puxou seu diário da gaveta da escrivaninha,


olhou para ela para se certificar de que estava ocupada. Ele
estava contando segredos para o seu diário hoje, e ela não
tinha que saber o que ele estava escrevendo... Ainda não.
Bailey,

Esta é a trigésima segunda carta que escrevi para você


desde a primeira vez que eu me aventurei no meu caminho
através da escrita. Não sei por que elas sempre foram
direcionadas para você, mas isso só parecia sempre bem...
Bem, eu acho que tinha algo a dizer para você. Havia sempre
muito a dizer. Desculpe-me, eu estava errado, eu estava
sofrendo, eu perdoo você, eu me perdoo por você. Tantas coisas
precisavam ser ditas, e eu finalmente me sinto como se tivesse
dito o que precisava... Exceto por uma coisa. Mas desta vez é
uma pergunta, não uma confissão. Tenho algo para lhe
perguntar. Mas ainda não...

Amanhã faz um ano que você concordou em permanecer


em Savoy. Implorei para que você ficasse naquele dia.
Implorei a você porque a minha única chance de felicidade
estava terminando se eu não pudesse convencê-la a me dar
uma segunda chance que sabia que não merecia. Vou fazer
você feliz, Bailey. Mas parte disso que gira em torno de
assumir um compromisso, não só para você, mas para o resto
da minha vida com você. Vamos ver se você está pronta para
assumir o mesmo compromisso por mim.

Vou fazer amor com você, então vou levá-la para uma
corrida, e então vou perguntar a você, na esperança de que
eu já esgotei você o suficiente para me dizer que sim com
pouca resistência, então não vou precisar implorar mais uma
vez por algo naquela maldita ribanceira onde todos os meus
momentos mais vulneráveis parecem ter sido com você. Por
favor, Deus, apenas diga sim.

P.S. – Se você não gostar do anel, você pode culpar


Michelle, porque ela me ajudou a escolher. Ela foi gingando
ao redor da loja de joias como um pinguim pronto para botar
um ovo e reclamando sobre seus tornozelos inchados e seu
desejo ardente de picles fritos. Ela precisa ter esse bebê logo,
então ela voltará a ser normal.

P.S.S. – Não tenho intenção alguma de suportar um longo


noivado. Não sei por que estou dizendo ao meu diário, visto
que é você que eu tenho que convencer não só para casar, mas
casar em breve.

P.S.S.S. – Amo você.

— Dare. — Ela estava na porta do escritório.

— Sim, querida. — Ele olhou para ela, fechando o


caderno e colocando de volta na gaveta da escrivaninha.

Ela sorriu para ele docemente.

— Você está pronto?

Ela não poderia saber como ele estava pronto. Ela


poderia estar falando de jantar, mas sua mente estava presa
em um pensamento só.

Ele estava tão pronto para se casar com esta mulher.

•●•
Um mês mais tarde

Mamãe, papai e Jess,

Ela está aqui! Finalmente. Duas semanas de atraso, e


uma gravemente adoentada Michelle, e Srta. Abigail Sue está
finalmente aqui. Não conseguia parar de chorar quando ela
nasceu. Michelle me pediu para estar no quarto. Foi.... Oh! Eu
não sei. Surpreendente! Horripilante e surpreendente, tudo ao
mesmo tempo. Também foi seriamente brutal, como... Jess,
você teria adorado. Esse tipo de brutalidade. PUTA QUE
PARIU – desculpe mamãe e papai, mas SANTA MERDA! Foi
apenas... Incrível.... Realmente incrível.

Ela é uma criatura minúscula, pequena e parece tão


frágil. Mas ela também é muito bonita. Tem o cabelinho louro
fino como Michelle, e tem até mesmo o nariz de botão igual à
mãe. CARALHO – Michelle é mãe? Nossa Michelle é mãe. Por
que de repente me sinto tão velha? Ainda estou tentando
passar na faculdade, e ela está casada – casamento
apressado como foi, com um bebê. Mas estou feliz por ela, e
cada vez que penso em você, Jess, tudo que posso ouvir é você
rir - rir até chorar.

Lembro-me disso sobre você. Suas lágrimas de felicidade


sempre vieram com esse riso histérico ridículo. Sei que era
porque suas lágrimas faziam você se sentir com vergonha, e
você as escondia com o riso, mas eu sempre adorei. E eu a
ouço agora. Você está rindo através de suas lágrimas de
felicidade para ela?

Darren e eu definimos uma data para o casamento. Ele


disse seis meses. Eu disse um ano. Nós entramos em acordo
com um ano. Darren disse que não é um acordo quando eu
não dou nada. Eu disse: — O meu acordo é que não vou fazer
a sua vida difícil pelo próximo ano por ser uma noiva
pesadelo. Se você me apressar através do planejamento do
casamento, enquanto estou tentando ser uma boa estudante
universitária, prometo, você pode se arrepender. — Quero
dizer, o que é que ele esperava? Vamos nos casar em outubro,
e eu estou me graduando em dezembro. Vai ser duro, e eu
preciso de tempo para fazer tudo isso acontecer e não ser
reprovada em uma matéria ou duas, enquanto eu estou
nisso! Então eu o fiz assistir ―Noivas Neuróticas‖ apenas para
mostrar-lhe o quão ruim poderia ser se não ouvisse a razão.
Acho que ele entendeu o meu ponto.

Amo todos vocês. Sinto falta de todos vocês. Lembro-me de


vocês, todos os dias.

Bay

Enfiou a caneta entre as páginas para marcar o lugar e


olhou para Darren ao lado dela na cama. Ele não estava
dormindo. Ele estava lendo, e quando ela colocou o diário na
gaveta do criado mudo, ele olhou para ela.

— Você estava rabiscando tão furiosamente que não


posso imaginar se ainda é legível. — Ele sorriu.
— Rabisco quando estou animada.

— Conte-me sobre o seu entusiasmo. — Ele fechou o


livro, colocou em cima da sua mesa de cabeceira, e rolou na
direção dela, aconchegando-se na cama enquanto ela fazia o
mesmo.

— Não percebi o quanto.... Não sei... Incrível seria


testemunhar. — Ela assentiu com a cabeça.

Ele correu os dedos para o lado de seu rosto e, em


seguida, roçou o polegar ao longo de seu queixo.

— Estou feliz que você que estava lá com ela.

— Jason desmaiou.

— Oh, sim, estou ciente. Ele acabou no meu


departamento, depois de tudo. — Darren riu. —
Definitivamente vou dar-lhe um tempo de merda por isso
para o resto de sua vida. Posso praticamente garantir isso.

Ela mordeu o lábio enquanto o observava.

— Foi apenas uma experiência incrível.

Ele a estudou por um momento.

— Você vai ter suas muitas experiências incríveis


também. Eu prometo. — Ele a beijou, e ela se aconchegou em
seu peito. Ela acreditou nele.
Um ano mais tarde

Forte

Bonita

Compassiva

Apaixonada

Inteligente

Indulgente

Criativa

Boba

Solidária

Paciente

Humilde

Bondosa

Perfeita

Inesquecível

Intensa

Amor

Ele leu a sua lista, memorizando as suas palavras para


ela. Ela estava na casa de seus pais, ajudando sua mãe a
escolher o vestido certo de ―mãe do noivo’ dos poucos que
havia comprado. O casamento seria na Capela Thorncrown
em Eureka Springs. Era uma igreja de vidro alto no meio do
mato. Era impressionante, e ele mal podia esperar. Eureka
Springs era uma viagem de duas horas que fariam na manhã
seguinte para as mulheres estarem lá a tempo para as suas
reservas de spa. Era apenas um pequeno evento, e o jantar
de recepção ia ser em uma pequena sala de jantar privada em
um restaurante local. Michelle ia ser sua dama de honra.
Jason ia ser o padrinho de Darren. Seu pai iria levá-la até o
altar, e além de apenas a sua família, seu oficial de
condicional estava fazendo a viagem, Dr. Green, o chefe de
Darren, o Chefe da Emergência, alguns outros amigos dele, e
os pais de Michelle também.

Depois da festa de casamento todos voltariam no dia


seguinte, exceto ele e Bailey. Ela ainda não sabia, mas ele
alugou uma pequena casa de campo em uma das estradas
estreitas e sinuosas da cidade. Era isolada, mas a uma curta
distância do centro antigo. Ficariam lá durante aquela
semana. Uma verdadeira lua de mel não era uma opção para
eles, porque Bailey não poderia deixar o estado e
simplesmente valia a pena o tempo que ele estaria mais do
que satisfeito em tê-la só para si. A localização realmente não
importa. Embora ela amasse Eureka Springs, e ele estava
ansioso por uma semana lá sozinho com ela.

Ele dobrou a pequena folha de papel em que as suas


palavras foram escritas e colocou-o de volta no bolso. Ele
levou dias, estudando as suas palavras para se certificar de
que ele não se esqueceria de palavra alguma. Eram todas
importantes. Todas elas eram exatamente quem ela era para
ele e o que ela trouxe para o seu mundo que ele tanto
precisava. Todas essas palavras combinadas deu-lhe o que
ele precisava nesta vida.

Quando puxou o diário da gaveta da escrivaninha, pegou


sua caneta também.

Bailey,

Eu...

Ele parou, olhando para o papel, mas sentindo-se como


se estivesse errando o alvo. Começou tudo de novo.

Bailey,

Eu...

Jess,

Vou me casar com sua melhor amiga amanhã. Prometo a


você, eu vou cuidar dela para o resto de sua vida. Não vou
deixar a sua morte vir entre Bailey e eu novamente. Honro
você e ela dessa maneira, e entendo a importância disso. A
amizade sua e de Bailey era uma coisa muito especial, muito
parecida com o meu relacionamento com ela. E ninguém,
inclusive eu, já teve o direito de desonrá-la por magoá-la e
fazê-la sofrer do jeito que eu fiz. Disse minhas desculpas a ela.
Fiz as pazes com ela. Mas não fiz o mesmo com você.
Sinto muito, Jess. Por favor, perdoe-me por magoá-la.
Sabia no meu coração que isso nunca seria o que você queria
ou poderia querer. E me senti envergonhado, mesmo quando
estava machucando, porque sabia que eu estava
desrespeitando a sua memória, desrespeitando-a. Deixei a
raiva me dominar, ao invés de deixar o perdão me dar paz.
Cometi um erro muito ruim que quase me custou a relação
mais importante da minha vida.

Minha raiva e meu ódio nunca pareceram tão bons. Isso


nunca me trouxe ainda um momento de paz. Isso me
dominava cada vez que feria outra pessoa. E, no entanto,
estava viciado. Não sabia como lidar com a dor e a culpa de
perder você, e eu precisava de algo para empurrar esses
sentimentos para longe e me proteger deles. Fui um covarde
por usar a raiva para me proteger da dor.

Espanta-me como mulheres são fortes emocionalmente em


comparação com os homens. Vejo isso o tempo todo no
hospital, e vejo em Bailey também. Sua capacidade de manter
o curso é uma força incrível que ela tem. Alguns gostariam de
vê-la como fraca por não ir embora. Mas é só porque eles
nunca poderiam encontrar a força dentro de si para fazer o
que ela fez. Ela continuou firme. Não porque eu merecia. Não
porque ela queria ser ferida. Porque ela é mais lutadora do
que aqueles que a chamam de covarde. Eles nunca vão ser
fortes como ela.

Algumas pessoas têm tanto medo de ser enfraquecidas


pelos outros, e acham força para ir embora. Humildade e
coração modesto são onde a verdadeira força está. Mas a
maioria das pessoas nunca vai perceber isso. Sou abençoado
por ter um brilhante exemplo disso na minha vida. Ela me
ensinou a humildade e a graça, e eu quero que você saiba
que essas lições não são perdidas em mim.

Prometo a você, vou proteger a sua melhor amiga pelo


resto da minha vida. Prometo a você, eu vou amá-la até o
meu último suspiro. Prometo que você pode confiar em mim
para cuidar dela. Prometo que vou honrar a sua memória,
honrá-la. Eu a amava desde que eu era criança, e eu prometo
a você, vou amá-la mesmo quando eu for um homem velho.
Ela é o meu mundo.

Seu bastante indigno, mas, completamente apaixonado


irmão,

Darren

•●•

Pai,

Darren e eu vamos casar amanhã. Queria que você


estivesse aqui... Sempre desejo que você e mamãe estivessem
aqui, mas... Eu daria tudo para ver você, especialmente
agora, não conte a mamãe. Eu falo muito com ela. Mas
preciso muito falar com você agora. Sei que você disse a
Darren para ficar longe de mim uma vez. Espero que você
possa perdoá-lo por ter ignorado esse pedido. Bênção de um
pai é a coisa mais importante do mundo para uma filha
casar-se, e sua bênção é a única coisa que eu não vou ter. Mas
tenho que acreditar que teria se estivesse aqui.

É egoísta dizer que sinto pena de mim mesma, às vezes?


Minha vida está acontecendo, e eu não posso compartilhar
com você, todas as coisas que uma criança supostamente
compartilha com seus pais, e não tenho um. Definitivamente
sinto pena de mim mesma. É estranho, porque eu me sinto
mais animada do que nunca anteriormente, e, ao mesmo
tempo, mais triste. Daria qualquer coisa para sentir o seu
braço ligado ao meu amanhã quando eu caminhar até o
altar. Para ouvir a sua voz me dando para Darren. Deus, o
que eu daria para isso. Mas tenho que lembrar das minhas
bênçãos. Posso estar completamente sozinha, mas eu não
estou. Minha vida está cheia de pessoas que me amam apesar
de minhas imperfeições. Isso é uma grande bênção.

Se você precisa se convencer que Darren é o homem com


quem eu deveria estar, então, considere isso, que ele não tem
que me perdoar. Ele escolheu. Ele não precisava escolher um
futuro comigo em nosso passado, mas ele escolheu. Ele não
precisava me pedir em casamento. Ele escolheu isso também.
Ele preencheu um vazio na minha vida, não porque foi
obrigado, mas porque ele escolheu preenche-lo.

Descobri que a vida é toda sobre as escolhas que fazemos,


nada mais e nada menos. Os estúpidos podem nos destruir, os
justos podem nos salvar. Casar com Darren é uma das minhas
escolhas, por favor, confie em mim nisso. Diga oi para
mamãe. Eu juro que ouço a voz dela em tudo que faço. Ela é
claramente tão alta do além-túmulo quanto ela era na
vida... Ou talvez seja apenas a minha imaginação.

Você vai estar perto de meu coração e nunca fora da


minha mente amanhã. Eu amo você, papai.

Bailey

•●•

Na noite seguinte

Darren assistiu enquanto sua mãe se levantou da mesa.


Seu pai seguiu o exemplo e tomou sua mão. A sala de jantar
privada no restaurante aberto à pequena pista de dança
além, e quando Darren olhou pela porta, ele podia ver
Michelle e Jason já dançando, e os pais de Michelle estavam
lá fora também. Mas seus pais não saíram imediatamente
para a pista de dança. Em vez disso, vieram à mesa para
onde ele e Bailey estavam sentados, com o braço em seu
encosto quando ele se inclinou para o seu pescoço.

Darren não tinha certeza de que havia se recuperado


ainda do casamento. No momento em que a viu envolta em
tecido cor de champanhe, seu coração parou. Não esperava
que ela escolhesse qualquer coisa formal ou tradicional, e ela
não tinha. O que ela escolheu foi perfeito, perfeito e
deslumbrante. O vestido abraçou o corpo dela e foi até o meio
da panturrilha. A faixa mais escura de cetim taupe que
apertava a cintura destacou sua figura perfeita de ampulheta.

O top foi cortado em linha reta através de sua clivagem


completa, e as alças largas do vestido cobriam suas
clavículas. Certamente ficou atordoado quando a viu. Foi isso
com certeza. Seu cabelo estava frouxamente enrolado, para
baixo e em um ombro, seus cabelos longos arrastando para
baixo de seu peito. Seus lábios começaram a tremer enquanto
a observava caminhar em direção a ele com seu pai a
acompanhando. No momento em que ela chegou ao altar,
onde esperou por ela, ele teve que limpar mais lágrimas do
que poderia imaginar.

Mas ela disse duas palavras para ele logo após isso.
Essas palavras eram simples em comparação com a maioria
das outras que disseram um ao outro, mas eram facilmente
as duas palavras mais importantes de todo o sempre que ela
iria falar para ele.

Eu aceito.

Ele aceitou também. É claro que aceitou. Ela era a sua


Bailey, e ele era seu. O conceito era tão simples como as
palavras.

E agora que acabou, e ficou aliviado, não porque ele


tinha se preocupado que ela poderia não passar com ele, mas
porque ele estava atrasado. Estava esperando por isso há
meses. Eles pertenciam um ao outro, e aquele era o lugar
onde eles deveriam estar na vida.
Sua mãe afundou na cadeira ao lado de Bailey quando
seu pai colocou a mão no ombro de Jillian. Eles estavam
sozinhos na sala de jantar. Mas a atenção de Jillian não
estava nele. Estava focada em Bailey, e ela pegou a mão de
Bailey na dela.

— Escrevi-lhe uma carta, uma vez, Bailey. Era uma carta


muito importante para mim.

Bailey assentiu com a cabeça, e quando Darren olhou


para ela, seus olhos brilhavam. É claro que, no momento em
que ele olhou de volta para sua mãe, seus olhos estavam
brilhantes também. Darren não sabia nada sobre a carta,
embora ele acreditasse que era porque simplesmente não era
de sua conta saber.

— Escrevi-lhe uma outra carta. É igualmente importante


para mim, e eu lhe asseguro, Marcus compartilha meus
sentimentos. — Ela não disse mais nada enquanto pegava
um envelope das mãos de Marcus e colocou na de Bailey.

Em seguida, ela se levantou e, sem uma palavra,


deixaram o ambiente, fechando a porta atrás deles e deixando
ele e Bailey sozinhos. Ficaram em silêncio por um momento,
mas depois seus dedos deslizaram sob a aba do pequeno
envelope e o abriu. Ela tremeu, e ele colocou seu braço ao
redor dela com mais força, puxando-a perto de seu corpo e
inclinando-se para o ombro novamente. Deixou seus lábios
tocar sua pele quando ele olhou por cima do ombro para a
carta que ela estava puxando do envelope.
A escrita elegante de sua mãe veio à tona quando
desdobrou o pedaço de papel de carta, e em seguida, leu em
silêncio enquanto ela lia também.

Cara Bailey,

Houve um punhado de momentos em minha vida que me


trouxeram mais alegria do que eu imaginava possível. Você
pode adivinhar, tenho certeza, que muitos momentos são
esses, mas você precisa entender que este é um daqueles
momentos também. Estou escrevendo esta carta enquanto
estou sentada ao lado de Marcus no carro em nosso caminho
para o seu jantar de recepção. E posso dizer a você, estou
incrivelmente feliz agora. O tipo de prazer que é difícil de
compreender. Não porque é inesperado. Não há nada mais
esperado do que você e Darren se apaixonarem e se casarem. É
só que a felicidade como esta é difícil de absorver, difícil até
mesmo de entender, porque é muito rara e perfeita.

Ele está apaixonado por você desde que vocês eram


apenas crianças. Não tenho dúvida alguma disso. Deus
queria que vocês dois ficassem juntos. Não tenho dúvidas
disso. Nunca desejaria uma nora que não fosse você. Nunca.
Você vai adorar o meu filho sempre, e eu o dou a você
livremente, sabendo que eu nunca precisarei me preocupar
com o seu coração estar em mãos erradas.

Mas há outra coisa que quero dar-lhe. Uma família. Você


vai ter uma mãe, uma que pode não ser tão boba como a sua,
mas que vai amá-la tanto quanto qualquer mãe pode amar
uma criança. Você vai ter um pai também, e posso dizer a
você agora, enquanto pode vir como uma estoica fachada,
uma que você conhece tão bem, que também vem com um
coração verdadeiro e quente. Ele irá protegê-la tanto quanto
eu sei que Darren sempre fará também.

Estou dando a você a minha família, porque pertencemos


a você tanto quanto seus pais fizeram. Como mãe, estou
compartilhando a alegria de Célia hoje. Sei que como um pai,
Marcus está compartilhando a alegria de Daniel também. E
nós vamos compartilhar cada momento grande em sua vida e
de Darren com eles. Sempre.

Nós amamos você muito, Bailey. Você nos faz muito felizes
e muito orgulhosos. Nós sabemos que você vai cuidar bem do
nosso filho, e também sei que ele vai fazer o mesmo por você.
Por quê? Porque você simplesmente deseja.

Bem-vinda à família,

Mamãe e papai

O corpo inteiro de Bailey tremia enquanto ela chorava em


silêncio, e ele sorriu com os lábios em seu ombro quando
terminou de ler a carta de sua mãe para ela. Ele afastou suas
próprias lágrimas, e sentaram-se em silêncio. Ela se virou
para ele e apoiou a testa em seu pescoço, aninhando sob o
queixo.

— Eu me sinto como se tivesse acabado de satisfazer a


única coisa nesta vida que sempre desejei fazer —, ele
murmurou enquanto inclinou a cabeça para ela. — Nada
mais se compara a me casar com você. Amo você —, ele
sussurrou.

Ela se virou para ele, envolvendo os braços em volta dele


enquanto ele agarrou-a em seus braços. — Eu também amo
você.

Uma hora mais tarde

— É errado deixamos nossa recepção no início, sem


nunca dançar? — Ela perguntou quando ele empurrou a
porta da frente da pequena casa de campo que estavam
alugando.

Ele riu quando a pegou em seus braços e passou pela


entrada.

— Não, não é. E nós vamos dançar agora. Sozinhos. Em


particular. — Sua voz era suave e sedutora.

Ela se agarrou ao pescoço enquanto caminhava em


direção ao quarto, e quando ele abriu a porta, era um quarto
mal iluminado por velas. Havia pelo menos uma dúzia
espalhadas por toda a sala, e quando Darren a colocou de
volta em seus pés, ela se virou em um círculo lento enquanto
absorvia tudo. Tirou o pesado xale de cetim de seus ombros,
deixando-o na cama, como seus olhos ainda perambulavam e
sua boca ficou boquiaberta.

— Dr. Green tomou a liberdade, pouco antes de deixar a


cidade, para voltar para Savoy.

Ela abriu um largo sorriso.

— Quem diria que o Dr. Green poderia ser tão romântico.

Darren riu.

— Ele é conselheiro de casais. É um romântico incurável,


querida.

Darren caminhou até a vitrola antiga que estava sobre a


cômoda e levantou o braço, colocando-o sobre a borda do
disco. A crepitação sutil encheu a sala e, momentos depois,
saiu o som de instrumentos. A voz de Nat King Cole encheu o
quarto quando Darren puxou-a em seus braços e girou em
círculo, envolvendo-lhe a mão e apertando seu corpo perto.

Inesquecível.

Ele a beijou, e sua mão na parte inferior das costas


escorregou para baixo. Tocou de forma possessiva, sempre, e
ela sempre deixaria. E quando seus lábios se separaram dos
dela, a boca beijou um caminho até seu ouvido enquanto
continuava a mover seus corpos.

— Que jornada incrível tem sido —, ele murmurou contra


seu ouvido. — Inesquecível.... Meu inesquecível.

Ela assentiu com a cabeça, enquanto seus olhos


aqueceram, e, em seguida, ele a puxou em seus braços,
acalmando quando ele a abraçou, abraçando-a com a cabeça
enterrada em seu pescoço.

— Graças a Deus nunca pude esquecer você.

Passaram os próximos 30 minutos dançando, uma hora e


meia após jogarem e fazer amor, e em seguida os 30 minutos
finais antes de caírem em um sono profundo, comeram as
sobras dos aperitivos na cama. E quando ele estava dormindo
tranquilamente e profundamente ao lado dela, ela pegou o
diário.

Darren,

Eu nunca escrevi para você antes em meu diário. É um


pouco estranho, considerando que você está dormindo
profundamente ao meu lado. Mas não consigo pensar em
falar com qualquer outra pessoa no momento. Acho que é de
se esperar em nossa noite de núpcias.

Você é o meu inesquecível tanto quanto eu sou o seu. Você


sabia disso? Tirando uma nota do próprio Nat, ―Inesquecível
em todos os sentidos, e para sempre, é assim que você vai ficar.
É por isso, querida, que é incrível que alguém tão inesquecível
pensa que eu sou inesquecível também‖.

Nunca se esqueça de mim, e eu prometo a você, nunca vou


esquecer de você. Obrigada por me amar.

Sua inesquecível,
Sra. Bailey Cory – Sra. Dr. Cory se você quiser ser super
formal

•●•

Dois meses mais tarde

Ele viu seu pênis afundar em seu corpo uma e outra vez.
Lentamente, suavemente, ele empurrou e puxou. Ele amava
essa visão. Ela estava de joelhos, na posição vertical, mas
inclinada ligeiramente para frente. Ela estava com as costas
arqueadas, e seus longos cabelos em cascata quando suas
mãos agarraram o topo da cabeceira da cama em seu quarto
de hotel.

Uma de suas mãos estava apertada por cima da dela e a


outra em seu quadril, seu polegar puxando sua bunda
aberta, para que pudesse ver seu pênis lentamente e afundar
em sua parte inferior. Ele sabia que era intenso para ela, e
nunca a pressionou a levá-la dessa forma. Mas se ela
perguntasse se queria senti-lo ali, então seria obrigado a
dizer.

Quando esticou a mão e começou a brincar com ela, seus


músculos se apertaram, e ele podia sentir isso no seu pênis.
Ele gemeu, e ela gemeu enquanto seus dedos acariciaram e
roçavam em seu clitóris. Ele não precisa ver o que a mão dela
estava fazendo para saber como parecia. Gostava de vê-la se
masturbar, e ele sabia exatamente como ela se tocava.

Quando ela começou a ofegar, seus quadris empurraram


mais duro, e quando finalmente se desfez, ela caiu para
frente na cama. Ele passou os braços ao redor da cintura
dela e puxou-a fundo e duro em sua virilha quando se
derramou dentro dela. Ele resmungou quando os músculos
do estômago se apertaram, e seguiu a linha de suas costas,
curvando o corpo dele junto ao dela e enrolando-se em torno
de sua amada.

Quando finalmente corrigiu sua postura, tirou seu pênis


lentamente, observando-o deixar seu corpo. E, em seguida,
ele caiu na cama, ofegante e envolvendo os braços em volta
dela.

— Parabéns, baby. — Beijou sua nuca, e ela cantarolava


contente. Ele ouviu suas inalações e exalações suaves
quando ela adormeceu, e uma vez que estava profundamente
adormecida, ele pegou seu diário.

Bay,

Estou tão orgulhoso de você. Você trabalhou duro para


isso, e vê-la em seu capelo e beca hoje foi definitivamente um
dos pontos altos da minha vida. Foder sua bunda no quarto
do hotel agora.... Bem, isso foi simplesmente quente como o
inferno. Obrigado por isso.
Você me faz incrivelmente feliz. Adoro ser seu marido.
Adoro a própria noção de que você é a minha esposa. Amo que
suas realizações são algo que eu comecei a compartilhar com
você. Com tudo isso dito, não posso esperar para chegar em
casa e salvar Macy dos Andersons. Não gosto mais de Little
Rock, e se não fosse por sua graduação, nada iria me fazer
vir aqui agora. Esse lugar pode ser cem vezes mais agitado do
que o nosso mundo em Savoy, mas parece como uma cidade
fantasma. Parece que não há mais vida para mim aqui. É
uma sensação estranha.

Lembro-me sempre de quando estávamos na faculdade


aqui. Tenho algumas memórias incríveis da época. Também
tenho alguns pesadelos. Sei que você também. Mas é a nossa
vida agora que estou conectado. E não gosto mais de revisitar
essas memórias. Sei que nós conversamos sobre sair de Savoy
um dia quando sua liberdade condicional foi concluída. Nós
ainda falamos sobre desaparecer na obscuridade em alguma
cidade maior, como Little Rock. Mas não sei. Vou a qualquer
lugar que você queira ir, mas não gosto de estar aqui. E tenho
que admitir, gosto de nossa vida em Savoy.

Nós ainda temos um par de anos até que essa decisão


possa até mesmo ser feita, e quando chegar a hora deixarei
isso para você. Enquanto você estiver comigo, estou e sou feliz.
Mas tenho que admitir, rezo todos os dias que Savoy aprenda
a amá-la novamente. Memórias se desvanecem, e a maioria
das pessoas não carrega má vontade alguma em relação a
você. Vejo isso. Sei disso, mas parte da minha oração é que
você aprenda a ver também.
Seu marido amoroso e devotado,

Darren

Três meses mais tarde

Ela olhou através das portas para dentro da casa. Estava


vestida com calças de yoga e um moletom e com grossas
meias quentinhas em seus pés. Tinham a lareira externa do
deck carregada com lenha, e aquecendo o espaço ao seu
redor. Era início de março, e ainda não estava quente o
suficiente para ficar muito tempo sem o calor extra, uma vez
que o sol se pôs, mas queriam ficar fora de casa. Era
crepúsculo, e Darren estava na cozinha, abrindo uma garrafa
de vinho tinto.

Darren,

Ela escreveu em seu diário.

Alguma coisa está faltando. Decidi começar a procurar


emprego de novo, mas não posso dizer que vai me fazer sentir
completa. Só está faltando alguma coisa na minha vida, na
nossa vida. Amo tanto você, mas.... Sinto que há um pequeno
buraco entre nós que precisamos preencher. Por que estou tão
apavorada de falar com você sobre isso?

— Bay.

Ela fechou seu diário rapidamente e estendeu a mão para


pegar o copo que ele lhe oferecia. Ela se sentia culpada no
momento, porque sabia que tinha algo importante para falar
com ele, mas estava evitando.

— Será que vamos à parada do dia de São Patrício em


uma semana? Michelle disse que perguntou a você, mas você
não lhe deu uma resposta ainda. — Ele pareceu ligeiramente
preocupado quando sentou na cadeira ao lado dela.

— Claro. Você não tem que trabalhar?

— Não.

— Ok. — Ela sorriu, mas depois desviou o olhar para a


floresta escurecendo ao redor deles. Ela podia ouvir Macy
latindo para algo, e em breve, seu cão iria encontrar seu
caminho de volta para eles e viria dormir próximo aos seus
pés.

Ele estendeu a mão e pegou a mão dela na sua.

— Você está bem?

Ela olhou para ele e balançou a cabeça. Era uma


mentira, mas ela não tinha certeza de como dizer a verdade
em voz alta. Alguma coisa estava definitivamente ausente.
Sim.

Mas ele estava pronto para isso?


— Abigail Sue! — Bailey gritou a dez metros de distância
quando Michelle soltou Abigail para o chão. A menina
cambaleou até Bailey, e Bailey girou-a em seus braços,
plantando-a em seu quadril. — Como está a minha menina
favorita? — Ela deu um beijo na bochecha da filha de
Michelle, e, em seguida, a menina riu e clamava em seus
braços para chegar a Darren que estava de pé ao lado dela.

— Como está minha Abby? — Ele perguntou a ela.

— Ela é um furacão, e vai morar com vocês dois até que


tenha, pelo menos cinco anos —, Michelle comentou
sarcasticamente enquanto ela caminhava até eles.

— Você não tem cinco ainda? — Darren pediu Abigail.

Ela grunhiu para Darren quando Michelle respondeu com


ironia:

— Ela tem um ano e meio, mas parece ter vinte.

— Oh, não ouça a sua mãe. Ela não tem autoridade para
falar. Ela tem trinta, mas parece ter treze.

Abigail riu de novo quando beliscou as bochechas de


Darren, e ele a levantou até os ombros.
— Cuidado. Não posso garantir que a fralda vai aguentar
muito mais — Ela sorriu para Darren. — Pensando bem....
Divirta-se com isso. — Ela deu um tapinha no ombro dele.

Darren riu.

— Onde está Jason?

— Eu não sei. Está em algum lugar sendo um policial.


Provavelmente prendendo Tim Blotke por estar bêbado antes
mesmo de o desfile começar. — Ela encolheu os ombros e
olhou para trás para Bailey. — Bay, eu não posso acreditar
que você ainda cabe nessa camisa.

Era a camisa Notre Dame que tinha desde o colegial. Ela


tinha conseguido ao mesmo tempo uma para Michelle e outra
para Jess também. Era o dia de São Patrício, mas não é por
isso que ela usava. Na verdade, normalmente ficava na
gaveta, e se ela tirou isso, foi só para olhar por um momento.
A camisa parecia ter um efeito sobre Darren e ela não tinha
certeza se poderia compreender. Não era raiva dela, pelo
menos, não mais. Mas a camisa era uma lembrança para
todos eles, exceto a pequena miniatura de Michelle
firmemente posicionada sobre os ombros de Darren.

— Ela não me serve totalmente. Você não pode ver o quão


distorcido esse pobre duende fica sobre meus peitos? — Ela
disse.

— Ela diz como se fosse uma coisa ruim —, Darren


comentou quando olhou para ela.

Quando ela tinha tomado um banho naquela manhã, ela


dançou de volta para o quarto apenas para encontrar a
camisa colocada na cama. Nada além da camisa.
Aparentemente, ele esperava que ela quisesse sair de casa
vestida de forma inadequada ou que ele confiava nela para
pegar o resto, desde que incluísse esta camisa. Ela se vestiu
rapidamente e, quando ela o encontrou na cozinha fazendo
café e arrumando copos de viagem para a parada do dia de
São Patrício, ele congelou e colocou o jarro de café de volta na
cafeteira de onde ele o pegou. Virou-se para ela e olhou para
seu peito enquanto ela se aproximou dele.

Agora, ele ainda estava olhando para seu peito,


segurando os tornozelos de Abigail em suas largas mãos para
mantê-la firmemente no lugar em seus ombros. Sua
expressão era ilegível, mas não a preocupava agora como
costumava fazer. Ele viu sua irmã quando viu o duende.
Inferno, ela viu também. Bailey estudou seus olhos por um
momento, esperando seu foco mudar de volta para seu rosto,
e quando o fez, ele sorriu suavemente e piscou para ela.

Bailey voltou sua atenção para Michelle.

— Não importa o fato que não consigo respirar dentro


desta camisa, eu me pareço com a prostituta da cidade.

— Você está quente, amiga. — Michelle estalou os dedos


na frente de seu rosto enquanto Abigail deu uma risadinha.

Eles andaram por um tempo e procuraram por um local


aberto ao longo do meio-fio da rua principal para se sentar e
assistir ao desfile. Quando finalmente encontraram um local
que pudesse acomodá-los, Darren levantou Abigail de seus
ombros e a entregou para sua mãe. Sentou-se no meio-fio e
puxou Bailey entre as pernas para sentar. Michelle se sentou
ao lado deles com Abby no colo por um momento, mas uma
vez que o desfile passou na sua frente, Abby cambaleou
desajeitadamente ao lado da rua, tropeçando e agarrando
doces, então eles voaram pelo ar e caíram aos seus pés.

Michelle puxou Bailey longe da agitação do desfile após


Darren lhe assegurar que ele poderia segurar o furacão por
alguns minutos, e enquanto estavam na fila do posto de
concessão à espera de sua vez, Michelle olhou para ela
maliciosamente.

—Darren é bom com ela, assim como você nesse quesito.

— Espero que sim. Nós somos seus padrinhos, afinal de


contas. — Bailey inclinou a cabeça para Michelle, mas
claramente ela perdeu o ponto dado às elevadas sobrancelhas
avaliadoras e aos olhos arregalados, que olharam para ela
com calma.

Antes que o olhar de Michelle pudesse interrogá-la ainda


mais, Jason se aproximou por trás, passou os braços em
volta dela, e levantou-a no ar quando Michelle gritou.

— Onde está nossa pequena ―Calças Flamejantes‖?


Quero dizer um oi antes de ter que voltar ao trabalho —,
perguntou a Michelle quando ele se sentou. Estava em seu
uniforme, claro, mas raramente significava que ele pretendia
se comportar profissionalmente ou maduro. Não era esse o
estilo de Jason. Ao contrário de Darren, que quase sempre se
comportava de forma profissional e madura.... Quase sempre.
Não havia nada profissional ou maduro na forma como ele
lidava com ela quando estavam a sós, e sua incapacidade de
controlar a si mesmo parecia estar diretamente relacionada
com a roupa que ela usava. Mas Darren tinha uma maneira
de manter-se muito mais controlada e grave em público.

Ela teve que admitir que adorava ver esse lado dele,
estudando a maneira como ele moveu-se através da multidão,
sorrindo e apertando as mãos dos moradores da cidade, de
uma forma incrivelmente gentil. Durante todo o tempo sabia
perfeitamente bem que a compostura poderia dissipar
rapidamente quando eram apenas os dois. Ela muitas vezes o
viu em uma multidão se comportando como um cavalheiro,
mas ela deixou a mente vagar para como era ser fodida
selvagemente por ele no chão do corredor, enquanto estava
em suas mãos e de joelhos, simplesmente porque ele não
poderia se incomodar em levá-la até o quarto.

— O furacão está com Darren ali no meio-fio. — Michelle


beliscou Jason na bochecha.

— Alguma de vocês já chamou Abigail por seu nome real,


ou vocês estão tentando confundir a pobre menina?

Riram dela, mas antes que qualquer um deles


respondesse, Jason correu em direção Darren, que estava
segurando as mãos de Abigail enquanto ela caminhava.

— Então, como estava dizendo, vocês dois são ótimos


com ela. — Mais uma vez os comentários de Michelle só
poderiam ser dirigidos a uma direção.

— E como estava dizendo, sua filha deve saber seu nome


e não crescer pensando que seus pais foram maldosos o
suficiente para realmente nomeá-la de ―Furacão‖ ou ―Calças
Flamejantes‖.

Foi quando Michelle ficou apreensiva.

— Você já pensou sobre isso? — Ela inclinou a cabeça


para o lado, claramente terminando com o sarcasmo.

Bailey foi salva pelo gongo, também conhecido como


―concessão de homem em pé‖ e seu delicioso bolo polvilhado
com açúcar verde. E se havia uma coisa que Michelle não
podia resistir, era esse bolo. Ela fez sons de ohhh e ahh
quando a ―concessão de homem em pé‖ entregou-lhe um
prato, e depois que Bailey tinha o seu, que voltou para o seu
lugar ao longo do meio-fio, a boca de Michelle continuou
repleta de inquisição.

Bailey se sentou entre as pernas de Darren quando


Michelle sentou na calçada ao lado deles, e dentro de
instantes, Abigail tinha abandonado seu pai dela, que estava
tão entusiasmado pegando doces na rua.

— Quer! Quer! — Ela gritou de emoção enquanto corria


com as mãos em direção Michelle.

— Consiga o seu, pequena, — Michelle comentou


dramaticamente. — Oh, eu estou apenas brincando —,
continuou ela docemente enquanto Abigail pulou em seu
colo. — Amo você, Abby. — Michelle falou contra a orelha de
Abby quando a menina se contorceu em seu colo, e, em
seguida, Michelle estava tirando pedaços pequenos do doce e
dando para ela.
O walkie-talkie de Jason crepitava com estática, e, em
seguida, ele se afastou por um momento para que pudesse
ouvi-lo. Momentos depois, voltou-se para eles e puxou Abby
do colo de sua mãe diretamente para seus braços. — Papai
tem que ir. Vejo você mais tarde, Abby.

— Alguma coisa séria? — Darren perguntou quando


olhou para Jason.

— Nah. Tim Blotke fez um mergulho de cisne do topo da


boia em um pote gigante de ouro. Felizmente, o ouro foi feito
dos antigos tapetes esponjas destinados às lutas das crianças
e está rasgado e pintado com tinta spray brilhante. Ele agora
está tropeçando, brilhando como um vampiro por quem todas
essas meninas de hoje estão desmaiando. Ele está bem
embora, amaldiçoando as crianças, assim parece que está de
volta ao normal. Ele, no entanto, vai para a cadeia por
embriaguez e perturbação... De novo.

Michelle se levantou e limpou seu traseiro.

— Hey, eu já volto gente. Abby e eu vamos caminhar com


Jason um pouco —, Michelle falou por cima do ombro,
enquanto partiam da rua.

Darren alcançou o ombro de Bailey, arrancando um


pedaço de bolo de funil de seu prato, e quando ele o segurou
em sua boca, puxou rapidamente quando ela se inclinou em
direção à mordida. Ele colocou na sua boca e, em seguida,
cantarolava calorosamente contra seu ouvido enquanto
mastigava.
— Humm... Delicioso. — Sua voz era baixa em sua
orelha. — Doce e quente, assim como sua boc...

— Darren! — A voz jovial o cortou.

Darren tossiu enquanto tentava se reagrupar depois de


ser interrompido falando sujeira em seu ouvido.

— É bom ver você, garoto!

Depois de limpar a garganta mais uma vez, ele estendeu


a mão para apertar a mão do Dr. Mooring. Dr. Mooring era o
Chefe da Emergência no hospital que Darren trabalhava. Na
verdade, Darren estava atendendo na emergência,
efetivamente, Darren acabou de ser interrompido dizendo
―boceta‖ para seu próprio patrão. Era simplesmente
impossível que Bailey não risse disso, e quando ela se
engasgou com seu riso, Darren beliscou seu quadril. Ela
colocou um pedaço de bolo de funil em sua boca nesse
momento. Era mais para silenciar a si mesma do que
qualquer outra coisa.

— Bailey, como você está? Não a vejo há muito tempo.


Não, desde o seu casamento, na verdade. Sheila e eu com
certeza aproveitamos o tempo com você e Darren em Eureka
Springs.

— Estou bem, Dr. Mooring. Obrigada. — Ela estendeu a


sua própria mão para apertar a dele.

— Espero que não estejamos mantendo o seu marido


muito longe de você. Odeio ver qualquer um deles fazendo
jornada dupla, mesmo que seja só de vez em quando, mas
tende a ser inevitável às vezes.
— Está tudo bem. E é raro, por isso você não vai ouvir
nenhuma queixa de mim.

— Bem, deixe os médicos sobrecarregados para a cidade


grande. Só não é a forma como operamos aqui se podemos
evitar.

Dr. Mooring foi em frente rapidamente, e depois que


Michelle voltou com a ―Furacão‖ ou ―Calças Flamejantes‖,
Darren se levantou e puxou Bailey. O desfile estava quase
terminando, e eles podiam ver o fim do evento se
aproximando.

— Hey, Michelle. Estamos indo. — Darren levantou Abby


em seus braços quando falou para Michelle e beliscou a
menina na bochecha.

Quando a passou para Bailey, ela sussurrou em seu


ouvido.

— Vejo você em breve, Abby Sue. Cuide de sua mãe para


mim.

Abby riu, e então Bailey abraçou Michelle enquanto elas


transferiram Abby do quadril de Bailey para o de Michelle.

— Sexta é nosso dia, garota. — Michelle acenou para


Bailey e Darren quando ela se virou e desceu a calçada, e
Darren puxou Bailey na direção oposta.

Sua mão permaneceu na dela, e enquanto eles se moviam


através da multidão de moradores de Savoy, muitos
acenaram e os cumprimentaram. Houve um tempo em que
ela poderia praticamente garantir que muitas pessoas iriam
encará-la em uma situação como aquela. Ela não podia dizer
que não aconteceu agora também, mas a cidade se acalmou
ao longo do tempo, e agora, se as pessoas olhavam, era
geralmente a ambos. Estavam mais no temor do fato de que
ela e Darren eram realmente um casal, como se,
assustadoramente fossem diferentes do resto do mundo pelo
fato de Bailey ter sido a responsável pela morte de sua irmã.

Em um momento ela entendeu que o assombro deles era


sobre como essa relação deu certo. Mesmo Bailey, metade da
dupla que lutou duro e em longo prazo para essa união,
entendeu muito bem que eles desafiaram as probabilidades.
Ela conseguiu. Mas então.... Ela olhou para ele, e vislumbrou
sua vida agora, e olhou para sua vida há muito tempo, e de
repente ela não entendeu. Como não poderiam acabar juntos
ali? Eram simplesmente para estar ali, e não havia coisa
alguma terrivelmente impressionante sobre isso. Era
perfeitamente simples e direito.

— O que você quer para o jantar hoje à noite? —


Perguntou ela, enquanto se aproximavam da SUV.

Ele deu um sorriso malicioso e a empurrou contra a


porta do passageiro, empurrando seu corpo e cobrindo-o com
o seu. Ele se inclinou para sua orelha.

— Você sentada na mesa da sala de jantar com os pés


sobre os braços da minha cadeira e com os joelhos bem
abertos.

Ela mordeu o lado de seu pescoço suavemente, e então


sua boca se moveu até seu ouvido.
— Você está brincando com a sorte com essa boca
imunda hoje. Você está ciente de que ainda estamos em
público?

— Não há ninguém ao redor, e cuidado com esses dentes.


Eu mordo. Você vai levar uma mordida, baby.

Ele estava certo em ambas as coisas. Haviam felizmente


estacionado em uma rua tranquila, e seus dentes e sua pele
eram absolutamente coisas dele.

Ele a aninhou em seu pescoço, mordiscando-a


suavemente e, em seguida, movendo-se em seu pescoço e
beliscando novamente. Quando foi para o espaço onde seu
pescoço encontrava seu ombro, ela estava ofegante, e seus
olhos corriam furtivamente ao redor para se certificar de que
estavam sozinhos. Ela estava inundada com o calor entre as
pernas, e até mesmo o ar fresco da primavera não poderia
acalmar o rubor correndo sobre sua pele.

— Vamos levá-la para casa antes de eu decida que não


sou contra comer você aqui. — Seus lábios levantaram contra
sua pele, e então ele se afastou dela.

Abriu a porta quando ele sorriu para ela, e ela entrou.


Contornou o carro para porta do lado do motorista e entrou.
Mas uma vez que ele estava sentado ao seu lado e o carro
estava ligado e em marcha, tirou a marcha e se virou para
ela.

— Você sabe por que eu queria que você vestisse esta


camisa hoje?
Ela mordeu o lábio enquanto estudava seu rosto. Falar
sobre Jess não era mais doloroso, mas isso não queria dizer
que não era intenso.

— Por que você se lembra de Jess?

Seu sorriso era pequeno quando ele olhou para no seu


peito, e quando estendeu a mão e a tocou, ela tremeu. Seu
dedo traçou a aba do chapéu de feltro verde que estava em
um ângulo severo sobre a pobre raivosa cabeça do irlandês.
Seus mamilos endureceram instantaneamente, e suas
narinas inflamaram, enquanto observava-os se contraírem e
se projetarem de seus seios.

— Não. — Finalmente olhou para cima de seu corpo. — E


sim, eu suponho. — Ele olhou para fora da janela para além
dela por um momento, e quando olhou para trás, lambeu os
lábios e respirou fundo. — Esta camisa me faz lembrar o
quão velho nosso relacionamento realmente é. Somos tão
vintage como aquele pequeno homem de boxe feio, e quando
eu vejo você nela, lembro-me exatamente de onde viemos.
Isso é uma coisa muito intensa e excitante para mim.
Conheço você toda a minha vida. Testemunhei cada última
alteração do seu corpo, cada centímetro que você cresceu,
todo último quilo que você ganhou.

Sua mão não foi mais que de repente amassar


delicadamente seu peito e seu polegar levemente acariciando
seu mamilo, ela poderia estar realmente ofendida com esse
último, mas o aperto e o jeito suave com que as pontas dos
dedos cravaram em sua pele macia disse que apreciava muito
os quilos, deixando de lado o som do quente zumbido que fez
quando ele se aninhou contra seu ouvido.

— Assisti a todos os detalhes de sua vida se desenrolar, e


não há nada mais inebriante do que isso, até mesmo as
memórias das coisas feias em nosso passado significam algo
importante para mim. — Ele mordeu o lado de seu pescoço, e
quando beijou o caminho até o pescoço e através de seu
queixo para sua boca, ela gemeu até que simplesmente não
podia emitir som algum por mais tempo.

Ele enfiou a língua, lambendo ao longo dela e explorando


sua boca, e quando seus lábios estavam doloridos e seu
ataque se acalmou, ele beijou delicadamente e deixou sua
palma alisar o lado de seu rosto.

— Hoje é um aniversário ou alguma coisa assim para


mim. Você sabia disso? — Ele se afastou e estudou seus
olhos.

— Como assim? — Ela certamente se lembrava desse dia


a três anos, mas ela não tinha certeza se poderia chamá-lo de
um dia marcado. Tinha sido um dia infernal, na verdade.

Tomou-lhe a mão, e ele olhou para seu colo.

— Sei que foi um dia difícil. E eu sei que havia um monte


de dias difíceis que vieram depois, mas para mim... —
Balançou a cabeça quando suas narinas inflamaram, e olhou
novamente para seu colo. — Para mim, percebi uma coisa
muito importante naquele dia. — Ele olhou seus olhos. —
Esse foi o dia em que percebi que nunca poderia esquecer de
você. Você nunca poderia ser..... Nada para mim. Você
sempre seria a maior e mais presente coisa no meu mundo.
Admito, pensei que aquela esmagadora enormidade iria me
destruir. Pensei que você iria me destruir. Mas.... Ao invés
disso você me salvou. Você me suavizou. Você me alcançou.
— Ele se inclinou e beijou-a docemente de novo, e ela gemeu
contra seus lábios. — Amo muito você. — Falou contra seus
lábios quando os soltou.

— Também amo você.

— Vamos para casa, baby. — Colocou o carro de volta na


marcha, e eles se dirigiram para a casa junto à mata e uma
cachorra que os esperava e que saltava como mola até que
eles a levassem para uma corrida no final da tarde. Ela
amava sua vida. Ela o amava. Ele deu a ela tudo o que ela
poderia possivelmente precisar. Quase...

