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SEBRAE

MICROCRÉDITO
CONSCIENTE
Sair de uma situação de contas no vermelho não é nada fácil. Para
isso, os gestores precisam ter muita disciplina e força de vontade.
Além disso, um bom planejamento e as ferramentas certas podem
ser capazes de reerguer um negócio. Este e-book foi desenvolvido
para esclarecer diversas dúvidas sobre as possibilidades e as opções
de microcrédito de forma consciente e planejada.

Desejamos uma ótima leitura!


Sumário

O que é microcrédito?...................................................................... 04
Quais as vantagens?......................................................................... 05
Você acredita que sua empresa é viável?.......................................... 06
Você já ouviu falar sobre os 4 Ps do marketing?............................... 07
Custos, gastos e despesas................................................................. 08
Você sabe o que é pró-labore?.......................................................... 09
Planejamento nanceiro................................................................... 11
Como formar o seu preço de venda.................................................. 12
Despesas xas e despesas variáveis.................................................. 13
Você sabe o que é margem de contribuição...................................... 14
E como obtenho lucro?.................................................................... 14
Fluxo de caixa: como aplicá-lo em meu negócio?............................ 18
E o capital de giro? Porque é tão importante
para minha empresa?....................................................................... 21
Ciclo operacional.............................................................................. 24
Como reduzir a necessidade de capital de giro?............................... 25
Conheça os Cs do crédito................................................................. 26
A importância das garantias............................................................. 28
Preciso tomar dinheiro no banco. E agora?...................................... 28
O que deve ser avaliado ao contratar crédito?................................. 31
Prós e contras de adquirir crédito.................................................... 33
Qual a diferença de endividamento e inadimplência?..................... 34
O que é portabilidade de dívida?...................................................... 35
E se alguém te oferecer crédito agora?............................................. 37
Encerrando....................................................................................... 39
O que é
microcrédito?

O microcrédito é a concessão de empréstimos de pequeno valor a


microempreendedores formais e informais, normalmente sem
acesso ao sistema nanceiro tradicional. É voltado ao
nanciamento de atividades produtivas, e o valor varia entre R$ 300
e R$ 20 mil, de acordo com a instituição nanceira escolhida.

O valor nanciado deve ser compatível com as necessidades do


negócio e a capacidade de pagamento. Portanto, o banco vai pedir
esclarecimentos sobre o seu planejamento e os benefícios para o seu
negócio.

IMPORTANTE

É imprescindível não só efetuar uma


análise completa sobre a necessidade
de solicitar crédito para a sua empresa,
como também planejar bem, para que
esse crédito seja utilizado de forma
adequada e não represente um
problema futuro.

04
Quais as
vantagens?

As vantagens são muitas para quem procura o microcrédito. Veja:

• menos burocracia na liberação do nanciamento;


• as taxas de juros são as menores do mercado;
• possibilidade de expandir o seu negócio;
• aumento da rentabilidade da própria empresa.

REFLITA

Antes de buscar o recurso nanceiro dos bancos, é imprescindível


fazer um planejamento, denir metas para a empresa, organizar as
nanças e denir que tipo de investimento será necessário. Por
exemplo: recurso para capital de giro (ampliação de estoque,
pagamentos de fornecedores etc.) ou investimento xo (compra de
máquinas, equipamentos, softwares, mobílias, entre outros). Depois
de avaliar todos esses pontos, é importante saber qual a aplicação
correta desse recurso e quais os possíveis retornos dele.

SAIBA MAIS

Os recursos obtidos com o crédito devem estar de acordo com as


metas e os objetivos da empresa.

05
Você acredita que
sua empresa é
viável?

Para conhecer a viabilidade da empresa, é preciso realizar uma


pesquisa de mercado e denir as metas do negócio.Uma forma
interessante de avaliar e operacionalizar metas é o método SMART
("esperto" em inglês). Veja suas premissas abaixo:

Specic (Especíca): Deve ser colocado claramente o que será feito,


de forma a não haver dúvidas.

Mensurable (Mensurável): Deve ser quanticada de alguma forma,


seja em valores, percentuais, quantidades, etc. A medida também
indica o quanto da meta já foi atingida.

Attainable (Alcançável): As metas devem ser desaadoras, no


entanto atingíveis. Quanto mais realistas, mais benefícios trarão
para a empresa.

Relevant (Relevante): A meta contribui realmente para alcançar o


objetivo nal? Se não, é inútil. Enxergar a meta dentro de um
contexto maior, é essencial. Anal ela existe para que, executando-
a, você realize seus planos.

Time-Based (Temporal): Deve ser temporizável, ou seja, possuir


uma data limite para se realizar.

Ao avaliar suas metas, seguindo as premissas S.M.A.R.T. você se


prepara melhor para dividir o planejamento com a equipe. Anal,
terá trabalhado para fazer com que as metas sejam claras,
mensuráveis, possíveis, consonantes com o que se quer para a
empresa e com tempo limite. Terá cercado os principais pontos.
06
Considere a participação signicativa dos colaboradores assim como
a gestão da equipe na construção do planejamento, assim terão um
maior comprometimento com sua execução. Construir junto é mais
demorado, mas traz novas ideias e mais engajamento.

