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CURSO DE-

FORMAÇÃO DE
CÁLCULOS TRABALHISTAS
Professora Maysa Infante

O conteúdo abordado na apostila é de inteira responsabilidade do professor, não se responsabilizando


o CURSO BETA, pelo mesmo. Este treinamento foi licenciado somente para apresentação através do
CURSO BETA.

Fica terminantemente proibida toda e qualquer forma de utilização deste material como a reprodução
total ou parcial de cópias, edição, demonstração,; a exibição pública, difusão ou transmissão de
qualquer forma existente ou que venha a surgir, ficando o infrator sujeito às penalidades da Lei.

1
LIQUIDAÇÃO
DE SENTENÇA

2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Direito do Trabalho é uma das poucas áreas jurídicas a ter tamanha ligação com as questões de
cálculos. Verifica-se a quantidade de vezes que palavras como divisor, reflexos, adicional,
integrações , cálculos de horas extras, termos estes ligados à matemática pura, aparecem nas
questões ligadas à área trabalhista.

É bem verdade que, a matemática não é sempre bem vista e estudada nos meios jurídicos, mas
existem maneiras de torná-la uma preciosa e acessível ferramenta, sem a necessidade de buscar,
sempre que preciso, um calculista para elaborar a parte que ‘não caberia’ ao especialista da área de
direito. E os acordos? Como raciocinar de forma rápida no momento de um acordo repentino?

Sim, é possível aprender a calcular , com conceitos primitivos que todos guardaram, de alguma
forma, em algum compartimento da memória e que nesta aula serão abordados num formato mais
atraente.

Basta pensar que, Liquidar uma Sentença, significa transformar palavras em números. Ao ler as
determinações de uma sentença, a cada item deferido, existe um número, uma fórmula equivalente.
Neste momento, a sentença trabalhista se entrelaça à matemática e torna-se possível apurar o valor
devido.

Desta forma, o trabalho será de matemática pura, das quatro operações, bastando para isto, uma
calculadora simples. Entretanto, existe a possibilidade de utilização dos sistemas como Excel,
Juriscalc e, atualmente, Pje Calc, em um segundo momento.

Desmistificar a matemática é o grande desafio!!!!!!

3
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 3

OBJETIVOS 5

I - INTRODUÇÃO 6

1. HORAS EXTRAS - CLT art 58, 59,61, 64 e 65 e CF art 7º 7

2. MÉTODO – 5 PASSOS 10
EXERCÍCIO MODELO 1: 11

3. TABELA 1: utilizando diretamente a fórmula acima: 15

4. EXERCÍCIOS: NO SISTEMA EXCEL 16

5. MÉTODOS DE CÁLCULO: 21
CONTROVÉRSIA!!!!!!!!!!!!!!!!!! 21
TABELA 2: 22
EXERCÍCIOS: apurar RSR 1 e RSR2 nos exercícios 1, 2 e 22
Dados complementares na ficha de Empregado: 23
Art. 72. 28
6. ADICIONAL NOTURNO CLT ART 73 e Súmula 60TST 28
Análise: 29
EXERCÍCIOS 30
7. SALÁRIOS/COMISSÕES 35
SÚMULA 340 TST – NOVA REDAÇÃO 37
Gorjetas 37
9. PROPORCIONALIDADE 39
13º SALÁRIO – ART 7º CF 40
JORNADA NORMALCONTRATUAL: 43
10. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE 46
CLT ART 189/197 46
INSALUBRIDADE: 46
PERICULOSIDADE: 47
11. FÓRMULA PARA APURAÇÃO DA MÉDIA DE HE: 50
JORNADA DE TRABALHO EXTRA 54
PEDIDOS DO RECLAMANTE: 55
12. VALE TRANSPORTE 57
13. INDENIZAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO: 57
14. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS 59
Lei 8036/90
15. COTA PREVIDENCIARIA 61
16. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 61
17. JUROS 63

4
OBJETIVOS

Calcular horas extras através do MÉTODO DOS 5 PASSOS, que consiste em cinco passos, que serão
apresentados através de situação real de reclamação trabalhista, permitindo que já ao final da
primeira aula, o aluno seja capaz de apurar horas extras.

5
I - INTRODUÇÃO
Superado o processo de conhecimento e com o trânsito em julgado da sentença, o devedor é
citado para pagar o quantum apurado na liquidação de sentença e, assim, inicia-se o PROCESSO DE
EXECUÇÃO.

Este período entre o TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA e o início do PROCESSO DE


EXECUÇÃO é a fase de LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA: o valor devido é determinado e os cálculos
homologados para imediata execução.

A LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA É A UNIÃO (PONTE) ENTRE A SENTENÇA E A EXECUÇÃO.

- Sentença Líquida: fixa o quantum devido – sentença e cálculos transitam em julgado


simultaneamente – método amplamente utilizado na Justiça do Trabalho através do sistema PJE
CALC.
-
VAMOS FALAR SOBRE A SENTENÇA LÍQUIDA ?????

- Sentença Ilíquida: não fixa o valor do crédito – fornece os parâmetros básicos para a conta de
liquidação, podendo ser por cálculos, arbitramento ou por artigos. (art 879 CLT)

• INDEPENDENTE DA FORMA QUE SE APRESENTE A SENTENÇA, A CORRETA LIQUIDAÇÃO


DEPENDE DA EXATA INTERPRETAÇÃO DO CONTEÚDO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. DEVE-SE
OBSERVAR QUE NÃO SE PODE ALTERAR A SENTENÇA, NÃO PODENDO A LIQUIDAÇÃO IR ALÉM NEM
AQUÉM DO QUE A SENTENÇA CONCEDEU.

6
1. HORAS EXTRAS - CLT art 58, 59,61, 64 e 65 e CF art 7º

• O cálculo trabalhista gira em torno da apuração de horas extras por ser o pedido mais comum
nas ações.

• O termo JORNADA significa o período trabalhado em um dia...não há Jornada


Semanal!!!!!!!!!!!!!!!!

• Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade


privada, não excederá de 8 horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
(normalmente 8 horas/dia de segunda a sexta e 4 horas/sábado)

§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto
de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o
fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta
horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas
suplementares semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua
jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de
50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
§ 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número
inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas
horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas
suplementares semanais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

§ 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente


até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha
de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017) (Vigência)

7
§ 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

• A remuneração de serviço extraordinário é de no mínimo 50% da hora normal. art .59 CLT –
antes da CF/88 era de 25%

• Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
normal. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de
trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro
dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de
trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral
da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao
pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da
rescisão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual
escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017) (Vigência)
§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou
escrito, para a compensação no mesmo mês. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e
serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver,

8
de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às partes, por meio de
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas
seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos
para repouso e alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência
encerrada)

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§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pagamentos devidos
pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados
os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º
do art. 73. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência encerrada)
§ 2º É facultado às entidades atuantes no setor de saúde estabelecer, por meio de acordo individual
escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, horário de trabalho de doze horas
seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos
para repouso e alimentação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (Vigência
encerrada)
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e
serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver,
de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando
estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à
jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o
respectivo adicional. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação
de jornada e o banco de horas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

• A maioria dos trabalhadores possui carga mensal de 220 horas – antes da CF era de 240 horas.

• HORAS EXTRAS - QUANTIDADE DE HORAS EXCEDENTES À JORNADA NORMAL (CONTRATUAL)


DE TRABALHO.

NENHUM TRABALHADOR PODE TRABALHAR MAIS DE 8 HORAS POR DIA, A NÃO SER QUE HAJA
ALGUM ACORDO, CONVENÇÃO OU CONTRATO POR ESCRITO. (ver art 58 e 59 CLT)

2. MÉTODO – 5 PASSOS

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EXERCÍCIO MODELO 1:

• Consideremos um trabalhador, como a seguir:

• Admissão: 01/06/2010

• Demissão: 31/10/2010

• Salário: R$ 800,00/mês

• Contratado para trabalhar de segunda a sexta: das 7:00 às 16:00 com 1 hora de intervalo

• Sábados: das 7:00h às 11:00h

• Entretanto, trabalhava de segunda a sexta: das 7:00h às 18:30h, com 1 hora de intervalo

• Sábados: das 7:00h às 11:00h

• Não trabalhava aos feriados

• Calcular o valor total de horas extras a 50% acima da 8ª hora diária e 44ª semanal – parte 1

• Calcular a integração das horas extras nas verbas rescisórias: Aviso Prévio, 13º salário e férias
proporcionais + 1/3 – parte 2

• Calcular o valor histórico total da condenação – parte 3

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1º PASSO: Observar a data de admissão e demissão do empregado, evitando erros em
proporcionalidade de dias trabalhados. (os trabalhadores nem sempre iniciam um pacto de trabalho
no 1º dia do mês, nem encerram o pacto no último dia do mês).