Ela precisava de algo mais. Era um lugar vazio em sua


alma. Era um buraco que ela só recentemente identificou. Ele
poderia preenchê-lo para ela. Sabia que ele podia. Ele era a
chave, ele era o único em todo o mundo, que poderia dar a
ela o que ela precisava.
Ele a viu subir os degraus da varanda para a porta da
frente. Estava nervoso. Não tinha certeza de que era uma
coisa boa que ele teve o dia de folga no mesmo dia em que ela
tinha uma entrevista de emprego. E depois da primeira vez
que tentou encontrar um emprego, alguns anos antes, estava
temendo no dia de hoje. É claro que era diferente agora... Não
era? Ela terminou seus estudos, e qualquer negócio teria
sorte em tê-la, mas será que a cidade mudou muito nos
últimos três anos? Será que seu registro criminal significaria
menos hoje do que significava há dois anos e meio, quando
ela embarcou em sua primeira caça ao trabalho desastrosa?

Ele literalmente se preocupava com essas questões pelas


últimas duas horas. Michelle a levara para a entrevista em
vez dele porque ele estava agindo como um ―Looney Tune‖
pelo menos de acordo com Bailey. A escolha de Bailey. Não
que ele apreciava, mas, certamente, ele entendia.

Estava agindo assim durante toda a manhã. Não só se


levantou de madrugada e fez o café, mas então decidiu que
deveria tentar fazer panquecas. Quando ela desceu as
escadas para a entrevista, estava deslumbrante, e ele tinha
destruído a cozinha e estava sentado na mesa e a pia cheia
de louça suja e nenhuma panqueca à vista. Se ela tivesse
procurado no lixo, ela as encontraria ali, mas não havia nada
de comestível sobre elas, e quando ele serviu-lhe uma xícara
de café, segurando-a como se fosse de alguma forma um
substituto para panquecas, ela riu.

Ele estava tão nervoso por ela. Serviu-lhe uma tigela de


cereal, e ela se sentou ao lado dele na mesa enquanto comia
seu café da manhã e tomava um golinho de café.

— Estou nervosa —, admitiu, e quando ele estendeu a


mão para pegar a dela, seus lábios tremiam.

— Não fique. Lembre-se, tecnicamente não precisamos


disso. Não dependemos disso...

— A não ser, talvez, a minha felicidade —, ela murmurou.

Ele desanimou um pouco então, e quando ela sem dúvida


viu a expressão desanimada em seu rosto, ela suspirou. —
Sinto muito. Não é tudo. E a minha felicidade não depende
disso. Estou sendo dramática. Só quero isso. Isso é tudo. —
Ela implorou para que ele entendesse com os olhos, e ele o
fez. Isso não quis dizer que foi fácil ouvi-la dizer isso dessa
forma.

Agora, porém, ela estava subindo as escadas, pós-


entrevista, e ele não conseguia ter nem ideia sobre o que
estava acontecendo em sua mente. É claro que ela não havia
sequer entrado pela porta e dito uma palavra com ele, mas
ainda assim, estava acostumado a conhecer suas expressões,
e, como consequência, quais sentimentos estavam dirigindo-
as. Naquele momento, ela tinha aquele olhar de coelho
aterrorizado, e esse era impossível discernir. Era ou excitação
ou terror, decepção ou euforia. Aparentemente, coelhos só
não sabiam como representar de forma eficaz as suas
emoções.

— Oi. — Sua voz era calma quando ela entrou pela porta
até ele. Estava pingando com gotas de chuva de primavera
quando correu entre o carro de Michelle e a porta, e ela ficou
úmida e pingando na frente dele.

— Oi. Como foi? — Ele não ia fazer rodeios. Estava muito


ligado com essas coisas. Ele, no entanto, a beijou
rapidamente e ajudou a tirar sua capa de chuva.

—Eu.... Eu não sei. Quero dizer.... Ela não me chutou


imediatamente fora por causa do meu registro. — Seus
ombros levantaram e uma careta apareceu e ficou grudada
em seus lábios por um momento.

— Bem, isso é alguma coisa, não é?

— Sim. Pode ser? Eu não sei. — Ela parecia um pouco


apavorada demais para ser otimista, e ele estava um pouco
preocupado com o seu estado não se juntar a ela em sua
ansiedade.

— Venha. Está com fome? Cozinhei o almoço.

— Você cozinhou? — Não havia como esconder a


incredulidade de sua voz.

— Bem, não. Mamãe trouxe uma caçarola, e eu a


coloquei no forno.

Ela, na verdade, sorriu, e ele finalmente começou a


relaxar. Ela tinha pouco a dizer sobre a entrevista enquanto
se sentaram à mesa e comeram o almoço. A mulher mais
velha, muito doce, que era dona da pequena loja de livros
empoeirados na Main Street tinha realmente conseguido
olhar para Bailey, como se ela fosse humana, mesmo depois
de Bailey divulgar seu passado. Não era nada mais do que
um emprego de assistente de loja, mas dado o amor de Bailey
por livros e escrita, só parecia se encaixar. Ela precisava
disso. Ele precisava que ela tivesse isso, e sua mente
começou a vagar com imagens de chantagear a velhinha em
dar-lhe um emprego.

Alguns anos antes, Bailey acabou confessando todos os


detalhes da sua procura por emprego, sua decisão de ficar em
Savoy permanentemente, e deixou Darren querendo dar um
soco em mais do que alguns donos de empresas. Mas,
aparentemente, a senhora da loja de livros não estava com
muito medo de sua esposa e sua condenação por homicídio
culposo. Claro, era fácil entender por que algumas pessoas
lutam para agir normalmente, uma vez que sabem que a
bonita jovem sentada na frente deles era uma condenada. Ela
não se parecia em nada com o que suspeitava que a maioria
das pessoas pensava quando ouviam a palavra, e ele achou
que a reação do mundo para com ela tornava tudo mais
doloroso. Mas não a senhora da loja de livros. Humm.

— Ela não disse nada, afinal?

— Não. Quer dizer, ela olhou para mim... eu não sei...


infeliz. Mas ela não disse nada. Quem sabe, talvez me
entendeu mal e pensou que eu disse convento em vez de
condenada. E se ela acha que eu sou uma freira?
Ele sorriu para ela, rindo de seu humor duro.

— Vamos tomar um banho. Você está usando muita


maquiagem. Prefiro muito mais ver sua pele. — Ele se
levantou e levou seus pratos de almoço para a pia.

— Pensei que a maquiagem iria ajudar.

— Não se você é supostamente uma freira. — Ele sorriu


para ela, e quando ela se levantou, agarrou a parte de trás de
seu braço, fechando-se atrás de seu corpo. O tapa que ele lhe
deu em sua parte traseira forçando um grito, e ele cravou os
dentes em seu pescoço suavemente. — Venha. Quero fazer
algumas coisas do tipo muito ―não freira‖ para o seu corpo
agora.

— É mesmo? — Agora, ele tinha sua atenção.

— Com certeza. — Olhou para ela quando passou por ela,


e piscou quando a puxou para cima.

Olhou para ela se despindo enquanto ele descansava


contra o balcão no banheiro principal, e uma vez que ela
estava nua e inclinando-se sobre a banheira para ajustar a
temperatura da água, ele ajoelhou-se atrás dela e beliscou
suas nádegas. Agarrou-as com as mãos, e alcançou atrás
dela, deixando seus dedos torcerem e afagar através de seu
cabelo enquanto ficava em pé novamente. Beijou seu
caminho ao longo de suas costas, lambendo sua coluna,
mordendo as omoplatas, e chupando a parte de trás de seu
pescoço.

Ela suspirou, e seu pênis flexionou ao som de desejo em


sua respiração rouca. Quando chegou ao redor e cerrou os
polegares e os indicadores em seus mamilos, seu suspiro se
mudou para um gemido, e ela instantaneamente alcançou
entre seus corpos e lutou para desfazer o botão da calça
jeans cegamente. Ela se atrapalhou para abaixar o zíper
também, mas quando enfiou a mão para baixo da cintura da
cueca e sentiu a palma da mão quente em seu comprimento
rígido, ele amaldiçoou.

— Porra, Bay. — Abaixou a testa para a parte de trás do


ombro e olhou para sua pequena mão enquanto acariciava ao
longo de sua ereção. Ele enfiou as calças e cuecas para baixo
seus quadris, deixando-as aos seus pés e dando-lhe mais
espaço de manobra. Quando o pré-seminal desceu e tocou e
correu para o lado de seu polegar, ele finalmente colocou um
fim nisso. — Ainda não, querida, — ele murmurou contra seu
ouvido. — Primeiro banho.

Ele puxou a mão de seu pênis e levantou-a para sua


boca.

— Lamba. — Sua língua estendeu a trilha sobre o ponto


brilhante no lado do polegar, e ele estremeceu com a visão.
Quando recuperou o controle de sua boca, ele riu. — Entre.
— Ela subiu enquanto ele segurou a mão dela, e ela afundou
na água quente para se encostar até o final da banheira
profunda.

Darren abriu a porta do banheiro e, em seguida saiu para


abrir as portas francesas para a varanda do quarto. Ainda
estava chovendo e trovejando, e o ar estava frio, mas quando
retornou ao banheiro, o ar lá dentro estava úmido e quente.
Ficou em frente a Bailey e descansou contra a outra
extremidade. Estava duro como o inferno, graças à sua mão
atormentadora e sua incapacidade de resistir a qualquer
coisa ao vê-la, mas sua excitação vacilou quando sua
expressão se tornou séria.

Na verdade, dizer ―séria‖ talvez não fosse bem a palavra


certa. Sua boca franziu um segundo, e então ela começou a
morder o lábio. Quando ela levantou a mão da água tremia, e
ele se concentrou nela, esperando. Fosse o que fosse. Mas
depois de assistir sua inquietação e tremedeira e morder o
lábio por mais de um minuto, ele desistiu de esperá-la falar
tudo o que estava acontecendo em sua cabeça.

— Fale comigo. — Ele inclinou a cabeça para o lado


enquanto a estudava.

— Eu quero uma coisa. — Seus olhos estavam


arregalados.

Ele deslizou para frente e agarrou suas pernas, puxando-


as para junto de seus quadris.

— Bem, a minha pequena freira não está impacien...

— Quero ter um bebê com você.

Suas mãos escorregaram de suas pernas quando seu


fôlego o deixou.

— Foda-se. — A palavra escapou antes que ele pudesse


segurar, e ela ficou apenas pela metade em seu colo enquanto
ele ofegava em sua frente e ficou olhando para as mamas
dela, enquanto tentava recuperar seus pensamentos. Quando
conseguiu olhar de volta para seu rosto, ela parecia
horrorizada com a reação dele, e os tendões do pescoço
tensos enquanto seu corpo vibrava.

Havia pouca dúvida de que ele a estava torturando,


atrasando uma resposta, mas não era a sua intenção. Ele
estava simplesmente tentando desesperadamente fazer sua
boca funcionar. Em vez de dar-lhe uma resposta, ele se
lançou para sua boca, aparentemente a língua poderia
facilmente fazer o que suas cordas vocais falharam
miseravelmente em fazer. Seu coração disparou, mas puxou-
lhe os lábios e enfiou a língua enquanto segurava a cabeça
para ele e a beijou, soltou, beijou, soltou uma e outra vez.
Quando finalmente conseguiu dar sua boca de volta para ela,
ele sorriu e riu uma estranha e maravilhosa risada.

— Então, acho que eu deveria parar de desperdiçar nosso


tempo colocando meu pau na sua bunda —, ele comentou
com ironia, finalmente descobrindo como falar novamente. De
verdade essas foram as primeiras palavras que saíram de sua
boca depois de uma coisa dessas?

Seus lábios levantaram docemente, mas seus olhos


estavam repletos de emoção.

— Sério?

— Sim, sério. Pensei que soubesse anatomia básica


suficiente para saber o meu pau em sua bunda não nos leva
muito longe. — Sorriu para ela quando suas faces coraram.
Suas bochechas sempre coravam e escureciam quando ele
era sujo. É claro que ela era a pessoa que o tinha empurrado
para levá-la dessa forma, não que ele não estivesse
totalmente disposto. Tinha sido uma intensa fantasia dele
desde o dia em que a deixou tocá-lo ali, já que percebeu o
quão incrível ser tocado lá poderia ser. Então, quando ela
pediu pela primeira vez, ele tinha a obrigação como marido
obediente que era.

Agora iria atender esse desejo também.

Ele riu quando ela corou. Quando seu rosto finalmente se


acalmou, ele a puxou para o resto do caminho para o seu
colo e se aconchegou em seu pescoço, deixando os lábios
acariciar a pele macia.

— Sim, sério. Quero um bebê também. — Ele suspirou.


— É por isso que você deixou a vacina de controle de
natalidade um tempo atrás, e você começou a fazer-me gozar
em sua barriga ou costas toda vez que nós transamos? —
Isso não era apenas grosseiro. Era proporcionalmente bruto e
sem tato.

Ela se afastou e sentou-se em linha reta em seu colo.


Estava corando novamente. Deus, amava como era fácil para
ele se contorcer sob a pele apenas pelas palavras que
escolheu dizer a ela.

— Não sei. Quando Dra. Halady mencionou que pode


demorar até um ano para o meu corpo se recuperar da
vacina.... Eu só.... Ela disse que mesmo se eu mudasse para
a pílula, poderia demorar alguns meses depois que parasse
de tomá-las. Eu não sei. Eu não quero esperar. Apenas no
caso de...
Ele assentiu com a cabeça. Ficou curioso quando ela
chegou à casa de seu exame anual e lhe disse que não tomou
a sua vacina. Ele ficou ainda mais curioso quando ela disse
que não escolheu outra forma de controle de natalidade. Ela
queria dar ao seu ―corpo uma pausa‖, segundo ela.

— Isso foi há dez meses, Bay. Foi antes de nós até mesmo
casarmos. Por que você não me contou antes? Você já devia
estar pensando em engravidar.

Os olhos dela se afastaram dele e ele acariciava


instantaneamente seu braço suavemente para tranquilizá-la,
ele não ficou chateado.

— Não estava pensando em ficar grávida. Estava


pensando sobre começar a pensar em engravidar. Talvez até
mesmo pensando, pensando, pensando em engravidar. — Ela
mordeu o lábio enquanto focava nele. — Mas nos últimos
meses, parei de pensar... E eu soube que eu queria. — Ele
sorriu para ela.

Ela chegou à casa de sua consulta naquele dia, dez


meses antes carregando uma caixa de preservativos, que,
consequentemente, jogou no lixo. O que ele poderia dizer?
Gostava da pele dela demais, especialmente a pele úmida e
macia escondida entre as pernas. O método de tirar na hora
não era tão eficaz como um preservativo, mas é evidente que
estava mais do que disposto a jogar um pouco de roleta
russa, talvez estivesse pensando sobre isso também nesse
ponto. Aparentemente, estavam jogando roleta russa na
frente de um completo pelotão de fuzilamento agora...
— Também não estou contente que tenha ganhado cinco
quilos desde a primeira vez que deixei você me furar com uma
agulha há quase três anos. Não sei qual é a minha desculpa
para não perder os cinco quilos ao longo dos últimos dez
meses... —, ela murmurou.

Ele riu, e então estendeu a mão para os seios nus,


apertando e apalpando-os delicadamente ao ver seus
mamilos já constritos e apertados endurecer ainda mais.

— Acontece que eu gosto muito desses cinco quilos.


Reforçam minhas partes favoritas de você. — Ele se inclinou
para frente e lambeu lentamente em torno de um mamilo.
Suas mãos encontraram as bochechas de seu traseiro em
seguida, segurando-os quando seus lábios travaram contra o
peito, e ele chupou duro contra sua pele.

— Estou pronta. — Sua voz ainda estava ofegante, e ela


inalava e exalava profundamente quanto ele a lambeu e
chupou.

— Não me diga, Sherlock —, comentou sarcasticamente


mesmo quando sua língua ainda trabalhava nela.

— Estou falando sério. Por favor, leve-me para a cama,


Dare.

Ele cantarolava antes de finalmente mover sua boca de


volta até sua orelha.

— Sim, querida.

Ele esvaziou a banheira, e ela montou sobre seus quadris


enquanto a levava para cama, seus corpos ainda pingando
água do banho. Ele lambeu cada última gota de água entre as
pernas, ignorando o resto do seu corpo enquanto ela se
contorcia sob sua boca. Ele tomou seu tempo, deixando-a
louca como afundou a língua em sua boceta e lambeu.

No momento em que ela gozou, estava suplicando-lhe,


com o cabelo preso no seu punho enquanto sua boca a
chupou e lambeu.

— Por favor, por favor, por favor, por favor...

Ele subiu até o seu corpo, e antes que seus apelos


silenciassem, estava a meio caminho dentro dela enquanto
ela engasgava. Mergulhou para seu núcleo, e ele parou por
um momento, esperando que ela olhasse para ele. Ela sorriu
quando seus olhos finalmente encontraram os seus, e ele riu.

— Nós vamos fazer isso? — Sua testa estava arqueada


quando fez a pergunta. Ele sabia como ela iria responder,
mas ainda queria ouvi-la dizer isso. Era um grande negócio,
afinal. Um negócio gigantesco, na verdade. Ele estava pronto,
mas queria ouvi-la dizer isso de novo.

— Eu quero. Você não? — Ela parecia tão insegura, mas


não de sua resposta. Ela precisava ouvir sua certeza, tanto
quanto ele precisava ouvir a dela.

— Sim. — Ele acenou com a cabeça, e ela também o fez.

Não tinha certeza por que ele foi tão gentil quando
começou a fazer amor com ela. Não era realmente o seu
estilo. Isso não queria dizer que gostavam duro o tempo todo,
mas eles certamente tiveram seus momentos de bater, fazer
amor quase violento, mas também gostavam muito lento... Só
não tão lento. Ele avançou o seu caminho de volta para fora,
retirando o seu comprimento de seu aperto antes de afundar
tão lentamente de volta para seu âmago profundamente.

Ela assobiou quando ele preencheu seu corpo até seu


limite, e, em seguida, ela agarrou suas nádegas quando o
puxou e segurou perto dela. Ele não conseguia recuperar o
ritmo, e foi porque sua mente estava rodando com os
pensamentos deles e pensamentos de onde a sua vida estava
indo. Não eram maus pensamentos nem de longe. Eles eram
simplesmente enormes pensamentos que o sobrecarregaram.

Ela olhou para ele, e ele podia ver sua preocupação.

— Você está bem? — Perguntou ela.

Ele acenou com a cabeça, e rolou seus corpos, deixando-


a assumir a liderança em seu lugar. Ela se sentou no colo
dele, sem se mexer por um momento. Ela não tinha certeza, e
era culpa dele.

— Vamos baby, foda-me —, incentivou-a. Ele se levantou


com as mãos apoiadas na cama atrás de seus quadris.

Seu corpo se movia lentamente no início, mas como seu


queixo caiu quando ela apertou o cerco contra ele, seus
movimentos tornaram-se mais precisos e mais controlados.
Ela arqueou as costas, e agarrou seus tornozelos que
estavam presos ao longo de suas coxas.

— É isso aí —, ele gemeu.

Seus quadris rolaram sedutoramente em seu colo, e ele


cerrou os dentes, como as mamas dela saltaram ligeiramente.
Ele não estava brincando quando disse que gostava dela com
um extra de cinco quilos. Ele a amava independentemente.
Havia se apaixonado por ela quando eles eram pouco mais do
que crianças, e ela era magra e sem forma, quadris estreitos e
pequenos seios. Ele se apaixonou por ela novamente há
quase três anos, quando seu corpo era muito mais uma
mulher, e agora, bem, agora era simplesmente difícil imaginar
duas pessoas que já se amaram mais do que eles, e o extra de
cinco quilos fez as mamas em suas palmas ainda mais
abundantes e inebriantes.

Sua figura ainda estava em forma. Corriam quase todos


os dias juntos, e ele não só amava os seios, mas a maneira
como as bochechas de seu traseiro apertado bombeavam
enquanto corria pelos caminhos arborizados perto de sua
casa quando ela abriu o caminho para o seu afloramento
favorito de rochas que olhava para Lake Savoy muito abaixo.
E não sem falar na forma como essas bochechas pareciam
quando olhava para elas por trás enquanto fodia entre elas
em seu ânus. Ela era apenas fascinante para caralho para
ele. Sempre tinha sido.

Quando ela olhou para ele novamente, soltou seus


tornozelos e estendeu a mão para seu rosto. Seus dedos
tocaram suavemente o queixo, e ela trouxe seus lábios até os
seus. Suas respirações sopravam na boca um do outro
enquanto seus quadris rolavam e aceleravam seus
movimentos. Gemeu, e ele sabia que ela estava perto. Ele
manteve as mãos no lugar, deixando-a tocar, e ele se
embebeu na sensação de seus dedos carinhosamente
acariciando seu rosto enquanto ele fixava seus olhos nela.

— Faça-me vir dentro de você, baby.

Gemeu enquanto ele falava, e apertou suas nádegas,


dirigindo-se profundamente nela enquanto ela gritava. Seus
músculos do estômago se apertaram e dançaram como seus
quadris balançavam contra ele. Quando sua boca abriu e os
olhos se arregalaram, ele sorriu e observou-a desmoronar.
Sua vagina apertou o cerco duro nele enquanto dirigia fundo
novamente, e sua respiração foi lançada em uma corrida
contraindo em torno dele.

Ela engasgou quando seu orgasmo passou e seu corpo


abrandou, mas ele não lhe deu sequer um momento de
descanso. Caiu de volta para a cama e puxou-a para seu
peito. Então ele agarrou suas mãos, prendendo-as na parte
baixa das costas, e empurrou. Apoiou os calcanhares contra
o colchão, e empurrou seu pênis até a hora em que ela
grunhiu e enterrou o rosto em seu pescoço. Apertou e lançou
seus músculos mais e mais e outra vez até que ele se
esvaziou em seu núcleo quando rosnou o seu orgasmo.

Ele soltou seus pulsos, e ela levantou a cabeça quando


olhou para ele. Ele olhou de volta para ela. Ele não esteve
dentro de sua vagina desde o dia em que ela disse que não
tinha tomado a sua vacina de controle de natalidade. Ele
passou os últimos dez meses, literalmente, gozando em cada
centímetro quadrado de seu corpo, exceto naquele lugar
quente doce enterrado dentro dela, e agora quando derramou
seu sêmen dentro dela, ele não conseguia desviar o olhar de
seus olhos.

— Foda-se —, ele murmurou enquanto estava deitado


ofegante debaixo dela, todo o seu corpo cansado. Ela beijou o
meio do peito, e, em seguida, até o pescoço, e, finalmente,
sobre o seu queixo para sua boca. Ele colocou a língua entre
seus lábios e a sentiu se mover ao longo dela, enquanto
lambia o interior de sua boca.

— Senti falta de fazer isso.

— O quê?

Ele sorriu para ela.

— Deixar minha semente dentro de seu corpo. — Olhou


para ela por um momento. — Absolutamente amo saber que
estou profundamente dentro de você agora por uma razão.

— Você sabe, nós vamos ter que fazer isso muitas vezes
se eu vou engravidar.

— Por que você não acha que fazemos amor com


frequência suficiente?

Ela estava cheia de merda, pensou isso. Ficavam


ridiculamente ocupados em seu quarto, ou na mesa da sala
de jantar, balcão da cozinha, deck, sofá, inferno, até mesmo
uma ou duas vezes no carro ―apenas porque‖, e o que ele
tinha feito com ela em uma noite era provavelmente ilegal.
Graças a Deus que não foram pegos por quaisquer outros
corredores.
— Você vai dizer a Michelle? — Ele tinha acabado de
esticar a mão e desligar o abajur e passou os braços em volta
dela, quando sussurrou em seu ouvido.

— Ainda não. — Sua voz de repente soou preocupada.

— Por que não?

Ela rolou em direção a ele, trazendo o peito até o seu e


beijando seu esterno. Ela suspirou profundamente antes de
falar.

— Só não ainda. Quero dizer, e se eu não puder fazer


isso? E se não funcionar? E se.... Eu não sei...

Ele a acalmou enquanto deixava seus lábios na parte de


cima da cabeça dela.

— Por que você está se preocupando com isso já?

Ele a sentiu encolher os ombros, mas ela permaneceu em


silêncio por um momento.

— Nada nunca foi fácil para nós.

— Nós não precisamos que as coisas sejam fáceis, porque


somos fortes o suficiente para lidar com isso quando é difícil.
Nós não vamos contar a ninguém. — Ele estendeu a mão
entre as pernas dela e colocou o dedo em seu corpo. Ela
estava molhada, mas era tanto seu esperma como sua
excitação residual, e ele empurrou e rodou o dedo dentro dela
como sua respiração ficou presa na garganta. Estava
desfrutando fazer um bebê com ela.
Ela deveria estar gostando disso. Fazer um bebê deveria
ser divertido, mas havia apenas uma parte disso que era
divertido, e ela logo percebeu que as outras vinte e duas
horas mais ou menos do dia eram um inferno. Ela tinha se
tornado uma lunática delirante dentro de uma semana em
que lhe disse que queria ter um bebê. Uma mera noção disso
reduziu-a a um – emocional, estressado, ansioso e oprimido
Looney Tune. O pensamento disso, a ideia de como isso
aconteceria, o que poderia estar acontecendo dentro de seu
corpo, mesmo quando andava ao redor de sua casa tentando
se manter ocupada com outras coisas era uma coisa estranha
para se pensar.

E então ele a pegou sendo uma lunática...

— Bay, o que você está fazendo?

Ela olhou para cima quando ele espiou no banheiro. Ele


deveria estar no trabalho, e ela estava sentada ali, na
banheira, ainda segurando o maldito teste de gravidez em sua
mão. Ela estava certa, por algum motivo maldito - fazer xixi
em uma vareta ia fazer o seu dia, e, então em vez disso,
arruinou. Negativo.
— Nada —, respondeu ela rapidamente quanto escondeu
o teste atrás das costas. Era inútil, e quando ele se agachou
ao lado dela e puxou o braço para fora atrás de suas costas,
ela suspirou. Sentia-se estúpida. Estava chateada que a
vareta mágica não tinha dito que estava grávida, e se sentiu
estúpida por pensar que estaria. O que ela esperava?
Engravidar na primeira semana de tentativas? Lógico! Não é
assim que funciona, mas quando ela acordou de um sonho
bizarro que já não podia nem lembrar, de repente não
conseguia pensar em nada além de um bebê crescendo
dentro dela.

Ela passou a manhã fora com Macy, mas uma vez que a
hora do almoço passou e seu estômago começou a fazer
barulho, foi forçada a ir para dentro e lidar com a voz
irritante na parte de trás de sua cabeça dizendo-lhe, inferno,
convencendo-a, que a semente havia sido plantada. Não
ajudou que Darren tinha chegado a casa algumas noites
antes com uma caixa de três testes de gravidez para ―quando
fosse a hora‖, como ele disse. Estranhamente ela tinha
decidido ―que era tempo‖ menos de uma semana depois.

Claro que não era o momento. Humilhação.

— Apenas pensei.... Não sei o que eu pensei. — Olhou


para ele quando estudou o teste em sua mão enquanto
gentilmente agarrou seu pulso e segurou-a entre eles. Sua
visão nublada e encoberta, e ela não poderia descobrir por
que estava tão chateada.
— Shh... — Ele se sentou ao lado dela e puxou-a para o
seu colo, envolvendo suas pernas em volta de sua cintura. —
É muito cedo.

— Sei que era estúpido pensar que eu poderia engravidar


no primeiro mês.

— Primeiro mês ou quinto, não há diferença alguma, e é


tão provável que aconteça este mês ou no mês que vem. Esse
não é o ponto. Você não pode testar isso logo após o seu ciclo
terminar. — Segurou seu rosto longe do dele e afastou uma
lágrima de seu rosto antes de beijá-la suavemente. Quando
ele se afastou, sorriu. — Você acabou de sentir a necessidade
de fazer xixi em alguma coisa?

Ela riu até mesmo quando as lágrimas ainda estavam


reunidas nas pálpebras inferiores. Amava quão calmo ele era
sobre isso. Isso balanceava perfeitamente com a sua loucura
no momento, e era o que ela precisava. Ela assentiu com a
cabeça, finalmente relaxando.

— Você e Macy. Vou contar a você. — Estudou-a por


mais um momento quando suas narinas inflamaram, e em
seguida, estendeu a mão para a cintura da calça,
desabotoando-a e baixando o zíper. Quando puxou sua
calcinha de lado de sua virilha, passou o dedo entre os lábios.
Seus olhos já estavam colados à sua ereção, e sua umidade
intensificou com nada mais do que a visão dele. — Venha
aqui. — Sussurrou em seu ouvido, apressou-se para frente e
a puxou para mais perto. Enrolou as pernas em torno de
seus quadris, e ele a levantou com as mãos em seu traseiro.
Ela segurou o tecido de sua calcinha de lado quando
deslizou para baixo com força sobre sua ereção, gemendo
quando ele a invadiu lentamente. Ela balançou os quadris,
rolando-os enquanto balançava, e ele assobiou quando ela
apertou em seu comprimento. Sua testa caiu sobre a sua, e
ele manteve as mãos nos quadris enquanto ela se movia. Até
o momento em que ele chegou ambos estavam ofegando
contra os lábios um do outro, seus quadris estavam
empurrando bruscamente para dentro dela enquanto ele
apertava as nádegas, e ela estava gemendo como um animal.

Como ele passou os braços em volta dela, cantarolava no


pescoço dela em plenitude.

— Tenho que dizer. Gosto dessas pequenas rapidinhas.


Não me interprete mal, adoro preliminares e eu amo tomar
meu tempo, mas há algo a ser dito sobre apenas fazer amor
no meio do dia, no chão do banheiro. — Ele se inclinou para
trás e a beijou delicadamente. — Infelizmente, tenho que
voltar para o hospital agora.

Ela assentiu com a cabeça, mas não se moveu.

— Sua mãe ligou. Ela queria saber se nós gostaríamos de


jantar hoje à noite no Harry e Sally. Eu lhe disse que iria
verificar.

— Claro. Estarei em casa às cinco. — Ele se levantou em


seguida e a colocou no chão na frente dele. Estudou-a por um
momento, enquanto ele colocou suas roupas, e em seguida,
puxou-a em seus braços. — Seja paciente. E pare de fazer
xixi em coisas.
Ela assentiu com a cabeça timidamente enquanto ele
sorria para ela.

Ela passou o resto da tarde do lado de fora novamente.


Ainda estava frio, mas caminhar ao lado da água com Macy
era uma boa maneira de manter-se aquecida e matar o
tempo. E também a impedia de pegar o telefone e chamar
Michelle na loja de móveis. Bailey não era boa em guardar
segredos, e este era um inferno de um segredo para manter.
Toda vez que Michelle ligou Bailey literalmente sentia como
se ela tivesse um bocado de algo apenas esperando para
colocar para fora, e Michelle já tinha ligado duas vezes e
sentido seu comportamento estranho.

Bailey estava sentada nas rochas enquanto Macy


explorava, e ela olhava para superfície vítrea lisa do lago.
Ficou lá por um longo tempo, relaxando e deixando sua
mente vagar, e foi até às quatro da tarde, quando começou a
caminhada longa e íngreme de volta até a colina para a sua
casa.

No momento em que Darren chegou a casa, ela tinha


tomado banho e se vestido para o jantar, e depois de deixar
Macy sair rapidamente, saíram para encontrar seus pais.

— Como estão vocês? — Jillian perguntou quando


deslizaram para dentro da cabine no restaurante em frente a
ela e Marcus.

— Estamos bem. — Darren pôs o braço em torno de


Bailey enquanto falava, e inclinou-se, beijando sua têmpora.
Ela poderia dizer que ele ainda estava preocupado com o
comportamento dela.

— Você já teve um retorno da loja de livros, Bay? —


Marcus perguntou a ela.

— A proprietária, Myrtle, ligou apenas esta tarde, quando


estava me preparando para vir para cá. Pediu-me para ir a
uma segunda entrevista em poucos dias. Realmente gostei
dela também.

Darren olhou para ela e sorriu.

— Isso soa promissor.

Ela assentiu com a cabeça. Estava tranquila. Não que ela


fosse uma tagarela de qualquer forma, mas era geralmente
mais faladora do que isso.

— Você está bem, Bay? — Jillian perguntou a ela.

— Estamos tentando engravidar. — Ela soltou, e Bailey


apenas acenou com a cabeça estupidamente no momento em
que as palavras saíram de seus lábios.

Darren começou a engasgar com a água que tinha


acabado de tomar, e quando gaguejou, Jillian sorriu para ela,
cobrindo a boca com a mão, os olhos encobertos.

Quando Bailey olhou para Darren, ele estava


boquiaberto. Limpou a garganta.

— Isso acabou de acontecer... Uau... Uh, acho que nós


estamos falando sobre isso esta noite, hein? — Ele levantou a
cabeça enquanto olhava para ela, mas seu sorriso era
divertido. Sabia muito bem que um segredo era quase
impossível para ela manter.

— Eu não quis dizer isso —, ela disse-lhe em voz baixa,


mas ele revirou os olhos quando sorriu para ela.

— Bem, isso é maravilhoso! — Jillian tinha finalmente


encontrado sua voz, e dado um olhar arregalado e
exuberante, ela não poderia estar mais feliz. A mão delicada
de Marcus descansou em cima da de Bailey e o sorriso sutil e
calmo em seu rosto disse que estava tão feliz. Marcus poderia
ser difícil de ler às vezes, mas Bailey tinha aprendido há
muito tempo, quando ela era uma criança que, por mais
severo e sério que ele poderia ser, era tão quente e carinhoso
quanto qualquer pessoa encantadora.

Darren estava em algum lugar no meio de ambos. Ele


sabia como ser sério com o melhor deles, mas também
mostrava sua emoção mais abertamente do que seu pai. E
agora, quando ele chegou ao colo e levou a mão livre,
apertando-a na sua, ele voltou sua atenção para seus pais.

— Iríamos manter em segredo por um tempo.

— De nós? — Jillian olhou incrédula. — Por que diabos


você faria isso? — Jillian era simplesmente intrometida por
natureza, e tais coisas eram ofensivas a ela.

— Bem, foi escolha de Bailey, na verdade. — Ele olhou


para ela com curiosidade. — Até que... Bem, sinceramente,
não sei o que aconteceu. Escapou de sua boca novamente. —
Ele riu quando balançou a cabeça.
— Posso dizer que estou muito feliz por vocês dois. Estive
pensando desde o dia de seu casamento quando você me
daria um neto. Muito atrasado, se você me perguntar.

— Mãe, não estamos casados nem há seis meses ainda, e


você acha que está atrasado —, Darren comentou secamente.

Até o momento em que estavam a caminho de casa,


Bailey tinha dado uma palestra sobre a importância do ácido
fólico por vinte minutos, não só para Jillian, mas para Darren
e Marcus também. Jillian tinha lágrimas em seus olhos
quando ela os abraçou e disse adeus enquanto estavam perto
da SUV de Darren.

Quando Darren subiu no carro ao lado dela, ele pegou


sua mão e piscou para ela.

— Sabia que você não poderia manter esse segredo.


Ainda era cedo no momento em que chegaram a casa, e
depois ele a ajudou a dobrar a carga de roupa que ela
despejou na cama, ele olhou pela janela da varanda.

— Você quer dar uma corrida curta esta noite, antes que
escureça?

Ela fez uma careta para ele por um momento, e balançou


a cabeça.

— Talvez eu não devesse.

Ele a estudou com as sobrancelhas enrugadas, enquanto


tentava descobrir exatamente o que sua careta e sua rejeição
significavam.

Ela não precisou de um convite para completar o


pensamento.

— Quero dizer, o que acontece se os meus óvulos...


Tipo.... Balançarem para fora? — Ela até usou um gesto
adorável e bizarro com a mão quando seu rosto franziu para
levar seu ponto de dúvida.

Ele deixou cair o par de meias que estava dobrando, e


quando olhou para ela do outro lado da cama, apenas olhou
completamente estupefato. Ela levantou as sobrancelhas e
esperou que ele dissesse alguma coisa.

— Hum.... É claro. Por que eu não me lembrei de que


pequenos óvulos balançando é um fenômeno que acontece
com absolutamente ninguém.... Nunca —, ele comentou com
um sorriso quando finalmente encontrou sua voz.

— Ou... — Ela enfiou o dedo no ar para silenciá-lo. —...


Seu sêmen poderia ficar confuso e nadar na direção errada
por causa de todo o ―empurra empurra‖ para lá. — Ela
assentiu com a cabeça quando olhou para ele. Parecia tão
séria quando disse até mesmo preocupada.

—Não. Isso não é..... Mesmo.... Eu não posso responder a


esse absurdo. — Ele riu quando ela suspirou
dramaticamente. — Bem, se você vai me privar de meu
exercício, então vou ter que gastar essa energia reprimida de
outras maneiras. — Ele piscou para ela, e ela finalmente
sorriu.

Mas, em seguida, ela falou de novo. — Devemos obter


uma dessas engenhocas onde você pode pendurar de cabeça
para baixo por seus pés. Talvez isso...

— Querida, acho que você está ficando louca. — Ele


contornou a cama até ela e pegou a camiseta que segurava
das mãos dela e jogou-a na cama.

Ela assentiu com a cabeça.

— Por que querer tanto algo que me faz enlouquecer?


Realmente, realmente quero ter um bebê com você. — Os
olhos dela imploravam para ele, e ela parecia aterrorizada.
Ele estendeu a mão para seu rosto, deixando o polegar
correr suavemente pelo seu rosto.

— Realmente quero isso também. — Ele estudou os


olhos. — Você tem que relaxar e deixar acontecer. Ok?

Quando ela finalmente concordou com a cabeça, ele a


beijou. Ela estava privando-o de sua corrida depois de tudo,
assim como ele disse que faria, e quando ofegavam na cama
em cima das roupas limpas que estiveram dobrando, ela
olhou para ele.

— Talvez a gente esteja fazendo sexo demais. — Ela


mordeu o interior de seu lábio.

Ele rolou para ela e gemeu quando passou os braços em


volta dela, puxando-a em seu corpo. Ela estava
definitivamente perdendo a cabeça.

Ele a olhou de perto essa semana. Sabia que ela estava


cismando com isso, e não queria que ela passasse seu tempo
se preocupando. Queria ter um filho com ela, tanto quanto
ela, mas não era o seu corpo, e ele imaginou que significava
que não poderia realmente entender sua loucura agora. Eles
passaram por muita coisa ao longo dos últimos anos. E
finalmente acabou incrível, mas tiveram que lutar por isso.
Em certo sentido, ele se perguntou se era essa paranoia
residual que ficou na sua mente depois de ter sofrido tantas
perdas e sofrimento, algo semelhante a estresse pós-
traumático, como se ela estivesse esperando o tapete ser
puxado debaixo de seus pés a qualquer momento e arruinar
seus sonhos. Suspeitava que houvesse acertado na mosca.
Como ela poderia confiar no mundo de novo?

Estava tão preocupado, de fato ele ligou para o Dr. Green


e pediu-lhe para marcar uma visita essa semana. Não viam
Dr. Green mais profissionalmente, apesar de serem
certamente ainda amigos dele, mas não eram mais pacientes
reais fazia um bom tempo agora. Ele há muito tempo
declarou-os ―sãos, fortes e prontos para enfrentar o mundo‖,
foram suas palavras, mas Darren não estava sentindo isso no
momento.

Quando levou Dr. Green para a sala, Bailey olhou


desconfiada da cozinha. Ele não se incomodou em mencionar
a ela que Dr. Green estaria fazendo uma visita, e ela não se
deixou enganar por aquilo. Sabia muito bem que ele estava
preocupado, e ela sabia que seu psiquiatra pessoal não
estava lá simplesmente para trocar amenidades.

— Como você está Bay?

Ela encolheu os ombros com a pergunta do Dr. Green,


mas seus olhos viraram para Darren.

— Eu sou louca, aparentemente. — Ela parecia irritada.

Quando ela se sentou na poltrona, em vez de ao lado dele


no sofá, ele cerrou os dentes.

— Ela não é louca. — Ele a estudou, mesmo que suas


palavras fossem para Dr. Green. — Ela está preocupada.
Mais do que eu quero que ela se preocupe. Tentando
engravidar e começar uma família deve ser emocionante. Só
quero que ela aproveite o momento. Algum dia ela vai olhar
para trás, e quero que essas memórias sejam boas. Também
sei que o estresse durante a tentativa de engravidar ou
durante a gravidez, não é a melhor coisa para o seu corpo.

— Uma família, hein? — O sorriso de Dr. Green foi quase


pervertido quando Darren olhou para ele, e quando ele olhou
para Bailey, viu um sorriso sutil nos lábios também. — Por
que você está estressada sobre isso, Bay?

Ela balançou a cabeça por um momento.

— Querer muito algo.... Quase o arruína, você sabe?

Ela parecia estar à espera de sua resposta para validar o


que estava sentindo.

— Eu sei. É normal se sentir assim. Nós temos mais


medo de perder o que nós nos preocupamos mais do que
qualquer coisa. Mesmo de coisas que ainda não temos, mas
que nós queremos.

— Continuo a ter esses sonhos vívidos. Alguns deles são


surpreendentes. Alguns deles aterrorizantes.

— Bailey sempre falou muito em seu sono. Desde que ela


era criança. Mas na semana passada.... Estava falando,
estava se debatendo, ela estava.... Bem, francamente, é
divertido, às vezes. — Ele sorriu para ela, e ela finalmente se
soltou e revirou os olhos para ele.

Dr. Green cantarolava.


— Interessante. — Balançou a cabeça com aquele sorriso
sereno em seus lábios. — Bem, estou feliz por vocês. Mas
vocês dois, e eu quero dizer vocês dois, precisam relaxar.
Bailey, Darren está certo. Você precisa se concentrar em
deixar isso acontecer da maneira que deveria. Isso vai
acontecer quando chegar a hora. Você não vai influenciar isso
de uma forma ou de outra por se preocupar. — Ele voltou sua
atenção para Darren então. — E você, pare de gastar todo o
seu tempo se preocupando com Bailey, e entenda, não
importa o quanto eu diga a ela para não se preocupar, ela vai
se preocupar. Que ela seja um pouco louca agora. — Ele
piscou para Darren, e Darren riu. — Estou realmente feliz por
vocês dois. Vocês vão ser pais maravilhosos. — Ele se
levantou enquanto falava, e eles o seguiram até a porta.

Quando estavam sozinhos novamente, ela se virou


instantaneamente para ele.

— Fofocando com o psiquiatra, não é? — Ela passou por


ele em direção à cozinha, e ele a seguiu.

Ele passou os braços em volta dela enquanto ela estava


na pia da cozinha, lavando legumes.

— Amo você demais para não me preocupar. — Ele


esfregou contra o pescoço dela, e ela se virou para ele, perto
de seu peito. — Você ouviu o homem. Nós nos preocupamos
com as coisas que mais gostamos.
A conversa com Dr. Green parecia manter sua
preocupação à distância por um tempo. Infelizmente, não
permanentemente, e três noites depois, ela acordou em
pânico com a morte.

Ele não quer esse bebê. Ele não quer esse bebê. Ele não
quer esse bebê. Ele não quer esse bebê.

As palavras, a noção, o pensamento, e caralho, a porra


da dor disso circulou pela sua cabeça como um furacão de
mágoa.

Ela chorou, e quando Darren ligou o abajur, olhou para


ele. Quando ele estendeu a mão para ela, ela se encolheu e
puxou o corpo até a cabeceira da cama, encolhida no canto.
Ele ficou boquiaberto para ela, com os olhos arregalados e
aterrorizados, e ela apenas olhou para ele, sentindo-se como
se estivesse vendo um monstro na sua frente.

— Bay, o que há de errado? — Suas mãos estavam para


cima, e elas tremiam, enquanto esperava que ela fizesse
alguma coisa.

Ela engasgou, e puxou o ar enquanto seus olhos


piscavam rapidamente, tentando deixá-lo ir. Foi apenas um
sonho. Foi apenas um sonho. Foi apenas...
— Por favor, Bay. — Ele parecia desesperado. — Deixe-
me tocar em você. Eu não vou machucá-la. Sou só eu. — Ele
se aproximou, e ela balançou a cabeça ligeiramente.

Quando ela sentiu o calor de sua mão quando encontrou


sua perna nua, ela desmoronou e começou a soluçar. Ele se
moveu lentamente em seguida. Ele a puxou para o seu colo,
rapidamente passou os braços em volta dela, e silenciou-a
com os lábios em sua orelha.

— Eu tenho você. Foi apenas um sonho.

— Você não queria o bebê. — Sua voz estava tremendo,


mal controlada, quando suas palavras cambalearam para
fora. — Você não...

— Foi apenas um sonho. — Ele se afastou dela e olhou


em seus olhos enquanto ela piscou para afastar o pânico
ainda persistente. — Nada mais do que um sonho. —
Estudou-a e segurou seu rosto suavemente.

Ela fungou.

— É isso que você quer também? Ou estou apenas


empurrando você em algo que você realmente não quer? —
Ela podia sentir os pensamentos paranoicos infiltrando seu
cérebro como um parasita. Ela odiava isso. Ela não queria se
sentir assim.

Puxou-a para seu corpo e segurou-a com força.

— Deixe-me dizer uma coisa. Quero que você ouça com


atenção, porque isso é realmente importante. — Sua voz era
profunda e calma quando falou em seu ouvido.
Ela assentiu com a cabeça.

— Sei como você se sente sozinha às vezes. Você perdeu


tudo. E sei como isso destruiu você.

Seus olhos começaram a lacrimejar, e ela balançou a


cabeça novamente.

— Você quer saber como me sinto em ter um bebê com


você?

Ela se afastou.

— Sim. — Ela assentiu espasmodicamente. — Por favor.


— Ela implorou, e seus lábios tremiam enquanto esperava.
Deus, ela precisava saber.

Segurou seu rosto em suas mãos novamente enquanto


ele estudava os olhos.

— A ideia de criar uma vida com você.... É mais


inebriante para mim do que você pode imaginar. A noção de
que vai ser parte de nós, você e eu... — Ele balançou a cabeça
ligeiramente. —... Como eu poderia não querer isso mais do
que qualquer coisa? — Seu polegar acariciou sua bochecha, e
ele sorriu gentilmente. — Você é minha amiga mais antiga.
Eu me apaixonei por você quando não era mais do que uma
criança. Pode ter havido outras pessoas que entravam e
saíam de nossas vidas antes que finalmente encontramos o
caminho de volta um para o outro, mas você foi meu primeiro
amor, meu único amor. — Ele a beijou docemente. — Isso
significa algo importante para mim.
Bailey limpou a umidade de suas bochechas e focou em
seus olhos quando balançou a cabeça.

— Mas é muito mais do que até mesmo isso. — Seus


olhos ficaram nublados, e ele engoliu duramente ao longo de
um nó na garganta. — Esse bebê vai ser um pedaço de cada
última pessoa que tivemos que dizer adeus antes de estarmos
prontos. Seu pai.... Sua mãe...

Ela chorou, então, soluços tranquilos enviando tremores


através de seu peito, e ele limpou sua própria lágrima
rapidamente.

— Jess... — ele sussurrou enquanto sua voz quebrou. —


Eles são uma parte de nós, tanto quanto essa criança será.
Por favor, acredite em mim. Eu quero isso.

Ela assentiu com a cabeça enquanto enxugou os olhos


novamente.

— Ok.

Ele inalou e deixou sair o ar lentamente.

— Você vai me fazer envelhecer antes do tempo com


esses sonhos seus. — Ele sorriu para ela. — Mas você sabe o
que eles dizem sobre os sonhos e.... — Sua voz saiu, e ele
olhou para ela sem entender por um momento.

— O quê?

— Nada. Nada. — Ele sorriu, mas começou estalando no


interior de seu lábio. — Sonhos e comida mexicana.... Ou
algo assim. Você é a única que queria tacos para o jantar. —
Quando ela estudou os olhos, tentando entender por que ele
estava agindo de forma estranha, ele desviou o olhar. —
Durma agora.

Ele segurou em seus braços quando ela afundou


lentamente de volta para o sono, orando por uma mente
quieta, sonhos tranquilos e noite tranquila.

Ela não podia ver o quarto atrás dela. Sabia que é onde
ela foi porque ela podia ver a porta do banheiro iluminado na
frente dela, mas o resto do mundo parecia ter desaparecido
em torno dela. Embora não estivesse com medo. Era a sua
casa, e ela sabia que, mesmo sem olhar e mesmo sabendo
que estaria encoberto na escuridão atrás dela, que Darren
dormia calmamente e satisfeito na cama.

Por que ela tinha se levantado?

Ela pensou que talvez precisasse ir ao banheiro, mas


como o pensamento passou por sua mente, ele desapareceu,
e ela entrou e pôs-se na pia, olhando para si mesma. Seu
cabelo estava embaraçado e despenteado, e seus olhos azuis
pareciam relaxados.

O que ela estava fazendo?

— O que você está fazendo? — A voz respondeu à


pergunta em sua cabeça com a sua própria pergunta.

Ela respondeu com uma voz que ecoou preguiçosamente


fora das paredes.
— Estou sonhando.

— Sim, você está —, veio a voz mais perto agora do que


tinha sido antes, e quando Bailey virou-se para a direção da
voz, ela olhou. Ela não conseguia reagir em tudo. Deveria
estar gritando, deveria estar chorando, deveria estar ofegante
em estado de choque, mas em vez disso... ela apenas olhou
calmamente para trás, para Jess enquanto sua mente girou e
protestou com toda a reação que seu corpo não conseguiu
mostrar.

Bailey piscou, sentindo suas pálpebras se moverem em


câmera lenta, e, em seguida, uma lágrima correu pelo seu
rosto. Jess a alcançou e a afastou para longe rapidamente,
sorrindo gentilmente para ela. Jess estava ajoelhada no chão,
sentando-se facilmente sobre os calcanhares com as mãos
descansando em cima de suas coxas. Não fazia sentido por
um momento até que Bailey olhou para baixo e viu que ela
estava sentada exatamente na mesma posição, joelho com
joelho com Jess, suas próprias mãos repousavam sobre suas
pernas.

Ela não estava em pé?

Jess a olhava com o menor sorriso nos lábios, estudando


Bailey calmamente. Não poderia ser sua Jess. Sua Jess
estaria sorrindo, sua compostura nunca seria tão recatada, e
algo inadequado estaria vindo de sua boca.

