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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Roteiro
1. Introdução
2. Cálculo das Horas Trabalhadas
2.1. Cálculo da Jornada Mensal
3. Cálculo do Descanso Semanal Remunerado
4. Cálculo da Hora Extra
5. Cálculo do Descanso Semanal Remunerado sobre as Horas Extras
6. Valor Mensal da Remuneração do Horista
7. Cálculo do Aviso Prévio Indenizado
7.1. Aviso Prévio Indenizado com Projeção da Lei n° 12.506/2011
8. Cálculo do Aviso Prévio no Pedido de Demissão
8.1. Cálculo do Desconto do Aviso Prévio - Descumprimento Parcial
8.2. Cálculo do Desconto do Aviso Prévio - Descumprimento Total
9. Desconto do Aviso Prévio Não Cumprido pelo Empregado - Dispensa Motivada pelo
Empregador
9.1. Cálculo do Desconto do Aviso Prévio - Redução de Sete Dias pelo Empregado
9.2. Cálculo do Desconto do Aviso Prévio - Redução de Dois Horas pelo Empregado
10. Aviso Prévio Dispensado ou Interrompido pelo Empregador
11. Férias
12. Décimo Terceiro
12.1. Empregados Admitidos Até 17 de Janeiro
12.2. Empregados Admitidos Após 17 de Janeiro
13. Contribuição Previdenciária
14. FGTS
1. Introdução
O empregado horista é aquele que recebe pelas horas trabalhadas, ou seja, é remunerado por unidade de tempo.
Em que pese receber apenas pelas horas que trabalhar, o empregador deverá pré determinar a sua jornada, indicando quantas horas o empregado vai laborar
por dia.
O artigo 444 da CLT, determina que as relações contratuais possam ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha
às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Assim, a forma de contratação, observados os limites legais, será acordado entre as partes, e as diretrizes da CLT, sob pena de ser considerada uma
contratação fraudulenta, o que é vedado pelo artigo 9° desta legislação.
Vale ressaltar que, trata-se de uma contratação normal, ou seja, o empregado segue todas as diretrizes da legislação trabalhista, e deve receber sua
remuneração até o 5° dia útil da competência subsequente ao da prestação de serviço, conforme artigo 459, parágrafo único, da CLT.
Ainda, está limitada a jornada de oito horas diárias, trazida pelo artigo 58 da CLT, intervalo intrajornada, em observância ao artigo 71 da CLT, férias nos
moldes do artigo 142 da CLT e 13° salário, à luz do Decreto n° 57.155/65.
Esse mesmo entendimento é trazido pelo artigo 64 da CLT, ou seja, em se tratando de um empregado mensalista, utiliza-se o divisor 30 (relativo a 30 dias do
mês, independentemente da sua quantidade efetiva de dias) e ainda, no caso de empregado horista, utiliza-se o divisor 220, considerando que ele trabalha
oito horas diárias e 44 horas semanais.
DIREITO DO TRABALHO
Boletim Trabalhista n° 11 - 1ª Quinzena. Publicado em: 10/06/2021
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nesse sentido:
Valor hora = Valor do salário mínimo ou do piso da categoria do empregado ou piso estadual
220 horas mensais
Dessa forma, para que se apure o valor de uma hora normal de um empregado horista, a empresa deve dividir o salário do empregado (mínimo nacional, piso
da categoria ou piso estadual) por 220 horas mensais trabalhadas.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 7°, inciso VII, garante a todos os trabalhadores o salário mínimo nacional.
Contudo, nada impede que um empregado que se submeta a uma jornada proporcional, também receba remuneração proporcional, observado o piso/hora
da categoria, conforme autoriza a OJ SDI1 n° 358.
Exemplo Prático:
É importante esclarecer que, caso o empregado trabalhasse uma jornada inferior, por exemplo, 150 horas mensais, este seria o divisor para o cálculo do valor
hora do colaborador, devendo ainda ser observada norma coletiva trazendo outra orientação mais favorável.
Observa-se:
Exemplo Prático: Um empregado foi contrato para trabalhar 6 horas por dia, de segunda a sábado, em um mês de 30 das (sem nenhum feriado), sendo 26
dias úteis.
Fórmula do Cálculo:
1 6 horas dia
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nesse sentido, o empregado deve ter um descanso a cada seis dias de trabalho, conforme determina a OJ SDI/1 n° 410, ou seja, o empregado, como regra
geral, não poderá trabalhar sete dias seguidos, salvo se a empresa realizar o pagamento do dia de forma dobrada, conforme orienta a Súmula 146 do TST,
ainda que o empregador seja penalizado.
Trata-se de um valor que integra a remuneração do empregado para todos os efeitos legais, conforme artigo 10 do Decreto n° 27.048/49. Entende-se por
DSR, por fim, o descanso do empregado a cada seis dias de trabalho consecutivos e mais os feriados, civis e religiosos, que ocorrerem no mês.
Portanto, o empregado horista, por ter uma remuneração variável, tem seu descanso semanal remunerado mês a mês, conforme abaixo:
Neste ponto, devem ser consideradas duas regras. O sábado, salvo se recair em feriado, é considerado dia útil, conforme IN SRT n° 001/89 e ainda, como o
cálculo do DSR não possui previsão legal, a convenção coletiva deve ser verificada e, em caso de regra mais favorável para o cálculo, deve ser utilizada.
