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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL – OAB 1ª FASE

1. DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB):


CARACTERÍSTICAS:
a) Entidade com personalidade jurídica própria – instituição sui generis;
b) Forma federativa;
c) Presta um serviço público independente do rol;
d) Não está subordinado ao Estado (hierárquico e funcional);
e) Não compõem a AP Direta, nem indireta;
f) Goza de imunidade tributária total;
g) Regime de CLT.

1.1. ESTRUTURA DA OAB: a OAB possuem órgãos que são dotados de


competência e atribuições especiais, sendo eles: o Conselho Federal, o Conselho
Seccional, as Subcecções e as Caixas de Assistência dos Advogados (art. 45,
Estatuto).

ATENÇÃO → TED: não corresponde a órgão com personalidade jurídica própria


na OAB.

A) CONSELHO FEDERAL (art. 51 a 55): é imprescindível estudar os artigos!!.


PERSONALIDADE JURÍDICA: é própria.
SEDE: capital da República – Brasília.
HIERARQUIA: órgão supremo da OAB;
MEMBROS: 3 conselheiros federais integrantes das delegações de cada
unidade federativa + ex-presidentes do conselho federal (membros honorários
vitalícios).

EX- PRESIDENTES: não possuem direito de voto, mas apenas de voz.

DIRETORIA: ela será composta pelo Presidente + Vice-presidente +


Secretário Geral + Secretário Geral Adjunto + Tesoureiro;
PRESIDENTE: só tem direito de voto de qualidade (para desempatar) e
direito de embargar decisões não unânimes. Ele tem a competência de
representar a OAB no âmbito nacional e internacional, convocar o CF, presidi-
lo e representa-lo ativa e passivamente dentro e fora dele.
DEMAIS MEMBROS: irão votar através de suas delegações

COMPETÊNCIA DO CF: decorar o art. 54!!


ATENÇÃO → o CF terá poder para alterar o Regulamento Geral e o Código de
Ética e Disciplina, mas o Estatuto da Advocacia só pode ser alterado pelo
Congresso Nacional.

MEDALHA RUI BARBOSA: é uma comenda máxima conferida a pessoas de


grande destaque na advocacia brasileira, só podendo ser conferido uma vez a
cada mandato do Conselho.
B) CONSELHO SECCIONAL (art. 56 ao 59):
PERSONALIDADE JURÍDICA: própria.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL: nos Estados-membros e DF.
MEMBROS: Conselheiros Seccionais proporcionais ao número de inscritos (˂
31 ˃ 81) + membros honorários vitalícios (ex-presidentes do conselho +
Presidente do Instituto dos Advogados local)
CONSELHEIROS: possuem direito de voz e voto;
MEMBROS HONORÁRIOS: apenas direito de voz.

PRESIDENTE DA CF, CONSELHEIROS FEDERAIS, MEMBROS DAS


SUBSECÇÕES E DAS CAIXAS: quando presentes nas sessões, terão direito
de voto.

COMPETÊNCIA: art. 58 – escolher qual vai decorar.


ATENÇÃO → EXAME DA ORDEM: ele é unificado em todo território
nacional e regulamentado pelo C. Federal, o Seccional só irá realizar as provas.

DIRETORIA: mesma posição do Conselho Federal.

C) SUBSECÇÃO (art. 60 e 61):


AUTONOMIA DAS SECCIONAIS
COMPETÊNCIA TERRITORIAL: pode ser parte de um Município, um
todo, mais de um, inclusive da capital.
REQUISITO: ter mais de 15 inscritos na área.
CONSELHO EXTRA: no caso de haver mais de 100 inscrito, pode ser
integrada por um conselho que o número de membros será definido pela
Seccional.

DIRETORIA: mesma regra.

INTERVENÇÃO DO CONSELHO SECCIONAL: pode intervir se houver


aprovação de 2/3 em conselho quando houver grave violação à lei ou ao
regimento interno.

ATENÇÃO → ART. 50 DO ESTATUTO: segundo este, é possível que o


Presidente dos Conselhos da OAB e da Subsecções solicitem cópias de peças
nos autos ou de documentos à Tribunal,
à Magistrado, à Cartório ou aos órgãos da AP, desde que fundamentem o
pedido e demonstre a vinculação dessa requisição com as finalidades do
Estatuto e da OAB.

D) CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS (art. 62):


PERSONALIDADE JURÍDICA: própria;
REQUISITO PARA CRIAÇÃO: ter mais de 1.500 inscritos no Conselho
Seccional, o qual vai cria-la.
COMPETÊNCIA: prestar assistência aos advogados inscritos, através de
benefícios, convênios, etc.

RECEITA: direito a metade dos valores líquidos percebidos pelos Conselhos


Seccionais através das anuidades.

DIRETORIA: formada por 5 membros.

EXTINÇÃO DA CAIXA: seu patrimônio será incorporado ao Seccional.

INTERVENÇÃO: o Seccional pode exercer a intervenção da mesma forma


anterior, instaurando diretoria provisória.

2. DA INSCRIÇÃO (art. 8º): o advogado se inscreverá no Conselho Seccional onde


exercerá suas atividades habituais (domicílio profissional).
REQUISITOS:
a) Ter capacidade civil;
b) Título de eleitor e quitação militar se brasileiro;
c) Diploma ou certidão de graduação;
d) Aprovação no Exame da Ordem;
e) Idoneidade moral: não pode haver condenação por crime infamante (aquele
que denigra a imagem dos advogados ou que tenha tido grande repercussão ao
ponto de prejudicar o exercício da atividade) ou então ter passado por
reabilitação judicial;

OBS.: DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE: precisa passar por processo


disciplinar.

f) Não realizar atividade incompatível com a profissão;


g) Prestar compromisso
ESTRANGEIRO OU BRASILEIRO NÃO GRADUADO NO BRASIL: precisa
fazer prova da sua graduação já devidamente revalidado, bem como cumprir os
demais requisitos.

INSCRIÇÃO COMO ESTAGIÁRIO (art. 9º): será feita também na Seccional


em que se localize o curso jurídico.
REQUISITOS:
a) Capacidade civil;
b) Título de eleitor e quitação militar;
c) Idoneidade Moral;
d) Não exercer atividade incompatível com a advocacia;
e) Exercer estágio profissional de advocacia nos últimos dois anos de curso;
f) Prestar compromisso;
g) Estudar o Estatuto e o Código de Ética e Disciplina.
ALUNO DE DIREITO QUE EXERCE ATIVIDADE INCOMPATÍVEL:
poderá exercer estágio na própria instituição de ensino para fins de aprendizagem,
visto que é proibido a inscrição na OAB como estagiário.
BACHAREL EM DIREITO: que queira se inscrever na OAB também pode
exercer estágio profissional.
INSCRIÇÃO PRINCIPAL ≠ INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR:
Inscrição Principal ou definitiva: é aquela em que o advogado realiza na
Seccional do seu domicílio profissional (onde exerce as atividades habituais ou
domicílio da pessoa física do advogado).
Inscrição Suplementar: quando ele atua em mais de 5 causas por anos em
seccional diversa da principal, então ele precisa fazer a inscrição suplementar.

CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO (art. 11): ocorrerá nos causas de: a)


fixação de pena de exclusão; b) passar a exercer de forma definitiva atividade
incompatível com a de advogado; c) falecer; d) Perder qualquer um dos requisitos
necessário para a inscrição e) que requerer.
NOVO PEDIDO DE INSCRIÇÃO: precisa fazer prova de reabilitação e de estar
com os requisitos do art. 8º do Estatuto em dia. O nº de inscrição será um novo.
LICENCIAMENTO: pode ser requisitado, quando o advogado: a) passar a
exercer de forma temporária atividade incompatível; b) requerer por motivo
justificado c) estiver com doença mental curável.

3. DO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA:
Art. 2º, EA – o advogado é indispensável à administração da Justiça (bem como
para o exercício da cidadania), sendo seus atos e manifestações no exercício da
profissão invioláveis.
MÚNUS PÚBLICO: o advogado presta um serviço público, visto que o exercício
carrega uma função social.

INDEPENDÊNCIA: o advogado tem que atuar com independência, ou seja, não


pode ter receio de desagradar autoridade ou ser impopular.
OBS.: ADVOGADO PÚBLICO: também precisa atuar desta forma, inclusive
quem ocupa cargo de chefia e direção.

DEVER DE URBANIDADE: tanto os advogados em geral, quando os público


tem dever de tratar os colegas, autoridades, servidores e pessoas em geral com
respeito e consideração.

