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diário de viagem
Relato de viagem e
2/11/12 10:29 AM
5
Capítulo
155
Relato de viagem
AKPE/Amyr Klink
O trecho do relato de viagem que você vai ler foi escrito pelo navegador
brasileiro Amyr Klink, que já realizou diversas façanhas, como passar um ano
inteiro na Antártida e dar a volta ao mundo pela rota mais difícil: a circum-
O que você vai ler
Partir
A situação a bordo era desoladora. O vento ensurdecedor, o mar difícil,
roupas encharcadas, muito frio e alguns estragos. Pela frente, uma eternidade
até o Brasil. Para trás, uma costa inóspita, desolada e perigosamente pró
xima. Sabia melhor que ninguém avaliar as dificuldades que eu teria daquele
momento em diante. Estava saindo na pior época do ano, final de outono, e
teria pela frente um inverno inteiro no mar.
[…]
Finalmente, meu caminho dependeria do meu esforço e dedicação, de
decisões minhas e não de terceiros, e eu me sentia suficientemente capaz
de solucionar todos os problemas que surgissem, de encontrar saídas para os
apuros em que porventura me metesse.
Se estava com medo? Mais que a espuma das ondas, estava branco, com
pletamente branco de medo. Mas, ao me encontrar afinal só, só e indepen
dente, senti uma súbita calma. Era preciso começar a trabalhar rápido, deixar
a África para trás, e era exatamente o que eu estava fazendo. […]
Não estava obstinado de maneira
AKPE/Amyr Klink
156
157
Relato de viagem
AKPE/Amyr Klink
No fim do dia, ao me levantar para amarrar os remos e jogar a biruta no Chegada de Amyr Klink
mar, antes de ir dormir, olhei para o horizonte e, em vez de mar, como ima ao Brasil. Salvador, 1984.
GlossáriO
Arrebentação: choque das ondas ou lugar onde elas se Hesitação: indecisão, dúvida.
quebram. Inóspito: desfavorável à vida; difícil.
Biruta: aparelho para indicar a direção do vento. Latitude: distância de um ponto do globo terrestre em
Cockpit: local destinado aos pilotos em carros de corrida relação à linha do equador.
ou em algumas embarcações. Obstinado: inflexível; que defende uma opinião ou
Derivar: desviar da rota. propósito mesmo quando contrário à razão; teimoso.
Desolador: que apresenta aparência de isolamento, Popa: parte de trás de um embarcação.
desamparo e aflição. Ressurgência: movimento ascendente de águas
Enseada: pequena baía na costa de mar, que serve de profundas para a superfície.
porto a embarcações. Sobressaltado: bastante agitado; inquieto.
158
ID/BR
De que viagem trata o relato?
Quem está realizando a travessia?
Quem está relatando essa travessia?
Qual é o tipo de embarcação utilizado na travessia?
Como é a região por onde Amyr Klink estava navegando?
Capítulo 5
2. O texto que você leu apresenta duas partes: em uma delas, Amyr Klink
fala de seus sentimentos em determinado momento da viagem e, em ou-
Fabiana Salomão/ID/BR
tra, apresenta uma situação de perigo que enfrentou. Quais os títulos des-
sas duas partes, respectivamente?
3. Releia o título da segunda parte do fragmento. Que significado esse título
adquire no texto?
4. Transcreva em seu caderno a alternativa correta em relação à viagem de
Amyr Klink.
a) Ele não planejou a viagem, simplesmente decidiu que partiria e foi em
busca de aventura.
b) Ele sentia confiança em seu projeto e tinha consciência dos desafios
a serem superados.
c) Amyr Klink planejou apenas parte da viagem e achou que não teria
muitas dificuldades e desafios.
5. Mesmo sabendo das dificuldades que enfrentaria na viagem, o trecho re-
lata situações em que o autor demonstra ter sido surpreendido.
a) Como Amyr Klink se sente ao avistar as dunas do deserto da Namíbia?
b) Por que ele demonstra esse sentimento?
c) O que aconteceu com o barco, deixando o navegador totalmente inca-
pacitado para agir?
6. Com base no trecho lido, é possível imaginar as situações que o navegador
enfrentou nessa fase da viagem? Por quê?
ANOTE
7. No texto, Amyr Klink, com base em sua experiência como navegador, com-
para o poder do ser humano com o poder da natureza. Transcreva em seu
caderno a afirmativa que mostra a visão do autor a respeito de seu rela-
cionamento com a natureza.
a) Amyr afirma a superioridade do ser humano em relação à natureza.
b) Amyr afirma a igualdade entre o ser humano e a natureza.
c) Amyr demonstra respeito à natureza.