· No momento de apurar o 13º salário, férias + 1/3, médias de horas extras para integração
em verbas rescisórias, esta observação é essencial.

· São inúmeras as impugnações a cálculos, por não observarem a correta proporcionalidade


dos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão.

Antes de iniciarmos o segundo passo, vamos recordar:

• Não se pode trabalhar misturando as unidades, horas e minutos, por exemplo:

• 7:20h = 7 horas e vinte minutos

• É necessário converter esses minutos em fração da hora, para que se possa elaborar os cálculos
em uma só unidade. No caso, a hora:

1 HORA 60 MINUTOS

X 20 MINUTOS

Multiplicando em cruz, temos:

60x = 20 logo x= 20/60 x= 0,333....h

Então, 7:20h = 7,33 h

Conclusão: Para transformar minutos em fração da hora, basta dividir

estes minutos por 60

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2º PASSO: AVALIAR A CARGA CONTRATUAL: TRABALHADOR DE 220H/MÊS, 180H/MÊS,
ETC....VERIFICAR DEDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA.

Vejamos:

JORNADA CONTRATUAL: SAÍDA – ENTRADA – INTERVALO

No modelo:

2ª/6ª - 16h(saída) – 7h (entrada) – 1h(intervalo) = 8h/dia x 5 dias = 40 horas /semana

Sábado – 11(saída) – 7 (entrada) = 4horas

Total semanal do trabalhador = 40h (2ª/6ª) + 4h(sábados) = 44horas

Total mensal = 220 horas

3º PASSO: AVALIAR A CARGA EXTRA (REAL)

COMPARANDO A JORNADA EXTRA COM A CONTRATUAL, da seguinte forma:

SAÍDA – ENTRADA – INTERVALO – JORNADA CONTRATUAL = Nº DE HE

No modelo:

2ª/6ª - 18,5h(saída) – 7h(entrada) -1h (intervalo) – 8h(contratual) = 2,5he/dia

Observando que 30 minutos foram convertidos em 0,5 hora, certo?

Sábado = não tem horas extras

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4º PASSO: VAMOS LIGAR AS HE AO SALÁRIO, como a seguir:

Sabemos que o empregado recebe R$ 800,00 por mês. Vamos escrever da seguinte forma:

SAIBA MAIS

6 DIAS DE TRABALHO/SEMANA 44 HORAS/SEMANA

30 DIAS DE TRABALHO = 1 MÊS 220 HORAS

Para conferir esta igualdade, basta multiplicar em cruz. O resultado será 1320 nas 2 direções.

Logo, um trabalhador de 44 horas semanais, em 1 mês, será um trabalhador de 220 horas.

Logo:

R$ 800,00/mês = R$ 800,00/220 horas (já que 1 mês = 220 horas) = 800:220 = R$ 3,64/hora =
salário/hora do empregado

Entretanto, é preciso saber quanto ele ganhava por hora extra, porque queremos apurar o valor das
horas extras. Sabendo que a hora extra é remunerada com 50% neste caso:

Dica: ao adicionarmos um percentual a um valor, temos:

3,64 + 50% deste valor, equivale a dizer = 3,64 x 1,5 =

= R$ 5,46/hora extra

(faça o teste adicionando 50% de 3,64 ao valor de 3,64)

Conclusão:

14
O reclamante fazia 2,5he/dia e recebia R$ 5,46 por cada he.

5º PASSO: CONTAR OS DIAS EFETIVAMENTE TRABALHADOS

FAZENDO HE, EXCLUINDO FERIADOS E OS DIAS SEM HORAS EXTRAS.

TOTAL DE HE NO MÊS: FÓRMULA

(SAL/H +%) X NºHE/DIA X NºDIAS DE HE/MÊS

TABELA 1: utilizando diretamente a fórmula acima:

Mês /ano Sal/h +50% Nºhe/dia Nº dias Total he/mês

01/06/2010 5,46 X 2,5 X 21 = 286,65

07/2010 5,46 X 2,5 X 22 = 300,30

08/2010 5,46 X 2,5 X 22 = 300,30

09/2010 5,46 X 2,5 X 21 = 286,65

31/10/2010 5,46 X 2,5 X 20 = 273,00

TOTAL - - - R$ 1.446,90

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EXERCÍCIOS: NO SISTEMA EXCEL

2.a) Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao Reclamante (acima da


diária – método dos 5 passos)
admissão: 01/10/1991
demissão: 30/04/1992

Carga horária mensal: 180 horas


Jornada Contratual: 06 horas de segunda a sábado

Trabalhava efetivamente de segunda a sábado, de 08:00h às 17:00h, com uma hora de intervalo
intrajornada.

