Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILDADE COM HABILITAÇÕES EM


AUDITORIA

Albertina Ricardo Francisco de Morais


Cosme Laurito Sumila Júnior
Gigey Sebastião Impossiua
Juleca Francisco Munatraca
Moisés Gabriel
Samira Crispim Jaime
Sumia Omar Chitato
Jordão Mendiate Sambique

RELATÓRIO DE AUDITORIA/ PARECER DO AUDITOR

QUELIMANE
2023
Albertina Ricardo Francisco de Morais
Cosme Laurito Sumila Júnior
Gigey Sebastião Impossiua
Juleca Francisco Munatraca
Moisés Gabriel
Samira Crispim Jaime
Sumia Omar Chitato
Jordão Mendiate Sambique

RELATÓRIO DE AUDITORIA/ PARECER DO AUDITOR

Trabalho de pesquisa científica


A ser entregue a docente da
Cadeira de Estágio de minor
Em Auditoria.

DOCENTE:
DRA. LUCRÊCIA NHAMUSSUA

QUELIMANE
2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................5
CAPÍTULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA.........................................................................6
1. Objectivos...........................................................................................................................6
1.1 Geral................................................................................................................................6
1.2 Específicos......................................................................................................................6
1.3 Metodologias...................................................................................................................6
CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO.........................................................................................7
2. Relatório de Auditoria Interna............................................................................................7
2.1. Conceito..........................................................................................................................7
2.2. Tipos de Relatórios de Auditoria....................................................................................7
2.2.1 Relatórios Finais Sintéticos.........................................................................................7
2.2.2 Relatórios Finais Analíticos........................................................................................8
2.2.3 Relatórios Especiais.....................................................................................................8
2.2.4 Relatórios Parciais.......................................................................................................9
2.2.5 Relatórios Verbais.......................................................................................................9
2.3. Finalidade do Relatório de Auditoria............................................................................10
2.4. Técnicas para a elaboração do Relatório de Auditoria..................................................11
2.4.1 Clareza.......................................................................................................................11
2.4.2 Objectividade.............................................................................................................12
2.4.3 Método.......................................................................................................................12
2.4.4 Habilidade..................................................................................................................12
2.4.5 Imparcialidade...........................................................................................................13
2.4.6 Precisão......................................................................................................................13
2.4.7 Facilidade de leitura..................................................................................................13
2.5. As Cinco Premissas do Relatório..................................................................................14
2.6. Estrutura do Relatório...................................................................................................14
2.6.1 Opinião......................................................................................................................14
2.6.2 Alcance......................................................................................................................15
2.6.3 Conclusão..................................................................................................................15
2.6.4 Recomendações.........................................................................................................16
2.6.5 Anexos/Apêndices.....................................................................................................16
2.6.6 Data e Assinatura.......................................................................................................16
2.7. Regras de Distribuição do Relatório.............................................................................16
2.8. Etapas de Verificação do Relatório...............................................................................16
2.8.1 Primeiro Draft............................................................................................................17
2.8.2 Análise com a Direcção.............................................................................................17
2.8.3 Discussão final com a Direcção................................................................................17
2.8.4 Draft Final.................................................................................................................17
2.8.5 Relatório Final...........................................................................................................18
2.9. CONCLUSÃO..............................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................20

4
INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda aspectos relacionados ao relatório de auditoria e/ou parecer do
auditor.
O relatório de auditoria refere-se ao documento que expressa a opinião do auditor sobre uma
organização auditada. De facto, no passado, o relatório de auditoria chamava-se
coloquialmente como parecer de auditoria. Porém, actualmente, devemos nos referir ao
parecer como relatório dos auditores independentes.
Segundo Walker e Whittred (1979), relatório de auditoria é a ferramenta que o auditor utiliza
para demonstrar os erros encontrados, as evidências analisadas e recomendar as acções
preventivas ou correctivas para os processos da empresa.
Na redação do relatório de auditoria deve existir total confiança da pessoa que está lendo em
relação à forma com que foram executados os trabalhos. O relatório deve ser desenvolvido e
fundamentado de tal maneira que transmita ao leitor completa confiança e verdades
irrefutáveis, não permitindo a desconfiança sobre a abrangência dos trabalhos executados
como podemos constatar nas páginas subsequentes ao trabalho.