ATIVIDADES PRIVATIVAS DOS ADVOGADOS: é o de postulação,


assessoria, consultoria e direção jurídica. Não é cabível sequer para bacharéis e
estagiários, sob pena de nulidade, além de sanções penais, administrativas e
judiciais.
OBS.: ADVOGADO IMPEDIDO (suspenso, licenciado ou que exerce atividade
incompatível com a de advogado): também não pode praticar esses atos.
ATENÇÃO → ATOS EXTRAJUDICIAIS: inventários, separações extrajudiciais
e ato constitutivo de sociedade precisam ter a assinatura de advogado
obrigatoriamente. Exceção: ato constitutivo de sociedade quando se tratar de ME e
EPP.

ESTAGIÁRIO INSCRITO NA OAB: podem praticar as atividade privativas


desde que em conjunto e sob a responsabilidade de advogado, como também pode
sozinho: a) devolver e pegar autos no cartório; b) obter certidões de peças ou
processos; c) assinar petição de juntada.

ATOS QUE SÃO DISPENSADOS OS ADVOGADOS:


A) HC: pode ser impetrado por qualquer pessoa.
B) PROCESSO ADIMINISTRATIVO DISCIPLINAR: a falta de defesa técnica
não ofende a CF.
C) JUSTIÇA DE PAZ: conciliação, casamento e verificação de habilitação em
processo não precisam de advogado.
D) AÇÃO REVISIONAL PENAL: pode ser feita pelo próprio réu ou parentes
(falecido).
E) JUSTIÇA DO TRABALHO: a própria parte em regra.
F) JUIZADO ESPECIAL

3.1. A DIVULGAÇÃO DA ADVOCACIA E A PUBLICIDADE


PROFISSIONAL:
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE: é terminantemente proibido divulgar, bem
como exercer (no mesmo espaço físico) a atividade de advogado em conjunto com
outra de qualquer natureza.

PUBLICIDADE: tem que ser com discrição e sobriedade e não pode ter como
finalidade a mercantilização da profissão e a captação de clientela, ou seja, tem que
ser meramente informativo.
PROIBIDO: veicular publicidade por meio de rádio, tv, cinema, usar outdoors ou
painéis luminosos com nítido caráter mercantil, realizar inscrições em muros,
paredes, veículos, elevadores ou qualquer espaço público, utilizar mala direta (pode
para clientes), panfletos ou outras formas de publicidades para captar clientela,
divulgar informações sobre clientes, etc.
PAINÉIS PARA FINS DE IDENTIFICAÇÃO DO ESCRITÓRIO: podem ser
utilizados.

3.2. DA POSTULAÇÃO: ele pode postular em juízo ou fora dele, desde que
sempre munido de mandato (público ou particular) que vigorará desde o primeiro
ato até o arquivamento do processo em regra, estando o advogado obrigado a
acompanhar o processo.
SITUAÇÃO DE URGÊNCIA: pode postular sem o mandato, mas deve apresenta-
lo em até 15 dias após o ato, prorrogáveis por mais 15.

RENÚNCIA: neste caso, o mandato, em regra, vigora até 10 dias após a


notificação da renúncia, exceto se houver substituição antes de findar o prazo.

3.3. DO SIGILO: é dever do advogado guardar sigilo das informações percebidas


no exercício da profissão, inclusive aqueles obtidos das funções desempenhadas na
OAB e os de conciliador.
NATUREZA DO SIGILO: é de ordem pública, não necessitando que o cliente
solicite. Além disso, desobriga o advogado a depor em processos sobre
informações obtidas dessa relação.

EXCEÇÕES: há casos em que o sigilo pode ser flexibilizado: a) quando incorrer


em risco para honra e vida do advogado e seus familiares; b) em defesa própria.

3.4. DO ADVOGADO EMPREGADO: ele mantém a sua independência


profissional, não devendo atuar para agradar superiores, nem a prestar serviços
profissionais de interesses pessoais dos empregadores fora da relação de emprego.
SALÁRIO MÍNIMO: deve o valor ser ajustado em sentença normativa ou acordo
ou convenção coletiva.

JORNADA DE TRABALHO: em regra, são de 20 horas semanais (4hrs diárias


contínuas), salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva, ou se for dedicação
exclusiva.
PERÍODO DE TRABALHO: é aquele em que ele está à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens (interno ou externo), devendo
receber reembolso das despesas com transporte, hospedagem e alimentação.

HORAS EXTRAS: adicional de 100%.


ADICIONAL NOTURNO: 20h – 5h – 25%.

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA: são devidos aos advogados empregados e


partilhados com a empregadora.

4. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: são os seguintes:


a) Honorário pactuado: aquele que foi estipulado entre cliente e advogado, que
em regra será pago da seguinte forma: 1/3 quando assina a procuração; 1/3
quando sai sentença e 1/3 com o trânsito em julgado.
b) Honorário de sucumbência: é aquele pago pela parte derrotada no processo ao
advogado vitorioso (10 a 20% da causa).
c) Honorário judicialmente arbitrado: são aqueles em que o juiz vai arbitrar por
falta de estipulação ou acordo e levará em conta o trabalho e o valor econômico
da questão, não podendo ser inferior a tabela da OAB (os honorários na
condenação por arbitramento e sucumbência pertencem ao advogado – direito
autônomo - execução).
TITULO EXECUTIVO: tanto o contrato que fixou honorários, quanto a
sentença, inclusive constituindo crédito privilegiado na falência.

CLÁUSULA QUE RETIRA O RECEBIMENTO DE HONORÁRIOS DE


SUCUMBÊNCIA: completamente nula.

PRAZO PRESCRICIONAL PARA COBRANÇA: 5 anos.

CLÁUSULA QUOTA LITIS: é quando o advogado firma contrato com o


cliente que os honorários serão pagos caso haja sucesso no processo e na
proporção do sucesso, aqui ele pode cobrar um valor um pouco acima da regra,
visto que assume o risco.
REQUISITOS PARA O CONTRATO: a) o valor tem que ser expresso em
pecúnia; b) quando acrescidos com o valor de sucumbência não pode
ultrapassar a vantagem do cliente; c) a cláusula precisa ser expressa; d) todo
custo da demanda é por conta do advogado.

NATUREZA DOS HONORÁRIOS: alimentar.

TÍTULOS DE CRÉDITO DE NATUREZA MERCANTIL: como a


duplicata, não podem ser emitidas em razão do crédito dos honorários, pois se
busca afastar ao máximo a atividade empresária da de advogado. É permitido:
emissão de fatura, cheque, nota promissória.

CARTÃO DE CRÉDITO: pode ser usado como forma de pagamento dos


honorários.

4.1. ADVOCACIA PRO BONO: quando os serviços são prestados


voluntariamente, de forma eventual e gratuita para pessoas que não têm condições
de contratar advogado (pessoas físicas ou instituições sociais sem fins econômicos).
Devendo o advogado aqui atuar com zelo e dedicação.

FINS POLÍTICOS PARTIDÁRIOS E ELEITORAIS: não é admitido o pro


bono aqui, bem como não é admitido para instituições com esse fim.

COMO INSTRUMENTO DE PUBLICIDADE PARA CAPTAR


CLIENTELA: também não é admitido.

RESPONSABILIDADE: mesmo sendo gratuita, o advogado ainda será


responsável por todos os danos que causar aos clientes.

5. DOS DIREITOS DOS ADVOGADOS:


1) **Não existe hierarquia entre advogado, juiz, membros do MP, devendo
todos se tratarem com consideração e respeito recíproco: eles se encontram
no mesmo plano. Além disso, tal respeito deve ser usado também na relação
entre advogado e servidores.
2) **Inviolabilidade do seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica,
telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia:
obviamente não é absoluta, visto que no caso de haver indicio de autoria e
materialidade de prática de crime por advogado o juiz pode determinar a quebra
de sigilo de forma motivada, em que o mandato (específico) será cumprido na
presença de representante da OAB.

3) Comunicar-se com seus clientes de forma pessoal e reservada, mesmo sem


procuração e mesmo que ele esteja detido em local incomunicável: visto que
ele é peça fundamental na justiça.

4) Em caso de prisão em flagrante, haver acompanhamento de representante


da OAB, sob pena de nulidade e nos demais casos a comunicação expressa
a seccional da OAB: o advogado só pode ser preso em flagrante em
decorrência da profissão em crimes inafiançáveis e tem que ficar em instalações
dignas (não precisa ser reconhecida pela OAB)z, se não houver, ficará em
domicílio.

5) Direito de ingressar livremente: a) nas salas das sessões dos tribunais e nos
cancelos reservados a magistrados; b) nas salas de audiência, secretárias,
cartórios, ofícios de justiça, delegacia e prisões (nos dois últimos mesmo fora
do expediente); c) em qualquer edifício que funcione repartição judicial e que
ele precise praticar algum ato para processo, dentro do expediente ou fora dele,
desde que acompanhado de servidor responsável; d) em qualquer reunião ou
assembleia que deva participar o cliente desde que munido de poderes especiais.