1 7h (saída) – 8h (entrada) – 1h (intervalo) – 6h (contrato) = 2 he/dia

Variação salarial:
Em 10/1991: Cr$ 360.000,00
Em 01/1992: Cr$ 720.000,00
Em 03/1992: Cr$ 900.000,00

Não trabalhava nos feriados:


12/10 02/11 15/11 25/12 01/01 20/01 03/03 17/04 21/04

b) Calcular RSR1 e RSR2

3.Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao Reclamante (acima da diária


– método dos 5 passos)

Admissão: 01/04/1996

Demissão: 10/12/1996

Jornada Contratual: 07:20h de segunda a sábado

Jornada Real: segunda a sábado, de 08:00h às 17:00h, com intervalo intrajornada de 15 minutos

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17h (saída) – 8h (entrada) – 0,25h (intervalo) – 7,33 (contrato) = 1,42he/dia

Variação Salarial:

04/1996: R$ 300,00

05/1996: R$ 336,00

Não trabalhava nos feriados: 05/04 01/05 06/06 07/09 12/10 02/11 15/11

Calcular RSR1 e RSR2

4.Calcular o número de Horas Extras a 50% devidas ao Reclamante (acima da


diária – método dos 5 passos), observando os dados da Ficha de Registro do
Empregado – FRE

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FICHA DE REGISTRO nº 4.569

EMPRESA: MLM LTDA

END.: Rua das Rosas, 445

NOME EMPREGADO: Paulo Roberto Almeida

Filiação: Cláudio e Maria Almeida

CTPS: 5674 RJ série 032

Estado civil: solteiro Nasc: 25/02/1965 Nac: Brasil

Data de admissão: 14/04/2003

Salário: R$ 3,00/hora

Horário de Trabalho: De segunda a sexta-feira, de 08:00h às 17:00h, com intervalo intrajornada de


uma hora. Sábados, de 08:00h às 12:00h, totalizando 44 horas semanais.

Forma de Pagamento: Mensal

Ano Mês Valor(R$)

2003 08 6,00/hora

Data da dispensa: 22/11/2003

Jornada Extra: de segunda a sexta-feira, de 08:00h às 18:00h, com intervalo de 01:00h

18h (saída) – 8h (entrada) – 1h (intervalo) – 8h (contrato) = 1he/dia

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Sábados: de 08:00h a 12:30h

12,5 (saída) – 8h (entrada) – 4h(contrato) = 0,5 he/sábado

FERIADOS – 18/04 21/04 01/05 19/06 15/11

3. DOMINGOS, FERIADOS E RSR – LEI 605/49 e art. 67 a 70 CLT


Da lei 605/49

Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro
horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas
das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.

Art. 3º O regime desta lei será extensivo àqueles que, sob forma autônoma, trabalhem
agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa Portuária, ou entidade congênere. A
remuneração do repouso obrigatório, nesse caso, consistirá no acréscimo de um 1/6 (um
sexto) calculado sobre os salários efetivamente percebidos pelo trabalhador e paga
juntamente com os mesmos.

DOS PERÍODOS DE DESCANSO – CLT -

Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro)


horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

*MP 905/2019
“Art. 67. É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas
consecutivas, preferencialmente aos domingos (NR)

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Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos
teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito
à fiscalização.

Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à
permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.

Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou
pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria
e Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada
sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60
(sessenta) dias.

*MP 905/2019

“Art. 68. Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados.

§ 1º O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, uma vez no
período máximo de quatro semanas para os setores de comércio e serviços e, no mínimo, uma vez
no período máximo de sete semanas para o setor industrial.

§ 2º Para os estabelecimentos de comércio, será observada a legislação local.” (NR)

Art. 69 - Na regulamentação do funcionamento de atividades sujeitas ao regime deste Capítulo, os


municípios atenderão aos preceitos nele estabelecidos, e as regras que venham a fixar não poderão
contrariar tais preceitos nem as instruções que, para seu cumprimento, forem expedidas pelas autoridades
competentes em matéria de trabalho.

Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados
religiosos, nos termos da legislação própria.

*MP 905/2019

Art. 70. O trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em dobro, exceto se o empregador
determinar outro dia de folga compensatória.