Você já ouviu falar


sobre os 4 Ps
do marketing?

PRODUTO: é aquilo que a sua empresa oferece (produto/serviço).

PREÇO: corresponde ao valor que seu cliente está disposto a pagar


pelo seu produto. É a parte do composto de marketing que gera
receita para a empresa, razão pela qual o preço precisa ser pensado
com cuidado.

PRAÇA: é o local em que a empresa coloca à venda aquilo que tem a


oferecer. A praça não se resume a um ambiente físico. Hoje, com a
evolução digital e o e-commerce, o Facebook e o Instagram são
considerados como um ponto de venda.

PROMOÇÃO: são as ações relacionadas à divulgação e à


comunicação do seu produto para o público-alvo. A promoção
abrange as propagandas, as publicidades, os e-mails marketing, as
malas-diretas, as fanpages, a assessoria de imprensa e até os links
patrocinados.
07
Custos, gastos
e despesas

Para um bom planejamento nanceiro, é imprescindível conhecer


a diferença entre custos, gastos e despesas.

Um custo e uma despesa podem ser genericamente chamados de


gastos. O gasto por sua vez é denido como sendo todas as saídas de
dinheiro da empresa.

O custo é todo gasto que esteja diretamente relacionado à produção


do produto ou serviço. Por exemplo, uma confeitaria que produz e
comercializa bolos tem como custo os ingredientes do bolo, a
energia utilizada no forno, o salário do ajudante de cozinha.

á as despesas são gastos relacionados à comercialização e


administração do negócio. No caso da confeitaria, são despesas os
gastos de divulgação, as taxas de maquininha de cartão, o salário do
assistente administrativo. Um custo ou uma despesa serão xos se
não variam com a produção ou venda do produto ou serviço, ou
seja, eles existem mesmo se não houver produção e venda. Por
exemplo, os salários de funcionários e o aluguel.

Por outro lado, custos ou despesas variáveis estão relacionados à


produção e venda do produto ou serviço. Se houver mais vendas
haverá mais custos ou despesas variáveis. Por exemplo: a aquisição
de matérias primas ou mercadorias, comissões de vendas, taxas de
cartão.
08
REFLITA

Um empreendedor de sucesso dedica mais tempo ao planejamento


do que aos aspectos operacionais do negócio. Saiba que existem
outras técnicas que auxiliam no planejamento e na organização de
ideias. Um exemplo é o Canvas, uma ferramenta que desenvolve
u m m o d e l o d e n e g ó c i o q u e s e p o p u l a r i z o u e n t re o s
empreendedores. Quer saber mais ou utilizar essa ferramenta?
Então crie sua conta “Sebrae Canvas” clicando no link:

https://www.sebraecanvas.com/#/

Você sabe o que


é pró-labore?

A remuneração estabelecida para os proprietários de um


empreendimento é um dos fatores importantes que incidem sobre o
lucro de um negócio. O lucro por produto ou serviço pode aumentar
ou diminuir em função do valor destinado aos sócios.

Essa remuneração, chamada de pró-labore, é um dos itens que


compõem o Custo Total de um negócio. O valor do pró-labore deve
ser suciente para o empreendedor arcar com seus custos pessoais,
mas sem exceder a remuneração que seria paga a uma pessoa não
sócia do negócio disposta a fazer o trabalho desse sócio, como um
gerente, por exemplo.

09
Planejamento
financeiro

O planejamento nanceiro é um documento que consolida a


situação econômica da empresa e apresenta uma projeção das
despesas e dos ganhos, com o intuito de alcançar objetivos futuros.

Com um bom planejamento nanceiro, é possível programar o


crescimento da empresa, além de investimentos, da manutenção de
uxo de caixa e do posicionamento do negócio no mercado.

Conra outros pontos que demonstram a importância do


planejamento nanceiro para empresas:

• propicia a oportunidade de revisar todos os gastos e os


ganhos prévios e de avaliar potenciais melhorias no lucro;

• prepara o empreendedor para correr riscos ou para lidar com


momentos de crise;

• garante fundos para a execução de projetos futuros;

• ajuda a identicar tendências de entradas e saídas, conhecer


a fundo o uxo de caixa e controlá-lo melhor;

• organiza as prioridades do negócio em cada período;

• ajuda a compreender o quanto o negócio está crescendo mês


a mês ou ano a ano.

10
Entenda que esse plano não é engessado. Ele pode ser alterado com
o tempo e até mesmo as prioridades podem mudar.

Por isso, ele deve ser sempre consultado e atualizado, conforme as


circunstâncias.

Como formar o
seu preço de venda

REFLITA

Para formar o preço de venda, é necessário conhecer os gastos


variáveis e o lucro. Saber como denir o preço de venda é tão
importante quanto a qualidade e a estratégia de marketing utilizada
para comercializar os seus produtos e serviços. Muitos
empreendedores, entretanto, cam com dúvidas se o valor
estabelecido é realmente justo e competitivo.