Mas, mesmo quando o pensamento passou por sua


mente, os lábios de Jess levantaram conscientemente.
Quando os olhos lentamente desceram para o estômago de
Bailey, seu sorriso se estabeleceu em uma calma quase
inebriante. Sua mão se estendeu, e ela descansou a palma da
mão contra a barriga lisa de Bailey.

— Não tenha medo —, sussurrou, sua expressão ilegível.

— O quê? — Bailey sorriu quando ela colocou a mão em


cima da de Jess e olhou para seu estômago. Quando seu
olhar se moveu lentamente de volta para os olhos de Jess, era
apenas para vê-los tão brilhantes e molhados como seus
próprios olhos. Seu pequeno e sutil sorriso ainda estava lá, e
seu lindo rosto jovem ainda estava calmo e sereno, mas uma
única lágrima escorreu lentamente para baixo de seus olhos
cintilantes.

— Bailey?

Bailey olhou para a boca de Jess só para vê-la ainda


relaxada. Ela disse seu nome, mas seus lábios não se
moveram.

— Jess? O que está acontecendo? — Bailey começou a


entrar em pânico, mas mesmo quando ela implorou para
Jess, o rosto de Jess permaneceu calmo.

— Bailey? Por favor, Bay.

Bailey olhou para trás para a boca de Jess, tentando


descobrir por que os lábios não se moviam. Ela estendeu a
mão para os lábios de Jess, e quando seus dedos se
encontraram com eles, estavam duros e lisos. Ela correu os
dedos ao longo deles, mas não havia contorno algum, pelo
menos nenhum que Bailey pudesse sentir, e, em seguida,
quando ela olhou para o rosto, olhos castanhos escuros de
Jess se tornaram azuis, e sua morena pele bronzeada
empalideceu, e Bailey percebeu isso.

Ela estava olhando para si mesma.

— Querida? — A voz era quente e profunda. Ela adorava


essa voz. A calma percorreu-a enquanto ela sentia a vibração
da palavra que está sendo falada contra seu ouvido.

Ela piscou, e então ele estava lá por trás de seu corpo


com a boca no seu ouvido exatamente no lugar que tinha
apenas sentido a vibração quente. Ela estava ajoelhada no
chão do banheiro na frente do espelho montado no interior da
porta do armário. Seus dedos ainda tocavam o vidro, e
Darren observou-a por cima do ombro, esperando-a voltar.

— Aí está você. — Esperou pacientemente enquanto ela


piscou os olhos e balançou a cabeça. — Pensei que você tinha
parado com o sonambulismo no colegial.

Ela assentiu com a cabeça, ainda tentando acordar.

— Eu também achava. — Ela tentou sorrir, mas depois


percebeu que sua outra mão estava em seu estômago. Os
olhos dela se mudaram para focar em sua barriga no espelho,
e dado o foco dos olhos de Darren, ele não tinha perdido.

Seu braço em volta dela, a palma da mão em cima de sua


mão da mesma maneira que a mão de Jess cobriu a sua em
seu sonho. Ele se concentrou nela no espelho.

— Você disse o nome de Jess. Você fez uma última vez


também.

Ela assentiu com a cabeça.


— Sim. — O que havia para dizer além disso? Ela já
estava lutando para se lembrar do sonho a cada segundo que
passa. — Sim. — Ela se repetiu quando seus olhos se
estreitaram. Era algo sobre seu rosto, ou o estômago, ou...
Jess tinha dito alguma coisa para ela. Não tinha?

Dado ao olhar nos olhos de Darren, a confusão de Bailey


o estava inquietando.

— Bay?

— Mm-humm.

— Você vai fazer alguma coisa por mim? — Ele estava


atrás dela e enfiou a mão no armário, enquanto ela
continuava a olhar para si mesma no espelho. Quando ele se
agachou atrás dela novamente, ele chegou ao seu redor,
segurando-a pela frente.

Ela mordeu o lábio.

— A última vez deu negativo.

Ainda não fazia nem um mês desde que havíamos


começado a tentar. Era muito cedo. Ela estava dizendo a si
mesma durante dias.

— Você fez aquele teste mais de uma semana atrás. Dado


o seu ciclo, era muito cedo para testar então.

— Só não acho que eu possa estar ainda.

— Me satisfaça.

Seus lábios franziram enquanto o estudava no espelho,


mas ela finalmente pegou o pacote de sua mão. Estava quase
com raiva dele. Não queria fazer isso de novo. Havia ficado
perturbada da última vez, e, francamente, não queria passar
pelo tumulto emocional de fazer isso de novo quando não
havia ponto algum. Esse foi o primeiro maldito mês!

Mas foi muito fácil. Estavam no meio da noite, e sua


bexiga estava cheia. Olhou para a uma linha no teste quando
ela saiu do banheiro privado em anexo ao quarto principal, e
suspirou. Não podia fazer isso de novo. Ainda não. Olhando
fixamente para a linha, esperando que mudasse para duas.
Não naquela noite. Não depois de seu ataque mais cedo.
Darren estava esperando por ela, inclinando-se contra a pia
do banheiro. Ela respirou fundo e soltou o ar lentamente
enquanto caminhava em direção a ele. E quando colocou o
teste no balcão ao lado dele, ela nem sequer se preocupou em
olhar.

Mas quando sua mão pegou o teste e ela se virou para


caminhar de volta para o quarto, sua mão apertou o pulso
dela, segurando-a no lugar.

— Darren, não quero nem... — Ela olhou para ele, e as


palavras dela sumiram.

Ele olhou para o balcão, com os olhos arregalados, e


quando ela estava lá congelada, seus dedos se contraíram em
seu pulso mais e mais.

Ela finalmente olhou para a bancada. Duas linhas. Duas.

— Oh meu Deus —, ela sussurrou.

— Sim. — Sua voz não era mais alta do que a dela.

— Meu Deus.
— Você já disse isso. — Ele ainda estava olhando para a
bancada.

— Dare. — Ela não conseguia desviar o olhar do teste


também. — Isso significa...

Ela puxou seu foco para ele, e ele olhou para ela, seus
olhos marejados. Ele parecia perplexo, estupefato. Parecia
que ele estava em completo e absolutamente em estado de
choque, sobre como se sentia, mas eventualmente seus lábios
levantaram em um sorriso.

— Sim, é verdade.

Ela estendeu a mão livre em seu peito, tocando e, em


seguida, afastando-se. Estava agindo como uma idiota, mas
ela não parecia ser capaz de fazer o seu cérebro funcionar.
Ela pressionou a ponta dos dedos em seu peito novamente,
deixando-os tremer contra sua pele. Ele soltou a outra mão,
e, em seguida, ela conseguiu plantar a palma da mão em seu
peito. Ela ainda estava agindo como uma louca, mas ele
afastou o cabelo do rosto dela, e quando ela olhou para os
olhos, ele estudou e assentiu.

Ela lentamente entendeu de novo ao vê-lo acenar e sorrir


para ela, e, eventualmente, o pensamento tomou conta, e o
choque se dissipou, deixando a verdade em seu rastro.

Ela estava grávida.

Ela saltou em seguida, direto em seus braços, envolvendo


suas pernas em volta de sua cintura e se agarrando ao seu
pescoço com força. Seus braços a pegaram, um enrolado em
torno de suas costas e outro sob seu traseiro, e quando ela
começou a chorar, ele caiu no chão.

Puxou o rosto para ele, uma vez que ela estava sentada
em seu colo, e ele beijou. Ele beijou uma e outra vez. Não
conseguia parar de beijar, e suas unhas se enterraram em
seus ombros enquanto seus lábios se encontraram, sugando,
se separando e fazendo tudo de novo.

— Por que...

Sua boca cortou quando ele capturou seus lábios


novamente.

—.... Você me...

Ele puxou o lábio entre as dele, e gemeu baixinho.

—.... Pediu para...

Sua boca encontrou a dela novamente enquanto suas


mãos corriam sobre suas costas e puxou sua blusa quando
ele tirou sua camisa fora de sua cabeça.

—.... Fazer o....

Ele gemeu quando puxou o peito nu ao seu.

—... Teste?

Ela se aninhou em seu pescoço, finalmente deixando


seus lábios, até que decidiu falar com ela, mas ele a puxou de
volta. Agarrou seu rosto entre as mãos quando puxou a boca
para dele mais uma vez. Ele beijou de novo, mas quando se
separaram de seus lábios, ele finalmente sorriu para ela.
— Algumas pessoas dizem que as mulheres têm sonhos
estranhos no começo da gravidez, até mesmo começando no
momento da concepção.

— Algumas pessoas?

— Bem, normalmente eu os chamaria de charlatões. Não


há prova alguma médica real ou explicação, mas há um
grande número de mulheres que relatam sonhos estranhos
muito cedo... — Ele deu de ombros. — Suponho que nem
tudo pode ser explicado pela ciência. — Beijou-a novamente,
e quando ele finalmente deu seus lábios de volta para ela,
levantou-se e levou-a para a cama.

— Quero fazer amor com você —, disse ele.

— Parece um pouco desnecessário. — E quando ela olhou


para o relógio, ela se encolheu. — Especialmente
considerando que são três e quinze da manhã. Você tem que
se levantar em poucas horas.

— Não me importo. E fazer amor é sempre necessário. —


Estendeu a mão e desligou o abajur, deixando-os na
escuridão.

Ele era gentil. Não disse nada, e seu corpo estava perto
quando ele se moveu dentro dela, quase se separando dela
totalmente quanto revirou os quadris lentamente entre suas
pernas. Ela podia sentir suas exalações contra os lábios dela,
e quando a sua respiração acelerou, ela escutando.

— Nós podemos fazer isso? — Ela sussurrou. Ela podia


sentir sua pele empurrando contra seu clitóris, que inervando
sua excitação com cada penetração profunda. Não sabia por
que precisava de permissão para apreciar isso, mas ela
queria ouvi-lo dizer-lhe que estava tudo bem.

— Sim. — Sua voz era tão tranquila quanto a dela.

Como ele remexeu sua pélvis contra a dela, sua


respiração ficou presa em sua garganta, e ela gemeu quando
momentos de prazer irradiavam para fora daquele pico duro
de nervos que ele estava empurrando contra.

— Vem para mim, Bailey. Apenas relaxe e deixe vir. Não


tenha medo. — Seus lábios se moviam contra seu ouvido,
acariciando e fazendo cócegas, e como ele murmurou com
tranquilidade o que ela precisava ouvir, sua virilha aqueceu e
vibrou. Sua respiração ofegante acelerou para coincidir com a
dele, e quando começou a suspirar enquanto ela gemia e
esperou apenas o golpe certo para empurrá-la sobre a borda,
ela se concentrou em seus grunhidos tranquilos e os deixou
excitá-la e empurrá-la.

Ela veio, gritando com os lábios em seu ombro, e quando


seu orgasmo pulsou através de cada nervo de seu corpo, ele
se acalmou profundamente dentro dela.

— Amo você, Bailey. — Ele beijou cada centímetro de seu


rosto, e muito tempo depois, quando seus lábios finalmente
deixaram sua pele, puxou-a em seus braços. — Quando você
quer dizer às pessoas?

— Quero esperar um pouco.

Ele riu.

— Eu só vou acreditar quando vir.


— Bailey Cory, — a voz da mulher soou na sala de
espera.

Darren lhe apertou a mão, e eles levantaram juntos.


Quando passaram pelos outros pacientes na sala de espera,
olhos os seguiram, mas nenhum era irritado. Como de
costume, eram apenas um espetáculo estranho para algumas
pessoas, mas a maioria sorriu gentilmente, e quando Darren
viu isso, seus nervos formigaram. Inferno, ele queria abraçar
as mulheres que tiveram a amabilidade de sorrir para Bailey.
Ela precisava ver isso.

Sua irmã tinha sido popular na cidade, e ele supôs que


poderia entender por que a cidade sentiu uma perda pessoal
quando sua vida foi interrompida. E, como ele mesmo caiu
vítima à satisfação de culpar Bailey, ele podia entender sua
necessidade de marcar Bailey como uma assassina em certo
modo. Graças ao Dr. Green, ele entendia a psicologia muito
bem. Quando a vida é perdida de forma inesperada e muito
rápida, as pessoas procuram razões, as pessoas procuram
uma explicação, e às vezes as pessoas procuram alguém para
culpar. Isso dá às pessoas de volta um sentido de ordem no
mundo, uma maneira de explicar por que alguém tão jovem
poderia ser levada tão cedo.

Mas ele precisava que Savoy superasse, e se pudesse,


então ele não só precisava que esquecessem, mas, ele
esperava muito isso. Esta era a sua casa, e ela era sua
esposa. Ele queria que ela fosse contente. Mas, quando ele
segurou a mão dela e caminhou com ela através da sala
lotada, olhou em volta, pegando os sorrisos. Sorriu de volta,
fazendo o seu melhor para mostrar sua apreciação. Não
levaria muito tempo agora para a fábrica de boatos começar
sua produção. Os maridos não vão para exames anuais ao
ginecologista. Eles vão para consultas pré-natais. Sim, ele
esperava que a cidade pudesse realmente vencer até mesmo
Bailey em espalhar a notícia.

— Vamos começar com a sua altura e peso querida.

Bailey fez uma careta para ele ironicamente quando ela


pisou na balança, e ele fingiu um olhar de choque de volta
para ela quando a enfermeira leu seu peso. Sorriu para ele. E
riu. Ele adorava isso. Ela feliz, animada, e agindo como isso
fosse realmente divertido. Isso era definitivamente divertido.

Uma vez que estavam na sala de exame, a enfermeira lhe


entregou um copo de amostras de urina e a direcionou para o
banheiro enquanto Darren esperava por ela na sala. Ela
voltou alguns minutos depois, e a enfermeira entrou logo
atrás dela.

— Então, você teve um teste de gravidez positivo, há uma


semana, certo?
— Sim. Dois, na verdade. Fiz um segundo no dia depois
do primeiro.

Ele inclinou a cabeça para o lado, quando olhou para ela.


Ele não tinha conhecimento disso, mas poderia dizer
honestamente que ficou surpreso?

— Fazer xixi em coisas de novo, não é?

Ela deu os ombros, e ele riu enquanto a enfermeira


observou-os com curiosidade.

— E você pode me dizer quando foi o seu último ciclo?

Bailey respondeu às perguntas da enfermeira quando se


sentou na mesa de exame. Darren sentou na cadeira
próxima, e uma vez que a enfermeira pegou seus sinais vitais,
ela entregou a Bailey um vestido, e eles ficaram sozinhos. Ele
se levantou e aproximou-se dela, desdobrando o vestido
enquanto se despia. Uma vez que ela estava vestida com um
cobertor sobre o colo, beijou o lado de seu pescoço.

— Contra as regras. Agarração não é permitida no


consultório da médica de vagina. — A voz rouca da Dra.
Halady o interrompeu, e como ele ficou em pé, virou-se em
direção à porta. — Você não sabe que é assim que você
entrou nessa bagunça em primeiro lugar? — Ela zombou.

Dra. Alicia Halady era uma mulher de meia-idade com


longos cabelos castanhos claros. Era uma personagem
interessante, e ele suspeitava sobre sua orientação sexual.
Ele também tinha essa ideia em sua mente de que ela
pudesse lidar com qualquer homem na cidade enquanto fazia
partos com a outra mão. Ela era em partes iguais - fria e doce
– ao mesmo tempo.

— Oi, Alicia. Como você está?

— Bem, não tão bem como você, aparentemente, fazendo


bebês e tudo mais. — Ela sorriu para os dois. — Então,
adivinhem? — Ela fingiu emoção. — O teste confirmou que
está grávida. — Suas mãos voaram em seu melhor
movimento.

Bailey riu, e Darren revirou os olhos. Ela tinha sido


paciente de Alicia por anos, e ele sabia que Bailey gostava
tanto dessa mulher quanto ele.

— Tudo bem, garoto, vamos começar a parte menos


divertida em primeiro lugar. Darren você não está autorizado
a ficar ao pé da mesa. Fique na cabeça de Bailey, então não
preciso expulsá-lo.

Ele era um parceiro paciente enquanto esperava Dra.


Halady terminar o papanicolau de Bailey e o exame pélvico e
recolher suas amostras, e uma vez que terminou, Dra. Halady
saiu da sala, e Bailey colocou suas roupas.

Poucos minutos depois, houve uma batida na porta.

— Agora - vocês dois estavam tentando engravidar ou


isso foi um descuido? — Dra. Halady perguntou enquanto
folheava o prontuário de Bailey e entrava na sala.

— Planejado —, disse Bailey.

— Bem, dado à data da sua última menstruação, diria


que você pode estar olhando para um bebê no Natal.
Tecnicamente é provável que seja alguns dias antes, mas
reparem, primeiros bebês gostam de tomar o seu tempo de
chegar, então você nunca sabe. — Ela olhou para eles e
sorriu. — Parabéns.

— Então, precisamos fazer um ultrassom ou qualquer


coisa assim? — Perguntou Bailey.

— Você tem alguma preocupação, dor abdominal ou


qualquer outra dor inexplicável, cólicas, corrimentos?

Bailey balançou a cabeça.

— A única razão que nós faríamos um ultrassom neste


momento seria se houvesse alguma preocupação sobre a
gravidez ou se estivéssemos inseguros quando você concebeu.
Não há coisa alguma que sugira que uma ultrassonografia é
indicada no momento. É claro que eu quero saber
imediatamente se tiver dor, ou corrimentos, mas fora isso,
quero que você descanse bastante, certifique-se de tomar
vitaminas pré-natais, comer uma dieta equilibrada, e
desfrutar da primavera. — Sorriu para eles quando ela fechou
arquivo de Bailey.

— Há muito pouco que eu quero que você mude. É claro


que nenhum álcool ou drogas, seja cautelosa e segura com
suas atividades físicas. Sei que você corre, e isso é bom, mas
não vá sozinha. Mesmo com a natação. Basicamente apenas
coisas de senso comum. E sim, você está autorizada a ter
relações sexuais. Sempre parecem fazer essa pergunta. — Ela
sorriu.
— Você vai notar mudanças ao longo dos próximos
meses. O primeiro trimestre pode ser desgastante. Você pode
sentir-se mais exausta e cansada do que o habitual. Mas,
geralmente, as mulheres se animam um pouco no segundo
trimestre. Não se surpreenda se você ficar enjoada e sensível
a certos cheiros. Isso se resolve normalmente até o final do
primeiro trimestre também, embora não sempre. E se os seus
seios não estão doloridos ainda, você vai perceber isso em
breve. Gostaria de vê-la aqui uma vez por mês, apesar de que
vou vê-la mais vezes perto do final de sua gravidez, e nós
planejamos fazer um ultrassom quando você estiver mais
adiante. Você precisa decidir se você quer saber o sexo do
bebê naquele momento. Fora isso, a enfermeira vai tirar um
pouco de sangue, dar-lhe um encantador livro cheio de
informações úteis, e então você está livre para ir, a não ser é
claro que você tenha quaisquer outras perguntas. — Ela
olhou para ambos, como eles balançaram suas cabeças.

— Então, é isso? — Perguntou Bailey.

— Bem, não, não é isso. Você vai passar os próximos oito


meses com esse bebê crescendo dentro de seu ventre, e que
vai resultar na necessidade de você então empurrar a criança
para fora de sua vagina E não me faça começar nos dezoito
ou mais anos seguintes querer que eu fique ―criando‖ a
criança. Isso não é a minha área de especialização. ―É isso‖
soa um pouco anticlímax quando você pensa assim. — Alicia
sorriu para Bailey.

Bailey riu, e ele também. Deus, ele amava a Dra. Halady.


— Vejo você em um mês, Bailey, e parabéns novamente
para ambos. Tente relaxar e desfrutar. — Ela se levantou de
seu lugar e acenou enquanto passava pela porta.

No momento em que a enfermeira entrou para tirar seu


sangue, Bailey estava roendo a unha violentamente. Bailey
não gostava de agulhas, e ele sabia que ela preferiria morder
o dedo a ter uma agulha empurrada em sua veia. No final, ela
conseguiu, sem fazer qualquer prejuízo real para seus dedos,
mas ele tinha certeza que ela quase quebrou seus dedos
quando ela apertou a mão sobre eles quando a enfermeira
veio para ela com a agulha.

— Para que são esses exames de sangue? — Ela


perguntou, enquanto a enfermeira colocou uma pequena
bandagem no pequeno furo.

— Muitos exames em sua primeira visita pré-natal.


Apenas rotina padrão. Nós vamos deixar você saber se
encontramos algo de anormal, mas é realmente apenas uma
precaução. Sabemos a sua história médica, uma vez que você
tem sido paciente daqui a algum tempo, então tudo isso é
apenas rotina. — A enfermeira puxou sua manga e se
levantou. — Vocês dois se cuidem. Bom ver você, Dr. Cory.

— Você também. — Ele pegou sua bolsa do chão e, em


seguida, levou-a embora.

Caminharam de volta para o carro depois de marcar sua


próxima consulta, e quando ele olhou para ela, sorriu.

— Você passou uma semana inteira sem dizer a


ninguém. Estou impressionado.
Ela sorriu para ele.

— E passou através de toda a minha consulta, sem me


fazer seu paciente. Estou impressionada. Estava apenas
esperando que você levasse o espéculo longe da Dra. Halady e
a empurrasse para fora do caminho —, ela comentou com
sarcasmo.

— Não sei o que você está falando. — Ele com certeza


quase o fez.

— Sério? Você não se lembra de ser chutado para fora do


consultório do oftalmologista no ano passado quando meu
olho inchou...

— O fodido perdeu uma abrasão corneana, porque estava


muito ocupado olhando para sua camisa!

— O tratamento foi diferente por causa da abras...?

— Isso não vem ao caso! — Sua voz era alta, mas


brincalhona, e ela revirou os olhos para ele.

— Meu ponto é, quero que você seja um pai, não um


obstetra. — Ela olhou muito séria quando disse isso, e ele
suspirou quando estudou seus olhos. Esta era a sua
fraqueza. Bailey pode ter se perdido um pouco quando
estavam tentando engravidar, mas ele tinha uma tendência a
se perder quando sua segurança e saúde não estavam em
suas mãos. Ela estava certa de pensar que a gravidez pode
trazer para fora a assustadora tendência controladora dele.

Inclinou-se para ele e o beijou docemente, mas não havia


coisa mais doce que sua mão, que foi de repente para sua
virilha e a apertou. Ele resmungou quando a excitação
inesperada o acertou. Ele estendeu a mão para seu rosto e
segurou a boca para a dele enquanto empurrou sua língua
entre os lábios. Quando ela se afastou um pouco, ele soltou
um bufo irritado.

— E que Deus me ajude, se você levar para casa um


espéculo... — Seus olhos eram alertas e sedutores e sua mão
se arrastou para baixo, empurrando para deslizar em seu
períneo coberto de pano para seu ânus quando ele engasgou.
—.... Vou enfiá-lo em linha reta até a sua bunda. — Ela
sorriu docemente enquanto ele gemia, e então se lançou para
sua boca.

Ela começou a puxar-lhe a mão para trás, mas ele


agarrou seu pulso e segurou a mão dela no lugar. Ele nunca
deu aos seus lábios uma pausa enquanto esfregava e
pressionava contra aquele lugar íntimo entre as pernas. Ele a
beijou apaixonadamente e provava cada centímetro de sua
boca, e quando soltou seus lábios, estava extremamente
duro. Faria qualquer coisa para levá-la para cama no
momento, mas, infelizmente, sua agenda real era levá-la para
casa para que ele pudesse voltar para o hospital e ela poderia
se preparar para sua segunda entrevista com a idosa dona de
uma livraria.

— Você vai compensar isso esta noite, minha pequena


mulher sedutora grávida —, comentou quando ligou o carro e
saiu do estacionamento.
Ela riu no banco do passageiro, e ele estendeu a mão e
pegou a dela na sua.
Jess,

Tudo bem... Só, Ok! Não posso manter esse segredo nem um
segundo a mais. Literalmente passei três semanas agora sem
dizer a ninguém, e isso está me matando! A revelação perde
um pouco de algo considerando que você, sem dúvida, é uma
espécie de sabe-tudo, neste momento, e eu só posso supor que
você já está bem ciente do feto que sequestrou meu ventre,
mas.... Espere por isso... Apenas aja com surpresa... Estou
grávida! Ufa! É bom soltar isso...

Agora me sinto melhor. E tenho um emprego. Não é uma


coisa muito excitante, apenas em meio período, mas eu
adoro. Myrtle, sim, estou falando sério o nome dela é Myrtle, é
a mulher mais doce que eu já conheci. Ela é proprietária do
sebo ―Passe A Diante‖ na Main Street. Trabalho de quinze a
vinte horas por semana, geralmente das dez até duas ou três
horas da tarde. É fácil, mas também é incrivelmente
interessante. Ela recebe remessas de livros usados a cada
semana, e sentar-se e cavar através de todos os títulos é
facilmente o destaque da minha jornada de trabalho.
Organizar todos esses livros, nem tanto. Na verdade, é
cansativo, mas eu estou começando a achar que tudo é.
Estive lendo mais do que eu já li há muito tempo, e é tão
relaxante. Vendo como uma boa parte da nossa população
em Savoy acha que o Kindle é o diabo e inteiramente muito
tecnológico para nós simples camponeses, ficamos muito
ocupados. Bem, é o suficiente sobre mim. Como é o céu?

Espero que o nosso bebê se pareça com você. Mas sem


ofensa, espero que ele se comporte um pouco melhor e seja
menos argumentativo. Sinto sua falta. Queria que você
estivesse aqui. Não há nada que poderia fazer esta
experiência mais surpreendente do que compartilhar isso com
você e mamãe e papai.

Amor aos céus do feto e eu,

Bailey + 1

Fechou o diário e se dirigiu ao banheiro. Darren ainda


estava no hospital, e Bailey tinha acabado de chegar da loja.
Myrtle a mandou para casa com tantos livros usados,
incluindo um velho, maciço, livro vintage de anatomia, Bailey
estava um pouco preocupada que sua bicicleta iria tombar ou
o fundo de sua cesta iria romper, deixando cair empoeirados
livros usados pela estrada.

Quando ela entrou no vapor do chuveiro quente, apoiou


seu corpo com as mãos contra a parede. Seus ouvidos
zumbiam, e sua cabeça flutuou por um momento, mas depois
passou, e ela cantarolava enquanto a água quente acalmava
seus músculos doloridos. A parte inferior de suas costas doía
terrivelmente, e ela esticou e arqueou as costas, tentando
soltar os músculos. Guardar esses livros estava fazendo um
estrago maldito em suas costas.

No momento em que ela saiu, estava pronta para tirar


uma soneca. Realmente não teria tempo para isso, no
entanto. Era o banquete de primavera no River Bend Trout
Fishing Resort oferecido pelo Dr. Mooring. Então muitos de
sua equipe iriam, e ela precisava estar pronta em duas horas.
Seu vestido de seda preto estava pendurado, já passado e
pronto no armário, mas ainda tinha que descobrir algo para
seu cabelo. A própria ideia de levantar as mãos para o alto
por um período prolongado de tempo foi exaustivo, e quando
ela cometeu o erro de se enrolar na cama com um dos muitos
livros que ela trouxe para casa, escapuliu antes que pudesse
se conter.

•●•

Acordar com uma sensação de sucção quente em seu pé


foi excepcionalmente agradável. Ela sentiu a vibração de seu
gemido quando ela se moveu e olhou de volta para ele por
cima do ombro. Estava deitada de bruços, e ele estava
segurando seu pé, deixando uma mão percorrer da sua
panturrilha para o interior de sua coxa. Mordeu em seu pé
suavemente, e ela engasgou. Ele riu quando lançou os dentes
em sua pele.

— Estamos indo modernamente atrasados ou


simplesmente atrasados? — Ele sorriu.
Quando abaixou a perna para a cama, ela viu que ele já
estava nu, e seu cabelo estava molhado. Ele se arrastou até o
seu corpo, beijando lentamente seu caminho de uma perna
para o seu traseiro. Beliscou e chupou, dando beijos ao longo
de suas bochechas, e quando finalmente chegou à sua parte
inferior das costas, lambeu trilhas quentes que formigavam
quando o ar tocava a pele molhada esquerda por sua língua.

— Vamos lá, baby. Prometo que vou acabar com você


mais tarde, mas o jantar em primeiro lugar, — murmurou
contra sua pele, e ela gemeu quando ele se levantou.

— Desculpe. Estava tão cansada. — Ela se levantou para


se sentar, e pegou a mão dele quando ele ofereceu a ela.

Ela esticou suas costas enquanto caminhava em direção


ao closet, e ele olhou para ela por um momento antes de
desaparecer no banheiro. Ela entrou em seu vestido, lutando
para fechar o zíper lateral. A parte inferior das costas doía
cada vez que ela se mexia, e simplesmente não conseguia
ajeitar. O vestido era de cocktail de cetim preto com um
decote baixo, onde o tecido solto se reunira para assentar-se
no seu peito. Alças finas seguravam o conjunto, e a saia
ajustada do vestido caia um pouco acima dos joelhos. Os
saltos não eram altos, mas ela ainda tropeçou enquanto
caminhava em direção à sua cômoda. Ela avançou
lentamente sua roupa de baixo pelas pernas sob o vestido e,
em seguida, encontrou Darren no banheiro.

Estava nu na pia enquanto escovava os dentes, e quando


olhou para ela, encarando-a. Havia comprado o vestido para
ela em sua lua de mel para usar em um bom restaurante que
foram em Eureka Springs. Ela não o havia usado desde
então, e enquanto lavou o creme dental de seus lábios, não
parou de olhar.

— Deus, amo esse vestido em você —, disse em voz baixa


quando saiu atrás dela. Beijou o lado do seu pescoço
enquanto pegava a escova e, em seguida, ele se foi. Ela se
esforçou para escovar cabelo. Seus braços pareciam de
gelatina quando os mexia, mas o cabelo dela não secou o
suficiente para colocar a cabeça na cama, e ainda estava
úmido o suficiente para trabalhar com ele. Ela fez um coque
um pouco recatado na nuca, mas seus braços estavam tão
cansados quando terminou, estava um pouco ofegante.

Escovou os dentes rapidamente, passando algum blush


nas bochechas para animar o rosto cansado, e, em seguida,
colocou um pouco de rímel em seus longos cílios. Darren
voltou impressionante em seu terno preto, sapatos
engraxados, e gravata prata esterlina. Ela sempre gostou de
vê-lo em um terno, e quando ele se aproximou por trás dela,
terminou de endireitar a gravata e, em seguida, observou-a.

Ela passou gloss nos lábios. Era muito claro e não fez o
efeito desejado, então pegou seu gloss colorido,
transformando seus lábios em um tom rosa brilhante que
parecia muito mais animada. Ele deslizou os dedos por baixo
das alças finas e puxou para baixo os ombros.

— Você deve estar indo simplesmente atrasado —,


comentou ironicamente.
Ele riu por um momento.

— Não sou eu quem caiu no sono.

Ela mordeu o lábio com culpa.

— Sinto muito.

— Está tudo bem. Você parece cansada. — Puxou as


alças mais para baixo. O vestido estava ajustado e
estruturado um pouco abaixo de seus seios para os quadris,
mas o topo era solto, e, como ele deslizou as alças mais e
mais, o tecido caiu mais e mais até que seus seios nus
estavam aparecendo.

Ela parecia tão excepcionalmente pálida, até mesmo seus


mamilos, e eles se contraíram duros como seixos enquanto
seus olhos queimavam dentro dela. Ele pôs as mãos sob os
seios, segurando os montes cheios de carne em suas palmas,
e, em seguida, deixou seus polegares acariciarem sobre os
picos de seus mamilos. Seus seios estavam doloridos, mas ele
era gentil, e a dor não foi suficiente para tirar o prazer do seu
toque.

— Tenho que admitir, estou excepcionalmente ligado com


a ideia de você grávida e redonda. Também estou muito
ansioso para ver seus seios cheios.

Seus músculos do estômago apertaram sob o tecido


justo, e os ombros caíram para a frente quando seus nervos
incendiaram. Ela inalou lentamente enquanto suas pálpebras
flutuaram, e ele cantarolava contra seu pescoço.
— Está se sentindo bem? Você parece um pouco
apagada.

Seus olhos se encontraram no espelho.

— Acho que eu só estou cansada hoje. Minhas costas


doem um pouco, e me sinto meio drenada. Mas estou bem.

— Nenhuma cólica? Sem corrimento?

Ela balançou a cabeça.

— Não. Estou bem. Apenas cansada. Arquivei livros


durante toda a manhã, então tenho certeza que as minhas
costas só doem de se inclinar e levantar. — Ela sorriu, mas
sua testa se encolheu quando ele a estudava.

— Talvez a gente não devesse ir hoje à noite. Nós


poderíamos apenas ficar. Dr. Mooring não vai se importar.
Ele sabe que você está grávida...

Ela suspirou dramaticamente, mas mesmo isso não


pareceu despertar o olhar preguiçoso em seus olhos.

— Não posso acreditar que você contou.

Ele riu.

— Tinha que dizer-lhe alguma coisa. Você vai ter


consultas todo mês e eu vou com você, e eventualmente, vou
precisar ficar algum tempo fora quando o bebê nascer.

— Relaxe, Sr. Defensiva. Só estou emocionada que foi


você quem falou primeiro. — Ela sorriu para ele.

— Estou falando sério. Acho que devemos ficar em casa.


Vou ligar para Mooring e contar que você não está bem para
isso. Podemos levá-lo e sua esposa para jantar em algum
momento, quando você tiver um pouco mais de vitalidade em
seus passos, sim?

Ela assentiu com a cabeça. Ela estava totalmente aliviada


ao ouvi-lo dizer isso.

— Além do mais... — Ele apertou suavemente seus seios


enquanto seus lábios conectaram e deu um beijo quente na
parte superior do ombro. —.... Prefiro ter você fora desse
vestido bonito e na cama. Não se preocupe, vai ser
preguiçoso, sexo gentil hoje à noite. Não vou nem usar contra
você, se você cair no sono enquanto estou ocupado lambendo
cada centímetro de seu corpo. — E a olhou nos olhos, mesmo
quando sua boca beijou seu ombro novamente.

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim.

— Bom. Tem certeza de que está se sentindo bem?

— Sim.

Seus dedos encontraram o zíper do lado dela e,


lentamente, avançou ao longo de sua caixa torácica.
Pendurou o vestido pelas alças na maçaneta da porta do
banheiro e, em seguida, voltou para ela. Puxou sua calcinha
para baixo pelos tornozelos enquanto ele deslizava seus
saltos de seus pés. E quando ele se afastou, pegou-a nos
braços e a levou para a cama.
Ele se sentiu um pouco
culpado por pedir-lhe para sair
da cama, especialmente considerando que ela terminou
exatamente na mesma posição que ele a tinha encontrado,
deitada nua no meio da cama, de bruços. Moveu os livros
longe dela, pelo menos. Começou pelos pés novamente,
massageando as solas, beijando-os, e lambendo seu caminho
até a parte de trás de suas pernas. Ela se contorceu e gemeu
enquanto sua boca se moveu, e ele tomou um tempo tocando
cada grama de pele com a boca e língua.

Quando ela se virou, ele estava lutando contra a frente de


suas calças. Não tinha se incomodado em se despir, e foi só
agora que ela estava olhando para ele com seus olhos
cansados que se preocupou em deslizar o paletó. Jogou na
cadeira próxima e afrouxou a gravata. Ela se sentou
enquanto ele se ajoelhou com um joelho em cada lado de
suas coxas. Ela abaixou o zíper da calça e chegou a passar
por ele. Sua mão esfregou sua excitação, e ele se concentrou
na sensação quando puxou a gravata em seu pescoço e
começou a desfazer os botões de sua camisa.

Quando ela abriu o botão da calça, ele puxou a camisa


rapidamente, para que pudesse se concentrar nela e nada
mais. Ela puxou a cueca para baixo por suas coxas, e seu
pau saltou livre antes que ela o agarrasse. Ela fechou os
lábios ao redor da cabeça, e então era tudo o que podia fazer
para manter os olhos abertos e nela. Gostava de vê-la chupar
seu pênis. Era facilmente um dos pontos turísticos mais
eróticos do mundo para ele, mas era reconhecidamente difícil
manter os olhos abertos e sobre ela quando chupou com
força a parte mais erógena do corpo dele.

— Ah, foda-se —, murmurou enquanto puxava mais dele


em sua boca, e depois ele torceu os dedos através do cabelo
no topo da cabeça dela.

Revirou os quadris quando ela agarrou suas nádegas, e


ele empurrou sua ereção mais profundo, em sua boca,
ameaçando invadir sua garganta. Mas ele se afastou, optando
por deixá-la assumir a liderança. Não gostava que ela
estivesse tão cansada. Sabia que era normal, mas era
estranho ver sua esposa normalmente alegre e energética tão
exausta. Soltou seu cabelo de seus dedos, estendeu a mão
para seu traseiro, e cobriu as dela em seu agarre. Entrelaçou
seus dedos com os dela, segurando-os ao seu lado, e revirou
os quadris suavemente quando ela o puxou em sua boca.

Ela balançava para frente e para trás, e ele se concentrou


na visão de seus lábios distendidos. Era incrível ver o quanto
sua boca teve de se esticar para acomodar sua amplitude, e,
tanto quanto aquela imagem o deixou querendo empurrar
com força e bombear dentro dela, ele manteve seu movimento
uniforme e lento e a deixou ditar o ritmo.

— Deus, amo a sua boca porra, baby. — Ele fazia, mas


tanto quanto estava gostando, ainda se afastou e sentou-se
em suas panturrilhas. Muito mais, e ele não seria capaz de se
conter. — Deite-se.

Estava deitado entre as pernas, e apoiou o queixo em sua


barriga. Estendeu a mão ao longo de seu estômago e deixou
seu polegar acariciar seu clitóris suavemente enquanto seus
quadris começaram a se contorcer. Lambeu do furo ao
clitóris. Sua língua se movia lentamente, e ele se concentrou
em seus olhos quando ela gemeu e estremeceu. Quando se
inclinou para trás, foi para que ele pudesse ver o corpo dela
ter dois de seus dedos. Estava quente e úmida, e sua boceta
tremeu quando se apertou sobre ele. Ele tirou os dedos dela,
e os chupou. Ela estendeu a mão e passou os dedos
suavemente pelo cabelo antes de deixar sua mão correr para
o lado de seu rosto. Virou-se para ele e beijou a palma da
mão suavemente.

— Juro que sua boceta tem um gosto ainda mais doce


quando você está grávida —, observou ele.

Ela riu calorosamente.

Lambeu-a novamente enquanto gemia, e ela gritou


quando alcançou e espalhou os lábios para ele. Sua mão livre
agarrou o cabelo no topo da cabeça. Ele lambeu e chupou e
deixou seus gemidos e suspiros conduzir sua excitação até
que estava desesperado para chegar dentro de seu corpo.
Quando ela chegou, os dedos tremiam contra a pele molhada
suave de seus lábios. Ela gritou, e sua mão apertou e puxou
seu cabelo. Ignorou a dor, e ele beijou seu clitóris, sugando-o
com cuidado e deixando os lábios bater docemente contra os
nervos inchados.

Seu aperto afrouxou quando ela relaxou, e quando ele se


arrastou por seu corpo, colocou seus joelhos embaixo de suas
coxas. Entrou lentamente, e ela fez uma careta quando ele
estava totalmente encaixado dentro dela. Recuou, olhando
para ela, mas quando ele empurrou de volta, ela gemeu e
estremeceu novamente quando sua mão encontrou seu
abdômen, impedindo-o. Ele se afastou rapidamente então.

— Estou machucando você?

— Não. — Balançou a cabeça, mas ela parecia mais


confusa do que qualquer coisa. Ela estremeceu muitas vezes
quando ele a fodeu duro, mas foi sempre seguido pelas mãos
agarrando seu traseiro e puxando-o com força ou suas
palavras pedindo-lhe mais. E além disso, ele não estava
sendo rude com ela. — Não. Só se sentia.... Diferente. Apenas
um pouco desconfortável.

Não estava muito convencido, e quando ela tentou sorrir


para ele, seu coração disparou por um momento.

— Você tem certeza que você não sente qualquer cólica?

— Tenho certeza. — Ela estendeu a mão para seu rosto e


tentou tranquilizá-lo. — Acho que eu só exagerei com os
livros hoje. Estou mais cansada do que o habitual, e minhas
costas doeram o dia todo.

Sentiu a testa dela, mas ela não parecia febril. Quando


puxou seu corpo e deitou ao lado dela, enfiou a mão entre as
pernas dela e empurrou dois dedos profundamente dentro
dela. Mas não havia sangue em seus dedos quando os
escorregou de volta.

— Estou bem —, disse ela. — Sinto-me bem agora. Você


sabe o livro que a Dra. Halady deu disse que pode se sentir
diferente.

Parecia que realmente queria que ele concordasse com


ela, e ela estava certa. Ele conhecia esse livro, inferno, tinha
lido sobre tudo o que ele poderia encontrar, era um
aprendizado desde que ela engravidou. Era quase um
ginecologista estudado neste momento.

— Quando será a sua próxima consulta com Dra.


Halady?

— Em pouco mais de uma semana.

— Ok. Vamos falar com ela sobre isso depois, mas se


você tiver algo...

— Eu sei. — Ela agarrou seu braço. — Eu sei. Mas não


estou com dor. Não estou com cólicas, sem corrimentos.
Realmente acho que só exagerei hoje.

Ele assentiu com a cabeça e passou os braços em volta


dela. Ele se aninhou contra seu pescoço e suspirou.

— Amo você, querida.

— Também amo você.

Ouviu-a e esperou que ela adormecesse antes de se


levantar, e quando ele discou o número da Dra. Halady, foi
quando ele se sentou em seu escritório, em segurança, fora
do alcance da voz.
— Oi, Alicia. É Darren Cory.

— Hey, Darren. O que devo o prazer de falar com você?

— Bem... tem uma pergunta que quero fazer a você.

— Ok, manda.

— Em sua experiência, é normal para o sexo ser


desconfortável ou se sentir diferente quando você está
grávida? Sei que há livros lá fora, que dizem que é, mas....
Não sei.... É normal isso no início? Ela não está nem mesmo
com seis semanas.

— Ela disse que era doloroso? Ou qualquer cólica?

— Não para ambos. Ela só disse que se sentia diferente....


Desconfortável.

— Soa muito normal. O desconforto tem mais a ver com o


aumento do fluxo sanguíneo para a área, e não o tamanho do
feto. Algumas mulheres relatam o sexo mais prazeroso,
outras podem achar desconfortável. Mas você sabe o que
fazer. Quaisquer cólicas ou corrimentos, quero que você me
chame imediatamente.

— Sim.

— Um monte de casais tenta posições diferentes para ver


o que é mais confortável para eles. Montes de preliminares,
um banho de antemão, todas são estratégias recomendadas
para aliviar um pouco o desconforto. Mas ao invés de deixar
que alguém se preocupe desnecessariamente, vamos agendar
uma ultrassonografia em sua próxima consulta apenas para
se certificar de que não há nada mais acontecendo.
— Soa bem. Obrigado, Alicia. Agradeço.

— Claro.

Quando voltou para Bailey, ela ainda estava dormindo


profundamente, e ele se arrastou ao lado dela.
— Estou tão feliz que você nos convidou para jantar,
querida! — Jillian sorriu para Bailey. Uma vez que Bailey
levou Jillian e Marcus para a cozinha, Marcus a beijou
rapidamente na bochecha, e Jillian se ocupou com o jantar.

Ninguém confiava muito em Bailey para fazer uma boa


refeição, e Jillian sabia perfeitamente bem que Bailey não se
importaria com a ajuda.

— Onde está Darren? — Perguntou enquanto ela


colocava um pouco de sal e pimenta sobre os cortes de carnes
que estavam prontos para o grill.

— Ele estará aqui em breve. Michelle e Jason virão


também...

— Oh! E trazendo seu bebê adorável também?

— Bem, não tenho certeza de Abigail se qualifica como


um bebê por mais tempo. Você não pode acreditar o quanto
ela cresceu. — Bailey sorriu para Jillian.

Jillian colocou o braço em volta da cintura de Bailey e a


apertou delicadamente.

— Bem, querida, até você me dar um neto, vou me


conformar com todo o bebê que encontrar.
As bochechas de Bailey aqueceram quando ela olhou
para longe de Jillian. Odiava esconder coisas de pessoas.
Descobriu há muito tempo que ela era uma pessoa muito
mais conteúdo quando ela era simplesmente aberta e
honesta, e esconder as coisas, mesmo coisas pessoais que
não eram da conta de ninguém até ela estar bem e pronta
para compartilhar essas coisas, deixava um sentimento não
muito honesto.

Em vez de dar à Jillian a chance de observar o


comportamento estranho de Bailey, Bailey carregou os pratos
e talheres para o deck e arrumou a grande mesa. Marcus já
tinha ligado o grill e estava limpando a grelha, mas quando
olhou para ela, parou e observou-a por um momento.

— Sente-se bem, Bailey?

— Claro. Por quê?

— Eu não sei. Você parece.... Diferente.

— Pareço? — Ela olhou para longe de Marcus também.


Era só muito doloroso para a contadora da verdade
consumada e divulgadora de segredos nela.

Ela deveria só levar Macy para uma caminhada para


escapar da pressão, e no momento em que arrumou o último
prato no lugar, gritou para Macy e desceu as escadas da
plataforma para encontrar a ―Coelha Energizer‖. Caminhou
com Macy ao lado da casa e jogou um pedaço de pau para ela
perseguir enquanto serpenteava. Quando eles foram para
frente da casa, Michelle e Jason estavam acabando de
chegar.
— E aí, amiga? — Michelle gritou com ela.

— Uau-uh —, veio a voz rindo de Abigail quando Michelle


a pegou no colo de seu assento de carro.

— Nada demais. Ainda bem que você pode vir.

— É claro que nós viemos. — Ela passou Abigail para


Bailey enquanto beijava Bailey rapidamente na bochecha.
Inclinou-se para o chão e agarrou a caçarola que trouxe com
ela. Jason contornou o carro.

— Então, o que Samwise Gamgee5 está acontecendo com


você ultimamente? — Michelle olhou desconfiada.

Bailey deu os ombros, perguntando o que diabos a amiga


estava falando e tentando decifrar sua gíria ―a salvo de Abby‖,
tudo ao mesmo tempo.

— Liguei para você duas vezes na semana passada, e


Dare disse que já estava dormindo.

— Oh, sim, ele me disse que você ligou.

— Bay, eram oito horas da noite. Você está indo dos


trinta anos direto para os oitenta?

Oh... Bailey não tinha certeza se poderia aguentar muito


mais tempo. Isso só poderia matá-la.

Apenas cansada. Isso é tudo. O meu novo emprego pode


ser um pouco desgastante —, ela tentou.

5
Samwise Gamgee (ou Sam Gamgee, também traduzido no Brasil por Samwise "Sam" Gamgi), filho de
Hamfast "Ham" Gamgi, é uma personagem fictício da trilogia O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien.
— Mm-humm. Você pode correr um zilhão de
quilômetros, e organizar livros cansa você? Eu duvido disso.
— O sorriso disse que Michelle não acreditava.

— Uhh... Para dentro? Jillian está morrendo de vontade


de ver Abby. — Bailey foi embora rapidamente, não dando a
Michelle outra chance de interrogá-la.

No momento em que entrou na casa, Jillian gritou e saiu


correndo para o foyer, levantando Abigail dos braços de
Bailey.

Jillian se dirigiu à cozinha, mas depois parou e voltou-se.

— Eu quero um desses. — Ela beliscou a bochecha de


Abigail quando ela sorriu para Bailey.

— Bem, a tecnologia médica já percorreu um longo


caminho —, Bailey comentou ironicamente quando Jillian lhe
deu um tapa no braço.

Bailey olhou para o relógio pelos próximos dez minutos, à


espera de ouvir a porta da frente abrir e orando que ninguém
falasse algo incriminador com ela. Quando finalmente ouviu a
porta da frente, ela pulou da banqueta que estava sentada e
saiu correndo para encontrá-lo.

— Vejo que temos companhia. Você se esqueceu de me


dizer que estávamos recebendo visitas hoje à noite? — Ele
olhou para ela.

— Não. Intencionalmente não lhe disse. — Ela ficou na


ponta dos pés e deu um beijinho em seu rosto.

Ele riu.
— E por que estamos tendo companhia esta noite?

— Apenas pensei que talvez pudéssemos estragar um


segredo juntos.

— Agora essa ideia eu gosto. — Ele se inclinou e a beijou,


e quando seu beijo não terminou rapidamente, ela gemeu
baixinho.

— Nós... Temos... Companhia —, ela murmurou através


de seus lábios que ainda estavam sendo esmagados pelos
seus.

— Dare! — Veio a voz um pouco estridente de Abigail, e


foi quando ele finalmente soltou seus lábios. Agachou-se
quando Abigail correu para seus braços, e colocou-a sentada
em seu quadril.

— Minha pequenina favorita. — Beijou-lhe a testa. —


Onde está o seu pai? Preciso falar com ele sobre o torneio de
pesca no sábado. — Olhou para Bailey.

— Você pode ir?

— Não tenho certeza. Tenho que trabalhar agora até o


meio-dia. E eu não me lembro de quando o torneio começa.
— Ele franziu a testa.

Ela esfregou a parte inferior das costas, enquanto


caminhavam em direção à cozinha, e quando Abigail se
remexeu de seus braços e correu para fora da sala para pegar
a cauda de Macy, Darren beijou rapidamente e, em seguida,
dirigiu-se para o deck, onde Marcus e Jason estavam.
Quando eles estavam sentados em torno da mesa grande
no deck, estava anoitecendo, e o céu cor de rosa espreitava
através das copas das árvores. A lareira externa foi acesa e
aquecia o ar fresco ao redor deles, e quando Darren olhou
para ela do outro lado da mesa, ele piscou.

— Então, acho que Bailey tem algo que quer dizer —,


comentou quase casualmente.

Bailey tinha acabado de colocar um grande pedaço de


batata cozida em sua boca, e enquanto ela lutava para
mastigar e engolir com todos olhos da mesa olhando para ela,
Darren riu.