5
CAPÍTULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA
1. Objectivos
1.1 Geral
 Apreciar aspectos relacionados ao relatório de auditoria.

1.2 Específicos
 Conceituar o relatório de auditoria;
 Apontar a tipologia dos relatórios;
 Inferir sobre as técnicas de elaboração de relatórios, a estrutura dos relatórios e etapas
de verificação do relatório.

1.3 Metodologias
Diversos foram os caminhos percorridos para a elaboração desse trabalho, todavia os
aspectos mais preponderantes que possibilitaram a elaboração desse trabalho foram a recolha
de fontes bibliográficas nos livros que tivemos acesso dos sites web.

6
CAPÍTULO II: MARCO TEÓRICO
2. Relatório de Auditoria Interna
2.1. Conceito

O relatório de auditoria é a ferramenta que o auditor utiliza para demonstrar os erros


encontrados, as evidências analisadas e recomendar as acções preventivas ou correctivas para
os processos da empresa, Walker e Whittred (1979).

2.2. Tipos de Relatórios de Auditoria

Existem várias formas para se definir os tipos de relatórios. No entanto, devemos considerar
que o relatório já é, por si só, bastante complexo e que a designação de um tipo ou
nomenclatura correcta de nada vale se o conteúdo não estiver à altura das necessidades da
empresa.

Porém, o auditor deve ter estabelecido um sistema de emissão de relatórios que seja adequado
ao momento ou situação, em que os factos estejam ocorrendo ou forem apurados.

Assim sendo, podemos dividir os relatórios em 5 tipos:

 Relatórios Finais Sintéticos;

 Relatórios Finais Analíticos;

 Relatórios Especiais;

 Relatórios Parciais; e,

  Relatórios Verbais.

2.2.1 Relatórios Finais Sintéticos

São os que se resumem em uma simples e rápida forma de transmissão de factos e exigem
maior capacidade do auditor.

Como o próprio nome já diz, o Relatório Sintético é aquele que deve ser utilizado para
informar a alta direção da empresa, de forma rápida e sucinta, sobre o que não vai bem ou
necessita correcção.

7
Os gerentes dos departamentos de empresas são homens habituados às rápidas decisões,
possuindo grande capacidade de resolver problemas em poucas palavras.

Por essa razão, somos da opinião de que os Relatórios Sintéticos são os de mais difícil
elaboração, pois devem ter a propriedade de informar os factos com poucas palavras e da
forma mais abrangente possível, sem que a omissão de um pequeno detalhe prejudique o
objectivo principal.

2.2.2 Relatórios Finais Analíticos

São os relatórios que devem levar aos sectores auditados todas as informações e detalhes
permissíveis à boa solução dos problemas, sem longas e infindáveis relações numéricas e
cifras que não levam a nada.

Os factos de menor relevância podem ser encontrados nos papéis de trabalhos, os quais
podem ser gentilmente oferecidos pelo auditor, ou relacionados à parte quando houver
necessidade.

O Relatório Analítico é o meio de comunicação que o auditor possui para se relacionar com
todos os sectores envolvidos nos trabalhos realizados. É a forma de se comunicar com os
funcionários em nível de execução. Portanto, devem ser apresentados de maneira clara e
simples.

2.2.3 Relatórios Especiais

O próprio nome diz tudo. Em nosso entender, os Relatórios Especiais são aqueles que fogem
do cotidiano.

Podem ser também considerados Relatórios Confidenciais.

Entende-se por Relatório Confidencial aquele que é solicitado exclusivamente pelo director
da empresa, e que tem interesse exclusivo sobre um determinado assunto. Exemplo: o
director da empresa chama o gerente de auditoria (no qual deposita toda confiança) e pede
para que seja observado um item ou um assunto que só a ele interessa.

Os Relatórios Especiais são também aqueles que reportam as indesejáveis fraudes de maneira
reservada.

8
2.2.4 Relatórios Parciais

Durante as verificações, o auditor muitas vezes se depara com factos ou ocorrências que
devem ser levadas de imediato ao conhecimento da gerência ou direção da empresa.

É bastante comum que durante os exames surjam problemas que exijam correcções imediatas
para que se evite a continuidade de falhas e haja tempo suficiente para elaboração do relatório
final.

O Relatório Parcial é o recurso disponível para essa finalidade.