O preço de venda é um fator que inuencia o cliente em suas


decisões de compra, pois, em mercados com um grande número de
concorrentes, as empresas precisam ter certeza de que estão
oferecendo a melhor oferta sem perder a lucratividade. Para xar o
preço de venda de sua mercadoria de forma a assegurar o lucro, você
deverá conhecer a importância da formação do preço e a estrutura
criteriosa dele.

Na formação do preço de venda de um produto ou serviço quatro


componentes precisam ser considerados:

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Na formação do preço de venda de um produto ou serviço quatro
componentes precisam ser considerados:

O preço de mercado => leva em consideração o preço que a


concorrência cobra por produto ou serviço igual ou similar e,
principalmente, quanto o seu cliente está disposto a pagar pelos
seus produtos ou serviços. Pode ser que ele esteja disposto a pagar
mais que a concorrência se percebe uma melhor qualidade ou
outro diferencial.

Os custos envolvidos => o preço do produto ou serviço tem que


pagar todos os custos envolvidos da sua produção ou aquisição.

A margem de contribuição unitária => é o resultado da diferença


entre o preço de venda e o custo dos insumos necessários para a
produção e venda do produto ou serviço. Representa quando cada
produto ou serviços contribui para pagar os gastos xos do negócio.
Por exemplo, um produto vendido a R$ 10,00 e que custa R$ 7,00
terá como margem de contribuição unitária o valor de R$ 3,00.

O lucro desejado => o lucro desejado pelo empreendedor também


precisa constar no cálculo do preço do produto.

Despesas fixas
e despesas
variáveis

Os custos xos de uma empresa são aqueles menos suscetíveis a


apresentar variações de acordo com o volume de produção ou de
vendas, como:

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Ÿ aluguel;
Ÿ IPTU;
Ÿ DAS;
Ÿ IPVA;
Ÿ água;
Ÿ luz;
Ÿ telefone;
Ÿ salário e encargos.

Já os custos variáveis correspondem aos gastos que aumentam ou


diminuem de forma proporcional ao nível de atividade, como por
exemplo:

Ÿ matéria prima,
Ÿ embalagens,
Ÿ frete,
Ÿ comissão.

A regra é simples:

Varia conforme a produção/venda => VARIÁVEL


Não varia conforme a produção/venda => FIXO

Agora, imagine uma empresa de produção de festas e eventos, que


aluga equipamentos de sonorização para cada evento que realiza. O
aluguel desse equipamento é um custo xo ou variável? Nesse caso,
esse aluguel é um custo variável porque só acontece quando há um
evento a ser realizado.

Essa mesma empresa de eventos tem um assistente administrativo e


uma gerente de produção de eventos. O assistente recebe um salário
xo mensal e a gerente de produção de eventos recebe um salário
xo + um bônus por evento realizado. Como você classicaria esses
salários?

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O salário xo da Gerente de Produção e Eventos é um custo xo
porque está diretamente relacionado ao produto ou serviço da
empresa e, mesmo não tempo eventos, a parte xa do salário tem
que ser paga. Por outro , o bônus que ela recebe por evento realizado
é um custo variável. O bônus só existe se houver eventos, concorda?

Você sabe o que


é margem de
contribuição

Margem de contribuição é um indicador econômico-nanceiro


capaz de dizer exatamente se a receita de uma empresa é suciente
para pagar os custos e as despesas xas e, ainda assim, lucrar. Trata-
se de uma informação fundamental, até porque volume de vendas
não é sinônimo de lucratividade.

Considerando isso, o cálculo da margem de contribuição é uma das


atitudes mais importantes para uma empresa e precisa ser feito
regularmente.

Entretanto, embora seja bastante crucial e indispensável para a


formação do preço de venda e a análise das condições nanceiras de
um negócio, a conta é bastante simples. Veja:

Valor de venda – custo dos insumos = margem unitária

R$ 10 – R$ 3 = R$ 7

14
Saber a margem de contribuição do negócio é importante para
calcular o ponto de equilíbrio.

O ponto de equilíbrio ocorre quando as receitas geradas são iguais


aos custos e despesas xos. Neste caso, diz-se que a empresa está
“empatando” as receitas com as despesas. É um indicador
importante para saber o quanto produzir e vender para não car no
vermelho, ou seja, não car no prejuízo.

Suponha que você tenha custos e despesas xas mensais no valor de


R$ 5.000,00 e que a margem de contribuição total do negócio seja
50%. Signica dizer que metade do valor das vendas são os custos
dos insumos dos produtos e serviços. Quanto produzir/vender para
não car no vermelho?

Basta dividir os R$ 5.000,00 por 50% e encontramos o valor de R$


10.000,00. Nesse valor o negócio está empatando as receitas com as
despesas. Não sobra nada!

O mesmo raciocínio serve para calcular a quantidade necessária de


produtos a vender para um determinado preço.

Suponha que a margem de contribuição unitária do produto seja de


R$ 5,00. Se dividirmos o valor dos custos e despesas xas de R$
5.000,00 por R$ 5,00 teremos a quantidade de 1000 unidades do
produto ao preço de venda de R$ 10,00.

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E como
obtenho lucro?

Existem muitas ações que sua empresa pode tomar para aumentar
os lucros. Novas receitas trarão mais dinheiro, mas a lucratividade
está diretamente ligada aos gastos da empresa.

