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CÁLCULOS TRABALHISTAS
Salário e remuneração são conceitos que têm como ponto em comum, via
de regra, o fato de representarem pagamentos ao empregado decorrentes do
serviço prestado, em razão do contrato de trabalho.
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Apesar de semelhantes, distinguir os dois institutos é fundamental, pois, a
depender da verba trabalhista em análise, será um ou outro utilizado como base
de cálculo.
Salário é comumente tratado como a contraprestação econômica devido ao
empregado pelo trabalho prestado, pelo tempo que permanece à disposição do
empregador, ainda pelos dias de descanso remunerado e de interrupções
previstas em Lei ou instrumentos coletivos.
No conceito de salário, devem ser compreendidas também tanto a
importância fixa ajustada contratualmente quanto as gratificações e comissões
pagas pelo empregador ao longo da relação de trabalho.
A partir do conceito de salário, é possível observar que o mesmo pode ser
pactuado de forma fixa ou variável, de modo que salário fixo é aquele definido no
contrato e que será pago sem alteração, salvo nos casos de falta ou atraso
injustificados, enquanto salário variável é o que depende do implemento de
determinada condição, seja uma venda, tarefa ou produção, fazendo com que seu
valor seja diferente mês a mês.
Como exemplo de salário fixo, é possível citar o empregado analista de
Recursos Humanos, contratado para trabalhar de segunda a sexta feira em uma
jornada semanal de 40 horas com salário de R$ 3.000,00, o qual,
independentemente de sua produtividade, receberá o valor ajustado. Já o
vendedor que recebe comissão de 3% sobre o valor da venda e terá como salário
o produto das vendas realizadas no mês é um exemplo de salário variável.
Por outro lado, a remuneração pode ser conceituada como um conjunto
que engloba tanto o salário quanto as gorjetas pagas por terceiros, conforme
previsto no art. 457 da CLT (Brasil, 1943).
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os limites de jornada previstos no art. 7°, inciso XIII, da CF/88, o qual estabelece
a jornada máxima de 8 horas diárias e 44 horas semanais.
Para obter o valor salário-hora, basta dividir o salário mensal por este
resultado.
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Salário mensal ÷ horas mensais (divisor do salário hora) = salário-hora
O art. 7°, inciso XV, da CF/88, estabelece que é direito dos trabalhadores
um dia de repouso semanal remunerado, o qual deve coincidir preferencialmente
aos domingos. Também são considerados dias de descanso os feriados civis e
religiosos, conforme art. 1° da Lei n. 605/1949.
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O empregado mensalista, ou seja, aquele que recebe seu salário por
mês, já tem remunerado os dias de descanso semanal conforme parágrafo 2°
do art. 7° da Lei n. 605/1949. Por este motivo, não é necessário cálculo
específico para pagamento deste valor para esta modalidade de contrato.
2.2.1 Diarista
Ao empregado que recebe sua remuneração por dia de trabalho, deve ser
acrescentado o valor correspondente aos dias de descanso semanal, o qual
deve ser calculado da seguinte forma:
a) Somar os dias trabalhados no mês;
b) Multiplicar o resultado pelo número de dias não úteis do mês (domingos e
feriados);
c) Dividir pelo número de dias úteis. O sábado deve ser considerado como dia
útil, salvo se for feriado; e
d) Por fim, multiplicar pelo valor do salário-dia contratado.
2.2.2 Horista
2.2.3 Comissionista
a) Total das comissões recebidas no mês multiplicado pelos dias não úteis do
mês (domingos e feriados); e
b) Dividir pelo número de dias úteis. Neste caso, o sábado deve ser
considerado como dia útil, salvo se for feriado.
a) Total das comissões recebidas no mês deve ser multiplicado pelos dias não
úteis do mês (domingos e feriados); e
b) Dividir pelo número de dias efetivamente trabalhados.
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Exemplo: empregado contrato para receber 2% sobre vendas, recebeu no
mês R$2.500,00 de comissões, jornada com 8 horas diárias e 44 horas semanais.
