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Faculdade Paranaense – FACCAR

Disciplina: Estágio – Prática Trabalhista


Professor(a) Karina Zanin da Silva
:
Curso: Série: 5ª série
Data: Ano 2022 – 2º semestre
Peça nº 06 Valor total da peça: NOTA FINAL:

Recurso Ordinário 02 créditos (0,50 pontos) __________

(___________________ créd.)

Aluno(a):_________________________________________________
n°____________

• No ato do protocolo peça judicial esta deverá estar na forma digitalizada acompanhado
do presente caso jurídico, tudo até a data limite aprazada. As peças deverão ser
confeccionadas e protocoladas junta secretaria do LABJUR no prazo fixado em edital;
devendo ser apresentada EXCLUSIVAMENTE EM DUPLA.

Caso jurídico:
Alegando dificuldades financeiras setoriais de mercado, a empresa Fácil Fácil Ltda,
afixou comunicado no quadro de avisos, no qual informou a redução dos salários de
todos os empregados em 20%. Após tal comunicado, procedeu com, situação que
perdurou por dois anos (2018 a 2020). Após tal período, a empresa, demitiu número
representativo de empregados, promovendo o pagamento das verbas rescisórias;
tendo como base o salário por ela reduzido. Mario Bros, ex-funcionário da empresa,
promoveu reclamatória perante a Justiça do Trabalho de Rolândia-PR., postulando as
diferenças salariais de todo o período da redução, bem como, a recomposição salarial
para que as diferenças das verbas rescisórias, para que essas fossem pagas pelo
maior salário. A ação foi julgada improcedente em 1º grau, sob o fundamento de que,
de fato, a crise que abalara aquele setor era pública e notória, o que legitima a ação
empresarial narrada anteriormente.
Destaca-se que a publicação da sentença se deu em data de 25 de março de 2022.
Como advogado (a) do ex-funcionário, elabore a peça processual adequada.
Fundamente com pelo menos 01 jurisprudência sobre cada uma das matérias
apresentadas. Em caso de contagem de prazo processual, utilizar-se exclusivamente
das datas constantes do presente.

Considerações sobre Recurso Ordinário:


A Reforma Trabalhista trouxe modificações significativas ao Recurso Ordinário, principalmente
no que tange ao depósito recursal. Confira no artigo o que mudou.
É sabido por todos os advogados litigantes na seara trabalhista, que o Recurso Ordinário se
equivale a um recurso de apelação no processo cível.
O recurso ordinário é cabível em face de sentença de primeiro grau, seja terminativa ou
definitiva.
Neste sentido, dispõe o artigo 895 da CLT:
Art. 895 – Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua
competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos
dissídios coletivos.
Para o rito sumaríssimo, no entanto, devem ser observados alguns requisitos, os quais estão
dispostos no parágrafo 1º do artigo 895 da CLT, nos termos a seguir:
§ 1º – Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:
I – (VETADO).
II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo
no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em
pauta para julgamento, sem revisor;
III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento,
se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente
do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for
confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância,
servirá de acórdão.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento
dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao
procedimento sumaríssimo.
Assim, tendo em vista que ainda é possível o jus postulandi, mesmo com a Reforma
Trabalhista, o Autor de processo proposto pelo rito sumaríssimo pode, mediante simples
petição, interpor Recurso Ordinário.
Caso esteja com processo conduzido por advogado, persiste a regra do 514 do CPC, qual seja,
fundamentar as razões recursais.
Chegamos ao que interessa… as alterações trazidas pela Reforma Trabalhista no Recurso
Ordinário e, para tanto, faremos um pequeno comparativo abaixo sobre as modificações no
artigo 899 da CLT (os destaques em negrito foram incluídos ou modificados):

• Analisemos as alterações do artigo em comento:


§4º – com a redação anterior, o parágrafo 4º dispunha que necessariamente o depósito recursal era feito
em pecúnia, vinculado a conta do FGTS do Reclamante com finalidade de garantia da futura execução e
pressuposto objetivo para o conhecimento do recurso.
Com a atual redação deste parágrafo, o valor condizendo ao depósito recursal – o qual é determinado
por Lei, não mais está atrelado a conta do Reclamante, e agora passa a ser depositada na conta do Juízo
em que tramita o processo, corrigido com os mesmos índices da poupança.
§ 9º – Conforme dispõe este novo parágrafo, as entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, terão os valores do
depósito recursal reduzidos à metade.
§ 10º – Este parágrafo incluiu entendimento diverso do que era pacificado, inclusive pelo TST, qual seja a
isenção do pagamento do depósito recursal e as empresas em recuperação judicial. Outrossim, estende
a isenção do depósito recursal também para os beneficiários da justiça gratuita –sejam físicas ou
jurídicas e às entidades filantrópicas
§ 11º – De acordo com o parágrafo 11º do artigo 899 da CLT, o depósito recursal que deveria ser
realizado primordialmente em pecúnia, agora pode ser substituído por fiança bancária.
O que se vê latentemente, é que as principais alterações foram no sentido de flexibilizar as exigência do
depósito recursal para alguns tipos de pessoas jurídicas.
(www.consultortrabalhista.com)

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