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C

​ URSO DE​-
FORMAÇÃO DE
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Professora Maysa Infante

O conteúdo abordado na apostila é de inteira responsabilidade do professor, não


se responsabilizando o CURSO BETA, pelo mesmo. Este treinamento foi licenciado
somente para apresentação através do CURSO BETA.

Fica terminantemente proibida toda e qualquer forma de utilização deste material


como a reprodução total ou parcial de cópias, edição, demonstração,; a exibição
pública, difusão ou transmissão de qualquer forma existente ou que venha a
surgir, ficando o infrator sujeito às penalidades da Lei.

1
LIQUIDAÇÃO
DE SENTENÇA

2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Direito do Trabalho é uma das poucas áreas jurídicas a ter tamanha ligação
com as questões de cálculos. Verifica-se a quantidade de vezes que palavras
como divisor, reflexos, adicional, integrações , cálculos de horas extras, termos
estes ligados à matemática pura, aparecem nas questões ligadas à área
trabalhista.

É bem verdade que, a matemática não é sempre bem vista e estudada nos
meios jurídicos, mas existem maneiras de torná-la uma preciosa e acessível
ferramenta, sem a necessidade de buscar, sempre que preciso, um calculista
para elaborar a parte que ‘não caberia’ ao especialista da área de direito. E os
acordos? Como raciocinar de forma rápida no momento de um acordo
repentino?

Sim, é possível aprender a calcular , com conceitos primitivos que todos


guardaram, de alguma forma, em algum compartimento da memória e que
nesta aula serão abordados num formato mais atraente.

Basta pensar que, Liquidar uma Sentença, significa ​transformar palavras em


números. ​Ao ler as determinações de uma sentença, a cada item deferido, existe
um número, uma fórmula equivalente. Neste momento, a sentença trabalhista
se entrelaça à matemática e torna-se possível apurar o valor devido.

Desta forma, o trabalho será de matemática pura, das quatro operações,


bastando para isto, uma calculadora simples. Entretanto, existe a possibilidade
de utilização dos sistemas como Excel, Juriscalc e, atualmente, Pje Calc, em um
segundo momento.

Desmistificar a matemática é o grande desafio!!!!!!

3
ÍNDICE

Horas extras/exercícios ...............................................pg 04 a 11


Repouso Semanal Remunerado/exercícios............... pg 12 a 15
Intervalos/exercícios.....................................................pg 15 a 17
Hora Noturna e Adicional/Exercícios...........................pg 17 a 19
Salário/Comissões/Exemplo.........................................pg 19 a 20
Proporcionalidade......................................................... pg 21 a 24
Adicionais.......................................................................pg 25 a 26
Integrações horas extras e adicionais.........................pg 26 a 29
Outras Verbas Trabalhistas...........................................pg 30 a 31

4
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 3

OBJETIVOS 6

I - INTRODUÇÃO 7

HORAS EXTRAS - CLT art 58, 59,61, 64 e 65 e CF art 7º 8

2. MÉTODO – 5 PASSOS 12
EXERCÍCIO MODELO 1: 12

TABELA 1: utilizando diretamente a fórmula acima: 16

EXERCÍCIOS: NO SISTEMA EXCEL 17

MÉTODOS DE CÁLCULO: 22
CONTROVÉRSIA!!!!!!!!!!!!!!!!!! 23
TABELA 2: 23
EXERCÍCIOS: apurar RSR 1 e RSR2 nos exercícios 1, 2 e 24
Dados complementares na ficha de Empregado: 25
Art. 72. 29
6. ADICIONAL NOTURNO CLT ART 73 e Súmula 60TST 30
Análise: 31
EXERCÍCIOS 32
7. SALÁRIOS/COMISSÕES 36
SÚMULA 340 TST – NOVA REDAÇÃO 38
Gorjetas 39
9. PROPORCIONALIDADE 41
13º SALÁRIO – ART 7º CF 42
JORNADA NORMALCONTRATUAL: 45
10. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE 48
CLT ART 189/197 48
INSALUBRIDADE: 48
PERICULOSIDADE: 50
FÓRMULA PARA APURAÇÃO DA MÉDIA DE HE: 53
JORNADA DE TRABALHO EXTRA 56
PEDIDOS DO RECLAMANTE: 57
12. VALE TRANSPORTE 58
13. INDENIZAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO: 59
14. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS 60
Lei 8036/90 60
15. COTA PREVIDENCIARIA 60
16. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 60
17. JUROS 61

5
OBJETIVOS

Calcular horas extras através do MÉTODO DOS 5 PASSOS​, que consiste em cinco
passos, que serão apresentados através de situação real de reclamação
trabalhista, permitindo que já ao final da primeira aula, o aluno seja capaz de
apurar horas extras.

6
I - INTRODUÇÃO
Superado o processo de conhecimento e com o trânsito em julgado da
sentença, o devedor é citado para pagar o ​quantum ​apurado na liquidação de
sentença e, assim, inicia-se o PROCESSO DE EXECUÇÃO.

Este período entre o TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA e o início do


PROCESSO DE EXECUÇÃO é a fase de LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA: o valor
devido é determinado e os cálculos homologados para imediata execução.

A LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA É A UNIÃO (PONTE) ENTRE A SENTENÇA E A


EXECUÇÃO.

- Sentença Líquida​: fixa o ​quantum ​devido – sentença e cálculos transitam


em julgado simultaneamente – método amplamente utilizado na Justiça do
Trabalho através do sistema P​ JE CALC​.
-
VAMOS FALAR SOBRE A SENTENÇA LÍQUIDA ?????

- Sentença Ilíquida: ​não fixa o valor do crédito – fornece os parâmetros


básicos para a conta de liquidação, podendo ser por cálculos, arbitramento ou
por artigos. (art 879 CLT)

• INDEPENDENTE DA FORMA QUE SE APRESENTE A SENTENÇA, A


CORRETA LIQUIDAÇÃO DEPENDE DA EXATA INTERPRETAÇÃO DO CONTEÚDO
DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. DEVE-SE OBSERVAR QUE NÃO SE PODE
ALTERAR A SENTENÇA, NÃO PODENDO A LIQUIDAÇÃO IR ALÉM NEM AQUÉM
DO QUE A SENTENÇA CONCEDEU.

7
1. HORAS EXTRAS - CLT art 58, 59,61, 64 e 65 e CF art 7º

• O cálculo trabalhista gira em torno da apuração de horas extras por ser o


pedido mais comum nas ações.

• O termo JORNADA significa o período trabalhado em um dia...não há


Jornada Semanal!!!!!!!!!!!!!!!!

• Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em


qualquer atividade privada, não excederá de 8 horas diárias, desde que não seja
fixado expressamente outro limite. (normalmente 8 horas/dia de segunda a
sexta e 4 horas/sábado)

§ 2º​ O
​ tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por
qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

Art. 58​-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração
não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas
semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares
semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 1o​ O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas
mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de
2001)
§ 2o​ Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita
mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em
instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.164-41, de 2001)
§ 3º​ As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas
com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 4o​ Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser
estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas
suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do
pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas
suplementares semanais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

8
§ 5o​ As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua
execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês
subsequente, caso não sejam compensadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
§ 6o​ É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial
converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 7o​ As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130
desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

• A remuneração de serviço extraordinário é de no mínimo 50% da hora


normal. art .59 CLT – antes da CF/88 era de 25%

• Art. 59.​ A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras,
em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)

§ 1o​ A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento)
superior à da hora normal. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

§ 2o​ Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado
pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

§ 3º​ Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a


compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste
artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

§ 5º​ O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por
acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo
de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

9
§ 6o​ É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

Art. 59​-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às


partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por
trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os
intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Parágrafo único​. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput
deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os
feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o
art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Art. 59​-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às
partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas
ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso
e alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência
encerrada)

10
§ 1º​ A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os
pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em
feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de
trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada)
§ 2º​ É facultado às entidades atuantes no setor de saúde estabelecer, por meio de
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas
de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência
encerrada)
Art. 59​-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às
partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por
trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os
intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Parágrafo único​. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput
deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os
feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o
art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Art. 59​-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de
jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
Parágrafo único​. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017) (Vigência)

• A maioria dos trabalhadores possui carga mensal de 220 horas – antes da


CF era de 240 horas.

• HORAS EXTRAS - QUANTIDADE DE HORAS EXCEDENTES À JORNADA


NORMAL (CONTRATUAL) DE TRABALHO.

NENHUM TRABALHADOR PODE TRABALHAR MAIS DE 8 HORAS POR DIA, A NÃO


SER QUE HAJA ALGUM ACORDO, CONVENÇÃO OU CONTRATO ​POR ESCRITO.
(ver art 58 e 59 CLT)

11
2. MÉTODO – 5 PASSOS

EXERCÍCIO MODELO 1:

• Consideremos um trabalhador, como a seguir:

• Admissão: 01/06/2010

• Demissão: 31/10/2010

• Salário: R$ 800,00/mês

• Contratado para trabalhar de segunda a sexta: das 7:00 às 16:00 com 1


hora de intervalo

• Sábados: das 7:00h às 11:00h

• Entretanto, trabalhava de segunda a sexta: das 7:00h às 18:30h, com 1


hora de intervalo

• Sábados: das 7:00h às 11:00h

• Não trabalhava aos feriados

• Calcular o valor total de horas extras a 50% acima da 8ª hora diária e 44ª
semanal – parte 1

• Calcular a integração das horas extras nas verbas rescisórias: Aviso


Prévio, 13º salário e férias proporcionais + 1/3 – parte 2

• Calcular o valor histórico total da condenação – parte 3

12
1​ º PASSO: Observar a data de admissão e demissão do empregado, evitando
erros em proporcionalidade de dias trabalhados. (os trabalhadores nem
sempre iniciam um pacto de trabalho no 1º dia do mês, nem encerram o pacto
no último dia do mês).

· No momento de apurar o 13º salário, férias + 1/3, médias de horas extras


para integração em verbas rescisórias, esta observação é essencial.

· São inúmeras as impugnações a cálculos, por não observarem a


correta proporcionalidade dos dias trabalhados nos meses de admissão e
demissão.

A
​ ntes de iniciarmos o segundo passo, vamos recordar:

• Não se pode trabalhar misturando as unidades, horas e minutos, por


exemplo:

• 7:20h = 7 horas e vinte minutos

• É necessário converter esses minutos em fração da hora, para que se


possa elaborar os cálculos em uma só unidade. No caso, a hora:

1 HORA 60 MINUTOS

X 20 MINUTOS

Multiplicando em cruz, temos:

60x = 20 logo x= 20/60 x= 0,333....h

Então, 7:20h = 7,33 h

Conclusão: Para transformar minutos em fração da hora, basta dividir

estes minutos por 60

13
2º PASSO: AVALIAR A CARGA CONTRATUAL: TRABALHADOR DE 220H/MÊS,
180H/MÊS, ETC....VERIFICAR DEDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA.

Vejamos:

JORNADA CONTRATUAL: SAÍDA – ENTRADA – INTERVALO

No modelo:

2ª/6ª - 16h(saída) – 7h (entrada) – 1h(intervalo) = 8h/dia x 5 dias = 40 horas


/semana

Sábado – 11(saída) – 7 (entrada) = 4horas

Total semanal do trabalhador = 40h (2ª/6ª) + 4h(sábados) = 44horas

Total mensal = 220 horas

3º PASSO: AVALIAR A CARGA EXTRA (REAL)

COMPARANDO A JORNADA EXTRA COM A CONTRATUAL, da seguinte forma:

SAÍDA – ENTRADA – INTERVALO – JORNADA CONTRATUAL = Nº DE HE

No modelo:

2ª/6ª - 18,5h(saída) – 7h(entrada) -1h (intervalo) – 8h(contratual) =​ 2,5he/dia

Observando que 30 minutos foram convertidos em 0,5 hora, certo?

Sábado = não tem horas extras

14
4º PASSO: VAMOS LIGAR AS HE AO SALÁRIO, como a seguir:

Sabemos que o empregado recebe R$ 800,00 por mês. Vamos escrever da


seguinte forma:

SAIBA MAIS

6 DIAS DE TRABALHO/SEMANA 44 HORAS/SEMANA

30 DIAS DE TRABALHO = 1 MÊS 220 HORAS

Para conferir esta igualdade, basta multiplicar em cruz. O resultado será 1320
nas 2 direções.

Logo, um trabalhador de 44 horas semanais, em 1 mês, será um trabalhador de


220 horas.

Logo:

R$ 800,00/mês = R$ 800,00/220 horas (já que 1 mês = 220 horas) = 800:220 = R$


3,64/hora = salário/hora do empregado

Entretanto, é preciso saber quanto ele ganhava por hora extra, porque
queremos apurar o valor das horas extras. Sabendo que a hora extra é
remunerada com 50% neste caso:

Dica: ao adicionarmos um percentual a um valor, temos:

3,64 + 50% deste valor, equivale a dizer = 3,64 x 1,5 =

15
= R$ 5,46/hora extra

(faça o teste adicionando 50% de 3,64 ao valor de 3,64)

Conclusão:

O reclamante fazia 2,5he/dia e recebia R$ 5,46 por cada he.

5º PASSO: CONTAR OS DIAS EFETIVAMENTE TRABALHADOS

FAZENDO HE, EXCLUINDO FERIADOS E OS DIAS SEM HORAS EXTRAS.

TOTAL DE HE NO MÊS: FÓRMULA

(SAL/H +%) X NºHE/DIA X NºDIAS DE HE/MÊS

TABELA 1: utilizando diretamente a fórmula acima:

Mês /ano Sal/h +50 Nºhe/dia Nº dias Total he/mês

01/06/2010 5,46 2,5 X 21 = 286,65


07/2010 5,46 2,5 X 22 = 300,30
08/2010 5,46 2,5 X 22 = 300,30
09/2010 5,46 2,5 X 21 = 286,65
31/10/2010 5,46 2,5 X 20 273,00
TOTAL - - - R$ 1.446,90

16
EXERCÍCIOS: NO SISTEMA EXCEL

2.a) Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao


Reclamante (acima da diária – método dos 5 passos)
admissão: 01/10/1991
demissão: 30/04/1992

Carga horária mensal: 180 horas


Jornada Contratual: 06 horas de segunda a sábado

Trabalhava efetivamente de segunda a sábado, de 08:00h às 17:00h, com uma


hora de intervalo intrajornada.