Exemplo Prático:
O valor do salário-hora do empregado é de R$ 5,22. No mês de abril de 2020, trabalhou 180 horas.
Nesta competência, há 24 dias úteis e 6 dias não úteis (quatro domingos e dois feriados), chegando ao seguinte valor de DSR.
Fórmula do Cálculo:
Passos DSR
180 horas/mês
1
2 24 dias úteis
É importante mencionar aqui uma regra aplicada a quase todos os empregados, menos aos empregados horistas. Nos moldes do artigo 6° da Lei n° 605/49,
quando o empregado faltou de forma injustificada ao trabalho, é dado à empresa o direito de descontar o seu DSR da semana subsequente.
Contudo, esta regra não se aplica aos empregados horistas, pois como essas horas de ausência não serão computadas no cálculo do DSR, este já sofrerá
um reflexo automático dessa ausência não justificada. Observa-se:
Exemplo Prático:
DIREITO DO TRABALHO
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Ainda, considerando o valor do salário hora do empregado de R$ 5,22, com 180 horas trabalhadas no mês de abril de 2020. Na competência, há
24 dias úteis e 6 dias não úteis (quatro domingos e dois feriados).
Contudo, nesse mês, o empregado teve uma falta injustificada de 8 horas totais. Logo, o DSR será:
Desta forma, em que pese o DSR do empregado horista não seja efetivamente descontado, quando do cálculo do descanso remunerado total for realizado,
sua ausência injustificada vai gerar reflexo direto.
Fórmula do Cálculo:
Passos DSR
Para um empregado horista não é diferente, pois, em que pese receba por horas trabalhadas e sua remuneração seja variável, ele possui uma jornada diária
pré-fixada que deve observar as limitações legais.
É possível que haja necessidade de realização de horas, porém, estas estão limitadas a duas horas por dia, conforme artigo 59 da CLT e, quando ocorrerem,
deverá ser remunerado no montante de 50% sobre a hora normal, conforme § 1° do mesmo artigo, salvo previsão mais benéfica em instrumento coletivo.
Para apuração do valor da hora extra do empregado horista, deve-se observar as seguintes diretrizes:
a) Multiplicar o valor do adicional de horas extras pelo valor da hora normal do empregado;
Exemplo Prático:
O valor da hora normal de um empregado horista é R$ 5,22. Esse empregado realizou 180 horas no mês de abril de 2020 e 25 horas extras no
mesmo mês.
A Convenção Coletiva da categoria desse colaborador determina que o adicional de horas extras deva ser aplicado no montante de 60%. Nesse
sentido, observa-se:
R$ 5,22 (valor da hora normal) x 60% (adicional de horas extras) = R$ 3,13 (valor apenas do adicional de hora extra)
R$ 5,22 (valor da hora normal) + R$ 3,13 (valor do adicional de horas extras) = R$ 8,35 (valor da hora extra).
R$ 8,35 (valor de uma hora extra) x 25 (quantidade de horas extras realizadas no mês) = R$ 208,75 (valor das horas extras que o empregado irá
receber).
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Fórmula do Cálculo:
No mesmo sentido, aplica-se o artigo 7°, alínea “b”, da Lei n° 605/49, que afirma ser devido o reflexo de DSR para um empregado horista, quando também
realiza horas extras habitualmente.
O cálculo das horas normais é o mesmo, contudo, será utilizada a soma de horas extras, conforme abaixo:
Exemplo Prático:
O valor da hora normal de um empregado horista é R$ 5,22. Esse empregado realizou 180 horas no mês de abril de 2020 e 25 horas extras no
mesmo mês.
Considerando esta competência, há 24 dias úteis e 6 dias não úteis (quatro domingos e dois feriados).
A Convenção Coletiva da categoria desse colaborador determina que o adicional de horas extras deva ser aplicado no montante de 60%. Nesse
sentido, observa-se:
R$ 5,22 (valor da hora normal) x 60% (adicional de horas extras) = R$ 3,13 (valor apenas do adicional)
R$ 5,22 (valor da hora normal) + R$ 3,13 (valor do adicional de horas extras) = R$ 8,35 (valor da hora extra).
R$ 8,35 (valor de uma hora extra) x 25 (quantidade de horas extras realizadas no mês) = R$ 208,75 (total de horas extras que o empregado irá
receber.).
DSR sobre as horas extras:
25 horas extras / 24 dias úteis = 1,04
1,04 x 6 dias não úteis = 6,24
6,24 x R$ 8,35 (valor de uma hora extra) = R$ 52,10 (DSR sobre as horas extras realizadas).
Fórmula do Cálculo:
DIREITO DO TRABALHO
Boletim Trabalhista n° 11 - 1ª Quinzena. Publicado em: 10/06/2021
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3 24 dias úteis
Dessa forma, o empregado não pode ter seu salário apresentado de forma genérica, de modo que o empregado não saiba o que compõe a sua remuneração
e quais descontos está sofrendo.
Portanto, a discriminação salarial é uma forma de tratar a relação trabalhista com transparência, de forma coesa e clara.
Nesse sentido, quando o empregado recebe sua folha de pagamento, deve saber os valores das verbas salariais, horas extras, descanso semanal
remunerado, entre outros.
Exemplo prático:
Considerando que um empregado foi admito em janeiro de 2015 e foi dispensado sem justo motivo em abril de 2020. Sua remuneração hora atual equivale a
R$ 20,00 e sua jornada diária é de oito horas.
