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Obs.: Cuidado com o “senão”, neste caso ele somente funciona como aditivo
porque vem junto do “não só”.
Obs.2: O “e” também pode dar a ideia de sequência cronológica, mas não exclui o
caráter de aditivo, como em “acordei e saí”.
Obs.3: “Tampouco” – é advérbio, mas pode ser conjunção aditiva quando possuir o
sentido de “nem”.
Obs.: O “mas” é a única adversativa que não admite ser deslocada. Ex.: Estudo
muito; não aprendo, contudo.
SUBORDINATIVAS:
a) Conjunção Subordinativa Integrante: ela é vazia de sentido – apenas indica que a
oração dependente complementa o sentido da principal – só servirá de conectivo –
ela irá introduzir uma oração substantiva (aquela que pode ser trocada por isto – tem
função clássica de um substantivo – sujeito, objeto, complemento nominal, aposto
ou predicativo). São elas: “que” e “se”.
Obs.: É possível trocar a conjunção por preposição equivalente. Ex.: Não fiz a
questão porque não sabia a matéria = por (preposição com valor de causa) não saber
a matéria.
Obs.2: Atente-se para a oração que a conjunção inicia e, assim, será possível
identificar a causa.
Obs.3: “Quando” ao ser substituído por “já que” será causa e não tempo
● “COMO”
- Comparativo: Trabalho como um burro;
- Conformativo: Agi como a Constituição determina;
- Causal: Como choveu, a rua ficou alagada.
● “QUE”
- Explicativo: Não saia, que estava chovendo;
- Causal: Velho que estava, vivia doente;
- Consecutivo: Estava tão velho, que vivia doente.
● “PORQUE”
- Explicativo: Não saia, porque está chovendo;
- Causal: Vivia doente, porque estava muito velho;
- Final: Reze porque (para que) ele não morra.
● “POIS”
- Conclusivo: Corri todos os dias; perdi, pois, muito peso;
- Explicativo: Não reclame, pois isso atrai negatividade;
- Causal: A rua ficou alagada, pois choveu muito.
● “SENÃO”
- Alternativo: Saia, senão (ou) chamo a polícia;
- Adversativo: Ele não estava triste, senão (mas) concentrado;
- Aditivo: Era o favorito não só da sala, senão (mas também) de toda a escola.
● “QUANDO”
- Temporal: Estava sozinha quando ele chegou;
- Condicional: Daremos desconto, mas só quando (se – a ideia é de hipótese) os
clientes pagarem à vista.
● “DESDE QUE”
- Temporal: Desde que (marco inicial) virei professor, tenho aprendido muito;
- Condicional: Deixarei você ir, desde que (se) lave meu carro.
● “NÃO OBSTANTE”
- Adversativo: Estudou muito, não obstante foi reprovado;
- Concessivo: Não obstante tentasse, não conseguia emagrecer.
● “SEM QUE”
- Modo: Entrou sem que fosse convidado;
- Concessão: Sem que estudasse, foi aprovado;
- Condição: Sem que estude, será reprovado.
- Primitivos X Derivados:
Primitivos: são aqueles que não tem derivação e assim não possui afixos
(sufixos e prefixos). Como pé, cabeça, etc.
Derivados: que possuem ou sufixos ou prefixos. Ex.: Corredor, dançarina, etc.
- Comum X Próprio:
Comum: designa uma espécie ou um ser qualquer representativo de uma
espécie. Ex.: Mulher;
Próprio: designa um indivíduo específico da espécie. Ex.: Maria.
- Concreto X Abstrato:
Concreto: ser que existe por si só (existência autônoma), seja ele material,
espiritual, real ou imaginário.
Abstrato: designa ação, estado, sentimento, qualidade, conceito (QUAASE) –
não existe sozinho. Ex.: Beijo, Doença, etc.
- Coletivos: designa uma pluralidade de seres da mesma espécie. Ex.: Cardume,
rebanho.
Obs.: O verbo no modo nominal é aquele que não está flexionado. Ex.: formar –
formação.
⮚ Flexão do Substantivo: o que faz uma classe ser variável ou não é ela ir ao plural,
ter feminino, etc.
Ex.:
Couve-flor (subst. + subst.) – varia – couves-flores;
Quarta-feira (num. + subst.) – varia – quartas-feiras;
Baixo-relevo (adj. + subst.) – baixos-relevos;
Beija-flor (verbo + subst.) – beija-flores;
Alto-falante (advérbio + adj) – alto-falantes;
Ave-Maria (Interjeição + subst.) – ave-marias;
OBS.: VERBO: não vai flexionar nesses casos de formação de compostos, ele só
vai variar na função de verbo.
⮚ Flexão dos adjetivos: em regra, nos adjetivos compostos, irá flexionar sobre o
segundo termo da composição, enquanto o primeiro ficará na forma reduzida. Ex.:
afro-brasileiros, econômico-financeiras.
ATENÇÃO! – Se houver substantivo na composição, o adjetivo inteiro fica
invariável. Ex.: cinza-escuro, vermelho-sangue.
- Palavras invariáveis sempre: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-
sal, sem-terra, verde-musgo, cor-de-rosa, zero-quilômetro.
Obs.: Substantivos que determinam o anterior não variam: várias festas surpresa;
vários ataques relâmpago, etc.
⮚ Adjetivo de relação (fato): fala que indica lugar, tempo, origem, etc. Ex.: Nota
mensal (relativo ao mês – tempo); Casa paterna (onde habitam os pais – lugar);
Vinho português, etc.
Propriedades:
- Não variam em grau;
- Vem posposto ao substantivo – não aceitam deslocamento;
- Deriva de substantivo. Ex.: Mensal deriva de mês.
- Dá precisão ao substantivo, restringindo seu significado.
c) Superlativo absoluto: não se compara com outro ser. Pode ser com sufixo
(sintético – belíssima) ou de forma mais longa (analítico – muito bela).
Formas regulares:
- Terminado em o ou a – íssimo. Ex.: belíssimo;
- Terminado em el – b. Ex.: Amabilíssimo;
- Terminado em z – c. Ex.: Felicíssimo;
- Terminado em m – n. Ex.: Comuníssimo;
Formas irregulares:
- Bom – ótimo;
- Ruim – péssimo;
- Magro – macérrimo.