O que ultrapassar o ponto de equilíbrio e, de acordo com a margem


unitária de cada produto vendido, será o lucro do negócio.

Fluxo de caixa:
como aplicá-lo
em meu negócio?

Nas operações do dia a dia de uma empresa, a organização


nanceira é fundamental. Para isso, o empresário conta com um
instrumento básico de planejamento e controle nanceiro,
denominado uxo de caixa. Ao elaborar o uxo de caixa, o
empresário terá uma visão do presente e do futuro. É uma excelente
ferramenta para avaliar a disponibilidade de caixa e a liquidez da
empresa.

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Com essa tranquilidade, o empreendedor pode antecipar algumas
decisões importantes, como a redução de despesas sem o
comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, a
organização de promoções para desencalhe de estoque, o
planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para
uma dilatação de prazo com fornecedor e outras medidas para evitar
ou minimizar possíveis diculdades nanceiras.

Entenda que esse plano não é engessado. Ele pode ser alterado com
o tempo e até mesmo as prioridades podem mudar. Por isso, ele deve
ser sempre consultado e atualizado, conforme as circunstâncias.

A estrutura do uxo de caixa depende da natureza da empresa e das


necessidades dos gestores.

O resultado do uxo de caixa é o saldo disponível (em dinheiro


disponível no caixa, depositado em conta-corrente nos bancos etc.)
apurado pela diferença entre o total do valor dos recebimentos e
pagamentos efetivamente realizados em uma determinada data ou
período.

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O saldo nal do fechamento de caixa deve corresponder ao valor dos
recursos disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas-
correntes (banco). Preparamos três dicas infalíveis para aplicar
corretamente o uxo de caixa em seu negócio.

Inicie lançando no
‘‘contas a pagar’’ e
‘‘contas a receber’’ os
compromissos já
assumidos e os
valores a receber, já
conhecidos ou
facilmente estimados.

Estime sempre as
despesas ainda não
lançadas no ‘‘contas
a pagar’’, tais como
impostos, contas
de água, luz,
folha de pagamento
etc.

Nas vendas à vista


utilize como base
a média diária das vendas
realizadas normalmente.
Considere também os
meses de movimento
mais fortes ou mais
fracos para a média.

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O objetivo da ferramenta de uxo de caixa é apurar e projetar o saldo
disponível para que sempre exista capital de giro, para aplicação ou
eventuais gastos.

Devem ser registrados:

TODOS OS RECEBIMENTOS

Vendas à vista e a prazo, recebimento de duplicatas, entre outros.

TODOS OS PAGAMENTOS

Compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de


despesas, entre outros.

PREVISTOS

Até o último pagamento e recebimento conhecido ou o máximo de


horizonte adequado às necessidades da empresa.

No início do preenchimento do uxo de caixa, surgirão diculdades


para elaborar o controle. Mas, em pouco tempo, será possível
perceber a enorme ajuda e a importância de tomar as decisões com
base em previsões de entrada e saída de recursos.

O uxo de caixa pode ser elaborado manualmente (o que dá um


pouco mais de trabalho), em uma agenda ou em um caderno.
Porém, será muito mais fácil, organizado e ágil se for automatizado,
por meio de uma planilha eletrônica ou de um programa de gestão.

19
E o capital de giro?
Porque é tão importante
para minha empresa?

O capital de giro garante a saúde nanceira da sua empresa,


proporcionando:

• os recursos de nanciamento aos clientes (nas vendas a


prazo);
• a manutenção dos estoques;
• o pagamento aos fornecedores (compra de matéria-prima ou
mercadorias de revenda), bem como o pagamento de impostos,
salários e demais custos e despesas operacionais.

SAIBA MAIS

O capital de giro é a diferença entre os recursos disponíveis em


caixa e a soma das despesas e contas a pagar.

Para identicar seu capital de giro disponível no mês, no primeiro


dia do mesmo você deverá efetuar o seguinte cálculo:

Primeiro identique o que você possui em caixa, as contas a


receber no mês o valor de estoque das mercadorias:

Recursos em caixa + Contas a receber + Estoques =


Disponibilidades no mês

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Depois, identique as despesas a pagar do mês.

Despesas no mês = Compromissos de pagamento

Por m, subtraia as disponibilidades do mês – compromissos de


pagamento. Esse resultado é o capital de giro disponível no mês.
Veja:

Disponibilidades no mês - Compromissos de pagamento


= Capital de giro disponível

IMPORTANTE

Se as suas disponibilidades no mês forem menores que os


compromisso de pagamento, você está em uma condição de
necessidade de capital de giro, que pode ser suprida com
empréstimos, embora essa não seja a melhor opção, mas sim realizar
ajustes no ciclo nanceiro para evitar essa situação.

Separamos algumas dicas para complementar o seu conhecimento


sobre como realizar o capital de giro. Veja:

1. Identique e corte gastos


Descubra custos que podem ser diminuídos e faça o que for
necessário para cortá-los. Fique sempre atento ao uxo de caixa
para manter as nanças em dia, pois empresas muitas vezes fecham
as portas pela má administração do capital de giro.
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2. Tenha muita disciplina
Não use seu capital de giro para cobrir alguma despesa e deixe de
repor a mesma quantia quando entra dinheiro em caixa, pois isso
pode ser o começo da sua ruína. Seja “chato” com o seu controle
nanceiro, reduzindo possíveis riscos no futuro.