7h (saída) – 8h (entrada) – 1h (intervalo) – 6h (contrato) = 2 he/dia

Variação salarial:
Em 10/1991: Cr$ 360.000,00
Em 01/1992: Cr$ 720.000,00
Em 03/1992: Cr$ 900.000,00

Não trabalhava nos feriados:


12/10 02/11 15/11 25/12 01/01 20/01 03/03 17/04 21/04

b) Calcular RSR1 e RSR2

3.Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao


Reclamante (acima da diária – método dos 5 passos)

Admissão: 01/04/1996

Demissão: 10/12/1996

17
Jornada Contratual: 07:20h de segunda a sábado

Jornada Real: segunda a sábado, de 08:00h às 17:00h, com intervalo intrajornada


de 15 minutos

17h (saída) – 8h (entrada) – 0,25h (intervalo) – 7,33 (contrato) = 1,42he/dia

Variação Salarial:

04/1996: R$ 300,00

05/1996: R$ 336,00

Não trabalhava nos feriados: 05/04 01/05 06/06 07/09 12/10 02/11 15/11

Calcular RSR1 e RSR2

4.Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao


Reclamante (acima da diária – método dos 5 passos),
observando os dados da Ficha de Registro do Empregado –
FRE

18
----------------------------------------------------------------------------------------------------------

FICHA DE REGISTRO nº 4.569

EMPRESA: MLM LTDA

END.: Rua das Rosas, 445

NOME EMPREGADO: Paulo Roberto Almeida

Filiação: Cláudio e Maria Almeida

CTPS: 5674 RJ série 032

Estado civil: solteiro Nasc: 25/02/1965 Nac: Brasil

Data de admissão: 14/04/2003

Salário: R$ 3,00/hora

Horário de Trabalho: De segunda a sexta-feira, de 08:00h às 17:00h, com intervalo


intrajornada de uma hora. Sábados, de 08:00h às 12:00h, totalizando 44 horas
semanais.

Forma de Pagamento: Mensal

Ano Mês Valor(R$)

2003 08 6,00/hora

Data da dispensa: 22/11/2003

19
Jornada Extra: de segunda a sexta-feira, de 08:00h às 18:00h, com intervalo de
01:00h

1​ 8h (saída) – 8h (entrada) – 1h (intervalo) – 8h (contrato) = 1he/dia

Sábados: de 08:00h a 12:30h

12,5 (saída) – 8h (entrada) – 4h(contrato) = 0,5 he/sábado

FERIADOS – 18/04 21/04 01/05 19/06 15/11

3. DOMINGOS, FERIADOS E RSR – LEI 605/49 e art. 67 a 70 CLT


Da lei 605/49

​Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de


vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos
limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e
religiosos, de acordo com a tradição local.

Art. 3º O regime desta lei será extensivo àqueles que, sob forma
autônoma, trabalhem agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa
Portuária, ou entidade congênere. A remuneração do repouso
obrigatório, nesse caso, consistirá no acréscimo de um 1/6 (um sexto)
calculado sobre os salários efetivamente percebidos pelo trabalhador e
paga juntamente com os mesmos.

DOS PERÍODOS DE DESCANSO – CLT -

Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24


(vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência
pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o
domingo, no todo ou em parte.

*​MP 905/2019
“​Art. 67​. É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de
vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente aos domingos (NR)

20
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto
aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente
organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre
subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.

Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que,
por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos,
cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruções em que
sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma
transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá
de 60 (sessenta) dias.

*​MP 905/2019

“​Art. 68​. Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados.

§ 1º O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no


mínimo, uma vez no período máximo de quatro semanas para os setores de
comércio e serviços e, no mínimo, uma vez no período máximo de sete
semanas para o setor industrial.

§ 2º Para os estabelecimentos de comércio, será observada a legislação local.”


(NR)

Art. 69 - Na regulamentação do funcionamento de atividades sujeitas ao regime deste


Capítulo, os municípios atenderão aos preceitos nele estabelecidos, e as regras que
venham a fixar não poderão contrariar tais preceitos nem as instruções que, para seu
cumprimento, forem expedidas pelas autoridades competentes em matéria de
trabalho.

Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados
nacionais e feriados religiosos, nos termos da legislação própria.

21
*MP 905/2019

Art. 70​. O trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em dobro,
exceto se o empregador determinar outro dia de folga compensatória.

Parágrafo único. A folga compensatória para o trabalho aos domingos


corresponderá ao repouso semanal remunerado.” (NR)

O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago


em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao RSR. Logo, o percentual é
de 100% - Súmula 146/TST

4.​ R
​ SR – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

Todo empregado tem direito ao RSR, de 24 horas consecutivas, DE PREFERÊNCIA


AOS DOMINGOS, desde que tenha trabalhado toda a semana, cumprindo seu
horário de trabalho.

Logo, é um dia que se recebe como todos os outros, inclusive reflexos, porém não
se trabalha.

MÉTODOS DE CÁLCULO:

1.RSR = ​TOTAL DE HORAS EXTRAS/MÊS

2. RSR = TOTAL DE HE/MÊS X ​dias não úteis (rsr e feriados)

dias úteis

22
CONTROVÉRSIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Verifica-se cristalinamente que onde se fixa a apuração à razão de 1/6 se refere


àqueles trabalhadores que, de forma autônoma, trabalhem agrupados, por
intermédio de Sindicato, Caixa Portuária ou entidade congênere.

Além disso, a adoção da citada fórmula (1/6), por óbvio desconsideraria os dias de
repouso em feriados, provocando uma distorção no correto valor, o que não se
verifica ao apurar-se multiplicando o valor de horas extras pelo número de
domingos e feriados, e dividindo-se pelos dias úteis e sábados

No exercício modelo 1, apurando o reflexo de he no RSR pelo método 1:

TABELA 2:

Mês/ano Total he/mês RSR (he:6) He + RSR


01/06/2010 286,65 47,78 334,43
07/2010 300,30 50,05 350,35
08/2010 300,30 50,05 334,43
09/2010 286,65 47,78 350,35
31/10/2010 273,00 45,49 318,49
TOTAL 1.446,90 241,15 1.688,05

23
EXERCÍCIOS: apurar RSR 1 e RSR2 nos exercícios 1, 2 e

Exercício 5:
Paulo Aguiar ajuizou reclamação trabalhista contra a Empresa Folha e Galho Ltda
requerendo o pagamento das horas extras (50% e 100%) e reflexos das he no RSR.