- Amargo – amaríssimo;
- Doce – dulcíssimo;
- Antigo – antiquíssimo.
- Mais pequeno/ mais grande está sempre errado? Não, como exemplo, João é
mais grande do que forte.
⮚ Advérbios Interrogativos: onde (lugar), como (modo), quando (tempo), por que
(causa).
Pode ser tanto direta (com ponto de interrogação), quanto indireta (Ex.:
Não disseram por que tantos desistem).
Obs.: O advérbio também pode ligar trechos do texto. Ex.: Fui à Europa e lá
percebi que somos felizes aqui.
⮚ Adjetivo Adverbializado: quando um adjetivo vira um advérbio – lembrar que os
advérbios são invariáveis e o adjetivo não, então, para verificar isso, mude a
concordância e veja o que acontece.
Exemplos:
- Minha mãe fala alto
- Itaipava não desce redondo.
- Ele fala difícil.
2.4. PALAVRAS DENOTATIVAS: parecem com advérbio, mas não tem todas as
características (ex.: podem modificar numeral) que ele tem e por isso não fazem
parte de nenhuma das classes. São elas:
⮚ Palavras denotativas expletivas de realce (CAI MUITO): são aquelas que não
acrescentam sentido, apenas dão ênfase – “é que (ser + que), cá, lá, não, mas, é
porque, etc. Ex.: Minha mãe é que manda lá em casa.
2.5. ARTIGO: classe variável que delimita um substantivo ou um termo com valor
de substantivo (o artigo dá ideia de gênero, número, geral, específico, definido ou
indefinido) – Sempre será adjunto adnominal por estar sempre acompanhando um
substantivo.
Ele pode ser acompanhado por preposições – no, na, etc.
⮚ Notoriedade: são aqueles artigos com valores de adjetivo, dando ênfase. Ex.: Ele é
o médico.
⮚ “Definitude”: ele pode ficar no local de pronomes demonstrativos, principalmente
quando antecedem pronomes relativos. Ex.: O (Este) mundo é bruto; ou ainda no
lugar de pronome possessivos. Ex.: Quebrei o (meu) braço – isso vai influenciar na
crase, pois ele aparecerá quando não há dúvidas que o artigo é definido.
⮚ Uso genérico do substantivo: para isso, tem que tirar o artigo e, consequentemente
a crase. Agora, se o termo já trouxer determinantes que o especifique, então será
necessário a utilização da crase. Ex.: Fui acusado do crime; Fui acusado de um
crime; Fui acusado de crime – também influencia na crase, exemplo: Não doo
dinheiro a igreja (sem crase é pra igrejas em geral, se tiver crase é uma específica).
⮚ Artigo com nomes próprios: lembre-se que alguns locais não utilizam artigo, mas
há casos que eles serão tratados de forma específica e aí pode utilizar o artigo (e
crase).
Obs.: Também não faz contração quando se refere à uma obra – Ex.: Camões é
autor dos (de os ou d’os) Lusíadas.
⮚ Artigo após “todo”: modifica o sentido, pois pode ser usado para universalizar uma
espécie – Conheço todo mundo/ conheço todo o mundo (ideia de completude).
⮚ Artigo Indefinido:
Obs.: Eles podem sofrer aglutinações também – duns, numas, nuns, etc.
- Artigo Indefinido X Numeral X Pronome Indefinido: irá depender de cada
contexto – ver se o foco é na quantidade, se há outros pronomes indefinidos, etc.
2.6. PREPOSIÇÃO: palavra invariável que conecta parte do texto – a, com, de, em,
para, sob, sobre, ante, até, após, desde, por, etc.
Ela não tem função sintática própria, mas introduz a transitividade de verbo,
bem como adjuntos adnominais e adverbiais.
⮚ Locuções prepositivas: mais de uma palavra que equivale a uma preposição (mas
nem sempre ocorre).
- Embaixo de – sob
- A fim de – para
- Dentro de – em
Etc.
Obs.: A preposição “de” é expletiva de realce, podendo ser retirado da frase sem
prejuízos nos casos de: estruturas comparativas (do que), apostos especificativos,
orações subordinadas predicativas, predicativo do objeto do verbo chamar ou
denominar; algumas estruturas artigo + adjetivo substanciado + de + substantivo.
❖ Interrogativos: que, quem, qual (is), quantos – pode ser direto ou indireta.
Obs.2: Bastante: pode ser, então, pronome, adjetivo, no qual será variável, mas
poderá ser também advérbio (quando modificar verbo, advérbio e adjetivo) e neste
último caso é invariável. Ex.: Estamos bastante felizes (adjetivo) com a decisão de
Carla; Existem bastantes carros (subst.) no estacionamento.
❖ Possessivos: meu(s), minha(s), nossa(s), teu(s), vosso(s), seu(s). Eles irão delimitar
o substantivo a que se refere, devendo concordar com o objeto de posse e não o
possuidor.
Vindo junto com o substantivo ele será acessório, ou seja, adjunto adnominal.
- Pronomes Oblíquos átonos e tônicos com ideia de posse: átonos – lhe(s), me,
se, o, a, nos vos; tônicos – de nós, de você, dele.
❖ Tempo:
- Este – presente;
- Esse – passado recente ou futuro próximo;
- Aquele – passado remoto e futuro remoto.
Atenção! É admissível que o “este” seja usado para se referir a termos próximos.
Ex.: Precisamos respeitar o professor, pois este é um grande formador moral.
Atenção 2! A ESAF e a CESPE admitem que perante três termos, o “esse” seja
usado no termo intermediário, mas não há previsão disso em nenhuma gramática.
❖ Texto: exofóricos – fora do texto - Ex.: Neste país, neste momento, este autor que
vos fala esta deprimido.
Obs.: Aqueles que estudam prosperam – não tem um referente anterior, tem o
sentido de qualquer pessoa e entra como pronome demonstrativo também.
Obs.: O pronome demonstrativo “o” para o ser, precisa estar diante da preposição
“de” + “que” e equivaler a “aquilo”.