3. Saiba negociar com fornecedores e clientes


Em relação aos fornecedores, procure as formas de pagamento mais
confortáveis, como aumento de prazo ou, se à vista o preço car
mais barato, verique se esse desconto cabe no seu planejamento de
capital de giro. Para os clientes, sempre que possível, tente reduzir
os prazos de nanciamento. É difícil, já que os concorrentes podem
oferecer condições de pagamento melhores que a sua. No entanto,
não custa tentar.

4. Antecipe pagamentos a receber


Para ter mais dinheiro em caixa, você pode procurar instituições
nanceiras e receber delas os valores que teria somente no futuro.
Mas tome cuidado! Fique atento às taxas de juros cobradas por esse
serviço e veja se realmente vale a pena para o seu negócio.

5. Faça um empréstimo
Se a sua empresa precisa pagar dívidas e não tem dinheiro em caixa,
o empréstimo é uma alternativa. Contudo, aqui entra novamente o
planejamento. Não procure esse serviço se sua empresa não possui
garantias futuras para quitá-lo.

Pesquise os menores juros do mercado e não faça dessa alternativa


um hábito. Corrija os procedimentos de compra e venda para
conseguir car no azul com seu capital de giro, sem precisar recorrer
a meios que podem fazer suas dívidas aumentarem mais ainda.

Pesquise os menores juros do mercado e não faça dessa


alternativa um hábito. Corrija os procedimentos de
compra e venda para conseguir car no azul com seu
capital de giro, sem precisar recorrer a meios que podem
fazer suas dívidas aumentarem mais ainda.

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REFLITA

Você conhece o ciclo nanceiro e operacional da sua empresa?

• Quando recebeu produtos ou mercadorias e colocou no


estoque?
• Quando pagou por produtos ou mercadorias (qual prazo de
pagamento negociou)?
• Quando conseguiu vender (demorou quanto tempo)?
• Quando recebeu pelas vendas (qual forma de pagamento ou
prazo o cliente teve)?

Reita sobre essas questões e saiba que, para alcançar o equilíbrio


entre ciclo operacional e ciclo nanceiro, é necessário muito poder
de negociação.

Ciclo
operacional

O ciclo operacional compreende um período que inicia, no caso da


indústria, na compra da matéria-prima, passando pela produção,
armazenamento no estoque, venda e termina no recebimento dos
valores pagos pelo cliente.

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Isso signica, portanto, que parte do capital de giro da empresa pode
ser nanciado pelos fornecedores, caso eles permitam o pagamento
em prestações. Para calcular, é necessário usar a seguinte fórmula:

Prazo Médio de Estocagem (PME)


+
Prazo Médio de Recebimento (PMR)

O ciclo nanceiro, por sua vez, abrange o tempo de pagamento aos


fornecedores até o recebimento dos valores pagos pelos clientes.
Quanto menor for o ciclo, melhor é a saúde do negócio, pois signica
que a indústria tem mais tempo para pagar a matéria-prima, e o
prazo para recebimento dos clientes é menor, o que aumenta o
volume de dinheiro no caixa. Veja a regra:

Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a


Fornecedores (PMPF)

Como reduzir
a necessidade de
capital de giro?

A necessidade de capital de giro está diretamente ligada ao ciclo


nanceiro da empresa, que é a velocidade com que o dinheiro
“roda” no empreendimento.

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Quanto mais longo (maior) for o seu ciclo nanceiro, maior será a
sua necessidade de capital de giro.

Em outras palavras, para reduzir a necessidade de capital de giro


(disponibilidades de curto prazo menos compromissos de curto
prazo), você precisa reduzir o ciclo nanceiro da sua empresa.
Conheça agora como fazer isso:

1. Reduza o prazo de recebimento da sua empresa


A primeira medida, e normalmente a mais difícil, é reduzir o prazo
de recebimento da sua empresa.

O problema é que a única maneira de fazer isso é reduzir o


“nanciamento” aos seus clientes, por exemplo, reduzindo o prazo
de parcelamento das vendas e incentivando que seus clientes
paguem à vista.

2. Otimize seu estoque


Em segundo lugar, é necessário otimizar o estoque (e reduzir o ciclo
de produção, para quem é da indústria). É comum ver muitas
empresas pequenas e médias que se “super estocam” para
conseguir preços melhores junto aos fornecedores.

O que o pessoal não percebe é que o ganho no preço de compra vai


embora na linha de despesas nanceiras, que são os juros que você
vai pagar aos bancos para te nanciarem.

3. Negocie melhor com seus fornecedores


Em terceiro lugar, negocie melhor com seus fornecedores. Aumente
os prazos de pagamento. O famoso “desconto para pagar à vista” só
vale a pena se for maior do que o custo do seu capital de giro.

Passe a pagar em 45 dias o que você paga em 30, passe a pagar em 60


dias o que você paga em 45, e assim por diante.