Nesse sentido, a empresa deve somar todos os valores recebidos de salário dos 12 meses que antecedem o mês de abril de 2020 (mês em que foi
dispensado), qual seja de abril de 2019 a março de 2020. Observa-se:
Mês Dias Úteis/Não Úteis N° de Horas Trabalhadas Remuneração DSR (HRS) DSR (R$)
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
Exemplo:
0,4 x 60 = 24.
Nesse sentido, a empresa deverá observar os seguintes passos para cálculo do aviso prévio indenizado:
1° passo: Apurar as horas realizadas nos últimos 12 meses antes da dispensa do empregado.
No caso em tela, considera-se 2.260 horas trabalhadas, a um valor de R$ 20,00, perfazendo um montante de R$ 45.200,00.
2° passo: O mesmo cálculo acima será considerado para fins de DSR. Ou seja, são 443.45 horas de DSR, que devem ser calculadas mês a mês, a um valor
hora de R$ 20,00, perfazendo um montante de R$ 8.869,00.
3° passo: O montante de horas trabalhadas (R$ 45.200,00) mais o DSR (R$ 8.869,00), cujo total é de R$ 54.069,00. Esse total deverá ser divido por 12 meses,
quantidades de meses somados, totalizando R$ 4.505,75.
É importante mencionar que, o cálculo em questão considerou apenas o aviso prévio de 30 dias, sem considerar o aviso prévio proporcional, previsto na Lei
n° 12.506/2011.
Fórmula do Cálculo:
Em 2011, foi publicada a Lei n° 12.506/2011 e a Súmula TST n° 441, que previu que, as rescisões ocorridas a partir da publicação da norma, dia 13.10.2011,
todos os empregados farão jus a um acréscimo de três dias no aviso prévio para cada ano completo de contrato.
Não obstante, esse aviso prévio proporcional está limitado a 60 dias, e somando com o aviso de 30 dias normais, perfaz o montante de 90 dias totais,
conforme artigo 1°, parágrafo único da Lei n° 12.506/2011.
DIREITO DO TRABALHO
Boletim Trabalhista n° 11 - 1ª Quinzena. Publicado em: 10/06/2021
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nesse sentido, considerando que o empregado possui cinco anos de vínculo de emprego, fará jus a 15 dias de aviso prévio proporcional (cinco anos de
empregado x três dias de aviso prévio proporcional), totalizando 45 dias de aviso prévio.
Portanto, vejamos:
Empregado com direito a 45 dias de aviso prévio. O valor a ser pago de aviso prévio, considerando a média dos últimos 12 meses é de R$ 4.505,75 (30 dias
de aviso).
1° passo: Dividir a média dos últimos 12 meses de trabalho (horas trabalhadas mais o DSR) por 30 dias de aviso prévio.
2° passo: Multiplicar um dia de aviso prévio pela quantidade de dias de direito de aviso prévio proporcional, ou seja:
R$ 150,19 x 15 dias de aviso prévio proporcional = R$ 2.252,87 (15 dias de aviso prévio proporcional).
3° passo: O valor total de aviso prévio do caso em tela, de um empregado que faz jus a 45 dias de aviso prévio, é de:
R$ 4.505,75 (média de 12 meses de 30 dias de aviso prévio) + R$ 2.252,87 (15 dias de aviso prévio proporcional) = R$ 6.758,62 (total devido ao empregado
de aviso prévio de 45 dias).
Fórmula do Cálculo:
7 05 anos de vínculo
Contudo, não será devido o desconto do período reduzido, prerrogativa trazida pelo artigo 488 da CLT, ou seja, direito irrenunciável do empregado.
Dessa forma, os sete dias de redução ou as duas horas diárias do aviso prévio, não podem ser descontadas.
Dessa forma, em caso de pedido de demissão, o empregado só estará obrigado a cumprir 30 dias de aviso prévio, nos moldes do artigo 7°, inciso XXI, da
CF/88 e artigo 487 da CLT.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Empregado horista pediu demissão em 31.07.2020, e deveria cumprir 30 dias de aviso prévio trabalhado, mas cumpriu apenas 20 dias. A jornada contratual
de segunda a sexta feira é de oito horas e a de sábado, é de quatro horas.
124 horas de aviso prévio x R$ 20,00 (valor de uma hora de aviso prévio) = R$ 2.480,00.
Fórmula do Cálculo:
1 Pedido de demissão.
5 Valor do aviso prévio cumprido: 124 horas de aviso prévio x R$ 20,00 (valor de uma hora de aviso prévio) = R$ 2.480,00
2° PASSO: Considerando que se trata de um empregado horista, deve ser calculado o DSR sobre os 20 dias de cumprimento:
Fórmula do Cálculo:
Passos DSR do Aviso Prévio dado pelo Empregado/Considerando a totalidade dos dias do mês
1 Pedido de demissão.
9 Valor do DSR do aviso prévio: 18.81 x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 376,29
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
Fórmula do Cálculo:
Passos DSR do Aviso Prévio dado pelo Empregado/Considerando apenas os dias trabalhados
1 Pedido de demissão
9 Valor do DSR do aviso prévio: 21.88 x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 437,64
A legislação não traz uma regulamentação expressa acerca do cálculo do DSR, por esse motivo, foram apresentadas duas correntes doutrinárias, devendo
ser aplicado cálculo mais favorável ao empregado ou ainda aquele indicado por instrumento coletivo.