⮚ Outros pronomes demonstrativos: tal, semelhantes, próprio e mesmo com sentido
de reforço.
Ex.: Não diga tais/semelhantes besteiras (estas);
O próprio chefe se demitiu (ele em pessoa – reforça);
Eu mesmo cozinho (ele em pessoa).
Obs.2: Segundo Bechara, os pronomes relativos quem e onde podem aparecer com
emprego absoluto, ou seja, sem se referir a nenhum termo anterior. Ex.: quem
com ferro fere, com ferro é ferido.
❖ “Que” e “o qual”: retomam coisa ou pessoa.
- A troca entre “que” e “o qual” é livre? Primeiro, é necessária coesão, bem como o
que só pode ser usado quando não for causar ambiguidade.
Ademais, o “que” só pode ser usado após preposição monossilábica, se for
preposição com mais de uma silába, então usa o qual. Ex.: o livro de que eu falei; o
livro sobre o qual eu falei.
❖ “Cujo”:
- Indica posse;
- Não aceita artigo antes, nem depois;
- Pode ser antecedido de preposição;
- Não pode ser trocado por nenhum outro pronome relativo;
- Ficará entre dois substantivos (então será sempre adjetivo – na maioria das vezes
será adjunto adnominal Exceção: o livro cuja leitura recomendo – complemento
nominal porque leitura é abstrato).
Ex.: Vi o rapaz a (prep.) cujas pernas você se referiu.
⮚ Concordância: será sempre na terceira pessoa do plural – você, bem como o gênero
será concordando com a pessoa em si e não com o pronome de tratamento.
Obs.: o, a, os, as serão sempre objetos diretos. Já o “lhe” será para objetos
indiretos. Já o me, te, se, nos, vos pode ser tanto objeto direto ou indireto.
Obs.2: Referir-se é um verbo e ele não aceita o –o, -a, precisa ser “a ele” ou “a
ela”.
Obs.3: Lhe: os gramáticos tradicionais dirão que ele se refere a pessoas e não a
coisas.
Probições:
- Não pode vir depois do verbo no futuro (pretérito ou presente);
- Não pode vir depois do verbo no particípio;
- Não pode iniciar a oração;
- Com o verbo no infinitivo pode ser próclise ou ênclise, mesmo havendo palavras
atrativas.
Próclise: é colocado antes do verbo porque tem alguma palavra que atrai o pronome
– conjunção subordinativa, palavras negativas, advérbio, pronomes relativos,
indefinidos e interrogativos (palavras invariáveis).
Frases optativas: são aquelas que expressam apelo, desejo ou sentimento – nessas a
próclise é obrigatória. Ex.: Deus lhe pague;
Orações subordinativas: não precisa estar colado com a conjunção para que o
pronome seja atraído (atração remota), basta estar anteriormente na oração. Agora,
Atenção! – se ela estiver separada por vírgula, então será facultativo adotar próclise
ou ênclise. Ex.: Jamais, segundo pensa os economistas, se fizeram (ou fizeram-se)
tantas despesas desnecessárias.
⮚ NUMERAL: classe variável que indica quantidade (aumento – multiplicativo – ou
redução proporcional – fracionário), quantidade absoluta (cardinais) ou ordem
(ordinais).
- Ele pode ser numeral adjetivo ou substantivo (quando substituir).
- O numeral pode sofrer derivação imprópria e serem utilizados como adjetivos. Ex.:
Este é um artigo de primeira qualidade.
Obs.: Os doutrinadores clássicos vão afirmar que o pronome não poderia vir solto
no meio dos verbos, mas a gramatica moderna já admite.
o Regras de acentuação:
a) Todas as proparoxítonas são acentuadas.
b) Acentua-se as oxítonas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, ENS.
c) Acentua-se as oxítonas terminadas em ditongos abertos – ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S).
d) Acentua-se os monossílabos tônicos terminados em A(S), E(S), O(S) e em
ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S).
e) Todas as paroxítonas são acentuadas, exceto aquelas terminadas em A, E, O,
EM, ENS. Ex.: hífen (hifens não acentua), tórax, órfão, júri, etc.
*As regras que normalmente vem na gramática são: “são acentuadas as
paroxítonas terminadas em tritongo, l, n, um, om, r, ns, x, i, is, us, os, ã, ão, etc.”
f) Acentua-se todas as paroxítonas terminadas em ditongos, seguidos de “s” ou
não. Ex.: homogênea, médio, bromélia, etc.
g) Não se acentua os ditongos abertos na paroxítona (ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S)) –
novamente regra de exclusão com as oxítonas – herói/heroico; pastéis/
pasteizinhos.
POLÊMICA → PROPAROXÍTONAS APARENTES: alguns doutrinadores
fazem a divisão de sílabas diferentes de palavras consideradas paroxítonas
terminadas em ditongos crescente e, de forma que elas podem ser alternativamente
serem consideradas proparoxítonas. Ex.: his-tó-ria/ his-tó-ri-a; lín-gua/ lin-gu-a –
mas é entendimento minoritário e não é muito considerado pelas bancas, quando
cai é usando as duas teorias.
ATENÇÃO! → Palavras acompanhadas de pronomes: você ignora o pronome
para achar a regra. Ex.: despachá-los – oxítona terminada em “a”.
ATENÇÃO! → Questão diz que se acentua pela mesma regra: primeira coisa
que você tem que olhar é se elas tem tonicidade diferente, por exemplo, não adianta
dizer que uma palavra monossílaba tem a mesma regra de acentuação de uma
oxítona.
3.6. HÍFEN: serve para separar sílabas, unir o pronome ao verbo, unir palavras
compostas, ou ainda serve para unir prefixos.
o Palavras compostas:
- Não se usa hífen de palavras com elemento de ligação. Ex.: mão de obra, dia a dia,
café com leite, etc.
- Se não tiver elemento de ligação, então tem hífen.
- Exceções (decorar mesmo): arco-da-velha, mais-que-perfeito, cor-de-rosa, água-
de-colônia, gota-d’água, ao deus-dará à queima-roupa.
