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Sandra Mara Dobjenski

ÉTICA – REVISÃO TURBO.

1. Lei federal – Estatuto da OAB


2. Duas Normas administrativas oriundas do Conselho Federal da OAB –
Regulamento do Estatuto da OAB e o Código de ética e Disciplina da OAB.
*NATUREZA JURÍDICA DA OAB – suigenires/ híbrida – ela é um órgão de classe –
pessoa jurídica de direito privado – Art. 73 CR/88 – advogado é indispensável a
aplicação da justiça – essa natureza emerge sobre um viés público – OAB é
independente.
*Características da OAB – (justiça gratuita é uma situação que gera isenção para o
beneficiário) – a OAB enquanto instituição possui imunidade tributária relacionada a
bens e serviços.
ÓRGÃOS DE GESTÃO DA OAB
1. Conselho Federal = órgão máximo da OAB = OAB Federal – possui sede em
Brasília. Diretoria (composta pelos Conselheiros Federais) – O
presidente do Conselho Feral não precisa ser conselheiro federal
(exceção/possibilidade) – é possível.
Composto por:
A. Conselheiros Federais - Advogados

Vem dos
Conselhos Seccionais – Cada Estado brasileiro + o DF possui uma
seccional – Cada Estado contribuí para a formação do Conselho
Federal da OAB com 03 conselheiros. Conselheiros –
Advogados eleitos. Número de conselheiros depende de número de
advogados inscritos.

Diretoria do Conselho Seccional


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Caixa de Assistência dos Advogados (CAA) – órgão criado dentro do
Conselho Seccional (da seção estadual) – que tem por objetivo criar
facilidades para os advogados. (Convênios, contratos, etc.) – composta por
advogados regularmente eleitos. A decisão de criação ou não de uma CAA
é feita pela seccional, desde que tenha pelo menos 1500 advogados a ela
vinculados. Requisitos para criação da CAA: vontade da seccional e ter
inscritos na seccional pelo menos 1500 advogados.
*A CAA adquire personalidade jurídica – sendo titular de direitos e
obrigações – quando seus atos constitutivos são levados a registro perante
o Conselho Seccional. (Ato constitutivo registrado no Conselho seccional)
* O dinheiro da CAA vem da anuidades ( divisão das anuidades metade
para o Conselho seccional e metade para CAA) – possui independência
econômica – previsão expressa tanto no Estatuto quanto no regulamento.
*A CAA pode possuir patrimônio em seu nome.
*A CAA pode ser extinta – se for extinta por vontade do Conselho o seu
patrimônio vai para este Conselho Seccional
*È possível, é permitida a interferência do Conselho na CAA mediante
decisão de 2/3 dos conselheiros (maioria qualificada)

Diretoria – composta por advogados regularmente eleitos (eleitos)

TED (Tribunal de ética e Disciplina) – ligado ao Conselho seccional –


Atribuições e competências – Art. 70, § 1º CEDOAB - Cabe ao Tribunal de
Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os processos
disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio
conselho. (julgar processos éticos e administrativos) – TED nada mais
é do que o 1º grau – suas decisões são colegiadas (acórdão por maioria ou
por unanimidade) Componentes do TED nomeados pelo
conselho seccional. (nomeação de advogados de alto saber jurídico, de
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reconhecida capacidade técnica) NÃO HÁ ELEIÇÃO. Existe a
possibilidade de se recorrer da decisão do TED.
Câmaras – vinculadas ao conselho seccional – local onde se reúnem
pessoas para julgar – Recursos contra decisão do TED serão julgados na
Câmara recursal. Composta pelos conselheiros seccionais
(nomeados pela diretoria para atuarem como julgadores na 2ª instância).
Estatuto prevê 03 Câmaras (existe Câmara no Conselho Federal, pois
existe a possibilidade das decisões das Câmaras recursais ter recurso – a
Câmara Federal é composta por Conselheiros federais)

Seção Estadual

Subseções – Requisitos para criação: Vontade política e ter pelo


menos 15 advogados a ela vinculados. (Um município pode ter uma
subseção, mas uma subseção pode ser um conjunto de municípios)
(dentro de um mesmo município pode ter mais de uma subseção) –
Pode ter conselheiros.

