A Lenda

Autor: Sofia M

Ilustrador: Sofia M

Editor: Sofia M

1° edição

Obrigada pela preferência, tenha uma boa leitura!

 Ilhéus
Em 1988 nascera uma menina, aah que menina..
Nossa querida Juliana, uma menina de pele parda e
cabelos quase negros, sempre ditada como bela e
inteligente, Juliana desde pequena sempre foi o
exemplo da família.

Nascida no litoral da Bahia na cidade de Ilhéus.

Juliana sendo de uma família de boa condição tinha

uma casa na beira da praia, sempre frequentava
escolas boas e tinha amigos ricos. Mas não era por
esse motivo que ela era chata, na verdade Juliana
não gostava muito dessa vida de “mesquinha”
sempre gostou de explorar sua formosa cidade, ir à
praia e na mesmo assistir ao pôr do sol.

Dentro desses tantos amigos ricos ela tinha o

João, o filho do vendedor de coco verde, seus pais
não gostavam muito dele por ele ser pobre.
Infelizmente juliana e seus pais sempre viam a mãe
de João, dona Nevita limpar os banheiros da
churrascaria favorita de Juliana, já sabiam que ela
era faxineira, mas aparentemente Evandro e
Miriam, os pais, não faziam muita questão de
lembrar.

Inevitavelmente João sempre ia na casa da

Juliana, e Miriam sempre achava uma brecha para
fazer o João ficar sem graça o chamando para
lugares caros que os dois sabiam que nunca iriam..

Juliana e João amavam subir no monte para

admirar a vista, era o momento favorito deles,
porém meio difícil de se acontecer, Juliana estudava
em período integral e o João de manhã, a tarde ele
ajuda seu pai na praia vendendo água e
refrigerados, reza para ter movimento na praia por
que aquele era seu ganha pão. Aos sábados e
domingos eram quase impossíveis conseguir se
verem então eles fizeram terça o dia sagrado da
bagunça, já que era o dia que Juliana saia mais cedo
e não tinha tanto movimento na praia.
 João
João nasceu no norte e se mudou para a Bahia
junto com a família, no norte ele era mais pobre do
que em ilhéus, mas as condições não mudaram
tanto assim, pelo menos eles comem todo dia e tem
um teto, isso se for verão ou primavera, no inverno
as coisas são meio difíceis, mesmo sendo Bahia,
calor e etc a praia não enche igual..

Mas indo para a parte legal, João estuda em uma

escola pública de bairro, gosta de jogar futebol
depois da aula no campo perto de sua casa, tem
bastante amigos, mas melhor amigo mesmo só o
Vitor e Juliana. João mora com seus pais, suas
irmãs e seus avós em uma pequena casa, tem 2
quartos mas para 7 pessoas nem tanto. Uma
cozinha com uns móveis meio velhinhos a sala com
um sofá meio surrado e a famosa tv de tubo,
parcelada em 15× sem juros!

João se mudou para ilhéus em 1992 quando tinha

5 anos, mas ainda lembra da sua antiga cidade.
Hoje em dia João tem 14 anos e é um menino
inteligente e dedicado mesmo fazendo bagunça,
porque ele não quer ter que depender da sorte para
garantir seu futuro.

João tem uns segredos que nem mesmo ele

sabe direito, aiai João nem sabe o que tem por vir,
mas vocês querem saber mesmo né, então lá vai.

Juliana e João se conheceram em 1996 quando

João tinha 9 anos e Juliana 8, obviamente se
conheceram na praia né? Errado, um dia a chefe de
dona Nevita, a mãe, levou João para um clube e lá
ele conheceu a Juliana, incrivelmente eles se viam
com frequência na praia, então não era uma
amizade que você esquece e lembra muito depois
que conheceu fulano em tal lugar e nunca mais
falou com ele, enfim. João começou a gostar de
Juliana quando tinha 10 anos bem quando abriu o
novo turno nas eleições, nessa confusão toda João
percebeu que tinha olhos diferentes, mas nunca teve
a coragem para falar para ela, dentre esse meio
tempo João sempre tentou a esquecer namorando
com outras meninas e tudo mais, mas nunca
conseguiu desapegar, pobre João, o tal já sabia que
não seria fácil namorar com a bela jovem...
 Parentes
Carlos, o tio de João passava um final de
semana na Bahia, famoso por contar histórias
estava muito empolgado por que sabia uma lenda
muito boa sobre ilhéus, só precisava do momento
certo.