- Recebem também hífen, quando for espécies botânicas e zoológicas. Ex.: erva-
doce, bem-te-vi.
OBS.: Unidade semântica: é o fato de duas palavras formarem uma palavra
composta.
o Regras especiais:
a) Bem como prefixo: tem hífen sempre depois dele, exceto se for seguido do
verbo fazer ou querer (benfeito, benquerer).
b) Mal como prefixo: seguido de vogal ou H vai ter hífen. Ex.: mal-educado, bem-
humorado, etc.
Obs.: Lembrar da regra geral em que há hífen quando forem os iguais.
c) Prefixos recém, além, aquém, sem, ex, vice: sempre vai ter hífen.
d) Prefixos tônicos pré, pró e pós: sempre tem hífen.
ATENÇÃO! Quando o prefixo acima for átono (historicamente), então será
aglutinado. Ex.: preestabelecer, preexistente, promover, pospor, etc.
e) Sub e sob + R/B (Regra do subúrbio): sempre vai ter hífen;
Obs.: Sub-humano ou Subumano.
ATENÇÃO! “H” sempre tem hífen!!
o Palavras que perderam a noção de composição: vão ser grafas sem hífen
obviamente, de modo aglutinado. Ex.: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas e paraquedista (só vale a pena gravar essas, porque esse conceito de
palavras que perderam a noção de composição é muito vago).
b) Mas X Mais:
Mas: conjunção adversativa.
Mais: oposto de menos – pode ser advérbio ou pronome indefinido.
c) Porquês:
Porquê: substantivo – motivo, razão, normalmente vem com um determinante.
Porque: conjunção – sentido de explicação ou causa.
Por que: em frases interrogativas diretas ou indiretas (não sei por que você se
foi...).
ATENÇÃO! → Outro sentido do por que: quando for por (preposição) +
que (pronome relativo) – equivalente a “pelo qual”. Ex.: Só eu sei as esquinas
por que passei.
Por quê: interrogativo direto ou indireto em final de período ou antes de pausa –
a pontuação final atrai o circunflexo.
d) Onde X Aonde:
Onde: quando o verbo pedir a preposição “em”.
Aonde: quando o verbo pedir preposição “a” – dá ideia de movimento.
e) Há X a:
Há: existência, tempo decorrido.
A: preposição com sentido de limite, distância ou futuro.
h) Acerca X a cerca:
Acerca: sobre, assunto;
A cerca: pode ser artigo + substantivo (A cerca não resistiu ao vento), ou ainda
como preposição + aproximação (Fica a cerca de 28km).
l) De mais X Demais:
De mais: oposto de “de menos”;
Demais: sentido de muito ou de restante.
o) Tacha X Taxa:
Tacha: pode ser o preguinho ou do verbo tachar – denominar, xingar;
Taxa: tributar.
p) Ao par X A par:
A par: informado
Ao par: no mesmo valor.
q) Senão X Se não:
Senão: “do contrário”
Se não: verificar se não é uma palavra independente.
- Quando a palavra primitiva tiver –s-, o verbo será -isar, quando não será –izar. Ex.:
Economia – Economizar; Análise – Analisar.
Exceções:
Catequese – Catequizar;
Síntese – Sintetizar;
Hipnose – Hipnotizar;
Batismo – Batizar.
- Ojeriza – cai em prova e significa antipatia, má vontade (foco na forma como ela é
escrita).
ABREVIAÇÕES:
- 1ª sílaba + 1ª letra da próxima sílaba (se na próxima sílaba for duas consoantes se
escreve as duas). Ex.: gênero – gên.; construção – constr.
- Há diversas exceção. Ex.: a. C., apto., cia., pág. Ou p.
Obs.: Na aula 00, faltaram os vídeos de resumo e de questões, vê se vale a pena ver
posteriormente.
4. MORFOLOGIA – VERBOS:
4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
Verbo: classe variável que pode indica ação na perspectiva temporal, estado,
fenômeno e processos em geral.
Obs.: Tempo verbal: expressa o momento da ação, mas nem sempre expressará o
tempo real. Ex.: eu vou sair – “vou” está no presente, mas o tempo real é futuro.
Flexão: em modo, tempo, número ou pessoa.
Conjugações:
1ª Conjugação – verbos terminados em –ar;
2ª Conjugação – verbos terminados em –er;
3ª Conjugação – verbos terminados em –ir.
“Beber, cair e levantar”.
a) Presente do indicativo:
Hoje eu ____
Eu bebo, tu bebes, ele bebe, nós bebemos, vós bebeis, eles bebem.
Amanhã eu ___
Beberei, beberás, beberá, beberemos, bebereis, beberão.
Composta – teria/haveria + particípio – dá a ideia que aquilo não tem mais jeito,
enquanto a forma simples dá ideia que ainda pode acontecer (possibilidade).
a) Presente do Subjuntivo:
Maria quer que eu ____
Eu estude, tu estudes, ele estude, nós estudemos, vós estudeis, eles estudem.
Indica uma ação irreal no passado – não se realizou e nem vai. Ex.: Se a
sorte nos tivesse favorecido, não faltaria dinheiro hoje.
Obs.: Certeza: é possível que haja um subjuntivo que indique certeza – embora
ajudem o jovem, estágios pagam mal (indica um fato).
e) Futuro do subjuntivo:
Quando eu ___
Eu cair, tu caíres, ele cair, nós cairmos, vós cairdes, caírem.
NÃO CONFUNDA!
Propor (infinitivo) X Propuser (futuro do subjuntivo)
Entreter (infinitivo) X Entretiver (futuro do subjuntivo)
Ver (infinitivo) X Vir (futuro do subjuntivo)
Vir (infinitivo) X Vier (futuro do subjuntivo)
Particípios abundantes: são os verbos que tem mais de uma forma de particípio –
regular (terminado em –do) e irregular.
Tempo composto:
Regulares – na voz ativa em tempo composto (ter/haver). Ex.: Tenho aceitado
promessas; tenho acendido charuto.
Irregular – na voz passiva com o verbo ser. Ex.: Ele foi aceito pelos pais.