Sabendo-se que o pedido foi PROCEDENTE, calcular:

1.Horas extras a 50% e a 100%

2.RSR sobre as Horas extras

Jornada trabalhada: (extra)

2ª a 6ª feira: de 08:00 às 20:00h com 1 hora de intervalo

​20h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3he/dia

Sábados: de 08:00h às 12:00h

Feriados: de 08:00 às 19:00h com uma hora de intervalo

19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) = 10he – NÃO HÁ JORNADA CONTRATUAL


PARA FERIADOS

18/04 – 6ªf 21/04 – 2ªf 01/05 – 5ªf 19/06 - 5ªf

24
Dados complementares na ficha de Empregado:

REGISTRO DE EMPREGADOS nº

Firma: -------------------------

End: -------------------------------

Nome do Empregado: Paulo Aguiar foto

Filiação:----------------------------------

CTPS:-------------------------------------- Série:

Estado civil:----------------------------- data nascimento:---------------- Nac:------

PIS:------------------------- FGTS: data de opção: --------------

Data de admissão: 17/março/2003

Salário: R$ 600,00/mês

Horário de trabalho: das 08:00 às 17:00h, com intervalo de 01 hora para refeição e descanso. Aos
sábados das 08:00h às 12:00, num total de 44 horas semanais.

Forma de Pagamento: Mensal

Alterações de Salários Acidentes do Trabalho ou Doenças:

Ano Mês Valor (R$)

2003 05 800,00

Contribuição Sindical: -----------------------------------

25
Férias:

Relativas ao período de:----------------

Gozadas no período de:----------------

Data da dispensa: 30/08/2003

Exercício 6
Alex foi contratado pela empresa Estrela Artes e Produções em 05/04/04
para trabalhar de 2ª à 6ª feira, das 08:00h às 17:00h, com 01:00h de intervalo e,
aos sábados, das 8h às 12h. Seu salário inicial foi de R$ 700,00 e, em novembro de
2004 foi alterado para R$ 900,00.

Foi demitido sem justa causa em 05/01/2005.

Trabalhava, na realidade, de segunda a quinta-feira, de 08:00h às 17:00h,


com 15 minutos de intervalo.

17h(saída) – 8h(entrada) – 0,25h(intervalo) – 8h(contrato) = 0,75he/dia

Sextas

19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 2he/dia

e sábados trabalhava até às 19:00h, com 01:00h de intervalo.

19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 4h(contrato) = 6he/dia

Trabalhava nos feriados, na ​jornada contratual​, exceto quando estes caíam aos
domingos.

FERIADOS – 8 HORAS EXTRAS – DE 2ª A 6ª FEIRA

26
4 HORAS EXTRAS - SÁBADOS

Calcular as horas extras a 50% (módulo diário) e a 100%, bem como a integração
destas no RSR.

Feriados: 09/04 – 6ª feira 21/04 – 4ª feira 01/05 – sábado

10/06 – 5ª feira 07/09 – 3ª feira 12/10 – 3ª feira

02/11 – 3ª feira 15/11 – 2ª feira 25/12 – sábado

01/01 - sábado

5. INTERVALOS: CLT ART 71, 72 E 66


Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze)
horas consecutivas para descanso.

CONCLUÍMOS ENTÃO, QUE O RSR NÃO PODE SER INFERIOR A 35 HORAS (24
HORAS DE RSR + 11 DE INTERVALO)

Art. 71. [reforma trabalhista 2017]


Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual

27
será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em
contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido
por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço
de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e
quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho
prorrogado a horas suplementares.
Nova redação, vigência em 11/11/2017:

§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo,


para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora
normal de trabalho. (​ Redação dada pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017​)

Redação anterior:

§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não


for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento)
sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. ​(Incluído pela Lei nº
8.923, de 27.7.1994)

§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele


estabelecido no § 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o
término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde
que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do

28
serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos
serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte
coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para
descanso menores ao final de cada viagem. ​(Redação dada pela Lei nº 13.103, de
2015)

JORNADA>6 HORAS – INTERVALO OBRIGATÓRIO DE NO MÍNIMO 1 HORA. (ATÉ 2


HORAS, EXCETO POR ACORDO ESCRITO, CONTRATO COLETIVO)

4 HORAS <JORNADA<6 HORAS – INTERVALO OBRIGATÓRIO DE 15

MINUTOS

OS INTERVALOS NÃO SÃO COMPUTADOS NA JORNADA DE TRABALHO.

INTERVALO < 1 HORA – AUTORIZAÇÃO POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO


(DELEGADO DO TRABALHO) – REFEITÓRIO ADEQUADO

INTERVALO NÃO CONCEDIDO – DEVERÁ SER REMUNERADO COM 50% DA


HORA NORMAL – NATUREZA INDENIZATÓRIA

Art. 72.
Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou
cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo

29
corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração
normal de trabalho.

EXERCÍCIOS: Apurar o valor do intervalo Intrajornada de uma


hora nos exercícios 03 e 06

6. ADICIONAL NOTURNO CLT ART 73 e Súmula 60TST

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20
% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de
1946)

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. (Redação


dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)

§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de
um dia e as 5 horas do dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)

Súmula nº 60 do TST

ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM


HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta,
devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.

30
Duas Vantagens do Trabalho Noturno:

TRABALHO EXECUTADO ENTRE 22:00H E 05:00 HORAS DO DIA SEGUINTE

1. 8 HORAS DIURNAS = 7 HORAS NOTURNAS

2. REMUNERAÇÃO SUPERIOR AO TRABALHO DIURNO – 20% NO MÍNIMO

Análise:
Vantagem 1:

Se 7 HORAS NOTURNAS = 8 HORAS DIURNAS

1 HORA NOTURNA =X

Logo X = 8/7 = 1,142857122857.........= 1,14

1h noturna = 1,14 diurnas

2h noturnas = 2,28 diurnas

3h noturnas = 3,42 diurnas

-----------------------------------------------------

7h noturnas = 8 horas diurnas

31
Vantagem 2:

Salário/hora com 20% = sal/h x 0,20 = Só o Adicional Noturno

Hora Noturna = sal/h x 1,2 = Não recebeu a Hora Noturna

Hora Extra e noturna = sal/hora x 1,2 x 1,5 = sal/h x 1,8

EXERCÍCIOS

7. Pedro Henrique trabalhou na empresa Car e Veículos Ltda no período de


01/07/1997 a 21/11/1997, no seguinte horário: de 2ª a 6ª feira, de 13:00h as 22:00h,
com intervalo de 1 hora e aos sábados, das 13:00h as 17:00h.

Porém, duas vezes por semana (3ª e 5ª, exceto feriados), trabalhava
extraordinariamente até às 24:00h, não sendo pago pela empresa.

De 22h as 24h = 2he x 1,14 (noturna) = 2,28he

Qual o valor devido a título de horas extras, sendo observada a jornada noturna?