Ao efectuar uma auditoria no departamento pessoal, por exemplo, o auditor constata que uma
determinada alíquota da GRPS- Guia de Recolhimento da Previdência Social, vem sendo
calculada erroneamente. Ele deve imediatamente elaborar um Relatório Parcial comunicando
a situação existente e que deve ser corrigida.

É evidente que esse relatório não terá a sobriedade e a mesma apresentação de um relatório
completo sobre a extensão do ocorrido, porém, atende a necessidade de solucionar o
problema.

O Relatório Parcial pode ser apresentado em uma simples folha de papel de trabalho,
devidamente identificada.

O Relatório Parcial também serve para comunicar alguma dificuldade ou qualquer tipo de
ocorrência que interfira diretamente no trabalho em execução ou, que de uma forma ou de
outra, possa estar relacionado com a actividade do auditor.

2.2.5 Relatórios Verbais

Os mesmos conceitos dos relatórios escritos são aplicáveis aos Relatórios Verbais, porém
com uma fundamental diferença: não existe rascunho para ser corrigido antes da redação
final.

Em um relatório escrito, o auditor pode reescrever parágrafos, mudar orações e períodos,


enfim, aprimorar o texto antes que esteja nas mãos do destinatário. No Relatório Verbal,

9
quando não há uma boa preparação, o auditor torna-se mais vulnerável e sujeito a expor
condições desfavoráveis a ele.

É muito importante considerar a diferença entre o que se fala e o que se escreve.

O Relatório Verbal possui uma característica que os distingue dos outros tipos de relatórios: é
muito mais rápido.

O aspecto de maior importância a ser considerado pela apresentação de um Relatório Verbal,


refere-se à conduta do auditor para executar a tarefa.

O auditor deve ser muito claro e objetivo, fazendo com que sua fala seja facilmente
compreendida e assimilada, pois ao término de um Relatório Verbal não existem fontes para
serem consultadas sobre o que não ficou claro.

Assim sendo, o Relatório Verbal também deve ser previamente planejado e estruturado, pois
o auditor tem que estar preparado para “prender” a atenção dos seus ouvintes, apresentando
os fatos, recomendações ou sugestões, devidamente fundamentadas para que haja o interesse
comum em solucionar problemas.

2.3. Finalidade do Relatório de Auditoria

A finalidade principal de um relatório de auditoria é a de transmitir as informações coletadas


no decorrer do trabalho, as observações feitas pela auditoria, além de apresentar as possíveis
sugestões de melhorias em relação aos processos atuais. Reside nesta gama de informações
que um relatório deve proporcionar a dificuldade da sua elaboração, considerando ainda
tratar-se de assunto bastante técnico, como são temas relacionados à contabilidade, impostos,
processos operacionais, que normalmente compõem a tônica dos assuntos tratados em
auditoria.

O relatório de auditoria deve ter por finalidade proporcionar ao leitor uma interpretação
cristalina sobre como andam as operações, controles e registros da empresa, onde o auditor
apresentará a sua visão ao leitor, e na medida do possível sempre acompanhada por sugestões
factíveis para a área ou tipo de empresa auditada. Deve-se ter em mente que a pessoa que irá
ler o relatório, às vezes deposita expectativas demasiadas em relação ao trabalho executado
pelo auditor, como se no relatório estivessem apontadas todas as soluções dos problemas da
sua empresa. Não podemos nos olvidar ainda, de que algumas vezes o leitor do relatório não
possui conhecimentos específicos sobre o que está descrito, de tal maneira que o relatório

10
deve ser redigido sempre com a finalidade de ser uma informação auto-explicativa, sem a
necessidade de haver uma pessoa como “tradutor” daquilo que está escrito.

2.4. Técnicas para a elaboração do Relatório de Auditoria

Como o relatório de auditoria deve ser o elo de ligação entre o auditor e os diversos usuários
que o recebam, é necessário que seja desenvolvido com técnica e apurado rigor
metodológico, de tal sorte que atinja a sua finalidade principal que é a de informar. A
destreza no desenvolvimento de um relatório é somente obtida com experiência, que
normalmente é conseguida com muito esforço, dedicação e esmero. Não existe um padrão
universal de redação de relatório de auditoria, porém seguindo a linha de raciocínio de
LOPES DE SÁ (1999), é necessário ter como requisitos básicos os seguintes elementos:

 Clareza;

 Objectividade;

 Método;

 Habilidade;

 Imparcialidade;

 Precisão;

 Facilidade de leitura.