6) Permanecer sentado ou em pé ou se retirar de um dos locais citados acima,


independente de licença.

7) Direito de falar, sentado ou em pé, em qualquer juízo, tribunal ou órgão de


deliberação coletiva da AP ou do Poder Legislativo.

8) Dirigir-se diretamente ao magistrado nas salas ou gabinetes de trabalho, sem


necessidade de agendar ou outra condição, observada a ordem de chegada.

9) De utilizar-se da expressão “pela ordem” para esclarecer dúvidas ou


equívocos surgidos, bem como para replicar acusações ou censura que lhe
forem impostas.

10) Direito de examinar os autos dentro dos órgãos, mesmo sem procuração,
desde que não seja sigiloso, podendo obter cópias.

11) Direito de examinar autos de flagrante – mesmas regras + mesmo que


conclusos a autoridade (pode ser limitado pela autoridade visto que o inquérito
é sigiloso e ele só pode ter acesso aos atos já juntados aos autos).
12) Direito de vistas aos autos e de retirá-los do órgão pelo prazo estipulado: se
os autos forem findos, pode retirar sem procuração pelo prazo de 10 dias.

13) Direito ao desagravo quando for ofendido no exercício da profissão: o


desagravo é quando em sessão pública e solene, independente da vontade do
advogado ofendido, há a manifestação no sentido de reestabelecer a honra e a
dignidade da advocacia e do advogado. Uma vez marcada, ela será amplamente
divulgada.

14) Recursar-se a depor como testemunhar em processos que atua ou já atuou,


bem contra clientes, bem como contra fatos que constituam sigilos
profissionais, mesmo quando autorizado pelo constituinte.

15) Retirar-se do recinto que esteja aguardando o pregão judicial após 30 min
de atraso e desde que o juiz não tenha chegado ainda: note que se o juiz
estiver presidindo as audiências, mas com a pauta atrasada, o advogado não tem
direito de se retirar.

16) Imunidade profissional: não vai constituir injúria ou difamação qualquer


manifestação do advogado no exercício da atividade profissional em juízo ou
fora dele, não estando isento das punições disciplinares perante a OAB.

17) Direito a salas especiais permanentes para o uso dos advogados nos
juizados, fóruns, tribunais, delegacias e presídios.

6. DA RELAÇÃO ENTRE O ADVOGADO E O CLIENTE:


- O advogado sempre tem o dever de informar ao cliente sobre os riscos da sua
pretensão, bem como as consequências que irão advir da demanda;

CONFIANÇA RECÍPROCA: é a base da relação que quer dizer que o advogado


vai ter confiança que todas as informações e documentos serão prestados pelo
cliente, ao mesmo tempo que o cliente tem segurança que o advogado vai realizar
todos os esforços necessários para chegar ao resultado.
FALTA DE CONFIANÇA: nesse caso, o advogado deve esclarecer tal situação ao
cliente e se essa subsistir, deverá renunciar ao mandato, sem justificar o motivo e a
responsabilidade será cessada após um prazo de 10 dias.
RESPONSABILIDADE: com renúncia, não será excluídas a responsabilidade por
danos causados ao cliente ou a terceiros.

APÓS A CONCLUSÃO OU DESISTÊNCIA DA CAUSA: o advogado é


obrigado a devolver todos os bens e documentos em seu poder, bem como a prestar
contas detalhada e pormenorizada.

ADVOGADO JÁ CONSTITUÍDO: neste caso, um outro advogado não pode


aceitar procuração, exceto se o primeiro advogado tem ciência ou por motivos
justificáveis e urgentes.
REVOGAÇÃO DO MANDATO: é a medida cabível quando o cliente não tem
mais interesse em manter o advogado.
RESPONSABILIDADE: o cliente ainda é obrigado a pagar verbas honorárias e o
advogado ainda receberá sucumbência na medida que participou do processo.

CRIMES DE GRANDE REPERCUSSÃO: o advogado deve assumir a defesa do


acusado, sem considerar sua opinião pessoal.

CLIENTE EXIGE QUE ATUE COM OUTRO ADVOGADO: ele não é


obrigado pela independência profissional.

SUBSTABELECIMENTO: pode ser de dois tipos: a) com reservas de poderes –


ele transfere uma parte dos poderes para outro advogado, visto que ele ainda atuará
na causa (ato pessoal do advogado da demanda); b) sem reserva: ele passa todos os
poderes, ou seja, é causa de extinção do mandato por renúncia (é necessário o
prévio e inequívoco conhecimento do cliente).

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