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Conteúdo

Sinopse

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Primeiro Epílogo

Segundo Epílogo

Sobre o autor

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Taking Tessa
Aria Cole

Tradução e revisão: Roze Are


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Sinopse:
Cage West passou toda a sua vida à espera de uma mulher para
conquistar o seu coração. Como um detetive local, ele passa suas horas
prendendo criminosos e nada mais. Quando uma dica chega ao escritório
sobre um possível sequestro, Cage está preparado para fazer seu trabalho
como sempre, até que ele coloca os olhos na doce e inocente Tessa.

Tessa Talbot passou a vida inteira em uma torre alta, seu padrasto a
mantinha sob sua proteção, convencido de que ela sucumbiria a todos os
pecados que o mundo tem para oferecer. Ele fez com que ela se tornasse
muito ingênua e depois de anos estudando em casa, ela ficou chocada ao
saber que sua vida poderia ser diferente.

Até que um desconhecido alto, escuro, diabólico e bonito bate em sua


porta. Com medo de deixá-lo entrar, ainda mais medo de afastá-lo, Tessa
toma a decisão de sua vida e decide confiar no homem que ela acaba de
conhecer e deixar para trás o único mundo que ela conhecia. Ela está
rezando para que o passado não volte para assombrá-la, ele está apenas
rezando para poder salvá-la quando isso acontecer.

Aviso: Cage é um macho alfa áspero e forte, com uma lealdade feroz a
mulher que ama. Esta história é um passeio selvagem, sinuoso e revestido
em doçura açucarada. Aria Cole regada com uma deliciosa dose de sexo.
Aconchegue e deixe-se levar por Cage enquanto ele está se apaixonando
por Tessa!

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Tessa
Passaram-se dois anos desde que senti a luz do sol na minha pele.

Esse foi o primeiro pensamento em minha mente enquanto eu sentia


o primeiro ar do outono. Meus olhos fechados, lágrimas queimando nos
cantos quando eu tomei outro fôlego e estiquei meus braços.

O vento suave beijou minhas bochechas e balançou meu cabelo.

Eu não sabia o quanto eu sentiria falta de uma brisa fresca no meu


rosto. Sentia como um doce beijo apenas acariciando minha pele.

Meus olhos se abriram, piscando até o beiral da casa velha e


tenebrosa, que eu tenho chamado de lar por mais de dezesseis anos.
Tornou-se minha cela da prisão, uma vez que uma casa cheia de sol e
risos tinha ficado escura, depois que a tristeza se infiltrou através das
rachaduras.

Tracei com meus dedos a madeira resistente do convés, os olhos


observando a linha superior da cerca, uma cerca que costumava brilhar
com orgulho e belas flores saudando os transeuntes, as cores eram
vibrantes e cheias de beleza, assim como minha vida foi. Lembro-me de
momentos de pura alegria e risos sem adulteração ecoando ao redor
dessas paredes. Mas agora tudo o que sei são paredes e fechaduras, as
paredes agora nuas e as risadas internas se transformaram num silêncio
ensurdecedor, atado de amargura e tristeza.

Eu morava em uma cidade quieta, pitoresca, nas colinas do norte de


Idaho, e eu não tinha visto nenhuma mudança nela, que eu pudesse me
lembrar.

Meu pai me manteve aqui, depois que ela foi levada.

Foi assim que ele insistiu que nos referíssemos à perda de minha mãe
- quando ela foi levada. O único homem que já havia agido como meu pai,
tinha se perdido uma vez que ela tinha ido embora. Eles sempre foram

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um casal selvagem, bebendo e fumando muito, festas tardias e estranhos
de ressacas dormindo em torno da casa, de manhã. Eu nunca disse que
eram bons pais, mas eles me amavam e eu sabia que, mesmo com todas
as suas falhas, eu era a alegria em seus corações. Minhas opções eram
limitadas e meu mundo era pequeno, e de alguma forma, depois que
mamãe morreu ninguém nunca pensou em me perguntar onde eu achava
que seria melhor para viver. Eu sabia que não podia ficar na casa de
Bakker, onde eu podia vê-lo apodrecer de dentro para fora, mas eu não
tinha nada diferente e não tinha voz para pedir. Mesmo que tivessem me
perguntado, eu não tinha certeza do que teria dito. Esse homem sempre
foi bom para mim, quando minha mãe estava por perto. Eu me lembro de
que até mesmo quando ele estava muito bêbado, ele me protegia e se
certificava de que eu estava alimentada e limpa. Nunca imaginei que, com
a minha mãe indo embora, ele mudaria e se tornaria o que era agora.

Meu padrasto, Tom, começou a insistir que eu o chamasse de pai,


convencendo-se de que Deus queria isso. Ele frequentava a igreja cinco
noites por semana e me arrastava junto nos primeiros anos, até que,
como todas as meninas, comecei a florescer em uma jovem e, como todas
as moças, comecei a chamar a atenção de outros rapazes. Foi quando
Tom começou a me trancar para me manter segura. Para ter certeza de
que eu não seria levada como minha mãe.

Tom começou um rigoroso currículo de educação escolar em casa,


junto com longos sermões que apenas acrescentava medo a uma menina
já assustada e confusa, que não tinha a orientação de sua mãe. Quando ele
não estava trabalhando e eu não estava estudando, ficávamos colados à
TV, os eventos atuais do dia tocando em um laço infinito. Terrorismo,
doenças, desastres naturais, ameaças nucleares, veneno na água, no ar e
no nosso alimento.

Tom estava convencido de que todos estavam sendo punidos e, para


me proteger, ele me trancava.

Eu sorri quando senti a menor gota de chuva no meu nariz, trazendo-


me de volta ao momento. Eu tinha planejado um piquenique para nós
aqui. A chuva arruinaria isso, mas fazia tanto tempo que não sentia
aquele respingo fresco na minha pele. Enxuguei outra pequena gota

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beijando minha bochecha, depois me virei e voltei para a casa, deixando a
porta da cozinha aberta, pingos de chuva dançando pela entrada e os
insetos pairando para entrar.

Coloquei uma concha no molho de espaguete caseiro no fogão, uma


das receitas favoritas da família do pai, e testei-a. Os sabores dançaram
em minha língua e passou uma sensação de calor e familiaridade em
minha alma. Era perfeito, e eu imaginava o elogio brilhante que Tom iria
me fazer quando ele provasse. Esperançosamente, superaria minha
expectativa.

Eu sabia que era um risco, mas eu estava pensando em enfrenta-lo


com um argumento muito sólido sobre por que deveria me ser permitido
sair de casa, pelo menos algumas tardes por semana. Inferno, eu faria as
compras semanais de supermercado, se ele me deixasse. Eu apreciava o
pensamento de conversas humanas reais, de contato com o funcionário
da caixa, conversar sobre o tempo com o mercador, discutir os preços do
gás com um atendente de posto de gasolina - qualquer coisa.

Eu mexi o molho com um movimento lento. Dois aquecedores


desbotados que eu havia escavado em um armário, na esperança de
tornar as coisas um pouco mais festivas, copos suados de água gelada e os
únicos dois pratos correspondentes em toda a cozinha - Tom tinha o
hábito de quebrar vidro quando ele estava nervoso. Nunca significava
raiva - simplesmente um momento de fraqueza. Suas emoções estavam
em conflito, Tom nunca se importou em controlar sua raiva. Era como se
ele não pudesse raciocinar quando se tratava de ficar calmo e sob
controle. Com Tom, sempre havia uma tempestade na profundidade de
seus olhos, e até mesmo eu, como uma menina, sabia que deveria me
manter longe para não ficar presas no furacão, que ele poderia
desencadear. Olhei para o relógio quando entrei na casa, observando que
ele estaria em casa a qualquer momento.

Eu despejei o molho sobre o espaguete e coloquei-o na mesa de


piquenique antes de correr de volta para pegar a bruschetta e salada que
tinha feito para a nossa refeição. Eu passei muito tempo assistindo
programas de culinária quando não estava estudando ou aprendendo
sobre o estado atual muito triste do nosso mundo. Tom me permitiu

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assistir a duas coisas: as notícias e shows de culinária. O homem gostava
de comer.

Mordendo o meu lábio inferior, eu finalmente sentei em uma cadeira


lá fora. Observando a bainha desgastada do meu vestido fino, sorri
enquanto pensava que talvez pudesse até comprar mais uma ou duas
peças de roupa. Eu implorei a Tom, antes de eu ter completado dezesseis
anos, para me deixar ter um emprego, uma maneira de trazer dinheiro
extra para a nossa casa, porque ainda lutávamos com seus magros
salários de fábrica, mas ele se recusou.

Ele não acreditava que as mulheres deveriam trabalhar fora. Ele


alegou que o próprio problema com a nossa sociedade eram as mulheres
que saíam da cozinha e entravam no local de trabalho, competindo com
os homens, confundindo papéis de gênero. As crianças precisavam de
uma mãe em casa para educá-las bem, ensiná-las valores e manter as
casas arrumadas. Mulheres trabalhando significavam crianças criadas
por estranhos ou, pior ainda, sozinhas. Na mente de meu pai, todos os
males do mundo poderiam ser evitados.

Eu suspirei, passando a ponta do meu dedo sobre as flores de algodão


rosa suave que decorava meu vestido. Tom nem sequer era meu pai, mas
depois da morte de minha mãe era isso que ele queria. Percebi que,
tecnicamente, ele não tinha nenhuma responsabilidade sobre mim, e,
uma vez que eu tinha dezenove anos, já era adulta e realmente poderia
sair sempre que eu quisesse.

Mas eu sabia que isso nuca iria acontecer. Isso traria dor de cabeça e
ruína completa sobre meus ombros. Tom Westlake me faria aprender
minha lição da maneira mais difícil. Com os empregos sendo poucos e
distantes, muitas pessoas desempregadas, sem-teto e viciadas em drogas,
eu sabia muito bem que poderia facilmente me tornar uma estatística,
pois eu não tinha outra família para me ajudar. Sem amigos para contar,
nenhuma experiência do mundo real para me ajudar. Eu era uma mulher
jovem e esperta. Eu só não sabia muito o caminho da independência. Mas
eu estava a salvo aqui, e ficar segura e escondida em um ambiente
reconfortante era importante, não era? Não havia pessoas em todo o
mundo que desejavam isso mesmo?

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Então, por que eu estava me sentindo tão ansiosa nos últimos meses?
A ideia de me aventurar consumia minha mente até que me senti como se
eu pudesse morder minha própria língua, para sufocar as palavras que
saiam da minha boca. Meu estômago enrolado com nervos, enquanto
esperava pacientemente.

Não demorou muito para ouvir os passos altos através dos corredores
estreitos da casa, para quase parar o meu coração.

Era isso.

Ou eu era corajosa ou eu era estúpida.

Tudo o que eu sabia com certeza, era que eu tinha que tentar.

- Tessa! - Sua voz grossa atravessou a cozinha.

- Aqui fora! - Eu respondi docemente quanto pude. Eu aprendi há


muito tempo como aliviar o humor do meu pai, e doçura sempre ajudou.
Sua crença de que as mulheres deveriam ser doces e ingênuas,
juntamente com a minha capacidade de agrada-lo sempre me ajudou.

Sem uma única palavra, meu pai pisou no convés, seu rosto beterraba
vermelho e inchado, suas narinas tremendo enquanto seus olhos me
encaravam através do espaço entre nós.

- O que você está fazendo? - Seu antebraço largo caiu sobre a pequena
mesa derrubando a comida e voando os pratos. Meu coração acelerou e o
meus joelhos ficaram trêmulos, lágrimas instantaneamente queimaram
minhas pálpebras.

Eu fui estúpida. Muito estúpida.

- Eu esperava que pudéssemos ter uma refeição aqui fora, já faz tanto
tempo... - Eu não consegui terminar minha frase enquanto os dedos de
sua mão empurraram meu cabelo e me puxaram do meu assento.

Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Elas sempre vinham quando


sentimentos de frustração tomavam conta de mim, e eu desejava, com
toda a minha alma, estar em outro lugar. Escondida em um canto, livre,
seguro e longe, longe daqui. - Eu sinto muito.

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- Por que é que, apesar de todas as lições que lhe dei, você ainda toma
as decisões erradas? - Sua respiração permanentemente pesada lavou
meu rosto.

Engoli em seco, só pensava em repetir em meu cérebro. - Eu só queria


sentir o sol.

- Sente-se perto de uma janela. - meu pai rosnou, então, pegou meu
queixo em sua outra mão, forçando meu olhar sobre o dele. Seus olhos
estranhamente escuros atravessaram meu rosto como se ele estivesse
deixando um caminho de cicatrizes irregulares em toda a minha pele. -
Quanto mais trela eu te dou, mais você toma conta. Se eu deixá-la ir para
fora deste grande mundo ruim, quantas decisões ruins você acha que vai
tomar? Porque eu sei. - Ele parou, fervendo. - Todos eles, você não está
pronta para este mundo, Tessa, e eu não serei responsável pelo seu
fracasso, o único lugar da mulher está em casa, apoiando a família
enquanto o homem cuida das coisas difíceis.

- Mas nós... não há... - Eu parei, encolhendo as minhas palavras. - Nós


não temos uma família.

O rosto do pai se retorceu, uma mistura de choque e raiva alargando


os olhos antes que seu polegar gordo traçasse a linha do meu lábio
superior. - Eu estava pensando que poderíamos mudar isso, agora que
você está um pouco mais velha.

Meu estômago caiu. Ele nunca... ele não... Ele não esperava que eu...?

- O-o quê? - Nunca, nunca ele tinha posto uma mão em mim. Eu não
poderia dar a ele essa chance. Eu o mataria em seu sono antes de deixá-lo
colocar uma mão em mim.

- Não se preocupe com isso agora, preciosa. - Sua mão vagou em meu
cabelo, e o toque me enjoou, senti meu corpo se revoltar, e todos os
pensamentos de fome se evaporaram no ar. Ele me puxou para dentro da
casa pelo meu cabelo, meu couro cabeludo queimando da pressão de seu
aperto. - Agora, quantos dias em isolamento você acha que este pequeno
truque merece?

- M-mas-

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- Deus, menina preciosa. - Ele puxou minha cabeça para seu peito. Ele
cheirava a gasolina e suor, e fazia meu estômago revirar. - O mundo
exterior está cheio de pecado, tudo em você é puro. Que tipo de pai eu
seria se eu deixasse você se expor a isso?

Minha cabeça estava escondida contra o tecido escuro de sua camisa,


minhas lágrimas encharcando as finas fibras. Que tipo de pai insinuava
tocar sua filha da maneira que este homem fez comigo? Ele não era meu
pai. Ele era meu capataz.

- Três dias, desta vez. - Ele puxou meu rosto e afrouxou seu aperto em
meu cabelo. Eu suspirei, as pontas dos meus dedos apertando a carne
macia e ferida em meu couro cabeludo. - Fora da limpeza e da cozinha,
você não tem permissão para sair do seu quarto.

Mais lágrimas encheram minha garganta e lutaram pela libertação. Eu


assenti, com os olhos baixos, antes de deixar cair as mãos e me virar para
sair.

- Tessa? - Meu nome nos lábios dele me fez querer gritar. - Me enche
outra tigela do espaguete antes de subir.

Meus olhos fitaram os seus triunfantes antes de virar a cabeça,


sabendo que isso significava que eu iria ficar sem meu próprio jantar esta
noite. Não querendo deixá-lo ver minha raiva avermelhando minhas
bochechas, eu respondi: - Sim, pai.

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2
Cage
Empurrei através das portas do despacho local, uma xícara de café
quente em cada mão.

- Alice, trouxe um pouco de combustível. - Eu coloquei o copo


descartável em sua mesa, seus olhos pegando os meus e parecendo
cansados. Ela pegou o copo em suas mãos, fechando os olhos enquanto
tomava o primeiro gole.

- Céu. Obrigado, Cage. Você não precisava fazer isso, Jimmy nunca me
traz uma coisa.

- Ele tem muita coisa o preocupando. - Jimmy, o secundário que eu


estava cobrindo esta noite, tinha uma viciada como mãe de seus filhos, e
quando ele não estava correndo para a creche, para pegar seus filhos
porque ela tinha esquecido, ele estava correndo por toda a cidade à
procura dela. Eu estava aqui aliviando-o, hoje à noite, por essa mesma
razão.

- Eu sei, eu gostaria que ele deixasse isso para sempre.

- Difícil quando há pequenas pessoas envolvidas.

- Ela fora de suas vidas seria a melhor coisa para eles.

Eu assenti, deixando suas palavras penduradas no ar entre nós.


Sentando no assento em frente a ela, eu puxei o fone de ouvido que
estava ligado ao botão no telefone. - Está ocupado esta noite?

- Lento como uma lesma, é por isso que eu estou tão cansada, não há
nenhuma ação hoje à noite.

- Nenhuma notícia é tão boa, eu acho. - Meus olhos se moveram para o


relógio na parede. Mais duas horas antes do turno. - Talvez você possa ir
embora cedo, eu posso lidar com as coisas aqui.

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- Awww, agora você está tentando ganhar meu coração. - Alice piscou.
- Mas eu preciso de todas as horas extras que posso conseguir, então,
minha bunda estará colada a este assento até oito horas. - O alerta agudo
de uma chamada veio então, e Alice respondeu atentamente. - 911, qual é
a sua emergência?

Eu escutei enquanto bebia meu café, ouvindo seu zumbido algumas


vezes antes que ela respondesse. – Então, você acha que alguém está
mantendo uma menina cativa na casa do seu vizinho?

Meus ouvidos se animaram instantaneamente.

- Em que endereço? - Alice continuou. - 784 Bakker Lane?

Minha visão escureceu. Teria ela dito 784 Bakker Lane? Eu tinha
ouvido mal?

Levantei-me imediatamente, fui para perto da mesa, inclinando-me


sobre seu ombro para verificar o mapa, que foi marcando no telefonema
enquanto ela falava.

Meus músculos se aglomeraram em fúria.

784 Bakker Lane.

Era ele.

Ele tinha levado alguém? Como eu tinha perdido isso? Eu estava


mantendo os olhos nesse endereço há anos, exatamente como eu fiz com
os predadores registrados que viviam nesta pequena área, mas essa... 784
Bakker, era especial. Esse pedaço de merda estava no meu radar e eu
estava esperando o dia para derrubá-lo pelo que ele tinha feito. Tinha se
libertado, então, mas jurei que o faria pagar pelo que tinha feito.

A dor dilacerava meu peito quando eu pensei em seu rosto gordo.


Pode ter sido há muito tempo, mas eu não podia esquecer o olhar de dor
destruindo as belas características da minha mãe quando ele tinha sido
preso, ido para julgamento, entrevistas estampavam toda a notícia. Eu
não compreendia completamente a dor da minha mãe então, mas eu, com
certeza, sabia do inferno que ela estava atravessando, e esse cara era

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pura maldade e um covarde. Ele atacava os fracos, porque não era um
homem de verdade, mas uma doninha viscosa.

