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Curso: DIREITO Disciplina: Empresarial III

Professor(a): Leandro Borges

Aluno(a): Julio Vitor Dutra Baptista - Matrícula: 32736 Turma: 8A


Raphaella Joseph Mariano - Matrícula: 31042
Maria Eduarda Vizani Nunes - Matrícula: 31256

Data: 01/11/2020 Valor Total: 04 Nota Obtida:

Prova 2020.2 (1ª chamada) – 2º Bimestre


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Esta avaliação tem o objetivo de verificar a aprendizagem do aluno referente aos
seguintes temas abordados em sala de aula:

1. Causas de pedir na falência


2. Defesa na falência
3. Sentença na falência
4. Recursos cabíveis na falência
5. Efeitos da sentença na falência

Observações do professor:
- GRUPO DE ATÉ 3 ALUNOS
- Serão 03 questões discursivas, critério de pontuação distribuído pelo Professor, a
ser indicado em cada questão;
- A resposta deverá abordar os conteúdos estudados e de acordo com a análise
prática dos casos propostos;
- A fundamentação jurídica e correta grafia das palavras serão critérios avaliativos;
- Deverão ser utilizadas as aulas ministradas e material de estudo complementar.

CASO PARA RESPOSTA DAS QUESTÕES 1 e 3:


O KLB Financiamentos pediu em juízo a falência da empresa Doces Tia Lulu Ltda por impontualidade
qualificada. O valor das parcelas vencidas é de R$35.000,00. O contrato tinha também parcelas a
vencer no valor de R$150.000,00. Em defesa a Doces Tia Lulu Ltda se defendeu alegando que o KLB
Financiamentos sequer propôs ação cobrança contra ela e por isso não poderia propor direto uma
ação de falência. Além disso, alegou que nem todas as parcelas estavam vencidas, o que não
permitiria o pedido de falência. O juiz sentenciou pela procedência da falência, determinando a data
da falência como a de 45 dias anteriores ao pedido de falência. Diante disso responda o que se
segue.

QUESTÃO 2 de 3 (1 ponto): Diante da sentença e observado que a Doces Tia Lulu propôs o recurso
devido, o processo de falência terá execução imediata? Por que? Justifique sua resposta.
O fato de haver ou não execução imediata após a sentença do processo de falência, nesse
caso, dependerá da decisão do desembargador em atribuir ou não efeito suspensivo ao agravo
de instrumento apresentado pela defesa da empresa Doces Tia Lulu Ltda. Isso porque caso o
desembargador atribua efeito suspensivo à execução da sentença de falência, o empresário
poderá continuar operando regularmente até o julgamento do recurso, não havendo neste caso
um processo de execução e alienação dos bens da empresa. Já no caso do relator do processo
no Tribunal não atribuir efeito suspensivo, o processo de execução e do concurso de credores
deverá continuar tramitando normalmente.

QUESTÃO 3 de 3 (2 ponto): No caso concreto, caso seja possível a falência, o que ocorrerá com os
contratos de mandato em andamento? Justifique sua resposta.

Conforme previsão expressa do artigo 120 da Lei de Falências (Lei n˚ 11.101/2005), os


contratos de mandato conferidos pelo devedor, antes do processo de falência, para a
realização de negócios, terão seus efeitos cessados a partir da decretação de falência,
cabendo oportunamente ao mandatário a prestação de contas ao juízo da sua gestão.

Importante destacar ainda os parágrafos 1º e 2º do mesmo artigo, onde aduzem que o


mandato conferido para representação judicial do devedor permanece vigente até ser
revogado expressamente pelo administrador judicial e o mandato que o devedor houver
recebido antes da falência, salvo os que versem sobre matéria estranha à atividade
empresarial, cessa com a decretação da falência.

QUESTÃO 4 de 4 (1 ponto): Observado que teriam parcelas vencidas e parcelas a vencer do


contrato que gerou o pedido de falência pelo Banco, o que ocorrerá com os juros previstos e cobrado
neste contrato com a decretação da falência? Justifique sua resposta.

Tendo em vista o artigo 77 da Lei de Falência (Lei n˚ 11.101/2005), a decretação de falência


determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor com o abatimento proporcional
dos juros de cada contrato.

Ademais, o artigo 124 da mesma lei dispõe que não são exigíveis juros contra a massa falida
após a decretação de falência, previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado não bastar
para o pagamento dos credores subordinados. Excetuam-se dessa regra os juros de debêntures
e dos créditos com garantia real, mas por eles respondem, exclusivamente, o produto dos
bens que constituem a garantia.

Portanto, neste caso, os juros do contrato das parcelas a vencer não seriam exigíveis,
enquanto que os juros das parcelas vencidas sofreriam abatimento proporcional ao tempo de
contrato.

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