8. Você acredita que Amyr Klink teve sucesso em sua travessia? Justifique
sua resposta.
159
ID/BR
Local Características
Costa da Namíbia
Mar
ANOTE
Para que o leitor possa formar uma imagem dos espaços visitados pelo
viajante, é importante caracterizá-los. Isso é feito pela seleção dos aconte-
cimentos que o autor considera mais marcantes.
ID/BR
OCEANO
B R A S I L
1/9 25/8
12/9
BAHIA 6-9 15/8
Salvador 6/8
(19/9/84) Praia da Espera
(18/9/84) ÁFRICA
28/7
I. Santa Helena
14/7
0 762 1524 km
1 cm – 762 km
Mapa elaborado com base nos dados do livro de Amyr Klink, Cem dias entre céu e mar.
a) Escreva em seu caderno o lugar de onde Amyr Klink partiu e qual o seu
destino.
b) De que modo esse mapa contribui para a compreensão da viagem rela-
tada no texto?
160
Capítulo 5
Amyr Klink. Cem dias entre céu e mar. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 54-55.
O cais da espera
Fabiana Salomão/ID/BR
Não tinha sono, e fiquei a dar voltas pelo porto. Eram os nervos,
talvez. Foi uma despedida um pouco tensa. Sentia todos preocupados
e, pior que isso, eu estava preocupado. Partia às pressas para um país
que não conhecia, e não tinha a menor noção de como chegar ao meu
destino, a Namíbia […].
A Praia da Espera
Na quietude daquela noite, a última, ancorado no infinito sossego
da Praia da Espera, sonhando com os olhos abertos e ouvindo outros
barcos que também dormiam, descobri que a maior felicidade que
existe é a silenciosa certeza de que vale a pena viver.
Amyr Klink. Cem dias entre céu e mar. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 25 e 204.
161
O contexto de produção
1. Quais seriam os objetivos que, em sua opinião, um autor poderia ter ao
escrever um relato de viagem?
2. Leia um trecho da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu sobre suas
primeiras impressões em terras brasileiras.
Posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães escrevam a
Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova que ora nesta navegação
se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim
como eu melhor puder […] Creia bem por certo que, para aformosear ou afear,
não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu. […].
A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março […].
E assim seguimos nosso caminho por este mar, de longo, até que terça-feira das
Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou
670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra. […]
Nela até agora não pudemos saber se
há ouro, prata ou outra coisa de metal
ou ferro, nem pudemos ver. Contudo, a
terra em si é de muito bons ares frescos
e temperados. […]
E nesta maneira, Senhor, dou aqui a
Vossa Alteza do que nesta vossa terra
vi. […] Deste Porto Seguro, da Vossa
Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira,
primeiro dia de maio de 1500.
Fabiana Salomão/ID/BR
Carta de Pero Vaz de Caminha (linguagem
atualizada). Transcrição feita por Antônio Geraldo
da Cunha, César Nardelli Cambraia, Heitor
Megale. São Paulo: Humanitas, 1999.
p. 29 e 79-80.
162
Capítulo 5
Fabiana Salomão/ID/BR
“De fato, nada colaborava para que eu achasse nor-
mal a paisagem à minha volta. Ondas completamente
descontroladas, águas escuras, tempo encoberto, um
barulho ensurdecedor.”
5. No trecho “Uma foca solitária”, Amyr Klink utilizou várias vezes o sinal de
interrogação.
a) Transcreva duas perguntas.
b) A quem essas perguntas se dirigem?
c) O que elas expressam?
163
Relato de viagem
Uma das formas de organizar um relato é o uso de marcadores de tempo associados com as
indicações dos locais. Reescreva em seu caderno o texto a seguir, completando as lacunas com
marcadores de tempo adequados e com indicações de lugares.
Acordei e fui me encontrar com a equipe, no centro da , de
onde partimos em um pequeno caminhão, com todas as provisões e
AQUecimento
Mirella Spinelli/ID/BR
A majestosa erguia-se diante de nossos olhos. Já estava
escurecendo e decidimos armar as barracas, para passar a noite, antes
de iniciarmos a difícil escalada.
Proposta
Você vai escrever um relato de um dia de uma viagem imaginária. Cada
aluno da classe escolherá um lugar e relatará suas aventuras. Depois de
prontos, os relatos de viagem serão lidos em uma roda de leitura.