- Alguém irá verificá-la.

- Vou verificar. - Deixei meu café esfriando e Alice espantada


enquanto andei para fora da porta que eu tinha vindo, indo com o meu
carro para a Bakker Lane.

Eu estava esperando não encontrar o que o vizinho tinha descrito ao


telefone. A ideia fez minha pele arrepiar e a raiva aumentar. Eu era muito
jovem para detê-lo naquela época, mas com certeza não era agora.

Talvez fosse um primo, uma sobrinha que estava visitando, algo


perfeitamente normal.

Mas meu instinto me disse que as chances eram de que não era
normal. E se era algo repugnante e sinistro como eu esperava, eu
precisava tirar aquela garota de lá. Eu tinha que salvá-la, não podia deixá-
la ser outra estatística, porque algum idiota envolvido achou a situação
normal.

Empurrei o pé no pedal, meu F-250 preto rugindo pela estrada. Não


entendia o incômodo do sinal vermelho piscando no semáforo. Esta
cidade estava tão vazia que não havia outro carro para perturbar. Com
meu coração batendo contra minha caixa toráxica, eu passei ao redor da
esquina de Bakker Lane, então, parei em frente a casa.

Laranja e cor-de-rosa estriando o céu e iluminando acima de todos os


cantos da casa velha. As telhas estavam espalhadas no quintal da frente
de uma das últimas tempestades que tínhamos tido, mofo rastejou até os
beirais escuros, uma cerca quebrada coberta com roseiras.

- Jesus Cristo. - eu murmurei enquanto desliguei o motor e abaixei a


janela, preparando-me para me esconder neste lugar até que eu soubesse
com o que eu poderia estar lidando. As probabilidades não pareciam
boas. A casa não era a mais bonita da rua - nosso canto do norte de Idaho
tinha sido afetado pela depressão na economia - mas este lugar parecia
ser de alguém que tentava manter as pessoas para fora, por uma razão.
Um aviso Cuidado com o Cão não podia tornar a mensagem mais clara.

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Meus olhos passaram pelas janelas da casa. Algumas delas estavam
cobertas por folhas de madeira compensada, outras com cortinas pesadas
que obscureciam minha visão, um pedaço de néon de uma tela piscando,
que eu presumi ser a sala de estar, era o único sinal de vida. Eu lambi
meus lábios, pensando que talvez devesse ir conversar com os vizinhos e
perguntar-lhes exatamente o que eles tinham visto, então, eu vi a luz
fraca da sala de estar piscar.

Eu assisti silenciosamente quando a porta da frente se abriu e um


velho gordo desceu os degraus da frente, os olhos correndo pelo bairro e
depois para uma janela do segundo andar. Um dos com tábuas.

Porra, ele não parecia que tinha algo que valia a pena esconder
naquele buraco de merda.

Observei enquanto ele subia para o Cadillac enferrujado parado na


entrada, o carro velho disparando para a vida antes dele recuar o
caminho e sair pela rua.

Merda, era isso. Aja, não pense. Se ela está lá ferida, esta é a sua
chance de tirá-la.

Eu saí do meu caminhão, atravessando a rua e subindo os degraus da


casa de dois em dois. Dei duas batidas fortes na porta da frente,
aguardando um tempo antes que pudesse bater e averiguar a casa. Eu
não esperava que alguém respondesse. Esperava ter que fazer o meu
próprio reconhecimento.

Descansei a palma da mão na maçaneta enquanto o metal frio girou e


a porta se abriu.

Nenhuma única palavra foi dita, apenas um par de grandes olhos


verde-cristalinos olhou para mim. Minha boca ficou seca quando percebi
o que eu estava enfrentando.

- Senhora, você está ferida? - Os olhos da desconhecida se


arregalaram por um momento antes de morder o lábio inferior. Tão
duramente que os incisivos dianteiros perfuram a carne dos lábios. -
Posso entrar?

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Seus olhos se estreitaram por um momento, e eu me lembrei de que
ela provavelmente gostaria de alguma identificação. Puxei meu distintivo,
que eu mantinha dobrado no meu jeans de trabalho, para momentos
como este. O ouro brilhou na penumbra, e seus olhos pareciam relaxar
ligeiramente.

- Eu não sei se deveria deixar você entrar. - A primeira frase que ela
disse, era como uma canção de sereia para os meus ouvidos. Quem era
essa garota?

- Bem, só o fato de que você não sabe se deveria me deixar entrar,


significa que provavelmente deveria me deixar entrar.

- Isso não faz muito sentido. - Seus olhos brilharam com alguma
emoção não expressa.

- Eu trabalho com o departamento de polícia local. – Coloquei a ponta


da minha bota na pequena fenda que ela mantinha aberta. Eu não queria
empurrá-la, mas eu precisava de confirmação de sua segurança antes de
dar a volta para fora dali.

- Ele voltará a qualquer hora. - O pedaço de porta se abriu mais rápido


quando meu coração morreu lentamente em meu peito.

- Quem é ele, querida? - Coloquei uma mão espalhada sobre a madeira


dos painéis, empurrando suavemente.

- Meu pai, padrasto - corrigiu ela, puxando a porta pelo resto do


caminho.

A vista era como um soco para minha garganta.

Ela era muito mais jovem do que eu pensava. Meus olhos se


arrastaram pelo seu corpo. Um vestido velho usado pendia muito grande
em seus ombros, seus olhos afundados e pele pálida por falta de luz solar.

Porra, isso era ruim.

- Seu padrasto está mantendo você aqui? - Eu me esforcei para


entender as circunstâncias.

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Ela assentiu com a cabeça, seus olhos se lançando pelo chão e
pousando em seus pés. Seus punhos se retorceram nervosamente, e por
instinto eu os cobri com a palma da mão. Sua inquietação parou
instantaneamente.

- Eu quero ajudar você. - Eu peguei seu queixo com meu polegar e


forcei seus olhos de esmeralda para os meus. - Estou preparado para tirá-
la daqui agora, querida, diga sim ou não. Seu padrasto te machucou?

Ela sugou um lábio entre os dentes e as lágrimas brotaram em seus


olhos. Seu rosto se contorceu quando cruzou os braços sobre o corpo e
sacudiu a cabeça para frente e para trás, as lágrimas finalmente caindo
em rios em suas bochechas. - Eu não quero mais ficar aqui.

- Jesus, isso é tudo que eu preciso ouvir. - Eu a tomei em meus braços


e girei sobre os meus calcanhares, andando em linha reta, descendo os
degraus e através da rua. Esta menina precisava de proteção e aquele
idiota precisava queimar no inferno pelo que ele tinha feito para ela. Eu
planejava cuidar de ambos.

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3
Tessa
Eu sorri em meu sono com o cheiro de panquecas e toucinho
enrolado. Isto deve ser o céu ou um sonho muito vívido. Ninguém nunca
me tinha feito café da manhã antes, então, certamente não era realidade.

Eu bocejei, apertando meus olhos, então, estiquei meus braços acima


da minha cabeça e rolei para cima do travesseiro fofo.

O travesseiro macio.

Panquecas.

Panquecas?

Meus olhos se abriram e um grito quase rasgou meus pulmões


enquanto meu olhar examinava o ambiente desconhecido, a realidade da
noite passada caiu sobre mim.

Eu tinha sido levada.

Meu coração estremeceu como uma borboleta no meu peito. Eu


pensei sobre o que fazer a seguir. A noite tinha acontecido em tal borrão -
um minuto meu padrasto estava me arrastando da porta pelo meu cabelo,
no seguinte ele foi embora e um policial, não muito mais velho que eu,
estava batendo na porta.

Eu tinha ouvido o pai sair, o inconfundível barulho de seu cano de


descarga, alertando o bairro inteiro para suas idas e vindas. Eu tinha
descido as escadas com a esperança de encontrar um pouco de espaguete
para encher meu estômago quando as duas batidas fortes romperam o
silêncio de minha prisão.

Pensei por um minuto sobre o que fazer. Meu pai me instruiu mil
vezes para nunca abrir a porta, mas nunca tínhamos ouvido uma batida.
Então, eu nunca tinha sido confrontada com a opção. Antes que o
desconhecido pudesse sair, eu tinha deixado o quarto e aberto a porta.

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Quando os claros olhos azuis do policial caíram sobre os meus, eu
sabia que estava a salvo. Com a calma que se apossou de mim
experimentei a liberdade, vi-a brilhar em seu olhar, e o único pensamento
que correu pela minha cabeça foi, esta é a minha chance, a minha
oportunidade.

Era isso.

Então, eu tinha pegado. Quase caí no chão em completo alívio antes


que ele me pegasse em seus braços maciços e me levasse para fora do
meu isolamento e para a luz. Eu tremia quando ele fechou o cinto de
segurança ao redor da minha cintura. Lágrimas escorriam pelas
bochechas em torrentes incontroláveis quando ele me disse que me
levaria ao hospital para ser examinada.

Fizeram-me perguntas embaraçosas. O policial se apiedara quando eu


implorara que ele me levasse a qualquer lugar, exceto lá, e por fim se
arrependeu de me levar de volta para sua casa. Ele tinha prometido que
falaríamos sobre isso mais na parte da manhã, disse que eu precisaria
fornecer uma declaração, murmurou algo sobre outras meninas.

Meu cérebro tinha ficado estagnado naquela manhã. Ele me sentou e


me deu um sanduíche de presunto e queijo para acalmar os sons do meu
estômago. Seus olhos pareciam assombrados e ele parecia genuinamente
interessado em meu bem-estar. Ele não tirara os olhos de mim. A única
vez que ele fez, foi quando ele me mostrou onde tomar banho e me
permitiu privacidade. Com meu estômago cheio e o calor da água quente
caindo contra minha pele, eu estava começando a me sentir inteira de
novo. Depois do banho, eu vesti as únicas coisas que o policial tinha me
oferecido, uma camiseta branca lisa e um par de calções boxer para
dormir. Eu tinha usado a roupa fresca, cheiro de bom gosto, antes de cair
na cama em seu quarto de hóspedes, dormindo com meus demônios.

E, agora, eu estava aqui, nadando em suas roupas, o cheiro de


panquecas atraindo-me para fora da cama.

Caminhei pelo corredor para o banheiro primeiro, limpando-me antes


de parar para avaliar o meu rosto no espelho. Longas e escuras ondas
caíam frouxamente sobre meu ombro, os fios mais lustrosos e mais

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sedosos do que jamais tinham sido com o xampu que eu usara na noite
passada. As pontas dos dedos rastreavam os círculos escuros ainda
obscurecendo meus olhos, o resto da minha pele uma sombra pálida e
fantasmagórica. Minha clavícula saía da camiseta, minhas pernas dos
boxers.

Eu suspirei, pensando que eu parecia que estava trancada em um


armário durante toda a minha vida, depois desisti e deixei a sala,
dirigindo-me para a escada acolchoada. Lembrei-me vagamente de ter
sido carregada ontem à noite, até chegar ao primeiro andar. Meus pés
caíram sobre uma madeira lustrosa e polida. Os corredores da casa eram
extra-grande, os móveis e aparas elegantes, com estilo moderno. Eu me
senti como Dorothy na Zona Crepúsculo, eu não poderia estar mais fora
do lugar em uma casa como esta.

Olhei para os meus pés descalços e para a porta da frente, que dava
para a rua. Eu poderia correr, se eu quisesse evitar perguntas, viagens de
hospital e relatórios oficiais. Eu provavelmente deveria, mas algo me
disse que seria a pior decisão. Eu não tinha roupa, nem um par de sapatos
nos meus pés. Eu precisava de ajuda. Se eu fosse fazer isso sozinha neste
mundo grande e ruim, eu precisaria de apoio de pessoas generosas. Eu
não poderia ser muito ingênua ou teimosa demais para afastar isso.

Eu puxei uma respiração forte e continuei pelo corredor, seguindo o


cheiro de panquecas no ar. Virando a esquina, finalmente vi o meu
salvador.

O policial que tinha chegado à minha porta ontem à noite, aquele que
tinha me levado para sua casa e estava fazendo o café da manhã, estava
de pé em frente o balcão, as costas viradas para mim enquanto ele jogava
panquecas em um prato.

Abri a boca, mas não saíam palavras. - Uhm ...

Sua cabeça girou ao redor, seus olhos azuis oceânicos parando


qualquer outra palavra de se formar. - Bom dia.

Eu apenas acenei com a cabeça, meus olhos cravados antes de gordas


lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas.

20
- Oh, venha aqui, sinto muito, não sei o que fiz, mas sinto muito. -
Atravessou a cozinha e me puxou para seus braços.

- É só... - Eu enxuguei as lágrimas. - Ninguém nunca me fez tomar café


da manhã antes.

- O que? - Fez uma pausa. - Mesmo? - Ele enxugou as lágrimas com as


pontas de seus polegares e me forçou a olhar para ele. Eu assenti,
envergonhada, de quê eu não tinha certeza. - Bem, acostume-se, gosto de
cuidar das pessoas.

Suas palavras me congelaram. Eu nunca conheci ninguém como ele,


eu só conhecia pessoas egoístas, mas agora que ele disse dessa maneira...
Eu acho que eu gostava de cuidar das pessoas, também. Talvez eu tenha
algo em comum com meu belo estranho. - Me desculpe, eu não acho que
me lembro do seu nome. Na noite passada pareceu ... - Eu empurrei uma
mão pelo meu cabelo, procurando as palavras.

- O fim de um pesadelo? - ele ofereceu tristemente.

- Sim. - eu falei. - Algo parecido.

- Meu nome é Cage. Cage West, oficialmente.

Seu nome encaixava. Seus ombros largos, sua postura longa e sua
mandíbula cinzelada lhe davam um olhar de fora da lei. Eu gostei. Eu
gostei dele. - Eu sou Tessa Talbot.

- Eu sei. - ele disse quando eu lhe dei um olhar estranho. - Você me


disse ontem à noite, depois que você adormeceu, eu pesquisei seu nome
através do sistema. Está limpo. Você não é uma pessoa desaparecida?

- Não. - Eu balancei a cabeça, chocada. - Eu acho que poderia ver por


que você pensaria isso, mas Tom é meu padrasto. Minha mãe faleceu há
muito tempo e não havia mais ninguém para cuidar de mim.

Cage se virou e colocou duas travessas brancas empilhadas com


panquecas a mesa da cozinha. Ele serviu copos de água e suco de laranja
para acompanhá-los antes de gesticular. Eu sentei, esfaqueando um canto
de uma panqueca, mas meu estômago estava agitado demais para digerir

21
qualquer coisa, então, em vez disso eu disse: - Você vai me levar para o
hospital?

- Não. - Ele empurrou uma mordida em sua boca e mastigou. - Você


disse que não estava ferida.

- Eu não estou. - As borboletas no meu estômago acalmaram o


suficiente para uma pequena mordida. Eu mastigava e saboreava os bolos
de manteiga perfeitamente dourados. - Você vai me levar para o
departamento de polícia?

- Eu deveria. Você foi mantida contra a sua vontade por anos. Você era
uma criança e ele lhe trancou por anos. Deus, quem sabe o que aquele
pedaço de lixo poderia ter feito para você. Você precisa relatar a situação
e eu preciso ter certeza de que você está bem e que ele não vai machucá-
la. - Seus olhos voltam para os meus, depois de volta para seu prato.

- Eu não acho que você precisa.

- E por que isso? - Ele fez uma pausa, uma sobrancelha escura
arqueando em questão.

- Não houve nenhum crime cometido. É apenas um desperdício de


tempo e recursos.

Cage deu outra mordida, enquanto analisava minhas palavras. Tive a


sensação de que ele era um homem de poucas palavras, mas quando ele
falava, as pessoas ouviam. – Foi cometido um crime. Se nada mais, a
negligência de uma criança, no mínimo. Mas vou ouvi-la. Eu prometo não
fazer nada até eu checar toda a história. Eu preciso saber um pouco mais
antes de tomar essa decisão.

Fiz uma pausa, de repente sentindo como se estivéssemos em algum


tipo de tête-à-tête que só estava torcendo minha barriga. - Você sabe, eu
tenho dezenove anos, eu poderia simplesmente sair daqui e nunca voltar
atrás.

- Mas você não vai. - Cage fica de pé, seu corpo maciço agora pairando
sobre o pequeno espaço. Não tinha percebido antes quão grande ele
realmente era, seus bíceps forçando o tecido de algodão de sua camisa,
calça jeans abraçando sua cintura perfeitamente. Fiquei imaginando o

22
que minhas mãos em seu corpo iriam sentir. Eu nunca tinha tocado um
homem, nem cheguei a ser atraída para personalidades da TV, mas este
homem produziu sentimentos dentro de mim, que nunca tinha sentido
antes.

- Como você sabe o que eu vou ou não vou fazer?

- Porque você está segura aqui. - Ele inclinou meu queixo para cima
para encontrar seus olhos, e de repente o seu toque foi ficando algo
completamente diferente. - E nós dois sabemos o que significa tudo. - Ele
estava certo, eu me sentia segura com ele ao redor, e me sentia como uma
mulher pela primeira vez na história. - Lavei seu vestido, na noite
passada. Quando terminar de comer, apronte-se, vou levá-la as compras,
obter-lhe algumas coisas que te sirvam.

Ele manuseou o algodão do meu decote e causou arrepios em cascata


na minha corrente sanguínea.

- Você lavou meu vestido?

Cage assentiu antes de se virar e limpar a bagunça que ele tinha feito
na cozinha. - Falaremos mais tarde, mas eu não suporto ver você em
trapos mais. Você fica bonita na minha camiseta, mas tenho a sensação de
que você não quer cheirar a mim o tempo todo.

Ele estava errado. Uma parte muito grande, de mim queria isso. Ele
me salvou de uma vida de horrores naquela casa, e agora ele estava aqui,
cuidando de mim. Como eu poderia totalmente não aceitar dele? Lembro-
me de minha mãe lendo-me histórias quando menina sobre princesas
trancadas em uma torre e príncipes que vêm para resgatá-las. Eu nunca
pensei que alguém viria por mim, mas aqui estava este homem, este
homem bonito e amável, e ele era o meu cavaleiro. Ele era o que eu estive
sonhando todas aquelas noites, quando estava com medo e sozinha. Eu
estava instantaneamente com medo de que tudo me seria levado, se o
meu padrasto viesse a me encontrar, se Gage decidisse que não tinha
tempo e me pedisse para sair, em seguida, para onde eu iria?