Parágrafo único. A folga compensatória para o trabalho aos domingos corresponderá ao repouso
semanal remunerado.” (NR)

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O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo
da remuneração relativa ao RSR. Logo, o percentual é de 100% - Súmula 146/TST

4. RSR – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO


Todo empregado tem direito ao RSR, de 24 horas consecutivas, DE PREFERÊNCIA AOS DOMINGOS,
desde que tenha trabalhado toda a semana, cumprindo seu horário de trabalho.

Logo, é um dia que se recebe como todos os outros, inclusive reflexos, porém não se trabalha.

MÉTODOS DE CÁLCULO:

1.RSR = TOTAL DE HORAS EXTRAS/MÊS

2. RSR = TOTAL DE HE/MÊS X dias não úteis (rsr e feriados)

dias úteis

CONTROVÉRSIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Verifica-se cristalinamente que onde se fixa a apuração à razão de 1/6 se refere àqueles
trabalhadores que, de forma autônoma, trabalhem agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa
Portuária ou entidade congênere.

21
Além disso, a adoção da citada fórmula (1/6), por óbvio desconsideraria os dias de repouso em
feriados, provocando uma distorção no correto valor, o que não se verifica ao apurar-se multiplicando
o valor de horas extras pelo número de domingos e feriados, e dividindo-se pelos dias úteis e sábados

No exercício modelo 1, apurando o reflexo de he no RSR pelo método 1:

TABELA 2:

Mês/ano Total he/mês RSR (he:6) He + RSR

01/06/2010 286,65 47,78 334,43

07/2010 300,30 50,05 350,35

08/2010 300,30 50,05 334,43

09/2010 286,65 47,78 350,35

31/10/2010 273,00 45,49 318,49

TOTAL 1.446,90 241,15 1.688,05

EXERCÍCIOS: apurar RSR 1 e RSR2 nos exercícios 1, 2 e

22
Exercício 5:
Paulo Aguiar ajuizou reclamação trabalhista contra a Empresa Folha e Galho Ltda requerendo o
pagamento das horas extras (50% e 100%) e reflexos das he no RSR.

Sabendo-se que o pedido foi PROCEDENTE, calcular:

1.Horas extras a 50% e a 100%

2.RSR sobre as Horas extras

Jornada trabalhada: (extra)

2ª a 6ª feira: de 08:00 às 20:00h com 1 hora de intervalo

20h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3he/dia

Sábados: de 08:00h às 12:00h

Feriados: de 08:00 às 19:00h com uma hora de intervalo

19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) = 10he – NÃO HÁ JORNADA CONTRATUAL


PARA FERIADOS

18/04 – 6ªf 21/04 – 2ªf 01/05 – 5ªf 19/06 - 5ªf

Dados complementares na ficha de Empregado:

23
REGISTRO DE EMPREGADOS nº

Firma: -------------------------

End: -------------------------------

Nome do Empregado: Paulo Aguiar foto

Filiação:----------------------------------

CTPS:-------------------------------------- Série:

Estado civil:----------------------------- data nascimento:---------------- Nac:------

PIS:------------------------- FGTS: data de opção: --------------

Data de admissão: 17/março/2003

Salário: R$ 600,00/mês

Horário de trabalho: das 08:00 às 17:00h, com intervalo de 01 hora para refeição e descanso. Aos sábados das 08:00h às
12:00, num total de 44 horas semanais.

Forma de Pagamento: Mensal

Alterações de Salários Acidentes do Trabalho ou Doenças:

Ano Mês Valor (R$)

2003 05 800,00

Contribuição Sindical: -----------------------------------

Férias:

Relativas ao período de:----------------

Gozadas no período de:----------------

Data da dispensa: 30/08/2003

24
Exercício 6
Alex foi contratado pela empresa Estrela Artes e Produções em 05/04/04 para trabalhar de 2ª
à 6ª feira, das 08:00h às 17:00h, com 01:00h de intervalo e, aos sábados, das 8h às 12h. Seu salário
inicial foi de R$ 700,00 e, em novembro de 2004 foi alterado para R$ 900,00.

Foi demitido sem justa causa em 05/01/2005.

Trabalhava, na realidade, de segunda a quinta-feira, de 08:00h às 17:00h, com 15 minutos


de intervalo.

17h(saída) – 8h(entrada) – 0,25h(intervalo) – 8h(contrato) = 0,75he/dia

Sextas

19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 2he/dia

e sábados trabalhava até às 19:00h, com 01:00h de intervalo.

19h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 4h(contrato) = 6he/dia

Trabalhava nos feriados, na jornada contratual, exceto quando estes caíam aos domingos.

