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proibida a distribuição sem autorização

Caro leitor, é com muita alegria que preparamos para você esse
material, produzido com todo zelo e cuidado para que sirva como
instrumento de transformação em sua vida e por meio do qual você possa
crescer profissionalmente adquirindo conhecimentos sedimentados nas
melhores práticas profissionais.

O início de nossos estudos no desenvolvimento de cálculos


trabalhistas era bastante penoso pela ausência de plataformas consistentes
e unificadas de desenvolvimento de memoriais de liquidação de cálculos
trabalhistas.

O surgimento do Pjecalc veio como um divisor de águas nessa


matéria transformando tarefas repetitivas e cansativas em procedimentos
automáticos e precisos. Delegou-se, com essa plataforma, ao contador
judicial e aos advogados a tarefa de verdadeiros arquitetos dos cálculos
trabalhistas. Assim, a missão de pensar os cálculos tornou-se mais nobre
com o Pjecalc.

Além disso, reconheceu-se a primordial importância do Advogado


nessa árdua tarefa de transformar direitos trabalhistas em valores
monetários. A partir da disponibilização do Pjecalc cidadão as partes foram
colocadas em pé de igualdade em relação à matéria cálculos trabalhistas de
maneira que as tecnologias disponíveis até então somente para os
servidores ganharam um espectro comunitário.

Pensando nessa nova perspectiva, este curso foi elaborado tendo


como suporte quase duas décadas de estudos e desenvolvimento de
treinamentos presenciais no âmbito da Justiça do Trabalho do Rio Grande do
Norte.

Depois de adquirirmos um considerável know-how na área,


partimos para sonhos mais arrojados por meio da criação de um portal na
plataforma Youtube que, no início, não tinha maiores pretensões, mas que
com o passar dos anos se tornou um dos mais importantes instrumentos de
dissipação do conhecimento técnico e, por meio do qual, buscamos
colaborar com os advogados, servidores, peritos e as partes no sentido de
democratizar técnicas ótimas na criação de memoriais de cálculos
trabalhistas.

Seja bem vindo!

Tentaremos neste material mergulhar de maneira simples mas


consistente no mundo dos cálculos trabalhistas e você é nosso convidado
especial.

Mergulhemos no mundo dos cálculos!!

Prof.Vicelmo Alencar
Verificar base de cálculo das verbas
rescisórias

A base de cálculo das verbas rescisórias é um importante componente


dos cálculos trabalhistas e a configuração correta desse item pode ser
crucial no resultado final do cálculo.
Um estudo mais aprofundado do recibo de pagamento do empregado
pode ser de grande valia de maneira que possam ser identificados
vícios ou verbas que são pagas por costume mas que devem fazer
parte da base de cálculo das verbas rescisórias, como uma
gratificação, por exemplo.
É possível otimizar o valor dos cálculos consideravelmente
observando-se essas regras, visto que tais valores fazem parte da
base de cálculo de diversas rubricas como aviso prévio, férias
proporcionais, multa do art. 477, etc.
E lembre-se, no caso de empregado comissionista, o valor das
comissões deve ser corrigido monetariamente para em seguida
obter-se a média para efeito de cálculo de férias, 13º salário e verbas
rescisórias.

Gorjetas na base de cálculo


As gorjetas, não servem de base de cálculo para as parcelas de
aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal
remunerado.

Base de cálculo dos honorários


Os honorários advocatícios, arbitrados nos termos do art. 11, § 1º, da
Lei nº 1.060, de 05.02.1950, devem incidir sobre o valor líquido da
condenação, apurado na fase de liquidação de sentença, sem a
dedução dos descontos fiscais e previdenciários.

Verificar a prescrição quinquenal e bienal


O esquecimento do calculista na hora de configurar um cálculo
trabalhista no que diz respeito à prescrição tanto quinquenal quanto
bienal pode gerar prejuízos consideráveis às partes, razão pela qual
esse tema merece todo cuidado na hora de organização dos cálculos
no sistema Pjecalc. Destaque-se nessa seara a prescrição das férias
não usufruídas, isto é, indenizadas, visto que tal verba tem regras
especiais estabelecidas no art. 134 da CLT. Essa marcação específica
é objeto de estudo no curso Pjecalcplus.

