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USO DE PREPOSIÇÕES E CONJUÇÕES

Uso de Preposições e Conjugações

Preposição

• Preposições: ligam palavras e orações, isoladamente NÃO possuem função sintática, possuem na
frase um valor semântico.

• A função da preposição é subordinar um termo ao outro.

Ex: O chefe da nação sentiu-se ameaçado.

Classificação das Preposições

As preposições podem ser:

• Essenciais – a, ante, até, após, com, contra, de desde, em, entre, para, perante, por,sem, sob,
sobre.

• Acidentais – afora, consoante, durante, exceto, fora, mediante, salvo, senão, visto.

• Locuções Prepositivas – ao lado de, antes de, além de, com respeito a (...) *Na LP, a última palavra
sempre é uma preposição.

Exemplos: Lutou contra mim.

Confiava a mim seus segredos.

Todos comeram, salvo tu.

Relações Semânticas da Preposição

• As preposições podem exprimir vários sentidos:

1- Modo – Comeu um bife a cavalo.

2- Preço – A casa foi avaliada em 1 bilhão.

3- Direção – Atirou-se sobre o herói.

4- Companhia – Foram viajar com os amigos.

5- Instrumento – Martelava com o ferro.

6- Procedência – Vim de Paris.

7- Assunto – Falou sobre linguística.

8- Tempo – Por dez anos vivi em Londres.

9- Lugar – Cantava pelos bares da vida.

10- Posição inferior – O livro estava sob a carteira.

11- Posição superior – O livro estava sobre a carteira.

Coesão e Preposição

• Confio em você.

regente + regido

Observe:

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• Dá-se chance a garoto com curso primário completo, que saiba conversar com adultos, decuidar de
enfermos em descanso na praia.

(Quando o termo regente está distante do termo regido há problemas de coesão).

Conjunção

A conjunção, além de ligar palavras ou orações, dá uma direção argumentativa ao texto e estabelece
uma relação semântica entre as orações.

As conjunções podem ser:

1- Coordenativas

2- Subordinativas

Conjunções Coordenativas

1- Aditivas: ideia de soma, adição. Ex: Saio feliz e volto cansada. ( e, nem, mas também...)

2- Adversativas: ideia de oposição, contraste. Ex: Estarei em casa, mas não vou atendê-lo. ( mas,
porém, todavia,contudo, no entanto...)

3- Alternativas: ideia de alternância. Ex: Caso ou viajo? (ou...ou, ora...ora, quer...quer)

4- Conclusivas: ideia de conclusão de um pensamento. Ex: Ela é nova, portanto não irá namorar. (
logo, portanto, por isso, pois ( após o verbo) . Ex: Ela é catanduvense, é, pois, boa gente.

5- Explicativas: ideia de explicação, razão, motivo. Ex: Não brinque com fogo, porque é perigoso.
(porque, que, pois (antes do verbo) – Ela passou no vestibular, pois estudou muito.

Conjunções Subordinativas – Classificação

1- Integrantes – fazem parte da regência de um verbo ou nome; integram uma oração substantiva.
EX: Eu disse que ele viria. ( que/ se).

2- Causais – exprimem causa, razão. Toda causa pressupõe uma consequência. Ex: Como ela gritou
não disse nada. ( porque, que, pois, visto que, já que, uma vez que).

3- Comparativa – ideia de comparação. Ex: João teimou como um burro. (como, mais que, pior que,
melhor que...)

4- Concessivas – fato contrário ao que se encontra na oração principal, ainda que não seja suficiente
para anulá-lo. Ex: Vou ao baile, mesmo que chova. (embora, se bem que, mesmo que, ainda que,
conquanto...)

5- Condicionais – ideia de condição, hipótese. Ex: Desde que comesse, eu cozinharia. ( se, caso,
desde que, contanto que...)

6- Conformativas – ideia de concordância, conformidade. Ex: Conforme lhe disse, viajarei amanhã. (
segundo, conforme,como)

7- Consecutivas – consequência, efeito do que foi expresso anteriormente. Ex: Ela comeu tanto
quepassou mal. (que – acompanhado de tão...que, tanto...que, tamanho...que, tal...que)

8- Temporais – ideia de tempo. Ex: Mal o filme começara, ela sentiu-se mal. (quando, mal, logo que,
sempre que, assim que...)