Observe as imagens. Para qual desses lugares você gostaria de viajar?
Ablestock/ID/BR
Ablestock/ID/BR
164
Mtrapczynski/Dreamstime.com/ID/BR
Fernando Moraes/Folhapress
Capítulo 5
você fez.
ID/BR
Qual foi o lugar selecionado?
Com base no planejamento, escreva seu texto. Além dos aspectos men-
cionados no quadro, descreva as experiências e os sentimentos vividos
por você. Lembre-se também de usar referências de tempo e indicar a
localização dos fatos relatados.
Há indicações de lugar?
Há marcações de tempo?
2. Depois de terminar o relato, cada aluno lerá o seu texto para a classe, de modo
expressivo, dando maior destaque às palavras ou aos trechos que julgar mais
importantes. Após a leitura em voz alta, os demais alunos podem identificar
qual lugar e qual tipo de hospedagem foram selecionados em cada relato.
165
Artigo e numeral
Artigo
1. Observe os dois quadrinhos a seguir.
a) Com base nesses dois quadrinhos, é possível saber a que mundo Calvin
está se referindo? Explique.
b) Qual é a palavra que produz esse sentido de indefinição?
2. Leia o quadrinho ao lado, que é a continuação da his-
166
Andréa Vilela/ID/BR
1991, levava a bordo apenas três integrantes da expedição: Barney, Kenvy e
eu. Éramos a primeira parte do grupo a deixar o Brasil. Fomos para os EUA
somente com a bagagem de mão, para comprar equipamentos de mon-
tanha, fotografia, filmagem e radiocomunicação. O restante da equipe per-
maneceria no Brasil mais duas semanas acertando os últimos detalhes. […]
Thomaz Brandolin. Everest: viagem à montanha abençoada. 6. ed. Porto Alegre: L&PM, 2002. p. 34.
Capítulo 5
b) O que a palavra primeira indica em relação aos viajantes?
c) Que palavra do trecho se refere a uma quantidade inexata de pessoas?
ANOTE
Tipos de numeral
Existem quatro tipos de numerais.
•• Cardinais: definem uma quantidade de seres.
•• Ordinais: definem uma sequência, ordem ou posição.
•• Multiplicativos: indicam multiplicação.
•• Fracionários: indicam uma parte ou divisão.
Observe a tabela a seguir, relativa aos numerais (palavras) e aos algarismos
(sinais gráficos).
ID/BR
Algarismos Numerais
Arábicos Romanos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
1 I um primeiro – –
2 II dois segundo dobro, duplo, dúplice meio ou metade
3 III três terceiro triplo ou tríplice terço
4 IV quatro quarto quádruplo quarto
5 V cinco quinto quíntuplo quinto
6 VI seis sexto sêxtuplo sexto
7 VII sete sétimo séptuplo sétimo
8 VIII oito oitavo óctuplo oitavo
9 IX nove nono nônuplo nono
10 X dez décimo décuplo décimo
20 XX vinte vigésimo – –
30 XXX trinta trigésimo – –
40 XL quarenta quadragésimo – –
50 L cinquenta quinquagésimo – –
60 LX sessenta sexagésimo – –
70 LXX setenta septuagésimo – –
80 LXXX oitenta octogésimo – –
90 XC noventa nonagésimo – –
100 C cem centésimo cêntuplo centésimo
1000 M mil milésimo – milésimo
167
168
Capítulo 5
Monte Everest, Nepal, 2007.
2. Leia a tira.
2008 King Features Syndicate/Ipress
Dik Browne. O melhor de Hagar, o Horrível. Porto Alegre: L&PM, 2006. v. 2. p. 126.
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Diário de viagem
170
Capítulo 5
muito verde. Encontramos, no
caminho, uma cobra e uma
seriema. Durante esse trecho
fomos conversando um pouco,
agradecendo a Deus e a todos
aqueles que apoiaram nosso
projeto. Sem a ajuda de nos
sos patrocinadores, seria um
pouco inviável realizá-lo. Pausa na viagem pela Estrada Real, 2005.
171
Diário de viagem
GlossáriO
Barra circular: tipo de bicicleta sem Mata-burros: pequena ponte feita em cima
marchas. de um buraco com tábuas distantes uma das
Bifurcação: ponto onde há a separação de outras para que pessoas consigam passar,
uma rua ou estrada. mas não animais.
Empenado: torto. Prontificar-se: estar à disposição.