Mas, na prática, essa regra não é absoluta. Ex.: Tenho corrigido muitas questões/
Ele foi corrigido pela professora (não dá para ser correto).
o Verbos impessoais: são aqueles que não têm uma pessoa – indicam temperatura,
tempo, fenômenos da natureza, assim não vão ao plural. Ex.: faz sol, está frio, está
tarde, choveu, amanheceu, anoiteceu.
o Verbos unipessoais: são aqueles que só pode ter uma pessoa (no sentido denotativo
– literal), então ele sempre se conjugará na terceira pessoa do singular ou plural.
Ocorrerá nos casos de:
a) Verbos indicativos de ação/vozes de animais – latir, ladrar, galopar, etc.
b) Quando o sujeito for uma oração. Exs.: convém acordar cedo; parece que vai
chover; urge melhorar seu nível de leitura, etc.
c) Com os verbos acontecer e ocorrer.
Obs.: Prestar atenção que o verbo indica na perspectiva de quem fala – se ele diz
– minha mãe era bonita tal fato foi permanente à época.
o Ter e derivados: deter, entreter, manter, abster, conter, reter, obter, antes e suster
– se conjugam como ter.
o Pôr e derivados: entrepor, supor, compor, repor, opor, transpor, etc – se conjugam
como “beber”.
Conversão de vozes:
Os professores compraram revistas.
Revistas foram compradas (manter o mesmo tempo verbal) pelos professores.
Compraram-se revistas.
Impossibilidade de conversão: se não tem objeto direto, não tem voz passiva –
verbos intransitivos, transitivos indiretos, verbos de ligação, verbos impessoais
(mesmo quando tem OD).
Exceções: verbos transitivos diretos que não aceitam conversão – verbos que dá
ideia de posse, peso, idade, entre outros casos em que o verbo está na voz ativa mas
a frase dá ideia de passividade (Ex.: levei uma cotovelada na igreja).
5. SINTAXE:
Frase: palavras com sentidos completos – fogo, bom dia, perdeu.
Oração: é quando possui um verbo. Então a sintaxe é só para orações.
Período: agrupamento de orações ou oração única.
5.1. SUJEITO:
Conceito: é o termo ligado ao verbo, que o conjuga. Pode ser simples ou composto
(com dois ou mais núcleos).
Núcleo do sujeito: pode ser substantivo, pronome, numeral ou até verbo (palavras
com valor de substantivo).
Pronome oblíquo como sujeito: quando o verbo for mandar, deixar, ver fazer,
ouvir ou sentir o pronome obliquo pode ser sujeito. Como em: Mandei o menino sair
– mandei-o sair.
Obs.: Deixe aborrecer, fez desistir e mandei ir: no caso acima, como há duas
orações e uma dela tem pronome obliquo como sujeito, então essas formas não são
locuções verbais, mas verbos diferentes.
Obs.: São quatros horas da manhã – está no plural, mas não tem sujeito.
Obs.: Quando haver forma locuções verbais com outros verbos, ele os “contamina”,
de forma que também não terão sujeitos, como em: deve haver mil pessoas aqui.
Objeto direto pleonástico: pode vir repetido por um pronome. Ex.: Esta moto,
comprei-a na promoção; Aqueles problemas, já os resolvi; Que você era capaz, eu já
o (pronome demonstrativo = isso) sabia.
Objeto direto preposicionado: nesse caso não é exigência do verbo, pode estar ali
por motivo enfático ou exigência do próprio objeto, por exemplo.
- Casos:
a) Quando houver pronome oblíquo tônico – pertence a ele e não ao verbo. Ex.: Não
aprova nem a mim, nem a ele.
b) Pronomes indefinidos, demonstrativos, interrogativos, como, “a quem”, “a
todos”, “a ninguém”.
c) Pode servir também para desfazer ambiguidades. Ex.: Ao Botafogo venceu o
Barcelona.
d) Relacionados a sentimentos a pessoas, como temer e amar. Ex.: Amava a Deus
acima de tudo.
e) Quando o objeto indicar reciprocidade. Ex.: O menino e a menina ofenderam-se
uns aos outros.
f) Aprender e ensinar. Ex.: Meu irmão tentou me ensinar a nadar.
g) Quando for nome próprio. Ex.: Busquei a José.
h) Quando for a palavra ambos. Ex.: Contratei a ambos.
i) Em construções enfáticas em que se antecipa o OD. Ex.: A você é que não
enganam.
j) Em construções paralelas com pronomes oblíquos.
Objeto direto preposicionado partitivo: comer do bolo, beber do vinho (parte dele
– mudança semântica).
Menções honrosas: quando der uma ênfase – melhor decorar os exemplos: fazer
com que ele estude, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do revólver, pegar
pelo braço, cumprir com o dever, pedir por socorro.
● Objeto indireto: complemento verbal com preposição. Pode ser por orações
também que será subordinada substantiva objetiva indireta.
Obs.: 99% das preposições não podem ser retiradas nas orações – mas de forma
excepcionalíssima pode ser tirada (se só tiver essa alternativa) no caso de objeto
indireto oracional. Ex.: a mãe duvidava (de) que ela fosse capaz.
5.4. PREDICATIVOS:
Conceito: atribui uma qualificação, estado, condição a um sujeito ou objeto,
normalmente haverá verbo de ligação, mas nem sempre.
- A menina acordou doente e chegou atrasada na aula – perceba que não tem verbo
de ligação, mas ela acordou estando doente e quando chegou na aula, estava
atrasada.
- Pedi, nervosíssimo, que ela se casasse comigo – está isolado, sem verbo de
ligação.
5.5. APOSTO:
Conceito: termo acessório, que explica, detalha, esclarece. Haverá uma
equivalência semântica, ou seja, não tem valor adjetivo (ele pode substituir o
termo a que se refere).
É diferente de dizer: João, malandro, ainda é jovem – João que é malandro
(predicativo do sujeito).
O aposto geralmente é introduzido entre vírgulas ou por dois pontos. Pode ser
também apresentado em oração subordinativa substantiva apositiva.
O aposto também pode ser enumerativo como em: Convocaram três novos
goleiros: Dida, Marcos e Júlio.