Diretoria - eleita

Conselho da Subseção - + de 100 advogados inscritos – conselheiros eleitos


pelos advogados

CNA (Conferência Nacional dos advogados) – órgão consultivo do Conselho


federal – reunião dos advogados – criada no segundo ano do mandato – uma
vez a cada 03 anos.
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*MANDATO DOS ÓRGÃOS DA OAB É DE 03 ANOS – NO SEGUNDO ANO DO
MANDATO DO CONSELHO FEDERAL SERÁ APRAZADA (FEITA) A
CONFERÊNCIA DOS ADVOGADOS, ONDE PE PERMITIDO A TODO O
ADVOGADO QUE TIVER INTERESSE COMPARECER (PALESTRAS,
DISCUSSÕES, APRESENTAR PROPOSTAS, MOMENTO DE DISCUSSÃO
SOBRE OS RUMOS DA ADVOCACIA) – SUGESTÕES QUE SERÃO
DESIGNADAS AO CONSELHO FEDERAL.
Art. 145. A Conferência Nacional da Advocacia Brasileira é órgão consultivo
máximo do Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do
mandato, tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que
digam respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento da advocacia. (NR)203
§ 1º As Conferências da Advocacia dos Estados e do Distrito Federal são órgãos
consultivos dos Conselhos Seccionais, reunindo-se trienalmente, no segundo ano
do mandato. (NR)204
§ 2º No primeiro ano do mandato do Conselho Federal ou do Conselho Seccional,
decidem se a data, o local e o tema central da Conferência. § 3º As conclusões das
Conferências têm caráter de recomendação aos Conselhos correspondentes.
CONDIÇÃO DE GESTOR NA OAB
 Através de uma eleição – a eleição será:
1. Direta – votam os advogados
1.1. Diretoria do Conselho Seccional
1.2. Diretoria da CAA
1.3. Conselheiros Seccionais
1.4. Três Conselheiros Federais
1.5. Diretoria da Subseção
1.6. Conselho da Subseção
*Voto de todos os advogados para o Conselho seccional e para a Subseção.
*Eleição feita por chapas – 1 Chapa na OAB Estadual contendo os cargos de
Diretoria – Conselheiro seccional – 03 Conselheiros Federais e 01 Chapa na
Subseção contendo os cargos de diretoria e conselheiro da subseção.
*O ADVOGADO NÃO VOTA EM PESSOAS VOTA EM CHAPAS
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*AS ELEÇÕES ACONTECEM NA OAB DE TRÊS EM TRÊS ANOS NO MÊS DE
NOVEMBRO NA SEGUNDA QUINZENA.
*VOTO DOS ADVOGADOS É OBRIGATÓRIO – CASO O ADVOGADO NÃO VOTE
ESTARÁ SUJEITO A SANÇÃO DE MULTA DE ATÉ 20% SOBRE O VALOR DA
ANUIDADE. (o advogado que não votar e não justificar será penalizado)
*EXISTE A POSSIBILIDADE DE A OAB PROIBIR ADVOGADOS DE VOTAREM
QUANDO ESTES NÃO PAGAREM A ANUIDADE (inadimplência). TAMBPEM NÃO
PODE VOTAR O ESTAGIÁRIO DA OAB.
2. Indireta – diretoria do Conselho Federal (eleita pelos Conselheiros Federais)
*DELEGAÇÃO = cada seccional (seção estadual da OAB) contribui com 03
conselheiros estaduais que votam na diretoria – Conselheiros Federais votam em
uma chapa também – os Conselheiros Federais nas decisões de competência do
Conselho federal tem os seus votos por delegação, salvo na eleição da diretoria – na
eleição da diretoria o voto dos conselheiros federais é individual – nas demais
atribuições da competência do Conselho Federal os votos serão por delegação (03
conselheiros tem que chegar a um acordo) – se os conselheiros federais não
chegarem a um acordo o voto será ANULADO.
VOZ E VOTO
*Quando se fala em eleição os advogados exercem seu direito de voto – na eleição
não se fala em voz.
*Decisões tomadas dentro dos órgãos de gestão – no Conselho Federal as decisões
serão tomadas mediante voto dos conselheiros federais, assim como os
conselheiros seccionais possuem direito a voto dento da seccional estadual, também
os conselheiros da subseção possuem direito a voto.
*Quando as decisões dentro dos órgãos de gestão forem colegiadas – aqueles que
participam do colegiado terão o direito de votar, de decidir qual caminho deverá ser
tomado.
*Direito de voz é o direito de manifestação, de opinião, dentro dos conselhos muitas
vezes é dado para pessoas que não possuem o direito de votar (Presidente do
Instituto dos advogados brasileiros – IAB possui o direito de se manifestar no
Conselho Federal, entretanto não possui o direito a voto) (Aquele que recebeu a
medalha Rui Barbosa – mais alta honraria que a OAB dá possui o direito de voz no
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Conselho Federal, entretanto não possui o direito de voto) (Ex-presidente tanto do
Conselho Federal quanto Seccional possuem direito de voz, não possuem o direito
de voto) (OBS.: Ex-presidentes que se elegeram antes de 1994 possuem direito de
voz e voto).
ELEIÇÃO
Requisitos para ser candidato a órgão de gestão:
1. Tem que ser advogado
2. Tem que estar em dia com a anuidade (Reabilitação – forma de limpar a ficha,
retirar a pena transitada em julgado dos registros – ocorre um ano após o
cumprimento da pena, a reabilitação não é automática exige requerimento do
interessado) (Para a OAB tem que ter sentença transitada em julgado)
3. Tempo de exercício da advocacia (Art. 8º EOAB - Para inscrição como
advogado é necessário: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de
graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada
e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível
com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o
conselho. § 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do
Conselho Federal da OAB. § 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não
graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido
em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos
demais requisitos previstos neste artigo. § 3º A inidoneidade moral, suscitada
por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no
mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente,
em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. § 4º Não
atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por
crime infamante, salvo reabilitação judicial).

