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FACULDADE SUPREMO REDENTOR

MIKELY AMORIM PEREIRA

TRANSPLANTE RENAL: cuidados da equipe de enfermagem nesse


processo

PINHEIRO
2022
MIKELY AMORIM PEREIRA

TRANSPLANTE RENAL: cuidados da equipe de enfermagem nesse processo

Artigo Científico produzido a título de Trabalho de


Conclusão de Curso De Bacharel em
Enfermagem, apresentado a Faculdade Supremo
Redentor como requisito à obtenção do título de
Bacharel.

Orientador(a): Profª. Maria Tereza Pereira de


Souza

PINHEIRO
2022
MIKELY AMORIM PEREIRA

TRANSPLANTE RENAL: cuidados da equipe de enfermagem nesse processo

Artigo Científico produzido a título de Trabalho de


Conclusão de Curso De Bacharel em
Enfermagem, apresentado a Faculdade Supremo
Redentor como requisito à obtenção do título de
Bacharel.

Aprovada em: ___/___/___.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________
Profª. Ma. Raylanne Santos Barbosa
(Orientadora)

________________________________________________
1º Examinador
Cada suspiro, cada acordar, cada alegria,
dedico exclusivamente aquele que me
criou: Deus, amor incondicional.
AGRADECIMENTO

A construção deste Trabalho de Conclusão de Curso foi um caminho de


encontros felizes e de grandes desafios. Agradecer torna-se então uma
responsabilidade de gratidão, aos que fizeram parte direta ou indiretamente deste
trabalho.
A Deus, que me deu o dom da vida, presenteou-me com a força e
coragem, concedeu a inteligência e deu-me a graça de lutar para a conquista dos
meus sonhos e por ter chegado até aqui. A mim, só cabe agradecer!
Ao meu amado esposo, meus pais demais familiares que marcaram de
forma indescritível nossa vida, ensinando-me a lutar por meus ideais e sonhos com
coragem, perseverança, dignidade, amor e fé, sempre me ensinandoo caminho certo
a ser seguido.
Aos queridos professores, pela agradável troca de valores,
conhecimentos e ideias, por ter me privilegiado com oportunidades inexplicáveis, e
nos moldando para ser excelente profissional. Muito obrigado a todos!
“Doar órgãos é eternizar uma parte de
você e fazer com que a gratidão faça da
saudade apenas um detalhe.”

Autor desconhecido
TRANSPLANTE RENAL: cuidados da equipe de enfermagem nesse processo

Mikely Amorim Pereira1


Maria Tereza Pereira Souza2

RESUMO

O transplante de órgãos é uma das opções de tratamento que visa melhorar a


qualidade de vida de pessoas de todas as idades, que apresentam doença crônica
irreversível e em seu estágio final. O Brasil é referência mundial na área de
transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. O
enfermeiro é desafiado diariamente quanto ao oferecimento de uma boa prática
assistencial, coordenação de pessoas e recursos, oferta de suporte educacional,
bem como apoio emocional ao transplantado e seus familiares durante toda a
logística do processo. Diante disso, o presente estudo tem como problema de
pesquisa: Quais os desafios e cuidados da equipe de enfermagem no processo de
transplante renal? Para responder o seguinte problema de pesquisa, tem-se como
objetivo geral: Revisar a literatura acerca dos desafios e cuidados da equipe de
enfermagem no processo de Transplante Renal. Tem por objetivos específicos:
abordar sobre o Transplante de órgãos e o transplante Renal; Realizar um breve-
histórico acerca do transplante no mundo e no Brasil e conhecer as principais
causas para Transplante Renal. A presente pesquisa trata-se de uma revisão
bibliográfica nas bases de dados LILACS, SCIELO, Ministério da Saúde, Bireme e
Med Line de acordo com publicações no ano de 2011 a 2021, com os Descritores:
Transplante. Transplante Renal. Cuidados de Enfermagem. A assistência de
Enfermagem constitui um importante pilar em todos os momentos vivenciados pelo
paciente submetido ao transplante renal. Conclui-se que a Enfermagem possui um
papel fundamental no sucesso, na recuperação e na melhoria da qualidade de vida
do paciente transplantado renal.