Conferir a (des)marcação da opção de


projeção do aviso prévio
Apesar de essa opção ser marcada por padrão, no Pjecalc, esse
quesito deve ser observado com cuidado pelo calculista pois pode
gerar erros que prejudicam de forma considerável os cálculos. Além
disso, quando o empregado pede demissão ou não tem direito ao aviso
prévio o calculista deve ficar atento para desmarcar essa opção. Esse
alerta atinge principalmente o advogado ou calculista que defende
interesses do reclamado.

Lançar as faltas do empregado


A correta configuração das ausências do empregado ao trabalho, tanto
justificadas quanto aquelas sem justificativa, tem reflexos direto no
valor final do cálculo, sobretudo no cálculo das verbas que dependem
da jornada de trabalho.

Horas extras noturnas


O empregado rural e o petroleiro não têm direito a horas extras
noturnas reduzidas. O trabalho noturno dos empregados nas atividades
de exploração, perfuração, produção e refinação do petróleo,
industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de
petróleo e seus derivados, por meio de dutos, é regulado pela Lei nº
5.811, de 11.10.1972, não se lhe aplicando a hora reduzida de 52
minutos e 30 segundos prevista no art. 73, § 1º, da CLT. Esse é o
entendimento da Súmula 112 do TST.

Base de cálculo das horas extras noturnas


O adicional noturno não deve compor a base de cálculo das horas
extras diurnas devendo compor apenas a base de cálculo das horas
extras noturnas (OJ 97).

Gratificação semestral e base de cálculo


A gratificação semestral não repercute no cálculo das: horas extras,
das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute,
contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na
gratificação natalina. Súmula 253 do TST

Informar se os períodos de férias foram


usufruídos ou serão indenizados
Quando as férias são usufruídas durante o contrato de trabalho a
configuração correta dessa parte pode influir diretamente no resultado
final do cálculo. Por exemplo, quando há pagamento de diferença
salarial pode ser necessário fazer alterações no multiplicador dos
reflexos da diferença salarial nas férias.

Verificar se na prescrição das férias


observou-se o prazo do art. 134 da CLT
A contagem dos períodos de férias, quando parte do período
trabalhado é alcançado pela prescrição merece um cuidado especial
por parte do advogado, sobretudo, na petição inicial, no momento de
elencar quantos períodos de férias, em dobro, simples e proporcional,
faz jus o reclamante.

Analisar se compensa aplicar a contribuição


social sobre os salários pagos
Quando o calculista informa no Pjecalc, na parte de histórico salarial,
que há contribuição previdenciária sobre salários pagos mas que estes
valores já foram pagos, essa informação pode gerar uma alteração no
valor final que pode chegar até 10% do cálculo, visto que essa
configuração altera também a base de cálculo dos juros de mora. Por
isso, todo cuidado é pouco nessa seara.

Observar a aplicabilidade da não incidência da


prescrição do 13º salário no ano mais antigo
do contrato de trabalho
Caso o empregado tenha trabalhado mais do que cinco anos a contar
regressivamente da data do ajuizamento, o advogado do reclamante
tem a opção de postular que no ano mais antigo e atingido
parcialmente pela prescrição haja a incidência do ano integralmente
para fins de décimo terceiro, haja vista que a prescrição não atinge o
trabalho realizado durante o ano, lembrando que esse é um
entendimento doutrinário. No PjecalcPlus falamos mais sobre isso.

Se houver cálculo de horas extras de


empregado comissionista atentar para o
multiplicador correto.
Deve-se lembrar o calculista que o empregado comissionista puro deve
receber apenas o adicional de horas extras, isto é, não recebe a hora
extra “cheia” como o empregado mensalista. Esse entendimento está
esposado na Súmula 340 do TST. Atente-se ainda que o divisor não é
220 como no caso empregado urbano e sim a quantidade de horas
trabalhadas.