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4. Alinhe o bônus de seu time ao ciclo nanceiro
Por m, alinhe o bônus do seu time ao ciclo nanceiro! O Prazo
Médio de Recebimento das Vendas tem que fazer parte das metas da
área comercial, o Prazo Médio de Renovação dos Estoques tem que
fazer parte das metas da área industrial (para quem produz), do
pessoal de vendas e marketing, e o Prazo Médio de Pagamentos faz
parte das metas do pessoal de compras.

IMPORTANTE

Não se iluda, gerir o caixa não é algo que se faz uma vez por mês, na
reunião de resultados. O monitoramento do caixa deve ser feito
diariamente e exige persistência, mas que pode representar a
diferença entre uma vida longa e próspera para sua empresa

Saiba que os problemas nas nanças podem ter diversas causas, que
cam em segundo plano, como por exemplo:

• insuciência de caixa;
• contas atrasadas;
• ciclo nanceiro desajustado;
• formação de preço de venda;
• segmentação de público-alvo;
• desvios de aplicação do crédito;
• dependência de empréstimos;
• ponto comercial;
• descontos indevidos;
• gestão de estoque;
• mistura de contas PJ e PF.

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Conheça os
Cs do crédito

É aconselhável que a pessoa empreendedora procure seu banco de


relacionamento e pesquise o mercado nanceiro. Isso facilita a
negociação ou a busca de melhores ofertas a curto, médio ou longo
prazo. Os bancos normalmente solicitam garantias que nem sempre
os empreendedores têm. Existem instituições que atuam com
microcrédito, que são empréstimos de pequeno valor, e com menos
burocracia para o segmento de MPEs.

Os Cs do crédito consistem em uma estrutura de análise bastante


utilizada pelas instituições nanceiras, abrangendo a maioria dos
aspectos a serem considerados nas avaliações de operações de
crédito para empresas. São análises realizadas antes da aprovação
da concessão ou não do valor solicitado. Recentemente foi incluída
na análise um sexto “C”, de coletivo. Veja:

1. Caráter
Avaliação da índole do tomador de crédito. Nesse ponto, a reputação
é muito importante para passar uma boa impressão para o analista.

2. Capital
Avaliação da quantidade de dinheiro que uma empresa, donos e
sócios possuem. Esse estudo do patrimônio líquido é feito para
checar se, além do lucro da empresa, existem outras rendas que
possam cobrir o valor do empréstimo.

3. Condições
Avaliação de como a sua empresa estará no futuro. Para isso as
condições nanceiras da empresa são levadas em conta através do
histórico comercial de vendas, faturamento, lucro e ans, pois dessa
forma é possível ver a possibilidade de pagamento do cliente no
prazo estipulado e, se a empresa estiver em uma má fase ou
retração, pode-se declinar a proposta ou reduzir o valor do crédito.

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4. Colateral
Avaliação da contrapartida em bens por parte do solicitante. Alguns
bancos também aceitam ou solicitam avalistas.

5. Capacidade
Avaliação da capacidade do agente solicitador do nanciamento de
honrar a dívida contraída.

6. Coletivo

Considera-se, para efeito de análise de risco do empreendimento, o


seu grau de inserção e integração em um coletivo de empresas do
tipo cadeia ou aglomeração produtiva, organizado ou não como
Arranjo Produtivo Local ( APL). As instituições nanceiras já
começam a perceber essas empresas com um menor diferencial de
risco, alterando seus parâmetros de avaliação, reduzindo as
exigências, simplicando processos e, consequentemente, os custos
diretos e indiretos de acesso.

A importância
das garantias

Como você pode ver, um dos “Cs” do crédito é o colateral ou


garantias. Esse é um dos fatores que mais restringem o acesso a
crédito para os pequenos negócios. Mas você sabia que existem
Fundos de Garantia e Sociedades Garantidoras de Crédito que
podem cobrir parte das garantias necessárias em uma operação de
crédito?

Fundos de Garantia e Sociedades garantidoras de crédito são


entidades que atuam como mecanismos de proteção aos
correntistas, poupadores e investidores.
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Como você pode ver, um dos “Cs” do crédito é o colateral ou
garantias. Esse é um dos fatores que mais restringem o acesso a
crédito para os pequenos negócios. Mas você sabia que existem
Fundos de Garantia e Sociedades Garantidoras de Crédito que
podem cobrir parte das garantias necessárias em uma operação de
crédito?

Fundos de Garantia e Sociedades garantidoras de crédito são


entidades que atuam como mecanismos de proteção aos
correntistas, poupadores e investidores.

Elas permitem recuperar os depósitos ou créditos mantidos em uma


instituição nanceira, até determinado valor, em caso de
intervenção, liquidação ou falência da empresa tomadora do
nanciamento. Importante lembrar que eles não emprestam
dinheiro, não são um seguro e não substituem totalmente a
necessidade das garantias da própria empresa solicitante do crédito.

O Sebrae é o administrador do FAMPE - Fundo de Aval para as Micro


e Pequenas Empresas, que tem por objetivo complementar as
garantias exigidas pelas instituições nanceiras para a realização de
empréstimos. O Fampe pode garantir, de forma complementar, até
80% de uma operação de crédito junto a um dos bancos
conveniados, dependendo do porte empresarial do solicitante e da
modalidade de nanciamento.