Palavras-chave: Transplante. Transplante Renal. Cuidados de Enfermagem.

1
Enfermeira. Aluna do Curso de Enfermagem. mky1502amorim@gmail.com
2
Enfermeira. Especialista em Docência do Ensino Superior. Professora Orientadora.
terezasouza252010@hotmail.com
ABSTRACT

Organ transplantation is one of the treatment options aimed at improving the quality
of life of people of all ages, who have an irreversible chronic disease in its final stage.
Brazil is a world reference in the area of transplants and has the largest public
transplant system in the world. Nurses are challenged daily with regard to offering
good care practice, coordinating people and resources, offering educational support,
as well as emotional support to the transplant recipient and their families throughout
the logistics of the process. Therefore, this study has as a research problem: What
are the challenges and care of the nursing team in the kidney transplantation
process? To answer the following research problem, the general objective is: Review
the literature on the challenges and care of the nursing team in the Kidney Transplant
process. Its specific objectives are: to address about organ transplantation and
kidney transplantation; Make a brief history about transplantation in the world and in
Brazil and learn about the main causes of kidney transplantation. This research is a
literature review in LILACS, SCIELO, Ministry of Health, Bireme and Med Line
databases according to publications in the year 2011 to 2021, with the Descriptors:
Transplantation. Kidney Transplant.Nursing care. Nursing care is an important pillar
at all times experienced by patients undergoing kidney transplantation. It is
concluded that Nursing has a fundamental role in the success, recovery and
improvement of the quality of life of kidney transplant patients.

Keywords: Transplant. Kidney Transplant. Nursing care.


LISTA DE ABREVIATURAS

ABN – Associação Brasileira de Nefrologia


AVC – Acidente Vascular Cerebral
BVS – Biblioteca Virtual em Saúde
DeCS– Descritores em Ciência da Saúde
LILACS – Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
SCIELO – Scientific Electronic Library Online
SUS – Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 10
2 TRANSPLANTE DE ORGÃOS.................................................................. 13
2.1 Breve-histórico acerca do transplante no mundo e no Brasil............. 14
2.2 Transplante Renal..................................................................................... 16
2.3 Indicação para Transplante Renal.......................................................... 19
3 CUIDADOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA REALIZAÇÃO DO
TRANSPLANTE RENAL............................................................................ 21
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 24
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 25
10

1 INTRODUÇÃO

O transplante de órgãos é considerado como uma forma de tratamento


para melhorar a qualidade de vida de pessoas, independente da idade, cor ou sexo,
que apresentam doença crônica irreversível e em seu estágio final. Alguns órgãos
podem ser transplantados com a pessoa ainda viva, como por exemplo: parte do
fígado, parte da medula óssea e o rim, processo denominado como transplante renal
(BORGES, 2012).
Além disso, o transplante ainda é um dos tratamentos de maior êxito na
história da medicina. Em grande parte dos casos, é a única esperança para milhares
de pacientes cujos órgãos tenham deixado de funcionar . No caso do transplante
renal, assunto abordado nesse estudo, conforme Evangelista (2017), consiste na
substituição dos rins doentes por um rim saudável de um doador. É o método mais
efetivo e de menor custo para a reabilitação de um paciente com insuficiência renal
crônica terminal.
O Brasil é um país conhecido mundialmente por ter o maior sistema
público de transplantes, cujo, muitos dos seus procedimentos são financiados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). É o segundo maior país transplantador do mundo,
atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA). “Os pacientes recebem
assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia,
acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde”
(ALMEIDA, 2019, p. 14).
O transplante de órgãos ainda é um processo cercado de vários dilemas
que precisam ser considerados, uma vez que o aumento do número de doadores
tem resultados excelentes. Assim, vale a pena destacar que ainda existem muitas
dificuldades, desconhecimentos e desconfianças sobre a atuação e preparo dos
profissionais de enfermagem envolvidos nesta área de atenção à saúde(QUAGLIO;
BUENO; ALMEIDA, 2017).
De acordo com Silva et al. (2014), o profissional de enfermagem “é
desafiado diariamente quanto ao oferecimento de uma boa prática assistencial [...]
bem como apoio emocional ao transplantado e seus familiares durante toda a
logística do processo”.Diante disso, justifica-se a importância do presente estudo
que visa conhecer os desafios e cuidados da equipe de enfermagem nesse
processo.
11