 05 anos – todos os demais cargos (Presidente, Conselheiro Federal,


tesoureiro, etc.)
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 03 anos – efetivo exercício da advocacia (comprovado a partir de 05 atos
privativos por ano) (ato privativo da advocacia = atuação em juízo, em
processo, atos de consultoria, acessória e direção jurídica) se candidato
a Conselheiro Seccional ou para Conselheiro da Subseção.
4. Não pode ser candidato a pessoa (advogado) que pode ser admitido ad nutun
(CIRCUNSTÂNCIA ONDE O ADVOGADO POSSUE OUTRA ATIVIDADE –
ATIVIDADE A QUAL ELE PODE SER DEMITIDO A QUALQUER MOMENTO
POR VONTADE EXCLUSIVA DO SEU EMPREGADOR- NÃO POSSUI
GARANTIA DO EMPREGO) – (o fato da pessoa ser advogada não o impede
de exercer outras atividades, desde que essas atividades não estejam
descritas no Art. 28 do estatuto)
Art. 28 EOAB. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as
seguintes atividades: (ATIVIDADES QUE GERAM INCOMPATIBILIDADE =
PROIBIÇÃO DO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA – GERA A PROIBIÇÃO TOTAL
E ABSOLUTA PARA O EXERCÍCIO DA ADVOCACIA)
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus
substitutos legais;
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas,
bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de
deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1.127-
8)
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração
Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas
ou concessionárias de serviço público;
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a
qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de
registro;
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a
atividade policial de qualquer natureza;
VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
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VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento,
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras,
inclusive privadas.
*A OAB exige que aqueles que irão exercer cargo de gestão possuam
independência (não podem perder essa independência por qualquer razão)
REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NA OAB
Art. 8º EOAB - Para inscrição como advogado é necessário:
I - capacidade civil; (No Brasil a capacidade civil é presumida – ao alcançar 18
anos o sujeito é presumidamente considerado capaz) (de 16 a 18 anos –
relativamente capaz) (menos de 16 anos absolutamente incapaz) (para requerer
a inscrição na OAB o sujeito deve possuir capacidade civil presumida ou se
tiver de 16 a 18 anos, deve ser emancipado (adquire capacidade civil plena) –
emancipação = feita por escritura pública)
II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino
oficialmente autorizada e credenciada;
III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV - aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI - idoneidade moral; (a falta de idoneidade acarreta ou pode acarretar o
indeferimento da inscrição) (falta de idoneidade analisada caso a caso) (caso a
inscrição for indeferida por falta de idoneidade tem que ter decisão dos
Conselheiros Seccionais no percentual de 2/3) (Ex.: Crimes infamantes)
(Crimes de xenofobia, racismo, violência doméstica ou familiar – o Conselho
Federal diz – pode ser considerado falta de idoneidade, no entanto, fica a
cargo da análise de cada conselho o caso concreto - NÃO É AUTOMÁTICO –
2/3 DOS CONSELHEIROS TEM QUE COMPREENDER A IDONEIDADE PARA
QUE A REQUISIÇÃO SEJA NEGADA)
VII - prestar compromisso perante o conselho.
1. Incompatibilidade – GERA A PROIBIÇÃO DO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA.
(Ex.: Atividade Policial)
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Art. 28 EOAB - A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as
seguintes atividades:
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus
substitutos legais;
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas,
bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de
deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1.127-
8)
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração
Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas
ou concessionárias de serviço público;
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a
qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de
registro;
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a
atividade policial de qualquer natureza;
VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento,
arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras,
inclusive privadas.
2. Impedimento: GERA LIMITAÇÃO AO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA. (Ex.:
Funcionário Público – pode advogar exceto contra o ente que o
remunera – Fazenda Pública)
Art. 30 EOAB. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda
Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor
das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de
economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas
concessionárias ou permissionárias de serviço público.
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*A inscrição é feita na seccional estadual da OAB – perante o Conselho Seccional –
INSCRIÇÃO PRINCIPAL – exercício com habitualidade da advocacia – Essa
inscrição principal autoriza o advogado a exercer a atividade em todo o território
nacional com limitação da postulação em juízo – O ADVOGADO PODE ATUAR EM
ATÉ 05 CAUSAS POR ANO EM CADA CONSELHO SECCIONAL.
*Se o advogado possuir mais de 05 atuações em território distinto de sua inscrição
principal por ano é necessário a realização da INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR
(inscrição além da principal) – como REGRA é facultativa (cada inscrição gera uma
anuidade) (é feita com um único exame de ordem) – no entanto, essa inscrição
suplementar poderá se tornar obrigatória quando:
1. Nos Estados o advogado tiver mais de 05 ações
2. Sociedade de advogados (pessoa jurídica formada, criada apenas por
advogados e que vai ser registrada no Conselho Seccional aonde ela vai ter
sua sede) (se o advogado quer fazer parte de uma sociedade de advogados,
tem que ter inscrição ou principal ou suplementar perante o conselho onde
esta sociedade será registrada)
*NÃO É NECESSÁRIA INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR PARA ATUAÇÃO NO STF OU
STJ, TAMBÉM NÃO EXISTE A NECESSECIDADE DESSA INSCRIÇÃO PARA
ATUAÇÃO NOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS, TSE, TST.
*Para que o advogado receba suas credenciais é necessário que ele preste um
compromisso junto a OAB – Art. 20 RGOAB - O requerente à inscrição principal no
quadro de advogados presta o seguinte compromisso perante o Conselho Seccional,
a Diretoria ou o Conselho da Subseção. É um momento solene, personalíssimo (o
compromisso não pode ocorrer por procuração)

Licenciamento (forma que o Cancelamento (circunstâncias


advogado tem de se afastar da OAB definidas no Estatuto que geram o
por determinado período de tempo – encerramento da inscrição – decorre
não perdendo a sua inscrição – perde em deixar de ser advogado- a
a capacidade postulatória (direito de inscrição perde o valor – não pode
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postular o juízo) – perde a voltar ao quadro da OAB com a
possibilidade de atuar nos atos mesma inscrição)
privativos da advocacia – deixa de
pagar a anuidade – não é obrigado a
votar) (Pode pedir a qualquer
momento o cancelamento do
licenciamento)
*Pode ocorrer a pedido – o advogado *Pode ocorrer o cancelamento a pedido
pode pedir o licenciamento através de – a REGRA do pedido é que ele tem que
pedido fundamentado. ser personalíssimo (somente o próprio
*Pode ser requisitado através de advogado pode pedir)
procurador. *Não necessita ser fundamentado.
Incompatibilidade posterior temporária Incompatibilidade posterior definitiva

Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: (incompatibilidade decorrente de


I - os servidores da administração direta, indireta concurso público)
e fundacional, contra a Fazenda Pública que os
remunere ou à qual seja vinculada a entidade
empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo (possuem
impedimento - não podem exercer a advocacia
contra a Fazenda Pública) (vereador, deputado
estadual, deputado federal ou senador- podem
advogar, entretanto não podem advogar nem
contra a Fazenda Pública em Gera – autarquias
e fundações públicas) (se o advogado for
vereador e concomitantemente presidente da
Câmara dos vereadores – esta condição
acarreta incompatibilidade – fazer parte da
mesa do Poder Legislativo gera uma
incompatibilidade temporária), em seus
diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas
jurídicas de direito público, empresas públicas,
sociedades de economia mista, fundações
públicas, entidades paraestatais ou empresas
concessionárias ou permissionárias de serviço
público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses
do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.

Doença Mental Curável (se a doença Perda dos requisitos da inscrição


mental for incurável a condição é de (doença mental incurável)
incapacidade que gera a perda da sua
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capacidade civil)
Morte (morreu o advogado sua inscrição
morre com ele – não existe direito de
herança – sucessório quanto a inscrição
da OAB)
Exclusão (uma das sanções possíveis
ou passíveis de serem aplicadas)
(Sanções: censura, suspensão e
exclusão)
1. Censura = anotação no cadastro
dos advogados perante a OAB (O
advogado foi condenado em um
processo disciplinar transitado em
julgado) – geram censura a
desobediência ao Código de Ética
e disciplina da OAB – presentes
circunstâncias atenuantes a
censura pode ser transformada
em advertência (remessa de um
simples ofício reservado – não
fica nenhum registro na ficha
funcional) – censura fica registro.

Art. 40. Na aplicação das sanções disciplinares,


são consideradas, para fins de atenuação, as
seguintes circunstâncias, entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa
profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou
cargo em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia
ou à causa pública.
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais
do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por ele
revelada, as circunstâncias e as conseqüências
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da infração são considerados para o fim de
decidir:
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa
da multa e de outra sanção disciplinar;
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da
multa aplicáveis.
2. Suspensão – (somente depois de
sentença transitória em julgado) (oriunda
de processo administrativo disciplinar)
durante o período em que o advogado é
suspenso não pode exercer a advocacia,
perde a capacidade postulatória diante
dessa penalização.

Art. 37 EOAB. A suspensão é aplicável nos


casos de:
I - infrações definidas nos incisos XVII a XXV do
art. 34;
II - reincidência em infração disciplinar.
§ 1º A suspensão acarreta ao infrator a
interdição do exercício profissional, em todo o
território nacional, pelo prazo de trinta dias a
doze meses, de acordo com os critérios de
individualização previstos neste capítulo.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art.
34, a suspensão perdura até que satisfaça
integralmente a dívida, inclusive com correção
monetária.
§ 3º Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a
suspensão perdura até que preste novas provas
de habilitação.
*TODA SANÇAO DISCIPLINAR DIZ
RESPEITO A DINHEIRO (NÃO
PAGAMENTO DA ANUIDADE =
INFRAÇÃO DISCIPLINAR CUJA PENA
É A SUSPENSÃO – segundo o STF
essa proposição é inconstitucional –
decisão não transitada em julgado)
(Não prestação de contas ao cliente,
receber dinheiro e não entregar ao
cliente, não devolução dos autos,
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condutas inapropriadas)

*Existe a suspensão preventiva ou


provisória quando a infração disciplinar
cometida pelo advogado gerar grande
repercussão social (marcada uma sessão
especial do TED para avaliar – se
decidido que o advogado tem que ser
suspenso o processo disciplinar tem que
se findar em no máximo 90 dias mediante
pena de constrangimento ilegal)

*Multa = pena acessória – não existe


sozinha – (censura + multa) (suspensão
+ multa)

3. Exclusão – pena onde o advogado


cometeu uma infração ética
(apresentação de prova falsa de requisito
de inscrição, suspensão por 03 vezes –
mediante processo disciplinar com
sentença transita em julgado,
condenação por crime infamante) para a
exclusão não basta a sentença transitada
em julgado, necessita do percentual de
2/3 do Conselho Seccional (condição de
eficácia da decisão).