23
Cage me arrastou através de todas as lojas de mulheres no shopping,
da moda e barata para a alta e glamorosa. Eu nunca tinha sido tão
paparicada antes, com a palma da mão situada na parte baixa das minhas
costas, ele me levava através de uma multidão, meu coração dando saltos
no meu peito. Cage me fez sentir coisas que eu nunca soube que uma
garota poderia sentir. Claro, eu tinha visto alguns programas de TV, eu
sabia sobre encontros de uma noite e homens que usavam as mulheres
para apenas uma coisa, mas no fundo eu sabia que Cage não era assim. Só
um dia que eu o conhecia, ele provou ser tão atento, tão prestativo e
consciente. O corte acentuado de sua mandíbula e a maneira inequívoca
que tinha com palavras para não magoar.

Eu estava completamente fascinada por ele.

- Só mais uma loja? - As palavras de Cage tiraram-me dos meus


pensamentos.

- Eu acho que tenho mais do que suficiente. Eu poderia viver com uma
muda de roupa e um pijama. Você tem sido tão generoso. - Fiz um gesto
para a quase dúzia de sacos de loja que ele tinha em suas mãos.

- Você precisa de um vestido bonito. Minha mãe sempre disse que


uma mulher precisa de um vestido bonito.

- Não, realmente, eu quero dizer, aonde eu iria usá-lo?

- Para um bom jantar, comigo. - Seus olhos plissados adoravelmente


com suas palavras.

- Estou aprendendo que é praticamente impossível discutir com você.


- eu provoquei.

- Você é uma aprendiz rápida, então. - Ele piscou quando entramos em


uma loja equipada apenas com vestidos. Os vestidos de noite, preciosos,
estilos de escritório apropriados.

- Eu nem sei por onde começar aqui.

- Eu tenho algumas coisas em mente. - Seus olhos brilharam, que


trouxe emoção correndo em meu estômago.

- Posso ajudar? - A vendedora balbuciou.

24
- Só preciso de algumas coisas para minha garota. Algo para
complementar esses olhos verdes bonito, você não acha?

- Oh sim, nós temos algumas opções aqui que ficaria lindo.

Cage balançou as sobrancelhas para mim e quase me engasguei com


uma gargalhada. Ele era doce e sexy - poderia haver coisa melhor?

- Que tal este? - A balconista levantou um preto com um decote fundo.

- De jeito nenhum. - Cage sacudiu a cabeça com firmeza. - Algo um


pouco menos revelador.

- Espere, eu meio que gosto disso. - Meus dedos tocando o tecido.

- Sobre o meu cadáver, Tessa. Te salvei uma vez, não vou fazê-lo
novamente só porque você quer usar um vestido tão ousado.

- Bem, este, então? - A funcionária levantou outro vestido preto, este


com um decote alto e uma parte traseira completamente aberta.

- Sim.

- De jeito nenhum.

- Cage! - Eu afaguei o ombro antes de pegar o vestido das mãos da


mulher e ir para os vestiários na parte de trás.

- Tessa. - Sua resposta gutural me seguiu.

Virei-me e lancei um último olhar, o fogo nos meus olhos brilhante e


um sorriso malicioso dançou nos meus lábios. Eu entrei no vestiário e
deslizei a tranca na porta. Eu não amei o vestido - eu vi os mais bonitos
apenas andando, mas eu amei o modo como ele iluminou os olhos.

Saí do vestiário um minuto depois. Os olhos de Cage se deslizaram


sobre a minha pele, um incêndio queimando em seus olhos. – Então, me
ajude, Deus. Se você acha que vou deixar você sair de casa, você está
louca.

- Sério? Eu acho que é perfeito. - O sorriso nos lábios me traiu, quando


eu saí do provador e dei um pequeno giro. - Você não acha?

25
O silêncio pairou no espaço entre nós. Depois de algumas longas
batidas, eu girei, meu olhar pousando em seu.

- Jesus, Tessa. O que você está tentando fazer comigo? - Seus olhos
arrastaram pelo meu corpo, movendo-se para as minhas pernas,
dançando sobre as curvas dos meus seios, e eu fechei os olhos de
vergonha. Talvez ele não gostou como pensei que ele faria.

Virei-me e estendi a mão para a porta do provador, preparada para


tirar o vestido horrível e sair daqui. Eu tinha envergonhado a mim
mesma, e eu não queria nada mais do que virar as costas e fugir.

- Tessa. - Pontas dos dedos quentes roçaram as minhas costas,


pairando em torno da curva das minhas costas. Queimando pelo meu
corpo e aumentando o nervoso que eu sentia. - Você é tão bonita, tudo o
que posso pensar é deslizar o vestido fora de você. Mas eu não quero te
assustar, Tessa. Eu preciso que você se sinta segura e querida. Eu quero
que você se sinta amada.

Meus olhos se arregalaram enquanto eu registrava suas palavras.

- Você me deixa sem palavras. - Sua mão passou por minhas costas e,
como se uma corrente elétrica corresse por entre os dedos, raios
passaram através do meu estômago, do meu interior e agitando meu
coração. - Você gosta deste?

Eu me ajustei no espelho, sentindo-me estranhamente consciente de


cada movimento que eu fazia, de seus olhos encarando o meu reflexo no
espelho.

- Eu amo isso. - eu disse suavemente, meus olhos finalmente deixaram


os seus no espelho. As pontas dos dedos se contraíram em minha parte
inferior das costas, a outra mão afastando os cabelos macios caindo sobre
um dos ombros. Ele serpenteou o nariz para cima da curva do meu
pescoço. Engoli em seco, pedindo-lhe para me virar em seus braços e
beijasse meus lábios. Eu queria sentir o seu corpo duro, pressionado
contra cada curva suave que eu tinha. Meus músculos doíam para sentir
sua pele contra a minha, eu queria saltar em seus braços e beijá-lo até
que eu ficasse com falta de ar, mas eu nunca tinha sido beijada, de

26
nenhuma maneira eu poderia atacá-lo com meus lábios. Ele
provavelmente só me afastaria, horrorizado.

As pontas dos dedos de Cage passaram ao longo da linha da minha


mandíbula, e por apenas uma fração de segundo, eu pensei, é isso, este é
o meu primeiro beijo. Assim como meus olhos se fecharam, os meus
lábios formigaram de antecipação, suas palavras ofegantes passaram em
meu pescoço. - Eu também adoro.

27
4
Cage
- Você parece com fome. - eu comentei quando saímos da loja de
vestidos. Eu sabia que estava com muita fome, mas não de comida. Eu
estava tendo todos os tipos de pensamentos inapropriados sobre Tessa, e
considerando que ela tinha acabado de sair de uma situação difícil, eu
precisava manter as mãos longe. Eu tinha deslizado no provador, mas que
porra de vestido. Aquela parte de trás. Um vestido como aquele, era feito
para deixar um homem louco.

- Eu poderia comer. - Tessa lançou-me um sorriso de lado. O jeito que


ela fez isso, fez meu coração saltar com apenas uma única contração dos
lábios, completamente me confundido. Tessa era algo especial, tudo bem,
e eu não tinha tomado muito tempo para perceber que ela atingiu todos
os meus nervos há muito adormecidos. Eu fiz questão de evitar mulheres
por anos, a pressão de uma relação era demais para lidar quando eu
estava tão focado no trabalho. A única paixão que já senti antes, agora era
direcionada a uma coisa - prender uns babacas e fazer o meu melhor para
enviá-los a apodrecer atrás das grades.

- Que tal um café cajun?

- Café cajun? - ela repetiu, o tilintar suave em sua risada foi como um
aperto para minhas bolas.

- Você já experimentou isso? Pode ser a melhor coisa que você já


provou.

- Não, eu não experimentei. - Ela sorriu para mim, um sorriso tão


largo, que pensei que abriria o meu próprio peito. - Parece nojento, mas
estou no jogo.

Minha risada ecoou pela pequena praça de alimentação. - Espere aqui.

Eu fiquei na fila, um olho nela, o outro tentando fingir que eu não era
um homem obcecado. Eu não podia deixá-la por um segundo, ela era
muito frágil, muito nova neste mundo. Eu não sei por que sentia

28
necessidade de protegê-la, mas estava lá, e eu era um homem que
obedecia a seus sentimentos.

- Dois especiais, por favor. –

O jovem no balcão assentiu, anotando meu pedido. - Bebidas?

Fiz uma pausa, lançando-lhe um olhar de soslaio enquanto eu pensava


sobre o que ela gostaria de beber.

- Vá perguntar a ela, eu posso esperar. Não pode deixar a esposa


chateada, se você levar a coisa errada. - ele riu.

- Ela não é- - Eu parei. Pensando bem, eu gostei do som disso. Virei-


me para ele e continuei: - Ela não é minha esposa, ainda. E vamos beber
uma Sprite e Coca-Cola.

Dei algumas notas para ele, suas palavras martelando constantemente


na minha cabeça. Esposa. Esposa. Esposa.

Merda, eu meio que gostava do som disso.

Virei-me e encostei um quadril contra o balcão, dando-lhe um


pequeno aceno e um sorriso quando seus olhos encontraram os meus. Ela
acenou de volta, seu rosto se iluminou com um tipo de brilho interior que
eu nunca tinha notado antes. As maçãs do rosto mudaram para um tom
rosado, seus olhos enrugaram quando ela sorriu, como se estivesse
sorrindo de dentro para fora. Eu nunca tinha conhecido alguém assim
antes.

- Aqui está, cara. Boa sorte com a garota. - O cara atrás do balcão
empurrou uma bandeja de comida para mim.

- Obrigado. - Eu balancei a cabeça, ainda preso em algum lugar entre a


fantasia e a realidade, em que Tessa era minha noiva e eu poderia ficar
com ela, mantê-la segura e comigo para o resto de nossas vidas. Fiquei
surpreso ao descobrir que nada no mundo soaria melhor.

- Frango Bourbon e General Tso. - eu disse, quando me sentei à mesa.

- Tem certeza... Quer dizer, você sabe o que tem nele? Não se parece
com frango. - Ela levantou uma sobrancelha especulativa.

29
Eu ri, espetei um pedaço com o garfo e segurando-o para ela. - Basta
fechar os olhos e tentar. Este material é viciante, e é uma tradição.

- Uma tradição? - Seus olhos se enrugaram em dúvida.

- Com certeza. Que tipo de homem eu seria se não te mostrasse todas


as alegrias que a vida tem para oferecer?

- Esta é uma das alegrias da vida?

Eu sorri - Uma de muitas, baby.

Sua boca se abriu e eu deslizei a comida entre os lábios exuberantes.


Meu pau desobedeceu a todos os ossos morais do meu corpo e se
contraiu em minhas calças. O que ele estava pensando?

Desviei os olhos, em seguida, espetei outro pedaço para mim.

- Isso está de incrível. - Tessa sorriu, uma vez que ela tinha engolido,
em seguida, tomou outro pedaço com o garfo. - Eu acho que eu poderia
comer isso todos os dias.

- Bem, eu não sei como o seu fígado iria lidar com todo MSG, mas é um
objetivo digno.

- Ah, certo. MSG. Sempre uma desvantagem. - Ela franziu a testa para
o frango em seu prato como se o visse sob uma nova luz e nada lisonjeira.

- Tudo com moderação, eu acho. Um pouco aqui e ali não faz mal, e
acredite, eu não tenho o hábito de comer comida chinesa todos os dias.

Os olhos de Tessa se fixaram em meu bíceps antes que ela deixasse


escapar: - Eu posso ver isso.

Minhas sobrancelhas se ergueram. Ela era boa em manter seus


pensamentos para si mesma, para minha irritação, mas não era isso que
eu estava esperando.

- Por que, Tessa, isso é cobiça que você está fazendo? - Eu não pude
deixar de sorrir.

Suas bochechas coraram um tom claro de vermelho e seus olhos


voltaram para seu prato.

30
- É muito bom ser cobiçado por você. – Eu levantei seu queixo e limpei
um respingo de molho no canto dos lábios. Observei-a, sua respiração
entrecortada, a forma em que seus olhos escureceram. Maldição, ela
estava ficando ligada. Tessa também sentia essa coisa crescendo entre
nós.

- Talvez devêssemos voltar. - eu disse no piloto automático, pensando


apenas que eu precisava parar de ficar sozinho com ela.

- Sim, eu estou satisfeita. - Ela se levantou e empurrou a bandeja para


longe dela.

Eu sorri, pensando em como as últimas vinte e quatro horas da minha


vida tinha me levado até um novo e inesperado caminho. Joguei a bandeja
com os restos de comida no lixo, depois voltei, pegando nossas sacolas e
envolvendo o meu braço livre ao redor de seus ombros.

- Mal posso esperar para que você possa desfilar com essas roupas
para mim, quando chegarmos em casa. - O olhar de Tessa se virou, os
lábios rosados se separaram apenas ligeiramente quando pequenos
sopros de ar passou por seus lábios. - Você tem que parar de olhar para
mim desse jeito, querida. Há um limite que um homem pode suportar.

Ela fechou a boca e seu olhar se voltou para o lado. - Hey, nada para se
envergonhar. - Parei e peguei seu queixo enquanto eu falava. - Você é
uma mulher bonita, Tessa. Muito mais bonita do que você imagina. Eu
estou tentando muito ser forte e fazer todas as coisas certas com você,
mas, então, você olha para mim assim... - Eu toquei seu lábio inferior com
o polegar. -... E tudo que consigo pensar é em beijar você.

- Talvez você devesse, então.

- Tessa. - eu gemi, deixando minha testa descansar contra a dela. Meu


pau estava dolorosamente duro entre nós. Eu só esperava que ela não
sentisse isso, mas porra, eu não poderia fazer nada sobre isso. Isto é o
que Tessa provocava em mim. - Vou fazer a coisa certa e levá-la para casa
e, definitivamente, não colocarei meus lábios em você. - Eu parei, meu
olhar comendo seus doces olhos cor de esmeralda. - Vou tentar, de
qualquer maneira.

31
Tessa mordeu o lábio, os olhos queimando com algo antes que ela se
soltasse do meu aperto. – Talvez, um dia, eu vá apreciar a sua moral
elevada, mas esse dia não é hoje, Cage.

Eu ri enquanto ela caminhava à frente de mim para a minha


caminhonete.

Quinze minutos mais tarde, com nossas compras na caminhonete,


Tessa olhou para o céu, respirando fundo, enquanto as lágrimas rolavam
em suas bochechas.

- Ei, você está bem? - Deixei as malas na varanda e corri para o lado
dela, minha mão segurando seu rosto. - Quebra meu coração ver você
chorar.

Tessa fungou, limpando uma lágrima escorrendo pelo seu rosto, e ela
disse: - É tão bom estar fora. Você não percebe quanto isso é importante,
até que seja tirado de você.

Eu balancei a cabeça, puxando-a para baixo ao meu lado.

- Apenas cheirar as flores me faz tão feliz. Você sabe que eu


costumava olhar para fora da janela e tentar imaginar seu cheiro em
minha mente? Eu sabia como era o cheiro das flores, mas você ficaria
surpreso com o quanto sua memória desaparece.

- Como isso aconteceu, Tessa? Como você acabou ficando com ele?

Ela deu de ombros. - Minha mãe se casou com ele apenas depois de
conhecê-lo por duas semanas, quando eu tinha três anos. Ele estava
sempre em torno, mas nunca agiu como meu pai, sabe? Sempre havia algo
estranho com ele, mas o que eu poderia dizer? Minha mãe nunca estava
sóbria, por isso não havia um bom momento para falar com ela. Então,
quando ela faleceu... - Tessa se deteve enquanto ela enxugava mais
lágrimas. - Simplesmente tudo se desfez. Se eu pensasse que era ruim
antes... - Ela riu com raiva. - Ele enlouqueceu. Foi como se ele tivesse se
separado da realidade. Quanto mais velha eu ficava, mais ele pensava que
tinha que me proteger. Quando cresceu meus seios e precisei do meu
primeiro sutiã, ele me trancou no meu quarto por duas semanas e me
forçou a cobri-los com fita adesiva. Ele continuou gritando sobre o

32
inferno e condenação, sobre Eva tentar Adão e o começo do fim para a
nossa sociedade.

- Mas Tessa... - Fiz uma pausa, tentando saber como fazer esta
pergunta. - Por que ele? Como foi que você ficou com ele quando ela
faleceu?

- Eu não fiquei com ele. Ele sempre esteve comigo. Eu estava com
aquele homem desde a idade de três anos. Era apenas Tom, mamãe e eu.
Mamãe não tinha outra família que eu conhecesse, e Tom tinha alguns
amigos apenas que conviviam com ele. - Ela balançou a cabeça. - Para o
mundo exterior, Tom era meu pai. Ninguém sequer pensou em
questionar isso, e uma vez que eu estava trancada e educada em casa, não
havia ninguém para questionar nada de estranho ou fora do comum. Eu
estava completamente isolada.

Este homem era um estuprador de merda. Ele pode não ter sido
condenado, mas ele era um estuprador, e esta linda garota foi deixado a
sua mercê. Senti a raiva crescendo em torno de mim. Eu queria voltar
para aquela casa e esmurra-lo até que ele estivesse quebrado. O filho da
puta tinha que ser parado

- Os serviços sociais não visitavam a casa. Para eles, eu não existia, e


para qualquer outra pessoa eu era filha de Tom e sua propriedade, para
ele fazer o que quisesse.

A raiva cresceu como um tornado no meu estômago. Meus punhos


doíam e se apertaram. Eu pensava sobre como todos em sua vida a
haviam decepcionado.

Ela virou a cabeça para o céu, as nuvens brancas e macias, até onde a
vista alcançava. - Em algum lugar próximo do meu décimo sexto
aniversário, eu escapei uma ou duas vezes no início, apenas para ir ao
jardim da frente. Eu não podia suportar ver as flores murcharem,
invadidas por ervas daninhas, mas quando ele me encontrou, ele gritou e
me trancou no meu quarto por uma semana. Ele só abria a porta para por
os alimentos. Graças a Deus havia um banheiro dentro do meu quarto ou
eu não sei o que teria feito. Mas, normalmente, desde que eu ficasse
dentro e obedecesse, ele permitia que eu ficasse em qualquer lugar da

33
casa. Mas eu nunca soube como medir o seu temperamento. - Um
estremecimento visível a percorreu.

- Cristo, eu não tinha ideia de que era tão ruim assim. E com tudo
isso... você jura que ele nunca tocou em você? Nunca indecente?

- Cada vez que ele colocava a mão em mim, parecia indecente, mas
nunca fez nada sexualmente.

- Ele batia em você?

- Na verdade não. - Ela balançou a cabeça. - Ele me puxava pelo braço


de vez em quando, agarrava meu cabelo se ele estivesse realmente
irritado, mas o abuso verbal e emocional era muito mais o seu estilo.

Eu balancei a cabeça, segurando minhas mãos entre os joelhos,


digerindo a versão abreviada de sua história de vida. - Que Deus me
ajude, farei tudo ao meu alcance para me certificar de que você nunca
mais tenha que olhar para aquele homem de novo.

- Eu não quero nunca mais viver lá, mas vê-lo... De certa forma, sinto
pena dele. Quando minha mãe morreu, toda a esperança desapareceu de
seus olhos.