O presente estudo tem como problema de pesquisa: Quais os desafios e


cuidados da equipe de enfermagem no processo de transplante renal?
Para responder o seguinte problema de pesquisa, tem-se como objetivo
geral: Revisar a literatura acerca dos desafios e cuidados da equipe de enfermagem
no processo de Transplante Renal. Tem por objetivos específicos: abordar sobre o
Transplante de órgãos e o transplante Renal; Realizar um breve-histórico acerca do
transplante no mundo e no Brasil e conhecer as principais causas para Transplante
Renal.
A presente pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica. A revisão
bibliográfica, segundo Fogliatto (2007 apud Oliveira, 2014), “[...] é aquela que reune
ideais oriundas de diferentes fontes, visando construir uma nova teoria ou uma nova
forma de apresentação para um assunto já conhecido”. O primeiro objetivo deste
método de pesquisa é conseguir um profundo entendimento de um certo fenômeno
fundamentando-se em pesquisas anteriores.
A técnica utilizada foi à análise bibliográfica encontrada, compreendendo
a leitura, seleção, fichamento e arquivo dos tópicos de interesse para a pesquisa em
questão. Para a realização do estudo foi feito um levantamento bibliográfico através
de busca eletrônica na base de dados LILACS (Literatura Latino Americana em
Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Ministério da
Saúde (Biblioteca Virtual em Saúde), Bireme e Med Linede acordo com publicações
no ano de 2011 a 2021.
Para proceder à busca, primeiramente identificou-se os descritores
através do site Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), pois é a ferramenta
utilizada para a indexação dos assuntos dos documentos registrados na base de
dados, sendo identificados os seguintes descritores de saúde: Transplante.
Transplante Renal. Cuidados de Enfermagem.
Os critérios de inclusão foram: ser artigo original, ser publicado em
português e estar disponível gratuitamente, na íntegra, referente à temática, em
formato eletrônico. Os critérios de exclusão foram: os estudos que não estão na
língua portuguesa e não publicados no período estabelecido, não tinham o texto
completo.
O presente trabalho, por se tratar de revisão de sistemática de literatura e
não haver em nenhuma das fases de sua elaboração, pesquisa envolvendo seres
humanos, não precisou atender às normas preconizadas pela Resolução 466/12, do
12

Conselho Nacional de Saúde, nem ser submetido à autorização do Comitê de Ética


em Pesquisa.

2 TRANSPLANTE DE ORGÃOS

O transplante de órgãos se trata de um procedimento cirúrgico que


consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente – receptor – por
outro órgão normal de um doador, morto ou vivo. De acordo com o Ministério da
Saúde (2008), o transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição
de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea,
ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal
de um doador vivo ou morto.
Existem dois tipos de doador: o doador vivo, que pode ser qualquer
pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria
saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula
óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem
ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial. E o doador falecido. São
pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como
traumatismo craniano ou AVC (Acidente Vascular Cerebral) (BRASIL, 2021).
Os órgãos podem ser oferecidos para doação após parada
cardiorrespiratória, pode ser realizada a doação de tecidos (córnea, pele,
musculoesquelético, por exemplo). A Lei 9.434 estabelece que doação de órgãos
pós morte só pode ser feita quando for constatada a morte encefálica. A morte
encefálica é a perda completa e irreversível das funções encefálicas (cerebrais),
definida pela cessação das funções corticais e de tronco cerebral, portanto, é a
morte de uma pessoa (BRASIL, 2021).
De acordo com Garcia (2010), Moraes e Massarollo (2006 apud DALBEM,
CAREGNATO, 2010, p. 729) “os transplantes de órgãos e tecidos são considerados
uma terapêutica em diversas patologias crônicas e incapacitantes e oportunizam
reabilitação e aumento da expectativa de sobrevida”, pois possibilita elevar a
qualidade e a perspectiva de vida de pessoas que apresentem algum tipo de doença
crônica e estágio final de rim, pâncreas, fígado, coração, pulmão e intestino.
Conforme a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o
transplante requer “[...] uma grande compreensão por parte dos pacientes,
13