FERIADOS – 8 HORAS EXTRAS – DE 2ª A 6ª FEIRA

4 HORAS EXTRAS - SÁBADOS

Calcular as horas extras a 50% (módulo diário) e a 100%, bem como a integração destas no RSR.

25
Feriados: 09/04 – 6ª feira 21/04 – 4ª feira 01/05 – sábado

10/06 – 5ª feira 07/09 – 3ª feira 12/10 – 3ª feira

02/11 – 3ª feira 15/11 – 2ª feira 25/12 – sábado

01/01 - sábado

5. INTERVALOS: CLT ART 71, 72 E 66


Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas
para descanso.

CONCLUÍMOS ENTÃO, QUE O RSR NÃO PODE SER INFERIOR A 35 HORAS (24 HORAS DE RSR + 11 DE
INTERVALO)

Art. 71. [reforma trabalhista 2017]


Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo
escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15
(quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro
do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se
verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos
refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a
horas suplementares.
Nova redação, vigência em 11/11/2017:

26
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e
alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da
hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

Redação anterior:

§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo
empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no
mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Incluído
pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994)

§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no §
1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o
início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de
veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada
pela Lei nº 13.103, de 2015)

JORNADA>6 HORAS – INTERVALO OBRIGATÓRIO DE NO MÍNIMO 1 HORA. (ATÉ 2 HORAS, EXCETO


POR ACORDO ESCRITO, CONTRATO COLETIVO)

4 HORAS <JORNADA<6 HORAS – INTERVALO OBRIGATÓRIO DE 15

MINUTOS

OS INTERVALOS NÃO SÃO COMPUTADOS NA JORNADA DE TRABALHO.

27
INTERVALO < 1 HORA – AUTORIZAÇÃO POR ATO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO (DELEGADO DO
TRABALHO) – REFEITÓRIO ADEQUADO

INTERVALO NÃO CONCEDIDO – DEVERÁ SER REMUNERADO COM 50% DA HORA NORMAL –
NATUREZA INDENIZATÓRIA

Art. 72.
Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de
90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não
deduzidos da duração normal de trabalho.

EXERCÍCIOS: Apurar o valor do intervalo Intrajornada de uma hora nos exercícios


03 e 06

6. ADICIONAL NOTURNO CLT ART 73 e Súmula 60TST

28
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno
e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
9.666, de 1946)

§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do
dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)

Súmula nº 60 do TST

ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO


(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o
adicional quanto às horas prorrogadas.

Duas Vantagens do Trabalho Noturno:

TRABALHO EXECUTADO ENTRE 22:00H E 05:00 HORAS DO DIA SEGUINTE

1. 8 HORAS DIURNAS = 7 HORAS NOTURNAS

2. REMUNERAÇÃO SUPERIOR AO TRABALHO DIURNO – 20% NO MÍNIMO

Análise:
Vantagem 1:

Se 7 HORAS NOTURNAS = 8 HORAS DIURNAS

1 HORA NOTURNA =X

29
Logo X = 8/7 = 1,142857122857.........= 1,14

1h noturna = 1,14 diurnas

2h noturnas = 2,28 diurnas

3h noturnas = 3,42 diurnas

-----------------------------------------------------

7h noturnas = 8 horas diurnas

Vantagem 2:

Salário/hora com 20% = sal/h x 0,20 = Só o Adicional Noturno

Hora Noturna = sal/h x 1,2 = Não recebeu a Hora Noturna

Hora Extra e noturna = sal/hora x 1,2 x 1,5 = sal/h x 1,8

EXERCÍCIOS

7. Pedro Henrique trabalhou na empresa Car e Veículos Ltda no período de 01/07/1997 a 21/11/1997,
no seguinte horário: de 2ª a 6ª feira, de 13:00h as 22:00h, com intervalo de 1 hora e aos sábados, das
13:00h as 17:00h.

Porém, duas vezes por semana (3ª e 5ª, exceto feriados), trabalhava extraordinariamente até às
24:00h, não sendo pago pela empresa.

30
De 22h as 24h = 2he x 1,14 (noturna) = 2,28he

Qual o valor devido a título de horas extras, sendo observada a jornada noturna?