Íngreme: muito inclinado. Seriema: ave de tamanho médio que tem
um bico vermelho e um penacho.
Mantimento: alimentos.
172
ID/BR
a. Em qual pessoa verbal o texto foi escrito?
Capítulo 5
c. Transcreva dois indicadores de espaço.
3. No relato do quinto dia, o trecho da manhã é mais longo. Qual seria o mo-
tivo para o relato da tarde ser mais breve?
4. Relacione os inícios dos parágrafos copiados no quadro com as informações
de cada parte do texto.
Andréa Vilela/ID/BR
c) O narrador apresenta a dificuldade pela qual passaram nesse dia.
d) O narrador começa a finalizar o relato do dia, apresentando suas
impressões sobre o que tem visto ao longo do percurso.
5. A marcação do tempo é fundamental em um relato de viagem. De que
modo a marcação dos dias é feita nesse relato?
6. Nesse texto, a passagem de tempo pode ser percebida também pela
mudança de espaço. Copie em seu caderno um fragmento que compro-
ve essa afirmação.
a) “Chegando a Caquende, após uma bela descida, logo encontramos
nosso apoio”.
b) “O local é tranquilo, muitas pessoas acampadas e (o melhor) o preço é
bem baratinho”.
ANOTE
173
O texto e o leitor
1. O narrador apresenta suas impressões a respeito dos lugares visitados e das
descobertas realizadas. Observe, em cada trecho, quais são os sentimentos
do narrador. Em seguida, copie o quadro em seu caderno e complete-o.
ID/BR
Trecho Impressões e emoções
a. “Na saída do hotel, avistei uma coisa estranha,
barulhenta e um homem com um chapéu de cowboy.”
3. Com base na leitura do diário de viagem que você acabou de ler, responda
às questões.
a) A linguagem utilizada pelo narrador é formal ou informal? Copie no
caderno trechos que comprovem sua resposta.
b) Que efeitos o tipo de linguagem empregado nesse diário causa no leitor?
rdeminas.c
de bordo — Projeto Expedição Estrada Real I” foi originalmente
:
publicado em um site.
174
Capítulo 5
a) Relacione as imagens aos relatos de Amyr Klink e aos do
“Projeto Expedição Estrada Real I”.
b) Que elementos da imagem justificam sua resposta?
ID/BR
Texto 1 Texto 2
De que viagem trata o texto?
Em que pessoa verbal o texto está narrado?
Há caracterização dos lugares narrados?
Há marcação precisa do tempo?
As impressões dos viajantes são registradas?
A linguagem aproxima o leitor ao texto?
O ser humano
ANOTE
175
Diário de viagem
Observe a imagem a seguir.
Cedida por Thomaz Brandolim/Acervo pessoal
Thomaz Brandolin
na cordilheira do
Himalaia, 1991.
Agora leia um trecho do texto que Thomaz Brandolin escreveu sobre sua expedição
à cordilheira do Himalaia. Em seguida, copie o texto em seu caderno e complete as lacu-
nas com as palavras apresentadas no quadro abaixo. Preste atenção se você está sendo
AQUecimento
[…] O ar , frio e seco tornava o simples ato de respirar uma coisa penosa, difícil, e
quase congelava minhas vias respiratórias. Voltei para o interior da cova, peguei a pá e
insisti novamente até o bloco ceder.
Um violento golpe de ar fez-me estremecer. Mas o esforço valeu a pena. Da entrada
do túnel a vista era : o sol se pondo por trás de uma infinidade de montanhas, deixando
suas neves , como se estivessem pegando fogo. O céu, com cores que iam do alaran
jado ao lilás, estava começando a se encher de estrelas.
Mas o que mais me interessava naquele incrível cenário era o que estava bem à minha
frente: o . Eu estava impressionado com seu tamanho. O Lhotse, a quarta montanha
mais do mundo, ali do lado, parecia perto dele. As montanhas do Himalaia são
, mas o Everest é . Nesse momento pude sentir intensamente o irresistível poder de
atração que ele sempre exerceu sobre os homens.
Thomaz Brandolin. Everest: viagem à montanha abençoada. 6. ed. Porto Alegre: L&PM, 2002. p. 10.
Proposta
Você vai escrever agora um texto como se fosse o registro de um diário
de viagem.
O primeiro passo será decidir sobre qual viagem você escreverá: uma
viagem que você fez nas férias ou em um fim de semana. Caso você nunca
tenha feito uma viagem longa, relate algum passeio marcante.