Considerando que há 4 dias não úteis (domingos e feriados) e que o empregado
trabalhou por 22 dias no mês, calcula-se R$ 2.500,00 de comissões x 4 dias não
úteis = R$ 10.000,00 ÷ 22 dias trabalhados = R$ 454,54 é o valor que deve ser
pago a título de descanso semanal remunerado ao empregado para esse
entendimento.
Por fim, considerando a força normativa reconhecida pelo inciso XXVI do
art. 7° da CF/88 aos instrumentos coletivos (acordos e convenções coletivas), é
possível que haja previsão específica sobre a metodologia de cálculo do descanso
semanal remunerado do empregado comissionista, de modo que tais documentos
devem ser consultados.
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80 do TST. Entretanto, não é a mera concessão do equipamento que autorizará o
fim do pagamento do adicional, mas a efetiva neutralização da exposição à
nocividade, segundo dispôs o TST na Súmula n. 289.
3.2 Percentuais
3.3 Integração
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3.4 Cálculo
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4.1 Base de cálculo
4.2 Percentuais
4.3 Integração
4.4 Cálculo
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TEMA 5 – ADICIONAL NOTURNO
5.1 Aplicação
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compensar o maior desgaste físico: primeiro, o pagamento do adicional noturno
sobre o salário e, segundo, a hora noturna com 52 minutos e 30 segundos. Neste
sentido, é a Súmula n. 214 do STF.
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Exemplo: 5 horas e 30 minutos em fração de hora correspondem a 5,5
horas. Isto porque:
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o Logo, 4 horas trabalhadas no horário noturno devem ser
remuneradas como 4 horas e 34 minutos, em razão da hora
noturna reduzida.
• Segundo: neste método de cálculo, objetiva-se identificar o coeficiente, que
será utilizado para a conversão da hora reduzida noturna;
• Como 52,5 minutos trabalhados à noite equivalem à 1 hora;
• 60 minutos equivalem a X hora;
o Logo: 52,5 X = 1 x 60;
o X = 60 ÷ 52,5 = 1,1428.
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2° passo: multiplicar o resultado anterior pelo coeficiente da hora noturna.
4,33 x 1,1428 = 4,94h, que correspondem à hora noturna reduzida.
3° passo: para identificar a jornada do empregado no horário noturno, é
preciso converter a fração da hora em minutos. 0,94 x 60 = 56 minutos. Assim,
esse empregado, que trabalhou no horário noturno por 4 horas e 20 minutos, tem
direito a ser remunerado por 4 horas e 56 minutos.
4° passo: identificar o valor do adicional noturno e da hora noturna.
R$ 10,00 x 20% = R$ 2,00 é o valor do adicional noturno.
R$ 10,00 + R$ 2,00 = R$ 12,00 é o valor da hora noturna (hora diurna
acrescida do adicional noturno).
5° passo: multiplicar o valor da hora noturna pela quantidade de horas
noturnas a que o empregado tem direito, obtido no 2° passo.
R$ 12,00 (valor da hora noturna) x 4,94 = R$ 59,28 é o valor que o
empregado tem direito a receber pelas horas trabalhadas no horário noturno.
Caso o empregado já tenha recebido o valor da hora normal, sendo devido
apenas o adicional noturno, deve-se multiplicar o valor do adicional noturno pela
quantidade de horas noturnas a que o empregado tem direito, obtido no 2° passo.
R$ 2,00 (valor do adicional noturno) x 4,94 = R$ 9,88 é o valor devido
apenas de adicional noturno pelas horas trabalhadas no horário noturno.
Conclusão: Empregado que trabalhou no relógio por 4 horas e 20 minutos
tem direito de receber R$ 59,28 referentes a 4 horas e 56 minutos, convertidas
em horas noturnas.
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REFERÊNCIAS
_____. Lei n. 605, de 05 de janeiro de 1949. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
14 de janeiro de 1949.
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