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A Lei 13.

467/2017, também conhecida como Reforma Trabalhista, alterou mais de uma


centena de itens da CLT e trouxe várias mudanças que afetam o dia a dia entre empregado
e empregador - outras que abrangem as relações sindicais, além de outras que envolvem
questões judiciais decorrentes de reclamatórias trabalhistas.

Em vigor desde 2017, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) mudou as regras relativas
a remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho, entre outras. A norma foi aprovada
para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as relações entre trabalhadores e
empregadores.

Foram mais de 200 dispositivos que foram alterados na Consolidação das Leis do Trabalho
– CLT pela lei 13.467/17 e ainda com novidades. A principal e mais comentada foram as
novas modalidades de regime de contratação: Trabalho Intermitente e o Teletrabalho, ou
home office.

PERICULOSIDADE:

LEI No 2.573, DE 15 DE AGOSTO DE 1955.

Art. 1º Os trabalhadores que exercerem suas atividades em contato permanente com


inflamáveis, em condições de periculosidade, terão direito a uma remuneração adicional de
30% (trinta por cento) sobre os salários que perceberem.

Art. 193, § 1º da CLT: “O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado


um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa”.

Podemos citar como atividades e operações perigosas o manuseio, transporte e fabricação


de explosivos, inflamáveis, exposição a raios ionizantes ou substâncias radioativas,
exposição à energia elétrica e exposição a roubos ou violência física, como segurança
pessoal e patrimonial.

As atividades que recebem adicional de periculosidade incluem aquelas que envolvem


contato com explosivos, inflamáveis, eletricidade, radiações ionizantes, substâncias
radioativas, transporte de valores, entre outras que oferecem risco iminente à vida do
trabalhador.

ADICIONAL NOTURNO

Além disso, o trabalhador intermitente possui os mesmos direitos trabalhistas garantidos


aos demais empregados, como férias proporcionais, 13º salário proporcional, descanso
semanal remunerado e demais adicionais legais, como adicional noturno e de
periculosidade, quando aplicáveis.

Quanto é o adicional noturno intermitente fica assim, o empregador deve remunerá-la em


50% a mais sobre o valor/hora usual para dias úteis. O acréscimo sobre para 100% em dias
de DSR. O adicional noturno, por sua vez, é o acréscimo de 20% ao valor/hora trabalhado
entre as 22:00 e as 05:00.

HORA EXTRA

As horas extras no trabalho intermitente são apuradas de acordo com a média do valor da
hora de trabalho, considerando todas as remunerações recebidas pelo empregado no
período de um mês. O valor das horas extras, nesse caso, corresponde ao valor da hora
normal de trabalho com um acréscimo de, no mínimo, 50%.

Horas extras no trabalho intermitente

As horas extras no trabalho intermitente são todos os horários de atividade que excedem as
8 horas diárias ou 44 semanais de atividade. Seu exercício e remuneração são direitos do
profissional intermitente, conforme previsto pela Lei 13.467/2017 como um dos
componentes salariais.

Ou seja, sempre que o colaborador intermitente trabalhar mais que 8 horas em um único dia
ou mais que 44 horas em uma única semana, os horários de atividade excedentes são
considerados hora extra.

O contratante se responsabiliza pelo registro e pagamento das horas extras. Para dias úteis
normais, o acréscimo é de, pelo menos, 50% sobre o valor/hora. Já para horas extras
exercidas em datas de feriado ou DSR do colaborador, o adicional é de 100% — o dobro.

Em 2023, com o valor/hora mínimo nacional sendo R$10,00 a hora extra no trabalho
intermitente é de, no mínimo, R$20,00 para dias úteis comuns e R$16,00 para feriados e
dias de DSR.

Vale ressaltar que os limites para horas extras no trabalho intermitente são 2 horas diárias.

Pagamento

O empregador paga as horas extras ao final de cada convocação, sendo um dos encargos
que incidem sobre o salário do trabalhador intermitente. A Lei 13.467 determina:

§6 Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento


imediato das seguintes parcelas:

I — remuneração;

II — férias proporcionais com acréscimo de um terço;

III — décimo terceiro salário proporcional;

IV — repouso semanal remunerado;

V — adicionais legais.

O valor referente às horas extras e a quantidade exercida deve constar no recibo de


pagamento do profissional intermitente, emitido pelo contratante em 2 vias e assinado por
ambas as partes.

As horas extras no trabalho intermitente ocorrem sempre que o colaborador exceder o limite
legal de 8 horas diárias. O contratante se responsabiliza pelo registro e remuneração do
período, que deve ocorrer com adicional sobre o valor/hora de, pelo menos, 50% para dias
úteis comuns e 100% para datas de feriado e DSR.