Suspensão do advogado por 03 vezes


(advogado foi punido cometeu nova
infração após o transito em julgado da
decisão condenatória = reincidência) –
suspensão por 03 vezes é causa de
abertura de processo administrativo com
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o objetivo de excluir.
ESTAGIÁRIO DA OAB
1. Necessário estar cursando Direito matriculado nos dois últimos anos
2. Submissão aos requisitos do Art. 8º para obter sua inscrição
(capacidade civil, não pode exercer atividade incompatível, pessoa
idônea)
*Recebe a carteira da OAB e a obrigação de pagar a anuidade
*Não possui direito a voto
*Não pode realizar contrato de honorários com clientes
*Não pode participar de sociedade de advogados
*Não pode aparecer na publicidade do escritório
*Pode fazer qualquer coisa desde que acompanhado pelo advogado
(atividades privativas da advocacia) – pode assinar petição inicial sob a
supervisão do advogado, assim como pode assinar contestação, pode fazer
audiência, pode assinar recurso.
*Sozinho o estagiário pode requerer certidão junto ao Poder Judiciário, pode
pegar carga de processo desde que apareça na procuração ou o advogado
tenha substabelecido para ele. Pode assinar uma petição desde que possua
procuração – petição de juntada.
*É possível que o Bacharel em Direito seja estagiário – para requerer a
inscrição na OAB o Bacharel deve provar vínculo com escritório de advocacia
credenciado na OAB ou com órgão público credenciado na OAB. (estágio
profissionalizante) – essa inscrição dura até 03 anos.
NOME SOCIAL
Possibilidade, direito que foi dado aos advogados travestis/transexuais no sentido de
poder inserir na sua inscrição (seja advogado ou estagiário) seu nome social – nome
o qual ele é conhecido na condição de travesti/transexual. NÃO É NECESSÁRIA
SENTENÇA JUDICIAL. O advogado pode também na publicidade usar seu nome
social. (Somente não pode, tal como o advogado usar seu nome em fatos inserido
em falos ilegais, escusos, abusivos e ilícitos)
PROCURAÇÃO
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O advogado para atuar em juízo, para falar em nome do seu cliente ele tem que
estar autorizado – o cliente tem que ter lhe dado poderes – que lhe são instituídos
através da procuração.
*Excepcionalmente pode o advogado postular em juízo sem procuração, se habilitar
em um processo, propor uma ação, contestar uma ação, peticionar, pedir tutela
provisória em ATOS URGENTES. (para evitar prescrição, decadência, preclusão,
etc.) – ficando contanto com a obrigação de juntar a obrigação no prazo de 15
dias prorrogável por mais 15 dias.
*Processo criminal não precisa de procuração
*JEC não precisa de procuração
*Não é permitido ao advogado da parte contrária conversar com o sujeito que já
possua advogado constituído na ação – somente ocorrerá essa conversa se o
advogado autorizar.
*Um advogado NÃO pode receber procuração de uma pessoa que tem ciência que
possui advogado constituído – a procuração somente pode ser recebida com
autorização do advogado constituído. EXCEÇÃO: EM CASO DE URGÊNCIA
(NECESSIDADE DA PRODUÇÃO DE ATOS URGENTES) PODE O ADVOGADO
RECEBER A PROCURAÇÃO.
*A procuração é um contrato, e sendo um contrato pode possuir prazo determinado
como pode não possuir prazo algum (a legislação não ressalta quanto ao prazo
da procuração) a definição cabe, portanto as partes. Quando o prazo não constar
da procuração subtende-se que esta seja válida por prazo indeterminado. Os efeitos
da procuração se findam quando terminam os trabalhos contratados. (A procuração
outorgada na fase de conhecimento possui efeito, valor e eficácia para o
cumprimento de sentença)