- Espere, você quer me dizer que quer vê-lo novamente?

Tessa fez uma pausa, os pensamentos trabalhando em sua mente


antes de responder: - Talvez. Depois de um tempo. Eu quero respostas, eu
preciso de um encerramento, e por alguma razão, ele é o único que pode
dar isso para mim.

- Tessa, não acho que seja uma situação que traga fechamento. Não há
uma boa maldita razão pela qual ele fez isso. Ele a manteve cativa contra
a sua vontade. Se ele prejudicado fisicamente ou não, ele prejudicou.
Estamos indo para a estação. Aquele bastardo está sendo denunciado e
você vai ajudar a prendê-lo. Existe mais alguma coisa que você pode se
lembrar, ou se há mais alguma coisa que você precisa me dizer?

Os olhos de Tessa, arregalados de medo, virou-se para encontrar os


meus. - Não, não, eu não acho que...

34
- Tessa... - Eu peguei seu pulso na minha mão. - E se ele fizer isso para
outra pessoa?

- Não, ele nunca iria-

- Você não sabe disso.

Tessa franziu a testa, seus belos olhos nublados com pensamentos. -


Acho que vou deitar um pouco. Está tudo bem?

- Absolutamente. - Nós dois levantamos e ela se virou para ir antes


que eu a detivesse. - Tessa. - Eu apertei a mão suavemente em seu
cotovelo. - Você nunca tem que me perguntar se está tudo bem para fazer
algo. Você é uma mulher livre, independente, muito forte. Eu posso ver
isso nos seus olhos. Nunca tenha medo de dizer nada para mim,
entendido?

Ela assentiu com a cabeça, os olhos ardendo com mais de que a


energia cinética tácita de que saltou entre nós. - Obrigada por um grande
dia.

- O prazer foi todo meu. - Eu deixei um sorriso feliz puxar meus lábios.
Meu olhar baixou para os seus lábios, novamente, e havia aquela vontade
de puxá-la em meus braços e beijá-la até que ela ficasse sem fôlego.

Esta menina me agarrou pelas bolas e ela não sabe.

Eu era um cachorrinho indefeso com ela, mas a verdade era que eu


amei cada segundo disso. Estar com Tessa me fez o homem mais feliz do
mundo.

35
5
Tessa
Eu acordei, na manhã seguinte, determinada a fazer o café da manhã
para Cage, quando ele acordasse. Não porque isso fosse algo que eu
tivesse que fazer, mas eu queria recompensá-lo de alguma maneira. Puxei
uma caixa de ovos da geladeira, juntamente com queijo e um saco de
batatas fritas do congelador.

- Bom dia, linda. Tenho algo para você. - Virei-me ao ouvir o som da
voz de Cage. Seus olhos devoraram o espaço entre nós, roubando minha
respiração e deixando-me implorando por mais desse sentimento. Ele
segurava uma pequena caixa branca em suas mãos e acenou para frente e
para trás.

- Você me deu um telefone? - Meus olhos saltaram quando eu


finalmente percebi o que tinha feito. - Cage, não, eu não posso aceitar.

- Esqueça. Você precisa de um telefone, se você quiser se manter


segura. Você tem que ficar em contato com o mundo real, Tessa. Além
disso, eu já o configurei para você. Meu nome está listado como o seu
contato de emergência. Fui até a loja de telefones por alguns minutos
enquanto você estava experimentando.

Fiquei sem palavras, segurando a caixa que ele tinha posto em minhas
mãos e ao abri-la, revelou-se o mais recente smartphone. - Você é louco,
Cage. Não posso ficar com isso. Posso pegar um telefone mais barato.

- Chega de reclamar, mais obrigado, por favor. - Ele sorriu e me puxou


através do espaço até ele, envolvendo um braço em volta do meu ombro.
- Você está cozinhando?

- Sim. - eu ri e coloquei o telefone no balcão, incapaz de resistir ao


chamado de sua carne contra a minha. Meu braço envolveu sua cintura
em um abraço de um braço enquanto eu continuei: - Eu queria contribuir
de alguma forma. Eu me sinto como uma perdedora por aceitar todo o
seu apoio incrível e não dar nada em troca.

36
- Deixa disso. Eu não teria você em qualquer outro lugar, e eu não
acredito nesse negócio sobre o lugar da mulher é na cozinha. A verdade é,
querida... - Ele encostou o nariz contra minha bochecha. - Eu prefiro
cozinhar com você a ser servido por você algum dia.

Meu coração tropeçou. Eu tinha caído em alguma fantasia? Como foi


que o policial, que tinha aparecido na minha porta naquela noite, acabou
por ser o mais gentil dos homens, mais diabolicamente belo que já existiu
na face da terra? Ali estava ele, me comprando roupas extravagantes e
telefones, mas a melhor parte foi que Cage me fez sentir feliz e segura.

Eu suspirei, deixando a preocupação obsessiva, e me aconchegando


um pouco mais em seu corpo, desfrutando do conforto que o seu calor
trouxe. - Você sabe, vai ter que me ensinar como usar o telefone.

- Estou ansioso para isso. Ele deu um beijo na minha testa antes de me
liberar e passear pela cozinha. - Vamos enfrentar esses omeletes, em
primeiro lugar.

Eu sorri, sentindo-me leve como o ar, antes de me juntar a ele no


balcão, roçando seu braço enquanto trabalhávamos, quebrando ovos e
cortando queijo juntos. Perfeito. Cage foi nada menos que perfeito.

Depois de comermos omeletes e ele me dar um curso intensivo sobre


como usar o meu telefone, sentamos na varanda da frente, limonada na
mão enquanto o mundo passava. Eu estava preocupada com o quanto de
tempo que Cage passava comigo, com certeza ele tinha uma vida para
qual voltar? Mas ele me garantiu que tinha alguns dias de folga, e seu
capitão tinha lhe dito que estava tudo bem. Eu não tinha certeza sobre ele
deixar todo o seu trabalho para cuidar de mim, mas eu estava grata por
isso.

- Eu amo isso. Momentos como estes me fazem tão feliz. - Eu não


parava de sorrir.

- Eu amo fazer você feliz. - acrescentou Cage, os dedos da mão


enroscados com os meu.

- Você nunca me disse, o que o trouxe para a casa, naquela noite?

37
- Recebi um telefonema de um vizinho. Eles suspeitaram que uma
jovem mulher tivesse sido sequestrada e estava sendo mantida contra
sua vontade.

Eu balancei a cabeça, processando as palavras. - Aposto que é porque


nós tivemos aquela briga na varanda de trás. Ele gritava tão alto, eu não
estou surpresa que alguém ouviu. Graças a Deus que alguém ouviu.

- Você sabe, eu tinha a intenção de trazê-la de volta à delegacia


naquela noite. Fazendo-lhe algumas perguntas, obteria um relatório
escrito, mas quando eu olhei para aqueles olhos verdes bonito, cheios de
lágrimas... Vamos apenas dizer que você me envolveu em torno de seu
dedo, como um cordeirinho. - Ele acariciou um dedo na minha bochecha,
provocando um arrepio no meu corpo.

- Mas eu não posso... eu não sou o suficiente. Eu nunca vou ser o


suficiente. Eu sempre vou ser a menina quebrada, danificada que você
salvou uma noite.

- Você é muito mais. Você é a única mulher que me fez sentir uma
maldita coisa, Tessa. Antes de você, eu vivia em uma área cinzenta, sem
emoção, sem paixão, sem risco. E eu acho que não queria mais, mas
depois que você olhou para mim com aqueles grandes olhos... você é a
pessoa que eu estava esperando.

- Cage...

- Sou um homem de moral, vivo pela minha palavra, e eu cuido das


coisas que amo. Eu gosto do que vejo em você, Tessa, e quando olho para
você, vejo tudo o que estive procurando.

Meu coração trovejou mil batidas por segundo. - Eu nunca me senti


assim, também.

- Tessa, eu juro. Passei horas pensando como fazer isso. Eu não quero
apressá-la. Eu sei que você está lidando com tanta coisa, mas se você me
deixar, eu vou ajudá-la, e tenha a maldita certeza de que você estará
segura. Juro pela minha vida, eu posso te proteger e cuidar de você,
Tessa, nunca vou te segurar contra a sua vontade, como você sempre foi.

38
- Cage... - Eu respirei, meus dedos roçando o antebraço enquanto me
contive de me lançar em seu colo e passar os braços ao redor de seu
corpo.

-Detetive West! - uma voz gritou da rua, uma porta de carro batendo
logo atrás.

Eu estremeci, instantaneamente apavorada. Um homem estava


andando até a calçada, o crachá preso ao seu peito anunciando que ele
era um oficial.

- Carson, o que você está fazendo aqui? - Cage apertou minha mão por
um momento, como se em apoio silencioso, antes de deixá-la.

- Dando seguimento a essa chamada que você investigou a outra


noite.

- Certo. - Cage respirou, em seguida, deu mais um passo para baixo da


varanda conversando com o policial. - Acabou por ser nada. Nenhum
crime cometido.

O homem chamado Carson fez uma pausa, em seguida, olhou por cima
do ombro de Cage para mim. - Não me diga que é ela.

Eu vi os punhos de Cage cerrados ao lado do corpo, as juntas


transformando-se branco como porcelana. - Claro que é.

- Não se importa se eu tiver uma conversa com ela, então?

- Claro que me importo. Ela passou por muita coisa e não está a fim de
falar.

- Passou por muita coisa? Eu pensei que você disse-

- Confie em mim, ela passou por muita coisa. Mas posso afirmar-lhe
que ela não está pronta para falar, ainda.

Ainda. Eu ouvi a expectativa em suas palavras. Eu me levantei, a


minha única preocupação era fazer isso ir embora por causa de Cage. Eu
não tinha pensado nisso antes, mas ele ria estar em apuros por me
abrigar?

- Eu vou falar com você.

39
- Tessa, se você não está pronta-

- Não, eu estou bem. - Eu garanti a Cage, deslizando a palma da mão


na sua quando me aproximei. Os olhos de Carson foram para baixo por
um momento, e seu rosto se contorceu com irritação.

- Você deve estar brincando comigo, cara. - Sua voz baixou enquanto
se dirigia a Cage, como se eu não estivesse lá.

- Posso te assegurar que não. Estou lhe dizendo, Carson, pelo o que
pude perceber, não houve violação de uma lei. Se qualquer coisa, o
sistema falhar com ela mais e mais. No minuto que eu descobrir alguma
coisa falhou, pode apostar que você vai ser o primeiro que vou chamar.

- Eu entendo isso perfeitamente, Cage, mas o problema é... - Os olhos


dele em mim por um momento, então, ele finalmente cuspiu. - O cara
preencheu um relatório de pessoa desaparecida sobre ela.

40
6
Cage
Eu vi vermelho. Meus punhos em chamas ao meu lado, eu deveria ter
pendurado e agredido aquele filho da puta com um pé de cabra, quando
eu o vi. Eu sabia que ele era um escória imprestável e agora ele realmente
achava que tinha uma chance de recuperá-la? Como se ela tivesse
acabado de fugir?

- Absolutamente não.

-Absolutamente não o que? - Carson, um dos meus amigos mais


próximos na força, perguntou.

- Ela não vai voltar para lá. Ela não está mesmo indo para lá. Ela está
bem aqui, e tão segura como nunca esteve antes. Acredite em mim.

- Eu acredito em você, Cage. - Ele bateu no meu ombro. - Mas você


sabe que eu preciso falar com ela.

Eu engoli a raiva que asfixiava a minha garganta, depois assenti.

- Senhorita Talbot?

- Sim? - minha menina respondeu, sua mão apertando a minha.

- Pode confirmar todas as coisas que o detetive West acabou de me


dizer?

- Eu posso. Cage se ofereceu para me deixar ficar com ele enquanto


resolvo as coisas.

- Posso perguntar... você estava sendo presa por ele?

Eu assisti, suas feições mudaram enquanto algumas vozes não ditas


guerrearam dentro dela.

- Ela não está disposta a dizer mais. Você conseguiu o que precisava.
Ela ainda precisa de mais tempo. Se eu descobrir algo de novo ou útil, eu
vou deixar você saber.

41
Carson fez uma pausa, ainda olhando para a minha menina, e eu não
queria nada mais do que pegar pelo pescoço e não tão educadamente
levá-lo para fora da minha propriedade. Eu levantei minha cabeça,
deixando a linguagem do corpo falar para mim.

- É melhor você ter cuidado aqui, Cage. - Carson me lançou um último


olhar.

- É melhor você ter certeza de que aquele porra inútil não chegue
perto dela. Aquele cara é perigoso, Carson. Se eu sei de alguma coisa com
certeza, é isso.

- Eu ouvi, cara. - Os olhos de Carson suavizaram. Ele acenou para


Tessa e caminhou de volta para baixo a entrada.

Eu senti os dedos de Tessa se contorcendo em minha mão.

- Eu realmente sinto muito que ele apareceu aqui. Um pequeno aviso


teria sido bom.

- Está tudo bem, eu sabia que teria que enfrentar isso em algum
momento. - Ela fez uma pausa, soltando minha mão para voltar para a
varanda. Cristo, eu perdi o toque dela já. - Eu não posso acreditar que ele
entrou com um relatório de pessoa desaparecida. O que ele está tentando
fazer comigo? - Ela passou a mão pelo cabelo, e eu sentia toda a dor
vibrando através de suas palavras.

- Acho que deveríamos ter imaginado que ele tentaria encontrá-la.

- Eu acho que fui ingênua. Eu deveria saber que não poderia escapar
tão facilmente. - Seu rosto se contraiu, a luz desaparecendo em seus
olhos. Puxei-a para um abraço apertado.

- Tudo vai ficar bem cordeirinho. Vou me certificar disso. Você não
tem que se preocupar com nada.

As pontas dos dedos de Tessa traçaram círculos suaves na minha


cintura enquanto a segurava, sua mente fugindo com mil pensamentos
inimagináveis. Odiava quando ela ficava em silêncio, odiava não saber
todos os canto e recanto de seu coração.

42
7
Tessa
Acordei mais tarde naquela noite, muito depois do anoitecer. Suspirei,
me espreguicei e senti-me totalmente descansada. Estes últimos dias
foram emocionantes e excitantes. Esperava começar a me sentir mais
enérgica e menos como uma vítima, eu queria conseguir um emprego e
um pequeno lugar para viver. Eu tinha grandes sonhos para a vida, mas
tinha que levá-los um passo de cada vez, mas ter Cage me ajudando
parecia fazer que qualquer coisa fosse possível.

Fui pelo corredor na direção da cozinha, quando avistei as portas


francesas abertas para o quintal. Presumi que Cage estivesse dormindo,
mas ele estava bem acordado, sentado em uma poltrona, com uma bebida
na mão. Eu me aproximei, os olhos subindo ao longo de sua mandíbula,
tudo me fazia querer correr os dedos pelo seu queixo. Fiquei imaginando
o que ele iria sentir, com as mãos no meu cabelo, os lábios viajam cada
polegada do meu corpo, inflamando cada átomo.

Abri a porta ainda mais, saindo para o alpendre, o ar fresco do verão


correu até minhas pernas nuas. Eu tremi quando os olhos de Cage se
lançaram através do espaço até mim, seu olhar focado na minha face
antes de ir para o resto do meu corpo.

Eu me senti bonita sob o seu olhar. Seus olhos devoraram minhas


curvas causando arrepios de prazer na minha pele.

- Vem cá, cordeirinho. - Ele esticou os braços.

Eu cruzei o espaço, feliz por sentar em seu colo e me enrolar em seu


corpo duro. Sentindo o seu calor, meus braços em torno de seu pescoço
enquanto me aninhava sob o seu abraço. - Obrigada.

- Por quê? - As pontas dos dedos calejadas acariciaram meu cabelo.

- Por ser tudo para mim agora. Eu não acho que poderia dizer
obrigada o suficiente.

43
- Eu já te disse. - Ele me reajustou em seu colo, ambas as minhas coxas
dobradas em torno de seus quadris. - Não é necessário agradecer. E você
é forte, Tessa. Eu não tenho nenhuma dúvida que você poderia fazê-lo.
Você sobreviveu a coisas que a quebrariam, mas você está aqui,
esperançosa. Minha respiração acelerou quando as palmas seguraram
minhas bochechas, seus lábios pairando milímetros da minha boca
enquanto eu esperava por esse primeiro toque. Esse primeiro contato. O
beijo de Cage.

Um fluxo de emoção explodiu dentro da minha alma, quando ele


acabou com a distância entre nós e me apertando contra seu corpo, seus
lábios nos meus, pela primeira vez. Gemi em sua boca, enquanto sua
língua mergulhou pelos meus lábios e me provava. Meus quadris
balançaram, ficando diretamente sobre a ereção dura sob seus jeans.
Calor inundou minhas coxas quando o balanço da sua pélvis e a torção de
sua língua enviou eletricidade através de cada nervo que eu possuía.

- Eu não sei o que fiz para merecer você na minha vida, mas agora que
você está aqui, nunca mais deixarei você sair. - Seus dedos selvagens
afagavam meu cabelo, o ar entre nós faminto por oxigênio enquanto seus
lábios mordiam e beijavam minha pele Ele puxou a alça da minha
camisola de lado, seus dentes arrastando através da carne sensível, as
palmas das mãos esgueiraram para dentro do meu shorts e apertaram
minha bunda nua. Eu gemi e arqueei, a sensação de seu corpo contra o
meu quase demais para suportar.

Eu nunca tinha feito isso antes. Eu nunca tinha estado com um


homem. Eu nunca tinha beijado um homem até dois minutos atrás. Cage
me tirava o fôlego, começava uma queimadura lenta no fundo da minha
alma que eu não conseguia me livrar e nunca quis. Ele era dedicado a
mim? Ele me resgatou, me mudou para sua vida e preencheu cada lugar
escuro que eu não sabia que precisava ser preenchido. Eu era mil vezes
mais devotada a ele.

- Cage... - Eu suspirei, meus dedos entrelaçados na parte de trás do


seu pescoço enquanto meu nariz entrava na sua orelha.

- Sim, baby?

44
Borboletas revoavam no meu estômago quando uma das suas mãos
escorregou entre nós e ele mergulhou um dedo longo entre os lábios
molhados da minha buceta. - Oh, meu Deus.

- É isso aí, cordeirinho. Eu quero ouvi-la cantar para mim. - Seu dedo
deslizou através das dobras lisas enquanto ele reunia todo o suco da
minha excitação e oprimia meu clitóris com o seu toque hábil. Minhas
unhas cravaram nas protuberâncias onduladas de suas costas. Minhas
coxas se uniram e minha respiração acelerou. - Dê-me isso, Tessa. Quero
cada gota de você.