Pode retomar uma oração inteira como em: Ninguém quer estudar, fato que
impede a aprovação.
5.8. VOCATIVO:
Conceito: chamamento ao interlocutor e vem sempre marcado por pontuação.
5.9. A PALAVRA QUE:
o Morfologia:
Conjunções:
- Consecutiva: Bebi tanto que passei mal.
- Comparativa: Eu estudo mais (do) que você.
- Explicativa: Estude, que (porque) o edital já vai sair.
- Causa: Cansado que estava não poderia mais sair.
- Aditiva: Você fala que fala hein, meu amigo!
- Alternativa: que chova, que faça sol, irei à praia.
- Adversativa: culpem a todos, que (mas) não a mim.
- Locução conjuntiva final: Estudo para que meu filho tenha uma vida melhor.
- Concessiva: estude constantemente, pouco que seja (=ainda que pouco)
- Temporal: agora que eu ia viajar, chove.
- Conjunção integrante: quero que você seja aprovado (você substitui por
algo/isto)
Pronomes:
- Interrogativo: Que houve aqui?
- Indefinido: Eu sei que (quais) intenções você tem com minha filha – acompanha
o substantivo e pode ter sentido exclamativo.
- Indefinido interrogativo: Não sei que (quais) intenções você tem com minha
filha.
- Relativo: quando retomar alguém que vem antes - o aluno que estuda (estudioso)
passa.
Partícula expletiva: é aquela que pode ser retirada (não tem função sintática) – Eu
é que te sustentei, seu ingrato! Foi ele que roubou meu carro!
o Função sintática:
Conjunção integrante:
Ela disse que não gostava de animais – OD.
Lá, era proibido que se jogassem fora os restos de comida – Sujeito.
Tenho medo de que o dinheiro acabe – CN.
Obs.: Em alguns casos, não é possível restringir o fato. Ex.: Machados de Assis, que
escreveu Quincas Borba, era um gênio.
Função sintática dentro das orações adjetivas: para descobrir, você troca o que
pelo termo que ele se refere, aí você lê a oração isolada e vê qual o papel do termo
novo lá.
Ex.: O menino que conheci acertou todas as questões – o menino conheci – OD.
Partículas:
- De indeterminação do sujeito: quando for VTI/ VI/ VL + SE – Vive-se bem aqui.
- Expletiva de realce: Foi-se embora com o circo (pode ser retirado).
Conjunções:
- Integrante: mesma coisa do que – Não quero saber se ele nasceu pobre (isto/algo).
- Condicional: Se eu tivesse talento, seria músico.
- Causal: Se (Já que) você é vegetariano, não podemos ir a churrascaria – é um fato
concreto.
OBS.: Assim como – Se há direitos que o cidadão exige, existem também deveres
que deve cumprir. Perceba que não é condicional aqui.
Advérbios:
- De interrogação: como você fez isso? (pode ser direto ou indireto). Também pode
introduzir oração substantiva justaposta.
- De intensidade: como é grande o meu amor por você (o quão).
Pronome relativo: não gosto do modo como você fala – quando ele retomar modo,
maneira, etc.
Preposição acidental: com sentido de “por” ou “na qualidade de”. Ex.: Ele joga
como atacante.
Interjeição: Como?!
Obs.: Uma dica também é ver se está concordando com o verbo. Ex.: Mande-me
tudo que conseguir sobre as manobras da minha tia e se meu tio encontrou os
documentos – essa segunda oração não concorda com “mande-me”.
Paralelismo semântico: não basta que a forma seja paralela, mas o sentido também.
Assim, em: “o policial fez duas operações: no Morro do Juramento e outro no
pulmão” está sem paralelismo – não faz o menor sentido.
Agora, há casos em que fará sentido como em: “Marcela amou-me durante
quinze dias e onze contos de réis”.
6. PONTUAÇÃO:
6.1. PRINCÍPIOS GERAIS:
1º Princípio – ordem direta: sujeito + verbo + complemento + adjuntos –
intercalações e inversões na ordem direta são marcadas como pontuação.
Separações proibidas: sujeito e verbo; verbo e seu complemento; nome e seu
complemento ou seu adjunto; predicativo de seu sujeito ou objeto.
Intercalações: sujeito, , verbo, , complemento, , adjunto, .
2º Princípio: termos explicativos devem vir marcados entre vírgulas também. Ex.:
São Paulo, estado brasileiro mais rico, não é a capital da federação.
OBS.: Várias orações subordinadas: quando estão enumeradas, entre si elas serão
coordenadas.
6.7. ELIPSE: é a supressão de uma palavra que será marcada pela vírgula.
Ex.: No banco, uma fila enorme.
De dia, estudo matemática; de noite, português – zeugma: elipse de estrutura
que já apareceu.
Obs.: Ponto e vírgula: as frases devem ser separadas por ponto vírgula como
no exemplo acima, mas não é obrigatório.
Perceba que tirar as vírgulas não causa erro gramatical, mas só mudança de
sentido.
6.9. PONTO E VÍRGULA: não existe regra que diga ser obrigatório, mas é para
melhor organização.
- Usado antes de conectivos adversativos e conclusivos para marcar pausa maior
antes de orações de maior extensão e/ou que já tenham vírgulas internas.
Ex.: Eu sempre tive medo do mar; contudo, mesmo assim, sempre frequentei a
praia.
Ele foi condenado penalmente; portanto perdeu o emprego – não é
recomendado que se use ponto final, mas não é errado.
- Pode ser usado também no lugar do ponto final para conceder uma pausa menor.
OBS.: “A diferença é que agora tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o
número de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano” – esses dois pontos
podem ser trocados por ponto vírgula, apesar de não ser o mais adequado.
6.11. ASPAS, TRAVESSÃO E PARÊNTESES:
ASPAS:
- Indicar citações literais, discursos diretos;
- Dar destaque a uma palavra – sentido figurado – a palavra não deve ser lida com o
sentido óbvio. Ex.: Quem foi o “gênio” que tirou zero naquela prova fácil?
- Indicar estrangeirismo, neologismo, arcaísmo, expressão popular ou gíria.