Variação Salarial:

07/1997: R$ 600,00

10/1997: R$ 800,00

32
8. ​Henrique Macedo foi demitido injustamente da Empresa Ferro e Faca em
29/11/2002, sabendo-se que duas vezes na semana (2ªs e 5ªfeiras), sua jornada de
trabalho terminava às 02:00 h (manhã), exceto feriados, calcule quanto
perceberá por essas horas extras:

De 22h as 2h = 4he x 1,14 (noturna) = 4,56he

Admissão: 04/03/2002

Demissão: 29/11/2002

Jornada Contratual:

Segunda a sexta-feira: de 13:00h as 22:00 h com 1 hora de intervalo

Sábado: de 13:00h as 17:00h

Variação Salarial:

03/2002: R$ 500,00

33
05/2002: R$ 600,00

EXERCÍCIO 9

admissão: 03/03/2006

demissão: 10/11/2006

Variação Salarial:

março: R$ 650,00

junho: R$ 800,00

setembro: R$ 920,00

Contrato: 8 horas/dia, de 2ª a 6ª feira

4horas/sábados

Jornada Real: 2ª e 3ª feira: de 08:00h as 20:00 h com 1 h de intervalo

20h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3he

4ª e 5ª feira: de 11:00h as 23:30h com 1 hora de intervalo

22h(saída) – 11h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 2he

23,5h(saída) – 22h(entrada) = 1,5 x 1,14 = 1,71 he

34
6ª feira: de 07:00:h as 16:30h com 45 min de intervalo

16,5h(saída) – 7h(entrada) – 0,75h(intervalo) – 8h(contrato) = 0,75he

Sábados: de 18:00h as 23:00 h sem intervalo

22h(saída) – 18h(entrada) – 4h(contrato) = 0he

23h(saída) – 22(entrada) = 1,0 x 1,14 = 1,14 he

OS INTERVALOS ERAM SEMPRE NO HORÁRIO DIURNO

Calcular as horas extra a 50% (diurnas) e a 80%(noturnas), módulo diário e o


reflexo em RSR

NÃO TRABALHA AOS FERIADOS

FERIADOS:

01/05 – 2ª feira

15/06 – 5ª feira

07/09 – 5ª feira

12/10 – 5ª feira

02/11 – 5ª feira

14/04 – 6ª feira

21/04 – 6ª feira

Se houvesse trabalho nos feriados, no horário de 08:00h as 13:00h, calcular as


horas extras com reflexo no RSR.

35
7. SALÁRIOS/COMISSÕES
SALÁRIO: ​Contraprestação devida pelo empregador ao empregado em virtude
de serviços prestados, inclusive nos períodos de interrupção. Ex: férias.

REMUNERAÇÃO:​Contraprestação paga tanto pelo empregador, quanto por


terceiros, de forma habitual, em virtude do contrato de emprego. Ex: gorjetas,
gueltas.

NATUREZA SALARIAL: ​Ligada ao conceito de salário e de habitualidade. Verbas


que integram o salário para formar a base de cálculo de outras verbas. Ex: Horas
extras, Aviso Prévio, etc...

NATUREZA INDENIZATÓRIA: ​Visa a reparação de um dano. Tem o caráter de


compensar; jamais integrará a remuneração para efeito de base de cálculo de
verbas trabalhistas.

NATUREZA PREVIDENCIÁRIA: ​Suportada pelo órgão previdenciário. O


empregador adianta ao empregado e depois abate da contribuição
previdenciária a ser paga pela empresa ao INSS. Ex: salário-família.

SALÁRIO FIXO: ​ Obedece a um critério constante. É pago por unidade de tempo.

SALÁRIO VARIÁVEL: P
​ ago de acordo com atividade ou produção. Ex: comissões.

SALÁRIO MISTO: ​Composto por uma parte fixa e outra variável.

COMISSÕES: ​Modalidade de salário com base em percentuais que incidem sobre


o valor da atividade executada pelo empregado.

36
Verba de natureza salarial devida em certa porcentagem sobre o valor das vendas
realizadas pelo empregado. Por sua natureza gera reflexos nos RSRs.

O valor da comissão, mesmo que de forma mista (salário fixo + comissão),


reflete no cálculo das demais verbas trabalhistas, a saber, horas extras, férias + 1/3,
13ºs salários, aviso prévio, FGTS, etc..

37
SÚMULA 340 TST – NOVA REDAÇÃO

O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de


comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)
pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões
recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente
trabalhadas.

Ex: trabalhador de 220h/mês

Salário fixo: R$ 1.000,00

Comissões: R$ 500,00

Nº de horas extras/mês: 30 he

Parte fixa: 1000/220 = 4,55 x 1,50 = R$ 6,82 x 30 he =

R$ 204,55

Parte variável: 500/250(220h + 30 he) = R$ 2,00 x 0,5 (só percentual) = R$ 1,00 x 30


he = R$ 30,00

Total recebido: R$ 234,55

MP 905/2019

Alimentação

“Art.457. ................................................................................................. (​ Produção de efeitos)

.....................................................................................................................

§ 5º O fornecimento de alimentação, seja in natura ou seja por meio de documentos de


legitimação, tais como tíquetes, vales, cupons, cheques, cartões eletrônicos destinados à
aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios, não possui natureza salarial e nem é
tributável para efeito da contribuição previdenciária e dos demais tributos incidentes sobre a
folha de salários e tampouco integra a base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa
física.” (NR)

“Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os


efeitos legais, a habitação, o vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força
do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado, e, em nenhuma hipótese,
será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

................................................................................................................" (NR)

38
Gorjetas
“​Art. 457-A​. A gorjeta não constitui receita própria dos empregadores, mas
destina-se aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de
rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. ​(Produção de
efeitos)

§ 1º Na hipótese de não existir previsão em convenção ou acordo coletivo de


trabalho, os critérios de rateio e de distribuição da gorjeta e os percentuais de
retenção previstos nos § 2º e § 3º serão definidos em assembleia geral dos
trabalhadores, na forma prevista no art. 612.

§ 2º As empresas que cobrarem a gorjeta deverão inserir o seu valor


correspondente em nota fiscal, além de:

I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado,


lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até vinte por cento
da arrecadação correspondente, para custear os encargos sociais, previdenciários e
trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, a título de
ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da gorjeta, cujo valor
remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador;

II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado,


lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até trinta e três por
cento da arrecadação correspondente para custear os encargos sociais,
previdenciários e trabalhistas, derivados da sua integração à remuneração dos
empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da
gorjeta, cujo valor remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do
trabalhador; e

III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de


seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de
gorjeta.

§ 3º A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado,


terá os seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
facultada a retenção nos parâmetros estabelecidos no § 2º.

§ 4º As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de


seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referentes aos
últimos doze meses.

§ 5º Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata este artigo, desde
que cobrada por mais de doze meses, esta se incorporará ao salário do empregado,
tendo como base a média dos últimos doze meses, exceto se estabelecido de forma
diversa em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

§ 6º Comprovado o descumprimento do disposto nos § 1º, § 3º, § 4º e § 6º, o


empregador pagará ao empregado prejudicado, a título de pagamento de multa, o
valor correspondente a um trinta avos da média da gorjeta recebida pelo
empregado por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em
qualquer hipótese os princípios do contraditório e da ampla defesa.” (NR)

39
“Art. 477. ..............................................................................................