Ela balançou a cabeça e engoliu um grande gole de água,


e quando finalmente limpou a boca, jogou de volta para ele.
— Não. Nada que eu possa pensar. Talvez você tenha algo a
dizer?

Todos olharam para Darren por um momento, em


seguida, e ele deu os ombros, brincando. Quando Abigail se
arrastou em seu colo com sua boneca, ela embalou em seu
braço e olhou para Bailey.

— Bebê? — Ela deu um tapinha no rosto da boneca, e


Bailey assentiu enquanto ela riu. Ela não poderia ter previsto
melhor se ela tivesse tentado.

— Sim, Abigail Sue. Bebê. — Ela olhou para cima, em


seguida, para ver Darren sorrindo para ela.

— Bebê. — Ele disse simplesmente ao olhá-la, e enquanto


a atenção de todos moveu entre eles, sua mãe reagiu
primeiro.
Suspirou, e então ela cobriu a boca.

A próxima reação veio de Michelle, que estendeu a mão e


agarrou seu pulso.

— Cale a sua maldita boca.

— Palavra má, — Abigail repreendeu.

— Desculpa, querida. Carvalho!

Bailey apenas olhou para ela. Michelle nunca tinha sido


muito boa em filtrar a sua boca, e desde que ela descobriu
que passar palavrões para sua filha era inadequado, os
palavrões de Michelle haviam se tornado quase indecifráveis.

— Isso significa parabéns em ―conversa da Michelle‖ —,


ofereceu Jason, que deu um tapinha nas costas de Darren, e
quando Bailey olhou para Marcus, era para ver seus olhos
brilhando. Ele limpou uma lágrima rapidamente e, em
seguida, permaneceu em silêncio enquanto acenou de forma
sutil.

Foram abraçados muito abraçados até todos irem embora


uma hora depois. Mas, quando fecharam a porta atrás dos
pais de Darren e ficaram finalmente sozinhos, ela sorriu para
ele.

— Você não se importa que convidei a todos?

Ele balançou a cabeça.

— Só queria dizer a eles juntos antes que tivesse a


chance de deixar escapar por minha conta. — Ela sorriu
timidamente para ele, e ele passou as costas de seus dedos
por sua bochecha quando sorriu para ela.
— Você pode fazer como quiser.

— E aqui posso jurar que você acabou de dizer que está


tudo bem —, ela zombou.

— Quero tentar fazer amor novamente. Dra. Halady


sugeriu um banho morno, muitas preliminares, e uma
posição diferente.

— Você faz parecer tão clínico.

— Não haverá nada clínico sobre o que vou fazer em você


com a minha boca, dedos e pênis. Agora me diga. Você está
pronta para isso?

— Deixe-me pensar. Um banho quente e muitas


preliminares. — Ela deixou seu dedo indicador descansar
contra seus lábios quando fingiu considerar sua proposta.

— Leve sua bunda lá para cima. — Ele bateu em sua


bunda e depois a seguiu até o banheiro.

Tentaram todas as sugestões da Dra. Halady naquela


noite, e quando Darren estava por trás de seu corpo
enquanto ela estava deitada de lado, empurrou sua perna
para frente, e cutucou entre suas dobras molhadas de pele
inchada e necessitada. Ela estava encharcada graças ao
incrível sexo oral que não terminou até que ela gozou duas
vezes, e quando se afundou em uma penetração rasa, ela
gemeu.

Ela tinha ficado um pouco decepcionada consigo mesma


após a outra noite. Não tinha estado com dor tanto quanto
tinha sentido antes.... Desconfortável. Ela estava acostumada
a uma certa quantidade de dor com ele, decididamente um
tipo bom. Darren era um grande homem em comprimento e
largura, e ele sempre empurrou seus limites, mas seu
tamanho lhe deixava tão completa que parecia que suas
entranhas iriam explodir. A dor nas costas que ela teve
durante todo o dia latejava quando ele entrou. Enquanto
suas costas ainda estavam um pouco doloridas, conseguiu
tomar facilmente, e finalmente achou que seus músculos
estavam deixando soltar a sua tensão.

Ele cutucou lentamente, avançando mais profundamente


com cada impulso controlado, e manteve a mão em sua
barriga enquanto balançava os quadris contra seu traseiro.
Ela não queria ficar nove meses sem fazer amor com seu
marido, não quando eles estavam acostumados a fazer amor
quase todos os dias da semana. Ela não queria isso para si
mais do que não queria fazer isso com ele.

— Apenas relaxe, baby —, murmurou contra seu ouvido.


— Diga-me como se sente.

Ela assentiu com a cabeça quando ele cutucou um pouco


mais profundo.

— Estou bem —, ela sussurrou, e ele afundou ainda mais


longe. Ela podia sentir a plenitude, mas não era
desconfortável. Essa posição o impedia de afundar nela tanto
quanto podia, e quando rolou suavemente seus quadris, ela
gemeu. Ela colocou a mão em cima da dele e passou os dedos
para baixo para seu sexo. Ele gemeu quando seus dedos
deslizaram entre os lábios.
Ele brincou com ela, e ela deixou que seus dedos
apalpassem com os dele, pois ambos inervavam sua
necessidade, e, em seguida, os dedos dela empurraram mais
baixo para o local onde seus corpos se encontraram. Ela
podia sentir o seu toque bem ao lado do dela na pele esticada
de sua entrada, e a sensação de tocar seu pênis enquanto ele
deslizava firmemente e suavemente em seu corpo foi
suficiente para forçar uma maldição de sua garganta.

— Você gosta disso, não é —, ele sussurrou.

— Sim —, ela gemeu. Foda-se sim, gostava disso.

— Você é tão apertada em volta do meu pau. — Ele


estava ofegante.

Ela ouviu a sua boca. Adorava ouvi-lo. Não tinha a


coragem dele para abrir a boca e deixar seus pensamentos
derramarem enquanto estavam fazendo sexo. Ele, por outro
lado, nunca segurou nada. E, francamente, ele estava sendo
bastante suave, não só com o seu corpo, mas suas palavras
também no momento. Ela não se importava. Tudo isso a
excitava. Gostava da contenção que ele mostrou com ambos.
Na verdade, foi a preocupação que levou a sua ternura a qual
ela estava respondendo muito no momento.

Quando ele puxou os dedos de volta até o pico


endurecido de seu clitóris, era ela quem ofegava, e enquanto
ele segurava seus dedos, forçou-os a circular e provocar os
nervos exatamente do jeito que ele queria. Ela gemeu
enquanto se aproximava do limite, e enquanto seus quadris
impulsionavam mais rápido, moveu-se apenas um pouco
mais profundo. Ela podia sentir a pressão em suas costas, e
como sua excitação crescia e suas penetrações aceleravam, a
pressão aumentou.

— Ahh... —, ela disse ofegante quando a tensão e


plenitude pulsaram através de sua virilha.

— Oh, Deus, vou machucar você —, ele ofegava as


palavras.

— Não.... Não, por favor, não pare —, ela implorou


quando seus quadris desaceleraram por um momento.

Mas, em seguida, ele empurrou de novo, nunca se


movendo mais profundo, mas mergulhando e retirando uma e
outra vez. Seu dedo, seus dedos, rolaram e acariciaram
através de seu botão apertado até que ela veio, gritando no
exato momento em que seu corpo ficou rígido e ele
convulsionou dentro dela.

Ela engasgou enquanto ele gemia em reflexo contra a sua


nuca, e passou os braços em volta dela e a segurou
firmemente.

— Melhor? — Perguntou.

Ela assentiu com a cabeça. Suas costas ainda doíam


levemente, mas não era o que ela chamaria de dor. Ele se
afastou de seu corpo e deixou a sua mão acariciar até sua
cintura e espremê-la suavemente.

— Posso dizer que as suas costas ainda estão


incomodando você. — Ele esfregou, não exercendo pressão,
mas trabalhando seus músculos lentamente.
Ela assentiu com a cabeça.

— Só um pouco. Está melhor do que eu pensava. —


Fechou os olhos enquanto seus dedos acariciavam e
acalmaram a dor, e logo, ela podia sentir seu corpo relaxar no
devaneio mais agradável. Ela podia ver um berço. Era o
quarto de hóspedes do outro lado do salão, mas mesmo
enquanto sua mente relaxou, sabia que ainda estava
acordada. Não estava dormindo ainda, mas seus
pensamentos estavam tão focados nesta imagem. Podia sentir
o cheiro de loção de bebê e Hipoglós. Cheirava como o quarto
do bebê de Michelle, mas quando ela imaginou andar no
quarto de próprio filho, não era uma doce e sorridente Abigail
no berço.

Era uma menina de cabelos escuros.

Ela tinha os cabelos castanhos quente de Darren, os


lábios invejáveis de Jess, e quando ela abriu os olhos, eram
os próprios olhos azuis vibrantes de Bailey que viu olhando
para ela. Ela era linda. Ela era ela. Ela era Darren. Ela era a
soma de todas as suas partes, cada último pedaço de sua
história juntos rolando em um pequeno pacote
impressionante que não mostrava nada da feiura de seu
passado, mas, toda a sua beleza.

Ela era o seu bebê.


— Com fome? — Perguntou ela.

Sorriu, mas era um sorriso cansado. Ela se debateu e se


revirou a noite toda, lamentando-se e esticando enquanto
tentava ficar confortável. Toda vez que ele acordou, estendeu
a mão para ela, amassando lentamente sua pele com os
dedos enquanto ela gemia em seu sono. Dado o seu estado de
exaustão agora, é evidente que não havia ajudado.

— Claro. — Seus olhos se arregalaram


momentaneamente, e ela colocou a mão sobre o balcão.
Cobriu a boca e engoliu duramente. — Pelo menos eu achava
que estava. Na verdade, estou me sentindo meio enjoada. —
Parecia fraca quando se apoiou contra o balcão, e até mesmo
seu sorriso tranquilizador não foi convincente. — Parece um
pouco cedo para o enjoo matinal, mas realmente não me
sinto muito bem.

Sua pele parecia fria e úmida, e ele estendeu a sua testa.


Estava fria e úmida.

— Você não parece bem. — Isso era um eufemismo. Ela


parecia fraca, como se estivesse a cerca de dois segundos de
vomitar.

— Estou bem. Estou apenas um pouco enjoada.


Ela inspirou e exalou lentamente. Ele beijou o lado de
seu pescoço.

— Vou fazer você algumas torradas e ovos. O enjoo


matinal é pior quando você não tem comida no estômago. E
proteína vai ficar com você por mais tempo.

Ela assentiu com a cabeça quando alcançou a parte


inferior das costas, alongando e arqueando as costas.

Ele olhou para ela, e não conseguia desfazer de sua


expressão preocupada.

— Acho que você deve ir ao médico.

Ela ficou incredulamente boquiaberta. O que de repente


animou sua aparência exausta por um momento.

— Não seja ridículo. Meu estômago está incomodando e


minhas costas um pouco tensas do trabalho.

— Bem, então, não acho que você deve ir para o trabalho.


Você deve ficar em casa e descansar. — Sabia que ela não iria
concordar, mas ele queria desesperadamente que o fizesse.

Ela revirou os olhos.

— Dare, nós já conversamos sobre isso. É normal me


sentir cansada. É normal sentir enjoo. Não quero desistir
desse trabalho. São apenas vinte horas por semana. Isso não
é nada. Posso lidar com isso.

Ele balançou a cabeça, desistindo do argumento.

— Apresse-se para que você tenha tempo para sentar e


comer. Quero ver a sua pressão arterial também.
— Pensei que você não ia me fazer sua paciente? — Ela
sorriu docemente para ele.

Ele jogou por cima o ombro quando se virou e foi embora,

— Então pare de me preocupar.

Café da manhã, cozinhar em geral não era o seu forte


mais do que era dela. Mas podia normalmente gerenciar
torradas e ovos sem destruí-los, quase todas as manhãs, e ele
teve o café da manhã pronto em dez minutos. Mas quando
esperou mais dez minutos, e ela ainda não havia descido, ele
subiu correndo as escadas para verificar. Estava falando
sério. Não deixaria que fosse trabalhar até que ele, pelo
menos, verificasse sua pressão arterial, e até mesmo quando
subiu as escadas, estava tentando descobrir como poderia
convencê-la a deixá-lo verificar o seu nível de açúcar no
sangue também sem desencadear seu radar de paciente.

Esperava encontrá-la no quarto de vestir, mas quando


entrou, o quarto estava vazio. Empurrou a porta do banheiro
aberta, comentando quando se moveu

— Bay, vamos lá, querida. Você vai se....

Seu coração parou em seu peito.

Ela estava de joelhos, com uma mão plantada no chão,


enquanto a outro segurava o lado da bancada, enquanto
tentava levantar-se. Seus olhos estavam sem foco, seus
dentes batiam, e sua pele estava fantasmagoricamente
pálida. Seu corpo balançava enquanto tentava puxar-se até
ficar de pé, mas antes que ele pudesse se mover, ela caiu no
chão de barriga para baixo. Ele correu para ela e caiu de
joelhos ao seu lado antes de virá-la para suas costas. Seus
olhos estavam abertos, e ela o encarou, mas mal olhava, e ele
não podia dizer com certeza se ela estava até mesmo vendo-o.

— Bailey, foda, Bailey... — Ele bateu seu rosto


suavemente para obter a sua atenção para focar sobre ele,
mas suas pálpebras flutuaram ao invés. Pegou o celular do
bolso, discando 911.

— 911. Qual é a sua emergência?

— Sim, minha esposa está com quase seis semanas de


gravidez. Ela desmaiou, ela está apenas minimamente
sensível, e....

— Senhor, qual é o seu endereço?

Ele falou para a mulher enquanto batia em seu rosto


novamente. Seus olhos se abriram, mas a falta de vida era
horrível, e ele entrou em pânico.

— Alguma coisa.... Alguma coisa está errada. Ela está


muito pálida. — Ele não tinha certeza com quem ele estava
falando. Apertou-lhe o pulso e segurou seus primeiros e
segundo dedos para o local onde a artéria radial estaria.

—Senhor... Senhor, a ambulância está a caminho. Sua


esposa tem algum problema de saúd...?

— Não. Cale a boca. — Ele a cortou bruscamente e focou


em encontrar-lhe o pulso, seu próprio acelerando com cada
milésimo de segundo que passava que ele não conseguia
encontrar o dela.

— Ela já tinha algum...?


— Cale a boca! — Ele retrucou, tentando se acalmar,
enquanto seus olhos se encheram de lágrimas. E então
estava lá. Seu pulso estava fraco demais e muito rápido. Não
era o que ele queria sentir. Olhou para baixo ao longo de seu
corpo. Ela ainda estava vestida apenas de calcinha e sutiã, e
quando seus olhos procuraram alguma pista sobre o que
estava acontecendo, uma lesão, absolutamente nada, seu
foco pousou em seu abdômen. Suas pequenas cicatrizes eram
pouco visíveis neste momento, mas ele ainda se lembrava do
dia em que ela tirou seu apêndice. Ele esteve morto de pânico
então, bem como se encontrava agora. Sabia que algo estava
errado no momento em que a viu agarrar seu lado direito.
Lado direito. Direito. Direito inferior das costas.

— Oh, Deus. Ela está com hemorragia...

— Onde você vê sang...?

— É uma hemorragia interna. Ela está em choque.

— Senhor, não podemos saber...

— Escute-me. Sou médico, e preciso de uma ambulância


aqui agora. Acho que ela tem uma gravidez ectópica, e acho
que se rompeu. Se for esse o caso, ela está perdendo sangue
rapidamente em seu abdômen.

Ele podia ouvir as sirenes, e pegou Bailey em seus braços


e a levou para baixo. Sentou-se com ela no chão do foyer e
balançou com ela em seus braços enquanto ele chorava em
silêncio. Precisava fazer alguma coisa. Ele ia desmoronar se
não fizesse algo, e enquanto ele choramingava e sufocava
para respirar, ele a balançava.
— Bailey. Vamos, Bay. Fique acordada. Por favor, baby.
— Ele a balançou, mas o máximo que recebeu em retribuição
foi a rápida vibração de suas pálpebras por um segundo
antes dela se ir novamente.

Quando ouviu a ambulância estacionar, desligou o


operador do 911 e abriu a porta da frente. Deixou os dois
paramédicos entrarem. Reconheceu ambos, e quando eles o
viram, pararam.

— Depressa, por favor —, implorou quando enxugou os


olhos na parte de trás da sua mão.

— Precisamos ver a pressão sanguínea...

— Entre na ambulância. Estamos saindo agora —,


comandou quando eles ergueram o corpo inerte e quase sem
vida para a maca.

Discou para o Dr. Mooring quando seguiu os homens


nervosos na parte de trás da ambulância, e quando um subiu
na parte de trás, o outro circulou a porta do motorista.
Darren subiu na parte de trás com o paramédico que estava
colocando um manguito de pressão arterial no braço dela, e
quando ele se ajoelhou ao lado da maca, tentou, em vão, fazer
com que ela acordasse.

— Bem oi, Darren. Como... — O telefone dele veio à vida


quando Dr. Mooring respondeu ao seu chamado.

— Você pode preparar a sala de operação e chamar o


cirurgião geral? Bailey está mostrando sinais de hemorragia
interna, e eu acho que ela teve uma ruptura tubária. Tem
sangue em prontidão. Ela é O positivo. — Ele quase não
respirou desde que Dr. Mooring respondeu.

— Darren, você tem certeza?

— Sim. Eu deveria ter percebido isso mais cedo. Ela está


em choque. Ela está indiferente, síncope, o pulso é fraco e
rápido, a pele é fria e úmida, diaforética. — Ele pegou o
estetoscópio do pescoço do paramédico enquanto o homem
recusou a ele por um momento. Ele segurou o estetoscópio
contra o peito dela. — Ela está com taquicardia. Tenho
certeza de que isso é ruptura tubária. Precisamos da sala de
cirurgia pronta agora.

— Não consigo obter a pressão sanguínea pelo medidor,


mas eu apalpei em cinquenta, — o paramédico abandonou a
braçadeira no braço, pegando o estetoscópio de volta de
Darren.

— Jesus —, Daren murmurou quando começou a


desmoronar novamente. — Ela é hipotensora. Ela não vai
durar muito mais do que isso. — Ele voltou sua atenção para
o paramédico por um momento. — Inicie uma linha com soro
fisiológico normal, e abra bem abertos, — ele estalou para
fora, e, em seguida, seu corpo caiu quando agarrou a testa,
tentando se segurar.

— Aguente firme, Darren. Vou ter a sala de operação


pronta. Sua obstetra é Halady?

— Sim.

— Vou ligar para ela também. Vejo você em poucos


minutos.
Ele deixou cair seu telefone no chão enquanto segurava
nas mãos de Bailey.

— Por favor, Bailey. Vamos lá —, ele implorou, fechando


os olhos enquanto segurava a mão na testa. Orou, suplicou a
Deus, e ele continuou implorando até que os sons
envolventes da ambulância começaram a ecoar. Estavam no
compartimento da ambulância, e quando as portas traseiras
abriram, levantou a cabeça, pegou seu telefone do chão, e
saiu.

Dr. Mooring estava lá para encontrá-lo, e ele congelou


quando viu Darren. Os paramédicos puxaram a maca da
ambulância, e o foco do Dr. Mooring deslocou para Bailey.
Darren não conseguia limpar a turgidez dos olhos enquanto
olhava em volta por um momento, balançando a cabeça e
lutando para se segurar. Não entrou em pânico ali. Aquele
era o seu mundo e ele se controlava nesse lugar, mas Bailey
não deveria ser uma parte dessa existência, pelo menos não
assim.

Seguiu-os para a área de triagem, o seu próprio


departamento, e quando uma das enfermeiras sorriu para ele
e começou a dizer oi, ela prontamente se congelou, assim
como Mooring, e o encarou. Os paramédicos falavam seus
sinais vitais e sintomas, mas Darren estava interessado em
nada além de levá-la para a sala de cirurgia.

Foi até o Dr. Mooring ao se aproximarem do bloco


cirúrgico.
— Acho que a ruptura é em seu lado direito. Estou
supondo que ela tem cicatrizes de seu apendicectomia que
causou o estreitamento na trompa de Falópio. Deveria ter
descoberto mais cedo porra. Ela teve dor na parte inferior nas
costas por alguns dias.

— Darren, não se culpe...

— Eles estão preparados?

— Eles estão prontos. Dr. Bilks está se limpando agora, e


Halady deve chegar a qualquer minuto. Nós vamos tê-la se
limpando mais breve possível, mas Bailey estará em boas
mãos com Bilks.

Darren assentiu enquanto se aproximavam das portas


duplas que separavam a área de triagem da sala de
emergência do bloco cirúrgico, e foi quando Dr. Mooring o
deteve.

— Darren.

Darren parou de andar e olhou para a mão Dr. Mooring


colocada em seu peito. Darren sabia exatamente o que o
homem ia dizer, e não era algo que iria tolerar.

— Você precisa deixar nós tomarmos conta...

— Não se atreva a me mandar de volta para sala de


espera. — Ele olhou para a maca de Bailey, ficando cada vez
mais longe à frente dele. — Eu não posso —, sussurrou entre
os dentes. — Apenas deixe-me esperar lá fora da sala de
cirurgia, por favor —, ele se humilhou.
— Darren, as coisas podem ficar tensas. Você não deveria
estar lá. — A mão de Mooring foi gentil enquanto segurava
Darren, mas quanto maior a distância o seu atraso colocava
Darren e Bailey, mais ele se sentia querendo tirar a cabeça do
homem fora de qualquer maneira.

Ele balançou a cabeça.

— Só preciso estar perto dela. Por Favor. Só quero


esperar...

Dr. Mooring finalmente puxou a mão de volta.

— Se você causar algum problema, vou retirar você. Você


espera no corredor. Você entendeu?

Darren acenou e caminhou com Dr. Mooring pelo


corredor, se aproximando rapidamente do enxame de
enfermeiros que cercavam a maca de Bailey. Ele manteve a
distância, sentindo-se tão ineficaz que realmente se odiava
por sua incapacidade de ajudá-la. Ele ouviu cada palavra que
foi falada, e isso não fez nada além de mandá-lo em uma
queda livre de pânico. Nunca se sentiu como se fosse
enlouquecer da maneira como se sentia naquele momento. As
circunstâncias eram sua camisa de força, e seu terror era o
seu desenrolar mental.

Dr. Mooring os seguiu para a sala de cirurgia para falar


com Bilks. Darren, por outro lado, parou no meio do corredor
agora em silêncio, e olhou para o chão, quando se parou com
as mãos sobre os joelhos. Estava ofegante, com os lábios
tremendo enquanto tentava controlar o pânico e a
devastação, mas foi inútil. Afundou contra a parede e
segurou a cabeça entre as mãos.

— Darren... — Era Dr. Mooring. Tinha acabado de sair da


sala de operação. — Por que você não espera na sala dos
médicos? Você não precisa ficar aqui...

— Sim, eu preciso —, retrucou irritado. — Tenho que


estar aqui, se.... Ela não pode ficar sozinha.

— Ela não está sozinha. Nós estamos tomando bom...

— Se ela... — Não sabia como dizer as palavras em voz


alta, pelo que ele não se incomodou de terminar a frase.
Então se calou, e esperou que Dr. Mooring saísse.

Tinha que estar ali. Tinha que estar perto dela, porque se
ela não era forte o suficiente para fazer isso, ele precisava
estar lá. Precisava que houvesse alguma chance que pudesse
se despedir com apenas um ―eu amo você‖, um último beijo,
uma última garantia de que não estava sozinha e que estava
tudo bem. Ela tinha ido para algum lugar inacessível em sua
mente, mas ele ainda precisava dizer as palavras, tocar seus
lábios nos dela, e confortá-la se ela não voltasse desse lugar.

— Sua pressão arterial está caindo novamente. Ela vai


falhar se não pararmos esse sangramento. — A voz alta de
Dr. Bilks ecoou nele, e Darren começou instantaneamente a
soluçar enquanto segurava a cabeça com as mãos.

Por favor, Deus, não faça isso. Por Favor. Estou


implorando. Vou fazer o que quiser. Basta deixá-la viver.
Ele conseguiu, pelo menos, disparar uma mensagem de
texto para o seu pai. Não era nada mais do que — ―No
hospital. Ruptura Tubal. Perda significativa de sangue. Na
sala de cirurgia agora‖.

E então voltou a esperar e rezar. Ignorou o seu telefone


quando começou a tocar, e ele finalmente o silenciou após
três chamadas. Não podia lidar com qualquer coisa mais do
que a sua mensagem de texto apressada, e não estava
disposto a responder, porque isso significaria o fim dessa
linha fina de sanidade que estava segurando.

Houve uma enxurrada repentina na sala de cirurgia, e ele


ouviu, cerrando os dentes e cerrando os punhos para sufocar
a necessidade de gritar.

— Ela está caindo! Precisamos daquele sangue agora! —


Era a voz de Dr. Bilks novamente.

Entrou em pânico e enlouqueceu enquanto estava


sentado ali. Chorou, xingou, ele se levantou e começou a
andar, e, em seguida, quando pensou que iria passar por
todas as emoções do espectro, caiu de costas contra a parede
em um estupor. Mas não estava realmente em um estado de
estupor. Seu corpo era uma concha desperdiçada que não
respondia a muita coisa, mas sua mente.... Sua mente era
uma coisa escura e de pesadelos que o esfaquearam com
imagens do corpo morto e sem vida de Bailey. Viu-a de pé em
alguma cena grotesca com a barriga rasgada ao lado de sua
irmã. Era como ver um filme de horror terrível que não podia
olhar para longe, e quando essas imagens o deixaram
engasgando, ele se levantou e começou a andar novamente.
Passou as mãos pelo seu cabelo enquanto marchou para
cima e para baixo no corredor.

— Darren.

Darren girou sobre seus pés ao som da voz de Dr. Bilks


enquanto saía da sala de cirurgia. Sua roupa cirúrgica estava
coberta de sangue.

O cérebro de Darren ficou zonzo, e ele ouviu o som de


choramingo. Era ele. Ele estava caindo aos pedaços enquanto
Dr. Bilks o assistia e, como Darren agarrou seus joelhos, as
pernas tremiam e pareciam não obedecer.

— Bailey sofreu perda significativa de sangue...


— Mama —, ela murmurou quando abriu os olhos.

— Estou aqui, baby —, a voz quente de sua mãe ecoou


em torno dela.

Bailey sorriu quando os brilhantes olhos azuis de sua


mãe entraram em foco. Ela tinha os pés de galinha ao redor
dos olhos, e quando sorriu para Bailey, essas linhas
esculpidas se aprofundaram. Os olhos de Bailey umedeceram
instantaneamente, mas ela não sabia por quê. Era apenas
sua mãe. Tinha visto o rosto tantas vezes que ela tinha
memorizado. Conhecia cada linha sutil e rugas de uma vida
de observá-los gradualmente aparecer e se aprofundar. Era
apenas a mãe dela, e não havia nada de estranho em ver...

A mãe dela estava morta.

A visão de Bailey estava nublada e turva, e chorou


enquanto se agarrou à sua mãe, mas o que pareciam poucos
centímetros apenas momentos antes se tornarem mais fora
de alcance quando Bailey lutou com o ar rarefeito entre elas.

— Você não pode estar.... É apenas um sonho. É apenas


um sonho —, sussurrou uma e outra e outra vez quando
fechou os olhos com força.

— Você tem que ser forte agora, baby.


Bailey balançou a cabeça, medo de afundar quando
ouviu a voz suave de sua mãe. Não conseguia entender o que
estava acontecendo ou o que estava sentindo, como se suas
emoções fossem essa coisa fluida, fugaz que mudavam em
ondas selvagens. Os olhos de sua mãe se moveram
lentamente para o estômago de Bailey. Sorriu um
excepcionalmente sereno sorriso, e como as dela, as lágrimas
de sua mãe caíram.

Seu bebê. Lembrou-se de seu bebê. Ela, o bebê de olhos


azuis e cabelos escuros. Onde ela estava?

— Meu bebê. Onde está meu bebê? — Ela implorou e


suplicou à sua mãe, que a observava calmamente.

— Ela está muito bem. — Mas outra lágrima correu pelo


rosto de sua mãe, mesmo enquanto ela sorria gentilmente. —
Mas ela não foi feita para você. — Sua mãe balançou a
cabeça lentamente.

— Por favor —, Bailey soluçou. Ela não entendeu. — Só


quero o meu bebê. Por favor, mamãe. Devolva-me. Por favor,
apenas dê de volta para mim. — Sua voz estava embargada e
ilegível de emoção quando ela implorou.

— Essa não é para você —, a mãe dela repetiu, seus


olhos cintilantes e molhados. — Não se preocupe. Ela está
bem agora. — Sorriu gentilmente. Parecia tão em paz, mesmo
através do tumulto e terror de Bailey.

Bailey implorou com os olhos e se humilhou com suas


palavras. Começou a soluçar. Chorou feio, soluços
angustiados, balançando a cabeça lentamente. Não era justo.
— Não.... Não... — Sua voz era calma e triste no começo,
mas o desespero construía raiva dentro dela, suas palavras
ficaram mais altas. — Não.... Não! Não!

E, em seguida, seu corpo sacudiu. A escuridão que


cercava sua mãe e ela de repente desapareceram, substituída
por translúcida água fria.

Estava procurando por ar, batendo na água. Podia ver a


superfície acima dela, mas estava tão longe, e se sentia fraca,
mas ela lutou, chutou, e deixou seus pulmões queimarem
quando seu ar diminuiu e passou lentamente para fora.
Surgiu ao som de aplausos, e ela olhou descontroladamente
em pânico.

— Bailey. Vamos, Bay. Fique acordada. Por favor, baby.


— Sua atenção chicoteou para Darren em pé nas
arquibancadas. Movendo-se em meio à multidão de pessoas
enquanto tentava chegar até ela, e ela chorou. Precisava dele.
Ele estava lá, preso pelas pessoas nas arquibancadas, e ela
precisava dele lá com ela.

— Darren, por favor! —, gritou.

A campainha do placar soou de repente, e ela se virou


para olhar para ele, mas quando ela girou na água, tudo ficou
escuro, e foi deixada em uma piscina obscura de lodo frio
quando a campainha soou uma e outra e outra vez. Estava
afundando, lutando para se manter à tona na lama, e cada
batida seu corpo parecia afundar mais até que apenas sua
boca estava acima do fluido viscoso espesso ao redor dela.

E, em seguida, seu corpo afundou novamente.


E a lama encheu a boca, sufocando-a e puxando-a para
baixo.

Ela engasgou.

— Bailey. Estou bem aqui, querida. Você vai ficar bem.

Sua cabeça girava quando se concentrou no som da voz


de Darren. A piscina tinha ido embora, a mãe dela tinha ido
embora. Tudo estava.... Acabado.

Ela não queria abrir os olhos, e tentou mantê-los


fechados, mas quando ele a encorajou, não podia ignorar
seus apelos.

— Por favor, querida. Basta abrir os olhos para mim.

Ela piscou algumas vezes, e sua cabeça latejava e


latejava, e quando ela segurou os olhos abertos, não podia se
concentrar em seu rosto. Mas ele estava lá. Ele era seu
verdadeiro Darren, não é um sonho. Não é um sonho. Ela
havia estado presa naquele sonho. Não havia gostado, mas
acabou agora. Alívio.

Ela piscou os olhos, e os olhos lentamente focaram nele.


Seus olhos estavam inchados e vermelhos, e quando olhou ao
redor, viu que ela estava em um quarto de hospital.

— Darren? — Sua voz soava estridente quando seu alívio


se tornou confusão e medo novamente.
— Estou aqui, Bailey. — Ele se inclinou sobre ela e
segurou-lhe as mãos. — Você está bem.

— Não entendo o que...

Ele estudou seus olhos enquanto os seus brilhavam, e


então respirou fundo, exalando lentamente.

— Você teve uma ruptura tubária. O feto não foi capaz de


passar através de sua trompa de Falópio devido a algumas
aderências cicatriciais da sua apendicectomia. O tubo se
rompeu, e você perdeu muito sangue.

Ela balançou a cabeça.

— Não.

— Sinto muito. — Seus lábios tremiam.

— Mas o que... — Ela balançou a cabeça novamente,


incapaz de processar completamente o que ele estava
dizendo.

Desta vez era ele quem estava balançando a cabeça, e


como suas pálpebras tremularam, e as lágrimas encheram
seus olhos.

— Sinto muito.

— Não. — É tudo o que podia dizer, e ela balançou a


cabeça e chorou. — Não. Não. Não. Por favor, não. Por favor.
— Ela agarrou sua camisa, puxando e enrolando os dedos no
tecido em pânico. Ela tinha que acordar. — Isso é um sonho.
— Ela assentiu com a cabeça. Claro que era um sonho. — Só
preciso acordar... — Ela começou a se sentar, mas sua larga
mão encontrou o meio do peito e a acalmou quando a apertou
suavemente de volta para a cama.

— Não é um sonho, querida. Por favor, olhe para mim.


Concentre-se em meus olhos.

Ela o fez, mas ela ainda se agarrou a sua camisa e a


torceu em seus dedos. Seus olhos inchados, olhos brilhantes
e o olhar desesperado no rosto disse que não havia do que
acordar. Não era um sonho. Era apenas o seu inferno. E
enquanto ela chorava, ele se inclinou sobre ela. Seus lábios
tremiam contra seu pescoço, e ele chorou. Seu corpo tremia,
e ela se agarrou aos seus ombros. Isso durou para sempre, e
ela perdeu a noção dos minutos e das lágrimas, e quando sua
cabeça descansou ao lado da dela no travesseiro quando se
inclinou da cadeira em que esteve sentado, ela apenas olhou
para ele.

Seu rosto parecia do jeito que ela se sentia. Seus olhos


estavam esgotados, vermelhos e inchados, e seus músculos
estavam muito relaxados. Mas ele ainda acariciou sua
bochecha e acariciou os cabelos para trás de seus olhos
enquanto observavam um ao outro. Seus olhos tremulavam e
ela lutou para mantê-los abertos, mas estava muito cansada.
Não queria dormir, mas era uma batalha perdida, e quando
ela quase perdeu a luta contra, sua voz a trouxe de volta, só
para libertá-la.

— Durma, baby, Bailey. Você precisa descansar.

Ela assentiu com a cabeça e deixou sua permissão


confortá-la enquanto ela era levada.
— Amo você. — Essas foram as últimas palavras que ela
ouviu antes de cair no sono.

— Ela parece tão pálida. — Jillian fungou, e Bailey ouviu


quando Darren fungou também.

— Sim. — Sua voz soava fraca.

— Sinto muito, querido.

Bailey ouviu Jillian e Darren. Ambos estavam fungando,


e ela não tinha necessidade de vê-los para saber que estavam
chorando. Ela abriu os olhos e piscou contra a luz do sol que
brilhava através da janela. Seu corpo doía, e ela se sentia
molenga. Darren e sua mãe se sentavam no pequeno sofá em
frente à janela da sala. Enfrentavam um ao outro, cada um
com um cotovelo apoiado na parte de trás do sofá. Jillian
olhava tristemente para Darren, que estava quase de costas
para Bailey, privando-a da visão de seu rosto.

— Sempre a amei muito —, disse ele quando sua cabeça


se virou e olhou para fora da janela.

Os lábios de Jillian franziram em um pequeno sorriso


triste, e ela pegou a mão dele que estava em sua perna,
apertando-a com cuidado.

— Mas não tinha ideia quando era mais novo que poderia
amá-la tanto. — Balançou a cabeça sutilmente, e estendeu
sua mão que estava no sofá e afastou uma lágrima.
Sua mãe só assentiu com a cabeça.

— É a coisa mais fácil e a mais difícil do mundo amá-la.


— Olhou para sua mãe, em seguida. — É a mais fácil porque
é tão natural, como se tivesse algo programado em mim. Mas
é a mais difícil por que... — Ele olhou pela janela novamente.
—.... Porque tenho certeza que eu morreria se algo
acontecesse a ela. E a ideia é tão dolorosa que... — Apenas
balançou a cabeça.

— Você está muito mais compassivo do que acreditei,


Dare —, ela comentou, observando-o com algo que parecia
quase como orgulho.

Ele olhou para ela e riu sem alegria.

— Sim. Só com ela —, ele respondeu com uma


quantidade moderada de sarcasmo.

Jillian sorriu.

— Você vai estar com seus filhos um dia também. Mal


posso esperar para ver isso.

Os dedos de Darren agarraram suas têmporas enquanto


seus ombros tremiam, e ele começou a chorar, e sua mãe
também.

Lágrimas de Bailey precariamente se assentaram em


suas pálpebras inferiores, crescendo e inchando enquanto os
escutava, e quando ela viu seu corpo dilacerado em silêncio,
soluços quase silenciosos, ela chorou também, lutando para
segurar o som. E se ela não pudesse lhe dar uma família? O
que tinha acontecido dentro de seu corpo que destruiu isso
para eles? E Deus, como ela iria lidar com isso se acontecesse
de novo?

— Ei, querida! — A voz de Jillian interrompeu a pena


dentro de sua cabeça, e Bailey engasgou. Jillian sorriu
gentilmente, e Bailey rapidamente enxugou o rosto. Quando
Jillian se levantou e se aproximou da cama, Darren olhou
Bailey, mas não disse nada. Seus olhos estavam brilhantes
quando se concentrou nela.

Jillian se inclinou sobre ela para beijar sua testa. A porta


foi aberta de repente, e Michelle entrou com Marcus. Estavam
falando, mas as suas palavras pararam, pois ambos olharam
para a cama e viram que estava acordada.

— Você está acordada —, Michelle exclamou quando


abriu um largo sorriso. Logo ela tinha Michelle do outro lado
dela, apertando-lhe a mão, enquanto seus olhos brilhavam.
— Você não está autorizada a quase morrer novamente,
entendeu? — Disse com firmeza, mas ela chorou mesmo
enquanto dizia isso, e o riso tranquilo ela jogou no final foi
uma reação nervosa de ser tão emocional em frente às
pessoas.

— Ok —, Bailey respondeu calmamente, mas ela estava


tendo um momento difícil, mesmo chegando perto de igualar
o pequeno sorriso de Michelle.

Ela ouviu o clamor em torno dela quando Marcus, Jillian,


e Michelle falaram sobre algo que não era ela. Acalmou-se
ouvi-los jogar conversa sobre os fiascos na loja de móveis de
Michelle e os conselhos de Jillian. Ela ainda pegou seus
lábios levantando enquanto eles falavam, e quando ela olhou
para Darren, que ainda estava sentado no sofá próximo, ele a
estava estudando com preocupação. Lembrou-se do olhar de
anos atrás, em um quarto de hospital que poderia facilmente
ter sido o mesmo que ela estava no momento.

Ele a observava enquanto pessoas vinham e iam, e a fez


corar e sua frequência cardíaca subir por estar perto dela. Ele
sempre tinha feito isso com ela, e mesmo agora, o foco de seu
próprio marido nela enviava correntes de emoção quente que
circulam por suas veias. Não importa as palavras que ele
tinha falado com sua mãe. Ele a amava além de tudo neste
mundo, e o fato de que ela estava tão apaixonada por ele
como ela já tinha estado era muito poderoso.

Ele piscou para ela, e seus lábios levantaram um pouco,


mas seus olhos se encheram de calor de novo, e com a cabeça
inclinada para o lado, infelizmente, com os próprios olhos
encobertos. Era uma sutil ligação entre eles não diminuída
pelas vozes que os cercavam, e quando se levantou e se
aproximou, inclinou-se para seu rosto e sorriu gentilmente,
mesmo através de sua tristeza. Ele balançou a cabeça
sutilmente, e as vozes em torno deles se afastaram quando o
foco dos outros três deslocou para eles.

O peito de Bailey apertou, e o céu de sua boca doía no


lugar de sempre quando ela tentava afastar a emoção, mas foi
inútil. Seus lábios tremiam enquanto seus olhos aqueceram,
e ele se inclinou, deixando sua testa descansar contra a dela
e a acalentando calmamente enquanto ela chorava.
— Podemos ter um momento? — Ele perguntou aos
outros, e eles silenciosamente deixaram a sala.

Beijou-lhe os lábios, lentamente deixando seus lábios se


tocarem. Beijou de novo, o calor de sua boca formigando
através de sua pele, e então ele se inclinou para trás
novamente.

— O que eu fiz de errado? — Ela mal conseguia


pronunciar as palavras.

Ele balançou a cabeça.

— Você não fez nada de errado. Simplesmente aconteceu.

Quando a porta foi aberta, Darren sentou-se e fungou


enquanto roçava seu rosto.

Dra. Halady entrou e sorriu para os dois.

— Bem, minha paciente está finalmente acordada. Como


está se sentindo, Bailey?

— Dolorida. Tudo dentro de mim está doendo.

Dr. Halady acenou e sorriu tranquilizadoramente.


Quando ela se aproximou da cama, ela pegou o cobertor que
cobria Bailey e puxou para baixo até os quadris.

— Vamos verificar a sua incisão. — Levantou a roupa de


hospital, e foi até seu umbigo, Bailey tentou olhar para baixo
para o local que Darren e a Dra. Halady estavam estudando.
Seus músculos do estômago se apertaram quando tentou
puxar-se para cima, e a dor pulsava através dela.

— Relaxe, Bay. — Darren ajustou a cama para levantar a


cabeça para cima, e ela olhou para baixo mais facilmente
quando a Dra. Halady cutucou a pele ao redor da incisão. Era
de três ou quatro centímetros de comprimento em seu
abdômen inferior direito, e estava cercado por iodo residual
marrom.

— Parece bom, querida —, comentou a Dra. Halady, e


Darren concordou com a cabeça. — Deve-se curar bem. As
suturas se dissolverão por conta própria ao longo da próxima
semana mais ou menos. — Olhou para Bailey quando puxou
a roupa de volta para baixo. — Então, vamos falar sobre
algumas coisas, como quando você gostaria de ir para casa.

— Agora é uma opção? — Perguntou Bailey.

Dra. Halady sorriu.

— Não é bem assim. Mas amanhã. Você precisa se


levantar e dar uma volta e você precisa ser capaz de ir
sozinha ao banheiro.

Bailey assentiu.

— Agora vamos falar sobre o que aconteceu, e o que você


precisa saber.

Darren sentou ao lado dela na cadeira e pegou a mão


dela.

— A gravidez ectópica foi provavelmente causada por


algum tecido da cicatriz residual da sua apendicectomia.
Quando o feto cresceu, colocou mais e mais pressão sobre a
sua trompa de Falópio até que se rompeu, e quando isso
aconteceu você perdeu uma quantidade significativa de
sangue. Eles foram capazes de parar o sangramento, mas
tiveram que remover a sua trompa de Falópio direita e o
ovário devido aos danos da ruptura.

Bailey engoliu, sentindo náuseas, enquanto ouvia. Não


gostou de ouvir isso. Parte de sua anatomia, uma parte muito
importante, estava faltando, e ela não tinha certeza de como
deveria reagir a isso. Ela inalou pelo nariz e exalou
lentamente através de sua boca enquanto olhava para seu
colo.

— Sua hemoglobina quando executamos o seu exame de


sangue em sua visita pré-natal era de dez. Você tinha
diminuído para seis quando você chegou ao hospital, e
quando nós evacuamos o sangue de seu abdômen, você
perdeu dois litros. Isso é significativo, e tivemos que dar-lhe
duas unidades de sangue para obter o seu volume de sangue
de volta. Você tem muita sorte, Bailey. Mas eu sei que você
não pode se sentir assim agora.

Bailey limpou uma lágrima.

— Mas eu quero que você entenda algo. Isso não significa


que você não pode ou não deve ter filhos. Sua trompa de
Falópio esquerda parece saudável. O seu ovário esquerdo está
intacto. Nós vamos ter que esperar e ver o quão bem seu
ovário restante compensa o que nós removemos, mas não
quero que você desista. Você precisa dar-se tempo para
curar, e depois podemos falar sobre avançar.

Bailey assentiu, mas ela estava olhando para seu colo


novamente.
— Agora, você vai ter algum sangramento vaginal. Isso é
normal, e que poderia durar uma semana ou duas talvez um
pouco mais. Você vai ter um período uma vez que seus níveis
hormonais vão cair e depois de volta ao normal, e pode
acontecer em algumas semanas ou alguns meses. Em média,
a maioria das mulheres tem seu primeiro período de quatro a
seis semanas. Você precisa ter dois períodos regulares antes
de tentar engravidar novamente, e você deve usar um método
de controle de natalidade até aquele momento.

— Na maioria das vezes, digo às mulheres para esperar


até que tiverem seu primeiro período para retomar as relações
sexuais com penetração. É uma boa regra de ouro, e dá ao
seu corpo tempo para cicatrizar. Como você já deve ter
adivinhado você vai ficar dolorida por um tempo. Mas você
pode retornar ao trabalho em algumas semanas se você se
sentir disposta. Sem levantamento de peso por pelo menos
seis semanas, mas você provavelmente vai se sentir
fisicamente normal dentro de algumas semanas.

Ela estudou Bailey seriamente por um momento.

— Sei que este é um momento difícil para você, para


ambos. Basta dar-se tempo para lamentar, e ser paciente.
Quero que você entenda algumas coisas, Bailey. Você não fez
nada para causar isso. Não foi culpa sua. Seus sintomas
foram vagos, e nós simplesmente não entendemos.

Darren sutilmente balançou a cabeça quando ele se


sentou ao lado dela, e quando ela olhou para ele, ele se
obrigou a sorrir. Ela sabia o que estava vendo. Ele se sentia
culpado, mas estava tentando não compartilhar com ela.
Pena que ela sabia muito bem o que estava acontecendo em
sua mente.

— Não quero que vocês, nenhum um de vocês... — Ela


olhou diretamente para Darren. —.... Se culpe por isso.

Eles concordaram, mas nenhum deles estava olhando


para lugar algum além de para baixo.

Dra. Halady levantou.

— Descanse bastante. Uma vez que removerem o cateter


urinário em pouco tempo, quero que você se levante e se
movimente um pouco, porque nós expulsaremos você daqui
amanhã de manhã. — Dra. Halady sorriu para ela. — Prefiro
vê-la se recuperando confortavelmente em casa do que aqui.
Quero que você me ligue se tiver quaisquer dúvidas ou
preocupações. Também quero que marque uma consulta
depois de seu primeiro período, apenas para que eu possa
verificar e ver como você está indo.

— Ok —, Bailey respondeu quando sorriu.

Ambos agradeceram a Dra. Halady, e então estavam


sozinhos. Darren passou os dedos pelo longo de seu cabelo,
alisando-o para trás suavemente.

Ela não queria não estar grávida. Ela não queria desistir
da emoção que sentiu. Não queria ter que se acostumar a ser
apenas Bailey novamente ao invés de Bailey mais um. Sentia-
se inteiramente muito vazia por dentro, como se um pedaço
gigantesco estivesse faltando, quando na verdade, uma coisa
tão pequena era tudo o que tinha sido tirado. Sentiu como se
tivesse sido uma impostora por já se deixar se sentir como
uma mamãe, mas isso é o que ela queria, ser mamãe. Em vez
disso, ela se sentiu como se Deus estivesse dizendo não a ela.

E ela estava com raiva.


Quando ele saiu do chuveiro, olhou para si mesmo no
espelho por um momento, antes de escovar os dentes. Passou
uma semana e meia desde que ele encontrou Bailey no chão
do banheiro, e era o primeiro dia que ia voltar para o
trabalho. Havia tirado uma folga para estar com ela quando
voltou para casa do hospital, mas ela estava bem, e ele era
necessário na Emergência.

Passou os dias desde que ela voltou para casa a


ajudando, abraçando, beijando, dizendo que a amava....
Olhando para ela. Suas lágrimas iam e vinham, e estavam
chegando cada vez menos agora, mas sabia que ela estava
triste. Ele estava triste também. Seus sorrisos pareciam
muito forçado, mesmo que ela tentasse tanto dar-lhe isso a
fim de fazê-lo se sentir melhor. Seus risos foram embora
inteiramente.

Quando saiu do banheiro, Bailey não estava na cama


onde ele a deixou, e quando correu escada abaixo alguns
minutos mais tarde, vestido e pronto para o dia, o cheiro do
café estava circulando através de sua casa. Ela estava em pé
na cozinha, olhando para o pote de café, quando ele a
encontrou, e ela olhou para ele quando entrou, seus lábios
puxando para cima ligeiramente.
Sentaram-se à mesa e silenciosamente comeram torradas
e beberam café, e cada vez que ele olhava para ela, seus olhos
se reuniam aos dele, e ela tentava sorrir. Estendeu a mão e
pegou a mão dela, deixando o polegar suavemente acariciar, e
quando ele olhou para o relógio e estava na hora, suspirou.
Os últimos dez dias tinham sido um inferno, inferno para ela
e inferno para ele também, mas ele ainda queria estar em
casa com ela, e a ideia de deixá-la até por apenas oito horas
parecia um inferno muito maior para ele.

Bailey o acompanhou até a porta, e depois que lhe deu


um beijo de adeus e disse que a amava, ela e Macy estavam
na varanda e olhando-o sair. Ela estava usando calças de
yoga e camisa com seu cabelo puxado para cima em um
coque bagunçado em cima de sua cabeça. Ela parecia tão
pequena e frágil; ela parecia uma mulher que tinha sido
despedaçada, mas, no entanto, estava se recompondo. Ele
podia parecer bem em sua calça, camisa e gravata, mas
estava tão quebrado quanto ela no momento.

A trilha, que terminava na casa tinha quase um


quilômetro de comprimento por entre as árvores
montanhosas, e quando saiu para a estrada, pegou seu
telefone celular.

Ela pegou após dois toques.

— Oi. — Sua voz era calma.

— Amo você. — Ele não disse mais nada.

Ele ficou em silêncio por um momento.

— Você não deveria desligar na minha cara agora?


Seus lábios levantaram.

— Aí está o meu moleque atrevido —, comentou. — Vou


trazer comida esta noite, não se incomode em fazer o jantar.
E há sobra da lasanha da mamãe na geladeira.