Variação Salarial:

07/1997: R$ 600,00

10/1997: R$ 800,00

8. Henrique Macedo foi demitido injustamente da Empresa Ferro e Faca em 29/11/2002, sabendo-se
que duas vezes na semana (2ªs e 5ªfeiras), sua jornada de trabalho terminava às 02:00 h (manhã),
exceto feriados, calcule quanto perceberá por essas horas extras:

De 22h as 2h = 4he x 1,14 (noturna) = 4,56he

Admissão: 04/03/2002

31
Demissão: 29/11/2002

Jornada Contratual:

Segunda a sexta-feira: de 13:00h as 22:00 h com 1 hora de intervalo

Sábado: de 13:00h as 17:00h

Variação Salarial:

03/2002: R$ 500,00

05/2002: R$ 600,00

EXERCÍCIO 9

admissão: 03/03/2006

demissão: 10/11/2006

Variação Salarial:

março: R$ 650,00

junho: R$ 800,00

setembro: R$ 920,00

Contrato: 8 horas/dia, de 2ª a 6ª feira

4horas/sábados

32
Jornada Real: 2ª e 3ª feira: de 08:00h as 20:00 h com 1 h de intervalo

20h(saída) – 8h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3he

4ª e 5ª feira: de 11:00h as 23:30h com 1 hora de intervalo

22h(saída) – 11h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 2he

23,5h(saída) – 22h(entrada) = 1,5 x 1,14 = 1,71 he

6ª feira: de 07:00:h as 16:30h com 45 min de intervalo

16,5h(saída) – 7h(entrada) – 0,75h(intervalo) – 8h(contrato) = 0,75he

Sábados: de 18:00h as 23:00 h sem intervalo

22h(saída) – 18h(entrada) – 4h(contrato) = 0he

23h(saída) – 22(entrada) = 1,0 x 1,14 = 1,14 he

OS INTERVALOS ERAM SEMPRE NO HORÁRIO DIURNO

Calcular as horas extra a 50% (diurnas) e a 80%(noturnas), módulo diário e o reflexo em RSR

NÃO TRABALHA AOS FERIADOS

FERIADOS:

01/05 – 2ª feira

15/06 – 5ª feira

07/09 – 5ª feira

12/10 – 5ª feira

33
02/11 – 5ª feira

14/04 – 6ª feira

21/04 – 6ª feira

Se houvesse trabalho nos feriados, no horário de 08:00h as 13:00h, calcular as horas extras com
reflexo no RSR.

34
7. SALÁRIOS/COMISSÕES
SALÁRIO: Contraprestação devida pelo empregador ao empregado em virtude de serviços prestados,
inclusive nos períodos de interrupção. Ex: férias.

REMUNERAÇÃO:Contraprestação paga tanto pelo empregador, quanto por terceiros, de forma


habitual, em virtude do contrato de emprego. Ex: gorjetas, gueltas.

NATUREZA SALARIAL: Ligada ao conceito de salário e de habitualidade. Verbas que integram o salário
para formar a base de cálculo de outras verbas. Ex: Horas extras, Aviso Prévio, etc...

NATUREZA INDENIZATÓRIA: Visa a reparação de um dano. Tem o caráter de compensar; jamais


integrará a remuneração para efeito de base de cálculo de verbas trabalhistas.

NATUREZA PREVIDENCIÁRIA: Suportada pelo órgão previdenciário. O empregador adianta ao


empregado e depois abate da contribuição previdenciária a ser paga pela empresa ao INSS. Ex: salário-
família.

SALÁRIO FIXO: Obedece a um critério constante. É pago por unidade de tempo.

SALÁRIO VARIÁVEL: Pago de acordo com atividade ou produção. Ex: comissões.

SALÁRIO MISTO: Composto por uma parte fixa e outra variável.

COMISSÕES: Modalidade de salário com base em percentuais que incidem sobre o valor da atividade
executada pelo empregado.

Verba de natureza salarial devida em certa porcentagem sobre o valor das vendas realizadas pelo
empregado. Por sua natureza gera reflexos nos RSRs.

35
O valor da comissão, mesmo que de forma mista (salário fixo + comissão), reflete no cálculo
das demais verbas trabalhistas, a saber, horas extras, férias + 1/3, 13ºs salários, aviso prévio, FGTS,
etc..

36
SÚMULA 340 TST – NOVA REDAÇÃO

O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao


adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o
valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas
efetivamente trabalhadas.

Ex: trabalhador de 220h/mês

Salário fixo: R$ 1.000,00

Comissões: R$ 500,00

Nº de horas extras/mês: 30 he

Parte fixa: 1000/220 = 4,55 x 1,50 = R$ 6,82 x 30 he =

R$ 204,55

Parte variável: 500/250(220h + 30 he) = R$ 2,00 x 0,5 (só percentual) = R$ 1,00 x 30 he = R$ 30,00

Total recebido: R$ 234,55

MP 905/2019

Alimentação

“Art.457. ................................................................................................. (Produção de efeitos)

.....................................................................................................................