3° passo: O empregado não cumprirá 10 dias do aviso prévio, que poderá ser descontado pelo empregador, conforme artigo 487, § 2° da CLT (sendo um
pedido de demissão com cumprimento de aviso prévio).
Fórmula do Cálculo:
1 Pedido de demissão
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Exemplo: Empregado horista pediu demissão em 31.06.2020, e deveria cumprir 30 dias de aviso prévio trabalhado, deixou de comparecer todos os dias,
deixando formalizado que cumpriria o período no próprio documento. A jornada contratual de segunda a sexta feira 08 horas e sábado, quatro horas.
1° passo: Calcular a jornada trabalhada e valor da jornada, por tratar-se de desconto integral, deve ser feito média dos últimos 12 meses, conforme artigo
487, § 3° da CLT:
MÊS DIAS ÚTEIS/NÃO ÚTEIS N° DE HORAS TRABALHADAS REMUNERAÇÃO DSR (HRS) DSR (R$)
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
0,4 x 60 = 24.
188.33 (média aritmética das horas trabalhadas) x R$ 20,00 (valor de uma hora do empregado) = R$ 3.766,66.
Fórmula do Cálculo:
1 Pedido de demissão.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
36.95 (média aritmética de DSR) x R$ 20,00 (valor de uma hora do empregado) = R$ 739,00.
R$ 3.766,66 (aviso prévio) + R$ 739,00 (DSR sobre o aviso prévio) = R$ 4.505,66 (total a ser descontado do empregado.
Fórmula do Cálculo:
1 Pedido de demissão
8 Valor da média do DSR dos últimos 12 meses: 443.45 / 12 = 36.95 x R$ 20,00 = R$ 739,00
9 Total de aviso prévio a ser descontado: R$ 3.766,66 (aviso prévio) + R$ 739,00 (DSR) = R$ 4.505,74
9. Desconto do Aviso Prévio Não Cumprido pelo Empregado - Dispensa Motivada pelo Empregador
Tanto o empregado, quanto o empregador, podem conceder aviso prévio para a outra parte, contudo, para fins de cálculo de pagamento e desconto do
período, a base de cálculo será a mesma.
Nesse sentido, à luz das orientações trazidas pelo artigo 487, § 2° da CLT, a falta de aviso prévio por parte do empregado, dá ao empregador o direito de
desconto do respectivo período.
Na rescisão sem justa causa, é direito do empregado escolher pela redução de jornada de duas horas diárias ou sete dias no final do aviso prévio, conforme
artigo 488 da CLT.
Exemplo: Um empregado foi dispensado sem justa causa e não vai cumprir o aviso prévio integralmente, apenas 13 dias. Isso foi formalizado quando da
assinatura do aviso prévio. Neste exemplo, não está sendo considerada a redução de jornada prevista no artigo 488 da CLT.
Dessa forma, por força do artigo 487, § 2° da CLT, o empregador descontará o restante do aviso prévio desse empregado.
1° passo: Considerando que se trata de um aviso prévio trabalhado, primeiramente deverão ser calculados os 13 dias trabalhados, mais o DSR do período,
considerando que o mês da dispensa foi junho/2020 e que o início do cumprimento deu-se no dia 01 do mês.
2° passo: Do dia 1° de julho ao dia 13 de julho, são 13 dias remunerados, nove dias a oito horas diárias e dois dias (sábados) a quatro horas diárias,
equivalente a 80 horas trabalhadas. Temos:
Dois sábados trabalhados (quatro horas cada) = 8 horas x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 160,00.
Nove dias de segunda a sexta feira x 08 horas trabalhadas = 72 horas trabalhadas x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 1.440,00
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Fórmula do Cálculo:
3° passo: Sobre os 13 dias trabalhados, haverá reflexo de DSR. Nesse sentido, há dois entendimentos possíveis, quais sejam:
1) Considerar os DSR’s apenas dos 13 dias que serão trabalhados, ou seja, no caso em tela, o empregado faria jus ao DSR dos dias 5 e 12 de julho.
Total de horas trabalhadas (01.07 a 13.07) - 80 horas / 11 dias úteis = 7,27 horas (corrigir valor e restante do cálculo.
4° passo: Multiplicar o total de horas de DSR pelo valor da hora do empregado, ou seja, 14.54 horas de DSR x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 290,80
5 9 x 8 = 72 + 8 horas = 80 horas
6 11 Dias Úteis
2) Considerar os DSR da totalidade do mês, ou seja, 25 das úteis e 5 dias não úteis:
Total de horas trabalhadas (01.07 a 13.07) - 80 horas / 27 dias úteis = 2.96 horas (corrigir valor e restante do cálculo)
À luz do princípio do in dubio pro operário, a recomendação é que seja adotado o cálculo mais favorável ao empregado.
Fórmula do Cálculo:
DIREITO DO TRABALHO
Boletim Trabalhista n° 11 - 1ª Quinzena. Publicado em: 10/06/2021
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
5 9 x 8 = 72 + 8 horas = 80 horas
6 27 Dias Úteis
9.1. Cálculo do Desconto do Aviso Prévio - Redução de Sete Dias pelo Empregado
Ocorrendo uma dispensa sem justa causa, é direito do empregado, para fins de recolocação no mercado de trabalho, a redução de sete dias ou de duas
horas por dia no final do aviso, até o final do aviso prévio, conforme preconiza o artigo 488 da CLT.