...................................................................................................................

§ 8º Sem prejuízo da aplicação da multa prevista no inciso II do caput do art.


634-A, a inobservância ao disposto no § 6º sujeitará o infrator ao pagamento da
multa em favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, exceto quando,
comprovadamente, o empregado der causa à mora.

40
9. PROPORCIONALIDADE
AVISO PRÉVIO – 487 CLT

Época própria para o pagamento: Desligamento

​Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência
mínima de:

I - oito dias,se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (Redação
dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)

II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12
(doze) meses de serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)

§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos


salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse
período no seu tempo de serviço.

§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de


descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.

§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos


parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses
de serviço.

§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. (Parágrafo incluído pela Lei nº


7.108, de 5.7.1983)

§ 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado.


(Parágrafo incluído pela Lei nº 10.218, de 11.4.2001)

§ 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia


o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido
antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu
tempo de serviço para todos os efeitos legais. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.218, de
11.4.2001)

Integra o tempo de serviço para apuração de 13º salário e férias + 1/3

HORAS EXTRAS HABITUAIS E TODAS AS VERBAS SALARIAIS INTEGRAM O


AVISO PRÉVIO INDENIZADO PELA ​MÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES.

41
13º SALÁRIO – ART 7º CF
Base de cálculo: Salário Integral de Dezembro de cada ano (época própria)

CADA MÊS TRABALHADO OU FRAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 15 DIAS = 1/12

HORAS EXTRAS E TODAS AS VERBAS QUE FORMAM A REMUNERAÇÃO


INTEGRAM O 13º SALÁRIO PELA MÉDIA DO ANO CIVIL.

FÉRIAS + 1/3 ART - 129/153

Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração.

Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o
empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.

Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na


oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que
tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes.

Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no
art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.

Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e


do termo das férias.

Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será
devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso,
correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.

Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço,


o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à
remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze)
dias.

Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho
se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço,
terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade
com o disposto no artigo anterior.

SÃO CALCULADAS COM BASE NA REMUNERAÇÃO – HE E VERBAS SALARIAIS


INTEGRAM AS FÉRIAS PELA M
​ ÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES.

42
EXERCÍCIO 10:
CALCULAR OS VALORES DE AVISO PRÉVIO INDENIZADO, 13 SALÁRIO
PROPORCIONAL E FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:

a) ADM: 18/07/2003 – 31 – 18 + 1 = 14 dias < 15 dias

DEM: 24/11/2003 - 24 dias > 15 dias

SALÁRIO EM 11/03: R$ 1.000,00

Aviso Prévio = R$ 1.100,00

13º salário – 4 meses (agosto, setembro, outubro, novembro) = 4/12 + 1/12 (aviso
prévio indenizado) = 5/12 x 1.100 = R$ 416,67

Férias - de 18/07 --- 17/08

18/08 --- 17/09

18/09 --- 17/10

18/10 ---17/11

18/11 --- 24/11 = 6 dias < 15 dias

4/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = 5/12 x 1.100 = R$ 416,67

416,67 + 1/3 = R$ 555,56

b) ​ADM: 22/04/1991 SALÁRIO EM 91: Cr $ 300,00

DEM: 20/09/1994 SALÁRIO AGOSTO 93: CR$ 300,00

SALÁRIO JULHO/94: R$ 300,00

Aviso Prévio = R$ 300,00

13º/1991 = 8/12 x 300 = Cr$ 300,00

43
13º/1994 = 9/12 + 1/12 (AP) = R$ 250,00

Férias – 5/12 + 1/12 (AP) = 150 + 1/3 = R$ 200,00

11. Fernanda Magalhães, admitida em 13/11/02 e demitida em 16/05/03, propôs


Reclamação Trabalhista contra a empresa Mega Models Ltda, requerendo as
seguintes verbas:

A.​ Horas Extras (50% - módulo diário e 100%)

B.​ Reflexos das Horas Extras (50% e 100%) no RSR.

C.​ Aviso Prévio

D. 1​ 3º salário/02 e 13º salário/03

E.​ Férias proporcionais + 1/3

F.​ Vale Transporte.

G.​ Seguro Desemprego.

H.​ Dedução de verbas pagas a mesmo título.

44
JORNADA NORMALCONTRATUAL​:
de 08:30 às 17:30h com 1 hora de intervalo

Sábados: de 08:30 às 12:30h

JORNADA EXTRA:

2ª e 3ª feira: de 08:30 às 18:30h com 1 hora de intervalo

18,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 1he

4ª a 6ªfeira: de 08:30 as 19:15h com 1 hora de intervalo

19,25h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 1,75he

Sábados: de 16:00h a 01:00h da manhã com 1 hora de intervalo (de 19 - 20h)

22h(saída) – 16h(entrada) – 1h(intervalo) – 4h(contrato) = 1he

1h(saída) – 22h(entrada) = 3he x 1,14 = 3,42 he

Feriados: de 08:30 às 16:30h com 1 hora de intervalo

16,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) = 7he

Feriados: 15/11 - 6ªfeira 25/12- 4ª feira 01/01 - 4ªfeira 20/01 - 2ª feira


04/03 - 3ª feira 18/04 - 6ª feira 21/04 - 2ª feira 01/05 - 5ª feira

45
O pedido foi procedente em parte, sendo deferidos os seguintes ítens:

A, B, C, D, E, e H, ​observando-se o horário noturno​.

Verbas pagas: ​ V
​ ariação Salarial

Aviso Prévio: R$ 850,00 11/02 – R$850,00

13º/02 - R$ 80,00 04/03 – R$1000,00

13º/03 - R$ 180,00

Férias proporcionais + 1/3: R$ 250,00

12.Patrícia Pinheiro, admitida em 14/10/04 e demitida em 20/04/05, propôs


Reclamação Trabalhista contra a empresa RRJ Advogados Associados Ltda,
requerendo as seguintes verbas:

A. Horas Extras (50% e 100%)


B. Reflexos das Horas Extras (50% e 100%) no RSR.
C. Aviso Prévio indenizado.
D. 13º salário proporcional/04 e 13º salário proporcional/05
E. Férias proporcionais + 1/3
F. Vale Transporte.
G. Seguro Desemprego.
H. Dedução de verbas pagas a mesmo título.

JORNADA CONTRATUAL:

Segunda a sábado: de 10:00h as 18:20h c/ 1 h de intervalo

JORNADA EXTRA:

2ª feira: de 09:00h às 18:00h com 1 hora de intervalo


18h(saída) – 9h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 0,67he

3ª e 4ªfeira: de 9:00h as 20:30h com 1:30 hora de intervalo

46
20,5h(saída) – 9h(entrada) – 1,5h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 2,67he

5ª e 6ª feira: de 12:00h as 23:00h c/1h de intervalo (19 - 20h)


22h(saída) – 12h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 1,67he
23h(saída) – 22h(entrada) = 1he x 1,14 = 1,14 he

Sábados: de 10:00h as 19:20h c/1 hora de intervalo


19,33h(saída) – 10h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 1he

Feriados = ​JORNADA CONTRATUAL = 7,33 he

Feriados: 02/11 - 3ªfeira 15/11- 2ª feira 25/12 - SAB 01/01 - SAB


20/01 - 5ª feira 08/02 - 3ª feira 25/03 - 6ª feira

O pedido foi procedente em parte, sendo deferidos os seguintes ítens:


A, B, C, D, E, e H, observando-se o horário noturno.