Art. 105, § 4º CPC - Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do


próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para
todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.
*SOMENTE NÃO TERÁ VALOR SE ESTIVER EXPRESSO NA PROCURAÇÃO
QUE ELA NÃO VALE PARA A FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
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Circunstâncias que vão atingir os poderes dos advogados:
1. Revogação – atividade do cliente que atinge o advogado – cliente revoga os
poderes do advogado (termina com a procuração) – não é necessário
fundamentação – a revogação não tira o direito do advogado em receber os
honorários, entretanto ele receberá proporcionalmente ao trabalho desenvolvido.
(NÃO EXISTE O PRAZO DE 10 DIAS)
2. Renúncia – atitude do advogado contra o cliente – não existe obrigatoriedade de
fundamentação para a renúncia – o advogado ao renunciar não pode deixar o cliente
sem defesa – o advogado que renuncia ainda é responsável pelo prazo de 10 dias
por tudo o que acontecer dentro do processo. A renúncia é feita através de
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL ao cliente. Se antes de encerrado o prazo de 10
dias o cliente nomear um procurador termina a responsabilidade do advogado. (O
advogado não pode comunicar a renúncia ao cliente através do juiz, dentro do
processo) (o advogado primeiramente deve notificar o cliente da sua renúncia
e posteriormente junta essa renúncia nos autos)
3. Substabelecimento – é uma forma, uma relação de advogado com advogado
(existe um advogado que recebeu uma procuração, que recebeu poderes do cliente
que transfere poderes a outro advogado = substabelecimento). Pode ocorrer de
duas formas:
3.1. Com reserva de poder – ocorre o compartilhamento por parte do advogado de
poderes. NÃO É NECESSÁRIA A CONCORDÂNCIA DO CLIENTE. (na prática é
uma forma de renúncia)
3.2. Sem reserva de poder – faz com que o advogado que está substabelecendo
saia do processo – necessita de ANUÊNCIA DO CLIENTE.
*Pode ocorrer o substabelecimento para estagiário – com reserva de poderes.
*Não possui o prazo de 10 dias com o intuito de não deixar o cliente sem advogado.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Remuneração do advogado – forma como o advogado recebe a contraprestação dos
serviços prestados – o advogado é um profissional liberal como REGRA. São
divididos em:
1. Honorários contratuais – convencionados com o cliente. Acerto entre
advogado e cliente. O advogado tem liberdade ampla, total e irrestrita na
Sandra Mara Dobjenski
fixação de seus honorários (Cada Conselho Seccional da OAB possui a sua
tabela)
1.1. Cota litís - são honorários fixados, contratados entre advogado e cliente
que representam um percentual pelo resultado na demanda – honorários
pelo sucesso. Os honorários cota litis + honorários de sucumbência não
podem gerar ao advogado um ganho maior do que o que o cliente teve.
(Um advogado fixa honorários cota litis no percentual de 50% de maneira
a ganhar a ação, somados a esses honorários o advogado recebe mais os
honorários de sucumbência de forma a estar recebendo a mais que o
cliente, portanto os honorários cota litis + honorários de sucumbência não
podem gerar para o advogado ganho maior do que o do cliente). Pode ser
cobrado honorários contratuais + cota litis + sucumbência – os honorários
contratuais não possuem incidência no percentual dos honorários cota
litis.
2. Honorários de sucumbência – São fixados pelo Poder Judiciário para o
advogado da parte vencedora a serem pagos pela parte vencida.
Condenação da parte vencida para pagar verba honorária, fixada pelo juiz
(Art. 85, parágrafo 2º) para o advogado da parte vencedora. Quem paga é a
parte vencida.
Art. 85 CPC. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório
ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor
da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor
atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (REGRA)
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios
estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito
econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito
econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito
econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-
mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico
obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º :
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I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida a
sentença;
II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V,
somente ocorrerá quando liquidado o julgado;
III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido,
a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa;
IV - será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver
em vigor na data da decisão de liquidação.
§ 5º Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico
obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3º, a fixação
do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa
subsequente, e assim sucessivamente.
§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se independentemente de qual seja o
conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.
§ 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje
expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da
causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o
disposto nos incisos do § 2º.
§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre a
soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o
trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a
6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do
vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de
conhecimento.
§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções processuais,
inclusive as previstas no art. 77 .
§ 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados
improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito principal,
para todos os efeitos legais.
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos
privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de
sucumbência parcial.
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em
favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o
disposto no § 14.
§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da
data do trânsito em julgado da decisão.
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu
valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.
§ 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

*Os honorários contratuais + sucumbênciais coexistem – um não afasta o outro.