O trabalho intermitente, regulamentado pela Lei 13.467 e pela Portaria 671, confere uma
série de direitos trabalhistas aos profissionais que atuam na modalidade. Ainda que o
modelo tenha suas particularidades e regras bem definidas, em alguns pontos legais
equiparam-se os colaboradores intermitentes aos mensalistas.
Um dos casos diz respeito às horas extras no trabalho intermitente. Contemplada pela
legislação como um dos direitos do profissional intermitente, os textos legais não
determinam muito além de sua validade para a modalidade e sua remuneração ao fim de
cada convocação. Por isso, utilizam-se regras válidas para os demais trabalhadores
brasileiros presentes na CLT.

Quer saber tudo sobre as horas extras no trabalho intermitente? Não se preocupe, o Hora
do Lar te ajuda com todos os detalhes. Continue conosco até o final e boa leitura.

Jornada de trabalho intermitente

A jornada de trabalho intermitente varia conforme a demanda do contratante, que pode


convocar o colaborador pela quantidade de dias e horas necessárias para realização das
tarefas. Tanto a Lei 13.467/2017 e a Portaria n° 671/2021 não determinam como deve ser a
jornada intermitente, mas reconhecem sua adequação aos limites legais propostos pela
CLT.

Portanto, em outras palavras, existem limites legais para a atividade do profissional


intermitente, sendo 8 horas diárias e 44 semanais. Além disso, caso a convocação seja por
um período superior a 6 dias, o contratante deve se atentar ao descanso semanal
remunerado, direito do colaborador.

Então, ainda que não haja um mínimo legal estipulado para a jornada intermitente, a
empresa deve se atentar aos limites de atuação. Além das 8 horas diárias, a legislação
prevê a possibilidade de exercício de até 2 horas extras diárias, devidamente registradas e
remuneradas pelo contratante.

Exemplo de cálculo

Para calcular o valor das horas extras no trabalho intermitente, o empregador precisa saber
o valor exato da hora de trabalho comum, fixa e registrada no contrato. Vamos a um
exemplo prático:

1. Descubra o valor/hora comum. No caso de o intermitente receber R$2.500 por mês


e trabalhar por um período de 15 dias por oito horas, o seu valor hora é de
aproximadamente R$ 20,80, pois o cálculo fica: R$2.500/(15X8).
2. Com o valor/hora comum em mãos, e considerando o acréscimo de 50% estipulado
por lei, o próximo cálculo do exemplo é: 0,5 (50%) de 20,8 = R$10,40.
3. Sendo assim, o valor da hora com acréscimo, que caracteriza a hora extra, é a soma
de R$20,80 + R$ 10,40 resultante em R$31,20.

Desse modo, se o trabalhador fizer 8 das suas 120 horas mensais em um dia e precisar
trabalhar por mais uma hora, por exemplo, o valor do pagamento daquele dia será de
R$197,60, calculado do seguinte modo:

R$166,40 (valor pelas 8 horas comuns) + R$31,20 (valor da hora extra)= R$197,60.

Controle de horas extras no trabalho intermitente

A gestão de ponto do profissional intermitente é fundamental para a relação trabalhista.


Além de previsão legal, a ação auxilia o contratante na remuneração correta das horas
extras e noturnas, evitando o pagamento inadequado que traz problemas com a justiça.
Legalmente, o controle de ponto é obrigatório para companhias que contam com mais de 20
funcionários. Ademais, a legislação prevê 3 maneiras para realizar-se o controle de ponto
do profissional:

● Manual: a empresa disponibiliza uma folha ou planilha de ponto para o colaborador


registrar seus horários de trabalho à mão;
● Mecânico: no local de trabalho existe uma máquina que anota o ponto do
trabalhador mediante inserção de um cartão próprio;
● Eletrônico: realiza-se o registro por meio de um software que armazena as
informações em nuvem. Além disso, o reconhecimento do colaborador pode ser por
fatores biométricos, como reconhecimento facial ou impressão digital, ou por códigos
e chaves de acesso.

CONTROLE DE PONTO:

Gestão de trabalhadores intermitentes

Contar com uma ajuda especializada em trabalho intermitente para a gestão de seus
profissionais deixa toda a sua rotina mais prática. Afinal, com tantos detalhes e regras
referentes à modalidade, é comum que os contratantes sintam dificuldades em alguns
processos.

Então, conheça o TIO Digital, a plataforma completa e inteligente que te auxilia em todos os
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