Traga uma fotografia ou faça um desenho relacionado a algum episódio
dessa viagem ou passeio. Com base na imagem, procure anotar suas lem-
branças sobre os lugares que visitou e os fatos mais relevantes.
Após a elaboração do texto, a classe vai montar um livro de viagens, no
qual os textos serão reunidos. O professor organizará o empréstimo desse
livro para os alunos e os pais.
176
Capítulo 5
Em que sequência eles aconteceram?
ID/BR
Características do diário de viagem Sim Não
A narração está em primeira pessoa?
Há indicações de lugares?
Há marcação de tempo?
praia ou montanha.
lomão
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Interjeição
1. Leia atentamente o quadrinho a seguir.
Jim Davis. Garfield 1995 Paws, Inc. All Rights Reserved/Dist. by Universal Uclick
Garfield, de Jim Davis.
178
Capítulo 5
i) Arre! Essa gripe acabou com minha semana!
2. Leia a tira a seguir.
Laerte/Acervo do artista
Laerte.
179
Mães no paraíso
Gilda, Fernanda e Heloísa não ficavam um só dia sem resmungar, praguejar e reclamar que
estavam esgotadas, estressadas, acabadas. Não paravam de repetir que tudo o que queriam
era um pouco de sossego.
Até que, numa bela manhã de primavera, a Mãe Santíssima, não aguentando mais tanta
reclamação, decidiu atender às preces dessas pobres mães detonadas e oferecer a elas –
totalmente grátis, sem taxas adicionais e livre de impostos – um verdadeiro presentão: um
dia de folga.
[…]
FUNCIONÁRIA – Bom dia, senhoras mães, sejam muito bem-vindas ao paraíso. […]
As três não acreditam no que ouvem. […]
[…] à direita, temos a hidromassagem e o ofurô. À esquerda, reflexologia, drenagem
linfática e terapia das vidas passadas – porque da atual é melhor nem lembrar! Mais à frente,
temos a sala de vídeos melosos e de comédias românticas estreladas
por Richard Gere […].
FERNANDA – Nossa! Mas esse paraíso é o máximo!
HELOÍSA – Será que eu vou, finalmente, conseguir
assistir a um filme inteirinho sem parar pra apartar uma
briga das crianças? […]
GILDA – Não acredito!!! U-HU!!!!
/ID/BR
[…]
Andréa Vilela
180
Capítulo 5
Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond. www.carlosdrummond.com.br
181
Einalem/Flick
O império do Sol
No mês em que comemoramos 100 anos da descoberta de
Macchu Picchu, saiba mais sobre o povo inca, que construiu
essa cidade incrível
Quem nunca ouviu falar de Macchu Picchu, a cidade sagrada
dos incas? É um passeio obrigatório para quem viaja ao Peru. O
lugar é belíssimo, lá nas montanhas dos Andes. Pega-se o trem
em Cuzco, e aí é um sobe-e-desce permanente: vales e mon
tanhas se alternam no caminho e dá para ver muito bem, em
alguns trechos do percurso, vestígios da antiga civilização que
existiu nos Andes antes da chegada dos espanhóis. Macchu Picchu, Peru, 2008.
Chegando a Macchu Picchu, é aquele deslumbramento... É verdade que da
antiga cidade sagrada restam apenas ruínas. Mas que ruínas! Dá para se imaginar
o esplendor do antigo Império do Sol! Os santuários, as casas do povo, as moradas
dos guerreiros e sacerdotes, as escadarias onde se plantavam batatas...
[…]
Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br>. Acesso em: 3 jan. 2012.
ção de casas.
f) O extraído da seringueira é utilizado para a
produção da borracha.
g) Muitos fazem trabalhos voluntários.
182
Capítulo 5
multimídia
b) órfão e) relógio, aquário, estratégia “Acentuação
gráfica”.
c) âmbar f) tríceps
¢¢Letras misturadas
Descubra a palavra escondida em cada linha de quadrinhos. Leia as sílabas
em desordem e combine-as adequadamente. Mas atenção: há sempre uma sílaba
a mais.
dor be ve ga na
a ba jan vi te
Mirella Spinelli/ID/BR
ven a ra lu tu
co des la ber ta
Companh ivo da editora
tras/
a
ia. das Le
uivo da editor
da editora
Livros
Para saber mais
qu
Cosac Naify/Arq Ar
Filme
O mundo em duas voltas. Direção: David
Schürmann. Brasil, 2007.
183
A galinha cor-de-rosa
Era uma galinha cor-de-rosa, Batia as asas para voar.