*Pode ser cobrado honorário via cartão de crédito – é permitida e autorizada.
* Não pode ser emitido título de créditos – duplicatas, notas promissórias para
cobrança de honorários. EXCEÇÃO: Se o cliente pedir o advogado pode lhe mandar
boletos de cobrança (mediante pedido e autorização) – o boleto de honorários não
pode constar a cláusula de protesto (NÃO É AUTORIZADO O PROTESTO DESSE
BOLETO)
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*O advogado pode receber honorários via cheque ou nota promissória emitida pelo
cliente. (PODE OCORRER PROTESTO, UMA VEZ NÃO PAGOS)
*Incide prescrição sobre a pretensão de honorários – prescrevem em 05 anos a
partir de quando se dava a obrigação de pagar. (Honorários de sucumbência = 05
anos a partir do trânsito em julgado) (honorários contratuais = 05 anos a partir da
cláusula que especifica a data de pagamento)
*Habilitação nos autos do contrato de honorários (advogado não é parte, ele trabalha
nos interesses para a parte – autor ou réu – ele é terceiro dentro do processo –
dessa forma pode peticionar pedindo ao magistrado pedindo para que este separe a
parte que lhe cabe)
*O contrato de honorários entre advogado e cliente é considerado um título
executivo judicial, dessa forma pode ser executado – entretanto não necessita de
duas testemunhas.
*Honorários assistenciais – incidem na justiça do trabalho quando houver uma ação
onde sindicato ou associação na defesa dos interesses dos seus sindicalizados
atuarem como substituto processual se restar vencedor o juiz do trabalho condenará
a parte vencida a pagar honorários assistenciais ao advogado do sindicato. São
honorários fixados pelo Poder Judiciário para advogado de sindicato ou associação
que atua numa ação trabalhista como substituto processual em nome de seus
associados ou sindicalizados.
Art. 22º § 6º EOAB O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais,
compreendidos como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de
classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais.
(Incluído pela Lei nº 13.725, de 2018)
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em
substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que,
ao optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do contrato
originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a necessidade de
mais formalidades. (Incluído pela Lei nº 13.725, de 2018).
ADVOGADO EMPREGADO
*Existe o contrato de trabalho para prestação de serviços advocatícios – o advogado
contratado possui duas formas de contratualizar:
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1. Com dedicação exclusiva – contrato será de 08 horas diárias e 40 horas
semanais. O advogado contratado pode trabalhar na condição de profissional liberal
para outras pessoas. Para fins de contrato entre patrão e advogado – serve para
fixar o tempo de trabalho diário e semanal para fins de pagamento de horas
extraordinárias. Não pode atuar em um trabalho que atue com seu empregador.
2. Sem dedicação exclusiva – contrato será de 04 horas diárias e 20 horas semanais
*O FATO DE SER COM DEDICAÇÃO OU SEM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA SERVE
ÚNICAMENTE PARA FINS DE EXTIPULAR AS HORAS EXTRAORDINÁRIAS.
*Empregado Com contrato de trabalho é assalariado – ganha um salário para a
prestação de serviço – ele não perde a independência (na atividade profissional o
advogado pode escolher o jeito de atuar) (se o cliente mandou ele atuar de um jeito
e o advogado entende que deve trabalhar de outro por razões técnicas – o cliente
pode vir a demiti-lo, mas a demissão deve ser sem justa causa – se um cliente
desobedece seu empregador = demissão com justa causa, entretanto na condição
do advogado neste caso ele não desobedece o cliente, porque a condição de
advogado empregado não lhe retira a independência profissional – a maneira
jurídica como irá atuar é escolhida pelo advogado, não podendo ser imposta pelo
empregador).
*O advogado empregado tem direito há honorários de sucumbência, entretanto é
autorizado ao advogado em seu contrato de trabalho definir outro destino para estes
honorários. (o advogado tem o direito de dispor dos honorários de sucumbência) –
se no contrato nada disser esses honorários é única e exclusivamente do advogado.
*Horário noturno do advogado empregado é das 20 h às 05 h.
*O horário de trabalho do advogado empregado é aquele no qual ele esta a
disposição do empregador.

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