Meu primeiro orgasmo veio sobre o meu corpo como uma onda. Suas
palmas das mãos ainda segurando a minha pele, os olhos treinados no
meu rosto enquanto ondas de prazer sacudiam meu corpo, eu alcancei
alturas que nunca pensei ser possível.

- Cristo, você é linda quando goza na minha mão. - Ele puxou sua mão
de entre nós e enfiou o dedo embebido pelos meus lábios. - Gosta do que
faço com você? Não se esqueça, Tessa, só eu posso fazer você se perder e
abrir o seu coração, tudo ao mesmo tempo.

Eu rodei a língua em torno de seu dedo, provando o sabor da minha


paixão em sua pele. Ele era bonito, ele era bonito, e me senti tão, tão
bonita com ele. Ele oprimia todos os meus sentidos e deixava na minha
mente o desejo de mais.

- Venha aqui, eu preciso provar essa buceta doce. - Cage me puxou da


espreguiçadeira, me curvando sobre a cadeira e caindo de joelhos. Seus
dedos roçaram a carne de minhas nádegas quando ele puxou a minha
bermuda e espalhou o meu corpo ao seu gosto.

Eu suspirei, balançando meus quadris para trás e para frente


enquanto eu esperava.

- Cordeirinho, assim? - O tom mais baixo de sua voz enviou outra onda
de excitação escorrendo por minhas coxas. Senti devassa, senti-me
desejada, eu me senti tão amada.

- Eu quero te sentir. - Virei-me, encontrando seus os olhos atrás de


mim.

45
- Isso é exatamente o que eu gosto de ouvir. - Ele bateu nas minhas
nádegas e enviou ondas de prazer através de meus músculos. Ele afastou
minhas nádegas e de repente sua língua lisa e molhada, estava arrastando
cada nervo da minha buceta. Vibrações agudas surpreenderam-me até
que ofeguei e agarrei seus ombros.

- Deus, sua língua...

- Baby, esta buceta é tão doce, eu não posso imaginar um dia sem ela. -
Seus lábios chuparam o broto da minha fenda, seu polegar pairou na
borda da minha entrada, provocando os nervos palpitantes. Com outro
golpe longo, ele chupou e enviou minha mente flutuando em outra
dimensão. Quando estava me acostumando com a boca entre as minhas
coxas, as mãos saíram do meu corpo e, em seguida, ouvi o som revelador
de um zíper.

Eu gemia baixinho, fechando meus olhos enquanto respirava fundo.


Esta era a minha primeira vez. Será que doeria? Será que ele se
encaixaria? Será que eu me importo? Eu só queria estar conectada a ele,
sentir a energia que pulsava entre nós e cavalgar a onda selvagem que
era todas as coisas de Cage West.

Cage debruçou-se sobre a mim, então, a haste aquecida de seu pênis


pressionando entre as minhas nádegas, quase me mandou para outro
ambiente completamente. - Eu quero que você saiba, Tessa. - ele
murmurou enquanto as pontas dos dedos deslizaram por minhas costas
nuas, levantando o cetim da camisola sobre meus ombros e descartando-
a no chão ao lado dele. - Eu não estive com ninguém durante a maior
parte da minha vida adulta. Eu prometo a você que estou limpo, e se você
me quiser, eu vou me proteger, eu vou fazer o que fizer você confortável.
Eu vou sempre dar-lhe o que quiser. - Seus dentes puxaram minha orelha.
- Mesmo que eu particularmente não queira.

Suas mãos estavam em meus seios agora, amassando e acariciando a


carne pesada com as pontas ásperas dos dedos.

- Eu quero tudo de você. Isso é o que me faz confortável. - eu suspirei,


minha buceta vazando todo o meu desejo por ele, minha pele sentindo
como se tivesse sido picada por mil agulhas e só ele poderia trazer alívio.

46
Ele gemeu e senti a vibração sensual direto para o meu núcleo. - Eu
quero que você saiba que não tomo isto de ânimo leve. Você significa o
mundo para mim. Mantê-la seguro é a única coisa que eu penso. Eu sou
seu, Tessa, e vou provar para você todos os dias, porque você é minha.

Ele beliscou meu mamilo, empurrando na entrada molhada do meu


corpo.

- Você parece o céu, baby. - Ele fez uma pausa, afastando os fios de
meu cabelo e chupando meu pescoço. - Você está pronta para mim?

- Eu estou pronta. Sim, estou pronta, por favor. Eu estive esperando


por você. Eu não sabia quem você era. Eu não sabia o seu nome ou
quando eu conheci você, mas eu venho esperando por você. - As palavras
saíram em um ataque de paixão.

- Você não tem ideia do bem que me faz ouvir você dizer essas
palavras. - As palmas das mãos espalharam pelo meu corpo, em cada
polegada de minha pele. - Você está me deixando mais duro do que já
estive. Eu sinto que eu poderia morrer, se eu ficar mais um minuto sem
você. – Ele se acomodou ainda mais, a largura dele queimando meus
músculos. . Eu respirei fundo pelo meu nariz enquanto seus lábios
percorriam minha espinha,, sobre meus ombros, e até meus pulsos, e ele
me beijou enquanto ele me fodeu, reivindicando meu corpo e roubando
meu coração junto com ele. reivindicando meu corpo e roubando meu
coração junto com ele.

- Cage. - eu respirei. Meus sentimentos eram todos para este homem.


Isso alimentava o orgasmo que agora estava começando.

- Tessa, não consigo nem dizer o que você significa para mim. - Sua
respiração próxima de meus lábios. - Eu não sou um homem bom com
palavras, mas eu sou bom com ações. - Ele mordiscou meu lábio inferior
antes de empurrar sua língua dentro da minha boca, me consumindo. - Eu
posso te mostrar o quanto eu te amo com o meu corpo. - Seu pau
finalmente se acomodou dentro de mim, seus quadris pegando um ritmo
frenético enquanto meu corpo se ajustava e um prazer avassalador caía
em cascata sobre mim.

Essa foi boa, ele foi bom. Este foi tudo.

47
- Cage... - Eu suspirei, enquanto meu corpo tremia, a liberação
disparando através de mim em um crescendo feroz quando as pontas de
seus dedos giraram em meu clitóris.

- Porra, querida. Seu corpo está chupando meu pau, com tanta fome e
necessidade, que não consigo me controlar com você. - os dedos de Cage
rodaram na minha excitação e arrastou o rastro brilhante até a curva das
minhas costas. Ele estava se esfregando contra mim, suas coxas
empurrando e tremendo com os fluxos longos e quentes de seu orgasmo.

Antes mesmo de descer do seu orgasmo, ele estava se mexendo e


puxando-me em seus braços, cobrindo meu corpo com a camiseta limpa
que ele tinha descartado.

- Amo você, cordeirinho. Amo você com todo o meu ser. - Ele acariciou
meu cabelo, seus lábios sussurrando contra minha pele. Senti-me livre e
quente e tão segura nos braços de Cage, que nunca queria sair. - Não
posso acreditar que fui nu dentro de você. - Sua mão rastreou meu corpo,
em seguida, seus dedos deslizando na porra que estava saindo do meu
corpo. - Como ter-me profundamente dentro de você, apesar de tudo.

Os dedos de Cage recolheram o vazamento de líquido do meu corpo e


empurrou dois dedos lentamente dentro de mim. - Eu quero você
andando comigo dentro de você todos os dias. Eu gosto de ver o que é
meu em você. E talvez, se tivermos sorte, eu terei algo mais meu dentro
de você.

Suas palavras pairaram entre nós.

- Você quer um bebê? - Eu disse, as palavras passando pela minha


cabeça.

- Certo, eu quero um bebê, e quero com você. Eu quero tudo com você,
Tessa. Não deixei isso claro, ainda? - Suas palavras fizeram meu coração
dar cambalhotas.

Cage West é meu para sempre.

48
8
Cage
Agora que a tive, não iria deixá-la ir. Ela está na minha cama, ela está
na minha vida, ela é minha. Parada brusca, fim de, período. - Vamos para
a cama.

Tessa choramingou como um gatinho sonolento em meus braços e me


fez sentir como o homem mais sortudo do mundo. Meu pau ainda
encharcado com o nosso orgasmo, meu coração mais cheio do que nunca,
eu estava com ela em meus braços capazes e a carreguei para dentro de
casa e escada acima , sã e salva para o meu quarto.

Eu sorri quando a coloquei em minha cama, seu sorriso satisfeito


espreitando suas bochechas antes que ela se enrolasse em meu braço e
prontamente adormecesse.

Havia algo tão lindo e inocente sobre ela, algo que despertou uma
besta negra dentro de mim que queria apenas fornecer e proteger minha
mulher. Alguma mentalidade primitiva que eu não conseguia entender,
porque não me importava. Eu a tive. A vida finalmente fez sentido. Eu
estava aqui por ela. Ela era o que importava.

Levar Tessa esta noite foi o maior momento da minha vida, e eu


planejava ter muitos mais, agora que a tinha encontrado.

Quando ela disse que estava esperando por mim, era como se meu
mundo tivesse mudado, tudo entrando em foco, ela era minha razão de
viver. Salvando Tessa, protegendo Tessa, amando Tessa, seria a minha
razão de existir.

Os pensamentos rapidamente correram pela minha mente enquanto


eu pensava sobre o que fazer a seguir. Eu não era um homem que amava
de forma simples ou silenciosa. Sempre soube que quando encontrasse
aquela, seria como se o mundo chegasse a existir sem ela. Eu precisava
mostrar a ela e ao resto do mundo que ela era minha, e mexer com ela

49
significava mexer comigo. Eu tinha planos para Tessa e contaria isso mais
cedo ou mais tarde.

Passei um dedo através de sua delicada bochecha e em seu cabelo


sedoso. Ela era um anjo na minha vida, e eu jurei dar-lhe todo o amor e
carinho que ela merecia.

Nós teríamos um monte de trabalho em curto prazo, mas no longo


prazo havia muito pela frente para mim e Tessa. Teríamos um futuro
mais brilhante do que qualquer um de nós poderíamos imaginar.

Na manhã seguinte, depois de tê-la acordado com outro orgasmo e me


afundar em seu calor novamente, estávamos fazendo algumas malas para
passar a noite fora. Eu queria que ela tivesse um momento de paz longe
de tudo.

- A que distância estão as montanhas?

- Estamos em Idaho. - Beijei-a nos lábios. - Não está longe.

- Se você tem coisas para fazer, estou bem aqui. Eu não quero afastá-
lo dos seus compromissos. - ela ofereceu, preocupada.

- O único lugar que preciso estar agora é com você. Chief está bem
sem mim agora. - Passei uma mão ao redor de seu pescoço e dei um beijo
em seus lábios. - Deus, como gosto de fazer isso.

Ela riu, passando suas unhas em toda minha mandíbula. - É bom fazer
isso.

Eu ri. - Tem um fetiche por barba? Dê-me alguns dias e eu posso


deixa-la crescer.

Seus olhos cintilantes iluminaram meu coração como um romântico


incurável. Eu nunca teria imaginado que isso seria possível.

- Eu amo isso assim. - Ela se esticou na ponta dos pés e deu um beijo
em meus lábios.

- Mm... - Eu a beijei de volta. - Continue fazendo isso e nós nunca


chegaremos lá.

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- Tudo bem. Eu gosto daqui. - Ela deslizou seu corpo contra o meu,
dirigindo-me à beira da insanidade.

- Tessa ... - Eu gemi, minha mente em guerra com meu pau


necessitado. - Nós vamos, mesmo que eu tenha que carregar você.
Pensando bem, é uma boa ideia. - Eu a peguei em meus braços, ela gritou,
todo o incentivo que eu precisava antes de fazermos as malas e
descermos pelas escadas.

Quando abri a porta da garagem, os olhos de Tessa se arregalaram. -


Espere, você quer que eu monte sobre isso?

- Pode apostar seu doce traseiro que sim. - Eu a coloquei no chão,


sorrindo enquanto caminhava para a minha moto.

- É lindo. - Ela arrastou um dedo solitário em todo o trabalho de


pintura preto cintilante.

- Ronrona como um gatinho, também.

- Eu não tinha ideia que era um homem de motocicleta.

- Um homem de uma motocicleta. Levei anos para restaurá-la. -


Prendi o saco na parte traseira da moto e joguei uma perna sobre o
assento de couro. - Suba, princesa. Sua carruagem espera.

Seus olhos brilhavam com a aventura quando ela tomou a mão que
estendi para ela e deslizou por trás de mim. Aninhando suas doces coxas
do lado de fora das minhas, eu senti o calor de seu corpo subindo pelas
minhas costas. Droga, esta não seria a melhor viagem que eu já fiz com
essa moto.

- Pronta, gata?

- Oh, sim. – Os braços de Tessa apertaram em volta da minha cintura e


um sorriso impossível dividiu minhas bochechas. Ela tinha fogo nela e eu
amei isso. Eu amava muitas coisas nela, e a melhor parte é que não
precisava mais esconder isso. Eu poderia tocá-la, beijá-la e amá-la tanto
quanto eu quisesse, e certamente esperava fazer exatamente isso nos
próximos dois dias.

51
Virei-me para Tessa e coloquei um capacete em sua cabeça. Ela sorriu
para mim, fazendo meu coração se sentir mais completo do que nunca.
Apertei o botão na garagem e a porta se abriu. Segurei na embreagem e
liguei o motor.

- Uau. - Tessa exclamou, aninhando mais. - Acho que gosto disso.

- Parece bom, né?

- Você não mentiu quando disse que ronrona. Eu posso sentir o


zumbido vibrando... em todos os lugares.

Uma risada saiu do meu estômago. Estendi a mão para sua coxa e dei-
lhe um aperto rápido. - Aproveite o passeio, linda.

Com a estrada espalhada por centenas de quilômetros à nossa frente


e os limites da cidade perdidos na distância atrás de nós, Tessa e eu
cavalgamos para o norte. O vento soprava seu cabelo atrás, e seus braços
estavam presos na minha cintura. Eu amei a tranquilidade de seu corpo
contra o meu, pressionada tão intimamente que poderia muito bem ser
um. Andar de moto é íntimo, o motor vivo abaixo de você, fazendo com
que cada nervo estourasse e zumbisse com adrenalina. O pensamento me
veio à mente que em breve eu teria que ensiná-la a dirigir, levá-la para
conseguir uma licença, eventualmente, até mesmo um carro. Eu a levaria
para comprar qualquer coisa que quisesse, desde que fosse seguro.
Nenhum hot rods para ela. Talvez uma van, ouvi dizer que tinha um
ótimo teste de avaliação em colisão.

- Isso é incrível. - ela murmurou no meu ouvido, em um ponto quando


nós tínhamos feito uma parada em um sinal de trânsito, em mais uma
cidade.

- Eu tinha a sensação de que você ficaria fã. - Roubei um beijo antes de


decolarmos novamente, nosso destino se aproximando à medida que
acelerávamos. Subimos mais alto para as montanhas, a estrada se
abrindo para duas pistas de rodagem, em seguida, caindo para um
caminho na largura de um carro, através das árvores.

- Aonde exatamente nós vamos? - Tessa perguntou quando


desacelerei, novamente.

52
- A nossa casa longe de casa.

- Nossa o quê? - Ela se esforçou para ouvir quando viramos uma curva
e meu pequeno chalé apareceu.

- Bem-vindo à casa de campo.

- Esta é a sua casa? - ela perguntou, sua boca aberta com o choque
quando estacionei a moto. Ela desceu e tirou o capacete da cabeça,
balançando os cabelos longos ao vento.

- Tem estado na minha família há gerações. Meu avô construiu com


suas próprias mãos. - Eu desliguei o motor e desci da moto, então, eu
gentilmente envolvi-a em meus braços e, como ela era uma porcelana
delicada, eu a removi da moto.

- Sério? - Seus olhos desceram até o rio, correndo na beira do quintal,


e de volta para mim. - Há um rio?

- Com certeza. - Puxei-a para um abraço rápido e dei um beijo em sua


têmpora. - Estou feliz em poder compartilhar com você.

- Tudo isso é apenas... uau. Você nunca deixa de me chocar, Cage Wst.

- E você nunca deixa de me transformar no homem mais feliz que já


andou nesta terra. Eu não sei o que você fez com as minhas bolas, mas
tenho certeza que não as tenho mais. - Eu a provoquei, só para ver seus
olhos enrugar adoravelmente quando ela riu.

- Eu imploro para discordar, depois da noite passada. E esta manhã. -


Ela piscou, então saiu do meu abraço e correu para a casa. - Mostre-me a
sua casa! - ela chamou, levantando a camisa de algodão acima de sua
cabeça e jogando-a na grama.

- Tessa! - Eu gritei, correndo pela varanda, atrás dela, desesperado


para colocar minhas mãos sobre ela, depois de sentir suas coxas sensuais
abraçando minha cintura toda a viagem. Ela explodiu em um ataque de
risos quando a peguei na porta da frente, prendendo-a com os braços
acima de seu corpo e mergulhando a cabeça para pegar os lábios em um
beijo febril.

53
- Eu quero você de novo. - ela confessou no meu ouvido, arrastando os
dentes do outro lado da concha da minha orelha.

- Essas são as palavras do meu coração. - eu suspirei, passando


minhas mãos por seu torso e encaixando seus lindos seios em minhas
mãos, abaixando-me para beliscar a carne. Eu puxei o tecido de seu sutiã
para baixo e suguei o pequeno mamilo doce que saltou para fora.
Sentindo-o se alongando sob minha língua quente, puxei-o com os dentes,
depois o beijei docemente e me virei para o outro seio.

Seus dedos pequenos delicados traçou padrões em todo o meu couro


cabeludo enquanto agarrei e desabotoei o cós do short e puxei por suas
pernas, descartei-o a seus pés. Com um bufo frustrado, eu puxei o algodão
de sua calcinha e rasguei o tecido que cobria o que era meu. "Chega de
calcinhas. Vou jogar fora cada par que você possui assim que chegarmos
em casa.

Ela suspirou, seus lábios colados aos meus enquanto sua língua se
enredava na minha, seu gosto enviando ondas de choque de luxúria
reprimida por mim. Puxando meu zíper para baixo, empurrei meu jeans
para baixo em meus quadris, para revelar meu pau latejante para o ar
frio. Eu agarrei suas coxas e coloquei suas pernas em volta da minha
cintura. Inclinando suas costas contra a porta, provoquei sua entrada
enquanto mordia seus lábios. - Tem certeza que você me quer?

- Sim. - ela engasgou, os olhos fechados e cabeça para trás.

- Você parece muito desesperada por mim. - Eu avancei meu pau em


sua entrada, tomando o meu tempo, apreciando a vista.

- Eu estou. Eu estou tão desesperada."

- Esse é o meu cordeirinho. - E espalmei um de seus peitos cheios,


amando a sensação de sua carne doce sob minhas mãos. - Não consigo
nem atravessar a soleira antes que eu precise de você novamente. Você
me chama, Tessa. Eu preciso de você. Eu adoro começar meu dia com
você. - Eu a beijei enquanto afundava ainda mais nela. - Terminando com
você. - Outro beijo. - Você me deixa louco.