Se tiver cálculo de adicional de insalubridade


atentar para a base de cálculo (salário mínimo)
Não é raro encontrarmos cálculos com adicional de insalubridade
calculado sobre o salário base do empregado, o que está em
desacordo com a jurisprudência dominante sobre o assunto.

Se houver diferença salarial atentar para os


reflexos sobre as férias no caso destas terem
sido usufruídas
Caso as férias tenham sido usufruídas e tenham sido calculadas as
diferenças salariais em todos os meses incluindo os meses de férias,
os reflexos das diferenças sobre as férias deve ser calculado somente
com o terço constitucional, isto é, com o multiplicador 0,333.

Atentar para aplicação do FGTS sobre as


férias usufruídas
Importante destacar também que o calculista deve ficar atento ao fato
de que há incidência do FGTS sobre o valor da remuneração de férias
quando estas são usufruídas.
Atentar para aplicação do FGTS sobre os
reflexos das horas extras no 13º salário
Apesar de soar estranho, há incidência de FGTS sobre o décimo
terceiro quando esta verba é reflexo de horas extras. São os reflexos
dos reflexos. Fique atento!!

Prestar atenção na base de cálculo da multa


do art. 477
A base de cálculo da multa do art. 477 deve ser o salário base do
empregado acrescido das verbas recebidas com habitualidade não se
inserindo nesse contexto as verbas variáveis, como horas extras, por
exemplo, mas recomendo o estudo da jurisprudência sobre o assunto.

Atentar para a incidência das horas extras


habituais sobre Seguro Desemprego
A base de cálculo do Seguro desemprego é a média da remuneração
do empregado, desse modo, nessa base de cálculo devem incidir as
horas extras, podendo o reclamante requerer o pagamento dos reflexos
se as horas extras forem deferidas posteriormente em um processo
judicial.

Atentar para a incidência das horas extras


sobre PLR
Se houver determinação em convenção coletiva que a base de cálculo
da PLR é formada também por horas extras, o calculista deverá
calcular os reflexos de tais verbas.

Atentar para a não aplicação da OJ 394


A interpretação segundo a qual não se aplica o verbete acima é no
sentido de que primeiro somam-se as horas extras com o RSR e
depois o valor dessas duas verbas refletem nas demais verbas como
aviso prévio, férias e 13º salário, além do FGTS. Mais detalhes em
nosso curso Pjecalcplus.com.br .
Atentar para a aplicação do entendimento do
STF na ADC 58 sobretudo depois da decisão
proferida no final de 2020.
Segundo esse entendimento, para sentenças que já transitaram em
julgado mas não houve especificação de qual índice deveria ser
aplicado ou para as sentenças que não transitaram em julgado na data
da publicação da referida decisão, deve-se aplicar:
- Fase pré-judicial ou extrajudicial (antes da citação do reclamado):
- correção monetária: IPCA-e
- Juros de mora: TRD, por força do art. 39, caput da Lei
8.177/91
- Fase judicial (após a citação do reclamado): somente a taxa
Selic.

Para as situações em que já houve o pagamento utilizando-se critérios


como aplicação da TR e IPCA-e, ou ainda para os casos em que já
houve o trânsito em julgado e a sentença aplicou TR ou Ipca-e, não
haverá qualquer alteração.

Juros de Mora da Fazenda Pública


Quando se tratar de processos ajuizados em face de reclamadas com
prerrogativas da Fazenda Pública como os Correios, deve-se atentar
para a marcação correta do sistema nesse sentido, não se aplicando
as regras acima e sim o Ipca-e acrescido dos juros correspondentes à
Caderneta de Poupança.

Horas extras não habituais


Por último, lembre-se: horas extras só geram reflexos em verbas
rescisórias se forem habituais.

No nosso curso nós explicamos cada uma dessas situações além de


muitas outras configurações que alteram o valor final do cálculo.
pjecalcplus.com.br
ensinoplus.com

Inscreva-se já!
Inscrições abertas e vagas limitadas.
Bons estudos!!!

julho de 2021

Prof.Vicelmo Alencar

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