principalmente pela necessidade de acompanhamento médico periódico; por outro


lado, oferece uma condição de vida altamente compensadora” (HOSPITAL
ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, 2012 apud FORTINI, 2013, p. 112).
Como qualquer outra cirurgia, o transplante apresenta riscos, pois
representa tratamento complexo e prolongado. Entre as possíveis complicações
estão rejeição e infecção, que variam de acordo com o órgão transplantado
(FORTINI, 2013).
Para ser um doador, basta informar a família sobre o desejo de ser
doador e/ou autorizar a doação de órgãos. Pela legislação brasileira, não há como
garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande
maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do
parente falecido, esse desejo é respeitado. Por isso a informação e o diálogo são
absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Essa é a modalidade de
consentimento que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede
maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e
para os serviços de transplantes (FORTINI, 2013).
A vontade do doador, expressamente registrada, também pode ser
aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido. Em razão disso tudo, orienta-se
que a pessoa que deseja ser doador de órgãos e tecidos comunique sua vontade
aos seus familiares.

2.1 Breve-histórico acerca do transplante no mundo e no Brasil

Em 1905, ocorreram os primeiros transplantes, sendo um de tecido e


outro de órgãos, pelo cirurgião Dr. Aléxis Carreal, na França, na cidade de Lyon.
Posteriormente, o Dr. Carreal mudou-se para os Estados Unidos da América do
Norte, onde deu continuidade a seus experimentos de transplantes, como o de
coração e de pulmão (GUERRA et al., 2002).
Em 1933, realizou-se, na Ucrânia, o primeiro transplante renal em
humanos, infelizmente sem sucesso. E, em 1936, o cirurgião russo Voronoy utilizou
pela primeira vez o rim de um cadáver humano, e o transplantado sobreviveu por
três dias. Em 1952, houve o primeiro caso de doador voluntário vivo e, com isso,
descobriu-se o motivo da frustração dos casos de transplantes entre seres humanos:
14

a rejeição imunológica. Tal descoberta impulsionou a indústria farmacêutica a


pesquisar e produzir drogas imunossupressoras (SILVA, 2008).
Em 1964, foi publicado o primeiro caso de transplante cardíaco realizado
em seres humanos, realizado pelo Dr. Hardy, mas não houve sucesso. Nesse
paciente, o Dr. Hardy transplantou o coração de um chipanzé para um paciente
humano. O coração do chipanzé pulsou, mas, devido ao menor volume do coração
do macaco, o paciente foi a óbito por falência cardíaca (SILVA, 2008).
Desde então, crescentes avanços impulsionaram esta terapêutica:
implementação de técnicas cirúrgicas, desenvolvimento de drogas
imunossupressoras, aprimoramento de cuidados intensivos e uso de
soluções de preservação mais eficientes (VILAÇA, 2006; MORAIS;
MORAIS; DIÓGENES, 2007; LOPES; MAGALHÃES, 2009; D’IMPÉRIO,
2007; GARCIA, 2009 apud DALBEM; CAREGNATO, 2010).
Entretanto, em 03 de dezembro de 1967, após ser aceito pelo mundo
científico o critério de morte encefálica, foi realizado o primeiro transplante cardíaco
em vivo com sucesso pelo Dr. Christian Barnard, na África do Sul, mas o paciente
faleceu 18 dias depois. Tal evento foi considerado uma proeza altamente valorizada
entre as nações, porém, apesar desse sucesso, elevou-se um dilema ético, pois se
questiona, até hoje, a constatação diagnóstica da morte encefálica desse doador
(GUERRA et al., 2002).
O Brasil possui um dos maiores programas público de transplantes do
mundo, com uma política fundamentada nas Leis n° 9.434/1997 e 10.211/2001,
tendo como diretrizes a “gratuidade da doação, a beneficência em relação aos
receptores, não maleficência em relação aos doadores vivos” (BRASIL, 1997).
Mesmo com a existência da Lei n. 5.479, de 10 de agosto de 1968,
posteriormente revogada pela Lei n. 8.489, de 18 de novembro de 1992, que
dispõem sobre a retirada e o transplante de tecidos, órgãos e partes de cadáver
para finalidade terapêutica e científica, não havia ainda, nesse período, uma
legislação apropriada que regulamentasse a realização dos transplantes; existiam
apenas regulamentações regionais, desenvolvidas informalmente, que eram
relacionadas à inscrição de receptores, à ordem de transplante, à retirada de órgãos,
a critérios de destinação e distribuição dos órgãos captados (BRASIL, 2011).
Portanto,
a partir dessas definições legais, iniciou-se um intenso trabalho no Ministério
da Saúde, no sentido de programar as medidas preconizadas, organizar o
Sistema Nacional de Transplantes, implantar as listas únicas de receptores,
criar as centrais estaduais de transplantes, normatizar essas atividades,
cadastrar e autorizar serviços e equipes especializadas, estabelecer
15