29
Na hipótese de atraso de pagamento, o banco tomará todas as
providências para a recuperação do crédito, inclusive por via
judicial, se assim julgar necessário. Caso isso aconteça, a empresa
devedora e seus proprietários sofrerão restrições cadastrais,
inclusive junto aos órgãos de proteção ao crédito.

Outros mecanismos de garantia apoiados pelo Sebrae são as


Sociedades Garantidoras de Crédito. Elas são instituições de caráter
privado, e podem ter a participação de entidades públicas.

Seu objetivo não é realizar empréstimos ou nanciamentos, mas


sim complementar as garantias exigidas às suas empresas
associadas (ou até mesmo seus fornecedores) nas operações de
crédito junto aos bancos. Podem também fornecer aval técnico,
comercial e assessoria nanceira.

As SGC realizam a análise dos projetos e pedidos de nanciamento e


assumem o risco de inadimplência e eventuais falências. Nestes
casos, as Sociedades honram a garantia perante o credor e passam a
conduzir o processo de recuperação das perdas com a empresa
associada inadimplente ou falida.

Preciso tomar
dinheiro no banco.
E agora?

Após a reexão sobre o planejamento da sua empresa, você


consegue identicar para onde iria direcionar o crédito caso
necessitasse de um empréstimo?

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As principais nalidades de crédito disponíveis em uma instituição
nanceira são:

Investimento xo

São operações de crédito de longo prazo destinadas a nanciar


implantação, expansão e modernização de empresas, bem como
reposição de máquinas, equipamentos, móveis, utensílios e
veículos, obras civis e instalações. Essas operações nanciam os
ativos imobilizados das empresas: itens de permanência duradoura
destinados ao funcionamento das atividades.

Capital de giro

São operações de crédito destinadas à manutenção da atividade


operacional no dia a dia da empresa: caixa, bancos, contas a pagar e
a receber, folha de pagamento, estoques e outros compromissos de
curto prazo.

Empréstimos para capital de giro

Podem ser liberados de duas formas:

a) isoladamente (capital de giro puro) => na maioria das


vezes, esse tipo de empréstimo não necessita da
comprovação de sua destinação;

b) associado a investimentos xos (capital de giro associado)


=> destina-se à compra de insumos e/ou mercadorias.

Investimento misto

São operações que nanciam investimento xo e capital de giro


associado. Vale lembrar que essa modalidade de crédito é bastante
utilizada por empreendedores que, ao adquirir um ativo
imobilizado, necessitam de recursos para a aquisição de matéria-
prima, mercadorias e demais despesas.

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O que deve ser
avaliado ao contratar
crédito?

• Haverá aumento de vendas?


• Haverá aumento nos gastos xos e nos gastos variáveis?
• Qual será o impacto no lucro?
• Quais os riscos?
• Há alternativas?
• Qual será a minha primeira ação após conseguir
crédito?

A pessoa empreendedora ao decidir por adquirir um empréstimo ou


nanciamento deve considerar alguns elementos na sua análise,
tais como: taxa de juros, prazo da operação, condições, impostos
(IOF), garantias necessárias, entre outros.

É importante vericar se há cobrança de outras taxas na operação,


como: seguro, taxa de administração, taxa de contrato, taxa de
concessão de garantia, entre outras. Todos esses custos compõem o
chamado CUSTO EFETIVO TOTAL (CET). As instituições
nanceiras são obrigadas a informar o CET de uma operação de
crédito.

É imprescindível também pesquisar opções em várias instituições


nanceiras, uma vez que elas são fornecedoras de produtos e
serviços nanceiros. O empréstimo deve servir para proporcionar o
crescimento da empresa, favorecendo o empreendedorismo.

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REFLITA

odo crédito adquirido de forma responsável e com uma destinação


voltada para determinado resultado, seja aumento das vendas,
aumento do lucro ou apenas proporcionar melhor atendimento ao
cliente, pode, sim, se reverter em maiores vendas e resultados
positivos.

Reita sobre os riscos que podem comprometer os resultados


esperados para o seu empreendimento.

Prós e contras
de adquirir
crédito

Anal, é BOM ou NÃO ter e utilizar crédito?

• Para algo que gere retorno acima do valor nanciado.


• Oportunidade de negócio.
• Taxas e prazos adequados à realidade da empresa.

• Quitar outras dívidas que estão vencendo.


• Cobrir furos no caixa.
• Se a dívida for maior que a capacidade de pagamento.

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Qual a diferença
de endividamento e
inadimplência?

Às vezes, o empreendedor pode estar endividado e não


inadimplente.

O endividamento ocorre quando a empresa pega um valor para


comprar um imóvel comercial.

Outro exemplo são as compras parceladas com cartão de crédito.


Nesses casos, o indivíduo pode ser enquadrado como um
endividado, uma vez que comprou com um dinheiro que não possui
no ato da compra. Contudo, ele tem a intenção e a capacidade de
pagar.

A inadimplência acontece quando o consumidor não consegue mais


pagar suas dívidas em atraso. No Brasil, a consequência mais
comum da inadimplência e pelo que ela mais é conhecida é de car
com o “nome sujo”.