2.4.1 Clareza

O relatório deve ser escrito de forma a ser entendido por quem deve examinálo. Quando
destinado à administração, não deve ter excesso de termos técnicos, nem expressões que
possam vir a gerar mais dúvidas do que esclarecimentos. A clareza somente é obtida, quando
efetivamente o auditor também entendeu corretamente o que foi auditado, tendo assim
propriedade para expressar adequadamente no relatório aquilo que ele vivenciou.

O uso de sentenças curtas, palavras comuns, emprego de uma seqüência lógica aliada à
ausência de omissões de fatos e detalhes importantes, contribuem para a compreensão do
relatório.

11
2.4.2 Objectividade

A objectividade na redação do relatório de auditoria é muito importante, considerando que


normalmente para quem ele é direcionado são pessoas extremamente ocupadas e que lêem
apenas aquilo que é essencial. Evitar o excesso de informações inúteis, bem como abordar
diretamente o assunto, facilitam a leitura e conduzem a relatórios mais diretos e objetivos.
Todavia não podemos confundir objetividade com superficialidade, pois relatórios com falta
de informações são geralmente mais inúteis do que relatórios mais abrangentes. Lembrando
ainda que este documento poderá impactar na tomada de decisão dos gestores, e se for
realizado com subjetividade, levará a conclusões/decisões inadequadas. O segredo é abordar
os temas como em uma conversa franca, sem “rodeios” ao ponto que se quer chegar.

2.4.3 Método

A padronização é exigida em todas as fases da auditoria, inclusive na da elaboração dos


relatórios, portanto esta formatação deverá ser desenvolvida dentro de uma linha
metodológica que conduza a conclusões com maior facilidade. A melhor forma de apresentar
o assunto é ordenar sequencialmente, iniciando por aqueles que o auditor julga como sendo
os mais importantes, os quais exigiram uma atuação imediata da empresa seguido daqueles
temas de importância média, e terminando com os menos importantes. Quanto ao tipo de
letra, padrões de parágrafos e, margens, sugerimos que o auditor siga a normas já
consagradas de metodologia da pesquisa, pois os relatórios de auditoria são trabalhos
científicos.

2.4.4 Habilidade

A habilidade de expressão através do relatório é obtida com a experiência do auditor, pois


quanto mais escrever, certamente melhor estará capacitado para expressar suas idéias, críticas
e sugestões. Ao elaborar o relatório o auditor deve ter em mente que jamais esta peça deve ser
desenvolvida com cunho pessoal, rancor ou atrito que eventualmente tenha ocorrido no
processo da auditoria. Expressões depreciativas sobre as pessoas, críticas mal fundamentadas

12
e, comentários com enfoques pessoais, devem ser evitados ao máximo de modo que o
relatório transmita a informação corretamente de forma neutra.

2.4.5 Imparcialidade

A imparcialidade deve existir em todas as etapas da auditoria e principalmente na redação do


relatório. Ao auditor não cabe a função de explicar cansativamente o erro de determinada
área, e pior justificar o porquê a área errou. A redação deve conservar a imparcialidade, se
modo a transmitir ao leitor a necessária segurança de que os trabalhos foram executados
livres de vínculos pessoais, que poderiam comprometer a lisura com que houve a execução da
auditoria.

2.4.6 Precisão

Na redação do relatório de auditoria deve existir total confiança da pessoa que está lendo em
relação à forma com que foram executados os trabalhos. O relatório deve ser desenvolvido e
fundamentado de tal maneira que transmita ao leitor completa confiança e verdades
irrefutáveis, não permitindo a desconfiança sobre a abrangência dos trabalhos executados.
Muito cuidado deve-se tomar em relação às expressões que na sua essência colocam dúvidas
em relação ao que efetivamente foi executado e examinado, dando a impressão de que os
trabalhos foram feitos com superficialidade. Expressões tais como “apuramos algumas
divergências nos pagamentos”, “tudo leva a acreditar que os cálculos estão corretos”, “nos
parece que a empresa recebeu o valor devido”, são frases que devem ser abolidas da redação,
pois não esclarecem e tampouco transmitem segurança sobre a completa execução dos
trabalhos, pois não são convincentes.