critérios de financiamento, impulsionar a realização dos procedimentos e,


ainda, adotar uma série de medidas necessárias para o pleno
funcionamento do sistema. (BRASIL, 2003)
Todas essas, por sua complexidade e abrangência, tiveram naturais
dificuldades de implementação, pois se passou a vivenciar um período de transição
entre a informalidade anterior e uma intensa regulamentação e implementação de
controles presentes.
A implantação do Sistema Nacional de Transplantes como um processo
de construção fez-se necessária para que fossem agregadas as experiências
adquiridas pelo vivenciamento de dificuldades e problemas emergentes, bem como
para o crescimento do grau de organização, que, somados às novas normas
aperfeiçoadas, proporcionaram mecanismos de controle e gerenciamento do
sistema (PÜSCHEL, 2002).
Com a emergência do serviço de transplante no Brasil surgiu à
necessidade de regulamentar esta atividade e de criar uma coordenação nacional
para sistema de transplante, definindo critérios claros, tecnicamente corretos e
socialmente aceitáveis da doação, captação e implantação do órgão doado.

2.2 Transplante Renal

Anatomicamente os rins são um par de órgãos de cor marrom-


avermelhada, localizados em ambos os lados da coluna vertebral (direita e
esquerda), na região lombar, logo abaixo do diafragma, por trás do fígado e
estômago. Eles são em forma de feijão e medem, cada um, cerca de 12cm de
comprimento por 6cm de largura e 3cm de espessura, pesando aproximadamente
150g (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2021):
São três as principais funções dos rins:
a) eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal:
ureia, creatinina, ácido úrico, etc.;
b) manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o
excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento
de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial;
c) atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que
participa na formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que ajuda
16

a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém


na regulação da pressão arterial.
Segundo estudos, no Brasil existem aproximadamente 35.000 pacientes
com insuficiência renal crônica estão em tratamento pela diálise. Destes, somente 4
mil conseguem ser transplantados anualmente. A razão dessa longa fila de espera
se deve ao pequeno número anual de transplantes renais. No Brasil, só
conseguimos transplantar 10% dos pacientes que estão na lista de espera.
Em adultos, os transplantes renais são geralmente no sexo masculino,
com prevalência de 62,1% em Fortaleza e 52% em São Paulo, com idade média
entre 40 e 51 anos, baixa escolaridade, 72% dos pacientes foram submetidos à
diálise antes do transplante, por um tempo médio de 51,6 meses, e com média de
espera pelo transplante de 6,5 anos (MACHADO et al, 2012; LIRA; LOPES, 2010
apud SILVA et al, 2014).
O transplante renal configura-se como tratamento de escolha para a
maioria dos pacientes com esta enfermidade, por compensar ou substituir o
desempenho do órgão sem a necessidade de realização das terapias dialíticas. O
rim doado é colocado na pelve através de uma incisão e ligado aos vasos
sanguíneos e à bexiga do receptor. Normalmente os rins que não funcionam são
deixados no lugar.
O transplante é um procedimento cirúrgico em que o rim passa de um
indivíduo para outro, com o propósito de compensar ou substituir uma função
perdida. Trata-se de uma terapia renal substitutiva que proporciona resultados mais
expressivos na qualidade de vida do paciente dialítico.
“A sobrevida do enxerto depende do tipo de doador (falecido ou vivo), se
houve complicações no pós-operatório e se adquiriu infecções (trato urinário, do
trato respiratório, das sondas e da ferida operatória)” (SANTOS et al. 2017).
Ocasionalmente, eles são removidos porque ocorre uma infecção se
desenvolve e não se resolve (Figura 01).
17