9- Finais – ideia de finalidade. Ex: Estudamos bastante a fim de que passássemos no vestibular.

10- Proporcionais – ideia de proporcionalidade, simultaneidade. Ex: Quanto mais economizava, mais
sentia prazer. (à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos...)

Polissemia das Conjunções

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Polissemia – os vários sentidos, valores semânticos diferentes, dependendo o contexto.

MAS – Terás o dinheiro, mas apenas parte dele. (restrição)

Falou com a professora, mas arrependeu-se. (retificação)

Estava triste, mas disfarçava. (atenuação)

Estudou muito, mas foi reprovada. ( não compensação)

Perdeu o ano, mas conheceu vários países. (compensação)

Mas e o seu pai? Deixou? (situação, assunto)

Polissemia das Conjunções: E / Como/Se

E – Estudou muito e foi reprovado. (oposição).

Estudou muito e passou. (conclusão, consequência.)

Era homem e muito homem! (explicação enfática)

Saiu do escritório e foi para casa. (adição)

E o Palmeiras? Ganha o campeonato? (assunto/ situação)

COMO – Dormia como um anjo. (comparação)

Como era pobre não pode estudar. (causa)

Ensinava os colegas como o mestre o orientou. (conformidade)

SE – Se não foi uma ofensa a todos, ainda assim insultou os jovens. (concessão)

Se não chover irei a sua casa. (condição).

Preposição

Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa
relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido
dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de
todos os elementos que a preposição vincula.

Exemplos:

Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.

amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição

de: preposição

Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio.

esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição

com: preposição

Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar
elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo
de subordinação denominado regência.

Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro
elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento,

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por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido
pelo antecedente.

Exemplos:

A hora das refeições é sagrada.

hora das refeições: elementos ligados por preposição

de + as = das: preposição

hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições"

refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da"

Alguém passou por aqui.

passou por aqui: elementos ligados por preposição

por: preposição

passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui"

aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por"

As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em
grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No
entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno
da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas
palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas
sim da palavra com a qual ela se funde.

Por exemplo:

de + o = do
por + a = pela
em + um = num

As preposições podem introduzir:

a) Complementos Verbais

Por exemplo:

Eu obedeço "aos meus pais".

b) Complementos Nominais

Por exemplo:

Continuo obediente "aos meus pais".

c) Locuções Adjetivas

Por exemplo:

É uma pessoa "de valor".

d) Locuções Adverbiais

Por exemplo:

Tive de agir "com cautela".

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e) Orações Reduzidas

Por exemplo:

"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.

Conjunção

Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.

Por exemplo:

A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.

Deste exemplo podem ser retiradas três informações:

segurou a boneca

a menina mostrou

viu as amiguinhas

Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa
frase três orações:

1ª oração: A menina segurou a boneca

2ª oração: e mostrou

3ª oração: quando viu as amiguinhas.

A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio
do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações.

Observe:

Gosto De Natação E De Futebol.

Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração.
Logo, a palavra "e" está ligando termos de uma mesma oração.

O uso das preposições está relacionado à nossa competência linguística. Sendo assim, conhecê-las
e utilizá-las corretamente é, sobretudo, papel decisivo na construção de nossos discursos cotidianos.
De tal modo, ocupemo-nos a discorrer acerca de algumas características a elas relacionadas,
principalmente no que diz respeito à transitividade verbal e, consequentemente, à regência de alguns
verbos.

Temos ciência de que alguns verbos, levando em consideração o contexto em que são empregados,
ora se classificam como transitivos diretos, ora como transitivos indiretos e, por essa razão,
provavelmente por algum descuido ou até mesmo por falta de conhecimento por parte do emissor, o
uso das preposições deixa a desejar, tendo em vista o padrão formal que rege a língua. Dessa forma,
de modo a evitarmos alguns erros, vejamos alguns casos relevantes:

* Aqueles São Os Rapazes Que As Garotas Gostam.

Analisando a transitividade do verbo gostar, concluímos que o discurso precisa ser reformulado,
tornando-se assim materializado:

Aqueles São Os Rapazes De Quem As Garotas Gostam.

* Essa é a Amiga que Confio.

Ora, quando confiamos, confiamos em alguém. Portanto, por que não dizermos:

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Essa É A Amiga Em Que Confio.