Exemplo: Empregado horista dispensado em 30.06.2020, o aviso começa a contar dia 01.07.2020, nos moldes do artigo 20 da IN SRT n° 015/2010, deveria
cumprir 30 dias de aviso prévio trabalhado, mas cumpriu apenas 20 dias e optou por reduzir sete dias de aviso prévio no final do aviso em observância ao
artigo 488 da CLT.
1° passo: Calcular o montante relativo a 27 dias (20 dias de aviso prévio cumprido e sete dias de redução de jornada relativo ao artigo 488 da CLT.
O cumprimento do aviso prévio se dará no mês de julho, e o empregado trabalha oito horas diárias de segunda a sexta feira e quatro horas no sábado.
Total de horas trabalhadas em julho = 168 horas x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 3.360,00
2° passo: Considerando que trata-se de um empregado horista, deve ser calculado o DSR sobre os 20 dias de cumprimento e os sete dias de redução de
jornada. Nesse caso, há dois entendimentos possíveis, que serão demonstrados a seguir.
Fórmula do Cálculo:
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
7 Total: 16 horas (sábados) + 152 horas (segunda a sexta feira) = 168 horas.
29,20 horas de DSR x R$ 20,00 (valor de uma hora) = R$ 584,34 (total a ser pago de DSR).
Nota ECONET: Os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a vírgula seja multiplicado
por 60.
0,4 x 60 = 24.
Fórmula do Cálculo:
Passos DSR Aviso Prévio Trabalhado - Julho/1° Entendimento - Considerar apenas os dias trabalhados
7 Total: 16 horas (sábados) + 152 horas (segunda a sexta feira) = 168 horas.
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
A legislação não traz uma regulamentação expressa acerca do cálculo do DSR, por esse motivo, foram apresentadas duas correntes doutrinárias, devendo
ser aplicado cálculo mais favorável ao empregado ou ainda aquele indicado por instrumento coletivo.
DIREITO DO TRABALHO
Boletim Trabalhista n° 11 - 1ª Quinzena. Publicado em: 10/06/2021
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Fórmula do Cálculo:
Passos DSR Aviso Prévio Trabalhado- Julho/2° Entendimento - Considerar a totalidade dos dias do mês
7 Total: 16 horas (sábados) + 152 horas (segunda a sexta feira) = 168 horas
R$ 3.360,00 (aviso prévio) + R$ 584,34 (valor do DSR de 27 dias de aviso prévio) = R$ 3.944,00
9.2. Cálculo do Desconto do Aviso Prévio - Redução de Duas Horas pelo Empregado
Quando dispensado sem justa causa, o empregado pode optar por reduzir sua jornada em sete dias no final do aviso prévio ou duas horas diárias até o
término do aviso prévio, conforme aduz o artigo 488 da CLT.
Exemplo: Com base nos dados trazidos no subitem anterior, o empregado horista dispensado em 30.06.2020, que deveria cumprir 30 dias de aviso prévio
trabalhado, mas cumpriu apenas 20 dias e optou por reduzir duas horas diárias do aviso, em observância ao artigo 488 da CLT.
Jornada contratual de segunda a sexta feira em oito horas e sábado, quatro horas. Neste caso, teríamos:
Horas efetivamente trabalhadas: 6 horas (segunda a sexta feira) x 14 dias = 84 horas (horas efetivamente trabalhadas de segunda a sexta feira, de 01 até o
dia 20 de julho)
Horas reduzidas: 2 horas (segunda a sexta feira - artigo 488 da CLT) x 14 dias = 28 horas relativas à redução de jornada (01 até o dia 20 de julho).
Horas efetivamente trabalhadas no sábado: 2 horas trabalhadas (sábado considerando a redução de duas horas) x 3 sábados = 6 horas (efetivamente
trabalhadas).
Neste caso, do dia 01 ao dia 20 de julho, tem 3 sábados, que em virtude da redução de jornada do artigo 488 da CLT, o empregado só vai trabalhar por duas
horas
Horas reduzidas no sábado: 2 horas (artigo 488 da CLT) x 3 sábados = 6 horas relativas a redução de jornada.
No caso em tela, o empregado deixou de cumprir dez dias de aviso prévio, contudo, sendo um direito adquirido do colaborador, o período de redução de
jornada trazido pelo artigo 488 da CLT, não pode ser descontado.
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Boletim Trabalhista n° 11 - 1ª Quinzena. Publicado em: 10/06/2021
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Horas devidas com relação aos dez dias não cumpridos: 2 horas (redução de jornada do período não trabalhado - artigo 488 da CLT - 10 dias) x 10 dias não
trabalhados = 20 horas
Em que pese o empregado não vá cumprir a integralidade do aviso prévio, o período relativo a redução de jornada do artigo 488 da CLT, neste caso, duas
horas devem ser obrigatoriamente pagas pelo empregador.
Total = 144 horas trabalhadas incluindo a redução de duas horas dos dias não cumpridos.
Fórmula do Cálculo:
Passos Aviso prévio cumprido parcialmente - Julho/- Redução de 02 horas (artigo 488 da CLT)
Horas efetivamente trabalhadas: 6 horas (segunda a sexta feita) x 14 dias = 84 horas (horas efetivamente trabalhadas de segunda a
4
sexta feita, do 1° até o dia 20 de julho)
5 Horas reduzidas: 2 horas (artigo 488 da CLT) x 14 dias = 28 horas relativas à redução de jornada. (1° até o dia 20 de julho)
Horas efetivamente trabalhadas (sábado): 2 horas (sábado considerando a redução de duas horas) x 3 sábados = 06 horas
6
efetivamente trabalhadas.