2.4.7 Facilidade de leitura

O relatório deve proporcionar ao leitor a compreensão dos textos no menor tempo possível.
Isto é obtido normalmente com frases curtas e, bem elaboradas, sem palavras rebuscadas que
dificultem a interpretação do texto. O auditor deve ter em mente que às vezes “palavras
difíceis”, podem cansar o leitor, bem como desviar a atenção do foco principal do texto, e
“levar por terra” todo o esforço do auditor e transmitir a administração a mensagem desejada.

13
2.5. As Cinco Premissas do Relatório

Segundo Relatórios de Auditoria Interna (2021, p.10), existem 5 premissas relativas ao


relatório de Auditoria a saber:

 Condição ou Situação – O que?

 Critério – O que deveria ser?

 Causa – O que aconteceu?

 Efeito – Que efeito origina o não cumprimento do Critério.

 Recomendação – Corrigira“Causa”e o mencionado na“Condição”.

2.6. Estrutura do Relatório

Segundo Relatórios de Auditoria Interna (2021, p18.), o relatório de Auditoria Interna


compreende o seguinte estado:

 Opinião;

 O Alcance;

 A Conclusão;

 Recomendações;

 Anexos/Apêndices; e,

 Data e Assinatura.

2.6.1 Opinião

Expressa o que auditor pensa do trabalho desenvolvido e este aspecto deve ser dito com o
necessário destaque.

O leitor do relatório de auditoria está interessado na opinião que o auditor expressou acerca
do resultado do seu trabalho. Para ele, a opinião deve aparecer num lugar destacado do

14
relatório e ser facilmente localizável. É conveniente que a opinião inicie ou finalize o
conteúdo do relatório.

2.6.2 Alcance

Indica as actividades auditadas, a informação de suporte e o período coberto.

O relatório deve indicar as actividades auditadas, a informação de suporte e o período em que


foi efectuada a auditoria. As actividades relacionadas não auditadas devem ser identificadas
para delinear a fronteira de auditoria. A sua natureza e extensão também deve ser descrita.

2.6.3 Conclusão

Resume todas as actividades desenvolvidas ou alternativamente os aspectos mais importantes


ou os aspectos com efeitos negativos significativos.

É o resultado da avaliação das actividades auditadas. Pode englobar o âmbito total de


auditoria ou os aspectos mais específicos. Também pode abarcar a verificação dos objectivos
e metas operacionais ou programas da empresa, evidenciar as declarações pertinentes de
factos ocorridos, que sejam necessárias para suportar ou evitar más interpretações das
conclusões e recomendações.

As informações devem ser baseadas nos seguintes atributos:

a) Critério: as normas, medidas e expectativas utilizadas para fazer a avaliação e/ou


a verificação (o que deve existir).
b) Condição: a prova factual que foi encontrada pelo auditor interno no curso da
análise: (o que existe).

Se há diferença entre o esperado e as condições reais, então:

a) Causa: a razão da diferença entre o esperado e o real (porque existe a diferença).

b) Efeito: o risco ou dependência que a área auditada e/ou, outro se encontraram da


divergência entre a condição e o critério (o impacto da diferença). Na determinação
do risco, o auditor interno deve considerar o efeito que as revelações de auditoria
podem ter nas Demonstrações Financeiras.

15
2.6.4 Recomendações

As recomendações são o corolário das conclusões pelo que devem ser objectivas, claras e
enumeradas.

2.6.5 Anexos/Apêndices

É a informação que pelo seu conteúdo deve ser evitada no corpo do relatório porque perturba
a atenção de quem lê devendo ser remetida para este grupo.

2.6.6 Data e Assinatura

O relatório deve ser assinado manualmente pelo(s) responsável(eis).

No caso de envio do relatório por meios electrónicos deve ser mantida pelo Gabinete de
Auditoria Interna uma versão assinada nos seus arquivos.

2.7. Regras de Distribuição do Relatório

Existem regras para a distribuição do relatório de Auditoria e segundo Relatório de Auditoria


Interna (2021 p.28) são:

 À Direcção da qual depende a área auditada;

 Ao responsável director da área auditada;

 À direcção das áreas operacionais auditadas;

 A todos os restantes níveis de responsabilidade relacionados com área de exame.