* Este é o Livro que me Refiro.

É simples, sempre quando nos referimos, fazemos referência a algo ou a alguém. Portanto:

Este é o livro a que me refiro.

* Eis a chance que eu precisava.

Acreditem! Quem precisa, precisa de algo ou de alguém. Logo, observemos:

Eis a Chance da Qual eu Precisava.

Não somente tais exemplos, mas também vários outros, ilustram o caso em questão. Por isso,
devemos estar bem atentos quanto à transitividade verbal, para atribuirmos ao verbo a regência
adequada.

As preposições podem ser de dois tipos:

1. Preposição Essencial: sempre funciona como preposição.

Exemplo: a, ante, de, por, com, em, sob, até...

2. Preposição Acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas.
Exemplo: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado...

Locução Prepositiva

Chamamos de locução prepositiva o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma
preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição.

Exemplos: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de...

As preposições podem combinar-se com outras classes gramaticais.

Exemplos: do (de + artigo o)


no (em + artigo o)
daqui (de + advérbio aqui)
daquele (de + o pronome demonstrativo aquele)

Emprego das Preposições

- as preposições podem estabelecer variadas relações entre os termos que ligam.

Ex.: Limpou as unhas com o grampo (relação de instrumento)

Estive com José (relação de companhia)

A criança arrebentava de felicidade (relação de causa)

O carro de Paulo é novo (relação de posse)

- as preposições podem vir unidas a outras palavras.

Temos combinação quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de
elemento fonético.

Temos contração quando na junção da preposição com outra palavra houver perda fonética.

Contração Combinação
Do (de + o) Ao (a +o)
Dum (de + um) Aos (a + os)

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Desta (de + esta) Aonde (a + onde)


No (em + o)
Neste (em + este)

- a preposição a pode se fundir com outro a. Essa fusão é indicada pelo acento grave ( `) e recebe o
nome de crase.

Ex.: Vou à escola (a+a)

Conjunções

Em se tratando das funções estabelecidas pela diversidade de elementos que compõem as classes
gramaticais, há algumas semelhantes entre si. Estamos referindo-nos ao caso das preposições e
conjunções, visto que ambas têm por finalidade ligar os termos dentre um enunciado linguístico,
conferindo-lhe precisão e clareza.

Para que possamos veementemente compreender acerca desta prerrogativa, analisemos os casos
abaixo relacionados:

Apenas Gostaria Que Tivesse Paciência E Compreensão.

Não Pude Comparecer Ao Trabalho, Mas Apresentei A Devida Justificativa.

Estudaríamos Bastante, Se Tivéssemos Tempo.

Atendo-nos a uma análise discursiva destes, constatamos que no primeiro exemplo o termo
destacado fez a junção entre as palavras “paciência” e “compreensão”. Outro aspecto de notória
relevância é que as orações por ele ligadas possuem por si só um sentido completo, ou seja, são
dotadas de todos os requisitos necessários à compreensão por parte do interlocutor, mesmo que
desdobradas. De forma semelhante temos o segundo exemplo, no qual o “mas” apenas as conectou,
pois também são sintaticamente independentes. Diante de tal ocorrência linguística, deparamo-nos
com as denominadas conjunções coordenativas.

Já no terceiro exemplo, identificamos que a palavra em evidência também fez a conexão entre duas
orações, contudo, dependentes entre si. Identificamos que a segunda necessita da primeira no que
se refere à noção de sentido. Aspecto que lhes confere a condição de subordinadas – dada esta
mútua dependência.

Partindo desses pressupostos, interagir-nos-emos com as respectivas características que norteiam


ambas as modalidades. Vejamo-las:

Conjunções Coordenativas

Conjunções Subordinativas

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As orações subordinadas, como já expresso, caracterizam-se pela relação de dependência que a


subordinada estabelece com a oração principal. São classificadas em substantivas, adjetivas e
adverbiais.

As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas, as quais exercem a


função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto e predicativo.

Ex: Não sabemos se ela realmente virá.

Or. subordinada substantiva objetiva direta (exercendo a função de objeto direto)

As conjunções subordinativas introduzem orações subordinadas adverbiais, exprimindo, portanto,


várias circunstâncias relacionadas ao advérbio. Analisemos, pois, como são classificadas:

Conjunções Subordinativas

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