Em um certo dia João o levou para conhecer

Juliana, a famosa Juliana que encantara o coração
do pobre. Carlos já sabia da fantasia do seu
sobrinho então achou que seria bom contar a eles
sobre a tal lenda para eles viverem um romance e
uma aventura, pelo menos era isso que ele pensava,
só esqueceu que os dois eram adolescentes que não
ligavam mais para essas coisas de crianças.

- Tio, eu já falei que lendas é coisa de criança, eu

tenho mais coisa para fazer. João afirmou

- Meu querido sobrinho, essa jovem moça nunca

ouviu uma história minha, vai filho, a deixe ouvir só
uma curta o momento e relaxe. Disse Carlos dando
uma leve piscadela para João
- Para de ser chato João, eu quero ouvir seu Carlos,
pode falar!

- Então está bom, 2 contra 1. É o seguinte..

Ah um bom tempo nessa cidade a pesca era

uma renda muito boa, a maioria dos moradores
viviam de peixes e sempre foi assim, até
suspeitamente os peixes aparecerem mortos
envenenados na beira da praia ou quando os
moradores fossem pescar os peixes não fisgavam a
isca. Acharam que tinha sido um cardume de
piranhas que tivessem matando os peixes, então
colocaram uma tela até uma parte do mar, para o
predador não conseguisse passar e pegar os peixes
pequenos. Nisso levaram um grupo de 5 nadadores
para colocarem a rede e incrivelmente eles
voltaram meio nauseados e quase inconscientes,
muitas pessoas ficaram com medo de ir pescar e
nadar depois disso, então um corajoso homem, o
Sr. Eduardo Eurico Moraes.
 - Ei! Esse é o nome do meu avô. Disse Juliana
levemente confusa

- Isso mesmo, seu avô foi nomeado o morador

mais corajoso na época e ganhou até prêmios! Mas
voltando para a história.

O sr Eduardo mergulhou na água atrás dessa

peste que estava atrapalhando todo mundo, ele diz
que achou uma fera depois de 5km do porto e que
até lutou com ela, se isso é verdade eu não posso
afirmar, Seu Eduardo falava que a fera era azul
bem escuro e se parecia com um tubarão, tinha
dentes grandes e quando abria a boca soltava
muitas bolhas. Depois disso não houveram mais
peixes mortos em nenhum lugar, tanto que foi por
causa do seu avô que agora vocês são ricos.

- Nossa, eu não sabia que meu vô era tão

importante assim.

- Pois bem, eu que nem nasci aqui conheço ele,

jovem você deveria ter mais amor pela sua família
viu. E João, morreu ouvir uma história de 10
minutinhos?
 - Não tio, mas eu acho que é mentira, isso só
acontece em desenho

- Você que sabe meu sobrinho...

Algo Novo?
Juliana convenceu João a ir atrás dessa tal lenda e
fera do mar, esperaram as férias chegarem, Juliana
comprou todos os equipamentos, mascara, gás
oxigênio, pé de pato e até um barco, João não
estava gostando muito da ideia, mas tentou ouvir
seu tio e falar para Juliana o que sentia.
Combinaram de sair as 9h da praia e lá foram,
antes de irem João perguntou para Juliana se eles
poderiam andar pela beira da praia, Juliana
concordou e deixou as coisas em casa. Chegando
perto o coração de João começou a palpitar como
se fosse explodir de tanta pressão, então ele
começou com um simples dialogo sobre o futuro.

- Juliana você sabe o que quer para o Futuro?

- Na verdade, não sei muito bem, gostaria de sair

da casa dos meus pais e ir morar lá na cidade
grande, aqui é bom mas nossa como deve ser
incrível poder ver as coisas tecnológicas e ter várias
pessoas para conhecer.. aah meu sonho de princesa.