Figura 01 – Transplante de Rim.

Fonte: FLORES, 2014; THOME, 2014.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2021), indica-se


este procedimento para pacientes que sofrem de doença renal crônica avançada,
em que o receptor recebe um rim saudável de um doador vivo ou falecido, sendo os
seus rins preservados, a não ser em casos em que estejam causando infecção ou
hipertensão.
Há dois tipos de transplante renal: transplante de doador vivo e de doador
falecido. Nesse tratamento, o paciente tem que fazer uso de
imunossupressores que inibem a reação do organismo contra organismos
estranhos. Neste caso, o rim de outra pessoa, para evitar a rejeição do
“novo rim”. O transplante renal, como terapia de caráter crônico, tem como
objetivos básicos aumentar a longevidade, reduzir a morbidade e melhorar a
qualidade de vida (CORRÊA et al, 2015; MENDONÇA et al, 2014 apud
SANTOS et al, 2021).
Conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia apud Santos et al. (2017):
após o transplante renal, é necessário que o paciente seja orientado quanto
à alimentação, uso dos medicamentos, higiene pessoal e dos alimentos, e
condições clínicas. Essa função é realizada pelo enfermeiro coordenador do
transplante renal, que ajuda o paciente a entender seu novo tratamento e
como cuidar desse novo órgão, promovendo assim uma melhor sobrevida
do enxerto.
18

A progressão constante dos resultados obtidos em transplante propicia ao


paciente a recuperação da qualidade de vida, a reinserção do mesmo no convívio da
sociedade e a liberação da terapia dialítica, por se tratar de recurso terapêutico
durável, que melhora a sobrevida e apresenta ótimo custo-efetividade, se
comparado com outros tratamentos (MACHADO et al., 2012).
O transplante renal é mais vantajoso do que as técnicas dialíticas, pois o rim
transplantado é um órgão vivo que goza da plenitude de suas funções, além
de permitir que o paciente se exima das restrições impostas pela diálise.
Constata-se que transplantar um rim implica uma melhor qualidade e uma
maior perspectiva de vida (MARQUES; FREITAS, 2018, p. 3436).
Quando se compara o número de transplantes renais com o número de
pessoas que aguardam por um rim, retrata-se a magnitude desse problema de
saúde pública. Os resultados são a oneração dos gastos do governo com o manejo
e manutenção dos pacientes em diálise, bem como o impedimento dos pacientes de
usufruir dos seus benefícios provenientes do transplante (GARCIA, 2013).
No entanto, apesar de todas as vantagens, este recurso exige dos
transplantados a adoção de estilo de vida diferenciado em relação à alimentação,
higiene, medicamentos e cuidados com a saúde, configurando-os como pacientes
complexos e que exigem preparo especializado e constante da equipe de
profissionais de saúde envolvidos no seu cuidado (LIRA; LOPES, 2010).