2.8. Etapas de Verificação do Relatório


Segundo Relatorio de Auditoria Interna (2021, p.29) podem se destacar as seguintes etapas:
 Primeiro Draft;

 Análise com a Direcção;

 Draft Final;

16
 Discussão final com a Direcção;  Relatório Final.
2.8.1 Primeiro Draft
 Adequacidade das provas documentais;

 Rever se a ordenação dos problemas é específica ou é geral;

 Rever a escrita;

 Avaliar se as recomendações são proporcionais ás causas e efeitos;

 Discutir como assistentes do Gabinete de Auditoria Interna, oportunidades para


melhoria de relatório.

2.8.2 Análise com a Direcção


 Avaliar se a Direcção está a tomar as acções necessárias face ao problema;

 Determinar se há factos ou circunstâncias atenuantes de que o auditor não tinha


conhecimento;
 Assegurar que a Direcção tem conhecimento de todos os itens significativos que serão
apresentados.

2.8.3 Discussão final com a Direcção


 Assegurar que a Direcção teve oportunidade de estudar o relatório final;

 Obter o máximo de concordância relativamente aos pontos levantados;

 Avaliar o alcance de todas as sugestões que visam alterar o conteúdo;

 Obter da Direcção o acordo de projecto de Follow Up ou seguimento.

2.8.4 Draft Final


 Rever para determinar se as primeiras recomendações foram seguidas;

 Rever se os comentários da direcção foram acolhidas e de que modo;

 Assegurar que o relatório é inteligível para qualquer leitor;

 Avaliar a consistência do relatório no seu todo;


 Assegurar que cada recomendação corresponde a uma constatação concreta;  Obter
acordo com os Auditores relativamente as alterações.

17
2.8.5 Relatório Final
 Assegurar que as mudanças finais são feitas com base na discussão final com os
gestores das áreas revistas;
 Rever o equilíbrio de apresentação do relatório com os comentários positivos
acolhidos;  Por fim rever denovo o conteúdo,a clareza e a observância dos padrões.

18
2.9. CONCLUSÃO
Após concluído o trabalho, podemos constatar que a habilidade de expressão através do
relatório é obtida com a experiência do auditor, pois quanto mais escrever, certamente melhor
estará capacitado para expressar suas idéias, críticas e sugestões. Ao elaborar o relatório o
auditor deve ter em mente que jamais esta peça deve ser desenvolvida com cunho pessoal,
rancor ou atrito que eventualmente tenha ocorrido no processo da auditoria. Expressões
depreciativas sobre as pessoas, críticas mal fundamentadas e, comentários com enfoques
pessoais, devem ser evitados ao máximo de modo que o relatório transmita a informação
corretamente de forma neutra.
A finalidade principal de um relatório de auditoria é a de transmitir as informações coletadas
no decorrer do trabalho, as observações feitas pela auditoria, além de apresentar as possíveis
sugestões de melhorias em relação aos processos atuais. Reside nesta gama de informações
que um relatório deve proporcionar a dificuldade da sua elaboração, considerando ainda
tratar-se de assunto bastante técnico, como são temas relacionados à contabilidade, impostos,
processos operacionais, que normalmente compõem a tônica dos assuntos tratados em
auditoria. O relatório de auditoria deve ter por finalidade proporcionar ao leitor uma
interpretação cristalina sobre como andam as operações, controles e registros da empresa,
onde o auditor apresentará a sua visão ao leitor, e na medida do possível sempre
acompanhada por sugestões factíveis para a área ou tipo de empresa auditada. Deve-se ter em
mente que a pessoa que irá ler o relatório, às vezes deposita expectativas demasiadas em
relação ao trabalho executado pelo auditor, como se no relatório estivessem apontadas todas
as soluções dos problemas da sua empresa. Não podemos nos olvidar ainda, de que algumas
vezes o leitor do relatório não possui conhecimentos específicos sobre o que está descrito, de
tal maneira que o relatório deve ser redigido sempre com a finalidade de ser uma informação
autoexplicativa, sem a necessidade de haver uma pessoa como tradutor daquilo que está
escrito.
Este é o nosso trabalho e esperamos que sirva de auxílio na nobre e difícil tarefa de leccionar
a cadeira de Estágio de minor em Auditoria Financeira.

19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Relatório de Auditoria Interna (2021). Acessado em:
https://www.scribd.com/document/236014439/Relatorios-de-Auditoria-Interna aos 15
de Agosto de 2023 as 10 horas.

20

Você também pode gostar