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Como fazer um orçamento empresarial em 8 passos

Elaborar um orçamento empresarial do zero é uma tarefa trabalhosa, mas essencial para planejar
suas finanças a cada ano, semestre ou trimestre. 
Confira o passo a passo para criar seu documento. 
1. Comece pelo diagnóstico financeiro
O primeiro passo para elaborar seu orçamento empresarial é fazer um diagnóstico geral da
situação financeira da empresa.
Para isso, você pode revisar os relatórios do ano ou dos últimos meses e analisar indicadores
como volume de vendas, lucro (ou prejuízo), custos e despesas, faturamento, gastos com
impostos, etc. 
Também é importante verificar em quais períodos a empresa teve melhor desempenho e
possíveis sazonalidades nas vendas.
No final da análise, você deve concluir se a empresa está evoluindo na direção esperada ou se é
preciso fazer mudanças no orçamento. 
2. Defina objetivos para o período
Como vimos, o orçamento é um instrumento de planejamento, e para se planejar você precisa
saber aonde quer chegar. 
Por isso, o próximo passo é definir os objetivos e metas financeiros do negócio, por exemplo:
 Reduzir os custos fixos em 20% até o meio do ano
 Aumentar o faturamento em 30% no primeiro semestre
 Reduzir os impostos por meio de um planejamento tributário 
 Aumentar o lucro bruto em 10% por meio da redução de custos variáveis e renegociação com
fornecedores
 Investir em um novo produto/serviço, abertura de filial ou tecnologia.

3. Faça uma projeção de vendas


A projeção de vendas é uma estimativa de quanto a empresa espera vender em um período
futuro.
Esse valor é importante para dar início ao planejamento, pois determina uma base financeira para
projetar outros elementos como custos, despesas e investimentos. 
Para fazer sua projeção, você deverá considerar todos os canais de venda da empresa (loja
física, loja online, redes sociais, revendedores, representantes, etc.) e o todos os produtos ou
serviços que constam no portfólio.
Depois, será preciso calcular o volume médio de vendas para cada item e canal, estimando
quanto a empresa deve vender no próximo ano (ou qualquer outro período desejado) com base
no histórico atual.
4. Estime as demais receitas 
Além de projetar quanto você deve receber pelas vendas, é importante incluir qualquer
outra receita esperada para o período.
Naturalmente, a maior parte da receita da empresa vem da venda de produtos e serviços (sua
atividade fim), mas ela também pode receber dinheiro de aplicações financeiras, locações,
cobranças de direitos autorais e de imagem, entre outros ganhos extras. 
5.  Liste todos os custos e despesas
Depois de ter uma boa projeção das receitas, é hora de listar todos os custos e despesas
esperados no orçamento empresarial.
Como sempre reforçamos aqui no blog, existem quatro principais tipos de gastos em uma
empresa:
 Custos fixos: gastos recorrentes que não se alteram de acordo com o volume de produção,
como o aluguel do escritório e folha de pagamento
 Custos variáveis: gastos que variam conforme o volume de produção, como a matéria-prima
para fabricação de produtos e impostos pagos na comercialização
 Despesas fixas: despesas administrativas que não variam de acordo com as vendas e
distribuição, como o IPTU do escritório, prestações de empréstimos e serviços de limpeza e
manutenção
 Despesas variáveis: despesas administrativas que aumentam ou diminuem na mesma
proporção das vendas, como a comissão de vendedores.
Nessa etapa, é essencial que você contabilize todos esses gastos e faça uma estimativa para o
próximo ano.
Se estiver fazendo o orçamento geral do planejamento estratégico, você pode dividir os custos
por área da empresa para facilitar a organização.
Lembrando que esse é um bom momento para planejar o corte ou redução de custos e mudar
esse cenário para melhor, se você enxergar essa oportunidade durante a elaboração do
orçamento. 
6. Calcule o ativo fixo
Também é importante que o orçamento empresarial inclua o ativo fixo da empresa, ou seja,
seus bens e direitos permanentes que garantem seu funcionamento. 
Existem basicamente dois tipos de ativos:
 Ativos tangíveis: são ativos palpáveis, ou seja, bens físicos como mobília, equipamentos,
imóveis, máquinas, ferramentas, etc.
 Ativos Intangíveis: são propriedades abstratas, que não podem ser tocadas, como direitos de
ordem jurídica, financeira ou econômica. Alguns exemplos de ativos intangíveis são a marca da
empresa, patentes de produtos e tecnologias, direitos autorais e títulos financeiros como ações
e contratos.
7. Planeje os investimentos
Se um dos objetivos da sua empresa é crescer, os investimentos precisam estar presentes no seu
orçamento empresarial. 
Você pode se planejar para investir na abertura de uma nova filial, na compra de novos
equipamentos, ampliação do quadro de colaboradores, implementação de novas tecnologias,
entre outros projetos.
De modo geral, as empresas podem investir a partir de seu capital próprio, destinando uma parte
do lucro líquido para os projetos de expansão do negócio, ou buscar capital externo para esse fim.
Nesse caso, há duas alternativas: buscar crédito junto aos bancos e instituições financeiras,
assumindo uma dívida, ou buscar investidores interessados em se tornar acionistas da empresa. 
A vantagem do empréstimo é que você não precisa dividir os resultados com outros acionistas se
a empresa tiver um bom desempenho futuro.
Por outro lado, você estará se endividando (ainda que positivamente, já que se trata de um
investimento) e pagando juros a uma instituição. 
Então, cabe a você decidir o que vale mais a pena e incluir os investimentos necessários no
orçamento, definindo de onde virá o dinheiro para aplicar nos projetos de ampliação do negócio. 
8. Organize tudo em uma planilha ou software
Agora que você já projetou suas receitas, custos, despesas e investimentos, só precisa organizar
toda essa informação em uma planilha, software ou ferramenta da sua preferência, como
mencionamos anteriormente.

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