Verbas pagas:​ ​Variação Salarial


Aviso Prévio: R$ 920,00 10/04 - R$ 900,00
13º/04 - R$147,50 12/04 - R$ 990,00
13º/05 - R$ 300,00 02/05 - R$ 1.120,00
Férias proporcionais + 1/3: R$ 700,00

47
10. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE

CLT ART 189/197

INSALUBRIDADE:

ATIVIDADES QUE EXPONHAM OS EMPREGADOS A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE,


ACIMA DOS LIMITES DE TOLERÂNCIA.

CÁLCULO:

GRAUS: 10% - MÍNIMO

20% - MÉDIO

40% - MÁXIMO

O artigo 1​ 92​ da ​CLT​, com redação dada pela Lei nº 6


​ .514​ de 1977, prevê
taxativamente que o adicional de insalubridade, seja em que grau for, irá incidir
sobre o salário mínimo, e não sobre a remuneração do empregado.

Importante ressaltar que o referido dispositivo é de 1977, ou seja, anterior a


promulgação de nossa C ​ onstituição Federal​.

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de


tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e
10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo.

A ​Constituição Federal​, promulgada em 5 de outubro de 1988, em seu artigo 7 ​ º


inciso ​IV​, garante aos trabalhadores o direito ao salário mínimo, sendo vedada sua
vinculação como índice ou base de cálculo.

48
Após muita polêmica, foi redigida a súmula 228 do TST, a qual garantia a
permanência do salário mínimo, como base de cálculo do adicional de
insalubridade.

Conforme dito anteriormente, em 2008 o Supremo Tribunal Federal dispôs, na


súmula vinculante nº 4, que é absolutamente vedada a utilização do salário
mínimo, como base de cálculo de qualquer vantagem ao empregado.

Diante de tal enunciado, o Tribunal Superior do Trabalho, ainda em 2008, alterou


a Súmula 228, que passou a indicar o salário básico do trabalhador como base de
cálculo

Dessa forma, atualmente o Tribunal Superior do Trabalho considera válida a


utilização do salário mínimo como base de cálculo, mesmo reconhecendo sua
inconstitucionalidade:

49
PERICULOSIDADE:

CONTATO COM INFLAMÁVEIS OU EXPLOSIVOS.

CÁLCULO: 30% SOBRE O SALÁRIO BASE.

OBSERVAÇÕES:

1. O EMPREGADO PODE OPTAR PELO ADICIONAL MAIS VANTAJOSO.

2. O DIREITO AOS ADICIONAIS CESSA COM A ELIMINAÇÃO DO RISCO

11. REFLEXOS DE HE NAS RESCISÓRIAS

Este cálculo é efetuado após apuração de horas extras e reflexos

Para cada verba deferida e/ou percentuais ou jornadas diferentes, uma integração
é calculada.

OJ-SDI1-394 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. INTEGRAÇÃO DAS


HORAS EXTRAS. NÃO REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO DÉCIMO
TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO PRÉVIO E DOS DEPÓSITOS DO FGTS. (DEJT
divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)

A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração


das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo das férias, da
gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de
“bis in idem”.

Ou seja, média de horas extras refletindo em RSR, Aviso Prévio, 13º salário, Férias +
1/3 e Fgts + 40%.

50
Sem OJ 394: média de horas extras refletindo em RSR, e, adicionadas deste, em
Aviso Prévio, 13º salário, Férias + 1/3 e Fgts + 40%.

MÉTODO DE 5 PASSOS PARA O EXERCÍCIO MODELO 1

Mês /ano Sal/h +50% Nºhe/dia Nº dias Total he/mês

01/06/2010 5,46 X 2,5 X 21 = 286,65


07/2010 5,46 X 2,5 X 22 = 300,30
08/2010 5,46 X 2,5 X 22 = 300,30
09/2010 5,46 X 2,5 X 21 = 286,65
31/10/2010 5,46 X 2,5 X 20 273,00
TOTAL - - - R$ 1.446,90

51
1º PASSO: OBSERVAR A DATA DE ADMISSÃO E DEMISSÃO

Nº de dias igual ou maior a 15 = considera o mês para média

Nº de dias menor que 15 = despreza o mês para cálculo da média

· No modelo, tanto o mês de admissão, quanto o de demissão, serão


considerados para média.

2º PASSO: ADICIONAR O Nº DE DIAS DO PERÍODO CONSIDERADO,


desprezando os meses, conforme passo 1.

Logo: 21+22+22+21+20 = 106 dias

3º PASSO: ADICIONAR O Nº DE MESES RELATIVOS AO 2º PASSO:

5 meses

4º PASSO: OBSERVAR O ÚLTIMO(MAIOR) SALÁRIO/HORA COM O ADICIONAL


EM QUESTÃO:

R$ 5,46

5º PASSO: OBSERVAR O Nº DE HE DO PERÍODO EM QUESTÃO:

2,5 he/dia

52
FÓRMULA PARA APURAÇÃO DA MÉDIA DE HE:

MÉDIA DE HE: Ú
​ LTIMO SAL/H +% X Nº DIAS X Nº HE

Nº MESES

Logo:

Média he: 5
​ ,46 x 106 x 2,5 ​= 289,38

MÉDIA RSR = ​MÉDIA HE (​ não houve determinação no modelo 1)

Esta é a média de he que irá acrescer os valores de verbas rescisórias, como a


seguir, considerando o salário de R$ 800,00 e aviso prévio indenizado, temos:

Aviso prévio= último salário + média de he (de até) últimos 12 meses – média
duodecimal

Assim: aviso prévio = 800,00 + 289,38 = R$ 1.089,38

13º proporcional​: 1.089,38 x ​nº meses com trabalho de 15 ou mais dias

12 meses = 1 ano

5/12 (5 meses) + 1/12 (aviso prévio indenizado)