— Não sou uma inválida, você sabe —, ela comentou com


sarcasmo.

Ele riu.

— Não, você é minha mulher, e quero que você descanse.

Ela ficou em silêncio por um momento.

— Você é incrível —, disse ela em voz baixa.

Foi a vez dele de ficar em silêncio, com a garganta


apertada.

— Não tão incrível como você. — Não deu a ela uma


chance de discutir. — Amo você. — Clique.

Seu dia foi uma merda. Odiou cada minuto. Odiava os


olhares tristes das enfermeiras mais velhas, que não eram
muito intimidadas por ele para mostrar sua simpatia. Odiava
a forma como muitos dos enfermeiros mais jovens se
recusaram a olhar para ele, porque eles eram intimidados
demais para mostrar sua simpatia. E odiava que Mooring foi
capaz de trazer uma lágrima em seu olho apenas dando-lhe
um tapinha de apoio nas costas. Odiava, porque tudo o
deixou sentindo como se precisasse estar em casa com
Bailey, onde tinha deixado seu coração.

Seu único consolo eram os pacientes. Suas engrenagens


aceleravam quando entrava em uma sala de exame, e foi
capaz de deixar o lado lógico esquerdo de seu cérebro
assumir por um tempo, de modo que o lado emocional direito
poderia tomar um fôlego. Mas quando chegou à sala dos
médicos para fazer uma pausa à tarde, seu cérebro
simplesmente parecia que precisava explodir.

Pegou um bloco de notas da mesa que ficava na sala, e


arremessou-se no sofá, puxando a caneta de seu jaleco.

Jess,

Por favor, cuide da nossa pequena amendoim. Bailey


parece convencida de que era uma menina, e vou ser honesto,
estou inclinado a acreditar nela. Ela tem essa incrível visão
em seus sonhos, sua conexão criativa.... Não sei o que é isso,
mas ela parece tão... Tocada pelo mundo, pelas partes que
podemos ver, pelas partes que não podemos ver. Não tenho
certeza de que ainda faz sentido, mas ela é tão especial.

Ela está lutando agora mesmo, e você precisa ajudá-la.


Por favor, ajude-a. É errado que eu já estou ansioso para
tentar outra vez? Ou é apenas o homem em mim que precisa
resolver isso por nós, para que possamos seguir em frente? Não
quero dizer para diminuir a minha tristeza com essa perda,
porque é pesada demais. E não expresso meus sentimentos
sobre o desejo de tentar novamente a Bailey, porque não
quero que ela entenda mal e acho que estou prematuramente
largando essa perda...

Mas ainda estou animado pelo nosso futuro.


Quero uma família com essa mulher mais do que já quis
alguma coisa. Não preciso dizer-lhe que incrível mãe ela vai
ser para o nosso filho.... Quem sabe, filhos - se tivermos tanta
sorte. Você a conhece bem o suficiente para entender que
qualquer criança teria a sorte de ter uma mãe assim. A força
daquela mulher me surpreende. Por experimentar tais
emoções, sofrê-las tão profundamente, e ainda assim, ela
perseverou por tanta coisa, e fez isso com tanta graça.

Queria que você estivesse aqui agora para ajudá-la com


isso. Mas tenho que acreditar que você está lá para cuidar da
pequenina alma que perdemos, e eu durmo melhor sabendo
que você está.

Com amor sempre,

Dare

Ele rasgou a página do bloco e escondeu-a no bolso antes


de sair do salão. Mais duas horas até a troca de turno, e
então poderia entregar seus pacientes e voltar para ela. Ele só
queria voltar para ela.

•●•

Entrou pela porta, carregando o saco de comida, mas o


andar de baixo estava em silêncio. Colocou a comida em cima
da geladeira, sua zona ―livre de Macy‖, e se dirigiu para o
escritório por um momento. Depois que anexou a carta que
ele escreveu para Jess em seu diário, subiu as escadas.
Entrou em pânico quando correu para cima, lembrando-se da
manhã que ela tinha ido lá em cima para terminar de se
arrumar, apenas para encontrá-la quase morta vinte minutos
mais tarde. De repente estava aterrorizado de andar em seu
quarto, e parou na porta, ouvindo o chuveiro ligado.

Quando finalmente conseguiu cruzar o limiar, encontrou-


a no chuveiro, sentada no banco do canto. Sua cabeça estava
para baixo, e seu cabelo molhado longo pendurado
frouxamente ao redor dela enquanto segurava o frasco de
xampu na mão. Ela ainda estava muito dolorida, e ele sabia
que coisas simples como esfregar seu cabelo poderiam ser
desgastantes.

Escorregou para fora de suas roupas em silêncio e entrou


no chuveiro, e quando ela olhou para cima, ele sorriu.
Ajustou a grande ducha para um banho de chuva em
cascata, e, em seguida, sentou-se no chão de azulejos
diretamente sob a água. Estendeu a mão para ela, e ela se
levantou, aproximando-se dele. Ele cruzou as pernas, e ela se
sentou em suas coxas com as pernas ao redor de seus
quadris.

Era difícil controlar a reação de seu pênis para ela


quando ele estava nu de uma forma tão íntima com ela, e
quando ela olhou para baixo para o seu pau duro, ele
balançou a cabeça.

— Basta ignorar isso —, comentou quando revirou os


olhos, e ela sorriu timidamente para ele.
Estendeu a mão para o shampoo, e esfregou seu cabelo
enquanto ela inclinou a cabeça para trás. Gemeu quando
seus dedos se moviam, e ela segurou em seus ombros até que
o seu longo cabelo era uma massa de bolhas com cheiro de
lavanda. Ela inclinou a cabeça para trás mais longe, e ele a
segurou com os braços, as palmas das mãos em seus ombros
para trás e os dedos agarraram por cima de seus ombros.
Quando ela deixou a água atingir seu rosto e enxaguar
lentamente o sabão de seu cabelo, ele se inclinou e beijou a
frente de seu pescoço. Seus seios foram empurrados para
frente, graças ao arco de suas costas, e seus mamilos
estavam tensos e acariciando seu peito quando se inclinou
para ela.

Em vez de deixar que o toque tirasse o melhor dele, ele


agarrou a esponja de banho, ensaboou-a com seu gel de
banho, e depois, lentamente, correu sobre e em torno de seu
pescoço. Seus mamilos apertados quando correu o pano
sobre os seios, e ela puxou a cabeça para vê-lo. Não se
demorou lá, mas em vez mudou-se para o seu estômago.

— Encoste-se para que possa ver a sua incisão.

Ela apoiou as mãos sobre os joelhos, e ele gentilmente


limpou a incisão. Ela estava se curando bem, e havia pouca
formação de crostas no momento, e quando ele se mudou
para baixo mais para seu sexo, ela o estudou de perto
novamente. Ele arrastou a toalhinha de pano sobre sua pele,
mais uma vez tomando cuidado para não ficar. Ela não
precisava ter a impressão errada no momento, e seu pau já
estava fazendo o seu melhor para convencê-la de que não era
capaz de pensar em nada além de sexo. É claro que isso não
era verdade, e queria ter certeza de que ela sabia disso. Era
casado com a mulher, e ela certamente compreendia, mas
agora ela não precisava preencher qualquer expectativa.

Quando terminou de usar a esponja de banho, havia


tocado em cada ponto de seu corpo, exceto as costas de suas
coxas, que tocavam as suas. Ela o observou o tempo todo
com uma expressão absolutamente ilegível no rosto. Viu essa
expressão muitas vezes ao longo da última semana mais ou
menos, e era enervante.

— Darren. — Ela esperou que ele olhasse para cima do


ponto que estava estudando em seu pescoço.

— Sim, baby —, ele disse sem pensar quando olhou para


cima para o rosto dela.

Ela se acalmou, sem dizer nada por um momento, e ele


entrou em pânico. Não tinha perdido o deslizamento mais do
que ela tinha. Intencionalmente se absteve de chamá-la de
seu apelido favorito, mas ele tinha apenas fodido toda a
merda.

Ela limpou a garganta quando se recuperou disso.

— Quero voltar ao trabalho em uma semana. Conversei


com Myrtle, e ela está ansiosa para que...

— Você precisa dar mais tempo ao seu corpo. — Ele não


estava preparado para o olhar de raiva que de repente brilhou
em seu rosto.
— Vou voltar ao trabalho. — Ela se levantou em seguida,
e ele se inclinou para trás, plantando as mãos no chão,
quando ela lavou o resto do sabão de seu cabelo.

Ela estava claramente irritada.

— Bailey... —, ele tentou.

Ela olhou para ele.

—Não sou sua paciente.

Ele riu, mas era aborrecimento.

— Eu sei...

— E você não vai usar suas credenciais para me


controlar...

Ele se levantou do chão e caminhou diretamente para


fora do chuveiro, pegando a toalha enquanto se movia.

— E pare de me chamar de baby! — Ela gritou atrás dele


em um tom irritado que raramente usava.

Ele andava ao redor do quarto enquanto se secava, e


quando ela surgiu em seu robe com seu cabelo torcido em
uma toalha, colocou as mãos nos quadris e olhou para ele
novamente.

Ele parou de andar, moveu-se para o lado da cama e


sentou.

— Se você está chateada, diga-me agora, mas se você for


reclamar que o seu marido está muito preocupado com você,
bem, isso é um argumento muito ruim - em minha opinião.
Sou o homem que você ama. Sou o homem que quer que
você, que isso acabe, que precisa que você fique bem.

Estava olhando agora também, e ela o encarou, mas


deixou as mãos caírem de seus quadris.

— Você não sabe quanta pressão coloca em mim agora?


Você precisa que eu fique bem? Então, não me faça sentir
mal sobre o desejo de voltar a trabalhar. Porque preciso fazer
alguma coisa comigo mesma.

Ele fez uma pausa e permitiu sua perspectiva se infiltrar


em sua mente dura e teimosa, empurrando sua própria
perspectiva de lado por um momento.

— Venha aqui —, disse ele suavemente.

Quando ela caminhou até ele, separou as pernas e ela se


colocou entre elas. Ele estendeu a mão para a faixa de pano
que segurava seu roupão fechado, e o desamarrou. Quando
ele deixou seus lábios caírem para seu estômago, seus
músculos se encolheram, e ela fez uma careta.

Ele olhou para ela.

— Relaxe.

Deixou seus lábios acariciarem ao longo de sua cicatriz, e


ela estendeu a mão para cabeça, os dedos suavemente
arrastando pelo cabelo. Seus lábios lentamente roçaram
através de sua pele até que ele estava beijando sua barriga, e
da próxima vez que olhou para ela, seus olhos estavam
fechados.
— Desculpe-me se chamei você de baby —, murmurou
contra sua pele, e quando ele olhou para ela de novo, seu
lábio inferior tremeu quando seus olhos permaneceram
fechados. Ele se levantou e levou o corpo até o dela. Puxou a
toalha torcida de sua cabeça soltando a sua longa confusão
de cabelo em cascata. Ela suspirou e olhou para ele.

— Você realmente acha que controlo você? — Perguntou.

Ela balançou a cabeça.

— Não. — Ela não disse coisa alguma por um momento.


Sua voz era muito mais silenciosa, e ela parecia um pouco
derrotada. — Só preciso disso, e eu quero.... Quero que você
me apoie nisso, compreenda isso, até mesmo concorde com a
minha decisão. Estar aqui, sem fazer nada com o meu
tempo.... Dá à minha mente muito tempo para pensar. E... —
Ela mordeu o interior de seu lábio quando ele passou os
braços em volta dela. —.... Não quero pensar agora. — Ela
balançou a cabeça e se aconchegou em seu peito.

— Ok —, ele sussurrou.

Acabaram na cama com a comida espalhada entre eles.


Ele amava os piqueniques na cama. Era um imundo, mau
hábito com certeza, mas, por vezes, era exatamente o que eles
precisavam. Normalmente significava que um deles estava
doente. Ocasionalmente, era porque estavam gastando seu
tempo na cama conversando, e outras vezes, eles só
precisavam de um pouco de paz e sossego, e não havia lugar
melhor para isso do que o quarto.
Ela adormeceu cedo, e ele limpou a bagunça e levou
Macy para fora para uma pequena corrida. Quando se
arrastou para a cama com ela, estava escuro e ele estava
cansado. Ela se enrolou em seus braços, sem incentivo, e ele
lhe beijou a testa quando fechou os olhos.
Ela já não andava com a velha bicicleta de pneu grosso
de sua mãe graças a um ligeiro mal-entendido entre ele e um
caminhão de entrega, há quase três anos. Mas ela tinha uma
bicicleta. Uma muito boa na verdade, que Darren comprou
para ela depois que ele quase se acabou com a visão da
bicicleta mutilada de sua mãe na varanda.

Ela e a nova bicicleta rapidamente se tornaram amigas, e


no primeiro dia que ela voltou a trabalhar, cometeu o erro de
pensar que poderia lidar com sua amiga muito bem. Quão
difícil isso poderia ser? Descobriu muito rápido que ia ter
todos os tipos de dificuldade. Seus músculos da perna
pareciam estar inexplicavelmente ligados aos seus músculos
do intestino, e sempre que ela usava aqueles, eles gritaram
com raiva para ela.

Depois que ela tentou e não conseguiu pedalar para cima


em na pista inclinada e sinuosa, desistiu e voltou para casa.
Darren já tinha se oferecido para lhe dar uma carona, já que
ele tinha o dia de folga. Ela recusou educadamente todas as
cinco vezes que ele ofereceu, e depois que a chamou de
moleca teimosa com um pequeno sorriso nos lábios, ele
revirou os olhos com as mãos nos quadris em seu melhor
movimento de parceiro repreensivo. Achava que ela não
poderia fazer isso, e quando ela caminhou de volta na
cozinha após a tentativa falha, olhou para cima do jornal que
estava lendo na ilha, sua testa enrugada. Ele estava certo.
Ela não podia fazer isso, provavelmente não deveria ter
sequer tentado.

Acabou lhe dando uma carona, e ele ou Michelle davam


carona em seus primeiros dias de trabalho. Sentia-se como
um fardo, e todas as noites, ela chegava a sua casa e
montava sua bicicleta tão longe para baixo da pista quanto
podia, obrigando-se a ir mais longe a cada vez. Quando fazia
três semanas e meia após a cirurgia, estava forte o suficiente
e livre de dor o suficiente para lidar com o seu próprio
transporte.

Ela poderia deixar sua mente vagar no trabalho, e era


exatamente o que fazia. De segunda a sexta-feira por pelo
menos quatro horas por dia, ela era capaz de desaparecer em
mundos diferentes. Myrtle a incentivou a ler e escrever
quando havia tempo de inatividade. Bailey amava Myrtle, e
ela estava começando a pensar que chefes idosos eram os
melhores chefes do mundo.

Quem mais poderia aparecer para trabalhar e ter a


certeza, de que pelo menos, uma boa parte de seu tempo
poderia ser gasto lendo Moby Dick, ou Pigmaleão, ou A Casa
na Rua das Mangas. Todo título que ela poderia
possivelmente querer ler estava lá.

Nesse dia em particular, quase quatro semanas depois


que ela perdeu a amendoim, estava se sentindo como...
humm.... Uma edição de colecionador vintage de... Matadouro
5. Um clássico de Vonnegut faria muito bem nesse nublado
dia de início do verão. Assim quando ela afundou no
tamborete que estava no balcão de saída, Myrtle mancou
para dentro enquanto os sinos na porta anunciavam a sua
chegada.

Bailey olhou para ela e sorriu.

— Pensei que você não chegaria até mais tarde —, ela


comentou.

— Bem, querida, parece que alguma tempestade terrível


está vindo em nossa direção, então pegue o livro que você
está lendo e vá para casa. Você não precisa estar andando
naquela sua bicicleta quando o céu despejar água daqui a
pouco. — Myrtle sacudiu o velho dedo torto para Bailey
enquanto dissertava.

— Tenho certeza que vou ficar bem. Darren tem o dia de


folga, por isso, se estiver muito ruim quando sair, posso
apenas chamá-lo.

— Bobagem, querida. Seu marido tem o dia de folga. Você


vá para casa e desfruta de algum tempo com ele. — Myrtle
afagou sua mão quando foi para trás do balcão.

Bailey deu os ombros, e com um último adeus e seu


melhor olhar ―você tem certeza‖, foi embora. As nuvens da
tempestade eram sinistras com certeza, e ela de repente
estava muito ansiosa para chegar em casa e se enrolar com
Vonnegut por um tempo na grande cadeira confortável junto
às portas francesas para o deck. Sentia-se melhor, ou talvez
ela estava pronta para se sentir melhor. Definitivamente
queria se sentir melhor, e finalmente sentia que era possível.
Ela estava certa; sair de casa e deixar sua mente tornar-se
consumida por algo diferente de estar grávida, ou como era o
seu caso, não estar grávida, tinha feito muito bem a ela.

Quando ela entrou na casa, Darren não estava lá, e Macy


estava enrolada roncando no sofá. Ela levantou a cabeça por
um momento, mas quando não viu uma coleira na mão de
Bailey ou seu tênis nos pés, ela decidiu que Bailey não tinha
o que oferecer e abaixou a cabeça novamente em uma de
suas almofadas. Bailey subiu as escadas, e ela ouviu o
chuveiro do banheiro principal no momento em que atingiu o
topo das escadas. Quando entrou no seu quarto, vapor estava
lentamente filtrando através da porta aberta para o banheiro
principal.

Ela não tinha certeza de como se sentia sobre sexo ainda,


o que era estranho, dado o quanto ela desfrutava com
Darren. Não conseguia explicar, exceto dizer que sentia
enojada por algum motivo. Muito do funcionamento interno
do seu sistema reprodutivo tinha sido discutido
recentemente. O fato de que seu próprio marido disse tudo
em frente a ela no que diz respeito a uma parte da sua
anatomia era estranho o suficiente. Não havia nada sexy
sobre ter tubos em sua barriga ou ovários. Quem inventou os
nomes para os órgãos reprodutivos da mulher devia levar um
tiro. O fato de que ela não tinha uma parte desses órgãos a
deixou se sentindo não muito feminina também.
Mas nada disso significava que ela não gostava de ver seu
marido nu ou pensando nele excitado. Ele era tão sensual em
sua mente, como sempre foi, e ela ainda era muito atraída
por ele dessa forma. Só não via nada atraente sobre si mesma
no momento, e se sentia vulnerável e boba por causa disso.
Quando imaginou como ele devia vê-la agora, a parte
consciente de seu cérebro começou a vomitar tóxicos
pensamentos negativos. Ela queria dar um tapa nessa cadela
em sua cabeça e dizer-lhe para ir se foder. Seu Darren a
amava.

Então, por que era tão difícil sentir-se bonita em volta


dele?

Quando ela entrou no banheiro, fez uma pausa, e


contemplou. Ela tinha a intenção de tomar um banho quando
chegasse a casa. Havia alguma razão que não devesse se
juntar a ele? Um mês atrás, não teria havido nenhuma
pausa, e já estaria nua e lá com ele, mas as coisas mudaram.
Respirou fundo e tirou suas roupas, deixando-as no chão do
banheiro. Quando deu seu primeiro passo para perto do
chuveiro, respirou ainda mais profundo.

Espiou pela parede de azulejos do chuveiro, esperando


vê-lo esfregar seu cabelo, ensaboar seu corpo, praticamente
qualquer coisa, exceto o que ela viu. E o que ela viu não só a
deteve congelada em seu caminho, mas parou qualquer
chance de ela dar um passo adiante e se juntar a ele.

Ela engasgou, não sendo capaz de manter o som dentro


de seu peito, e seus olhos se abriram quando se virou para
ela. Sua mão ainda agarrando sua excitação, e os seus lábios
ainda estavam separados de uma maneira excepcionalmente
sedutora que sempre fazia quando estava excitado. Estava
definitivamente mais ligado, mas não era porque ela estava lá
fazendo absolutamente alguma coisa para que isso
acontecesse, e por qualquer que fosse o motivo, causou uma
facada dolorosa de rejeição batendo no seu intestino.

Ela congelou por um momento, e ele também, mas o


pânico rapidamente percorreu seu corpo, enviou energia para
as pernas, e ela prontamente usou esse poder para virar e
fugir. Que diabos estava fazendo? Pegou o roupão do gancho
na parte de trás da porta do banheiro, e o colocou enquanto
saia do quarto e voltava para o andar de baixo. Ela amarrou o
cinto enquanto caminhava para a cozinha. Que diabos estava
fazendo?

Enquanto ela andava, começou a olhar em volta,


tentando descobrir como iria corrigir isso e salvar sua
dignidade, ao mesmo tempo. Não podia nem imaginar o que
estava acontecendo em seu cérebro, e ela esquadrinhou a
cozinha em desespero, como se pudesse puxar a gaveta
aberta e simplesmente encontrar a resposta. Quando olhou
para fora através da grande sala para as escadas abertas que
levaram ao segundo andar, ela o avistou.

Estava nu, enquanto descia as escadas, e ela apertou o


cinto na cintura. Quando se aproximou da cozinha, ela
rapidamente abriu a porta da geladeira e alcançou alguma
coisa dentro. Estava em pânico e se sentindo completamente
ridícula, e quando ele entrou, apertou os dedos no primeiro
frasco que encontrou na porta. Ela tirou a mão e tentou
fechar a porta tão indiferente quanto possível, mas quando
fechou a porta, o resto de seu corpo veio à tona.

Estava rigidamente duro, grosso e longo, claramente ela o


interrompeu, ele não tinha nem mesmo acabado, e quando
ela olhou estupidamente para seu pênis, sua mão colocando
pote no balcão ao lado dela. Ele olhou para o balcão, e os
seus lábios puxaram para cima em um sorriso sutil.

— Comendo maionese de novo, querida?

Ela finalmente olhou para o frasco em cima do balcão, e


lá seu foco ficou. Por que ela estava fazendo isso? Por que
estava de repente, tão ciumenta da sua mão? Por que estava
de repente tão ciumenta de sua mente? Todas as coisas que
impulsionaram sua excitação no andar de cima.... Sabia que
ele se masturbava. É claro que ele fazia. Inferno, ela fazia
também. Ela o tinha visto fazer isso na frente dela, e ela tinha
feito o mesmo. Então, por que se sentia como uma estranha
agora?

— Bab... Querida, olhe para mim.

Odiava que ele estava pisando sobre suas próprias


palavras com tanto cuidado por causa de seu acesso de raiva
no chuveiro na semana anterior, e esse mesmo fato parecia
apenas agravar a quão ridícula que se sentia no momento.
Contemplou ser teimosa e se recusar a olhar para ele, mas
estava velha demais para estar se comportando assim.
Forçou sua atenção a voltar para ele, e ele sorriu gentilmente.

— Sinto muito, — ela ofereceu.


Sua testa se encolheu com suas palavras, e depois que
ele a estudou por um momento, estendeu a mão para ela.
Levou-a para a grande cadeira de leitura em frente às portas
francesas para o deck. É exatamente onde ela tinha a
intenção de passar a tarde enrolada com Vonnegut. Mas em
vez de estar com o Matadouro, ela estava com a humilhação.

Quando ele se sentou na cadeira, deslizou seu traseiro


para frente um pouco para que descansasse um pouco para
trás. Sua ereção era dura e grande em seu abdômen, e seus
olhos não paravam de olhar para ele, mesmo que ela
estivesse tentando não olhar. Pegou a mão dela e puxou-a
para baixo para se escarranchar em suas pernas. Desatou a
faixa na cintura e abriu a frente de seu robe, antes que o
empurrasse fora de seus ombros. Caiu no chão na frente da
cadeira, e ela foi deixada nua com a virilha excepcionalmente
perto da dele, quase tocando a base de sua ereção.

— Você está se sentindo deixada de fora? É isso que está


acontecendo agora? — Perguntou, sua voz quente e
descontraída.

Ela olhou para os lábios por um momento, sentindo-se


muito envergonhada ainda para responder.

— Sou seu marido, querida, e preciso que você fale


comigo sobre isso. Sou só eu. Você não precisa ficar
envergonhada comigo. Agora, responda à pergunta.

Ela respirou fundo.

— Sim. —Balançou a cabeça quando os dentes


prenderam seu lábio.
— Por que você acha que não está envolvida nisso? —
Sua mão estendeu a mão para o pau dele, agarrando-o
novamente e, lentamente permitindo que esse agarre subisse
em seu comprimento.

— Sim. — Ela puxou os olhos para cima do que sua mão


estava fazendo para seu corpo, e se forçou a olhar para seus
olhos.

— Está tudo bem. Prefiro que você mantenha seus olhos


no meu pau agora. — Sua voz escorria sedução.

Ela seguiu seu conselho e olhou para baixo. Acariciou a


si mesmo, seu aperto firme e forte.

— Você sempre faz parte disso. Sempre. — Ele


resmungou, ao mesmo tempo, seus músculos do estômago
apertaram.

— Você tem feito desde que estávamos na escola. Isso é o


quão patético eu sou por você. Isso é o quão patético eu
sempre fui por você.

Ela olhou para os olhos rapidamente só para ver seus


escuros olhos marcados olhando para ela, e seus lábios se
abriram. Mas então ele sussurrou, e sua atenção foi atraída
de volta para baixo. Estendeu a mão livre e agarrou a parte
de trás do seu pescoço, puxando-a para perto de seu rosto.
Ela segurou a cadeira para trás e olhou para baixo entre seus
corpos. Seu estômago estava tão perto, mas não tocava sua
excitação, mas seus dedos continuavam a acariciar sua
barriga enquanto se acariciava. Sua mão se moveu de forma
constante e puxou bruscamente, e ela podia dizer pelo
conjunto rígido de seu corpo e os sons guturais, os grunhidos
que emanavam de seus lábios que ele estava perto.

— Nunca fui capaz de separá-la da minha vida, das


minhas necessidades. — Estava ficando difícil para ele falar,
mas forçou as palavras de sua boca enquanto ela olhava para
o pau dele.

— Costumava pensar que eu queria. Costumava pensar


que eu precisava. — Ele resmungou novamente. — Oh,
merda, bab-Bailey.

Sua mão puxava e bombeava seu pênis, e ela esperou


ofegante, como se fosse ela prestes a explodir.

— Agora.... Agora, sei que nunca vou querer. Preciso que


você confie nisso. Você é o meu inesquecível. Você sempre foi
a minha inesquecível.

Ele arqueou as costas enquanto gemia, e ela engasgou


com a visão dele lutando para alcançar a sua liberação. Isso
quase parecia doloroso.

— Nenhuma parte de mim está fora dos limites para


você. — Ele resmungou as palavras, e, em seguida, puxou
seu rosto ainda mais perto dele, unindo suas testas. — Você
já possui tudo o que faço a este corpo. Diga-me que você
entende isso.

Ela assentiu com a cabeça. Sua respiração ofegante


manteve o ritmo com a sua e seu corpo foi inundando de
desejo por ele.
— Diga isso... Oh, Deus, Bailey, por favor, diga isso —,
ele gemeu as palavras.

— Entendo. — Ela choramingou no momento em que a


palavra passou seus lábios.

E então ele se desfez, vindo em seu estômago como todos


os músculos de seu corpo paralisaram apertados. Fixou seus
olhos nos seus com a testa na sua. Sua mandíbula estava
tensa, seus dentes cerrados apertado, e ela segurou a cadeira
para trás seus ombros enquanto seu corpo se contraiu. Ela
podia sentir suas rápidas respirações irregulares contra seus
lábios enquanto seu corpo tentou relaxar.

— Você pode assistir. — Ele inalou lentamente. — Você


pode tocar. Você pode provar. — Ele lambeu os lábios, ainda
lutando para recuperar o fôlego. — Você pode penetrar. — Ele
estudou os olhos. — Você pode fazer tudo o que você precisa
fazer para compreender que isso é... Sempre. Sobre. Nós.

Ela olhou fixamente em seus olhos por um momento, e


então ela o beijou, esmagando seus lábios nos dele. Isso o
chocou por meio segundo, mas, em seguida, passou os
braços em volta dela e voltou a mesma paixão de sua boca
enquanto beijava, chupava e lambia. Ela gemeu, e ele
também, e antes que ela soubesse o que estava fazendo, ela
empurrou seu sexo contra suas bolas, deixando sua fenda
molhada escorregar sobre a pele esticada. Quando ele sentiu,
gemeu de novo, e suas mãos se moveram para seus quadris e
a agarrou, puxando-a com força contra ele.
Mas ela se acalmou em seguida, e ele se afastou para
olhar seus olhos.

— Você quer que eu faça você gozar com a minha boca?


— Ele tinha uma maneira de dizer as coisas tão sem rodeios,
sem reação nenhuma. Ela corou apenas pensando sobre o
que ele estava mais do que disposto a dizer, mas ela adorava
ouvir essas palavras de seus lábios independentemente. A
maior parte do tempo.

Balançou a cabeça. Estava excitada. Queria sua boca.


Queria mais do que isso, mas ela simplesmente não poderia
fazê-lo, e então ela balançou a cabeça.

— Não —, ela sussurrou.

Ele ficou em silêncio por um momento, mas depois


sorriu.

— Ok. — Ele passou os braços em volta dela novamente e


a puxou para seu peito.

Podia sentir seu estômago pegajoso com seu esperma


quando ela finalmente sentou-se em linha reta em seu colo
novamente, e ele estendeu a mão, correndo o dedo ao longo
de seu lábio inferior.

— Fui chamado para trabalhar um turno esta noite no


hospital. Desculpa querida.

— Está tudo bem. — Ela sorriu para ele.

— O que você vai fazer hoje à noite?

— Tenho um encontro com Vonnegut.

Ele sorriu.
— Bem, diga ao homem que ele pode ir se foder. Você é
minha.
Quando ele tomou banho novamente e estava pronto
para sair para o hospital um pouco mais tarde, seu humor
havia mudado novamente. Quase havia conseguido se
acostumar a nunca saber muito bem o que esperar dela, mas
isso não queria dizer que sabia o que fazer com ela.
Desequilíbrio hormonal devido à perda de sua gravidez,
devido à perda de um ovário? Depressão? Realmente não
poderia dizer naquele momento. Só estava tentando ser
paciente, porque ele não sabia mais o que fazer.

Estava sentada com um livro no colo na mesma cadeira


que ele esteve há apenas quarenta e cinco minutos, mas ela
não estava lendo. Em vez disso, seus pés estavam parados
enquanto olhava para dentro da floresta através das portas
francesas. Quando ele se aproximou, sentou-se na poltrona
em frente a ela, e ela voltou sua atenção de volta para ele.

— Sei que você estava apenas tentando me fazer sentir


melhor mais cedo —, ela comentou, sem muita convicção.

Ele não tinha certeza de como responder ao ouvir essas


palavras. Estava ferido. Estava irritado. Ele estava.... Até
mesmo confuso.
— Você está sugerindo que o que eu disse a você foi uma
mentira?

Ela encolheu os ombros. Podia sentir suas narinas


dilatarem quando lutou contra a raiva, e então ele se
levantou e foi embora, evitando começar uma briga. Pegou as
chaves na ilha da cozinha e seu telefone celular, embolsando
ambos, e em seguida, saiu sem dizer uma palavra.

Ele colocou a porra da sua vulnerabilidade para fora


diante dela, para ela ver quando estava na posição mais
comprometida que ele poderia estar, e ela questionava seus
motivos? Estava enfurecido no momento em que chegou ao
carro, e quando abriu a porta cuspiu,

— Foda-se! —, quando tentou se acalmar. Como ela


ousava?

Estava fazendo tudo que podia para apoiá-la quando ela


precisava dele e ela jogou com desdém de volta em seu rosto.
Inferno, porra, ele estava chateado. Quando pegou seu
telefone celular do bolso, ele bateu no botão de discagem
rápida, e esperou, empurrando sua língua duramente em sua
bochecha quando ondas de raiva esmurravam seu corpo.

— Eu sinto muito —, disse ela. — Não sei por que me


sinto assim. — Ela parecia perdida.

Ele fez uma pausa, sua raiva se dissipando rapidamente.


Estava preparado para se colocar do lado dela. Estava
planejando se segurar um pouco, mas agora...

— Sei que você está passando por um momento difícil...


— Ficou em silêncio por um momento. Algo mais precisava
ser dito do que isso, e dar-lhe uma oportunidade não seria
realmente o seu estilo. —.... Nunca mais invalide o que digo a
você sobre os meus sentimentos.

Ela não disse nada, mas fungou, e ele sabia que ela
estava chorando.

— Agora venha para fora e me dê um beijo de despedida.


— Manteve sua voz suave e macia.

Quando ela abriu a porta da frente, ficou parada na


varanda parecendo terrivelmente insegura por um momento,
mas depois desceu os degraus em direção a ele. Ele a
encontrou no meio do caminho, sem esperar por um convite
para tocá-la. Puxou-a em seus braços, e ela enterrou o rosto
em seu pescoço. Levantou-a, envolvendo suas pernas em
volta de sua cintura. Ele voltou para as escadas, sentando no
primeiro degrau.

Ele a beijou, primeiro suavemente e depois


apaixonadamente. Agarrou o seu rosto, segurando sua boca
com a dele, e sentiu as lágrimas silenciosas tocarem seus
lábios enquanto caíam. No momento em que parou de beijá-
la, estava atrasado para sair para o hospital, seu rosto estava
molhado, e estava segurando-a com força em seus braços,
tentando deixá-la ir.

Ela se sentou, os olhos inchados. Nunca choraram tanto


quanto fizeram nas últimas semanas. Era de se esperar. Ele
entendia isso. Estendeu a mão para o rosto e limpou as
lágrimas enquanto ela sorriu fracamente para ele.
— Vou estar em casa à meia-noite. Quero que você me
deixe comer sua boceta em seguida.

Ela suspirou, e seus olhos se abriram amplamente.

— Preciso fazer amor com você, e essa é a maneira que


eu quero fazê-lo.

Ela olhou para ele e engoliu como se fosse um caroço


quando ele riu.

— Não se preocupe. De acordo com as instruções da


Halady, nada de sexo com penetração. — Ele a beijou
novamente, mas se afastou rapidamente. — Quando chegar à
casa gostaria de encontrá-la nua em nossa cama. Ok? — Ele
meio que esperava que ela recusasse.

Mas em vez disso, ela assentiu com a cabeça. Seu aceno


era rígido, seus olhos azuis arregalados, e seus lábios não
conseguiam fechar. Mas ela balançou a cabeça.

Quando chegou a casa à meia-noite, estava


absolutamente certo de que ela voltaria atrás, mas ele a
encontrou enrolada na cama, nua, depilada, e sua pele com
cheiro de sabonete de amêndoa e mel. Ela havia dormido com
a lâmpada ligada o que lhe proporcionou muitos longos
minutos inapropriados de carícias com o olhar. Estava
totalmente depilada. Ela geralmente mantinha seus pelos
pubianos bem esculpidos e cortado curto, mas estava
completamente desprovida de qualquer pelinho no momento.

Nunca a viu daquela maneira, e ele perdeu o controle de


quanto tempo olhou para esse determinado ponto em seu
corpo. Quando estendeu a mão para ela, foi esse o lugar que
a tocou primeiro. Sem a excitar, sem a aliviar, nada, exceto os
dedos movendo-se lentamente sobre sua pele. Sua pele era
lisa como o bumbum de um bebê e ele cantarolava enquanto
a tocava, e ela se esticou e acordou.

Ele se sentou ao lado dela na cama, e sorriu. Queria que


ela descontraísse, algo que ele achava que era muito difícil
para ela no momento.

— Nós podemos apagar as luzes? — Suas sobrancelhas


levantaram esperançosas.

Eles nem sempre faziam amor com as luzes acesas,


embora houvesse alguma luz mais frequentemente do que
não, mas a sua única preocupação real no momento era ter
certeza de que ela se sentia bem sobre isso.

Ele assentiu com a cabeça.

— Se é isso que você quer. — Estendeu a mão e desligou


o abajur, deixando-os na escuridão.

Fez seu caminho até seu rosto, e ele se inclinou para os


lábios, capturando-os com os seus. Deixou sua mão
lentamente trilhar para baixo de seu corpo e entre as pernas.
Seus dedos deslizaram suavemente ao longo de sua pele
recém-descoberta, e os seus lábios encontraram os dela,
beijando-a.
— Por que você raspou todo seu pelo? — Ele fez a
pergunta enquanto descia ao longo de seu corpo e lhe abriu
as pernas.

— Não sei. Acho que... Só queria algo diferente. Queria


parecer diferente. Queria sentir-me diferente.

Não tinha ideia se ela estava sorrindo ou franzindo a


testa enquanto falava, e era uma maneira interessante e
emocionante para estar com ela se fosse completamente
honesto. Costumava ver sua reação a tudo o que fazia, e, no
momento, ele simplesmente tinha que confiar que o que
estava fazendo era certo ou que a conhecia bem o suficiente
para ler a sua linguagem corporal sem ver suas expressões
faciais.

Estava deitado entre as pernas dela e beijou até o interior


de sua coxa. Seus braços estavam em suas coxas, e seus
dedos agarrando seus quadris. Queria tanto penetrar. Queria
sentir o aperto quente ao redor dos dedos, em torno de seu
pênis, mas em vez disso, manteve os dedos no lugar,
determinado a seguir o conselho de Halady.

Quando beijou o caminho de sua coxa até sua boceta, ele


usou sua língua para empurrar entre os lábios, e começou a
lambê-la. Ela gemeu, e ele podia sentir o movimento do lençol
de ambos os lados dos quadris, onde seus dedos se torciam
nas roupas de cama.

— Bailey —, ele murmurou com os lábios tocando seu


clitóris.
Ela gritou quando a vibração passou de sua boca para
seu corpo, e tremeu. Ele afrouxou o aperto nos quadris, em
vez de chegar para o lugar que sabia que suas mãos estariam
atadas aos lençóis. Entrelaçou os dedos com os dele, e então
ele fez isso de novo.

— Bailey. — Seguiu o murmúrio com um golpe rápido de


sua língua no pico endurecido de nervos. Seus dedos se
apertaram quando segurou suas mãos, e ela amaldiçoou.

— Linda. — Ele falou contra sua pele novamente,


sabendo que seus músculos do estômago tremiam mesmo
que não pudesse vê-los.

— Forte. — O silvo de seu s6 estava bem contra o clitóris,


e ela empurrou.

Ele lambeu um pouco mais e, em seguida, sugou,


enquanto estalava em sua pele com a língua.

— Inteligente7. — Seu corpo parecia particularmente


reativo às palavras com S, e suas coxas tremiam enquanto
ela gemia.

— Bailey —, ele sussurrou contra seu sexo, e então


beijou, sugando sua pele em sua boca. — Bailey. — Ele fez
isso de novo.

Cada célula de seu corpo parecia estar vibrando, suas


mãos tremiam, suas pernas também, e sua respiração vinha
cambaleando em suspiros que saiam da garganta toda vez
que ele lhe dava uma palavra.

6
S de Strong, forte em inglês.
7
Smart.
— Meu. — Suas unhas cravaram nos topos de suas
mãos, e a dor foi rápida e afiada. — Inesquecível. — Ele
ignorou a dor de suas unhas e gemeu alto contra sua vagina.

— Venha. — Ele deixou seu N perto do seu clitóris, e


então terminou com aquilo. Beijou, lambeu, chupou, sugou
sua pele, deixando sua velocidade acelerar com o seu corpo, e
então ela ficou rígida, grunhindo e lamentando em seu
orgasmo. Seus quadris empurrando contra seu rosto e ele
nunca parava o movimento de sua boca e de sua língua.

No momento em que seus quadris descansaram voltados


para a cama, ela tirou suas garras de sua mão também. Ele
beijou suavemente, e seu corpo balançou e se contorceu toda
vez que ele chupou em um beijo suave na pele entre as
pernas. E quando finalmente ficou satisfeito, cantarolava e
disse:

— Obrigado, — mais uma vez enviando espasmos através


de seu sexo para o resto de seu corpo.

Ela gemeu, e ele soltou as mãos. Subiu até o seu corpo e


caiu ao lado dela.

— Agora posso acender a luz? — Ele deixou seus lábios


acariciarem seu ouvido dessa vez.

— Sim.

Ela piscou quando o quarto de repente se iluminou, e ele


sorriu para ela. Ela sorriu de volta, e o alívio o percorreu com
sua visão. Seus olhos estavam brilhantes de emoção, mas o
sorriso não mentia.
— Ok?

Ela assentiu com a cabeça, enquanto uma lágrima correu


pelo seu rosto.

Ele a afastou.

— Você tem certeza?

— Sim. — Estudou-o por um momento enquanto


mastigava o interior de seu lábio nervosamente. — Não
deveria ter dito para não me chamar de baby.

Ele começou a balançar a cabeça.

— Sinto falta de ouvir isso —, continuou quando


balançou a cabeça ligeiramente.

Ele acenou com a cabeça também.

— Sinto falta de chamar você assim.

Ela limpou a umidade de suas bochechas.

— Quem diria que o jogo das palavras no seu clitóris


pode ser muito divertido —, comentou sarcasticamente,
tentando quebrar a tensão entre eles. — Definitivamente
venci a rodada.

Seu sorriso se alargou.

— Vou dar essa a você.


Sua menstruação começou dois dias depois. Ele nunca
tinha sido tão feliz em ver sua garrafa de Midol8 no balcão e
ela deitada no sofá com a bolsa de água quente. Na verdade,
foi uma dose dupla de boas notícias para ele. Primeira, uma
vez que ela passasse seu ciclo em uma semana, ele poderia
fazer amor com ela corretamente, o tipo de penetração que ele
era tão afeiçoado. Segunda, eles estavam um ciclo mais perto
de serem capazes de começar a tentar novamente. Dentro de
um mês poderiam começar de novo, começar de novo.

— Começar de novo — era uma frase ruim em sua


opinião. A maioria das pessoas associa a um fracasso
passado de algum tipo. Ele associava com todas as coisas
boas que ele tinha em sua vida. Ele quase perdeu sua chance
de começar de novo com Bailey, quando ela o deixou por
Memphis. Ele não merecia uma segunda chance com ela,
mas ela deu a ele de qualquer maneira. — Começar de novo
— significava um presente, uma bênção.

8
Remédio para cólicas.
— Bailey Cory. — Ela olhou para o chão por um
momento, mas Darren se levantou e pegou a mão dela,
pedindo-lhe para ir em frente. Ela não queria estar aqui
novamente.

Estavam sentados na sala de espera por quase quinze


minutos. Não muito tempo, mas tempo suficiente para ela ver
muitas mulheres felizes, grávidas. Algumas estavam
sozinhas, algumas tinham seus parceiros com elas. Bailey
tentou sorrir para elas, se encontravam com os olhos, mas
ela não estava mais grávida, e sentiu como se não
pertencesse àquele lugar. Sorrir era difícil nesse dia.

Darren tinha insistido em ir com ela, e agora estava feliz


que havia concordado. O hospital era do outro lado da rua, e
ele correu para encontrá-la. Bailey estava na livraria, que não
era mais que uma rápida caminhada de quatro quarteirões
da clínica também. Era conveniente, e é claro que ele gostaria
de vir em sua consulta de acompanhamento com a Dra.
Halady.

Sentou-se com ela na sala de espera, com o braço em


torno do ombro, com o corpo inclinado em direção a ela.
Parecia entender que isso era difícil para ela, e não havia
dúvida de que ele tinha seus próprios sentimentos pessoais
sobre isso também. Sua testa se encolhia toda vez que ele a
pegou olhando para uma barriga redonda, ou tentava, mas,
não conseguia sorrir para as pessoas. Ele a puxou para mais
perto do seu corpo e inclinou a cabeça para ela, deixando sua
respiração tocar seu rosto e então ficaram assim. Ele era, de
alguma forma, seu escudo contra tudo o que acontecia ao seu
redor, e ela estava feliz que ele estava ali.

Mas agora ele estava incitando-a a segui-lo em direção a


enfermeira, e ela de repente estava nervosa e queria fugir.
Subiu na balança como tinha feito da última vez, e ele a
observava. Ela perdeu dois quilos e meio. Não havia ganhado
dois quilos e meio enquanto estava grávida, e isso não era
nada mais do que a perda de peso pela depressão. Ele sabia
disso também, e fez uma careta quando a enfermeira disse o
número. Não havia nada de seu humor ou leveza anterior, e
era estranho, para não mencionar deprimente. Não a estava
beijando inadequadamente quando Dra. Halady entrou dessa
vez. Ficou na mesa enquanto ela descansava seu rosto em
seu ombro, e ele acariciava suas costas suavemente.

— Como você está se sentindo, Bailey? — Dra. Halady


perguntou quando entrou na sala. Mesmo ela não estava
tentando ser normalmente divertida.

Darren deu um passo para trás de seu corpo e se mudou


para a cadeira próxima.

— Eu estou bem. — Ela estava bem fisicamente. Sentia o


corpo da mesma forma que sempre teve, a cada parte dele,
exceto as partes que não podia ser vista, que realmente não
existiam, exceto em um lugar escondido em sua mente.

Dra. Halady a examinou, pressionando em seu abdômen


em torno da cicatriz, e quando Bailey deitou para que
pudesse fazer o exame pélvico, Darren veio e parou na
cabeceira da cama ao lado dela, sem dizer nada. Bailey se
sentou quando Dra. Halady terminou, e Darren se encostou
ao lado da mesa.

— Então, você pode voltar a ter relações sexuais quando


você estiver pronta, mas não tente engravidar até que você
tenha mais um ciclo.

Bailey assentiu com a cabeça, mas na verdade, ela estava


terrivelmente desconfortável em até mesmo falar sobre isso, e
não estava inteiramente certa do porquê.

— Você ficou grávida muito rapidamente da última vez,


Bailey. Só quero prepará-la para o fato de que pode não ser
tão fácil desta vez.

Os olhos de Bailey estalaram para Dra. Halady.

— É impossível saber. Algumas pesquisas mostram que


apenas 30% das mulheres pós-gravidez ectópica são capazes
de engravidar por conta própria. Ao mesmo tempo, tenho
visto os números que indicam as taxas de gravidez tão
elevadas quanto 80%. Não é uma ciência exata. Se eu
estivesse adivinhando, o número real cairia em algum lugar
no meio, mas é em grande parte dependente do dano feito a
partir da gravidez anterior. Estou animada que você tem um
útero saudável, trompa de falópio e ovários.
Essas malditas palavras nojentas novamente.

— Mas quero que você esteja preparada para exercer um


pouco de paciência agora.

Bailey balançou a cabeça, e quando olhou para cima,


Darren estava estudando-a de perto.

— Se você não for capaz de conceber naturalmente


dentro de um ano, podemos discutir...

— Um ano? — A pergunta saiu de sua boca em choque.


Ela riu com um som estranho e perturbado. Ela tinha ficado
maluca nas poucas semanas que a levaram para engravidar
na primeira vez. Será que ela realmente aguentaria um ano
daquilo?

Quando ela olhou para Darren, seus lábios estavam


franzidos e sua testa enrugada.

Dra. Halady sorriu tranquilizadora.

— Isso não significa que vai demorar um ano, mas não é


incomum, tampouco. No entanto, se você for incapaz de
conceber naturalmente dentro de um ano, podemos discutir a
fertilização in vitro. Se você optar por essa opção, há sempre
a barriga de aluguel ou adoção.

— A adoção não é uma opção para nós. — As palavras


saíram calmas da boca de Bailey. — Pelo menos não é para
mim —, ela continuou.

— Sinto muito!

Bailey olhou para a Dra. Halady, desejando que ela


mantivesse a boca fechada.
— Não com o meu registo criminal —, disse ela sem
rodeios.

A atenção de Darren se mudou para o chão.

Dra. Halady estudou por um momento, mas não reagiu


além de olhar para ela com calma. Quando se aproximou da
mesa de exame novamente, pegou a mão de Bailey na dela.

— Acredito que você tem uma chance muito boa de


conceber naturalmente. Também acredito que, se por algum
motivo isso não funcionar, você seria uma boa candidata
para a in vitro. Preciso que você acredite nisso também.

Bailey assentiu enquanto o calor de suas emoções se


alojou atrás de seus olhos. Ela não ia chorar hoje. Ela disse a
si mesma durante toda a manhã. Não hoje. Ela desmoronou
muitas vezes ultimamente, e simplesmente não ia
desmoronar hoje.

— Ok. Se você não tiver dúvida alguma, você está livre


para ir. Quero que você continue a tomar as vitaminas pré-
natais, descanse bastante, e me ligue se precisar de alguma
coisa. — Dra. Halady sorriu para eles, e eles assentiram.
Estava tão tranquila.

Seguiu Darren para fora do prédio, e uma vez que


estavam de volta no sol de verão e ar quente, ele se virou para
ela.

— Preciso voltar para o hospital. Você consegue andar até


a livraria?

Ela assentiu com a cabeça.


— Merda —, ela murmurou. — Esqueci o meu cartão do
seguro. Precisavam de uma cópia, e me esqueci de pegá-lo de
volta.

— Você quer que eu vá com você?

— Não. Estou bem. — Ela se forçou a sorrir. Ela estava


indo muito melhor recentemente.... Até hoje. Hoje foi um
lembrete de onde sua vida estava, onde ela queria que fosse,
e o quão longe esses dois pontos realmente estavam. Darren
era seu porto seguro, mas seu silêncio e expressão solene
deixou claro que ele entendeu que essa não foi uma consulta
fácil, não para ela, e ela suspeitava, para ele também não.

Ele a beijou, deixando os lábios ficarem por mais tempo


do que era socialmente aceitável, mas Darren geralmente
tinha sua própria ideia sobre o que era aceitável e o que não
era em público, e quando ele queria, fazia. Era apenas o seu
estilo, e ela adorava isso nele.

— Vou ver você hoje à noite.

Ela assentiu com a cabeça e sorriu antes de se voltar


para o prédio. Quando ela entrou pela porta do hall de
entrada, a recepcionista a viu instantaneamente e levantou
seu cartão.