7 Horas reduzidas (sábado): 02 horas (artigo 488 da CLT) x 3 sábados = 6 horas relativas a redução de jornada.
2° passo: Considerando que se trata de um empregado horista, deve ser calculado o DSR sobre os 20 dias de cumprimento do aviso prévio:
21,32 horas de DSR x R$ 20,00 (valor de uma hora de trabalho) = R$ 426,66 (valor do DSR de 20 dias de aviso prévio, mais as horas reduzidas devidas pelos
10 dias de aviso prévio não cumprido).
Fórmula do Cálculo:
5 27 Dias Úteis
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
10 Valor do DSR de Horas Extras de 20 dias trabalhados mais 10 dias não cumpridos: R$ 426,66
25.41 horas de DSR x R$ 20,00 = R$ 508,23 (valor do DSR de 20 dias de aviso prévio).
Fórmula do Cálculo:
5 17 Dias Úteis
10 Valor do DSR de Horas Extras de 20 dias trabalhados mais 10 dias não cumpridos: R$ 426,66
A legislação não traz uma regulamentação expressa acerca do cálculo do DSR, por esse motivo, foram apresentadas duas correntes doutrinárias, devendo
ser aplicado cálculo mais favorável ao empregado ou ainda aquele indicado por instrumento coletivo.
Caso o empregado dê aviso prévio ao empregador, dizendo que que irá cumprir o aviso prévio, e aquele não permita que o colaborador o faça, deverá
indenizar o respectivo período, usando como base o aviso prévio indenizado, conforme artigo 18 da IN SRT n° 015/2010.
11. Férias
Com o advento da Lei n° 13.467/2017, independente da jornada do empregado, ele faz jus a 30 dias de férias.
No caso do empregado horista que possui remuneração variável, deve ser feito média do período seu período aquisitivo, ou seja, o período trabalhado para
que ele tenha direito ao período de descanso, conforme artigo 142, § 1° da CLT.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Considerando que o empregado horista, cujo valor hora de trabalho é de R$ 20,00, vai gozar férias relativo ao período aquisitivo 2019/2020, e que o
empregado foi admitido em abril de 2019, temos a apuração das suas horas trabalhadas em seu período aquisitivo, mais o descanso semanal remunerado
do período:
Mês Dias Úteis/Não Úteis N° de Horas Trabalhadas Remuneração DSR (HRS) DSR (R$)
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
R$ 45.200,00 (valor total de horas trabalhadas) + R$ 8.869,00 (valor do DRS do período aquisitivo) = R$ 54.069,00
R$ 4.505,75 (média do período aquisitivo) / 3 (1/3 constitucional) = R$ 1.501,91 (valor do 1/3 constitucional de férias)
R$ 4.505,75 (média do período aquisitivo) + R$ 1.501,91 (valor do 1/3 constitucional de férias) = R$ 6.007,66.
Fórmula do Cálculo:
Passos Férias
1 Férias
4 R$ 45.200,00 (valor total de horas trabalhadas) + R$ 8.869,00 (valor do DRS do período aquisitivo) = R$ 54.069,00
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Ressalte que sobre esses valores não há tributação de INSS, FGTS e nem Imposto de Renda.
No caso de empregados com remuneração variável, deverá ser feito média, relativo ao mês de janeiro do ano base, ou do mês da admissão, até o mês
anterior ao do pagamento, conforme artigo 3°, § 1°, do Decreto n° 57.155/65.
Por esse motivo, o empregado admitido até o dia 17 de janeiro, dá a ele o direito ao 13° salário integral do ano base.
No caso do empregado horista, que não teve falta no decorrer do ano, e que foi admitido em 02.01.2020, deverá ser feito média do mês de janeiro até o mês
anterior ao do pagamento, conforme artigo 3°, § 1° do Decreto n° 57.155/65.
Vejamos:
Exemplo: Empregado trabalha oito horas de segunda a sexta feira, e quatro horas no sábado, cujo valor da hora é R$ 20,00.
- 1° parcela: O pagamento da primeira parcela do 13° salário pode ser pago entre as competências de fevereiro a novembro. No caso em tela, será pago em
novembro, conforme artigo 3° do Decreto n° 57.155/65, logo, a média deve ser feita do mês de janeiro a outubro (mês anterior ao do pagamento:
MÊS DIAS ÚTEIS/NÃO ÚTEIS N° DE HORAS TRABALHADAS REMUNERAÇÃO DSR (HRS) DSR (R$)
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
1° passo: Média das horas realizadas dos meses de janeiro até o mês de outubro, considerando o descanso semanal remunerado, ou seja, somar e dividir
por dez:
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1.872 horas (soma das horas trabalhadas de janeiro a outubro) / 10 = 187,2 (média aritmética de horas trabalhadas)
2° passo: Dividir o resultado da média por dois, pois o que será pago em novembro é apenas metade do que é devido do 13° salário:
Fórmula do Cálculo:
3 1.872 horas (soma das horas trabalhadas de janeiro a outubro) / 10 = 187,2 (média aritmética de horas trabalhadas)
4 187,2 horas x R$ 20,00 (valor da hora atual do empregado do mês anterior ao do pagamento) = R$ 3.744,00.