Logo, 13º proporcional = 1.089,38 x 6/12 = R$ 544,69

53
Férias proporcionais + 1/3​ = 1.089,38 x n
​ º meses a partir da admissão​ + 1/3

12 meses = 1 ano

5/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = R$ 544,69

1/3 = 427,87: 3 = 181,56

Assim, férias proporcionais + 1/3 = 544,69 + 181,56 = R$ 726,25

TOTAL DAS RESCISÓRIAS: 1.089,38 + 544,69 + 726,25 =

= R$ 2.360,32

TOTAL HE + RSR + RESCISÓRIAS = 1.688,05 + 2.360,32 =

TOTAL HISTÓRICO DA CONDENAÇÃO = R$ 4.048,37

EXERCÍCIO 13:
Admissão: 06/05/2013 Demissão: 28/11/2013 Salário: R$ 1.100,00

Jornada contratual: de 2ª a 6ª feira: das 09:00h às 18:00h com 1h de intervalo

sábado: das 09:00h às 13:00h

Jornada real: de 2ª a 6ª feira: das 09:00h às 21:30h com 1h de intervalo

21,5h(saída) – 9h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3,5he

sábado: das 09:00h às 13:00h

Não trabalhava nos feriados

Feriados: 30/05 – 5ª feira 15/11 – 6ª feira

54
Calcular:
1. o valor total de horas extras a 50% acima da 8ª hora diária e 44ª semanal

2. Reflexo das horas extras no RSR, em Aviso prévio indenizado, 13º proporcional e
férias proporcionais + 1/3 – Utilizando a OJ 394

3. Total histórico da condenação = He + RSR + Rescisórias

EXERCÍCIO 14:
RECLAMANTE: MATEUS BATISTA

RECLAMADA: NOGUEIRA FUTEBOL CLUBE

ADMISSÃO: 16/07/98

V
​ ARIAÇÃO SALARIAL

DEMISSÃO: 08/01/99

01/07/98 - R$ 600,00

01/11/98 - R$ 800,00

55
JORNADA DE TRABALHO EXTRA
SEGUNDA A SEXTA: 09:00 ÀS 18:30HC/ INTERVALO DE 30 Minutos

18:30(saída) – 9h(entrada) – 0,5(intervalo) – 8h(contrato) = 1he

SÁBADO: 09:00 AS 13:20H S/ INTERVALO.

13,33(saída) – 9h(entrada) – 4h(contrato) = 0,33he

HORÁRIO DE TRABALHO CONTRATUAL

SEGUNDA A SEXTA: 09:00 AS 18:00 H C/ INTERVALO DE 1 HORA.

SÁBADO: 09:00 AS 13:00 H S/ INTERVALO.

NÃO TRABALHAVA NOS FERIADOS

FERIADOS: 07/09- 2ª FEIRA 03/10 - SÁBADO 12/10 – 2ª FEIRA


02/11- 2ª FEIRA 15/11– DOMINGO 25/12- 6ª FEIRA 01/01/99 - 6ª F.EIRA

56
PEDIDOS DO RECLAMANTE:
A. HORAS EXTRAS

B. RSR S/HORAS EXTRAS

C. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS E RSR AO SALÁRIO PARA CÁLCULO DOS 13º
SALÁRIOS, FÉRIAS E AVISO PRÉVIO. (SEM OJ 394)

D. FGTS + 40% S/DIFERENÇAS.

E. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE 20%.

O pedido foi PROCEDENTE EM PARTE, sendo deferidas as seguintes parcelas:

ÍTENS A, B, C, E e DEDUÇÃO DAS VERBAS PAGAS.

VERBAS PAGAS ​ AVISO PRÉVIO: R$ 800,00 13º/98 - R$ 120,00


FÉRIAS PROP: R$ 300,00 13º/99 - R$ 27,00 .

57
12. VALE TRANSPORTE

CRIADO PELA LEI 7.418 EM 1985 - FACULTATIVO

A PARTIR DA LEI 7.619 DE 30.09.1987 – OBRIGATÓRIO

VALOR GASTO DE VALE TRANSPORTE:

VALOR DA PASSAGEM X Nº DE VIAGENS /DIA X Nº DIAS TRABALHADOS/MÊS

O CÁLCULO DO VALE É FEITO MÊS A MÊS

O EMPREGADO CONTRIBUI MENSALMENTE COM ​6% DO SEU SALÁRIO BASE


(INTEGRAL), ​EXCETO NOS MESES DE ADMISSÃO E DEMISSÃO (PROPORCIONAL)

TOTAL MENSAL = VALOR GASTO – 6% DO SALÁRIO BASE

58
13. INDENIZAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO:

CRIADO PELA RESOLUÇÃO CODEFAT 64 (CONSELHO DELIBERATIVO DO FAT)


EM 28. 07.1994

BASE DE CÁLCULO:

MÉDIA DOS 3 ÚLTIMOS MESES DA SALÁRIO RECEBIDO.

DE 6 MESES A 11 MESES (E 29 DIAS) = 3 PARCELAS

DE 12 MESES A 23 MESES (E 29 DIAS) = 4 PARCELAS

ACIMA DE 24 MESES = 5 PARCELAS

A PARCELA NÃO PODE SER MENOR QUE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO.

59
14. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS

Lei 8036/90

O FGTS não é propriamente uma verba trabalhista, é, na verdade, uma


conta bancária vinculada à Caixa Econômica Federal, em nome do trabalhador,
onde o empregador deposita mensalmente 8%da remuneração do empregado
(todas as verbas de natureza salarial, habituais ou não). O ônus é do empregador,
sem qualquer desconto no salário do empregado.

15. C
​ OTA PREVIDENCIARIA

Tratando-se de verbas de natureza salarial, o empregador deve promover o


desconto previdenciário devido (8%, 9%, 11%) sobre o valor do salário contribuição
mensal do empregado. Se o empregado já contribuiu durante o pacto pelo teto, a
parcela das verbas que ultrapassar este limite, não sofre desconto previdenciário.

16. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Atualização Monetária é o nome que se dá no Brasil para os ajustes contábeis e


financeiros, realizados com o intuito de se demonstrar os preços de aquisição em
moeda em circulação no país (atualmente o Real), em relação ao valor de outras

60
moedas (ajuste cambial) ou índices de inflação ou cotação do mercado financeiro
(atualização monetária propriamente dita).

Em Economia é também chamado de "Correção Monetária", ou seja, um ajuste


feito periodicamente de certos valores na economia tendo em base o valor da
inflação de um período, objetivando compensar a perda de valor da moeda.

17. JUROS

O juro é uma remuneração do fator capital, pode ser compreendido como uma
espécie de "aluguel sobre o dinheiro". A taxa seria uma compensação feita a
quem emprestou o dinheiro, pelos investimentos úteis que poderiam ter sido
feitos com o dinheiro emprestado; em vez do credor usar os bens diretamente,
estes passam para o mutuário, que goza destes bens sem o esforço necessário
para obtê-los, enquanto o credor goza do lucro da taxa paga pelo mutuário pelo
privilégio. A quantia emprestada, ou o valor dos bens emprestados, é chamada de
principal. A porcentagem do principal que é paga como taxa (o juro), por um
determinado período de tempo, é chamada de taxa de juros.

MP 905/2019

“Art. 879. ................................................................................................

.....................................................................................................................

§ 7º A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será


feita pela variação do IPCA-E, ou por índice que venha substituí-lo, calculado
pelo IBGE, que deverá ser aplicado de forma uniforme por todo o prazo
decorrido entre a condenação e o cumprimento da sentença.” (NR)

61
“Art. 883​. Não pagando o executado, nem garantindo a execução,
seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da
importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora equivalentes
aos aplicados à caderneta de poupança, sendo estes, em qualquer caso, devidos
somente a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.” (NR)

62

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