— Sinto muito sobre isso. Fiquei presa ao telefone e


esqueci que ainda estava com isso. — A recepcionista sorriu
para Bailey, e Bailey sorriu de volta, mas quando ela se virou
para ir embora, sua atenção pegou uma voz que ela
reconheceu muito bem.
Bailey virou, quase feliz por um momento ao ouvir uma
voz familiar, mas, em seguida, virou-se para sua felicidade e
confusão e, em seguida, veio a dor. Michelle e Jason estavam
acabando de sair da porta que levava de volta para as salas
de exame, e ambos estavam sorrindo amplamente quando
eles se deram as mãos.

Bailey se conteve segurando seu corpo rígido em pânico,


e de repente ela queria se esconder. Mas, então, os olhos de
Michelle foram sobre ela, e ela congelou com seu sorriso
preso nos lábios, dessa forma apavorada. Elas só olharam
uma para a outra através do lobby até que Bailey não poderia
suportar a visão de sua melhor amiga por mais tempo, e saiu.

— Bailey! — A voz de Michelle se arrastou atrás dela. —


Bailey, por favor!

Bailey caminhou rapidamente e saiu. Imediatamente


fechou a mão em sua boca enquanto tentou abafar sua
reação. Ela caminhou pela calçada, mas então a voz de
Michelle ecoou no vestíbulo do edifício e para fora. Michelle
empurrou a porta e correu pela calçada atrás dela.

— Por favor, Bailey!

Bailey parou e se virou para Michelle. O sorriso que ela


colou ao rosto era tão ridiculamente artificial e doloroso que
era simplesmente embaraçoso, e o fato de que ela mal podia
ver através das lágrimas foi adicionando humilhação. A
expressão de Michelle congelou em uma careta desesperada
quando viu Bailey. Seus olhos brilhavam, e ela ofegava
quando alcançou Bailey, mas Bailey apenas continuou
sorrindo como uma lunática, com os dentes cerrados.

— Bay...

— Umm... Estou atrasada...

A mão de Michelle apertou em seu braço quando Bailey


tentou sair, e quando Bailey se virou para encará-la viu
Jason sair do prédio. Ele ficou para trás, e não tentou
abordá-las.

— Sinto muito, Bailey. Deveria ter dito a você...

— Não. Umm.... É ótimo! — Ela gaguejou. Sua declaração


exclamatória soou mais perturbada do que qualquer coisa. —
Estou muito, muito feliz por vocês dois. — Seus pulmões
balançaram e estremeceram quando tentavam trabalhar, e
ela cobriu a boca de novo, desesperada para segurá-los
juntos.

Michelle gemeu como se estivesse em agonia, e ambas


estavam piscando. A emoção de volta furiosamente.

Bailey exalou lentamente e se obrigou a se acalmar. Era


sua amiga. Ela não podia fazer isso com sua amiga.

— Então, para quando é a previsão?

Michelle fechou os olhos por um instante, e ela balançou


a cabeça de forma sutil.

— Em torno do Natal.

— Oh Deus —, Bailey disse ofegante enquanto usou as


costas de sua mão para enxugar a umidade de suas
bochechas. — Um bebê de Natal. Isso é maravilhoso. — A dor
atacou de novo, e então ela chorou. As mãos de Michelle se
entrelaçaram na frente dela como se estivesse implorando
que Bailey ficasse bem, mas Bailey não sabia como ficar bem,
e não havia esperança.

— Sinto muito. Eu só.... Não posso fazer isso agora. —


Ela falou entre soluços quando se virou e começou a andar
pela calçada.

— Por favor, Bailey, — Michelle implorou.

— Sinto muito —, Bailey se jogou para fora rapidamente


enquanto corria pela calçada.

Manteve a cabeça baixa enquanto chorava. Cada parte


sua doía, seus pulmões se esforçando para se manter unido,
seu coração estava partindo, mesmo quando tentou entender
Michelle. Era um desastre. Ela era uma bagunça com os
olhos turvos. A única salvação real no dia foi que ela não
tinha usado rímel.

Não entrou na loja quando chegou. Em vez disso,


esgueirou-se para parte de trás, onde sua bicicleta estava
estacionada contra a lateral do prédio. Ela se sentou em um
banco pequeno no beco. Ela se deu uns bons vinte minutos
para que as lágrimas secassem e a vermelhidão se acalmasse,
e, em seguida, ela pegou o telefone celular, digitando uma
mensagem rapidamente.

— Realmente estou muito feliz por você. Parabéns. Amo


você, mas eu não posso falar sobre isso agora.

Ela apertou ―Enviar‖ e, em seguida, caminhou de volta ao


redor do prédio para a porta da frente. A cabeça de Myrtle se
virou imediatamente na área de estar. Havia uma pequena
namoradeira, um par de cadeiras almofadadas, e uma mesa
de café no centro da loja onde os clientes podiam sentar para
relaxar e ler. Myrtle estava sentada lá com Mark Ashton, um
corretor de imóveis local.

Havia papelada espalhada sobre a mesa de café, e


quando Bailey se aproximou, ela sorriu.

— Bem, querida, você está parecendo horrível. Você está


se sentindo bem? —, Perguntou Myrtle.

Bailey sorriu e acenou com a cabeça.

— Estou bem. Como você está? E como você está Mark?

Mark mostrou seu sorriso de milhões de dólares para ela.

— Oh, eu estou bem, Sra. Cory. Bem, de fato. Tentando


falar com Myrtle para me deixar vender este lugar aqui para
ela.

Os olhos de Bailey incharam por um momento.

— Vender? Eu não sabia...

— Oh, não se preocupe, querida, — veio a voz de Myrtle


calma e amigável. — Apenas a fase de propostas. Não sei
quando ou mesmo se vou querer vender tão cedo, mas vendo
que estou ficando um pouco velha, tenho que pensar sobre
essas coisas.

Bailey sorriu e acenou com a cabeça. Ela não tinha muito


mais do que isso no momento. Ela os deixou em paz e
retirou-se para o balcão de saída na frente. Quando ela se
sentou no banquinho, virou para olhar para fora da janela da
loja. Havia acordado sem saber muito bem o que esperar
daquele dia. Ela nunca imaginou que ia ser tão difícil.

Depois de olhar pela janela por alguns minutos, ficou em


pé e voltou para a área de estar e Myrtle.

— E se.... E se eu quiser comprar a loja?


Darren saiu da área de triagem para Michelle na área de
espera, e no momento em que a viu, ele congelou.

— Shell, você está bem? O que está acontecendo?

Os olhos de Michelle estavam inchados, e ela estava


mexendo com as tiras de sua bolsa.

— Podemos falar?

— Claro. Tenho tempo para fazer uma pausa.

Caminharam para fora e sentaram-se em uma mesa de


piquenique nas proximidades. O dia estava quente, os
pássaros cantavam, e deveria ser um daqueles bonitos dias
de verão, mas ele simplesmente não conseguia encontrar
humor naquele momento.

— Jason e eu encontramos Bailey na sala de espera do


consultório obstétrico esta manhã.

— Sim. Nós estávamos lá para uma consulta de


acompanhamento. Eu a deixei lá, para que ela pudesse correr
e para pegar o seu cartão de seguro. Será que você topou com
ela depois que saiu? — Estava começando a ficar confuso.

— Corri para ela quando estava saindo da minha


consulta. — Ela o estudou.
Ele afundou em seguida. Seus lábios franzidos, e um nó
na garganta. Tentou sorrir, mas podia sentir suas narinas
dilatadas com o esforço.

— Umm... — Ele parou. — Então, parabéns é devido, eu


entendi? — Ele acenou com a cabeça, mas sua mandíbula
estava tão apertada, e limpou a garganta enquanto tentava
colocar ordem em suas ideias. Então imaginou Bailey
passando por isso sozinha sem ele. Merda.

— Darren, nós acabamos de descobrir. Não sabia que


estava grávida quando Bailey perdeu o bebê. Eu.... Bem, eu
nunca tive ciclos regulares, então só não percebi até.... Até
algumas semanas atrás, e então.... Não podia dizer a ela
então. Ela estava tão chateada e lutando, e eu só não
queria... — Michelle estava se tornando mais chateada com
cada palavra que pronunciou.

— Não é culpa sua, Michelle. É que... — Ele balançou a


cabeça. Ele não ia dizer a uma mulher grávida que a sua
gravidez estava acontecendo em uma época horrível só
porque aconteceu de Bailey ter perdido uma gravidez.

— Darren, ela estava tão chateada. — A atenção de


Michelle caiu para a mesa, entre eles, e Darren pegou a mão
dela.

— Isso não é culpa sua. Foi um dia difícil para nós.

Ela olhou para ele.

— O que o médico disse?

Ele revirou os olhos e suspirou.


— Que poderia ser difícil de conceber naturalmente. Que
ela não poderia nos dizer o que esperar. Um monte de
perguntas abertas e não há respostas definitivas. — Ele
desviou o olhar. — Quero dizer, eu entendo. Nem tenho
certeza que eu esperava que ela dissesse alguma coisa
diferente, mas ouvir isso.... Poderia dizer que Bailey estava
desanimada.

— Vocês vão engravidar. Eu sei que vão. — Ela estava


tentando fazê-lo se sentir melhor.

Ele apenas acenou com a cabeça.

— Escute, vou falar com ela esta noite e ver como ela
está. Eu não estava lá, mas conheço Bailey, e sei que ela não
está chateada com você. É apenas difícil agora. — Ele olhou
para o relógio. — É melhor eu voltar para lá.

Eles pararam, e ele a abraçou.

— Parabéns. Quando é a previsão?

Ela olhou para ele por um momento.

— Em torno do Natal.

Ele puxou o lábio inferior em sua boca, apertando com os


dentes, e desviou o olhar.

— Parabéns. — Sua garganta tornou dolorosamente


difícil dizer isso então, e lutou para manter contato visual
com Michelle. — É melhor eu ir.
Quando entrou na casa, ele ficou em silêncio. Encontrou-
a na cozinha, olhando para um livro de receitas com um
termômetro de carne enfiado em um lombo de porco em uma
caçarola.

— Isso cheira bem —, comentou quando se inclinou e


beijou sua testa.

Ela sorriu, mas não disse nada, e depois que tirou seu
paletó, ele pendurou na parte de trás da banqueta e afrouxou
a gravata. Ela puxou um par de pratos do armário, e ele os
pegou das suas mãos para que pudesse pôr a mesa. Ela
pegou um par de batatas-doces do forno, um prato de
brócolis do micro-ondas, e quando eles se sentaram para
comer, ele a observava.

Ela focou em seu prato, e não parecia ter qualquer


intenção de falar do incidente com Michelle. Ele esperava que
ela parecesse nervosa se estivesse pensando nisso ou se ela
tivesse uma boca cheia de algo que precisava sair; estava
muito acostumado a ver quando ela tinha algo a dizer pela
expressão. Mas agora.... Nada.

— Michelle veio me ver no hospital. — Ele olhou para ela,


mas desviou o olhar casualmente. Não queria magoá-la mais
do que ela provavelmente já estava fazendo disso uma grande
coisa.

O garfo congelou no meio do ar, e ela olhou diretamente


na frente dela. Claramente suas palavras a impactaram,
independentemente de quão leve ele tentou falar.
— Bailey, precisamos falar sobre isso.

— Não há coisa alguma para falar. — Ela olhou para ele,


mas não conseguiu segurar o contato visual.

— Bailey... Eu sei que foi uma manhã difícil...

— Eu quero comprar a loja de livros.

Foi ele quem congelou o garfo no ar dessa vez. Não tinha


a menor ideia do que dizer a isso, e quando ele olhou para
ela, ela estava comendo e ignorando-o como se não tivesse
dito nada.

— O quê?

Ela finalmente olhou para ele.

— Myrtle quer vender. Acho que gostaria de possuí-la.


Poderia contratar alguém para ajudar. Talvez Myrtle queira
até mesmo ficar por um tempo, até que estivesse realmente
pronta para se aposentar. Amo aquele lugar. — Ela estava
divagando. — E acho que eu poderia fazê-lo realmente bonito.
O café fica bem ao lado. Poderia começar com o serviço de
café e doces e realmente fazer...

— Bailey pare! — Retrucou. Ele olhou para ela. — Que


tal... — Estava lutando para segui-la. Estava confuso como a
merda realmente. — E quanto a ficar grávida? Não estou
dizendo que você não pode trabalhar e ter filhos, mas possuir
um negócio... — Ele balançou a cabeça. —.... Que pode ser
um trabalho muito duro. Só não sei se agora é o tempo
certo...
— Não acho que quero tentar engravidar de novo —,
disse ela em voz baixa, e então se calou. Seu foco mudou
para o colo, e lá ficou.

Seu garfo bateu no prato quando perdeu o controle sobre


ele. Seus lábios tremiam e puxaram para trás em uma careta
quando ela desconstruiu o caminho da sua vida diante de
seus olhos. E quando a respiração o deixou rapidamente, ela
olhou para ele. Parecia nervosa, preocupada, mas ao mesmo
tempo.... Sua luz estava morta. Sua Bailey gostava de brigar
verbalmente quando tinham um desentendimento, mas ela
não estava em chamas para discutir sobre isso, e ele sabia
que não era porque tinha medo de lutar com ele. Ela
simplesmente não ia discutir porque não havia coisa alguma
para discutir em sua mente.

— Bailey, você não pode estar falando sério. Esta é a


nossa... — Ele se levantou em seguida, quase derrubando a
cadeira, e começou a andar. — Você não pode tomar uma
decisão como essa no calor do momento. — Parou de andar, e
tentou manter uma expressão calma quando se abriu com
ela. — Por Favor. Você tem que se dar um tempo...

— Pensei sobre isso. — Ela apertou as mãos no colo.

— Desde quando? Esta manhã? — Sua voz foi ficando


mais alta, e ele começou a andar novamente.

— Tenho pensado muito sobre isso recentemente —,


disse ela em voz baixa. — É tudo o que tenho sido capaz de
pensar, e não acho que eu possa...
— Esta é a nossa vida de merda, Bailey! — Sua voz era
alta e furiosa. Ele odiava ficar tão zangado com ela. Esta raiva
o lembrou de um momento em que tudo o que ele sentia era
raiva. Este não era quem ele era agora, mas estava perdendo
a compreensão sobre isso.

— Sinto muito. — Ela olhou para a mesa, mas não houve


nenhuma inflexão em sua voz.

Tudo em que Darren conseguia pensar era no quanto ele


queria vomitar. Ela não podia fazer isso.

— Bailey. Por favor, não faça isso. Podemos...

Ela se levantou em seguida e levou seu prato para a pia.


Olhou para o nada por um momento. Mas então ela olhou
para ele, e ele finalmente viu alguma coisa. Seus olhos
estavam encobertos quando olhou para ele sem expressão.

— Isto é o que eu quero. — Ela encolheu os ombros, mas,


em seguida, suas pálpebras tremularam, e ela engoliu
duramente. Ela se virou e foi embora.

— A merda que é! — Ele gritou atrás dela enquanto ela


caminhava nas escadas até o segundo andar, e quando ela se
foi, ele se sentou em sua cadeira, deixando cair sua cabeça
em suas mãos. Ele olhou para a mesa, a comida dele
esquecida. Quando se levantou, sua raiva não tinha
acalmado, mas havia mais lá do que apenas isso. Ele estava
triste, incrivelmente triste. Como deveria largar esse sonho?
Ela plantou a semente do sonho em sua mente, e ele tinha se
apaixonado pela ideia. Agora ela estava apenas levando para
longe. Ela não podia estar falando sério. Ela ia mudar de
ideia. Ela tinha que fazer. Será que não?

Ele se levantou e carregou seu próprio prato para a pia.


Ele caminhou até seu escritório e puxou seu diário da gaveta,
mas no momento em que ele abriu, uma onda de raiva surgiu
através dele, e ele o arremessou na parede. Ele bateu duro na
superfície e, em seguida, caiu no chão antes que o deixasse lá
e saísse. Seu coração batia forte enquanto subia as escadas
e, quando entrou no quarto, ansiedade o percorria. Ela estava
sentada na cadeira com os pés para cima enquanto olhava
para fora da janela.

Despiu-se, sem dizer nada a ela, mas seus olhos


seguiram-no ao redor da sala quando colocou seus shorts de
corrida e camisa. Quando estava vestido, estava respirando
profundamente pelo nariz, tentando deixar ir a noção de que
essa poderia realmente ser sua nova existência. Isso não era
o que ele queria, e isso o deixou engasgado com a emoção,
porque se isso era para onde iriam, ele ia ter que encontrar
alguma maneira de deixar o sonho que se tornou tão latente.
E não estava certo de que poderia fazer isso.

— Tenho algo a dizer. — Esperou que ela olhasse para


ele, e quando o fez, seus olhos instantaneamente marejaram,
e sua garganta apertou como se tivesse uma braçadeira em
torno das palavras. — Não vou mentir. Na verdade, comecei o
dia me sentindo incrível. Fui estúpido o suficiente para
pensar que eu iria começar a fazer amor com minha esposa
esta noite depois de seis semanas.
Seus olhos brilhavam também, e ela fungou de volta.

— Aqui estou eu em vez disso descobrindo que ela está


desfazendo completamente o curso de nossas vidas. Apenas
com isso. — Ele afundou ao lado da cama antes de pegar
suas meias e colocá-las. Quando ele terminou, pegou seus
tênis no chão, mas não os colocou. Apenas segurou em suas
mãos por um momento. — Você sabe... A vida que perdeu era
parte de mim também, e sinto a perda também. Mas eu
poderia lidar com isso. Você sabe por quê? — Ele olhou para
ela, enquanto esperava pela resposta dela.

Ela olhou para ele. Isso era toda a resposta que ela
estava disposta a dar.

— Porque eu sabia que iria tentar novamente. Nunca


questionei isso. — Não se incomodou em limpar as lágrimas.
— Você me matou com isso, Bailey. Não tenho ideia
alguma.... Do que eu devo fazer agora.

Ela estava sem expressão enquanto ele falava. Ele não


entendeu isso. Ela era uma das pessoas mais emocionais que
ele já conheceu. Na verdade, ela lhe ensinou malditamente
quase tudo o que sabia sobre suas próprias emoções por ser
tão expressivo com a dela, mas agora não havia nada além
desse olhar branco, nulo em seu rosto.

Ele desistiu de esperar por algo.

— Se você quiser comprar a loja, compre. Deixe-me saber


quando e onde for para assinar a papelada.

E depois ele saiu.


Depois que saiu para a sua corrida, ele não veio lá em
cima de novo. Ela se debateu e virou, e ela acordou de um
pesadelo após o outro. Quando ela espiou do patamar no topo
das escadas para a grande sala abaixo, ele estava dormindo
no sofá com sua roupa de corrida e Macy enrolada a seus
pés.

Ela pretendeu descer e rastejar ao lado dele, mas não o


fez. Na maioria das vezes, quando eles argumentavam, ela
sabia que podia fazer isso. Sabia que podia, e ele iria deixá-la.
Isso não significava que não esperava terminar a discussão e
chegar a algum tipo de entendimento, mas ele não iria afastá-
la. Naquele momento, ela não tinha certeza. Na verdade....
Ela tinha certeza. Ele iria afastá-la, e ela não achava que um
tênue agarre que ela ainda tinha em sua sanidade poderia
suportar isso.

Rastejou de volta para a cama, e puxou o diário da


gaveta.

Acho que meu casamento está caindo aos pedaços. Acho


que a culpa é minha. Não me senti odiada por Darren por um
longo tempo.
Ela olhou para o resto da página vazia abaixo de suas
três frases, mas nada mais veio, nem a voz de sua mãe em
sua mente, nem as palavras, nem mesmo a emoção. Ela
apenas se sentia morta por dentro. Ela finalmente fechou o
diário e escondeu-o de volta em sua gaveta.

•●•

Darren havia saído no momento em que ela se levantou


na manhã seguinte. Era quarta-feira, no entanto, e isso
significava que Michelle estaria em casa. Michelle passou a
ser proprietária da loja de móveis de seus pais há alguns
anos quando se aposentaram, e quartas-feiras e domingos,
sempre foram os dias em que ela estava de folga. Sábado era
ocupado demais para ela não estar lá, mas aparentemente
ninguém realmente compra mobiliário às quartas-feiras.

Bailey saiu mais cedo, dando-se muito tempo para chegar


a Michelle e Jason, antes que ela precisasse estar na loja.
Sentia as pernas bambas e instáveis quando pulou de sua
bicicleta que tinha estacionado logo atrás do carro de
Michelle. Quando ela tocou a campainha, seus dedos
tremiam, e suas mãos estavam suadas. Ela devia a Michelle
mais do que um pedido de desculpas. Ela fez sua melhor
amiga se sentir como merda, e enquanto não tinha sido
intencional, não havia como escapar do fato de que tinha que
ter ferido seus sentimentos terrivelmente.
Quando Michelle abriu a porta, ela sorriu. Foi um
pequeno sorriso hesitante, não o seu sorriso largo de
costume, e quando Michelle lutava para engolir mais de um
nó na garganta, os olhos de Bailey aqueceram
instantaneamente. Bailey era a responsável por fazer isso
com sua amiga que nunca se esforçou para sorrir, nunca se
esforçou para engolir, e nunca lutou com muita coisa, exceto
o controle da profanação ocasional que acontecia de saltar
fora de sua boca.

— Michelle... Sinto muito. Eu...

— Oh, venha aqui você vadia louca —, Michelle


murmurou enquanto puxava Bailey para um abraço. — Você
sabe que não há nada para se desculpar.

Passaram-se muitos e longos segundos antes de se


desgrudarem. Michelle sorriu para ela, franzindo a testa
enquanto estudava Bailey.

— Você perdeu peso.

Bailey sabia que tinha perdido. Estranhamente, ela não


dava a mínima. Houve um tempo em que perder dois quilos e
meio teria sido motivo de celebração, uma festa que teria sem
dúvida envolvido um pedaço de bolo. Agora, só não
significava nada para ela, nem os dois quilos e meio, nem
mesmo bolo. Um monte de coisas que normalmente
significava muito para ela de repente significava pouco. As
balanças de alguma forma caíram de suas prioridades. Mas a
coisa era, não havia mais balanças, e muitas poucas coisas
significava muita coisa para ela no momento. Isso não estava
certo. Não era normal. Ela sabia disso, mas também estava
feliz de uma maneira que ela se sentia tão maçante e vaga.

Michelle segurou a porta aberta para ela, e acabaram em


seu pátio na parte de trás da casa sentadas na mesa de
piquenique.

— Onde está Abigail?

— Com a minha mãe no parque. — Michelle a estudou.


— Darren estava preocupado com você ontem.

— Sim, bem, ele me odeia agora —, ela comentou


secamente.

A testa de Michelle vacilou enquanto estudava Bailey.

— Sim, certo. Por que ele está chateado com você?

— Disse a ele que não queria tentar engravidar de novo


—, ela respondeu suavemente. E então ela esperou por
Michelle. A reação. Haveria uma.

Mas Michelle apenas olhou para ela sem entender por um


momento.

— Isso é por minha causa...?

— Não! — Bailey balançou a cabeça com firmeza. — Eu


só.... Quero me concentrar em outra coisa por um tempo. Não
quero... — Ela olhou para longe. — Myrtle quer vender a loja,
e acho que quero comprá-la. Quero colocar minha energia em
algo assim, em vez de...

— Algo que poderia morrer em você? — Michelle estava


praticamente olhando ferozmente para ela.
Bailey olhou para a mesa entre elas, mas Michelle se
recusou a desviar o olhar por um momento. Quando ela
finalmente o fez, Bailey sabia que era porque estava
desapontada com ela. Bailey simplesmente não conseguia
parar de desapontar as pessoas no momento.

— Isso não é justo —, comentou Bailey.

— Não, isso não é justo. Mas é completamente fora de


contexto. Você já parou para pensar como isso afetaria
Darren?

Bailey olhou para o relógio.

— Preciso ir. — O que ela realmente estava dizendo era


que estava pronta para fugir. Mais uma vez.

— Não, você precisa ficar. Você não está me enganando,


Bailey. Conheço você. E o homem que aconteceu de você se
casar também conhece. Você está assustada...

Bailey balançou a cabeça e se levantou.

— Você quer possuir uma loja própria. Compre cinco pelo


que me importa. Tenho um negócio, e adivinhe, eu ainda sou
uma mãe. — Michelle estava com raiva, quase tão irritada
como Darren estava na noite anterior. — As mulheres de todo
o mundo trabalham e tem uma família, ou você ainda não
ouviu? — Michelle comentou sarcasticamente quando se
levantou e seguiu Bailey de volta para casa.

— Michelle, você não entende —, Bailey estalou quando


chegou à porta da frente de Michelle.
— O inferno que eu não entendo. — Michelle a estudou,
com os lábios franzidos. — Não faça isso com ele. Não faça
isso para si mesma, porque eu prometo a você, você vai se
arrepender.

— Não é por isso que eu vim, Michelle. Vim para pedir


desculpas sobre ontem...

— E você acha que o que aconteceu ontem não tem tudo


a ver com isso?

Bailey olhava para o chão, sem dizer nada por um


momento. Quando ela estendeu a mão para a maçaneta da
porta, Michelle não a impediu. Em vez disso, ficou olhando
para ela, sua expressão irritada. Bailey abriu a porta e
tropeçou diretamente na mãe de Michelle e Abigail, que
estava empoleirada em seu quadril.

— Oh! — Bailey gritou de surpresa.

— Bay! — Gritou Abby estendendo a mão para ela. A mãe


de Michelle estupidamente entregou-a para Bailey enquanto
passou com facilidade através da porta.

— É tão bom ver você, Bailey querida, mas esta mulher


de idade precisa de uma pausa para o banheiro! — Gritou por
cima do ombro enquanto ela fugiu em direção ao banheiro.

Mas Bailey não estava ouvindo muita coisa. Estava


congelada enquanto segurava Abigail rigidamente em seus
braços, o peito cambaleando. Engasgou e se esforçou para
não desmoronar. Os olhos de Michelle estavam arregalados e
horrorizados. Bailey olhou para Abigail quando sua boca
estava aberta e seu peito arfava. Todo o seu corpo tremia
como uma folha. A emoção que tinha deixado ela por um
tempo, finalmente, alcançou-a, e ela lutou para manter o som
dentro enquanto as lágrimas caíram e sua agarre em Abigail
apertou. Ela cobriu os olhos para esconder os soluços de
Abigail, e ela a deixou estremecer no peito e agitar quando ela
cerrou os dentes.

— Muito apertado —, Abigail chiou.

— Oh, Deus, querida. Sinto muito! — A voz de Bailey


cambaleou para fora. Ela soltou seu domínio sobre a menina
e forçou-se a sorrir, enquanto seus olhos brilhavam
novamente. Assobiou quando ela inalou, e então perdeu
novamente quando seus soluços se espalhavam por todo o
seu corpo.

— Não chore Bay. — Abigail sorriu e acariciou sua


bochecha rudemente com a mãozinha rechonchuda.

— Está tudo bem, querida, Bailey está apenas um pouco


triste agora, mas ela vai ficar bem. — Michelle passou o braço
em torno do ombro de Bailey e deslocou Abigail até o quadril.
Ela puxou Bailey em um abraço, e Bailey se permitiu chorar
depois. Ela drenou seu corpo de emoção enquanto chorava
em silêncio, com a cabeça no ombro de Michelle, e quando ela
finalmente se acalmou o suficiente para se manter unida,
Michelle a levou até o balanço da varanda.

Quando se sentaram, Abigail se contorceu no colo de sua


mãe, e Bailey suspirou, sentindo uma estranha sensação de
alívio. Michelle a deixou sentar-se em silêncio, mas ela
manteve a mão nas costas dela enquanto empurrava o
balanço da varanda para lá e para cá com o pé. Abigail foi
para o chão e sentou-se perto, brincando com sua boneca.

— Está tudo bem, Bay-bay, não chore —, disse ela para


sua boneca, acariciando com força seu rosto.

Bailey soltou uma risada estranhamente calma com a


visão de Abigail acariciando forte sua boneca. Michelle olhou
para ela e riu também.

— Acho que deve demorar um pouco para descobrir o que


é toque suave —, Michelle comentou.

Bailey fungou e enxugou o rosto, mas ela inalou


lentamente e acenou com a cabeça, até mesmo conseguindo
um sorriso real. Elas assistiram Abigail brincar por algum
tempo, mas quando Bailey olhou para o relógio e descobriu
que faltavam vinte minutos para estar na loja, ela esfregou a
testa, balançando a cabeça para se livrar de toda a emoção.

— Eu realmente preciso ir.

Michelle estendeu a mão e pegou a dela, entrelaçando os


dedos.

— Você sabe, você é a pessoa mais forte que eu conheço,


Bailey. — Michelle balançou a cabeça como se estivesse
concordando com ela mesma. — Foi preciso coragem para
voltar para casa depois de ter sido libertada da prisão. Tomou
coragem para se colocar de volta na vida de Darren. Tomou
coragem andar longe dele quando você precisava, e tomou
coragem deixá-lo puxar você de volta. Você é uma lutadora. E
eu sei que você pode passar por isso.
— Não me sinto muito forte agora. — Bailey olhou para
Michelle e ofereceu um sorriso fraco.

— Acho que, se uma pessoa se sente forte, então não está


propensa à humildade o suficiente para entender o que é a
verdadeira força. Força real é a coragem que você tem, a
despeito de seus medos, apesar de si mesmo. É a coisa que
entra em ação e impulsiona para frente, mesmo quando você
está com medo, mesmo quando você está sofrendo, mesmo
quando você quer desistir. Você tem monte disso, boneca.
Você só é humilde o suficiente para não perceber isso. Isso
faz de você a pessoa mais forte que eu conheço.

Bailey limpou a última lágrima de seus olhos, e ela


sentou-se reta. Michelle alcançou suas costas novamente e
gritou para Abigail.

— Hey, coisa pequena, venha dar à sua madrinha um


abraço.

Bailey sorriu para Abigail que correu para ela, e quando


ela a levantou nos braços, ela riu baixinho. Sentia-se
estranhamente calma e serena, tendo finalmente soltado a
emoção reprimida. Ela não tinha ideia de como se sentia
sobre muita coisa mais, mas pelo menos destampou sua
―panela de pressão‖ e se deu um pouco de alívio.
Ele bateu na porta de sua mãe e esperou enquanto um
menino pequeno com óculos passou por ele, observando-o
desconfiado. Estranho perigoso corre solto, ele supôs.
Inferno, Darren ainda tinha seu crachá pendurado em seu
pescoço para se certificar de que ele não seria chutado para
fora, de modo que não sabia por que o menino olhou para ele
e o seguiu com os olhos até que chegou ao bebedouro.
Quando sua mãe finalmente abriu a porta de seu escritório,
Darren não esperou por um convite para entrar.

— Você está bem?

Ele deu de ombros.

— Não realmente.

— Entre e deite na minha cama. — Sua mãe segurou o


braço para fora, recebendo-o em sua própria maneira boba.

Ele riu.

— Estou velho demais para deitar em um, o que é isso....


Um puff gigantesco?

— Bem, você não é o meu visitante habitual, querido —,


ela comentou sarcasticamente quando lhe deu um tapinha no
ombro.
Deixou-se cair no saco gigante independentemente do
fato de que era um pouco ridículo. Ela era orientadora da
escola fundamental, e quando Darren olhou em volta, viu a
obra de arte pintada à mão colorindo as paredes, e uma
infinidade de cartazes com slogans padrões da indústria
como: OUÇA SEU CORPO INTEIRO, PENSE ANTES DE
FALAR, e o sempre importante, PALAVRAS MACHUCAM.
Cara, machucam mesmo.

Quando sua mãe juntou as mãos no colo e rolou sua


cadeira para mais perto dele, ele revirou os olhos.

— Não sou um de seus alunos, mãe.

— E, no entanto, você está aqui às três da tarde, durante


meu horário de expediente. — Ela sorriu. — O que está
acontecendo?

— Bailey me disse que não acha que quer tentar


engravidar novamente.

O sorriso de sua mãe prontamente saiu de seus lábios, e


o completamente falso de Darren também.

— E agora, estou em uma perda completa... — Ele


balançou a cabeça.

— Ela não quis dizer isso. Bailey quer isso mais do que
qualquer coisa. Eu sei que ela quer. — A mãe dele focou no
chão entre eles, e ela parecia tão perdida como ele se sentia.
— Ela disse por quê?

— Ela quer focar seu tempo em seu trabalho? — Ele deu


os ombros. Soou como uma pergunta, mas na verdade,
estava recitando sua mesma desculpa. A questão em seu tom
foi completamente relacionada com a sua perplexidade
absoluta.

— Como é que você respondeu? — Ela olhou para ele


com desconfiança.

— Não sabia o que dizer. Eu argumentei. Tentei levá-la a


explicar, mas ela apenas.... Encerrou o assunto. Foi inflexível.
Quer comprar aquela loja, ela quer possuir e concentrar seu
tempo e energia com isso.

Sua mãe ficou em silêncio enquanto contemplava.

— O que você acha que está acontecendo em sua cabeça


agora?

— Eu não estaria aqui se pudesse descobrir isso, não é?


— Ele respondeu sarcasticamente.

— Bobagem. Você conhece Bailey melhor do que ninguém


no mundo. Pense sobre isso.

Ele revirou os olhos e olhou ao redor da sala.

— Será que essa análise que eu deveria ser capaz de fazer


sobre minha esposa está relacionada a um desses cartazes?

Sua mãe sorriu para ele, mas não disse nada.

— Vamos ver.... — Seus olhos se concentraram em um


particularmente. — ―Engarrafado? Há Socorro!‖ — Ele disse
isso com exuberância simulada, e então olhou para sua mãe
quando suas sobrancelhas se ergueram.

Ela encolheu os ombros suavemente.


— Quem não está? Certo? Continue.

Seus olhos se moveram em torno de um pouco mais.

— ―Mantenha a calma e visite o seu conselheiro da


escola‖. — Ele riu baixinho. — Ou, talvez seja este. ―Fracasso.
Uma das causas mais comuns com o fracasso é o hábito de
desistir quando se é ultrapassado por uma derrota
temporária‖.

— Bingo —, disse ela. — E quanto a você ver o que está


bem ao seu lado.

— ―Quando você sentir vontade de desistir pense sobre


por que você começou‖ —, ele leu em voz alta.

— Agora me diga o que está acontecendo dentro da


cabeça de sua esposa.

Ele olhou para o teto por um momento. Adorava saber o


que Bailey estava pensando baseado apenas em suas
expressões. Ele era muito, mas, muito bom em decifrar seus
olhares, e ele sempre tinha sido, mas a outra noite ela tinha
mostrado pouca expressão quase como se tivesse medo de
expressar qualquer coisa. Talvez essa fosse a chave.

Ele olhou para sua mãe.

— Ela está com medo.... Ao ponto de ser.... Eu não sei...


Paralisada por isso.

Ela assentiu com a cabeça.

— E... —, ela solicitou.

Ele ficou de pé quando suspirou em frustração. Por que


não podia apenas dar-lhe as respostas? Ele andou
lentamente ao redor da sala e parou no primeiro pôster que
sua mãe tinha. Na verdade, concordava com ele. ―Fracasso.
Uma das causas mais comuns do fracasso é o hábito de
desistir quando se é ultrapassado por uma derrota
temporária‖.

Estudou por um momento, e então ele se virou para ela.

— Ela se sente como um fracasso por causa de seu


passado. Sua queda em desgraça foi épica. Sua história
criminal. Inferno, pelo menos por um tempo, ela foi
condenada ao ostracismo por sua própria cidade. E não
vamos esquecer, sua luta para encontrar alguém que estava
disposto a contratar um criminoso. — Ele quase odiava dizer
isso em voz alta. Não queria que sua mulher sentisse
qualquer uma dessas coisas, mas era fácil ver por que ela
sentiria isso. — Ela está com medo de falhar novamente. Ela
tem medo de falhar comigo. A loja parece ser uma meta
atingível sem essa etiqueta de preço emocional em anexo. —
Seu dedo arrastou sobre o papel do cartaz enquanto falava,
mas olhou de volta para sua mãe.

Ela assentiu com a cabeça, finalmente entrando na


conversa.

— Pense nisso. Esta era a única coisa que ela deveria ser
capaz de fazer por ambos. A única coisa que só ela podia
fazer. Você realmente deveria se surpreender ao ver que ela
está fechada para o objetivo de fazer uma pequena coisa
como um emprego de meio período em algo que valha mais a
pena? Você está realmente surpreso ao vê-la abandonar a
maternidade depois de ter falhado nisso também?

— Ela não falhou em nada.

— É claro que não, mas é tudo uma questão de


perspectiva, muito especificamente, a sua perspectiva. Agora,
que tal você olhar para o outro pôster de novo.

— ―Quando você sentir vontade de desistir pense por que


você começou‖. — Ele deu de ombros. — Eu não.... Não sei.
Existe uma razão que você está me forçando a jogar este
pequeno jogo?

Sua mãe sorriu.

— Como eu disse, você a conhece melhor que qualquer


outra pessoa no mundo. Você não precisa de mim para dizer
o que está acontecendo com ela. Mas eu vou dar uma dica a
você. Isso é muito mais sobre algo que você precisa ajudá-la a
fazer. — Observou-o por um momento, enquanto ele tentava
descobrir o que ela queria que ele dissesse. E então ela
finalmente voltou a falar. — Às vezes é mais fácil não tentar
do que tentar e falhar. Para alguém como Bailey que
suportou muito mais fracassos do que você e eu.... Entende...
— Ela encolheu os ombros.

— Ela não é um fracasso —, ele murmurou novamente.

— Como eu disse, nós estamos falando sobre seu ponto


de vista, e em termos de sua mentalidade e suas ações,
agora, sua perspectiva é tudo o que importa.
Ele caminhou ao redor novamente, enquanto seus olhos
seguiram. E então ele pensou sobre o que ela disse. É muito
mais sobre algo que você precisa ajudá-la a fazer.

— Preciso tranquilizá-la que está tudo bem em falhar.

— Bingo duas vezes. — Ela ficou quieta por um


momento, enquanto ele ainda permanecia ao redor da sala. —
Você acredita que ela quer ter um filho?

— Sim —, ele disse calmamente.

— Sei que você está chateado com ela. Entendo isso. Mas
ela precisa que você se coloque de lado agora e se concentre
nela. Infelizmente, ela não sabe que precisa disso, e faz o que
você tem que fazer mais difícil. — Sua expressão era triste e
preocupada. Ela adorava muito Bailey para não estar
preocupada com ela. — Convencê-la que é seguro tentar de
novo com você. E mais do que isso, convencê-la de que é
seguro falhar com você também.

Ele sentou no saco gigante quando suspirou.

— Mas e se... E se ela não mudar de ideia? Quero dizer, o


que acontece se isso é realmente onde a nossa vida está indo?

— Que tal você esperar o melhor, para que você não fique
preso se preocupando com o pior? — Ela sorriu gentilmente.
— Há um cartaz sobre isso bem ali.

Ele riu quando olhou atrás de si. Ela se levantou em


seguida, e ele seguiu seu exemplo. Eles caminharam até a
porta, e ela o abraçou quando ele alcançou a maçaneta da
porta, mas antes que saísse, ela o deteve com a mão em seu
braço.

— Talvez você precise lembrá-la do quanto você a ama.


Quanto você sempre amou. E por que vocês dois queriam
começar uma família juntos em primeiro lugar.

Ele balançou a cabeça lentamente, e então se afastou.


Convencê-la. Ele precisava convencê-la de todas as coisas
que achava que ela sabia. Que ele a amava. Que seu coração
estava seguro com ele. Que não precisavam que as coisas
fossem fáceis, porque eram fortes o suficiente para lidar com
isso quando era difícil. Ele disse isso para ela uma vez.

Agora, ele só tinha que convencê-la de que era verdade.

Enquanto caminhava para fora do prédio, deixou sua


mente vagar para seu dia mais feliz com ela. Tinha tido
tantos que era difícil escolher um, mas neste dia em
particular foi um momento decisivo em sua vida, e isso
significava algo muito além da alegria que sentiram naquele
dia. E quando chegou ao seu carro, uma ideia estava
começando a tomar forma.
Bailey correu naquela tarde, pela primeira vez em muito
tempo. Macy ficou com ela o tempo todo quando parou e
caminhou por um tempo, recuperou-se, e, em seguida, foi
mais longe. Macy geralmente corria em frente e circulava ao
redor, mas nesse dia, ela ficou ao lado de Bailey, olhando
para ela regularmente como se seu cérebro canino
entendesse que Bailey necessitava de apoio apenas um pouco
mais do que o habitual. Quando ela chegou ao afloramento,
ela olhou para a água muito abaixo quando Macy sentou em
seu velho traseiro, cinco anos e meio não era primavera em
anos de cachorrinho.

Por um capricho, Bailey começou a caminhada através


da floresta para o litoral. Foi uma caminhada difícil ao longo
do solo rochoso irregular densamente pontilhado com
árvores, mas eles iam eventualmente, emergindo através das
árvores para a pequena enseada lá.

Ela não tinha estado aqui desde o dia que Darren a levou
até a água quase quatro anos atrás. Eram pessoas diferentes
então, e ele tinha destroçado seu coração um pouco naquele
dia. Destroçou seu coração muitas vezes naquela época, mas
naquele dia tinha mais ou menos dito a ela que a sua relação,
se pudesse ser chamada assim, era uma ideia ridícula.
Inferno, basicamente disse que não havia relação alguma a
ter, porque a ideia que poderia estar em um relacionamento
com a mulher responsável pela morte de sua irmã era um
absurdo. Mas quatro anos depois, ela ainda estava aqui. Ele
lutou por seu relacionamento, e transformaram-no em ainda
mais do que isso. Transformaram-no em um casamento. Um
bom casamento. Um que ela estava aparentemente tentando
arruinar.

Ela ficou na linha costeira e assistiu um peixe ocasional


saltar para fora no canal aberto. Começou a tirar suas
roupas, algo que também tinha feito naquele dia, há quatro
anos. Deixou-as abandonadas na praia e correu para dentro
da água, nua, sentindo a água fria revigorar todas as
terminações nervosas que tocava. Gritou quando chutou a
água atrás dela enquanto corria. Macy mergulhou com ela e
pisoteou e jogou água antes de seus pés finalmente deixaram
a areia e começou a nadar em círculos.

Bailey respirou fundo e, em seguida, deixou seu corpo


afundar. Os sons da água em torno de seu casulo, e ouviu
enquanto afundava cada vez mais. Podia ouvir a hélice de um
motor de barco sob a água à distância, mas pouco mais. O
lago não estava muito ocupado durante a tarde em um dia de
semana, e na enseada isolada, era ainda mais silencioso.
Prendeu a respiração enquanto podia, e, em seguida, colocou
os pés no chão de areia do lago, e ela empurrou duro em
direção à superfície, olhando para cima e vendo a barriga de
Macy quando ela remava em torno acima dela.
Ela saiu, e riu quando engoliu em seco o ar. Algo parecia
quase perfeito nesse momento. Ela adorava esse sentimento.
Era uma coisa fugaz por vezes, a sensação de que tudo estava
como deveria ser. Seus olhos se encheram de lágrimas zilhões
de vezes nos últimos dois meses, mas mesmo quando essas
lágrimas caíam, sorriu para aquele momento de paz
irresistível. Macy nadou até ela e lambeu seu rosto
animadamente enquanto seu corpo se contorceu na água.

Macy cansou rapidamente e dirigiu-se para a costa, e


depois que ela se arrastou para a areia, pesando pelo seu
saturado pelo loiro encaracolado, ela se deitou. Bailey se
inclinou para trás e flutuou em suas costas, deixando a
sensação de calma percorrer todo o caminho até seus ossos, e
então ela abriu a boca e falou.

— Estou com medo, Jess —, sussurrou, mal ouvindo sua


própria voz através da água que encheu seus ouvidos. —
Estou com medo, mamãe —, sussurrou. — Estou tão
assustada, papai —, sussurrou.

Ela mergulhou novamente sob a superfície, ouvindo Macy


latir com a enxurrada repentina de movimento, e Bailey se
deixou afundar mais uma vez quando o latido de Macy se
tornou mais e mais abafado. Ela bateu a areia e depois
empurrou para fora, e quando rompeu a superfície, ela olhou
em volta. Queria mais daquela paz, mas ela se foi, sempre
uma coisa tão fugaz. Mas não era o mundo que estava fora de
ordem. Era ela. Tinha feito algo que desafiou a noção de que
o mundo era como deveria ser.
Mas ela era forte o suficiente para voltar ao seu caminho?

Se fosse acreditar em Michelle, ela era, ela era, mas


simplesmente não sabia que era porque era muito humilde
para ver isso em si mesma. O que foi uma boa ideia.

Bailey saiu da água, e se deitou na areia, deixando o sol


secar sua pele. Quase caiu no sono enquanto Macy roncava
ao lado dela. Quando ela se levantou novamente, o sol estava
começando a se pôr, seu corpo estava seco e sua pele estava
arenosa. Estava totalmente silencioso. Vestiu-se
rapidamente, escovou tanto da areia de sua pele como pôde, e
então ela e Macy saíram para subir a ladeira íngreme para
trilha acima.

Ela estava ofegante quando chegou a casa um bom


tempo depois, e Macy estava ofegando duro também. O carro
de Darren estava na garagem, e ela de repente estava
nervosa. Já eram quase sete da noite, e isso significava que
estava em casa por um tempo.

Quando ela entrou, ele estava andando no hall de


entrada com o celular na mão. Sua mandíbula apertada
quando olhou para ela. Seus olhos estudaram cada
centímetro de seu corpo enquanto se moviam de sua cabeça
para baixo ao longo de seu corpo. Ela estava um desastre
completo, e mesmo quando estava no chão de azulejos do
foyer, ela podia ouvir a areia batendo no chão, soltando de
sua pele. Macy não parecia muito melhor quando se sentou
ao lado dela com culpa.
— Estou tentado achar você. — Sua voz era estável, mas
quando os segundos se passaram, os ombros relaxaram sua
tensão. Ele parecia estar tentando manter-se calmo, ela
reconheceu aquele olhar.

— Desculpe. — Ela não ofereceu nada mais, sentindo-se


ilogicamente defensiva.

— Certifique-se de ter o seu telefone celular quando você


corre sozinha. — Seu foco mudou de volta até seu rosto, e
depois para seu cabelo. — Você nadou sozinha? — Ele fez
uma careta.

— Bem, tive Macy comigo. Por quê?

— Você realmente precisa que lhe diga quão perigoso é


isso?

— Não. Mas eu não estou mais gráv... — Ela cortou o


final da frase, decidindo que seria melhor não lhe lembrar
que ela não estava mais grávida, mas não importava muito.

Ele sabia muito bem o que tinha quase saltado para fora
de sua boca, e quando suas narinas inflamaram, olhou para
o chão entre eles. Ela ainda estava ali como uma idiota,
derrubando areia no chão, com o rosto vermelho e manchado
do sol, e cheirando a água do lago e peixes mortos.

— Você não veio para a cama na noite passada.

— Eu sei —, disse ele em voz baixa.

— Não gosto disso, — ela sussurrou.

— Eu também não. — Ele se mexeu por um momento e


ficaram ali. — Escute, preciso que você faça as malas esta
noite. Estamos indo amanhã de manhã por alguns dias. —
Olhou de volta para ela e a encarou, oferecendo nada mais,
certamente não oferecendo um ponto de interrogação para
acabar com essa afirmação.

— Trabalho amanhã e sexta-feira. Eu não posso só...

— Você pode. Já falei com Myrtle, e ela está bem com....

— Você não tinha o direito de... — retrucou, sua voz alta.

— E você não me diga o que eu faço e o que tenho o


direito de fazer nessa relação. — Sua voz mostrava uma
calma mortal. — Estou levando Macy para os meus pais, e
claramente, vou ter que lavá-la antes de colocá-la no meu
carro. Não vou demorar até mais tarde.

Ele pegou as chaves da mesa que estava apenas dentro


de sua porta da frente, e passou por ela.

— Você pode pelo menos me dizer para onde estamos


indo? — Ela perguntou irritada, quando ele abriu a porta.

Ele parou, sem se virar imediatamente, e quando o fez,


apenas encaram um ao outro quando a atenção de Macy
saltou para frente e para trás entre eles.

— Estou esperando que nós vamos descobrir isso quando


chegarmos lá.
Ela arrumou uma pequena mala de roupas,
principalmente shorts e tops, mas dois cardigans também.
Deixou a mala debaixo da mesa do foyer, e então ela esperou
que ele chegasse a casa. Era meia-noite quando ela
finalmente desistiu de esperar e foi para a cama, e se deitou e
olhou para o teto escuro acima, na esperança de ouvir o seu
carro estacionar.

Ela odiava isso. Odiava quando eles brigavam. Era uma


coisa rara, mas isso também parecia diferente. Este não era
como algum desacordo ordinário, e não havia como negar
isso. Assim, além de apenas se sentir como merda, ela se
sentia insegura também. Nunca questionou a força de seu
relacionamento, mesmo quando eles brigavam. Mas agora...?
Ela só não sabia.

Ela caiu no sono enquanto esperava, e quando acordou


no meio da noite, rolou para o seu lado da cama. Ele estava
lá, e ela suspirou de alívio. Quando timidamente puxou o
corpo dela até perto dele, ele colocou seu braço ao redor dela
e cantarolava o nome dela em voz sonolenta. Ele se inclinou
em sua testa, e a beijou. Ela não tinha certeza se ele estava
realmente acordado, mas ela precisava daquele beijo
independentemente de qualquer coisa.

Quando ela se levantou na manhã seguinte, ele já estava


de pé. Ouvia os sons da casa, e então ela se arrastou para o
térreo. Ele estava na cozinha, movendo-se, e quando ela
olhou para o hall de entrada, viu que sua mala havia sumido.
Pulou para o chuveiro, e alguns minutos mais tarde, quando
ele entrou também, ela gritou e deixou cair o frasco de xampu
no chão.

Ele se colocou contra a parede de trás, nem mesmo


tentando se aproximar dela ou falar com ela. Estava excitado,
mas seu rosto estava em branco, enquanto seus olhos se
arrastaram sobre sua pele. Quando ela terminou de enxaguar
o cabelo, ela pegou sua navalha e raspou suas pernas
enquanto se sentava no banco de canto. Ele andou sob os
jatos e pegou seu próprio xampu.