- É deve ser bom mesmo.. mas sabe, enquanto a

gente mora aqui precisamos curtir a vida, e outra
coisa, como seu aniversário de 14 anos é amanhã
eu fiz um presente para você, é simples mas de
coração, espero que goste.

Era uma pulseira de linhas e cordas, com

pedrinhas brilhantes e algumas conchas, além de
ter uma pedrinha escrito Juliana bem delicada.

João a ajudou a colocar a pulseira, segurou em sua

mão e conseguiu finalmente dizer.

- Juliana desde que nós tínhamos 10 anos eu

gosto de você, tentei esconder esse sentimento, mas
é inevitável, Juliana eu te amo, e quero sempre
estar ao seu lado, sabe, a gente tem algo diferente...

João se aproximou para dar um beijo nela, mas

a querida Juliana se recuou, não era isso que ela
queria, João era alguém especial, mas não achava
que aquele momento queria ter algo mais com ele.
 - Não João, eu não devo fazer isso...

Juliana saiu correndo pegou suas coisas e correu

para o porto, saindo com o Barco para sua nova
aventura. Enquanto isso João ficou despedaçado na
beira da praia as 9 horas da manhã, sem amiga,
sem amor, sem coração...

Juliana agora estava no meio do mar, confusa

com seus sentimentos e achou que talvez seria uma
oportunidade para pensar.
 O Alto Mar
Juliana agora ia ter que se virar sozinha para
achar o que queria, depois de uns 5m que não
conseguia mais ver o porto parou com o barquinho
e mergulhou, era arriscado, mas a teimosia falava
mais forte. Assim que mergulhou viu vários peixes e
corais, pedras e muitos animais diferentes, saiu
nadando com 1 tanque de oxigênio para achar algo
suspeito, como ela havia aprendido a mergulhar em
profundidades maiores resolveu entrar em uma
caverna, nela havia vários cardumes de peixes até
que todos eles começaram a se esconder, Juliana
achou estranho e entrou atrás de uma rocha,
passou um tipo de tubarão, baleia, peixe grande?
Não sabia o que era aquilo, esperou ele sair para
voltar para o barco. já era por volta das 12h então
quis comer um pouco.

Por causa da confusão não queria voltar para a

costa então comeu no barco mesmo, esperou cerca
de 1h e voltou para o mergulho, passou pelo mesmo
lugar de antes e seguiu para frente, desta vez com
2 tanques. Nadou cerca de 10 metros até achar de
novo a criatura misteriosa, se desesperou por que
ela estava bem a frente do peixe grande, ele já
estava perto demais, Juliana achou que era seu fim,
mas surpreendentemente o peixe simplesmente a
ignorou, ela ficou arisca mas decidiu ir mais a
fundo, acabou encontrando vários desses, Juliana
assimilou o peixe grande com a história e realmente
era o mesmo, não entendeu por que ele estava
causando tanto problema já que ela estava bem, ela
decidiu passar um tempo estudando. Tirou as notas
que os machos seguem para defender as femeas
gravidas, provavelmente na época esse peixe tinha
migrado para Ilhéus com uma grande quantidade
de femeas e por isso o tanto de peixes e humanos
feridos. Após sua nota resolveu voltar e falar para o
IAVMI (instituto aquático de vida Marinha de
Ilhéus).

Foi para casa para tomar banho e encontrou

João chorando as pitangas na sua sala, se
surpreendeu, tomou seu banho e foi conversar com
ele.

- Juliana achei que você tivesse morrido, sua

maluca foi para o mar sozinha.

- João eu estou bem, olha, vamos ir comigo no

centro e nós conversamos.

E assim foi, Juliana disse que gostava de João,

mas ficou muito confusa na hora então achou
melhor correr, ela também disse que eles poderiam
tentar algo e foi nessa hora que João roubou um
beijo e dessa vez, ela foi!!

Juliana entregou suas notas para o IAVMI e foi

conhecida como salvadora da praia, ganhou diversos
prêmios, hoje em dia Juliana e João morram em
vários lugares, Juliana sendo Bióloga Marinha e
João empresário, afinal, o peixe ficou conhecido
como Cavalheiro por proteger a femea.

Juliana Também teve 2 filhos, Miguel e

Miranda, sendo Miguel com 8 anos e Miranda com
6.