2.3 Indicação para Transplante Renal

A principal indicação para o transplante renal é a doença ou insuficiência


renal crônica. A Insuficiência Renal Crônica resulta da incapacidade dos rins de
manter o equilíbrio interno do organismo, sendo necessário tratamento contínuo
para substituir a função prejudicada. As principais causas de insuficiência renal
crônica são diabetes e hipertensão arterial, entre outras (MOURA-NETO, 2016).
Ela consiste em uma doença grave, progressiva e terminal para o órgão e
associada a grande morbi-mortalidade. Sua classificação atual a separa em
cinco estágios de acordo com a taxa de filtração glomerular. O exame de
escolha para calcular a função renal é a creatinina e o cálculo feito através
de fórmulas. As fórmulas de Cockroft-Gault, MDRD e CKD-EPI podem ser
utilizadas, contudo a última mostra-se mais precisa. Todo paciente em
estágio 5 (ClCr< 15 ml/min/1,73m2) está indicado para iniciar terapia renal
de substituição (caso uremia) e/ou ser submetido a transplante renal.
Quando o paciente é indicado para o transplante renal antes do início da
diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) (MENDES, 2021).
19

Conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia, o transplante renal está


indicado para pacientes que apresentam doença renal crônica avançada. A
indicação é feita após o médico nefrologista avaliar o paciente e considerar exames
de sangue, de urina e de imagem. Complicações infecciosas determinam
significativas morbidade e mortalidade após o transplante renal (BARBOSA, 2015).
Transplante renal é contra indicado se a pessoa tiver certas doenças,
como doença cardíaca grave ou câncer. Alguns distúrbios que previamente
significavam que não seria possível fazer um transplante renal (contra indicações
absolutas) são considerados, atualmente, contra indicações relativas (significando
que o transplante pode ser possível com precauções especiais) porque há
medicamentos para controlar os distúrbios (MOURA-NETO, 2016).
A escassez de doadores cadáveres é um problema mundial, arrastando
muitos doentes para lista de espera, com tempos de espera não compatíveis com a
vida, tendo em conta a gravidade da doença. Na realidade o maior problema não é a
escassez de potenciais doadores, mas sim a transformação desses potenciais
doadores em doadores reais (OLIVEIRA, 2011).
O tempo de espera ideal para transplante renal varia entre 3 a 6 meses,
no entanto a realidade brasileira é bem diferente em que um doente pode ter de
esperar por anos. Por outro lado, estudos internacionais mostram que existem
desigualdades no acesso ao transplante renal, por isso torna-se pertinente a nossa
investigação (OLIVEIRA, 2011).
É essencial que a política de alocação de órgãos a nível nacional seja
equitativa, fatores como: status econômico, raça, religião, sexo, aspectos sócio
demográficos, não devem constituir impedimento no acesso ao transplante.
20

3 CUIDADOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA REALIZAÇÃO DO


TRANSPLANTE RENAL

A equipe que atua no setor de transplantes constitui-se de enfermeiros,


médicos, psicólogos e assistentes sociais. Dessa forma, os enfermeiros necessitam
prover assistência de alto nível tanto ao potencial doador, quanto ao candidato a
receptor e seus familiares e/ou cuidadores, tendo como finalidade amenizar
sofrimentos e salvar vidas (SILVA et al., 2014.).
As primeiras 24 horas após o transplante renal correspondem a período
crítico, marcado por instabilidade hemodinâmica e respiratória, e há grande risco de
desenvolvimento de complicações, principalmente da rejeição ao enxerto (MANFRO,
2011 apud SILVA et al. 2014).
O enfermeiro, em comparação aos demais profissionais, está em contato
direto com o paciente transplantado e, por esta razão, são diversas as formas que
podem contribuir para a saúde do paciente e para o sucesso do transplante (SILVA
et al., 2014).
O papel do enfermeiro e sua função são diferenciados de acordo com a sua
formação profissional, cargo na instituição e cenário de prática. No cenário
brasileiro, poucas instituições de ensino superior proporcionam formação
nesta área de conhecimento. É importante que os enfermeiros envolvidos
nos transplantes, examinem continuamente sua prática profissional,
buscando maneiras de melhorar a assistência de enfermagem prestada a
essa clientela (WINSETT; CUPPLES, 2008, ASSIS; RUAS; MATOS, 2009;
CICOLO; ROZA; SCHIMER 2010; LOPEZ-MOTESINOS et al. 2010 apud
MEDES 2012).
O cuidado de enfermagem é importante em todo o processo de
transplante de rim em diversos aspectos, ressaltando o preparo da pessoa e família
para o transplante, na captação de órgão, manutenção do potencial doador em
morte encefálica, assim como a cirurgia transplantaria e a assistência no pós-
transplante.
Para isso, o enfermeiro precisa se preparar para assistir e cuidar desse
indivíduo, respeitando seu cenário de atuação, colaborando para a integralidade do
cuidado. A consulta de enfermagem é uma modalidade de tecnologia leve utilizada
por enfermeiros para nortear e exprimir sua atuação laboral em bases científicas nos
ambientes de trabalho e em atendimento especializado (SANTOS et al., 2015).
O enfermeiro exerce um cuidado fundamental frente à doação e à
manutenção de órgãos e tecidos, bem como à assistência aos transplantados.
Exige-se, por ser uma modalidade terapêutica muito complexa, que a equipe de
21