Fechou os olhos enquanto a água batia nele, e uma vez


que ela tinha acabado de se raspar, ela se levantou e
caminhou em direção a ele. Ele a observou de perto enquanto
terminou de enxaguar o cabelo, e quando ela estendeu a mão
para sua cintura, seus músculos do estômago apertaram, e
seu peito estremeceu. Deixou sua mão sobre a sua virilha,
mas ele apertou-lhe a mão.

— Não agora. — Sua voz não era cruel ou má. Era suave
e gentil.

— Por que não? — Havia uma dor em seu peito enquanto


ela estava lá como uma tola.

Ele agarrou seus ombros suavemente quando olhou para


ela, e quando abriu a boca, desviou o olhar, sem dizer nada e
deixando sua boca fechar novamente.

— Sei que você está bravo...

— Não... Bailey, estou ferido. — Sua voz era calma, e sua


testa se encolheu quando ele olhou para ela.
— Não estou tentando machucar você...

— Sei que não. Apenas um de nós foi cruel o suficiente


para machucar intencionalmente o outro, e certamente não
era você. — Ele estendeu a mão e deixou seu polegar roçar
pelo seu rosto. — Gostaria de sair em breve. — E então ele se
virou e saiu.
— Desculpe-me, estava chateado ontem à noite. Só
estava preocupado, e não lidei bem com isso. — Olhou para
ela enquanto ele dirigia.

Quase não haviam falado uma palavra um ao outro


durante a primeira hora em que estavam no carro, e isso o
estava desgastando.

— Está tudo bem. Desculpe-me se não levei o meu


telefone. Deveria ter levado. Sei que não era seguro.

Esta viagem era sobre desfazer os últimos dias, e


enquanto ele se concentrava na estrada, deixou seu mundo
entrar. Ele amava Ozarks. Era tão bonito ali, e às vezes ficava
maravilhado com as colinas arborizadas exuberantes em
torno dele, como se estivesse vendo tudo pela primeira vez.
Deixou isso entrar em sua mente, e empurrou o seu terror
absoluto sobre onde estavam indo. O estranho era, estavam
indo para um dos lugares mais favoritos dele em todo o
mundo, e dela também.

Quando chegaram a Eureka Springs, virou-se para baixo


da colina íngreme que iria levá-los para o coração da cidade
velha, e ela olhou desconfiada. A última vez que estiveram ali
foi menos de um ano atrás, quando eles se casaram, e se ela
estava desconfiada dessas memórias, ela teria que lidar com
isso, porque sabia que ele tinha a intenção de mostrar-lhe
cada um dos detalhes existentes.

Ele parou em frente da mesma casa de campo que


tinham ficado em sua lua de mel. Era uma pequena casa
simples, velha, construída no lado da íngreme colina rochosa.
A varanda envolvia a frente e toda a volta até parte de trás, e
era na parte de trás que o monte terminava abruptamente. A
casa estava perto das casas vizinhas, como a maioria era
nessa cidade, mas havia árvores exuberantes e arbustos que
cercavam a casa, que fechavam as laterais. Da varanda de
trás poderia se ver dentro do coração da cidade velha, muito
abaixo, e ele guardava memórias incríveis de passar muitas
noites se balançando na varanda, enquanto eles se
aconchegaram sob um cobertor grosso e bebiam chá quente
ou chocolate quente. Foi um outono maravilhoso então, e
muito do tempo foi gasto se mantendo quente e afagando.
Tinha sido incrivelmente romântico.

Ele pegou suas malas na parte de trás do carro, jogando


a capa protetora de roupa no seu pulso, e quando ela viu
isso, sua testa franziu em confusão.

— O que está na capa protetora de roupa?

— Roupas —, ele respondeu com calma, mas forçou um


pequeno sorriso em seus lábios, que provavelmente estava em
algum lugar mais perto dos lábios franzidos do que qualquer
sorriso reconhecível.
Mas seus lábios franziram também, e ela balançou a
cabeça. Ela o seguiu, e quando chegaram ao quarto, que
abria para o deck de trás, ela se moveu para as portas
francesas e as abriu. Ele colocou as malas no chão e abriu o
zíper da capa de roupas, puxando suas calças, paletó,
camisas, e gravata para fora, junto com seu vestido preto.

Quando ela se virou e viu seu vestido preto, congelou e


viu como ele pendurou as roupas no armário. Ele amava
aquele vestido nela desde o primeiro momento em que a viu
pisar para fora do provador na pequena loja no centro da
cidade de Eureka Springs. Ele amava tanto que teve que
arrumar o zíper após sua lua de mel, graças ao dano que ele
havia provocado.

Seu corpo pulsava quando ele recuou. Ela caminhou até


o armário, dedilhando o vestido e deixando o tecido de seda
correr através de sua pele. Quando ele se aproximou por trás
dela, ele apertou os ombros e inclinou-se para a sua orelha.

— Precisamos...

— Por favor, não me deixe por causa disso.

—.... Ir. — Ele engasgou, e seu corpo balançou quando


seu pedido o interrompeu.

Doeu. A própria ideia, para não mencionar a ideia de que


ela estava pensando nisso.

— Amo você. — Ele manteve a voz calma, mas era uma


luta.
Ela se virou para ele e colocou os braços em volta do
pescoço, escondendo o rosto contra ele. Ele a agarrou em
seus braços e se afundaram no chão com as pernas em volta
dele. Ele a beijou e tirou o cabelo do rosto e enxugou uma
lágrima de sua face. Era gentil. Era lento. Ele queria
consumir, seu corpo estava morrendo de vontade de fato,
mas ele simplesmente a deixou beijá-lo, afundando-se na
sensação de lábios inocentes e doces em sua boca.

Tinha essa noção de que ela estava implorando-lhe para


não a deixar com cada beijo que ela colocou nos lábios, sem
vontade de parar de beijá-lo, de fato, até que ela tinha certeza
disso. Depois que ele deixou seus lábios provarem e
chuparem os seus, finalmente moveu sua boca ao longo de
seu pescoço e até os ombros.

— Nós temos um lugar para ir.

Ela se afastou, e ele poderia dizer que ela não tinha


nenhum interesse em sair, mas ela balançou a cabeça de
qualquer maneira. Quando se levantou de seu colo, ele pegou
sua mão e a levou de volta para o carro. Suas mãos estavam
em seu colo, e ela estava rígida enquanto dirigiam. Não
estavam indo muito longe, e quando ele entrou no
estacionamento na Capela Thorncrown, ela gemeu baixinho
instantaneamente. Ela inclinou a cabeça para longe dele, mas
não havia como esconder quando afastou uma lágrima.

Eles se casaram ali, e ele entendia muito bem o que isso


significava para ela, tanto quanto para ele. Sua garganta deu
um nó quando foi para um local de estacionamento, e ele
estendeu a mão e pegou sua mão. Ela teve que soltar os
dedos entrelaçados que estavam enrolados juntos em seu
nervosismo, mas uma vez que sua mão estava na sua e ele
tirou o carro da marcha, ele se inclinou para ela e a beijou.

— Vem comigo —, ele murmurou baixinho junto aos seus


lábios.

Ela assentiu com a cabeça, fungando de volta a sua


emoção, e então ele soltou sua mão e saiu. Eles caminharam
lentamente até o caminho de pedra gasta, passando um
visitante ocasional, e quando a igreja de vidro surgiu mais e
mais alta na frente deles, a palma da mão tornou-se mais e
mais pegajosa. Ele abriu a porta para os dois, e em seguida,
entraram. Ele respirou fundo, lembrando o cheiro exato do
lugar. Foi uma incrível experiência visceral de estar aqui com
ela novamente.

Quando se moveram lentamente pelo corredor, ele


repetiu a cada segundo de sua procissão pouco mais da
metade de um ano antes. Ele não havia visto o vestido antes
do casamento, e não tinha ideia de que iria afetá-lo do jeito
que fez. Assumiu que ela estaria linda; assumiu que gostaria
de vê-la com o vestido, mas nunca poderia imaginar o que
um vestido de cor champanhe simples faria com ele.

Era como se estivesse fantasiando sobre aquele dia toda


a sua vida com ela, e se perguntou naquele momento se
talvez ele realmente tinha. Ela quase sempre esteve em sua
vida, apesar de tudo, e não havia como negar que sempre
teve uma incrível conexão avassaladora.
Guiou-a para um dos bancos perto da frente, e quando
ela se sentou, entrou no banco logo atrás dela, inclinando-se
para frente e passando um braço ao redor dela para
descansar sobre o peito. Aninhou-se contra o seu pescoço, e
a beijou.

— Quero tirar algo do caminho agora. — Ele falou


calmamente contra sua pele. — Não estou colocando nosso
casamento, meu amor, ou meu carinho sobre sua cabeça. Fiz
um compromisso com você quando me casei com você, e
entendo o que significa compromisso. Não quero que as suas
decisões, qualquer decisão que você algum dia tomar, seja
baseada em algum medo de que você vai me perder. — Ela
inclinou a cabeça para ele, e ele acariciou seu dedo indicador
pelo seu rosto enquanto ela acenou com a cabeça. — Você e
eu somos a parte invariável desta vida. Nossa união é
inegociável. Todo o resto do mundo pode mudar e mudar à
nossa volta, mas nós não. Você tem que confiar nisso.

Ela assentiu com a cabeça novamente, com os olhos


brilhantes.

Ele olhou de volta em direção ao altar.

— Você estava tão bonita naquele dia. — Ele a beijou


delicadamente quando ela se virou para ele.

Ficaram lá por cerca de trinta minutos. Estava


aconchegado ao seu pescoço, e ela inalou e exalou
lentamente enquanto olhava para o altar. Outros iam e
vinham filtrando-se para olhar ao redor. Ele ficou em silêncio,
e apenas o som ocasional de sapatos estalando no chão duro
interrompia a sua tranquilidade.

— Você ainda está feliz que se casou comigo? —


Perguntou ela, de repente. Sua voz era um sussurrar tão
tranquilo, ele não estava totalmente certo de que ela queria
que ele ouvisse.

— Todo. Santo. Dia —, ele sussurrou em seu ouvido. —


Venha. Quero ir para uma caminhada.

Eles levaram um tempo caminhando em volta do terreno.


A igreja de vidro estava enterrada na mata, e eles se sentiam
completamente em casa andando entre as árvores altas e
vendo a folhagem no chão da floresta. Encontraram uma
árvore caída, e ele montou o tronco largo quando ela se
levantou para se sentar de pernas cruzadas na frente dele.

Ele puxou sua boca para a dele, e ela gemeu quando ele
empurrou sua língua entre os lábios.

— Já disse a você sobre a primeira vez que sonhei foder


você? — Perguntou uma vez que tinha deixado seus lábios.

Ela balançou a cabeça, os olhos de repente acesos e


intrigantes.

Ele riu.

— Bem.... Tinha acabado de completar dezoito anos, e


era fim de semana de voltar para casa, o que fazia de você...

Ela o estudou por um momento.

— Quatorze, seu pervertido. — Ela estava finalmente


sorrindo.
— Somente quatorze por mais algumas semanas, mas
sim, pervertido está certo. — Ele piscou para ela. — Foi a
noite do baile, e eu estava indo com.... — Ele deu os ombros.
—.... Eu não tenho nenhuma ideia com quem...

— Callie Edwards. — Ela sorriu.

Ele revirou os olhos.

—Oh, sim.

— Não posso acreditar que você não se lembra de seu


próprio encontro —, ela brincou com ele.

Ele riu.

— Bem, até o final da noite, Callie não gostava muito de


mim, e foi inteiramente devido a você.

— Eu! — Exclamou incrédula.

— Sim, você. Callie queria sair mais cedo e ir para uma


festa depois. Eu, naturalmente, não queria sair, porque você
ainda estava lá com Jess e Michelle. Quando disse que não,
ela me largou e saiu sem mim. Eu era literalmente o único
sênior sobrando, porque todos os outros estavam agindo
como dezoito anos, em vez de ir ao baile com os pequenos
calouros e alunos do segundo ano. — Estudou-a, e suas
bochechas ficaram rosadas. — E o que acabamos fazendo
naquela noite?

Ela sorriu timidamente.

— Você levou Jess, Michelle e eu ao boliche.

— Sim, eu levei.
— E ali pensando que você estava apenas sendo um bom
irmão para Jess.

— Nenhum garoto de dezoito anos de idade é bom para


sua irmã mais nova. — Ele sorriu. — De qualquer forma,
naquela noite tive um sonho incrível com você. Não sei se
estava vendo você no vestido azul bebê que você usava, ou
assistindo você no maldito vestido com sapatos de boliche
tentando jogar, mas eu estava em chamas por você.

Ela mordeu o lábio, mas seus olhos estavam caídos de


uma forma ―sexy enquanto fodia‖ que sempre ficavam quando
estava excitada.

Ele foi para frente no tronco e inclinou-se para ela,


deixando os lábios roçarem os dela quando falou em voz
baixa e sedutora.

— No meu sonho...— Ele beijou o lado de sua boca


docemente. —.... Eu a rasguei através de sua virgindade e fiz
você gozar até arranhar minhas costas.

Ela arfava então, enquanto sua respiração saía com


pressa, mas ela se reagrupou rapidamente.

— Então essa foi uma experiência muito melhor do que a


minha primeira vez realmente foi.

Ele riu.

— Ainda tenho que dizer, não tenho certeza que meu


corpo poderia ter lidado com você como uma virgem. — Ela
sorriu timidamente.
Ele cantarolava quando a ideia de ser o seu primeiro
infiltrava em seu cérebro e foi direto para seu pênis.

— Teríamos feito dar certo. — Ele se inclinou para trás,


vendo todo o seu rosto. — De qualquer forma, acordei dois
segundos antes de gozar todo sobre mim e, em seguida,
cometi o erro de pensar que um copo de água iria me ajudar
a esfriar. E adivinha quem eu encontrei quando estava
vestindo nada além de minha cueca no meio da noite na
cozinha?

— Eu —, ela sussurrou.

— Não posso acreditar que você não notou a furiosa


ereção que eu tinha.

— Eu notei. Não sabia que tinha alguma coisa a ver


comigo, apesar de tudo.

Ele se inclinou para sua orelha então.

— Isso sempre teve tudo a ver com você. — Ele mordeu o


lóbulo da orelha enquanto ela gemia. Quando ele se afastou,
ela mordeu o lábio. Ela tinha algo a dizer, mas estava
nervosa. Ele poderia dizer por seus olhos arregalados e da
forma nervosa que mordeu o lábio.

— Fala.

Ela limpou a garganta, e suas bochechas ficaram


vermelhas.

— Depois disso... — Ela limpou a garganta novamente. —


.... Eu me toquei. — Ela fechou os olhos enquanto fez uma
careta de embaraço óbvio. — Estava no banheiro, tentando
me acalmar antes de ir para a cama...

Sua virilha pulsava.

— Bem, isso faz dois de nós. Eu mal conseguia manter


minha mão fora do meu pau depois de ver você na cozinha. —
Ele piscou para ela. — Como você se tocou? — Perguntou ele,
mal capaz de engolir sobre sua garganta apertada.

Ela mordeu o lábio novamente.

— Com meus dedos enquanto me inclinava no balcão do


banheiro.

— Você ficou pensando no meu pau?

Seus lábios se separaram, e suas pálpebras tremularam.

— Sim.

— Porra, mulher —, ele murmurou enquanto sua pele


corava e vibrava.

— Hey, — ela repreendeu, — estamos em propriedade da


igreja.

— E você é minha esposa. Asseguro a você, nosso porra é


aprovado. O que eu não daria para voltar naquela noite e
pegar você.

— Isso teria sido ilegal —, ela repreendeu.

Ele deu os ombros.

— Você está certa. Valeu a pena esperar você.

Ela sorriu docemente.


— Agora, temos reservas para o jantar hoje à noite, mas
isso nos deixa um bom número de horas para compensar as
seis semanas que não temos sido capazes de fazer amor.

Ela olhou para o tronco entre eles.

— Estou nervosa. — Ele poderia dizer que ela não estava


mentindo, e quando ela olhou para trás até ele, ela
rapidamente continuou. — É só que.... Nós nunca passamos
tanto tempo sem ter relações sexuais, e..... Eu não sei. E se
sentir diferente por causa das.... Minhas entranhas sendo
todas reorganizadas? — Ela pode estar nervosa, mas ela
também não estava sendo boba sobre isso.

— Querida, removeram parte do seu interior, não precisa


reorganizar nada. Não há razão alguma para pensar que isso
vai ser doloroso, mas vamos fazer agradável e lento, ok?

Ela assentiu com a cabeça.

— Oh, e eu comprei uma coisa —, ele comentou


casualmente, quando se levantou e puxou-a para seus pés
também.

— Um presente? — Seu sorriso era travesso.

— Bem, normalmente não compro um presente na


farmácia, mas se você quiser pensar nisso como um
presente... — Deu os ombros como um rosto amassado de
curiosidade. — Comprei-lhe um diafragma. O que me valeu
uma enorme palestra da Dra. Halady por não levar você para
ser devidamente ajustado por ela, mas quando eu finalmente
disse a ela que ia ligar para a farmácia eu mesmo se
precisasse, ela fez o pedido e fez
o seu melhor adivinhando o
tamanho. — Ele se afastou
enquanto ela hesitou.

— Eles têm tamanhos? —


Ela perguntou quando correu
para alcançá-lo.

— Mm-Humm.

— Dare, não tenho ideia alguma de como usá-lo.

Ele parou de andar então e se virou para ela, inclinando-


se enquanto falava.

— Acho que nós vamos ter que brincar de médico, e você


pode finalmente ser minha paciente por um tempo. — Sorriu,
e então ele a beijou.

Ela assistiu a cada coisa que ele fazia, e enquanto o


objeto em si não era nem um pouco excitante, o olhar no
rosto de Darren certamente era. Seu foco se moveu entre
seus olhos e sua boceta, e os dedos de sua mão livre estavam
dentro de sua vagina, observando o que ele estava fazendo.

Suas coxas tremiam, e ele se inclinou, beijando dentro de


suas pernas. Ele estava tomando seu tempo, e com seus
olhos focados nos dela mais uma vez quando empurrou seus
dedos mais longe e sorriu gentilmente.
— Relaxe. — Ela estranhamente estava relaxada. Talvez
não o ato, mas em geral ela estava à vontade. Graças ao peso
que ele tinha tirado quando estavam na capela, ela
finalmente se sentia como sua esposa novamente.

— Sim, doutor —, ela sussurrou enquanto tentava sorrir.


Foi difícil dada a forma como seus lábios tremiam e sua boca
se contraía.

Ele riu calorosamente, e gradualmente reduzido a um


zumbido profundo quando puxou o lábio inferior em sua
boca. Empurrou o diafragma mais dentro dela, e como os
dedos que seguravam se movia dentro de seu corpo, sua
cabeça caiu para trás, e ela gemeu. Empurrou
profundamente nela, deixando as pontas dos dedos tocar
cada grama de pele em seu interior. Isso podia muito bem-
estar servindo a um propósito e provavelmente poderia ter
sido completamente superficial, mas também era a perfeição.

— Olhe para o seu médico, baby. — Sua voz era quente e


profunda, e quando ela levantou sua cabeça para vê-lo, ele
sorriu. — Levante-se de joelhos, abra-os bem.

Ela se sentou, de frente para ele, e quando ela se


ajoelhou, abriu as pernas tanto que seu traseiro quase se
sentou na cama. Ele se ajoelhou e trouxe seu rosto até o dela.
Guiou sua mão para baixo entre as pernas e empurrou os
dedos com o seu, e, em seguida, apertou-os contra a borda do
diafragma.

— Você sente isso? — Ela podia sentir não só ao que ele


se referia, mas seu hálito quente em seus lábios também, e
seu corpo estava em chamas, enquanto esperava que os
dedos se movessem um pouco mais.

Ela assentiu com a cabeça, e se inclinou para sua orelha.

— Sim, doutor.

Suas narinas inflamaram, e ele exalava de dentro de seu


peito.

— Você está tornando difícil para eu me concentrar.

— Desculpe Doutor Cory —, disse ela sedutoramente.


Seus olhos tinham essa sensação preguiçosa neles como se
muito de sua energia estivesse sendo direcionada para outro
lugar em seu corpo, e deixou pouca força para manter as
pálpebras abertas.

Ele sorriu... Mas, em seguida, seus dedos se moveram, e


ela gritou.

— Certifique-se de que fique no topo de seu osso púbico.


— Seus dedos tocaram tudo o que queria que ela sentisse,
mostrando-lhe onde o osso púbico ficava e orientando os
dedos. — Você está prestando atenção senhora Cory, ou devo
pegar um espéculo e um espelho e fazer com que você veja o
que estou fazendo?

Ela soltou um grito estrangulado. Ele estimulava sua pele


e obrigou seus dedos a fazer o mesmo. Não importava as
imagens vulgares que estava plantando em sua mente com
espéculos e espelhos. Quando empurrou seus dedos mais
fundo, ela gemeu.
— Você pode sentir como ele se encaixa? — Seus olhos
focados nos dela, tão perto dela.

— Sim, dout... — Ela gemeu enquanto ele passava


através de sua pele, orientando os dedos a fazer o mesmo. —
Sim.... Sim... — ela ofegava com a voz entrecortada e
tranquila.

Ele riu.

— Ajuste perfeito. Agora você vai deixá-lo até amanhã de


manhã, assim o seu médico pode foder sua paciente tantas
vezes quanto ele quiser hoje à noite.

Ela assentiu com a cabeça, e ele pegou seu queixo com a


mão, esmagando seus lábios nos dela e enfiando a língua em
sua boca. Ela estava nervosa. Ela estava, na verdade,
horrorizada, mas também estava tão excitada que mal podia
suportá-lo. Ele a atormentou verbalmente enquanto se
sentavam na árvore caída, e agora não era muito melhor.
Lembrou-se da mesma noite, ele falou sobre após o baile, e
ela também lembrava exatamente como ele estava quando ela
entrou na cozinha há tantos anos.

Ele usava uma cueca boxer cinza, e no instante em que


seus olhos viram o bojo incrível que havia sob o tecido, sua
boca se abriu. Ela nunca tinha visto um homem nu excitado
naquela época, mas ela entendia o conceito muito bem, e
podia ver o eixo grosso e longo de seu pênis pressionado
firmemente contra seu abdômen inferior, uma vez que se
estendia de baixo em sua virilha para seu quadril.
Ela, na verdade, se engasgou com o copo de água que
tomava, e quando seus escuros olhos ardentes penetraram
através dela enquanto ela estava lá, entrou em pânico.
Escapou rapidamente e se encontrou no banheiro momentos
depois. Ela não tinha o hábito de frequentar o banheiro para
o propósito expresso de se masturbar, e não foi de forma
alguma sua intenção naquela noite. Mas, quando ela se
apoiou na pia do banheiro, tentando se reagrupar, tudo o que
ela conseguia pensar era a visão dele, e o formigamento que
causou entre suas pernas.

Ela gozou, mordendo seu antebraço para abafar o som


quando imaginou qual seria a sensação de tê-lo dentro de seu
corpo. Isso realmente a horrorizava, mas, ao mesmo tempo,
excitou-a muito. Ela passou os próximos dois anos, com
medo de sexo, tanto que fez de tudo para evitar até mesmo a
possibilidade de encontrar-se na posição de ter de recusar
um homem. E, no entanto, ela nunca evitou Darren. Toda vez
que ela o viu, ela se lembrava da visão, suas bochechas
aqueciam, e secretamente ansiava por saber qual seria a
sensação de ficar dolorida por dele.

Agora ela estava intimamente familiarizada com a dor


que sempre sentiu depois de terem feito amor. Estava
diretamente relacionado à quão áspero ele era com ela, mas
ele nunca fez mal a ela. Ele cuidava dela... Sempre. Seus
olhos nunca fecharam para que ele pudesse desaparecer em
seus próprios pensamentos quando tiveram relações sexuais.
Ele nunca focava em suas próprias necessidades antes das
dela, e ele absolutamente nunca ignorou seus sinais sutis.
Mas nesse dia, seus sinais sutis não eram tão sutis, uma
vez que ele a empurrou de volta para a cama e colocou a boca
em seu sexo. Ele lambeu e chupou até que ela se contorcia
sob seus lábios, remoendo lascivamente contra seu rosto. Ele
cantarolava e gemia enquanto lambia, mas ao contrário do
costume, não continuou até que ela veio. Ele se afastou e
deixou sua respiração ofegante como um animal, olhando
com os olhos arregalados.

Ele se arrastou até o seu corpo quando seu pau tocou e


fez cócegas em seu estômago, e quando ele olhou nos olhos
dela, piscou.

— Diga-me que você quer gozar tanto que você vai tomar
o meu pau em vez da minha boca.

Ela assentiu com a cabeça quando um suspiro tranquilo


escapou. Ele se deitou ao lado dela, de frente para ela, e ela
rolou em direção a ele.

— Diga-me. — Seus olhos estavam sérios, sua expressão


tão fria e sutil. — Quero tanto foder você que mal posso
suportar isso. Mas, você vai dizer isso, ou vou atormentar
você um pouco mais. Quero você tão quente que o seu medo
será de não gozar hoje à noite, em vez de se preocupar com
como vai se sentir. Vamos lá, baby. Seja uma boa pequena
paciente e informe ao seu médico o quanto você quer que ele
foda você. — Seus olhos estavam tão penetrantes e escuros.
Ela podia sentir seu pênis contra seu estômago enquanto
estava deitado perto dela.
Ela se inclinou em sua boca e tentou capturar os lábios,
mas ele se afastou. Independentemente de como ele estava
disposto a reter sua boca, sua mão alcançou a parte inferior
das costas e puxou seu corpo para encará-lo sem um sopro
de espaço entre eles. Estudou os olhos enquanto deixou a
mão em suas costas lentamente se arrastar para baixo sobre
sua bunda e a parte de trás de sua coxa. Seus dedos
agarraram na parte de trás de sua perna e puxou-a sobre a
dele, abrindo o espaço entre suas pernas. Ela podia sentir
instantaneamente o ar fresco contra seu sexo superaquecido,
e ela gemeu. Sua mão tremia contra o seu braço enquanto
segurava, e ela fechou os olhos. — Quero o seu pênis.

— Boa menina. Agora diga com os olhos abertos.

— Por favor—, ela implorou e abriu os olhos. — Quero o


seu pênis.

Ele cantarolava, e ela o sentiu pressionando contra sua


vagina quando cutucou delicadamente com sua cabeça. Ele
serpenteou a mão entre seus corpos, usando-o para orientar-
se entre os lábios.

— Agora você continua pensando sobre o quanto você


quer isso enquanto você me sente deslizar entre os lábios na
sua boceta. — Cutucou novamente e passou ligeiramente
para dentro dela. — Quero que você se lembre de que a
ereção grossa agradável que fez você ficar tão quente que teve
que jogar com a sua boceta quando você era nada mais do
que uma caloura na escola.
Ela gemeu quando ele deslizou mais profundo, movendo-
se tão excepcionalmente lento. Seus músculos tentaram se
apoderar dele e puxá-lo mais para dentro, mas ele estava tão
superficial, observando e esperando.

— Por favor —, ela sussurrou quando ele cutucou mais


profundo.

— É nisso que você estava pensando quando você tocou a


si mesma? Você estava imaginando como seria a sensação de
ter meu pau duro esticar a sua pequena e apertada boceta
virgem?

Ela gritou.

— Sim —, ela sussurrou. Ela queria mais, precisava de


mais do que o que ele estava dando a ela, e isso a estava
deixando louca.

— Eu me toquei muito. Imaginei que isso era onde eu


estava, dentro de sua quente boceta molhada. Às vezes eu
estava em sua boca. Às vezes era essa sua doce bunda. Mas
estava sempre dentro de você. Agora implore de novo, porque
eu amo ouvir você dizer isso porra. — Sua voz estava rouca e
exigente.

— Por favor, Darren. Quero o seu pênis —, ela sussurrou.


Ele empurrou de novo, e ela gemeu. Não havia dor, e ela
estava tão molhada que podia ouvir a excitação de seu corpo
batendo e sugando contra o pau dele quando se moveu mais
profundo.

— Você não pode imaginar quantas maneiras eu transei


com você na minha mente antes de eu sequer ter a chance de
tocar em você. — Ele deslizou ainda mais longe em seu corpo.
— Você sempre pode me fazer tão incrivelmente duro.

— Por favor... —, ela gritou - suas palavras se tornando


mais ininteligíveis a cada segundo. — Por favor.... Eu quero...

— Implore.

— Mais... — Foi choramingando e ele empurrou


lentamente. — Dare...

— Implore por isso, baby.

— Por favor.... Por favor... Por favor... Por favor... — Seus


olhos imploraram aos seus quando ele arrastou a penetração
em um curso tortuosamente longo e lento.

Ela adorava fazer amor com ele dessa forma, face a face,
corpo a corpo, em seus lados. Não poderiam estar mais
próximos, e seus lábios estavam perto demais, seus seios
esmagados contra o peito, empurrando seu amplo peito entre
eles. Suas pernas estavam tão esticadas juntas, e eram
apenas suas pernas e seus sexos que estavam entrelaçados.
Apenas não havia mais perto para estar, e ela precisava de
perto agora de uma forma que nunca precisou antes.

Ele parou de falar quando empurrou o resto do caminho


apenas observando de perto o rosto dela, e quando estava
acomodado lá no fundo, ela estava ofegante.

Ele se inclinou para sua orelha.

— Diga-me como se sente.

— Bom. — Seus músculos estavam relaxados em torno


de sua incrível amplitude distendidos.
— Nenhuma dor? — Ele perguntou suavemente,
enquanto alcançava e segurava seu rosto.

Ela balançou a cabeça.

— Não, doutor. — Ela sorriu.

Ele riu novamente, beijando-a, mas sem se mover dentro


de seu corpo. Ela começou a relaxar ao redor dele enquanto
seus músculos soltavam e sua tensão diminuía. Ela tinha
certeza de uma boa dose do aperto se devia inteiramente à
preocupação que ela tinha sobre fazer sexo novamente, mas
ela também tinha certeza que seu corpo tinha acabado de se
esquecer do seu tamanho e do que precisava para acomodá-
lo.

— Eu já disse a você alguma vez como foi ver você nua


pela primeira vez? —, Perguntou. Ele estava estudando seus
olhos de novo.

Ela estava certa de que ele estava falando de uma noite


que se lembrava bem. Foi durante um período negro em seu
relacionamento quando a única parte gentil dele era o seu
corpo e o que ele fazia com ela.

— A noite dos fogos de artifício, quando cheguei a casa


com você?

— Sim —, ele disse calmamente. Ele ainda estava


profundamente em seu interior, imóvel e parado. — Você
estava tão nervosa, tremendo de medo. Eu estava preocupado
de estragar tudo, de que seria cruel, ou até mesmo que fosse
fisicamente cruel com você. Mas então eu vi você nua e
tremendo, mas muito excitada que você mal podia aguentar.
E eu esqueci tudo, exceto as coisas que sempre quis fazer
com você. Todas essas fantasias de tantos anos. É estranho,
mas sempre me senti tão em paz com você quando éramos
íntimos, porque todo o resto só se dissipava, e conseguia ver
você novamente, a parte de você que era tão fácil para eu
perder de vista enquanto estava com raiva. — Correu a mão
para o lado do seu rosto. — Nós éramos apenas crianças
inocentes novamente sem nenhuma razão para temer um ao
outro ou desprezar um ao outro. Aprendi como amar você
sendo íntimo com você. Não me importo se isso soa
retrógrado. Eu apenas fiz.

E então ele apertou suas nádegas e empurrou-se mais


profundamente quando ela fez uma careta. Mas não era dor,
pelo menos não do tipo assustador. Era o tipo que ela
esperava sentir com ele, queria sentir com ele.

— Tudo bem? — Sua expressão parecia preocupada, e ela


balançou a cabeça. — Tudo bem —, disse ele com resolução
calma. — Agora, vamos derreter todo o resto. E só se lembre
de quem somos, e como somos muito bons com isso.

Ela choramingou quando ele revirou os quadris


novamente, empurrando seus limites mais uma vez. Então
puxou para trás e empurrou nela. Sua perna estava sobre o
seu quadril, e quando ele bombeou para dentro dela, usou o
braço para levantar a perna mais alta e abrir mais o seu
corpo. Ele afundou mais quando se manteve empurrando, e
ela gemeu enquanto enchia cada centímetro de sua
profundidade. Seu corpo foi relaxadamente molhado, e toda
vez que sua virilha bateu contra sua vagina, ela se apertou
em torno dele, e fazia esse som ―molhado com molhado‖
incrível que só serviu para intensificar sua excitação ainda
mais.

— Oh, Deus, Bailey. Você está tão molhada —, ele


sussurrou em seu ouvido enquanto sua voz deu uma
guinada. — Amo esse som —, ele resmungou enquanto seus
quadris aceleraram. — Pura. Excitação. Do caralho. — Ele
bateu duramente, mas seu corpo foi além de se preocupar
com seus impedimentos, preocupações, ou qualquer outro
pensamento feio.

— Bailey... — Ele estava perto, e ela viu seu rosto tão


perto do dela. Seus olhos estavam desesperados, e seus
grunhidos também. — Bay... — Ele ofegava seu nome. —
Bay...

Mas ela estava caindo aos pedaços também, e quando ele


deu um tapa no espaço entre as pernas, batendo com o pau
em seu corpo, ele roçou seu clitóris, uma e outra e outra vez
em um ritmo mais que perfeito que parecia hipnotizar seus
nervos. Com cada roçar de sua pele, ela chegou mais perto e
mais perto até que em uma ofuscante descarga de umidade e
necessidade, ela veio. Ela gritou, literalmente chegando às
lágrimas enquanto se desfez e soluçou sua libertação
enquanto chorava.

No momento em que seu corpo lançou cada última gota


de necessidade, ele empurrou uma última vez quando se
inclinou para baixo e enterrou o rosto contra o pescoço dela,
grunhindo contra sua pele quando veio dentro dela. Ele se
afastou rapidamente quando ouviu os soluços tranquilos e
apertou suas bochechas enquanto ele estudava os olhos.

Ela balançou a cabeça, sentindo-se mortificada. Estava


agindo como um bebê quando ela não estava chateada ou até
mesmo com dor. Não tinha ideia de por que ela estava agindo
dessa maneira, mas seu corpo inteiro se sentia como se
tivesse lançado em um fluxo de emoção. Tudo o que ela sabia
que sentia saiu para fora dela, e pensou por um momento
que poderia estar ficando louca.

Ela olhou para ele. Sua expressão era toda preocupação,


mas ele pacientemente limpou as lágrimas do rosto. Ela
assentiu com a cabeça, e ele sorriu. O peito arfava contra o
dela, e ela podia sentir seu coração batendo forte dentro do
peito.

— Você está bem, baby —, ele sussurrou, e acenou com a


cabeça também. Quando ele saiu dela lentamente, seus
músculos sacudiram e apertou ao redor dele. Soltou uma
bufada de ar com o estreitamento e, em seguida, ele riu. Ele
se moveu novamente, e ela se contorceu, cada nervo de seu
corpo em estado de alerta. — Alguém está um pouco mais
sensível no momento. — Beijou-a, em seguida, e ele
continuou beijando até que ela relaxou em seu corpo, e seus
músculos mais tensos finalmente soltaram. Quando ele
finalmente parou de beijar, estendeu a mão para seu rosto,
traçando as linhas na testa.

Eles só olhavam um para o outro por algum tempo,


enquanto seus dedos se arrastaram sobre sua testa
suavemente, e quando ele finalmente deixou cair sua mão
para o seu lado para embrulhar em torno de suas costas, ela
estava relaxada, seu esperma escorrendo de dentro da perna
dela para a sua. Quando ele se abaixou, passou o dedo sobre
a umidade, seguindo a trilha de seu sexo. Ele lentamente
empurrou dois dedos dentro dela, e ela podia senti-los
seguindo a linha do diafragma enquanto empurrava através
da umidade.

— Eu fiz uma grande bagunça em você, não foi? É claro


que você nunca veio tanto por mim, também. — Ele nunca
tirou os olhos dos dela, e como ela engasgou com a crueza,
ele puxou a mão de volta por entre seus corpos. Correu os
dedos sobre seu lábio inferior, deixando seus dedos
descansar contra o canto da boca, e então ele a beijou,
lambendo seu sêmen de seus lábios e de seus dedos. Ele
empurrou sua língua em sua boca, juntamente com os dedos,
e ela chupou ambos enquanto ele gemia. Era salgado, doce e
quente, e quando finalmente separaram suas bocas, deixou
sua testa descansar contra a dela.

— Decidi que você tem uma boca absolutamente suja —,


ela comentou com um pequeno sorriso.

— Sim, eu sei, mas não é reflexo do meu coração. —


Sorriu, e ele passou a palma para baixo ao lado de seu rosto.
— Você me ama? — Ele estudou os olhos quando perguntou.

— Claro. — Sua sobrancelha se encolheu em


preocupação. Ele não poderia pensar que isso estava em
questão.
— Você confia em mim? — Seu olhar permaneceu focado
nela.

— Sim.

Ele se inclinou para seu ouvido, deixando os lábios


fazerem cócegas e provocar a pele sensível.

— Então me deixe mostrar a você quão longe essa


confiança pode nos levar.

Ela abriu a boca, mas ficou aberta por um momento.

— Até onde? —, Ela suspirou contra seu pescoço.

Ele se inclinou para sua orelha, e, em seguida, sussurrou


baixinho enquanto ainda segurava sua cabeça.

— Através do bom. Através do ruim. Através do


assustador. Através do triste. Sempre juntos.
Ele tomou um banho enquanto ela relaxava, e quando ele
saiu, ela estava sentada na cama com os lençóis brancos
imaculados a rodeando. Ela tinha uma de suas pernas
dobradas e descansando facilmente na cama, seu outro
joelho para cima com seu calcanhar plantado na cama.
Enquanto seu colo estava coberto, os seios cheios e mamilos
tensos não estavam. Ela folheava um livreto turístico, e ele
sorriu, amando tanto a visão. Seu cabelo estava uma
bagunça despenteada, e seu pequeno corpo cheio de curvas
só aconteceu de ser o seu favorito em todo o mundo. Ele
largou a toalha na cadeira e caminhou até ela.

Seis semanas sem fazer amor com ela o haviam deixado


em um estado terrível, e ele já estava duro. Quando seus
olhos se encontraram, ela fechou o livro com um suspiro. Sua
expressão era séria, mas seus olhos eram suaves. Não era
raiva. Era reflexão. Ele conhecia essa expressão, e isso
significava que ela tinha algo em sua mente.

Sentou-se ao lado dela na cama e a olhou.


— O objetivo desta viagem.... É falar comigo sobre tentar
novamente. Não é? É por isso que estamos aqui? — Ela não
parecia irritada. Se alguma coisa, era quase ferida. Ela estava
preocupada com como ele responderia. Nenhuma parte dele
queria manipulá-la, mas ele adivinhou que é exatamente
como ela se sentiria se não pudesse explicar isso com
precisão.

Arrastou-se mais longe na cama e a puxou para ele para


que suas pernas estivessem entrelaçadas quando se
sentaram frente a frente.

— Se eu não pensasse que você quisesse isso, realmente


quisesse ter um bebê, não iria perder meu tempo tentando
convencê-la a dar outra chance. Não poderia viver comigo
mesmo se tudo o que eu consegui fazer foi falar com você
para fazer algo que você não quer fazer. E eu nunca faria isso
com você. Mas conheço você, e sei o quanto era importante
para você, o quanto é importante para você. Você não pode
negar para mim. Sei que você está com medo, mas quero que
você entenda que você não tem que lidar com isso sozinha.

Seu foco moveu para seu peito. Seus olhos estavam


marejados e ela os fechou. Ele estendeu a mão para sua
testa, acariciando suavemente sua longa franja de seus olhos.
Quando os abriu novamente, sua expressão era calma.

— Diga-me do que você tem medo. — Ele forçou sua voz a


permanecer nivelada e calma.

Ela sorriu, com os olhos brilhando.


— Você quer dizer além de um asteroide se chocar contra
a Terra? —, Ela disse em voz baixa, com o mais sutil dos
sorrisos brincando em seus lábios. Ele amava seu sarcasmo
inesperado.

— Sim. — Ele sorriu. — Quero dizer, além de asteroides.

Mas seus lábios tremiam então, e sua verdadeira emoção


mostrou completamente. Ela levou o seu tempo se
reagrupando, inalando profundamente e engolindo
duramente.

— Tenho medo que vai ser minha culpa se não pudermos


ter filhos. Receio que vou ter que assistir Michelle através de
sua gravidez, e que o tempo todo vou falhar um mês após o
outro em engravidar apenas observando como ela consegue
tudo o que eu quero. — Sua voz quebrou, e ela balançou a
cabeça. — Tenho medo de ficar com ciúmes dela. E não quero
me sentir assim. — Ela fechou os olhos, tentando esconder a
vergonha que o comentário a fez sentir. — E tenho medo de
que, no final, se eu não puder.... Bem, estou absolutamente
aterrorizada de que isso irá afetar a forma como você se sente
sobre mim. — Ela encolheu os ombros. — Porque não acho
que posso lidar com isso.

— Bailey — Ele tentou discordar, mas ela não tinha


terminado, e tanto quanto ele queria impedi-la, sacudir
algum sentido nela, sabia que ela precisava dizer isso em voz
alta. Ele a encorajou a se abrir, e teria apenas que deixar
suas inseguranças e medos seguirem seu curso.
— É tão estúpido. Sei disso. Porque se eu não tentar,
então é claro que poderia afetar a forma como você.... Mas se
eu tentar e eu não puder... Bem, então talvez fosse afetar
também. — Ela gaguejou em suas palavras, e ele apertou a
mandíbula para abafar sua necessidade de discordar. — E eu
sei que você nunca diria isso em voz alta... Mas você poderia
pensar nisso. Você pode estar pensando agora. Você poderia
pensar que a vida com outra pessoa seria mais fácil. Você
poderia pensar que você lutou tanto por tudo isso só para me
ver falhar. Talvez você desejasse que nunca tivesse me pedido
para ficar. E você se sentiria mal com isso, é claro, mas você
ainda acharia isso. — Ela divagava fora suas preocupações
rapidamente.

Mas bateu seu limite, e ele a agarrou pelos ombros.

— Bailey, isso não é verdade —, ele interrompeu


rapidamente. — Eu não...

— Veja - o ponto não é que chance eu tenho de ficar


grávida. É o que acontece se eu não ficar. Tenho pavor de
encontrar a resposta para essa pergunta. — Ela estudou seus
olhos, lágrimas caindo. — Estou com muito medo de tentar,
mas eu também estou com medo de não tentar. Estou com
medo até de querer. — Ela encolheu os ombros quando
balançou a cabeça como se não conseguisse entender sua
própria mente.

— Paralisada pelo medo —, ele ofereceu.

Ela assentiu com a cabeça, e ele se inclinou para sua


testa, beijando-a. Sua testa era apenas onde começou, no
entanto, e não foi até muitos minutos depois que ele parou de
beijar seu rosto, cada centímetro tocado por seus lábios.
Sorriu para ela, e ela tentou sorrir para ele também.

— E estou realmente, realmente com medo de um


asteroide chocar contra a Terra.

Ele riu e beijou-a mais uma vez.

— Você quer saber qual foi a melhor decisão que já


tomei?

Ela assentiu com a cabeça, franzindo os lábios


docemente.

— Implorar para você ficar em Savoy.

Ela desviou o olhar por um momento, mas seus olhos


encontraram os dele novamente.

— E eu não quero dizer depois que sua mãe morreu e


você veio de Memphis. Foi no dia em que cheguei à sua
pequena casa. Você me disse que tinha intenção de se
mudar, e entrei em pânico. Senti como estivesse perdendo a
minha última chance de encontrar a paz. O que é estranho,
porque eu estava tão infeliz e com tanta raiva de você. Mas
empurrei tudo de lado, e implorei para que você ficasse. Eu
implorei para você me convencer a não odiar você porque isso
estava me matando. E isso estava me matando. Essa foi uma
das coisas mais difíceis que eu já fiz.

Ela só o assistiu com calma.

— Porque a coisa é - eu não sabia como viver com você


no meu mundo. Mas tinha percebido apenas no curto período
de tempo em que você estivesse de volta que... Mais do que
qualquer coisa, eu não sei como viver sem você no meu
mundo. Nunca soube. É por isso que eu implorei para que
você permanecesse em Savoy, quando mal podia tolerar olhar
para você sem querer gritar.

— Se você não puder fazer isso, então nós vamos lidar


com isso, porque não sei como viver sem você. Eu disse a
você, nós somos a peça invariável desse quebra-cabeça.
Então... — Ele deu de ombros. —.... Se isso não é algo que
você possa fazer, então vamos apenas adotar gatos e acabar
sendo as pessoas loucas com gatos ou algo assim. — Ele riu.
— Mas nós vamos estar juntos.

Seus lábios puxaram para cima. Seus olhos brilhavam de


emoção, mas ela estava sorrindo. Então, seu foco mudou
para o peito de novo, e ela estudou esse lugar por um
momento. — Você se lembra de quando começamos a nos
aconselhar com Dr. Green, e você disse que desejava já
tivéssemos passado por isso? Você queria que nós
estivéssemos melhores, que estivéssemos no nosso futuro.

Ele sabia exatamente o que ela estava falando, porque se


sentiu assim muitas vezes na época.

— Você queria isso porque o presente era apenas.... Tão...

— Imprevisível —, ele terminou por ela. — Desconhecido.

— Sim —, ela sussurrou. — Entendo bem esse sentido


agora. Quero os spoilers. Quero saber se vai ficar tudo bem, e
nós vamos ser felizes, e que.... Vamos obter o que mais
queremos. Porque você está certo.... Eu quero tanto.
Ele se inclinou para frente e puxou seu corpo contra o
dele, erguendo-a para sentar-se em seu colo.

— Eu sei que você quer, baby. — Segurou-a nos braços e


escutou os sons de fora, o canto dos pássaros, os grilos
cantando. Segurou-a lá por um longo tempo, não disposto a
deixá-la ir, mas, em seguida, ela se afastou para olhar para
ele. Ela sorriu para ele, e ele a beijou.

E quando seus lábios tocaram os dela, sugando


suavemente contra essa pele quente, pensou sobre o que ela
tinha dito. Ela precisava de provas. Ela precisava de um
spoiler. Ela precisava saber que eles iam ficar bem, mesmo
que o mundo não estivesse dando essa garantia. Talvez ele
pudesse ajudá-la com isso.

— Nós temos reservas para o jantar às seis e meia. Vou


correr para fora um pouco. Que tal você relaxar um pouco e,
em seguida, se preparar?

Ela assentiu com a cabeça, olhando-o com curiosidade.

— Aonde você vai?

— Apenas algo que eu preciso pegar.

Ele passou a hora seguinte tentando descobrir como fazer


algo básico e simples parecer mais do que isso. Era mais do
que isso. Era o seu coração, mente e alma, e precisava se
parecer com algo que valesse a pena. Ele tentou um saco de
presente, mas então a voz de sua mãe penetrou em sua
cabeça. Sacos de presente são embalagens para preguiçosos,
Darren. Se você não precisa de fita e papel para embrulhar
alguma coisa, você está realmente embrulhando, hein?

Tinha escutado a essa palestra uma ou duas vezes antes,


mas o que ela não percebeu era que toda vez que ele
realmente tentou embrulhar um presente para Bailey, acabou
tendo uma aparência ridícula. Ele poderia suturar muito bem
uma laceração desagradável, mas não conseguia embrulhar
um presente simples para ela. Ele nem sequer se preocupou
em parar no corredor de papel de embrulho. Ele continuou
andando.

O que finalmente concordou era pagar alguém para


embrulhar seu presente para ele, e quando ele entregou à
funcionária da ―Embalagem para Presente‖ a manifestação
física de sua alma, seu rosto ficou confuso. Depois de
assegurar a mulher perplexa que ele realmente tinha a
intenção de embrulhar o item que lhe entregou, caminhou em
torno da loja por cinco minutos.

Ele deixou o pacote no chão atrás do banco do passageiro


no carro, e quando ele entrou na casa de campo, encontrou
Bailey torcendo o cabelo para trás em um coque frouxo,
enquanto ela estava na pia do banheiro. Ela estava com o
vestido preto, e ele rapidamente se trocou em seu terno e
gravata. Estava levando-a para o mesmo pequeno restaurante
que a levou quando estavam em lua de mel. Era um pequeno
bistrô francês que ocupava o andar de baixo de uma das
muitas casas históricas antigas de pedra da cidade. Havia
menos de dez mesas no local, e era ainda mais estranho do
que estranho conhecer a maioria dos lugares.

Ele já tinha ligado e reservado uma mesa em particular.


Ela ficava em um pequeno recanto cercado por um pequeno
arco de janelas, e os proprietários haviam coberto a entrada
para a copa, fazendo-a parecer ainda mais privada. Levou o
presente para o restaurante com eles quando Bailey olhou
desconfiada, e quando eles sentaram, colocou a caixa
embrulhada para presente no assento da janela ao lado deles.

— Você se lembra desse lugar?

Os olhos dela se moveram de volta de onde estudavam o


pacote.

— Claro. O jantar foi adorável.

— Como depois do jantar —, comentou ironicamente.

— Foi? — Ela zombou. — Eu não recordo...

— Oh, sim você lembra.

— Ah, está certo. Ouvimos a esse grupo de bluegrass


realmente bom na Bacia Spring Park Amphitheater. Fazia
frio, e tive que usar o seu paletó. — Até agora ela não estava
mordendo a isca.

— E entre o jantar e o anfiteatro? — Ele sorriu enquanto


suas sobrancelhas se ergueram.

Ela riu, finalmente assentindo.

— Você me molestou nesse pequeno beco do lado no


caminho para o parque, e eu quase consegui queimaduras de
frio nas partes íntimas.
— Conte-me sobre isso. Explique cada detalhe
exatamente como eu diria. E não se atreva a segurar nada.