Metida a chique, toda orgulhosa, Mas seus pés acabavam na lama.
Que detestava pisar no chão Aí armava o maior chilique,
dr
éa
E quando saía do lugar, Lavava os pés numa pocinha.
Vi
lel
a
/ID
/BR
Duda Machado. Histórias com poesia, alguns bichos e Cia.
São Paulo: Editora 34, 1997. p. 7.
Andréa Vilela/ID/BR
Catarina, com o predomínio do sol na maior parte do
Estado. Esta condição se mantém devido à influência
da massa de ar seco e frio que ainda atua sobre Santa
Catarina.
Por isso também, as temperaturas seguem baixas e pode haver a
formação de geada nas áreas altas do Estado.
Disponível em: <www.clicrbs.com.br>. Acesso em: 11 ago. 2011.
184
Capítulo 5
Diários de ^^ Também relatam fatos de uma viagem realizada por seu autor, com
viagem caracterização objetiva dos espaços, marcadores de tempo, registro de
sentimentos e possibilidade de utilização de imagens.
^^ Diferentemente dos relatos de viagem, são organizados por datas.
^^ Escritos sempre em primeira pessoa, podem ser confidenciais ou públicos,
divulgados em suportes como sites e blogs, permitindo o diálogo entre
escritor e leitor.
Autoavaliação
Para fazer sua autoavaliação, releia o quadro O que você aprendeu neste capítulo.
Dos assuntos tratados neste capítulo, o que você gostou de aprender?
Quais aspectos você considerou positivos em sua participação na roda de leitura?
Você produziu dois textos sobre viagem. De qual deles você gostou mais? Por quê?
Quais dúvidas você tem sobre o conteúdo estudado na parte de reflexão linguística?
185
Comunicado
Você já viveu alguma destas situações?
Ao assistir à televisão, você é
informado por um locutor de que
a programação será interrompida
Andréa Vilela/ID/BR
para o pronunciamento de um
comunicado importante.
Ao ouvir o rádio, uma empresa
faz um comunicado para seus
consumidores.
Sua aula foi interrompida para
que fosse feito um comunicado da
coordenadora, da supervisora ou da diretora.
Os comunicados são muito eficazes quando precisamos que uma mensagem impor-
tante chegue rapidamente ao maior número de pessoas, por isso são muito valorizados
por aqueles que organizam ou coordenam uma comunidade.
Preparação
1 Procure o professor da sala para a qual irá divulgar o comunicado.
Pergunte a ele(a) que informação importante deve ser transmitida a todos os
alunos da sala.
Anote em seu caderno os detalhes importantes da informação, como data e local,
e defina exatamente o que se quer informar.
Combine com a professora a data em que você vai visitar a sala para fazer o
pronunciamento e como você será apresentado(a) aos alunos.
2 Em sua casa, ensaie a forma como vai comunicar a informação:
Com base nas anotações que fez com o professor, destaque as palavras-
-chaves que devem ser utilizadas em seu pronunciamento e reúna-as em um
papel, de forma organizada.
Ensaie em frente ao espelho. Procure iniciar sua fala com uma saudação:
“Bom dia. Estou aqui hoje em nome do professor… para comunicar que…”
ou
“ Bom dia a todos. Peço um instante da atenção de vocês. No dia… às…, vai acontecer…”
Preocupe-se com a maneira como vai usar a linguagem oral. Lembre-se de que você
é o porta-voz do professor, autoridade intelectual da sala, portanto não pode usar de
informalidades. Deve manter a clareza e a objetividade próprias para a situação.
Faça uma apresentação para seus melhores amigos ou para sua família e peça
que eles avaliem:
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A apresentação do comunicado
No dia e data antecipadamente definidos com o professor, vá ao local combinado e
faça seu pronunciamento de forma clara. Ao final de sua apresentação, lembre-se de
perguntar se alguém tem alguma dúvida e responda com objetividade.
Andréa Vilela/ID/BR
Avaliação
Após a apresentação do comunicado, reflita sobre os seguintes aspectos:
Você manteve a seriedade adequada à situação proposta?
Usou de linguagem formal? Seu discurso esteve livre de vícios de linguagem,
gírias ou repetições desnecessárias?
Valorizou as principais informações?
O volume da voz e a entonação estavam adequados? Você conseguiu atrair e
manter a atenção da classe?
Dessa forma, fica mais fácil controlar a possível timidez ou evitar constrangimentos
desnecessários.
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