TRAVESSÃO:
- Mudança de interlocutor no diálogo.
- Isolar termos ou orações intercaladas de caráter explicativo ou para dar
destaque/ênfase.
OBS.: Quando a frase sem o termo isolada pelo travessão pedir a vírgula, então
haverá travessão e vírgula. Ex.: A verdade das grandes histórias – mesmo das
pequenas –, ao contrário da verdade dos conceitos estéreis...
PARÊNTESES:
- Essencialmente, servem para isolar esclarecimentos acessórios – que poderiam ser
retirados.
PONTO DE INTERROGAÇÃO:
- Para se fazer uma interrogativa direta.
- Fazer uma pergunta retórica.
Obs.: Nos casos que não tem sujeito (verbos impessoais): o verbo virá no
infinitivo impessoal. Ex.: É necessário [estudar mais] – estudar é impessoal aqui.
Obs.: não confundir “tratar-se de” com “tratar-se” em orações na voz passiva. Ex.:
Tratam-se diversas doenças cardiovasculares aqui.
Atenção! Parecia: se vir flexionado não é caso de sujeito oracional, mas se vir sem
flexão, será caso de sujeito oracional. Ex.: Os meninos parecem felizes/ Os alunos
parecia ouvirem a professora (Parecia que os alunos ouviam a professora).
Outras concordâncias:
Pessoa no sujeito ou pronome reto:
- Sujeito for pessoa ou pronome reto = concorda com o sujeito. Ex.: João é todas
as despesas da casa.
- Sujeito for pessoa e predicativo pronome reto = concorda com o pronome reto
– se for o contrário = concorda com o pronome reto. Ex.: João sou eu.
Atenção! Pronome reto: sempre “suga” a concordância.
“Tanto faz”:
- Sujeito e o predicativo forem pessoas = concorda com qualquer um dos dois.
Ex.: João é/são várias pessoas diferentes.
- Sujeito não indicar pessoas (coisas) ou for pronome “tudo, nada, isso, aquilo”
= facultativo, mas preferencialmente com o predicativo. Ex.: O problema é/são as
más companhias.
Tempo e distância:
- Concorda com o predicativo. Ex.: É meio dia.
Quantidade, preço, medida:
- Quantidade, preço, medida + é pouco, é suficiente, é mais que... = verbo no
singular. Ex.: Um é pouco, três é demais.
Hora e data:
- Hora e data = o verbo “ser” será impessoal, mas estranhamente ele pode
concordar com o número. Ex.: Hoje são vinte de maio/ Hoje é 20 de maio.
- Aproximação – hora e data + perto de/cerca de: pode concordar com o número
ou com perto de.
Que ou quem:
- Com pronome interrogativo que ou quem = concorda com o predicativo. Ex.:
quem foram os culpados de tudo? Que são os verbos vicários?
- Ser + que – se vir junto é invariável, se separado, tem concordar com o termo
que vem no meio. Ex.: As pessoas de visão é que moldam seus destinos/ São as
pessoas de visão que moldam seus destinos.
Regras Especiais
Um e outro – plural e singular.
Nem um nem outro – plural e singular
Nem um nem outro (reciprocidade) – plural
Um ou outro - singular
d) Mais de um/Menos de dois: nesses casos, o verbo concorda com o numeral,
exceto quando houver reciprocidade que vai ao plural (Ex.: mais de um
candidato se agrediram verbalmente).
OBS.: Um dos que: nesse caso pode ir no singular ou plural. Ex.: Um dos que
estuda/estudam mais é você.
g) Preposição “com”:
- Se for sem vírgulas = verbo no plural. Ex.: eu com meu amigo instalamos o
roteador;
- Se for com vírgulas = verbo no singular (entende-se que o segundo é adjunto
adverbial de companhia). Ex.: O presidente, com os seus ministros, elaborou um
plano.
- Expressões “bem como”, “assim como” = concorda com os dois ou o 1º
termo. Ex.: Tanto ele quanto ela estuda/estudam muito.
OUTRAS REGRAS:
1ª REGRA – Adjetivo (adjunto adnominal) se referindo a dois ou mais
substantivos:
- Adjetivo posposto = concorda com os dois ou com o mais próximo (às vezes é
melhor concordar com todos para evitar interpretações erradas). Ex.: Tenho alunos e
alunas dedicadas/dedicados.
- Adjetivo anteposto = só concorda com o mais próximo. Ex.: Consumi boa comida,
vinhos e livros.
Obs.: Predicativo: neste caso, concorda com o plural ou atrativa, mesmo anteposto.
Ex.: Estavam enferrujadas/enferrujados as facas e os garfos.
- Adjetivo + nomes próprios ou grau de parentesco (ex.: irmã e avó) = só plural.
10ª REGRA – Particípio: funciona como adjetivo e assim deverá concordar com o
substantivo, exceto se for locução verbal.
8. REGÊNCIA E EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE:
8.1. REGÊNCIA:
● Conceito: você irá ver se o nome ou verbo pede complemento e qual a preposição
adequada.
Lembrar e esquecer: podem ser pronominais ou não, mas precisa ter cuidado!
- Se for pronominal – usa preposição – Lembrei-me da fórmula;
- Se não for – não usa preposição – Lembrei a fórmula.
- Outro sentido: quando significar “esse fenômeno nunca me (a mim) esqueceu
(me fugiu a mente)” – Esqueceu-me o nome dele (VTI – o objeto aqui será
também o sujeito).
● Crase com nome de locais: é aquela velha história de voltei de Recife/ vou a
Recife. O que se deve atentar aqui é que pode vir especificado como – Vou à
Recife que ninguém conhece ainda (é aquele Recife que ninguém conhece ainda).
● Crase nas locuções de base feminina: são locuções que já têm consagradas a
existência de crase. Essas locuções podem ser:
a) Conjuntivas: quando termina com conjunção – à medida que, à proporção
que;
b) Adverbiais: à noite, à deriva, à beça, à tinta, etc.
c) Prepositivas: terminam em preposição. Ex.: à luz de, à altura de, etc.