Segundo estudos da Serasa Experian, considerando


empreendimentos de todos os portes (micro, pequenas, médias e
grandes empresas), 5,8 milhões de empresas estavam com
compromissos nanceiros atrasados e negativados desde julho de
2019. As micro e pequenas empresas representam 95% do
montante total.

Muitas vezes, a inadimplência da empresa afeta a vida familiar das


pessoas empreendedoras, pois, em alguns casos, o empreendedor
utiliza outras fontes de rendas ou compromete o recurso familiar
para tentar sanar ou abater dívidas.

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A vida prossional do indivíduo também ca comprometida, uma
vez que a sociedade pode fazer julgamentos e fechar as portas para
algumas alternativas que se possa buscar. Por m, a autoestima do
empresário pode car comprometida.

A inadimplência pode causar alguns transtornos para as empresas,


tais como: comprometer a análise de crédito, no sentido de reduzir a
pontuação dos 6Cs, para empréstimos futuros, além de impedir a
aquisição de créditos quando a empresa estiver negativada e
restringir a aquisição de mercadorias/matéria-prima junto aos
fornecedores.

Listamos abaixo as principais consequências:

• a diminuição do score de crédito resulta em restrição a


novos créditos;
• i m p e d i m e n t o d e c o m p r a r a p r a z o e m o u t ro s
estabelecimentos/fornecedores;
• impacto na vida pessoal e prossional do empresário.

REFLITA

• Quais nanciamentos eu já tomei?


• Quais dívidas já possuo?
• Qual seria o resultado da minha empresa se eu não tivesse
dívidas?

Reita se hoje você se encontra nas situações de inadimplência ou


endividamento. Além disso, pense se há alguma possibilidade de
resolução para essa questão.

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Lembre-se de que o Sebrae está sempre disposto a ajudar você a
encontrar a melhor saída. Basta nos contatar nos seguintes meios de
comunicação:

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae

Central de Atendimento: 00800 570 0800

O que é
portabilidade
de dívida?

É uma possibilidade de redução do endividamento ou até a


possibilidade de sair da inadimplência utilizando a portabilidade
bancária.

De acordo com o Banco Central, o banco no qual o cliente já tem a


operação é obrigado a aceitar o pedido da portabilidade. No entanto,
a nova instituição não tem o compromisso de aceitar o novo cliente
ou "cobrir a oferta nanceira".

Logo, o ideal é que, antes de solicitar a portabilidade, sejam


negociadas todas as condições com o banco ao qual se pretende
transferir a dívida. Normalmente, a portabilidade é vantajosa para a
empresa quando possui uma taxa de juros menor, reduzindo o
montante devedor.

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Logo, o ideal é que, antes de solicitar a portabilidade, sejam
negociadas todas as condições com o banco ao qual se pretende
transferir a dívida. Normalmente, a portabilidade é vantajosa para a
empresa quando possui uma taxa de juros menor, reduzindo o
montante devedor.

Antes de transferir o seu nanciamento para outro banco, considere


as seguintes questões.

1. Renegociação com o seu banco


Tente negociar com o seu banco. Use o histórico de relacionamento
a seu favor!

2. Atenção às taxas dos produtos e das contratações exigidas


Denuncie ao Bacen.

3. Compare as taxas e os serviços de outros bancos


Tente listar os prós e contras de cada um.

REFLITA

Dinheiro deve ser solução e não problema!

Uma empresa que precisa de recursos nanceiros deve ter em


mente que o planejamento é tudo. Um empréstimo pode sim ser
considerado um investimento nanceiro que pode melhorar a
qualidade do seu negócio, caso seja investido de forma correta e
em algo que gere resultados.

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E se alguém te
oferecer crédito
agora?

Existem muitas opções de linha de crédito no mercado. Com esse


curso você agora tem conhecimento sobre o que levar em conta na
hora que pesquisar sobre as ofertas das instituições nanceiras. O
mercado nanceiro tem um cardápio de opções, desde os bancos
público federais, passando pelos bancos privados com atuação
nacional, os sistemas cooperativistas nanceiros, os bancos
regionais e agências de fomento, representados pela ABDE e as
entidades operadoras de microcrédito, representadas pela sua
associação, a ABCRED.

Lembre-se que as instituições nanceiras são fornecedores de


produtos e serviços nanceiros e, portanto, é sua obrigação escolher
o fornecedor mais adequado para a sua necessidade. O Sebrae
possui parcerias em nível nacional e regionais com diversas
instituições nanceiras.

Caso seja de seu interesse monte o plano seu plano de acesso a


crédito por meio do link disponibilizado abaixo. Se você autorizar,
enviaremos o seu plano de acesso a crédito para as instituições
parceiras.

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Encerrando

Lembre-se de que o verdadeiro empreendedor não é aquele que vê o


vencedor e tenta desaá-lo, e sim aquele que vê o desao e tenta
vencê-lo. Esperamos que, com o conhecimento adquirido aqui, você
tome sempre as melhores decisões em prol do crescimento do seu
negócio.

Desejamos SUCESSO a você!

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www.sebrae.com.br

SEBRAE

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