- 2° parcela: O pagamento da segunda parcela do 13° salário deve ser pago necessariamente na competência de dezembro, conforme artigo 1° do Decreto n°
57.155/65, logo, a média deve ser feita do mês de janeiro a novembro (mês anterior ao do pagamento):
MÊS DIAS ÚTEIS/NÃO ÚTEIS N° DE HORAS TRABALHADAS REMUNERAÇÃO DSR (HRS) DSR (R$)
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
1° passo: Média das horas realizadas dos meses de janeiro até o mês de novembro, considerando o descanso semanal remunerado, ou seja, somar e dividir
por onze:
2.048 horas (soma das horas trabalhadas de janeiro a outubro) / 11 = 186.18 (média de horas trabalhadas)
37.22 (média de DSR) x R$ 20,00 (valor da hora atual do empregado) = R$ 744, 40.
2° passo: Após a realização das médias, a empresa deverá descontar o que foi pago relativo a primeira parcela.
R$ 4.468,04 (média de janeiro a outubro) - R$ 2.237,44 (valor pago na primeira parcela) = R$ 2.230,06.
Fórmula do Cálculo:
3 2.048 horas (soma das horas trabalhadas de janeiro a outubro) / 11 = 186.18 (média de horas trabalhadas)
Deduzir o que foi pago na primeira parcela: R$ 4.468,04 (média de janeiro a outubro) - R$ 2.237,44 (valor pago na primeira parcela) = R$
8
2.230,06.
- Ajuste: Quando um empregado recebe remuneração variável, irá receber um ajuste relativo as verbas salariais recebidas no mês de dezembro, que deverá
ser pago no dia 10 de janeiro do ano seguinte, conforme artigo 2°, parágrafo único do Decreto n° 57.155/1965.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Considerando que o empregado foi admitido em abril de 2020, não fará jus aos avos de 13° salário relativo às competências de janeiro, fevereiro e março.
Vejamos:
- 1° parcela: O pagamento da primeira parcela do décimo terceiro pode ser pago entre as competências de fevereiro a novembro. No caso em tela, será pago
em novembro, conforme artigo 3° do Decreto n° 57.155/65, logo, a média deve ser feita do mês de abril (mês da admissão) a outubro (mês anterior ao do
pagamento):
MÊS DIAS ÚTEIS/NÃO ÚTEIS N° DE HORAS TRABALHADAS REMUNERAÇÃO DSR (HRS) DSR (R$)
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
1° Passo: A empresa deverá fazer média do mês de abril até o mês anterior ao do pagamento. Feito isto, deverá dividir por 12, para apuração do valor de um
avo de 13° salário e por fim, multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito, que no caso, serão oito avos.
Média do mês de abril até o mês anterior ao do pagamento: 1.308 (horas trabalhadas) / 7 (abril a outubro) = 186,85 (média aritmética de horas trabalhadas)
2° Passo: Dividir por 12 para verificar quanto vale um avo das horas desse empregado:
186,86 / 12 (avos) = 15.57 (um avo de 13° salário) (necessária conversão para hora relógio)
3° Passo: Multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito: 15.57 x 8 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a novembro)
= 124.57 horas
262.80 (horas de DSR) / 7 (meses - abril a outubro) = 37.54 (média aritmética de DSR).
Dividir por 12 para verificar quanto vale um avo das horas de DSR desse empregado: 37.54 (média aritmética de DSR) / 12 avos = 3.12 (um avo de DSR)
3.12 (um avo de DSR) x 8 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a novembro) = 25.02 horas de DSR.
25.02 x R$ 20,00 (valor de uma hora normal do empregado) = R$ 500,57 (Reflexo de DSR sobre o 13° salário).
Total: R$ 2.491,42 (oito avos de 13°) + R$ 500,57 (Reflexo de DSR sobre o 13° salário) = R$ 2.991,99 (total de 08/12 avos de 13° salário)
R$ 2.991,99 (total de 08/12 avos de 13°) / 2 (1° parcela) = R$ 1.495,99 (valor a ser pago relativo à primeira parcela de 13° salário).
Passos Fórmula do Cálculo: Décimo Terceiro /Empregados Admitidos após 17 de janeiro 1ª Parcela
3 1.308 (horas trabalhadas) / 7 (abril a outubro) = 186,85 (média aritmética de horas trabalhadas)
4 Dividir por 12 para verificar quando vale um avo das horas desse empregado
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
6 Multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito de décimo terceiro.
7 15.57 x 8 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a novembro) = 124.57 horas
13 262,80 (horas de DSR) / 7 (meses - abril a outubro) = 37.54 (média aritmética de DSR)
14 Dividir por 12 para verificar quando vale um avo das horas desse empregado
16 Multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito de décimo terceiro.
17 3,12 (um avo de DSR) x 8 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a novembro) = 25,02 horas de DSR.
19 25,02 x R$ 20,00 (valor de uma hora normal do empregado) = R$ 500,57 (Reflexo de DSR sobre o 13° salário).