54
- Cage ... - Ela gemeu enquanto suas unhas cravaram nas minhas
costas, seus quadris se movendo como se ela estivesse tentando rastejar
para dentro do meu corpo. - Foda-me, Cage. Deus, por favor, eu preciso de
você.

- Não poderia dizer não se eu tentasse. - eu murmurei, chupando o


oco de seu pescoço antes de pressionar meu pau dentro dela o máximo
que podia. Sentindo o feixe rígido de nervos enterrado profundamente
em seu corpo, eu bombeei e chupei e perdi minha cabeça enquanto
fazíamos amor contra a porta da minha casa. - Cem anos ' pena de manhã
acordando para você e noites afundando você não vai ser suficiente,
Tessa. Sempre que não estiver conectado, eu quero você. Preciso de você
como o oxigênio.

Seus dentes cerraram em seu lábio inferior, seus dedos puxando os


fios do meu cabelo enquanto seus joelhos tremiam e seus músculos se
retorciam com uma tortura requintada ao meu redor. - É isso aí, linda.
Adoro ver você perder o controle

Eu capturei seus lábios em um beijo apaixonado, meu próprio


orgasmo crescendo na base da minha espinha. Ela serpenteou uma
pequena mão gloriosa entre nós e agarrou a base do meu pau pulsante.
Com aquele aperto simples de seus dedos, meu pau estremeceu e
explodiu, derramando minha semente bem no fundo de sua linda boceta.

Pensamentos de me enterrar dentro dela e plantar minha


reivindicação me oprimiram. Vê-la crescendo com meu bebê, me
perdendo nela todas as noites e acordando com seus beijos pela manhã,
fez minha mente disparar com ondas de endorfinas devastadoras. Com o
prazer ainda pulsando em cada veia, eu lentamente tirei meu pau dela,
sentindo as gotas do meu esperma pousar em suas coxas, eu limpei o
líquido cremoso, em seguida, empurrei dois dedos profundamente dentro
dela, sorrindo enquanto os rodopiava dentro seu corpo firme. - Só para
garantir.

O sorriso de Tessa se dividiu antes que ela desviasse os olhos, um


rubor queimando seu peito e bochechas.

55
- Esse tom de rosa fica lindo em você. - Arrastei a ponta do dedo
através do carmesim aquecendo seu decote. - Eu gosto de ver como eu te
afeto. - Dei um beijo sob sua orelha e apreciei o estremecimento que a
percorreu. - Agora posso te mostrar tudo? Você praticamente pulou em
mim antes que eu tivesse a chance

- E eu pensei que você gostou de ser atacado. - Sua risada era


contagiante.

- Só por você. - Um canto arrogante dos meus lábios torceu antes de


puxar as chaves do meu bolso e destrancar a porta, enrolando um braço
em volta dela e conduzindo-a de volta para dentro de casa. - Estou
esperando por um encore.

Eu engoli a risada dela com minha boca, certificando-me de que


nenhuma gota do meu amor por ela fosse desperdiçada afundando dentro
dela novamente. Eu não me cansava de Tessa e era o filho da puta mais
sortudo do mundo porque parecia que ela também não conseguia o
suficiente de mim.

56
9
Tessa
- Pronta para “pescar” um pouco no escuro?

Cage entrou em minha visão, caixa de equipamento e vara de pescar nas


mãos.

Cruzei os braços com um sorriso. - Você quer ir pescar?

- Não pescar. Pescar no escuro. Coisa totalmente diferente. - Ele


mergulhou um beijo em meus lábios antes de se afastar e acenando para o
riacho que corria ao longo do quintal.

- Então, se não estamos aqui para pescar, para que estamos aqui? - Eu
perguntei enquanto nos aproximávamos da água escura, iluminada com
faixas de luar. Cage se ajoelhou, e a imagem dele propondo casamento,
algum dia, assim passou por mim.

Meu coração pulsava com o pensamento, e eu me perguntava o que eu


diria. Sim. Mil vezes sim. Eu sabia nas profundezas do meu coração. Eu
sabia que estávamos correndo para isso, eu sabia que minha vida tinha
feito um giro total de oitenta em menos de uma semana, mas Cage me fez
sentir o melhor que eu já senti - não apenas como uma mulher, mas como
igual.

- Tem alguma coisa em sua mente, linda? - O sorriso lateral


devastador e arrogante de Cage era visível enquanto ele olhava para mim
e enfiava a linha em sua vara. Ele sabia exatamente o que eu estava
pensando.

- Eu estava pensando que gosto de você de joelhos. - Eu podia sentir a


chama em minhas bochechas, mas a maneira como seu sorriso se
aprofundou fez todo o constrangimento valer a pena.

- Não posso dizer que me importo com isso. - Seus olhos brilharam, e
ele lambeu os lábios enquanto seus olhos queimavam para cima e para
baixo no meu corpo, me consumindo com seu olhar como um fogo rápido

57
na floresta. Minhas coxas se mexeram quando de repente desejei que
deixássemos de pescar completamente e voltássemos para aquela casa
para ficarmos nus.

Cage se levantou então, seu sorriso ainda consumindo meu corpo com
chamas. Ele lançou a linha na água, deixando o peso afundar enquanto a
bobber pendurava no topo da corrente antes de apoiá-la contra uma
grande pedra e se virar para mim. - Agora vamos esperar.

Suas mãos alisaram meu torso, pegando meu rosto em suas mãos
antes de me beijar, me puxando para o chão com ele. Minhas coxas se
espalharam instantaneamente, seus quadris aninhados confortavelmente
enquanto seu pau grosso pressionava contra a costura da minha buceta.

- E se ... o anzol ...?

- Disse-lhe, “pescar no escuro” não é sobre “pescar”.

- Cag ... - Eu pressionei minhas mãos em seu cabelo, arqueando


enquanto suas mãos puxou o meu shorts jeans e seus dedos se
afundaram em minha buceta quente. Eu suspirei, sentindo-se em casa
com as palmas das mãos em mim, seus lábios acariciando a minha pele e
iluminando cada nervo em um inferno de necessidade selvagem e furiosa.

- Oh Deus.

- Milímetros? - ele cantarolou, os lábios se fixando ao esboço fraco de


meu mamilo através da minha camisa de algodão. Eu gemia, os olhos
revirando na minha cabeça enquanto ele chupava com pressão suficiente
para fazer relâmpagos no meu clitóris .

- Deus, Cage ...

- Goze para mim, querida.

- Cage ... Cage ... - Minhas unhas cravaram enquanto ele se enfiava no
meu corpo necessitado. Cada terminação nervosa sensível do meu corpo
zumbia com mil sensações diferentes enquanto ele empurrava e gemia de
prazer.

- Mal posso esperar para fazer você minha esposa, Tessa. Eu sei que é
o que você estava pensando lá atrás. Eu poderia ver nesses seus lindos

58
olhos. - Seus lábios estavam contra os meus, mergulhando e cantarolando
em partes iguais. - Está vindo mais cedo do que o esperado, baby. Eu
posso prometer-lhe isso.

Enquanto Cage me consumia com seu corpo, ele fez amor comigo com
suas palavras, enviando meu orgasmo através de mim em ondas lentas e
fortes que enrolaram meus dedos dos pés. Em todos os orgasmos que ele
me deu até agora, nenhum foi assim. Tão cheia de paixão, amor e emoção
crua.

- Eu te amo, Cage. - eu sussurrei contra seus lábios quando meu


orgasmo afrouxou cada músculo do meu corpo.

- O que eu tenho para você é muito mais do que amor, Tessa. É toda a
minha existência. Eu vou te amar enquanto há fôlego em mim. - Seu corpo
ficou rígido então, seus impulsos ficando curtos quando ele gozou em
jatos quentes e pulsantes dentro de mim. O calor de nossa pele se
fundindo, nossos corpos se juntando enviaram lágrimas de felicidade
flutuando atrás de minhas pálpebras. Ele era o homem certo para mim.
Deste dia até o nosso último.

- Estou tão feliz que você me levou para pescar. - Suspirei, seu peso
corporal confortável e seguro contra o meu . Adorei senti-lo pressionado
contra mim. Nosso amor parecia impenetrável, sua força inabalável e
segura.

- Não é 'pescar'. É sobre encontrar outra razão para ficar sozinho com
você, te tocar, te amar. - Pressionando seus lábios contra os meus, ele saiu
de mim, o lento arrastar de seu pênis enviando deliciosas ondas de
prazer através de mim. - Você fica bem com meu pau em você.

Eu suspirei, sentindo-se como se tivesse mais sorte do que eu


merecia. - Sinto-me bem com o seu pau em mim.

- Deus, cordeirinho. Você acaba de assinar sua vida fora para mim.
Como é que eu vou começar uma coisa feita, se tudo o que estou
pensando é estar dentro de você de novo?

59
Eu sorri, traçando meus dedos do outro lado da linha nítida do seu
ombro, admirando o estiramento e tração dos músculos. - Eu espero que
você nunca enjoe de mim.

- Eu nunca poderia enjoar de você. - Cage me enrolou em seus braços,


nossas formas emaranhadas na grama. Eu mordi meu lábio inferior, os
pensamentos me pesando novamente. - Diga-me o que está passando por
sua cabeça.

- Eu estou pensando que há tanta coisa que quero fazer e tão pouco
tempo.

- Você tem todo o tempo do mundo, querida.

- Eu gostaria de me inscrever para as aulas.

- Para que você quer ir para a escola? - Eu podia ouvir a preocupação


sangrando em sua voz. Ninguém nunca tinha ouvido tão atentamente ou
se importado tão profundamente com meus desejos antes.

- Eu sempre fui interessada em enfermagem, algo onde eu possa


cuidar das pessoas.

- Você seria perfeita para isso. Você seria perfeita em praticamente


qualquer coisa. Você é perfeita. - Ele deu um beijo em meus dedos.

- Mas isso é, pelo menos, quatro anos de faculdade, provavelmente


mais. E eu sempre pensei que eu iria ter uma família, também.

- Nada diz que você não possa fazer as duas coisas. Você sabe que eu
estou aqui para apoiá-la.

- Sim, mas você tem o seu trabalho, e seu trabalho é tão importante.
Você ajuda a tantas pessoas. Eu não posso pedir-lhe para dar mais do que
você já tem.

- Não desisti de nada. Sou onze anos mais velho que você, Tessa,
passei meus anos lutando para chegar onde estou. Ganho uma boa vida. A
única coisa que faltou era você. Quero bebês com você, muitos bebês, e
posso ajudar em casa para que você possa estudar e ir à escola. Tenho
dinheiro para a família, podemos contratar uma enfermeira para ajudar.

60
Não há limitações , Tessa. Quero que você tenha tudo que você sempre
sonhou.

Suas palavras trouxeram lágrimas aos meus olhos enquanto eu


segurava sua mão na minha, tão grata por ele ter aparecido naquela
porta, grata por eu ter tido a coragem de abri-la, e ainda mais feliz por ter
tomado a decisão de sair com ele.

Cage foi o começo da minha nova vida.

- Que tal riscarmos outro primeiro da sua lista? - Ele arrastou os


dedos através do meu peito.

- O que é isso?

- Nadarmos pelados? Não se preocupe, a água é rasa, eu tenho você.


Eu não vou deixar nada acontecer com você de novo. - Ele me puxou da
grama, puxou a camisa sobre a minha cabeça, e entrou lentamente na
água enquanto me segurava em seus braços. Um alívio refrescante tomou
conta de minha pele aquecida enquanto as mãos trabalhavam em todo o
meu corpo. Fechei minhas pernas em volta de sua cintura, com os braços
ao redor de seu pescoço, e beijei-o com tudo o que eu tinha em mim. Todo
o amor, a paixão, a luxúria, e gratidão, fez meu corpo cantar e quase fez
meu coração explodir.

- Esta foi a melhor noite da minha vida. - susserrrei em seu ouvido.

- Você é a melhor coisa que já me aconteceu. - Cage sussurrou, e seus


lábios estavam nos meus novamente, o amor bater entre nós com cada
batida de nossos corações frenéticos.

61
10
Cage
- Melhor fim de semana da minha vida. - Tessa murmurou enquanto
minha moto parava lentamente dentro da minha garagem. Fomos para casa,
depois de uma rápida viagem de dois dias, minhas mãos não estavam mais
cansadas de seu corpo do que quando partimos, embora se seu olhar
sonolento me dissesse alguma coisa, eu a tinha esgotado algumas vezes.

- Haverá muitas mais viagens em seu futuro, querida. - Puxei-a na


minha frente, as pernas montando minha cintura enquanto meu pau
cutucou em sua buceta coberta de jeans. Cristo, eu odiava quando um
único pedaço de tecido ficava entre nós.

- Você é bom demais para mim. - Tessa respirou como uma esbelta
mão escorregou entre nós e esfregou na cabeça protuberante do meu
pau. Pensamentos de levá-la me consumiam a cada momento, mas tê-la
na parte de trás da minha moto, com as coxas apertadas em volta do meu
corpo, era todo um novo tipo de inferno.

Minhas mãos empurraram sob o tecido de sua camisa, tirando-o de


sua pele para que ela sentasse entre o guidão da minha moto, seu corpo
voltado para o meu, a carne de seus lindos seios me deixando com fome
de tê-los na minha boca. Para provar seus lindos mamilos rosados na
minha língua. - Pensei em foder com você nessa moto durante toda a
subida. - Mordi a carne de seu peito lindo, chupando o mamilo e a
fazendo suspirar.

Eu pressionei seus seios juntos, determinado a conseguir minha parte


dela em uma mordida completa. - Eu quero traçar cada centímetro deste
corpo com minha língua.

Tessa cantarolou, seus olhos brilhando enquanto ela tirava o short,


minha calça jeans caindo no chão antes que ela sentasse na moto e eu
escorregasse para dentro de seu corpo enquanto socava o mecanismo da

62
porta da garagem para fechá-la atrás de nós. Graças a Deus eu não tinha
vizinhos do outro lado da rua.

- Eu amo levar você a qualquer lugar e em todos os lugares, tanto


quanto possível, mas caramba, se eu quero os olhos de outra pessoa
olhando para o que é meu. - Rosnei, então empurrei em seu corpo
brutalmente, seus seios saltando enquanto os seus botões pequenos
rosados brilhavam da trilha da minha língua.

- Você é tão bom. - ela suspirou, uma mão em seu cabelo enquanto eu
fodia seu corpo em submissão com meu pau faminto.

- Toque-se. - eu ordenei, os olhos passando por sua pele, tudo muito


delicioso que eu não sabia onde pousar primeiro olhos.

- O que? - ela perguntou, surpresa.

- Eu quero ver você se tocando. Quero ver você gozar enquanto meu
pau está enterrado em você.

- Cage…

- Faça isso, cordeirinho. - Com essas palavras, meu pau sacudiu


violentamente quando suas doces pontas dos dedos roçaram a raiz do
meu eixo. Chupei uma respiração afiada por meus dentes quando as
pontas dos dedos dela começaram um ritmo lento em torno de seu
clitóris. - Deus, é isso, baby. Mostre-me como você gosta de tocar essa
boceta bonita.

Seu corpo arqueado e seus dedos pegaram velocidade antes de seus


gemidos ficaram mais altos, ecoando nas quatro paredes que nos
rodeiam, meu pau batendo nela até que eu não pudesse ver direito.
Minhas mãos manusearam os mamilos pontiagudos de seus seios e
devoraram sua suculenta pele uma polegada de cada vez.

- Cage, Cage, Cage. - ela cantou como uma oração, enquanto suas coxas
se fechavam em volta de mim e começaram a tremer. Eu assisti enquanto
ela dirigia aquela pequena boceta ao seu ponto de ruptura, seu gozo
encharcando meu pau enquanto ela gozava em ondas de felicidade.

63
- Jesus, querida. - chamei quando minha própria liberação rasgou meu
sistema, ondas de gozo golpeando meu corpo. Foi como ser atingido por
um maremoto. Com uma dor saciada puxando meus músculos, meu
orgasmo diminuiu até que tudo o que restou foi seu lindo rosto, nossos
corpos unidos onde mais importavam, nosso amor pulsando entre nós
com a paixão residual que encheu nossos orgasmos.

- Isso foi incrível. - ela suspirou.

- Melhor do que eu mesmo imaginava. - Passei a ponta do dedo em


seu mamilo ereto, apreciando o arrepio que a percorreu com o contato.

- Está meio frio aqui. - Ela estremeceu novamente e cruzou os braços


sobre o peito, a carne de seus peitos derramando-se sobre seus pequenos
antebraços.

- Estou meio que gostando. - Um sorriso libertino cortou meu rosto, e


eu a puxei em meus braços e a tirei da minha moto, caminhando com ela
em passadas fáceis pela minha garagem e em minha casa. Nosso Lar.

- O que você acha de eu preparar um banho para você?

- Isso soa perfeito. - ela ronronou, fechando os olhos com um suspiro.

Virei a esquina para o corredor principal, meus olhos pousando em


mil cacos minúsculos de vidro cintilante - Que porra é essa?

64
11
Tessa
O que? - Meus olhos seguiram o seu para pousar na porta da frente,
vidro estilhaçado no corredor, um grande buraco através de uma janela.
Cage me tirou de seu abraço e puxei um cobertor do sofá sobre meus
ombros. - O que aconteceu?

- Parece uma bola de beisebol. Talvez uma das crianças das vizinhas? -
Cage se agachou, observando o vidro quebrado antes de olhar ao redor da
sala. - Eu não vejo uma bola, no entanto.

- Talvez ela rolou debaixo do sofá. - eu ofereci, esperançosa.

- Nada mais parece fora do lugar. Tenho certeza de que não era nada.
Poderia mesmo ter sido um pássaro, eu acho.

- Eu nunca vi um pássaro fazer isso.

- Eu também. - Ele estava manuseando um grande caco de vidro entre


os dedos. - Vou preparar um banho para você, depois descer e limpar
isso. Vou chamar alguém para substituir a janela amanhã. Não se
preocupe. - Ele colocou a palma da mão no topo da minha cabeça e pegou
meus lábios em um beijo. - Pronta para aquele banho? - Só se eu
conseguir companhia. - eu flertei descaradamente.

- Acha que você poderia me manter fora? - Ele riu, em seguida,


entrelaçou minha mão com a dele enquanto subíamos as escadas, indo
para seu banheiro principal para fumegar pilhas de bolhas quentes e
fofas.

Suas pontas dos dedos roçando minha pele, seus lábios dançando em
meu pescoço, nós nos amontoamos na grande banheira enquanto eu
afundava contra seu corpo na água quente alguns minutos depois.

- Eu estava pensando que poderia encontrar um emprego, esta


semana.