Tabela para decorar:
● Crase Facultativa:
- Antes de pronome possesivo adjetivo: adjetivo é o que acompanha o
substantivo. Ex.: Homenagem a/à minha mãe. Você obedece à sua (obrigatória –
substantivo).
- Até a: fui até a/ à sala.
- Nome próprio feminino: na verdade, é nome de mulher, pois já aconteceu de
cair Academia Brasileira de Letras e ser crase obrigatória. Ex.: Não me refiro a/à
Maria.
Obs.2: Paralelismo das formas: se for “de manhã a noite” não se usa crase, mas
se for “da manhã à noite” aí irá usar, mesma coisa em: de 8h a 22h/ das 8h às 22h
(o segundo caso indica exatidão, as vezes se utiliza para evitar ambiguidades como
em: sairei daqui a uma hora – 60minutos/ sairei daqui à uma hora – 1hr em ponto).
Ademais, em enumerações, deve usar a crase em cada um ou então
apenas no primeiro (neste caso não pode usar só artigo nos demais).
Temos direito a educação, saúde e segurança.
Temos direito à educação, à saúde e à segurança.
Temos direito à educação, a saúde e a segurança.
Quando se tratar de complementos coordenados, como no verbo
preferir, também precisa haver paralelismo:
Prefiro o Tom Jobim à Gal Costa;
Prefiro Tom Jobim a Gal Costa;
c) Catacrese: é uma metáfora/metonímia que foi cristalizada pelo uso como, por
exemplo, pé da mesa, maçã do rosto.
e) Perífrase: designação de um ser por seus atributos. Ex.: ouro negro (petróleo),
rei da selva.
● Sinônimos X Antônimos:
Sinônimos: se relacionam semanticamente por uma relação de equivalência ou
semelhança em determinado contexto. Eles também podem ser expressões.
Antônimos: se relacionam semanticamente por uma relação de oposição ou
antagonismo em determinado contexto. Ex.: não fale nada, acalme-se e respire –
não são antônimos no dicionário, mas são no contexto.
Fala demais por não ter nada a dizer – não são sinônimos, já que falar é emitir
palavras através de sons e dizer é no sentido de expressar algo relevante.
● Hiperônimos X Hipônimos:
Hiperônimos: conceito geral. Ex.: felinos.
Hipônimos: termo específico. Ex.: gato, onça.
● Coerência: é haver sentido lógico no texto. A coesão apenas ajuda a ter coerência.
Obs.: Mudar o sentido – não quer dizer que, necessariamente, prejudicará a
coerência.
10. TIPOLOGIA:
O tipo se refere à presença de traços linguísticos predominantes, ligados à
finalidade principal do texto. Só existe três tipos: narração, descrição e dissertação.
Noutra urdidura, o gênero é parte mais específica, cada tipo possui vários
gêneros. Ex.: o tipo narração, possui os gêneros romance, fábula, diário, boletim de
ocorrência, etc.
● Tipos de narrador:
a) Narrador personagem: faz parte da história e narra tudo em 1ª pessoa.
b) Narrador observador: ele narra a história como testemunha, em 3ª pessoa.
c) Narrador onisciente: ele não só narra a história em 3ª pessoa, como tem
consciência de tudo, pensamentos, vida pregressa do personagem, o que vai
acontecer, etc.
Obs.2: Modalizadores: são palavras que exprimem a opinião do autor. Ex.: Pedro
infelizmente não tinha chegado ainda.
▪ DESCRIÇÃO:
Assim como a narrativa está para um filme, a descrição está para uma
foto – ela faz uma descrição estática, sem haver sequência temporal (é simultâneo,
registrando elementos caracterizadores de uma realidade).
O tempo verbal mais usado aqui é o pretérito imperfeito.
Pode apresentar adjetivos objetivos ou relacionais, ou seja, que são
isentos de opinião, expressam um fato como carro preto, homem japonês, etc. ou
subjetivos ou qualitativos, o qual expressam opinião como homem bonito, carro
extravagante, etc.
▪ DISSERTAÇÃO:
O objetivo aqui é expor ideias, teorias, raciocínios, pelo uso de lógicas
sequenciadas, dentro de uma estrutura específica (introdução, desenvolvimento e
conclusão).
● Tipos de Dissertação:
a) Expositivo Puro: ele visa discutir um assunto de maneira impessoal, sem
defesa clara de um ponto de vista – claro que às vezes haverá modalizadores,
mas predominantemente não, visto que não tem como objetivo primeiro a
criação de um debate com o leitor.
b) Expositivo-informativo: este é espécie do anterior, tendo como diferença a de
trazer dados novos ao leitor.
c) Dissertativo Argumentativo: além de discutir e informar, ele irá defender
uma tese, visando o convencimento do leitor.
A linguagem aqui é clara, impessoal, culta, usando a 3ª pessoa e a 1ª com
objetivo de se incluir no universo de ideias discutidas.
Os argumentos devem ser apresentados de forma estruturada, com
progressão.
d) Dissertativo Argumentativo Polêmico: a diferença aqui é que são trazidos
pelo menos dois pontos de vistas para serem contrabalanceados.
● Estrutura Argumentativa:
- Introdução: apresentará a tese – o tema.
- Desenvolvimento: trazem argumentos que apoiam a tese, cada parágrafo deve se
basear em um argumento e também precisa ter introdução, que é o tópico frasal –
apresentação do argumento, informações para comprová-lo e, por fim, pode ter
uma conclusão.
- Conclusão: faz constatações e reitera sua opinião, podendo trazer uma solução.
● Fórmulas de Introdução:
a) Divisão: é fazer enumerações das ideias;
b) Definição: apresentar um conceito;
c) Citação: reproduzir de forma direta ou indireta a opinião de alguém;
d) Indagação: fazer uma pergunta;
e) Frases nominais: uso de uma frase seguida de uma explicação. Ex.:
Calamidade Pública. Assim se referiu o secretário estadual.
f) Alusão histórica/literária: trazer para o contexto do assunto;
g) Narração: trazer um relato, sequências de ações para insinuar um tema;
h) Declaração: mesma coisa das frases nominais, só que aqui é com uma
declaração.