Enfermagem preste uma assistência específica, com qualidade e domínio técnico-


científico, para fundamentar a sua atuação e, para tal, o enfermeiro tem que apurar
as suas ações e planejar os cuidados prestados aos pacientes submetidos ao
transplante renal em todas as etapas do procedimento (BORSATO, 2014).
Segundo o Protocolo de cuidados de Enfermagem em transplante de
órgãos, o enfermeiro tem as competências para avaliar, detectar e intervir
precocemente nas possíveis complicações do pós-transplante renal. Faz-se
necessário, também, que ele saiba o histórico do paciente, principalmente acerca da
evolução da doença, o seu estado atual, a compleição do transplantado e a
terapêutica aplicada até o momento (PEREIRA, 2004).
Alguns diagnósticos de enfermagem se tornam necessários para as
seguintes intervenções de Enfermagem. São eles: controle e monitorização de
líquidos e eletrólitos; prevenção de quedas; proteção contra infecção; cuidados pós-
anestesia; precauções contra aspiração; cuidados com repouso no leito; supervisão
da pele; cuidados com lesões; assistência no autocuidado e regulação da
temperatura (BERTONCELLO et al., 2015).
No pós-transplante renal, a assistência de enfermagem deve estar focada
em organizar e oferecer atividades educativas aos pacientes e familiares. Assim,
deve estar familiarizado com a estrutura organizacional do processo de transplante,
e com as políticas e procedimentos da sua instituição, para que possa organizar o
tempo, a atenção e os aspectos clínicos do cuidado ao transplantado (AGUILAR et
al., 2002).
Para gerenciar com qualidade, todas as complexas demandas que
envolvem o cuidado com o paciente de transplante é imprescindível que o
enfermeiro coordenador desenvolva abrangente base de conhecimento e, para
tanto, esteja constantemente envolvido com o processo de ensino e aprendizagem.
O enfermeiro deve ter, a princípio, capacidade de avaliação e tomada de decisão, e
ainda desempenhar atuação multiprofissional (RIBEIRO, 2010).
Todas essas características tornam o enfermeiro essencial para garantir o
sucesso de um programa de transplante renal, em todas as suas fases, além de
demonstrar que essa área oferece amplo campo de atuação, sendo possível
desenvolver a profissão no âmbito da coordenação, assistência, ensino e pesquisa.
22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Muitas


vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a
oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.
Atualmente o transplante renal tem sido a melhor alternativa para
pacientes com insuficiência renal crônica, resultando em uma melhora na sua
sobrevida. Apesar de apresentar inúmeros benefícios, pode ocorrer diversas
complicações, que pode estar relacionada à cirurgia, a patologias entre doador e
receptor.
A assistência de Enfermagem constitui um importante pilar em todos os
momentos vivenciados pelo paciente submetido ao transplante renal. Conclui-se que
a Enfermagem possui um papel fundamental no sucesso, na recuperação e na
melhoria da qualidade de vida do paciente transplantado renal.
Sendo assim, essa pesquisa buscou enriquecer o acervo teórico sobre os
pacientes renais crônicos, além de contribuir para a compreensão dos profissionais
da saúde. Espera-se que estes ofereçam suporte no enfrentamento da doença e
manejo dos medos e fantasias acerca do transplante com intuito de favorecer a
adesão dos pacientes, além do esclarecimento das dúvidas no período pré e pós-
transplante renal.
23

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