65
Os braços de Cage ficaram tensos atrás de mim, e eu senti
imediatamente que ele não estava aberto para a ideia. - Tem certeza que
está pronta para isso? Quero dizer, um pouco de tempo de transição não
é uma coisa ruim. Talvez até mesmo conversar com um conselheiro que
lida com tragédias familiares ...

- Não, acho que estou bem. Sinto como se tivesse esperado minha vida
inteira por este momento e, em vez de ficar em estado de choque, estou
simplesmente emocionada. Estou pronta para conquistar a vida. Estou
pronta para chegar lá e fazer o que eu deveria fazer.

- Você foi feita para me amar. - Ele passou os braços apertados em


torno de mim.

- Fora isso. Eu quero tentar de tudo.

- Acho que tivemos um ótimo início, neste fim de semana. - Ele


chupou meu pescoço enquanto seus dedos deslizaram entre as minhas
coxas e corriam através das dobras lisas de minha buceta.

- Nós fizemos. - Eu sorri. - Mas eu quero fazer mais coisas.

- Vamos, querida. Vamos fazer tudo. Eu prometo a você.

- Bem, eu estava pensando de começar um pouco menor do que isso.


Como talvez voluntária no abrigo de animais?

- Eu gosto disso, também. - Ele esguichou sabão em uma esponja, em


seguida, correu-o sobre minhas coxas, sob meus joelhos, tendo o cuidado
de me lavar com carícias suaves.

- Existe alguma coisa que eu poderia fazer que você não gostaria?

- Certo. - Ele deu de ombros e continuou a me dar banho como se


gostasse ainda mais do que eu. - Não saia de casa sem me avisar. Fique
com o telefone o tempo todo. Nunca, jamais fale com aquele homem que
te criou. Poucas regras simples.

- Nunca falar com ele?

- Nunca, querida.

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Uma longa pausa se estendeu entre nós antes que suas mãos
parassem. - Não me diga que você quer?

- Bem, - eu suspirei, tentando descobrir meus próprios sentimentos. -


Não, eu não quero, mas eu quero ajudá-lo. Ele precisa de ajuda, eu acho.
Ele não sabe nada diferente na vida. Eu me recuso a acreditar que não há
luz ou qualquer coisa boa para ser encontrar em sua escuridão. Todos
nós temos fragmentos de luz, Cage. Todo ser humano tem algo de bom
nele. Mas às vezes, quando tudo o que você vê é a noite, é difícil saber
como é o sol. Ele não tem ninguém e odeio pensar quanto pior ele ficaria
em completo isolamento. E se ficar pior?

- Oh, Tessa. - Os olhos de Cage estavam arregalados e sangrando de


compaixão. - Ele não é sua responsabilidade. Eu entendo agora. Você está
cuidando, você é gentil, sua alma é arrebatadora. Mas aquele homem não
tem mais nenhuma decência nele, e você não vai chegar perto dele. Ele é
violento e depravado. - Suas mãos estavam em meu cabelo, seus lábios
pressionados na minha testa, como se ele me amasse ainda mais agora
que ele chegou a essa conclusão.

- Eu só me preocupo. - Eu torci minhas mãos na água, sentindo como


minhas emoções não fizessem o mínimo sentido quando disse em voz
alta, mas fez sentido para mim lá no fundo.

- Promete que não vai vê-lo, Tessa. Você não tem idéia do que ele
poderia fazer.

- Ele... - Eu resmunguei, sabendo no fundo que não compreendia


inteiramente do que Tom era capaz, mas desesperada para pensar o
melhor do homem que tinha sido uma parte da minha vida por tanto
tempo.

- Tessa, que Deus me ajude, você tem que prometer que não vai vê-lo
novamente. Nem uma vez. Nem uma única vez. Se alguma coisa
acontecesse com você, eu não sei o que eu faria comigo mesmo. Não
posso deixa-la se machucar. Eu não vou deixar isso sob meu comando. --
Suas mãos estavam apertando em torno dos meus ombros, seus olhos
brilhando com uma intensidade que eu nunca tinha visto dele antes, não
sobre isso.

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- Ok, eu não vou.

- Obrigado. - Ele pegou meu queixo, seus olhos mostrando compaixão


sincera.

Eu balancei a cabeça, meu coração parecia estranhamente machucado


por toda essa provação. Talvez sempre se sentisse assim, não totalmente
completo, não totalmente curado. Cage poderia preencher muitos cantos
e recantos, mas eu não acho que nada poderia preencher o vazio que um
pai tóxico deixa.

- Devemos conseguir algum jantar em sua barriga. Você pode estar


comendo por dois, você sabe.

- Cage. - E eu ri quando suas mãos envolveram minha barriga lisa, nós


dois pensando em vê-la por aí com nossos bebês algum dia.

- Eu estou indo para limpar embaixo. Você leve o seu tempo e relaxa.
Eu estou servindo o jantar hoje à noite. Dá-me trinta minutos. - Ele bicou
a pele abaixo da minha orelha, o lugar que parecia ser o seu favorito.

- Parece incrível. - Estiquei quando ele se arrastou para fora da


banheira, a água chapinhando ao redor e expondo meus mamilos
sensíveis ao ar frio.

- Deus, cada músculo do meu corpo está me dizendo para rastejar de


volta na banheira com você. - ele rosnou, seus olhos no meu peito
enquanto sua ereção grossa entrou na minha linha de visão.

Eu sorri, lambendo meus lábios. Sem pensar, eu envolvi o meu punho


em torno de sua base e lambi a gota de pré-sêmen da ponta.

- Cristo, Tessa, eu acho que você está tentando me matar. - Suas mãos
empurraram no meu cabelo enquanto meus lábios cobriram seu pau
completamente e eu engoli o seu comprimento. Com sua ponta
empurrando no fundo da minha garganta, eu cantarolei enquanto minha
boceta carregava de desejo. Eu chupei e afundei minhas bochechas,
amando a sensação dele em minha boca.

- Porra, Tessa. - Ele flexionou os dedos, deixando-me saber que ele


estava perto de perder o controle. Suas coxas ficaram tensas, e uma de

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suas mãos ao redor da base do seu pau. Sua mão puxou minha cabeça de
seu pau antes que ele disparasse longos e brancos jorros de esperma em
meu peito. - Essa é a minha marca, baby.

Eu assisti com fascinação quando seu pau vazou algumas gotas


restantes e sua palma espalhou sua semente em meus seios. Em
pinceladas largas e arrebatadoras, ele me pintou com seu esperma e isso
me excitou ainda mais. Eu amei ser dele. Amava cheirar como ele. Amava
ser reivindicada por ele.

Eu sorri, passando a última gota da ponta de seu lindo pau e


deslizando-o em minha boca.

- Eu não sabia que era possível, mas tenho certeza de que amo você
um pouco mais a cada dia, Tessa Talbot.

- Boa. - Girei o dedo em minha boca e o retirei com um som de estalo


satisfatório.

- Tessa ...

Eu apenas sorri enquanto jogava uma toalha fofa nele e me


empurrava para baixo das bolhas. Um sorriso apareceu nos cantos da
minha boca quando ouvi sua bufada seguida por seus passos pesados,
saindo do banheiro.

Eu estava tão feliz que não conseguia ver direito. Eu não conseguia
ver nada através da névoa de paixão que Cage me envolvia. Eu não podia
esperar pelo amanhã ou no dia seguinte. Eu não podia esperar pelo resto
da minha vida. Eu estava me afogando em Cage West e não poderia estar
mais feliz.

69
12
Tessa
Acordei na manhã seguinte com as mãos de Cage rastejando através
do meu corpo, os dedos mergulhando em minhas dobras encharcadas, as
pontas dos dedos pastando meus mamilos no ar da manhã.

- Você é um homem perigoso, Cage West.

- Você é ainda mais perigosa para o meu coração, linda. - Ele deslizou
seus dedos em meu corpo e me levou a um orgasmo rápido. Meu sorriso
ainda maior, meus ossos ainda mais relaxado, ele desapareceu da cama,
um momento depois, lambendo o meu gosto em seus dedos enquanto ele
subia, dizendo que panquecas OJ estariam prontas em quinze minutos.

Mal sabia eu que em quinze minutos meu mundo iria virar de cabeça
para baixo, novamente.

Eu caminhei pelo corredor depois de colocar um robe de seda e entrei


na cozinha, a extensão sexy de suas costas esculpidas voltadas para mim
enquanto seus olhos testavam na pequena TV, no canto.

- Bom dia. - Eu ecoei sua saudação familiar enquanto deslizava meus


braços em volta de sua cintura tensa.

- Tessa. - O tom de sua voz gelou a medula em meus ossos. Virando-


me para seguir seu olhar, eu peguei o título, em seguida, em sintonia com
o locutor. - A mulher local dada como desaparecida na semana passada,
foi encontrada. Supostamente apenas uma fugitiva, ela foi encontrada
vivendo com um homem, supostamente um policial do departamento de
polícia local.

- Que porra é essa? – A voz grave de Cage congelou meu coração


quando ele bateu a mão no balcão, os talheres tremendo no granito
enquanto ele o fazia. Ele pegou seu telefone, discou um número e o levou
ao ouvido. Seus olhos finalmente encontraram os meus, seus lábios
prontos para formar palavras antes que ele registrasse minha forma cada
vez menor e colocasse o telefone no balcão instantaneamente.

70
- Jesus, eu sinto muito. Eu deveria ter perguntado, você está bem? -
Ele mergulhou para pegar o meu olhar.

- Sim, eu só queria que você falasse comigo antes de sair pisando forte
e grunhir.

Seus lábios se contraíram em minha pequena piada. - Eu vi vermelho,


baby. Aquele homem precisa de cuidados, não confio nele nem por um
segundo.

- Eu sei que você não confia. Eu também não, mas talvez com um
pouco de terapia, ele pode ficar melhor.

- Eu sei, eu sei, Tessa, mas você não sabe o que eu sei.

- O que quer dizer? O que você poderia saber sobre Tom que eu não
sei?

Ele balançou a cabeça como se estivesse em guerra com a decisão se


deveria ou não me dizer algo.

- Você sabe de alguma coisa? - Inclinei minha cabeça, de repente me


perguntando se ele sabia muito mais do que ele disse desde o início.

- Eu não queria dizer-lhe. É o seu padrasto. Eu não queria estragar sua


imagem dele mais do que-

- Cage, me diga. - Eu agarrei seus ombros então, minha mandíbula


cerrada e meu olhar perfurado nele. - Se você não me contar, Deus me
ajude, eu vou descobrir sozinha.

- Seu padrasto... - Ele respirou, seus olhos se voltando para baixo com
algum tipo de dor. - Há muito tempo atrás, o seu padrasto, antes que ele
fosse seu padrasto...

- Jesus Cristo! Cage West, apenas cuspa!

Ele mordeu o lábio inferior e olhou nos meus olhos, parecendo tão
arrasado que odiei que ele tivesse que dizer as palavras. - Seu padrasto
estuprou minha mãe há muito tempo.

Suas palavras pairaram no ar como pingentes de gelo farpados.

71
- Não. - Eu balancei minha cabeça, as lágrimas coçando em meus
olhos. - Ele nunca fez nada assim. - Por que parecia que meus pulmões
estavam explodindo? Por que parecia que meu peito estava prestes a se
dividir ao meio?

- Tessa... Eu não queria te dizer.

- Eu... Como pode ser isso? Não faz sentido. Ele não é assim.

- Ele nunca foi condenado, Tessa. Não havia provas suficientes. Eles
não fizeram o DNA naquela época, então era apenas a palavra dele contra
a dela, e ele tinha um álibi do papel de parede de merda, mas foi o
suficiente. Eu vi a expressão no rosto dela, Tessa. Eu vi com meus
próprios olhos. Cada vez que era tocada, todo o rosto dela mudava, ela
perdia a cor, parecia estar doente. E, então, quando eles começaram a
espirrar sua cara na TV durante o tribunal-

- Ele foi a julgamento? - Fiquei espantada. Isso não pode ser verdade.
Mas por que Cage mentiria? Por que sua mãe mentiria? Eu sabia que Tom
iria mentir, ele mentiu muitas vezes antes, mas ele era um estuprador?

- Isso se arrastou por meses. Ele era jovem, seus pais tinham algum
dinheiro, eles contrataram o advogado mais extravagante e eles
continuaram vomitando todas essas testemunhas e apresentando toda
essa merda de causa provável. Isso destruiu minha mãe. Viver com isso
destruiu ela. Foi por isso que fui para a polícia, queria proteger vítimas
como ela e, secretamente, esperava poder reunir provas suficientes para
realmente prendê-lo algum dia. Minha família pensava que eu iria abrir
um negócio, mas eu sabia que não poderia deixar esse homem, ou alguém
como ele perambulando, ferir inocentes. Eu só queria vê-lo preso por
alguma coisa. Aconteceu quando eu era jovem, mas eu podia ver o olhar
em seus olhos, ele a perseguiu por anos.

- Cage. - Minhas mãos foram para seu rosto, instantaneamente


preocupada apenas com seu coração partido. - Ela está... ?

- Ela faleceu há alguns anos. Câncer de pulmão. - Ele balançou a


cabeça e enxugou os olhos.

72
Apertei-me contra ele, meus braços em volta do pescoço, segurando e
abraçando-o com tanta força que eu pensei que poderia perder o pouco
fôlego que permaneceu em meus pulmões. Eu chorei no ombro dele,
soluçando enquanto senti a dor e a verdade do meu passado me destruir.

- Eu poderia ter sido ela. Por que não eu a ela?

- Eu não sei, baby. Talvez, no fundo, há algum pingo de bondade nele.


Ele não conseguiu destruir você.

- Não, não alguém que pode fazer isso com uma mulher inocente. Isso
é ruim. - Eu balancei minha cabeça, de repente sentindo o mesmo fogo
que iluminou as entranhas de Cage nas minhas. - Eu o odeio. Eu o odeio
pelo que ele fez a ela.

- Eu também fiz, por um longo tempo. - Suas palmas se espalharam


pelas minhas costas e esfregaram em círculos largos. - Ódio apenas gera
mais ódio, Tessa. Você não pode se perder nisso. Você apenas tem que
encontrar as coisas boas da vida e segurá-las um pouco mais forte. - Ele
soprou no meu pescoço, me segurando mais forte do que nunca.

- E agora?

- Nada, baby. Vamos seguir em frente com nossa vida. Tudo isso vai
ficar morto para trás. Mas a primeira coisa que preciso fazer é instalar
um sistema de segurança. De jeito nenhum eu vou arriscar... - Ele fez uma
pausa, seus olhos procurando os meus enquanto ele olhava para mim. -
Não arriscarei você.

73
13
Cage
- Bati na borda do copo de suco de laranja vazio, a única coisa que
consegui engolir esta manhã. Eu tive uma longa conversa com o meu
supervisor e expliquei toda a situação com Tessa. Ele me garantiu que
não era grande coisa, como a transmissão fez parecer, e apenas me
encorajou a mantê-la segura. Eu já tinha feito a ligação para a empresa de
segurança e eles estavam vindo amanhã. Eu tinha sido um idiota por não
ter feito isso antes, mas pelo menos ela estava trancada com segurança na
minha casa. Por outro lado, essa é a última coisa que eu queria para ela,
estar presa. Talvez pudéssemos nos mudar, atravessar o país. Eu era um
bom policial com uma reputação decente, também tinha conexões
familiares que poderia usar, se necessário. Resumindo: eu mudaria por
Tessa. Se levar Tessa embora fosse a única maneira de mantê-la segura,
eu faria isso.

Saí pela porta dos fundos e desci a varanda, me lembrando da


primeira vez que a tive em meus braços e conectei com seu corpo
algumas noites atrás. Ela era tudo, e a ideia de perdê-la era como uma
faca no meu coração. Eu precisava dela em minha vida, largaria tudo o
que possuía em um segundo para mantê-la comigo e fora de perigo.

E se eu pudesse colocar um anel em seu dedo e um bebê em sua


barriga, seria um homem de muita sorte.

Cruzando o quintal até meu galpão, puxei o cortador de grama,


pensando que um pouco de exercício e manutenção neste gramado me
faria bem. Eu iria suar pela próxima hora, então revisitaria Tessa e veria o
que eu poderia fazer para melhorar isso, a curto prazo.

Eu corri pelas fileiras do gramado, me perdendo no cheiro da grama


recém-cortada, meus pensamentos sobre a linda garota aninhada na
minha cama, o coração partido enquanto ela tentava se curar da vida que
foi empurrada em cima dela. . Fileira após fileira, o sol batia forte, meus
pensamentos reviraram minhas entranhas, meu coração doeu porque

74
neste momento ela estava sofrendo e eu não poderia curá-la. Depois de
uma dúzia de fileiras, terminei o gramado dos fundos, virando no pátio
lateral antes que o motor gorgolejasse e então parasse. Sons de gritos
violentos rasgou meus tímpanos. Lancei-me em uma corrida mortal para
a casa.

Tessa.

75
14
Tessa
Seus dedos grossos de salsicha agarrando minha garganta me
deixaram sem ar. Eu estava morrendo. Eu ia morrer bem aqui contra esta
parede. O som do belo homem, que jurou me manter segura, cortando a
grama a poucos metros de distância. Isso não pode ser, isso não está
acontecendo.

- É por isso que eu não pude deixar você sair, Tessa. Você vê isso
agora, não é? - Ele afrouxou o aperto na minha garganta e inclinou meu
queixo com seus dedos gordos em um movimento de assentimento.

- Eu odeio você. - eu soltei, quando recuperei o fôlego.

- Uma filha nunca pode odiar o pai. - Seu mau hálito queimou meu
rosto e me fez fechar os olhos, respirando fundo, tentei gritar, minha
garganta rouca ainda não se recuperou de seu aperto. - Eu vi você
chegando, Tessa. Você é a Eva encarnada. Este corpo não pertence a uma
criança. Você tem o corpo de uma mulher, e isso não pode ser escondido.
Você faz os homens terem pensamentos perversos, os tenta a pecar,
Tessa. Você não aguentaria isso. Abriu as pernas para o primeiro homem
que bateu na porta. Posso ver a flor morta em suas bochechas. Você
perdeu sua inocência e isso parte meu coração. Você acha que ele ama
você? Ele está apenas usando você, Tessa. Ninguém te ama como eu. - Seu
antebraço esmagou minha traqueia, suas palavras gotejando com nojo vil
e prazer arrepiante. - Eu o ouvi contaminando você. Ouvi seus gritos de
prazer. Você vai precisar de punição. Quantas semanas por deixá-lo
colocar as mãos em você, Tessa?