- 2° parcela: O pagamento da segunda parcela do 13° pode ser pago necessariamente em dezembro, conforme artigo 1° do Decreto n° 57.155/65, logo, a
média deve ser feita do mês de abril (mês da admissão) a novembro (mês anterior ao do pagamento):
MÊS DIAS ÚTEIS/NÃO ÚTEIS N° DE HORAS TRABALHADAS REMUNERAÇÃO DSR (HRS) DSR (R$)
Nota ECONET: Na coluna “DSR (HRS)”, os valores estão em centésimos de horas. Para a conversão em minutos relógio, é necessário que o resultado após a
vírgula seja multiplicado por 60.
1° passo: A empresa deverá fazer média do mês de abril até o mês anterior ao do pagamento.
Média o mês de abril até o mês anterior ao do pagamento: 1.494 (horas trabalhadas) / 8 (abril a novembro) = 186.75 (média aritmética de horas trabalhadas)
2° Passo: Feito isto, deverá dividir por 12, para apuração do valor de um avo de 13° salário:
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
186,75 (média aritmética de horas trabalhadas) / 12 meses: 15,56 horas (01 avo)
3° Passo: Multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito, no caso em tela, oito avos:
15.56 horas x 9 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a dezembro) = 140.06 horas
4° Passo: Multiplicar o cálculo dos avos pelo valor da hora relativa à Dezembro:
309,3 (horas de DSR) / 8 (meses - abril a novembro) = 38,66 (média aritmética de DSR) (necessária conversão para hora relógio)
6° Passo: Dividir por 12 para verificar quanto vale um avo das horas de DSR desse empregado:
7° Passo: Multiplicar o avo encontrado pela quantidade de avos que o empregado tem direito:
3.22 (um avo de DSR) x 9 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a dezembro) = 28.99 horas de DSR.
8° Passo: Multiplicar os avos de direito do empregado pelo valo da hora do empregado em Dezembro:
28.99 horas de DSR x R$ 20,00 (valor de uma hora normal do empregado) = R$ 579,99 (Reflexo de DSR sobre o 13° salário).
Total: R$ 2.801,25 (nove avos de 13° salário) + R$ 579,99 (Reflexo de DSR sobre o décimo terceiro) = R$ 3.381,18 (total de 09/12 avos de 13° salário)
R$ 3.381,18 (total de 09/12 avos de 13° salário) - R$ 1.495,99 (valor pago na primeira parcela) = R$ 1.885,19 (valor a ser pago relativo a segunda parcela do
13° salário).
Fórmula do Cálculo:
Média o mês de abril até o mês anterior ao do pagamento: 1.494 (horas trabalhadas) / 8 (abril a novembro) = 186,75 (média aritmética
3
de horas trabalhadas)
4 Feito isto, deverá dividir por 12, para apuração do valor de um avo de décimo terceiro
5 186.75 (média aritmética de horas trabalhadas) / 12 meses: 15,56 horas (01 avo)
6 Multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito, no caso em tela, oito avos:
7 15,56 horas x 9 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a dezembro): 140,06 horas
14 Dividir por 12 para verificar quando vale um avo das horas desse empregado
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
16 Multiplicar pela quantidade de avos que o empregado tem direito de décimo terceiro.
17 3.22 (um avo de DSR) x 9 (quantidade de avos que o empregado em de direito - abril a dezembro) = 28.99 horas de DSR.
19 28.99 horas de DSR x R$ 20,00 (valor de uma hora normal do empregado) = R$ 579,99 (Reflexo de DSR sobre o décimo terceiro).
Total: R$ 2.801,25 (nove avos de 13° salário) + R$ 579,99 (Reflexo de DSR sobre o 13° salário) = R$ 3.381,18 (total de 09/12 avos de 13°
20
salário)
R$ 3.381,18 (total de 09/12 avos de 13° salário) - R$ 1.495,99 (valor pago na primeira parcela) = R$ 1.885,19 (valor a ser pago relativo a
22
segunda parcela do 13° salário).
Os cálculos apresentados não estão tributados nem por INSS, nem por FGTS e nem por Imposto de Renda.
Com relação ao aviso prévio trabalhado, por caracterizar-se como saldo de salário, haverá incidência normalmente de INSS.
Com o advento da Emenda Constitucional n° 103/2019, passou a ser aplicada a tabela progressiva do recolhimento de INSS: (cabe citar que o cálculo é
progressivo para chegar à alíquota efetiva).
Vale observar que, para os exemplos a seguir, serão considerados os dados e valores relativos a 2021.
Exemplo:
O aviso prévio a ser pago neste exemplo seria de R$ 1.920,00, considerando o aviso prévio mais o reflexo de DSR sobre esse período.
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Como facilitador de cálculo, segue ferramenta Calculadora Previdenciária, desenvolvida pela Econet:
Vale ressaltar que, quaisquer verbas sujeitas a tributação de INSS, para segurados empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos, seguirão
essa fórmula de cálculo.
Abaixo, segue Tabela de Incidências para facilitar a identificação das verbas que sofrem ou não tributação de INSS:
Tabelas de Incidências
14. FGTS
No que tange o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, independentemente se o aviso prévio ou 13° salário são trabalhados ou indenizados, será devido o
recolhimento do FGTS, conforme artigo 15 da Lei n° 8.036/90, cuja base de cálculo é a mesma aplicada ao INSS.
Contudo, no que tange as férias, só haverá incidência de FGTS em caso de férias gozadas, conforme artigo 15 da Lei n° 8.036/90, não havendo essa
tributação em caso de férias indenizadas e férias em dobro.
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