— Bem, você diria qualquer coisa para mim, então...

— Sim, eu diria. Agora vamos ouvi-lo.

— Então este é o seu truque. O caminho para o útero de


uma mulher é através da sedução e palavras vulgares?

Ele ergueu as sobrancelhas enquanto seu rosto


enrugava.

— Espere... Bem.... Tudo bem —, ela murmurou. — Eu


acho que esse é o caminho para o útero de uma mulher.

— Acredite ou não, querida, isso não tem nada a ver com


o seu ventre. Estou apenas nos excitando depois desta tarde,
e eu estou me divertindo com o acúmulo até eu conseguir
estar dentro do seu corpo novamente.

— Nós estamos em público.

— Dificilmente consideraria isso público. Não há pessoa


alguma perto o suficiente para nos ouvir.

Estudou-o por um momento, mas depois ela resmungou


baixinho e abriu a boca.

— Você me puxou para aquele beco e... Fez coisas.

— Se importa em elaborar sobre as coisas?

Ela balançou a cabeça.

— Não. Não realmente. — Ela encolheu os ombros.

— Bem, então, permita-me. — Ele se inclinou para frente,


deixando sua panturrilha deslizar entre as dela. — Comi sua
boceta até que você veio na minha boca, e depois deixei meu
pau bom e molhado em sua boceta, fodi o seu traseiro para
caralho. Era um beco muito isolado, e eu era capaz de fazer
todos os tipos de coisas más com você.

Suas narinas inflamaram, seu rosto ficou avermelhado, e


sua respiração tornou-se ofegante e profunda.

Ele riu.

— E você gostou de cada momento disso.

— Tenho certeza de que era ilegal —, ela comentou.

— Não, querida, sodomia não é ilegal no Arkansas.

— Acho que sodomia em becos certamente é.

— Bem, você me pegou.

— Se bem me lembro, a coisa toda resultou em você


rasgar o zíper do meu vestido, e não vamos esquecer o
congelamento. — Ela riu baixinho.

— Se bem me lembro, eu tive uma merda de um tempo


tirando aquela saia de cima do seu traseiro.

Ela o encarou por um momento, e ele riu.

— Como sempre, quando discutimos o seu corpo, estou


elogiando você, e você está confundindo com um insulto. —
Ele sorriu. — Amo o seu traseiro. Amo seus seios. Amo a sua
boc...

— Boa noite. — O garçom apareceu de repente ao lado da


mesa, e Darren endireitou-se por um momento. Encheu os
copos de água, enquanto Bailey olhava para fora da janela
para esconder a risada que estava lutando para sufocar.
Ouviram o garçom dar-lhes uma visão geral das
especialidades do chef para a noite, e sorriram educadamente
para ele. Quando estavam finalmente sozinhos novamente,
Darren inclinou-se, e os olhos dela voltaram aos seus.

— Como estava dizendo. Amo a sua boceta. Amo seus


olhos. Amo seus lábios, sua língua, seus quadris, coxas,
axilas, costas, pescoço. Agora, desafio você a aceitar os meus
elogios sem se auto castigar.

Ela apertou os lábios por um momento, mas depois


sorriu.

— Amo a sua boca vulgar —, disse ela em voz baixa.

Ele riu, deixando cair a cabeça para trás por um


momento, e quando ele olhou para ela, fez um som de
desaprovação enquanto balançava a cabeça.

— Amo seus braços. — Ela o estudou por um momento.


— Eles são fortes, e eu amo essa força em volta de mim. —
Sua expressão era mais séria agora. — Amo seus olhos.
Costumo derreter com a visão deles. Amo o seu traseiro... —
Suas bochechas ficaram instantaneamente rosa. —... E o que
você está disposto a me deixar fazer com ele. Amo o seu peito,
sua barriga. — Ela fez uma pausa então, estudando seus
olhos. A seriedade por trás dessa expressão o excitou como
nada mais. — Amo o seu pênis. — Ela olhou para a mesa por
um momento, mas seus olhos retornaram aos seus
rapidamente. — Amo que ele não é mais essa parte de você
que está escondida de mim. Amo que eu não tenho que
imaginar como se parece, como se sente, qual o gosto. Amo
que eu conheço a dor de sentir você. Amo o quão perto você
me faz sentir. — Seus olhos marejaram, e ele apenas olhou
para ela.

Deixou Bailey chutar verbalmente suas palavras.

— Vou dar-lhe essa rodada —, comentou em voz baixa,


mas sua garganta estava apertada, e ele estava mais
admirado com quão bonitas ela poderia fazê-las soar.

Quando o garçom voltou, eles mal conseguiram olhar


para o cardápio, mas ele ordenou com certeza, e, em seguida,
pegou o pacote do assento da janela. Colocou-a no prato, mas
não ofereceu a ela.

— O que há na caixa de presente? — Ela inclinou a


cabeça para o lado, um pequeno sorriso em seus lábios.

Suas mãos tremiam, e colocou-as em seu colo, em vez de


deixá-la ver observou-a tremer.

— Tudo...
— Você já reparou que raramente jogamos o nosso jogo
de palavras? —, Perguntou.

— Sim. — Ela assentiu com a cabeça, mas não podia


dizer que entendeu para onde isso estava indo.

— Eu me pergunto se talvez nós não precisemos mais


disso. Tomemos por exemplo o que estávamos falando.

Ela o olhou com curiosidade, olhando para o garçom


rapidamente enquanto colocava um prato de pão sobre a
mesa. Quando ele se demorou, Darren educadamente
agradeceu e esperou pacientemente que ele saísse.

— Houve um tempo em que você teria dito, ―bonito, sexy,


masculino, forte‖. Você poderia estar pensando em meus
braços, traseiro, pênis, quem sabe. Mas você não poderia ter
dito isso para mim.

Ele estava realmente certo sobre isso, e ela balançou a


cabeça novamente, tentando desenrugar sua testa que estava
mais do que interessada em ver onde ele queria chegar.

— Você pode pensar que eu sou grosseiro às vezes, mas


naquela época eu não poderia ter dito aquelas coisas para
você também. Eu teria dito, ―bonita, inteligente, brincalhona,
sedutora‖. Agora, por outro lado, podemos dizer que tudo o
que queremos um para o outro, no entanto libidinosamente
eu poderia escolher a dizer isso. — Ele sorriu. — Estou
autorizado a confessar que amo você, e eu sempre amei você.
Nós sabemos como falar agora, como rir, chorar, brigar, fazer
as pazes, até mesmo machucar um ao outro.

— Sim nós sabemos —, disse ela em voz baixa.

Entregou-lhe a caixa em seguida, e só olhava para ela


quando a pegou de suas mãos e a colocou sobre o prato
grande e raso de cerâmica branca e imaculada que estava na
frente dela.

Quando ela olhou de volta para ele, ele estava estudando-


a de perto, e continuou.

— Mas isso não significa que nós dizemos tudo o que há


a dizer, não é? E assim, isso não significa que você sabe ou
entende tudo o que precisa, a fim de me reconhecer
totalmente por quem sou e o que sou para você. Não me
interprete mal. Estamos provavelmente melhor do que a
maioria em nos expor emocionalmente um ao um outro. Nós
tivemos que ser.

Ela assentiu sutilmente, com os olhos colados aos dele,


encantada por ele no momento. Estas não eram palavras.
Estas eram muito mais. Estes eram os pensamentos,
sentimentos, introspecção. E, francamente, ele estava
cravando isso.

— Mas há mais preciso que você veja. Porque quero que


você confie em meu coração.

— Eu confio... — ela tentou interpor.


Ele sorriu gentilmente enquanto ignorou a interrupção e
continuou falando.

— Nós dois sabemos que o amor não é tudo, e é preciso


mais do que o amor para fazer uma vida com alguém
funcionar. É preciso ter paciência, é preciso tempo, trabalho,
humildade, muita maldita resistência, e.... Perdão. A
confiança é da mesma maneira. Às vezes, a confiança não é
difícil porque há uma razão para desconfiar. É difícil porque
tanta coisa depende disso. A sua felicidade, o seu futuro,
seus mais profundos anseios e necessidades. Colocar as
coisas em mãos de outra pessoa... — Ele balançou a cabeça
de forma sutil. —... Mesmo para o mais confiante de nós, isso
é difícil. — Ele só a olhou então, e deixou o silêncio se
arrastar por algum tempo. — Abra a caixa.

Ela não se moveu por um momento, e ele puxou o lábio


inferior em sua boca. Sempre fazia quando estava nervoso.
Ele mordia o interior de sua bochecha quando ele estava com
medo, puxou o lábio inferior em sua boca quando Aestava
nervoso ou vulnerável, e ele fazia uma careta quando se
concentrava. Quando ela levantou a caixa e começou a
arrancar a fita nas extremidades, ele soltou seu lábio inferior
e mordeu o interior de sua bochecha. Este poderia ser um
presente apavorante?

O papel era listrado cinza e branco, e tinha um arco preto


nele. Bonito, e claramente não era trabalho dele. Ela não
parava de olhar para ele enquanto desfazia o papel de
embrulho rapidamente. Isto, obviamente, o colocava em um
estado de vulnerabilidade absoluta, e ela não iria demorar e
torturá-lo, e quando ela finalmente conseguiu tirar o papel e
fita da caixa, ela olhou para o que estava em frente a ela.

Não era uma grande caixa, talvez do tamanho de um livro


de capa dura, e quando ela levantou a parte de cima, tirou o
papel de seda. Sua atenção estalou para seus olhos quando
ele constantemente olhou para ela de novo com o lábio
inferior em sua boca. Ela estendeu a mão e tocou a capa de
seu diário. Estava tão excessivamente usado que parecia que
ia se desfazer a qualquer momento. Não era nada mais do
que um caderno de espiral. A capa estava desgastada nas
bordas, arranhada e rabiscada na frente, e ela não poderia
nem mesmo contar o número de marcas de copo de café que
estava vendo.

— Darren...

— Tudo o que você precisa saber sobre mim e como me


sinto sobre você está aí dentro. Cometi o erro de assumir que
você sabia todas essas coisas, e você me conhece tão bem.
Mas eu acho que às vezes precisamos apenas um pouco mais
de garantia, uma prova disso. Quero provar a você o quanto
você pode confiar em mim com a sua vida, a sua felicidade, o
seu futuro.

Tudo o que ela conseguia fazer era piscar enquanto o


observava. Levantou-se e puxou sua cadeira em volta da
mesa para se sentar ao lado dela, e seus olhos seguiram.
Descansou o cotovelo na parte de trás de sua cadeira e
estendeu a mão para varrer o cabelo fora de seu pescoço, mas
seus dedos tremiam, e até mesmo seu sorriso calmo não a
convenceu de que ele não estava apavorado.

— Dare, você não tem que...

— Nem tudo é uma questão do que uma pessoa tem ou


não tem de fazer por alguém. Eu quero. Preciso. Eu tenho
que saber que dei a você tudo o que você precisa para
acreditar em mim. — E então ele sorriu. — Agora, pare de
enrolar e mergulhe um pouco em minha cabeça.

Ela sorriu e abriu a capa. As primeiras páginas estavam


em branco, mas, em seguida, quando ela virou para a terceira
página, seus olhos encontraram seu nome. Seu corpo inteiro
corou quando ela pegou na data escrita na parte superior da
página. Quase quatro anos atrás, no mesmo dia em que se
encontraram com o Dr. Green pela primeira vez. E que dia
terrível havia sido.

— Se você não ler nada mais neste caderno, embora


espero que você leia tudo, eu quero que você leia isso.

Ela assentiu com a cabeça.

— Na verdade, gostaria muito que você lesse para mim


agora. — Ele deixou sua mão sobre a parte de trás do pescoço
dela, e aqueceu sua pele, mesmo quando arrepios
apareceram. Ela estava nervosa. Ele estava também, e
quando ela se virou para ele, viu-o novamente. Suas
pálpebras tremularam, e ele mordeu o interior de sua
bochecha enquanto os lábios franziam.

— Ok.
— Não estava particularmente feliz quando escrevi isso.
Na verdade, é mais seguro dizer que eu estava um pouco
preocupado com a minha vida e nosso relacionamento estava
desmoronando. Foi após a primeira sessão. As coisas tinham
desmoronado... Um pouco. Nenhum de nós parecia ser capaz
de dizer duas palavras um ao outro, e você tinha ido para a
cama no andar de cima, deixando-me no andar de baixo para
me corroer e preocupar. E eu fiz.

— Eu me lembro. — Oh cara, ela sempre lembrou. O


medo de que não poderiam fazer isso tinha assentado
naquele dia. Ela estava convencida de que era simplesmente
demais para um casal suportar, o peso do seu passado. Ela
não tinha desistido..., Mas com certeza ela tinha deixado a
sua confiança ser abalada.

— Leia.

Ela olhou para ele mais uma vez, e observou como seu
peito subia e descia lentamente.

— ―Querida Bailey. Desde que escrever sobre como eu me


sinto parece ser tão difícil, que tal começar a escrever o que
eu sei? Sei que amo você. Sei que o meu mundo não faz
sentido quando você não está nele. Sei que a minha felicidade
está diretamente ligada à sua, e sei que podemos fazer isso.
Hoje foi duro. E sei que é difícil para você também. Amanhã
pode ser mais difícil. Na próxima semana... quem sabe o que
vai acontecer‖. — Ela olhou para ele enquanto ele corria o
polegar para baixo a parte de trás do pescoço dela, e então
ela continuou a ler em voz alta. — ―Eu tenho mais pontos de
interrogação na minha vida agora do que nunca tive antes, e
isso é porque você está de volta ao meu mundo. Mas vou
responder e resolver cada um desses pontos de interrogação
até que nada reste senão você e eu. Sei que você está com
medo de mim‖. — Sua voz engatou, e ela balançou a cabeça
sutilmente enquanto lia essas palavras. Era difícil voltar a
esse tempo e não se sentir como se o tivesse decepcionado em
primeiro lugar.

Mas, mesmo enquanto lutava com isso, ele estendeu a


mão livre para seu colo e pegou a dela. — Leia.

— ―Estou tão aterrorizado comigo mesmo. Mas não vou


falhar. Estou tão certo, na verdade, que eu sei hoje, mesmo
quando me sento aqui, enquanto você se esconde de mim lá
em cima, que a nossa vida está indo para o devido lugar.
Temos um futuro. E vou dizer a você uma coisa sobre isso‖.

— ―Há aquelas coisas em meu futuro que eu quero, e


depois há aquelas coisas em meu futuro que eu preciso.
Meus desejos são uma coisa muito mais simples do que as
minhas necessidades. Quero casar com você‖. — Ela teve que
parar de falar, então, e ela afastou uma lágrima de seu rosto
quando ele se inclinou e beijou sua testa. Mas ela se
reagrupou. — ―Sei que neste momento quero isso para nós.
Quero viajar com você algum dia quando você for capaz.
Quero ter uma família com você, e eu não posso esperar por
isso. Amo a ideia de nossa casa ser preenchida com o som de
um ou dois filhos‖. — E então ela se desfez completamente,
virando a cabeça em seu ombro e cobrindo os olhos enquanto
ela chorava.
Ele silenciou suavemente com os lábios em sua testa, e,
em seguida, limpou a garganta e continuou onde ela parou.

— ―Quero roubar o tempo com você quando a vida fica


ocupada, e quero definhar na superabundância disso quando
a vida é lenta. Não posso explicar-lhe adequadamente o quão
importante o meu tempo com você é. Não posso obter o
suficiente dele e nada me faz sentir bem quando eu não a
tenho‖.

Ela adorava ouvir sua voz profunda enquanto falava as


palavras que ele havia escrito para ela quatro anos atrás, e
ela limpou a umidade do rosto, olhando para trás, para o
diário e o acompanhando enquanto ele falava.

Ele apertou a mão dela enquanto continuava.

— ―Quero envelhecer com você, me aposentar com você,


relaxar com você, chorar com você, me machucar com você,
me divertir com você, e ser feliz com você. Quero essas coisas.
Eu as quero tanto que quase dá água na boca imaginar isso
agora. Mas não são as minhas necessidades. Minhas
necessidades são um componente muito mais desesperado e
inflexível para quem eu sou. Eles também são bastante
simples‖. — E então ele se inclinou para sua orelha e
sussurrou baixinho: — Leia isto.

Ela olhou para baixo para a próxima linha, onde segurou


o dedo no lugar, e ela sussurrou as palavras, lutando contra
a emoção e a sua garganta apertada.
— ―Eu preciso de você. Só você - pelo resto da minha
vida‖. — Ela olhou para as palavras, colocadas em cima
deles.

Ele continuou a ler quando ela se aconchegou na curva


do seu ombro.

— ―Essa necessidade substitui tudo o mais que você vai


precisar saber sobre mim. Porque no final, posso querer uma
vida plena com casamento, família e saúde, mas nenhuma
dessas coisas significa nada para mim se eu não as tiver com
você. É sempre sobre você para mim. Sempre foi. Eu
absolutamente tenho a intenção de obter os meus desejos,
mas é a minha necessidade de você que está no centro de
tudo. Você sempre será o meu mundo. E eu nunca vou parar
de dizer-lhe isso‖.

— ―O seu futuro marido, pai de seus filhos, companheiro


de viagem, e antigo companheiro à moda antiga, Dare‖.

Ela colocou os braços em volta dele, e ele a puxou para


perto, falando em seu ouvido.

— Esta é a sua escolha e eu vou apoiá-la, não importa o


quê. Sei o que você quer, e se você pode encontrar a coragem
para deixar-se querer, então você tem que entender, se não
pudermos fazer isso por algum motivo, vai ficar tudo bem.
Não tenho medo de tentar, Bailey, porque eu não posso
falhar. Sempre vou ter o que eu preciso, desde que eu tenha
você. Se você pode colocar essa mesma confiança em mim,
você iria ver que não pode falhar também. Você é o meu
inesquecível.
— Você é o meu também —, ela sussurrou.

— Você não vê o quão incrivelmente forte isso faz de nós?

Ele se inclinou para trás, e ela balançou a cabeça. Ele


puxou sua boca para a dele. Seus polegares limpando as
lágrimas, mesmo enquanto a beijou, e quando o seu garçom
limpou a garganta, desconfortável, eles se afastaram
rapidamente. Os olhos de Darren brilhavam quando limpou a
garganta também, e quando ele finalmente se forçou a sorrir
para o garçom, apertou a mão dela.

— Peço desculpas, mas seria possível arrumar o nosso


jantar para viagem?

O garçom olhou para Darren estupefato, mas ele acabou


assentindo.

— Claro senhor.

E, como ele os deixou em paz, mais uma vez, Darren


olhou para ela, e sorriu maliciosamente.

— Estou me sentindo no humor de planejar um


piquenique na cama. Talvez eu possa ler um pouco mais do
meu diário. Ou se você estiver se sentindo corajosa, você
pode ler um pouco para mim. Embora, estou avisando,
algumas páginas são realmente muito impróprias. — Ele
piscou, finalmente, fechando o diário e o colocando de volta
na caixa.
Ele tirou suas roupas no segundo em que entraram pela
porta, e estava nu no momento em que chegou ao quarto.
Bailey, por outro lado, pôs-se no meio da sala,
completamente fascinada por seu diário para notar sua
ereção. Ela folheou página após página, e não se aprofundou
em nenhuma, apenas passando. Seus olhos estavam tão
focados em suas palavras, e ele sorriu quando abriu as
portas francesas que se abriam para a varanda dos fundos.
Colocou sua mala na cadeira, e, em seguida, moveu-se para o
toca-discos. Levantou a agulha, colocou-a sobre o disco, e
ouviu quando o crepitar encheu o mesmo quarto há pouco
mais de meio ano.

Ela finalmente olhou para ele quando a voz de Nat cantou


sua canção. Ela sorriu enquanto mordia o lábio.

— Não deixe que Nat a interrompa. Continue indo. — Ele


acenou para o diário em suas mãos.

Ela sorriu de novo, e então seus olhos se voltaram para


as páginas. Ele caminhou atrás dela, mas em vez de dançar
com ela como tinha feito da última vez que estiveram aqui,
tirou suas roupas enquanto folheava as páginas. Ela soltava
somente um lado do caderno de cada vez e nenhuma vez
olhou para ele enquanto ele trabalhava. Ele riu, e seus lábios
levantaram ainda que levemente, mas ela se perdeu nas
páginas de novo, e mesmo quando ele deslizou o vestido para
baixo sobre seus quadris e a deixou nua, ela não percebeu.
Arrastou-a para a cama, deitando-a de bruços, e então ela
começou realmente a se aprofundar, e ele realmente começou
a perder sua mente.

Bailey nua na cama mostrando seu traseiro redondo era


apenas tortura, mas ele não poderia levá-la a dar-lhe
qualquer atenção até que finalmente tirou o creme brûlée do
saco. Ele pegou uma colher e colocou o prato ao lado dela na
cama. Ele montou suas coxas bem onde encontravam com
sua bunda, e deixou seu pênis descansar contra a fenda de
suas nádegas. Ele se inclinou sobre ela e lhe ofereceu uma
pequena colher de sobremesa. Ela cantarolou em apreço e,
em seguida, inclinou a cabeça para trás para vê-lo.

— Por favor, continue lendo. — Ele piscou.

Ela sorriu.

— Você estava certo quando disse que havia algumas


coisas impróprias aqui.

Ele riu e pegou outra colherada do creme brûlée,


comendo-o desta vez, e quando ele se inclinou e ofereceu-lhe
outra mordida, ele levou o seu tempo lendo a página em que
ela estava por cima de seu ombro. Era uma nota do diário
boa e muito bem cronometrada.

— Leia em voz alta, — ele sussurrou.


Ela limpou a garganta, e então ela cantarolava em
nervosismo.

— ―Hoje à noite você me deu parte do seu corpo que você


nunca me deu antes. Você foi absolutamente incrível, e
adorei ver os seus olhos quando empurrei lentamente para
dentro de você‖.

Ele não precisava ver o rosto dela para saber que ela
estava corando furiosamente, e riu enquanto ela limpou sua
garganta.

— Continue —, disse ele.

Ela suspirou.

— ―Amo você por confiar em mim e me deixar naquele


lugar muito particular dentro de você. Também simplesmente
adoro como você sentiu. Se houver qualquer dúvida em sua
mente, espero que você entenda que esta forma de fazer amor
nunca vai ser a minha preferência. Há algo simbolicamente
bonito sobre fazer amor com você naquele lugar que me leva
mais próximo de seu ventre, direto nele‖. — Seus dedos
tremiam quando ela tocou a borda da página, e ela parou de
falar, chegando a ele por cima do ombro quando puxou o
cabelo para trás de seu pescoço.

Ela sorriu.

— Nunca pensei que você fosse um poeta.

Ele riu.

— Sim, bem, escrever no diário me deixou muito bom em


usar minhas palavras de menino grande. Sujo não é tudo o
que eu sei falar. — Ele sorriu, surgindo outra mordida na sua
boca e, em seguida, rapidamente moveu o prato para a mesa
de cabeceira quando ela voltou sua atenção para a página.

Ele beijou seu caminho pelas costas, e deu-lhe uma


prévia da leitura em voz alta, sabendo muito bem como essa
entrada em particular iria acabar. Ele levou o seu tempo,
beijando, lambendo, e deixando sua língua fazer cócegas ao
longo de sua espinha. Sugou e mordiscou a pele dela, e ela
estava se contorcendo quando chegou à parte inferior das
costas.

Ele ainda montava suas pernas, ainda que agora seus


joelhos estavam nos dela, e quando ela engasgou, sabia o que
ela tinha lido.

— Bem, isso é apenas.... Você não pode querer fazer isso


—, ela comentou em voz baixa.

E no momento em que as palavras saíram de sua boca,


ele abriu as bochechas e as empurrou para cima, abrindo seu
buraco pouco apertado para ele.

— Sim, baby. Quero fazer isso —, ele murmurou, e, em


seguida, colocou a boca sobre ela, lambendo e lambendo
enquanto ela gritava. Seus músculos do bumbum se
encolheram quando ele atacou a língua pela sua pequena
entrada enrugada e apertada, e ela olhou para ele por cima
do ombro, os olhos arregalados e seu rosto chocado.

Mas ela não o impediu. Segurou suas bochechas com


dureza em suas palmas, mantendo-a aberta e exposta a ele.
Ele cantarolava enquanto sua boca trabalhava nela, e quando
a tensão liberou músculos, gemia alto. Ele nunca tirou os
olhos de cima dela, e ela ofegava, a boca aberta, suas
sobrancelhas se encolheram.

Quando ele se arrastou de volta até seu corpo, não lhe


deu nem um segundo para pensar antes de deslizar
firmemente em sua vagina. Ele manteve suas pernas do lado
de fora das dela, prendendo-as e mantendo seus quadris
firmemente parados. Isso apertou sua vagina, e quando ele
saiu um pouco, ele empurrou dois dedos em seu traseiro,
mantendo-os lá quando começou a balançar seus quadris.

— Empurre seu traseiro para mim, Bay.

Ela empurrou de volta para ele, e ele olhou para a bunda


dela, vendo como ela transou com ele. Ela gemeu, e como seu
sexo se apertou em torno dele, inclinou-se sobre ela e agarrou
a cabeceira da cama enquanto empurrava para frente,
encontrando o movimento para trás de seus quadris. Deu um
tapa em sua parte inferior, e como seus corpos se
aproximavam da borda da liberação, o ritmo acelerou quase
violentamente.

Deu-lhe apenas um segundo de vantagem quando seu


orgasmo a atingiu antes que ele desistisse do seu próprio
controle, e veio em um impulso final enquanto ela tremia ao
redor dele e gritava em alta voz. Ele caiu em suas costas,
recuperando o fôlego enquanto descansou sua testa entre as
omoplatas. Sentiu seu corpo relaxar na cama, e deixou os
dedos deslizam dela quando saiu ainda tremendo.
— Banho. — Ele mal conseguia soltar a palavra, e ela
apenas balançou a cabeça em resposta. — Então, talvez
devêssemos comer o nosso jantar.

Ela riu, e ele podia sentir os tremores através de suas


costas. Ele a puxou para seus pés e levou-a para o banheiro.
A casa não tinha nem de perto a grande banheira Jacuzzi que
eles tinham, e seus corpos acabaram interligados juntos na
pequena banheira com pés, com os maiores sucessos de Nat
filtrando-se por eles.

Ela descansou sua bochecha contra o peito, e ele


acariciava seus cabelos.

— Falei com Myrtle sobre a livraria quando lhe perguntei


se você poderia ter um tempinho de folga para esta viagem.

Sua cabeça levantou instantaneamente, e empoleirou-se


com seus braços cruzados sobre seu peito enquanto ela
olhava para ele.

— Nós conversamos preço, nós conversamos


rentabilidade, falamos sobre quanto tempo ela pode querer
ficar na equipe.

Ela só olhou boquiaberta para ele, seus grandes olhos


azuis encarando.

— E eu acho que...

— Quero tentar engravidar novamente. — Ela o cortou. —


Eu quero.

Ele a estudou por um momento, enquanto seus lábios


levantavam mais e mais a cada segundo. Ele balançou a
cabeça, rindo baixinho quando alívio e alegria o percorriam.
Sua cabeça não parou de balançar até que ela se aconchegou
de volta em seu peito.

— Nós poderíamos fazer as duas coisas? — Ele ofereceu


calmamente

Ela levantou a cabeça novamente.

— Podemos?

Ele deu os ombros.

— Por que não? O céu é o limite para nós. Quando você


não tem medo, você vai tentar qualquer coisa. Certo?

Seus lábios franzidos docemente em um sorriso.

— Sem medo. — Ela assentiu com a cabeça.


Sete meses mais tarde

Eles simplesmente olharam para ela. Todos os três em


uma fileira, sorrindo seus sorrisos serenos como se nada
pudesse tocá-los, nem tristeza, nem dor, nem medo ou
preocupação. Havia algo a ser dito sobre ser de outro mundo.
O seu plano de existência simplesmente vinha com uma ideia
mais clara do que o dela, e, no momento, Bailey compreendeu
esse fato muito bem.

Então, quando sua mãe se adiantou e tocou seu rosto,


Bailey não descartou isso como nada.

— Ele é seu —, disse ela.

— Eu sei mamãe. Somos casados por....

— Ele é seu —, disse ela quando ela estendeu a mão para


o estômago de Bailey e apertou-lhe a palma da mão contra a
barriga de Bailey.

Ela olhou para Jess sobre o ombro direito de sua mãe, e


ela viu uma lágrima correr pelo seu rosto. Jess sorriu. Não era
um sorriso terrivelmente etéreo, nada como você esperaria ver
no rosto de um anjo. Era um sorriso de Jess, grande e largo,
mostrando os perfeitos dentes brancos. E, quando os lábios de
Bailey começaram a levantar também, os olhos de Jess
brilharam lindamente, e ela riu. Este era o riso de pura
excitação de Jess. Bailey poderia dizer por que o pequeno som
saiu. Seu peito arfava e balançava quando a felicidade passou
por ela de uma forma muito visível.

— Meu? — Seus olhos se voltaram para a sua mãe, mas


eles rapidamente se afastaram para outro ombro de sua mãe,
onde seu pai estava.

— Seu, minha menina. — A voz profunda de seu pai


aqueceu todos os sentidos em seu corpo.

— Meu —, ela sussurrou.

Ela acordou, sentando ereta na cama.

— Meu —, ela murmurou quando inspirou


profundamente, e então ela correu para o banheiro.

Ela tentou ficar quieta, mas enquanto ela vasculhava o


armário de linho, Darren chamou por ela. Ela ignorou a voz
quando seus dedos se fecharam em torno do pacote, e ela
praticamente tinha sua roupa de baixo em torno de seus
tornozelos, quando ela entrou na sala de banho separada e
fechou a porta.

— Bailey, você está doente...

Ele empurrou a porta aberta, e ela olhou para ele,


tentando sorrir, mesmo quando ela fazia xixi na vara entre as
pernas.

Ele riu.
— Eu vejo. Fazer xixi em coisas de novo. — Sorriu. —
Deixe-me adivinhar. Um sonho.

Ela assentiu com a cabeça quando puxou a mão, e ele


pegou o teste dela. Ela terminou e corou, baixando a tampa e
sentando-se quando Darren caiu de joelhos na frente dela
para esperar.

Ela mordeu o lábio.

— Não posso olhar. Você só olha e me diz. — Ela falou


rapidamente quando fechou os olhos com força.

— Bailey...

— O quê? — Ela praticamente virou-se para ele. — Sério,


você só olha e....

— Olhe.

Ela abriu os olhos, encontrando seu, mas recusando-se a


olhar para baixo por um momento. Seus olhos estavam
arregalados, e seu sorriso era largo, e pelo tempo que ela,
finalmente deixou sua atenção desviar para suas mãos, ela
estava tremendo.

Ela olhou...

E ela sorriu...
Seis anos mais tarde

Não sabia por que eles ainda desligavam os abajures.


Cecily não se importava com a quantidade de luz que havia
enquanto dormia, e ele tinha batido o dedão do pé, pelo
menos dez vezes nos últimos quatro meses. Quando ele
acendeu o abajur de cabeceira, ele olhou para Bailey. Seus
olhos estavam fechados, mas seu nariz estava amassado, e
seu corpo se retorcia contra a necessidade de acordar, mas
querendo dormir. Levantou-se, piscando os olhos e pisando
levemente quando ele contornou a cama. Quando olhou para
o berço, ele sorriu. Cecily contorceu rosto vermelho e irritado.
Seus lábios tremeram quando ela soltou um gemido
angustiado. Estar com fome no meio da noite era,
definitivamente, a mais cruel das coisas que poderia
acontecer a um bebê de quatro meses de idade, e tendo em
conta a forma como os seus olhos voltaram para ele, ela
culpava Darren inteiramente.

Levantou-a em seus braços e fez calar com os lábios para


o lado de sua cabeça. Andou e saltou suavemente enquanto
tentava acalmá-la. Ele trabalhou por um momento, mas seus
gritos finalmente voltaram, ficando cada vez mais alto a cada
segundo. Ela estava deixando muito claro que não tinha nada
de interessante para ela. Bailey esticou e olhou para ele,
oferecendo um sorriso cansado. Ele alcançou o corpo de
Bailey e colocou Cecily para baixo na frente dela, e Bailey
estendeu a mão, deixando os dedos roçarem seu antebraço.
Ele contornou a cama e se arrastou de volta, enfrentando
Bailey quando ela o encarou de lado. Cecily estava entre eles,
e enquanto ele olhava, Bailey colocou o tecido de seu vestido
para baixo sob seu seio super cheio.

Ela estremeceu quando Cecily pegou violentamente.

— Minha pequena esfomeada —, comentou, e então seus


olhos se moveram para ele. — Meu grande esfomeado.

Ele riu baixinho. Ele adorava isso. Não se importava se


estava cansado ou o fato de que ele era incapaz de fazer
muita coisa. Ele só gostava de vê-la assim. Ele passou a
palma suave para baixo na parte de trás da cabeça de Cecily
quando ela balbuciou, seus olhos já ficando pesados
enquanto olhava para ela. Ele se inclinou e beijou as costas
da sua cabeça, e Bailey sorriu para ele. Ela estendeu a mão e
correu a palma da sua mão para o lado do seu rosto.

O choramingado súbito do outro lado da sala enviou uma


sacudida através de seu corpo, e ele gemeu
instantaneamente.

— Pelo menos disso eu posso cuidar sem parte de sua


anatomia. — Ele sorriu enquanto se levantava, e ela riu
baixinho quando ele colocou um par de calças de pijama e
saiu do quarto.

— O que há de errado, Jesse —, ele perguntou


suavemente quando entrou no quarto de seu filho.
— Monstros. — A voz de Jesse tremeu. — Sob a cama.

Darren caiu de joelhos e olhou debaixo da cama, e


quando ele atingiu o pico de volta para Jesse, ele balançou a
cabeça.

— Não há monstros, amigo. — Ele deitou na pequena


cama de Jesse e passou os braços em volta dele quando a
cabeça de Macy apareceu de onde ela estava enrolada ao lado
de Jesse. A pobre cachorra não podia ouvir um som, mas ela
era uma senhora de idade feliz.

— Não há nada a temer —, ele sussurrou, e afastou o


cabelo muito longo de Jesse de sua testa. — Você sabe, você
tem os três melhores anjos da guarda em todo o mundo
cuidando de você, não é?

— Tia Jess, vovó Célia, e vovô Daniel?

Darren assentiu.

— Mm-humm.

— Mas eu não posso vê-los.

— Basta perguntar à sua mãe. Ela os vê o tempo todo em


seus sonhos —, disse ele preguiçosamente quando bocejou.
— E se eu ficar até você cair no sono. Sim?

— Sim... Papai?

— Sim, amigo.

— Por que tia Jess, vovó Célia, e vovô Daniel não estão
aqui? Vovó Jilli e vovô Marcus estão aqui —, sua voz pequena
reclamou.
Ele sorriu para Jesse.

— Eles eram necessários em outro lugar. Talvez o céu


precisasse de uma garota corajosa e tagarela como sua tia.
Talvez eles estivessem em falta de artistas bobos e doces
como sua avó, ou talvez o seu avô tivesse escrito tudo o que
havia para escrever neste mundo, e era hora de seguir em
frente para outro. Não sei, Jesse. — Ele olhou para baixo
para ele novamente. — Mas você sabe o que eu sei?

— O quê? — Jesse bocejou enquanto ele falava, suas


pálpebras tremulando e baixando.

— Sei que ainda podemos amá-los, porque eles são tão


inesquecíveis quanto o meu amor por você, Cecily, e sua mãe
é.

Darren deixou os dedos afagarem sobre a testa de Jesse


quando os olhos do menininho finalmente fecharam, e
mesmo antes de um minuto ter passado, seus lábios se
separaram, e ele estava dormindo. Darren o assistiu dormir.
Ambos os seus filhos tinham o cabelo castanho escuro, e
Jesse tinha os olhos azuis vibrantes de Bailey. Eles não
saberiam por um tempo se os olhos de Cecily ficariam azuis
como estavam agora, mas ele suspeitava que ficassem.

Fizeram filhos lindos juntos, e tinha gostado do longo


tempo que levou para fazer os dois. Levou mais de metade de
um ano para Bailey engravidar de Jesse, e enquanto eles
tentavam, ela aguentou bem. É claro que deu a ela toda a
permissão que poderia precisar para ser um pouco louca
durante todo esse tempo de espera. A loja de livros provou ser
mais do que fundamental, porém, ocupando sua mente, e ele
fez o seu melhor para ocupar seu corpo, tanto quanto
possível durante esse tempo também.

Mas sete meses era nada se comparado ao tempo que


levou para engravidar de Cecily. Começaram a tentar quando
Jesse tinha apenas nove meses de idade, supondo que
poderia demorar um pouco. Deram oficialmente a desistência
depois de terem tentado por um ano e meio, mas vendo como
eles desfrutavam de sexo tanto quando não estavam tentando
quanto quando eles estavam, havia pouca diferença real. Isso
não significa que não ficaram um pouco surpresos quando
ela acabou grávida quando Jesse tinha três anos e meio de
idade.

Duas crianças e muitos anos e ele estava tão feliz hoje


como nunca tinha sido. Não doeu que seu trabalho agora
consistia em ser dono da metade da Clínica Geral de seu pai.
Isso batia as horas do hospital em qualquer dia da semana, e
isso significava que ele estava sempre em casa com eles à
noite. Sua mãe havia se retirado do sistema escolar no
segundo que ela descobriu que Bailey estava grávida de
Jesse, decidindo que a sua vocação na vida era ser avó em
tempo integral. Ela podia ser vista muitas vezes em torno da
cidade com os seus filhos, a mãe de Michelle, Abigail Sue, e o
filho caçula de Michelle, Jackson. Darren estava convencido
de que as mulheres mais velhas já estavam tentando arranjar
um casamento entre Jesse e Abby, mulheres idosas
pervertidas considerando que Abby era quase três anos mais
velha do que Jesse.
Mas essa era a parte da sua vida à luz do dia. Esta era a
parte da noite de sua vida e isso o fez sorrir. Um menino
dormindo com medo de monstros embaixo da cama, uma
menina exigente de quatro meses que tinha o apetite de um
homem de cem quilos e uma mulher, que parecia ficar mais
bonita a cada vez que ele a via, ele era um homem de sorte,
muita sorte. Não importa o quão sexy ele a achava quando
seus seios eram ainda maiores do que o habitual.
Maternidade ficava bem nela, e os resultados físicos de sua
maternidade definitivamente ficavam bem com ele também.

Ele se inclinou e beijou Jesse uma última vez na testa


antes de se arrastar da cama e voltar para a própria. Bailey
estava deitada de bruços, escrevendo em seu diário, e quando
ela olhou para cima, sorriu.

Ele contornou a cama para o berço de Cecily, e ele olhou


para baixo, para a filha dormindo agora.

— Você sabe, o empreiteiro disse que seu quarto será


concluído neste fim de semana. — Esperar até que sua filha
nascesse para iniciar as reformas em seu terceiro quarto no
andar de cima, provavelmente não foi a decisão mais sábia
que já tinham feito.

— Não tenho certeza se estou pronta para ela estar em


seu próprio quarto ainda —, ela comentou quando fechou o
diário e rolou de costas para ele. Ele deslizou as calças de
pijama e deixou-as cair sobre a cadeira. Seus olhos desceram
ao longo de seu corpo e se estabeleceram em seu pênis. Ele
estava duro, e ele estado assim desde que a observou
alimentar seu filho. Algo sobre vê-la ser mãe o deixava
insano.

— Você disse a mesma coisa com Jesse. — Ele andou em


direção a ela e se sentou ao lado dela na cama. Ele se
inclinou para seu ouvido, deixando os lábios tocar e provocar
o lóbulo da orelha. Sua mão vagou para o decote do vestido
colante que ela usava, e ele puxou o tecido abaixo de seu
peito, deixando seus dedos acariciarem e provocarem o
mamilo. Eles estavam incrivelmente sensíveis agora, e ela
assobiou e gemeu baixinho. — Estou cansado de fazer amor
em silêncio, porque tenho medo de acordar o bebê —, ele
sussurrou.

Ela riu.

— Sei que vou me acostumar com isso, mas.... Não vou


pregar o olho nas primeiras noites.

— Não, você não vai. Mas não pelas razões que você
assume. — Ele se arrastou sobre seu corpo e ficou com os
lábios perto dos dela. — Agora, vamos ver quanto em silêncio
você pode vir com a minha língua em sua vagina. — Ele
desceu ao longo de seu corpo, mas quando ele deixou sua
língua passar sobre o mamilo e ela estremeceu, voltou-se
para a boca. — Amo você, Bailey. — Ele estudou seus olhos.

Ela estendeu a mão ao rosto e segurou-o suavemente


enquanto sorria.

— Também amo você.

Ela sorriu para ele, sonolenta enquanto descia ao longo


de seu corpo, e quando ele estava entre suas pernas, seus
músculos do estômago estavam apertados em antecipação.
Ele não a manteve esperando, e passou os dedos nela e
lambeu-a até que ela teve que colocar a palma da mão sobre
a boca para silenciar o som do seu orgasmo. Ele riu enquanto
seus lábios ainda tocavam sua pele trêmula molhada, e então
ele subiu por seu corpo.

Ela enrolou as pernas em volta de sua cintura, e ele


empurrou, sabendo exatamente onde precisava estar sem
sequer tocar. Afundou lentamente em seu corpo, e ela gemeu.
Balançou os quadris, e gentilmente penetrou e retirou até que
ser gentil era difícil. Mergulhou em seguida, acariciando
rapidamente dentro e fora de seu corpo, e esticou todos os
músculos do seu pescoço quando veio dentro dela. Ficar
quieto era praticamente impossível, e quando Cecily
choramingou em seu sono, ele apertou os lábios, e Bailey fez
uma careta.

Ele riu baixinho quando caiu ao lado dela e puxou-a em


seus braços.

— Para quem você estava escrevendo? — Ele murmurou


contra seus lábios.

— Jess. — Ela olhou para os olhos.

— E o que você estava dizendo à minha irmã? — Suas


sobrancelhas levantaram.

Ela não tinha nenhum problema de compartilhar o que


estava em seu diário com ele, e ele tinha visto tudo o que
havia para ver, mas isso não queria dizer que ele sentia a
necessidade de mergulhar em sua conversa de menina.
— Estava dizendo a ela que sou feliz. — Ela olhou para
ele.

— Estou feliz também.

Quando os sinos na porta tilintaram, Bailey olhou para


cima da prateleira que ela estava organizando livros.

— Hey, — ela chamou quando desceu a escada.

— Trouxe o almoço —, disse Darren enquanto ele


segurava a bolsa para cima. Trazia seu almoço na maioria
dos dias. Sua clínica era a apenas um curto passeio de cinco
minutos pela Main Street até a livraria, e isso significava que
eles eram capazes de almoçar juntos quase todos os dias da
semana.

— Um. Estou morrendo de fome. — Ela esfregou as mãos


avidamente quando ele sorriu para ela. Sentaram-se à mesa
de saída perto da porta da frente, e ele puxou sua comida da
bolsa quando ela deixou os olhos vaguear fora. — Oh, meu
Deus! O que eles estão fazendo? — Ela praticamente gritou
quando agarrou o braço de Darren.

A livraria era do outro lado da rua do parque da cidade,


um lugar que a mãe de Darren e a mãe de Michelle
frequentavam com as crianças. E com certeza...

— Isso deveria ser a Macarena? Ou... O Pop Pop da


Eliana? Por que eles insistem em se comportar dessa maneira
em público? — Ela comentou com Darren quando ele se virou
para olhar para fora da janela e começou a rir. Não que
houvesse alguma coisa de errado com jogos para crianças,
mas as avós tinham uma tendência em ficar tão emocionadas
tanto como Jesse, Abby Sue, e Jackson, e não havia limite
para a teatralidade que seriam inevitáveis.

Bailey apertou o botão do telefone e ligou para Michelle


na loja de móveis, e enquanto esperava que Michelle
atendesse, ela deu uma grande mordida no sanduíche.

— Fale comigo, cadela, — Shell respondeu secamente.

— Elas estão dançando no parque com as crianças de


novo.

— Glorioso Pete! Elas perderam suas velhas bolinhas —,


Michelle respondeu em voz alta quando Myrtle entrou pela
porta da frente. — Estou chamando Jason e dizendo-lhe para
prender seus velhos traseiros enrugad...

— Tudo bem, viva-voz, Shell. Estou desligando. —Bailey


a interrompeu enquanto ela desligava.

Myrtle riu enquanto resmungava em seu caminho através


da loja para a área de estar. Ela conhecia bem as palhaçadas
de Michelle. Myrtle não trabalhava mais na loja, mas não
queria dizer que ela não gostava de parar para uma visita em
uma base regular, e ela pegaria um livro, sentaria no sofá
confortável na área de estar por um tempo até que ela
estivesse pronta para seguir em frente.

— Bem, Darren. Bom ver você —, ela gritou para ele. —


Vejo que você veio flertar com sua esposa novamente.
— Eu vim, de fato. Como você está?

— Bem, eu sou velha você sabe —, ela comentou


sarcasticamente quando deu os ombros.

Darren riu, e bem naquele momento, Jillian entrou pela


porta com Jesse em sua mão e Cecily no carrinho. Jesse
estava chorando, e Darren rapidamente o ergueu em seus
braços.

— O que há com as lágrimas, companheiro?

— Tive problemas —, disse ele em uma voz vacilante.

— Uh-oh. O que aconteceu?

— Jackson me chamou de cabeça de coco —, ele


lamentou.

— Acho que é difícil acreditar que você ficou em apuros


porque Jackson chamou-lhe assim.

Jillian balançou a cabeça enquanto ela abafou o riso.

— Eu o chamei de estúpido primeiro. — Ele fez uma


careta enquanto falava.

— Humm... Bem, talvez você não o devesse ter chamado


assim.

— Bem.... Bem... — A voz de Jesse engatou enquanto


montava sua defesa.

Darren inclinou a cabeça enquanto observava Jesse com


simpatia.

— Eu sei. É uma coisa difícil ser uma pessoa pequena,


não é?
— Sim... — Agora Jesse fazendo beicinho.

— Você acha que você poderia talvez perdoar Jackson por


lhe dizer um nome?

— Sim.

— E talvez ele vá perdoar você por dizer-lhe um nome


também. Você acha?

— Sim.

— Bem, graças a Deus isso está resolvido —, Darren


comentou quando olhou para Bailey e piscou.

Ela pegou Cecily do carrinho de bebê, e quando ela se


aproximou de Darren, deu um tapinha nas costas de Jesse.

— Você não se esqueça de dizer a Jackson que está


arrependido da próxima vez que vê-lo. Você entende?

— Sim.

Bicou-o no rosto rapidamente, e, em seguida, ela sorriu


para ele quando se contorceu para fora dos braços de Darren
e para o chão. Ele desapareceu rapidamente na seção de
crianças pequenas da livraria, e Darren tomou Cecily de seus
braços.

— Mãe, eu posso me atrasar cerca de quinze ou vinte


minutos para pegar as crianças.

— Oh, com certeza. Isso não é problema.

Bailey olhou desconfiada com a testa franzida.

— Por quê? Nós estamos indo direto para lá, e tenho a


minha tarde de garotas as quatro hoje.
Ele sorriu.

— Vou deixar você em casa para começar o jantar.

Bem, agora não estava fazendo sentido algum. Começar o


jantar? Ela mal conseguia cozinhar o jantar, e nada do que
ela fazia precisava de vantagem, isso é certo.

— Bem, isso é bobagem. Nós nunca...

Ele a cortou quando seus lábios encontraram os dela, e


quando ele se afastou, segurou seus olhos nos dela,
silenciando-a sem dizer uma palavra.

Quando Jillian, as crianças, e Myrtle saíram dez minutos


depois, Darren estava limpando seus recipientes de almoço e
se preparando para sair também, mas ele recuou e esperou
que os outros saíssem.

— Importa-se em me dizer que refeição que eu estou


fazendo esta noite que precisa me deixar antes de ir buscar
as crianças? — Ela sorriu quando caminhou até ele.

Puxou-a em seus braços.

— Você? Cozinhar? Você vai esperar até eu chegar à


casa, e nós vamos fazer o jantar juntos.

Ele a beijou rapidamente antes que ela pudesse


questionar o sentido da sua decisão, e quando ele se virou
para ir embora, ela o seguiu.

— Darren? — Ela não podia acreditar. Inferno, estava


confusa demais.

Ele se virou lentamente de volta para ela com um sorriso


nos lábios.
— Vou levar você para casa primeiro para que eu possa
foder você em voz alta, sem as crianças ao redor e deixá-la
tão desorientada que você vai precisar dos trinta minutos que
vou demorar para pegar as crianças para se recuperar.
Satisfeita? — E então ele se virou e saiu.

Ela o viu passar pela janela da loja, sua pele ruborizou


quando ele passeou casualmente por ela, e então soltou um
suspiro quando afundou no banco da recepção, de costas
para a porta. Ela riu alto como uma idiota, e sua voz ecoou
pela loja vazia. Quando o telefone tocou, ela o pegou.

— Passe a Diante. Aqui é....

A batida súbita na janela atrás dela forçou um grito da


sua garganta que ela não poderia sufocar, e ela girou no
banco. Darren estava lá com seu telefone no ouvido. E
quando seus lábios se moveram, sua voz veio através do
telefone que Bailey segurava.

— Amo você. — Ele sorriu, piscou, e depois se afastou.

Clique.

Jess,

Deixe-me dizer uma palavra. Uma palavra muito


importante.

Paz
Eu a encontrei, e eu sei que você também.

Até nos vermos outra vez minha amiga inesquecível,

Bailey
Elizabeth Finn é autora de romances contemporâneos. Sua
paixão é a criação de histórias cheias de conflitos, com
personagens críveis que deixam você torcendo por eles, e
romances que só podem dar curto circuito no seu e-reader. Ela
gosta que seus personagens falhem, mas eles sempre
encontram a melhor parte de si mesmos em sua jornada. E os
seus leitores são dedicados à sua voz honesta e sincera.

http://elizabethfinnfiction.com/

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