Fechei os olhos, a bile queimando meu esôfago quando pensei nele se


escondendo no porão, ou onde quer que tenha esperado a noite toda para
me pegar sozinha, ouvindo-nos fazer amor. Ouvindo-nos na banheira,
ouvindo Cage abrir a parte mais íntima de mim. Eu gostaria de morrer ,
derreter direto no tapete e desistir. Mas ainda mais do que isso, eu queria
que Tom morresse. Ele não só roubou minha vida, mas também a da mãe

76
de Cage. Ele era mau, vil e merecia apodrecer no chão. Engoli em seco,
pensando que tinha que fazer o que sempre fiz. Tinha que fazer o que
aprendi para sobreviver com Tom, ou não sairia dessa viva. Eu tinha que
jogar minhas cartas com inteligência.

- Sim, Pai. - eu engasguei, engolindo algumas vezes para livrar a dor


da minha garganta quando ele me soltou.

- Isso é o que eu gosto de ouvir, docinho. - Ele deu um tapinha na


minha bochecha, seu punho agarrando meu cotovelo, ele me puxou
escada abaixo. - Vamos te levar para casa. - Eu segui junto, tremendo
violentamente, pensando como poderia parar isso, como poderia alertar
Cage para que ele realmente me ouvisse.

Chegamos ao final da escada, meus olhos fixos na janela por onde


Tom tinha empurrado na noite anterior, destrancando a porta e
entrando. Assim que Tom apertou minha mão com mais força, o cortador
de grama parou e morreu. Aproveitei a chance e me lancei das mãos de
Tom, gritando o mais alto que pude. Correndo pelo corredor, atravessei a
cozinha e bati com o ombro na porta dos fundos, sacudindo a maçaneta
até que ondas de ar fresco atingiram meu rosto.

- Que porra você está fazendo aqui? – A voz alta de Cage gritou pelo
corredor quando ouvi o eco de suas botas apontando para Tom. Eu me
enrolei em uma bola, assistindo com horror quando Cage pousou em
cima de Tom, tirando o ar de seus pulmões. Com um punho o segurando,
ele esmurrou seu rosto. Sua maçã do rosto. Sua orelha. Sua órbita ocular.
Seu queixo. Sua órbita ocular mais três vezes para garantir.

- Cage se levantou, os punhos tremendo enquanto ele olhava para


Tom, depois para mim. Seus olhos se arregalaram quando ele me viu. Ele
olhou para trás para Tom e deu mais dois chutes devastadores em seu
abdômen. Tom estava deitado no chão, o sangue escorrendo das feridas
em seu rosto, apenas pequenos gemidos saindo de seus lábios.

- Ele está morto? - Eu gritei do canto.

- Ainda não. - Ele procurou em seu bolso seu telefone e discou.

77
Em minutos, viaturas e ambulâncias estavam chegando a casa de
Cage, mais corpos do que eu tinha visto em toda a minha vida lotaram o
pequeno espaço. Os médicos puxaram Tom, enquanto outra equipe
cuidava de um pequeno corte que eu tinha na testa ao bater na porta, na
minha pressa de sair. Aparentemente, era o corte que Cage tinha visto e
pensou que Tom havia posto ali e o tinha enlouquecido de raiva.

Não foi um momento muito cedo. A cada golpe no corpo de Tom, eu


me sentia um pouco mais segura. Um pouco mais protegida. Meu futuro
um pouco mais brilhante.

Eu soube, no minuto que ele me pegou, quando entrei no quarto


principal de Cage, que ele estava esperando por este momento, e de jeito
nenhum eu teria uma chance de escapar dele enquanto ele estivesse livre.
Eu não podia acreditar que ele realmente teve coragem de esperar em
silêncio na casa de Cage por horas, talvez até um dia ou. Eu só tinha
conhecido o lado que ele tinha mostrado para mim, mas, aparentemente,
havia outro lado ainda mais sombrio, que estuprou e violou mulheres.

- Como está se sentindo, cordeirinho? - Cage se aproximou de mim,


depois de passar os últimos vinte minutos conversando com um policial.

- Minha cabeça dói, mas fora isso, estou ótima.

- Graças a Deus. - Cage deu um beijo demorado na minha testa.

- Graças a Deus por você. - Eu me aninhei em seu pescoço, meus


músculos finalmente afrouxando enquanto eu relaxava em seu abraço.

Ele era minha casa. Viver de mãos dadas com ele era tudo o que
importava para mim. Ele estava certo quando disse que não pode segurar
o ódio, você precisa liberá-lo e apertar as pessoas que você ama um
pouco mais.

Eu estava apertando-o. Eu nunca iria deixá-lo ir.

Ele tinha salvado minha vida de novo, e eu só esperava que pudesse


mostrar-lhe uma fração do amor que ele mostrou-me a cada dia.

Cage West prendeu meu coração.

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Mais tarde, naquela noite, aninhada com segurança em seus braços,
suspirei de alívio incrédulo. - Está realmente acabado? Só assim, estou
livre? Parece bom demais para ser verdade.

- É melhor você acreditar que está feito. Eu disse a Carson tudo e ele
concordou em fazer tudo que estiver ao nosso alcance para jogá-lo atrás
das grades. Vamos testar o DNA dele em casos arquivados, Tessa. Se
apenas um aparecer, junto com as acusações de prisão injusta, ele estará
indo embora para sempre.

Meus olhos presos aos azuis profundos de Cage. - Eu não posso


acreditar que ele estava escondido no porão o tempo todo.

O rosto de Cage ficou sombrio. - Só de pensar naquele homem na


minha casa, ouvindo enquanto nós ... Ele tem sorte de estar vivo, Tessa.
Eu vi vermelho quando entrei e o encontrei perseguindo você. Eu não
poderia ter sido responsável se o tivesse matado. Você é minha vida, e
quando ele a ameaçou, ele me ameaçou.

Eu concordei, aconchegando-me no mais profundo de seu corpo. Um


antebraço pesado envolto em meu estômago, desenhando círculos
preguiçosos ao redor do côncavo do meu umbigo.

- Talvez agora possamos seguir com nossas vidas. - ele sussurrou.

Um rubor penetrou no meu rosto enquanto imaginava, um dia,


usando seu anel, sendo a sua noiva, mãe de seus filhos.

- Eu não posso esperar pelo nosso futuro, Cage West.

Seu lindo sorriso de lado se inclinou antes que ele esticasse sua forma
dura e musculosa acima de mim, suas mãos travando meus dedos acima
da minha cabeça enquanto ele provava minha pele com sua língua.

- Nós temos um belo futuro, baby. Venho planejando isso desde o dia
em que você entrou na minha vida.

Cada batida do meu coração sabia que era verdade.

79
Primeiro Epílogo
Um mês depois
Tessa
- Parece bem esta noite, mamãe. – A mão de Cage pressionado na
parte baixa das minhas costas, quando saímos do taxi.

- Obrigada. - Eu sorri, Eu sorri, ainda não acostumada com seus


elogios constantes.

- Eu, por outro lado, me sinto como um idiota. - Cage torceu a gravata
fina em volta de seu pescoço. Fiz uma pausa para afastar suas mãos e
endireitei-o.

- Você está absolutamente delicioso. - Eu pressionei na ponta dos pés


e mordi o lábio inferior dele.

- Se não estivéssemos comemorando esta noite, eu correria com você


para casa e arrancaria cada pedaço deste vestido brilhante de você e
foderia com você até na próxima semana.

- Cage. - eu sussurrei, consciente dos olhos do porteiro em nós.

- ‘Vamos dar-lhes algo para sussurrar. - Ele passou a mão no meu


cabelo e segurou meu pescoço, levando meus lábios em um beijo ardente
que enrolou os dedos dos pés e enviou meu coração par cima.

- De jeito nenhum a comida vai ser melhor do que isso. - ele


sussurrou, quando terminou, me fazendo sorrir timidamente.

Depois de passar semanas estudando, eu fiz um teste de admissão e


passei com louvor - estava no caminho acelerado para conseguir um
diploma de enfermagem em menos de três anos. Isso exigiria um horário
de trabalho completo, mas eu estava tão pronta. Minha mente já estava
correndo solta com todas as possibilidades pela frente.

- Comporte-se, até chegarmos em casa.

80
- Eu pensei que você gostava de mim um pouco selvagem. - Ele
serpenteou seu braço em volta da minha cintura e passou pelo porteiro,
dando-lhe uma piscadela indulgente.

- Talvez menos selvagem e um pouco mais cautelosamente


imprevisível. ” Sua risada era como música para meus ouvidos. Eu vivi
para ouvi-lo rir, o tom calmante de sua voz, isso e a maneira como suas
mãos espalmadas pelo meu corpo, me enviavam para o céu todas as
vezes.

- Sr. West? - Cage assentiu quando o atendente se dirigiu a ele. - Por


aqui, senhor.

Fomos levados por uma escada particular em caracol, longe do caos


do restaurante abaixo. Cage insistiu em me trazer aqui para comemorar
minha aceitação no programa. Eu teria ficado contente em ir para casa
com ele, para um jantar tranquilo, mas ele foi insistente, então, eu
felizmente cedi.

- Cage... ? - Eu suspirei quando entramos em uma sala de jantar


privada, reservada para dois, com vista para o andar de baixo. Música
suave ecoava pelos alto-falantes escondidos e, apesar do zumbido baixo
do restaurante abaixo, era incrivelmente íntimo.

- Obrigado. - Cage disse enquanto o atendente se afastava. - É bom,


heim?

- Bom? É o melhor lugar em que já estive.

- Eu disse que você precisa daquele vestido.

- Não sei se te bato ou te beije!

- Beije-me? - Ele riu.

- Você não deveria estar gastando tanto dinheiro comigo.

- Besteira, não há nada melhor na minha vida para gastar. - Ele


colocou um beijo em meus dedos. - Mas também espero um inferno de
um obrigado mais tarde.

81
O riso saiu da minha garganta assim que nosso garçom trouxe uma
garrafa de água e anotou nossos pedidos de bebida. Pressionei a mão por
baixo da mesa e sobre a virilha da calça de seu terno, deliciando-me com
o arrepio que percorreu seu corpo ao meu toque. Eu sorri docemente
para o garçom quando ele saiu, o pau de Cage duro como uma rocha e
dando água na boca sob meus dedos.

- Eu não posso esperar para chegar em casa e foder esse sorriso do


seu rosto.

- Por que esperar? - Meus olhos brilharam de desafio.

- Tenho a sensação de que há um banheiro particular por aqui em


algum lugar. Não me tente, linda.

- A tentação é o meu pecado favorito.

- E não sei disso. - estendeu a mão para seu pau, o reajustando não tão
sutilmente.

- Estou pensando em rastejar para debaixo da mesa e envolver meus


lábios em torno de seu lindo pau. - eu ronronei, os olhos dançando
enquanto seu olhar disparava dos meus lábios de volta aos meus olhos.

-Doce Jesus, Tessa.

Só então o garçom voltou, entregando as nossas bebidas antes de


anotar nossos pedidos. Cage quase engasgou com a sua língua, enquanto
eu acariciava o cume de seu pênis o tempo todo. Eu observei sua
mandíbula apertar, suas sobrancelhas franzidas enquanto ele tentava se
concentrar em qualquer coisa, menos na minha mão. Eu sorri, tomando
um gole da minha água com a outra mão, fingindo inocência enquanto a
ereção de Cage engrossava e pulava sob meus dedos.

Assim que o garçom se afastou sorrindo, a mão de Cage estava entre


as minhas pernas, as pontas dos dedos empurrando meu vestido para
fazer contato com minha buceta encharcada.

- Jesus Cristo, Tessa. Onde estão suas calcinhas? - Eu ouvi a restrição


velada rachar sua voz, e isso me excitou ainda mais.

- Uma pessoa sábia uma vez me disse que elas só atrapalham.

82
- Que pessoa inteligente. - A almofada áspera de seu polegar deslizou
entre meus lábios e rodou no pequeno broto duro do meu clitóris. Um
pequeno gemido escapou de mim antes que eu pudesse impedi- lo.

- Isso minha garota, eu te desafio a manter uma cara séria, na próxima


vez que ele estiver aqui. Uma atrevida esfregando meu pau enquanto eu
fazia o pedido. - Ele acrescentou um segundo dedo no seu ataque, em
seguida, empurrou-os dentro do meu corpo.

- Cage, oh meu Deus. - eu engasguei enquanto meus punhos


apertavam o lado da mesa. Eu nunca esperei que ele fosse tão longe, que
realmente me fodesse com os dedos em público.

Seus dedos engancharam em algum lugar dentro de mim, as pontas de


seus dedos raspando contra os nervos em carne viva e fazendo minhas
coxas tremerem de prazer. Seu polegar pressionou com força total no
meu clitóris, seu sorriso se aprofundando enquanto meus olhos se
fechavam e eu mordia meu lábio inferior.

- Não esconda esse rosto, bebê. Venha até mim. - Um terceiro dedo
escorregou pela minha entrada e uma série de zumbidos sairam pelos
meus lábios, apenas os dentes perfurando minha carne retendo o coro de
gemidos que geralmente acompanhava meus orgasmos.

- Porra, baby. - Cage se inclinou, seus lábios sugando no oco do meu


pescoço enquanto suas mãos diminuíam o ritmo e ele tirava os dedos do
meu corpo. - O dia que eu parar de receber isso de você, é o dia em que
você tem permissão para me deixar.

Meu peito arfava, meus mamilos ainda duro e dolorido pressionando


contra o vestido apertado. - Posso conseguir isso por escrito?

- Claro que sim, linda, mas posso garantir que você não vai precisar
dele.

Ele passou seu dedo, embebido com a minha excitação, pelos meus
lábios e esperou enquanto eu chupava e rodava o sabor. - Espero que
você tenha limpado sua agenda amanhã. Eu quero você nua o dia todo.

Eu sorri, minha respiração finalmente se estabeleceu em um padrão


normal. - Ainda comemorando?

83
- Temos muito a comemorar.

Eu sorri, inclinando o meu copo de água para os meus lábios. Cage


tirou algo de debaixo da mesa e o colocou em frente de mim.

- Eu deveria esperar, mas assim como tudo o mais quando se trata de


você, estou atirando no alvo porque não posso perder mais um dia.

Meus olhos dispararam dos olhos dele para a caixa na mesa. A


caixinha de couro preto.

- Cage…

- Não me prenda, baby. Apenas diga sim. - Ele abriu a caixa e um


grande diamante amarelo canário brilhavam de volta para mim.

- Oh meu Deus. - Minhas mãos voaram para o meu rosto, cobrindo


minhas lágrimas enquanto elas desciam pelas minhas bochechas. - Oh
meu deus, Cage. - Meus dedos tremiam quando seu sorriso se aprofundou
e ele arrancou o diamante de seu caso.

- Diga que sim, querida. Você é minha e eu sou seu, vamos torná-lo
oficial. Juro te amar mais do que eu mesmo, todos os dias da eternidade.
Quer se casar comigo? - Ele colocou o anel no meu dedo, seus olhos fixos
nos meus.

- Cage! - Eu gritei, lançando-me em seus braços e envolvendo-me em


torno de seu corpo. - Sim, sim, Deus. Mil sim

Sua mão nas minhas costas, meus lábios pressionados contra o seu, é
assim que o garçom nos encontrou. Aqui na sala privada deste fantástico
restaurante, Cage me pediu para ser sua para sempre, e eu disse que sim.
E no momento mais feliz da minha vida, era como se apenas nós dois
existíamos, completamente isolado do mundo exterior. Eu estava
finalmente e verdadeiramente livre, e Cage estava fazendo todos os meus
sonhos se tornarem realidade. Meu Salvador. Meu príncipe encantado.

84
Segundo Epílogo
Nove meses depois
Cage
Dez dedos minúsculos da mão e dez dedos do pé minúsculos e os mais
amplos e luminosos olhos verdes que eu já tinha visto.

- Você é linda, pequena Lily-Rose. Assim como sua mãe. - Minha filha,
de apenas duas horas de idade, era de tirar o fôlego, seus olhos piscaram,
então, se estabeleceu em um sono tranquilo. - Você fez um trabalho
incrível, mamãe.

Os adoráveis olhos verdes de Tessa piscaram para conter as lágrimas,


enquanto ela passava a ponta do dedo pela cabecinha careca de nossa
filha. - Ela é linda, não é?

- Ela é perfeita. - Eu dei um beijo na bochecha de Tessa, aninhando


nossa filha para dormir em seus braços.

- Eu não posso acreditar que nós somos pais.

- Ainda estou em choque porque você realmente se casou comigo. -


Era a piada corrente. Eu sabia muito bem que Tessa estava fora do meu
alcance, mas ela me amava mesmo assim.

- Eu me casaria com você de novo e de novo.

Eu me sentei ao lado dela na cama, colocando uma mão reconfortante


sobre a doçura que dormia entre nós. - Definitivamente não tenho
dúvidas de que sou o homem mais sortudo do mundo. Mal posso esperar
para levar vocês duas para casa.

Ela sorriu, aninhando-se em meu peito e seus olhos se fecharam.


Esses dois eram minha vida, meu mundo, minha razão de existir. Eu não
podia acreditar que em um curto, eu tinha ido resgatá-la e passei a amá-
la. . Havíamos criado um futuro para nós mesmos, um futuro brilhante e
vibrante e que incluía muitos, muitos mais bebês.

85
- Ela vai precisar de um irmão ou irmã em breve.

-Cage! - Tessa riu, tomando cuidado para não acordar o recém-


nascido nos braços. - É contra as ordens do médico fazer sexo por seis
semanas, de qualquer maneira. Lembra da aula de parto? - Claro que me
lembrei. Estar rodeado por uma dúzia de mulheres grávidas era difícil de
esquecer.

- O que eles dizem sobre orgasmos? Ouvi dizer que eu sou muito
talentoso com a minha língua.

- Cage! - Tessa riu ainda mais incontrolável. Sua própria risada me fez
sorrir de orelha a orelha. Quando ela se acalmou, ela acrescentou,
pensando melhor: - Você é muito bom com essa língua.

Eu cantarolei e a puxei para os meus lábios. - Vamos praticar, então. -


Eu a beijei, longo e profundo, emoção asfixiando minha garganta quando
eu percebi que aqui, neste momento, este era o melhor lugar para estar.
Jurei tornar cada momento com Tessa tão bonito, que nos lembraríamos
de todos eles.

- Te amo, mamãe. - cantarolei contra seus lábios.

- Te amo mais. - ela respondeu.

- Nem mesmo é possível, Tessa Talbot West. E vou passar todos os


dias provando isso para sempre.

FIM

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Aria Cole é uma dona de casa de trinta e poucos anos que antes se
sentia mal por ler livros sujos tarde da noite, até que decidiu escrever os
seus próprios. Homens alfa possessivos e as heroínas atrevidas que os
amam são comuns, junto com uma dose saudável de amor instantâneo,
irresistível e felizes para sempre, tão doces que seus dentes podem doer.

Para uma história segura, fora das paradas, QUENTE e sempre HEA que
não leva uma vida inteira para ler, perca-se em um livro de Aria Cole!

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