§ 5º O fornecimento de alimentação, seja in natura ou seja por meio de documentos de legitimação, tais como
tíquetes, vales, cupons, cheques, cartões eletrônicos destinados à aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios,
não possui natureza salarial e nem é tributável para efeito da contribuição previdenciária e dos demais tributos
incidentes sobre a folha de salários e tampouco integra a base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa física.”
(NR)

“Art. 458. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a habitação,
o vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer
habitualmente ao empregado, e, em nenhuma hipótese, será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou
drogas nocivas.

................................................................................................................" (NR)

Gorjetas
“Art. 457-A. A gorjeta não constitui receita própria dos empregadores, mas destina-se aos
trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou
acordo coletivo de trabalho. (Produção de efeitos)

37
§ 1º Na hipótese de não existir previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios
de rateio e de distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos § 2º e § 3º serão definidos
em assembleia geral dos trabalhadores, na forma prevista no art. 612.

§ 2º As empresas que cobrarem a gorjeta deverão inserir o seu valor correspondente em nota fiscal,
além de:

I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva


nota de consumo, facultada a retenção de até vinte por cento da arrecadação correspondente, para
custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos
empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da gorjeta, cujo valor
remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador;

II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na


respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até trinta e três por cento da arrecadação
correspondente para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas, derivados da sua
integração à remuneração dos empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o
valor da gorjeta, cujo valor remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador; e

III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o


salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta.

§ 3º A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá os seus critérios
definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros
estabelecidos no § 2º.

§ 4º As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados


o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referentes aos últimos doze meses.

§ 5º Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata este artigo, desde que cobrada por
mais de doze meses, esta se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos
doze meses, exceto se estabelecido de forma diversa em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

§ 6º Comprovado o descumprimento do disposto nos § 1º, § 3º, § 4º e § 6º, o empregador pagará


ao empregado prejudicado, a título de pagamento de multa, o valor correspondente a um trinta avos da
média da gorjeta recebida pelo empregado por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados
em qualquer hipótese os princípios do contraditório e da ampla defesa.” (NR)

“Art. 477. ..............................................................................................

...................................................................................................................

§ 8º Sem prejuízo da aplicação da multa prevista no inciso II do caput do art. 634-A, a inobservância
ao disposto no § 6º sujeitará o infrator ao pagamento da multa em favor do empregado, em valor
equivalente ao seu salário, exceto quando, comprovadamente, o empregado der causa à mora.

38
9. PROPORCIONALIDADE
AVISO PRÉVIO – 487 CLT

Época própria para o pagamento: Desligamento

Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato
deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:

I - oito dias,se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (Redação dada pela Lei nº 1.530,
de 26.12.1951)

II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de
serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)

§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários
correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de
serviço.

§ 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários
correspondentes ao prazo respectivo.

§ 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos
anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço.

§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. (Parágrafo incluído pela Lei nº 7.108, de 5.7.1983)

§ 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. (Parágrafo incluído pela
Lei nº 10.218, de 11.4.2001)

§ 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-
avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao
período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. (Parágrafo incluído pela
Lei nº 10.218, de 11.4.2001)

Integra o tempo de serviço para apuração de 13º salário e férias + 1/3

HORAS EXTRAS HABITUAIS E TODAS AS VERBAS SALARIAIS INTEGRAM O AVISO PRÉVIO


INDENIZADO PELA MÉDIA DOS ÚLTIMOS 12 MESES.

39
13º SALÁRIO – ART 7º CF
Base de cálculo: Salário Integral de Dezembro de cada ano (época própria)

CADA MÊS TRABALHADO OU FRAÇÃO IGUAL OU SUPERIOR A 15 DIAS = 1/12

HORAS EXTRAS E TODAS AS VERBAS QUE FORMAM A REMUNERAÇÃO INTEGRAM O 13º SALÁRIO
PELA MÉDIA DO ANO CIVIL.

FÉRIAS + 1/3 ART - 129/153

Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração.

Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará
em dobro a respectiva remuneração.

Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias
proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em
abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.

Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.

Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias.

Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a
remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha
adquirido.

Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde
que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior
a 14 (quatorze) dias.

Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em
prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa
ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.

SÃO CALCULADAS COM BASE NA REMUNERAÇÃO – HE E VERBAS SALARIAISINTEGRAM AS FÉRIAS


PELA MÉDIA DO PERÍODO AQUISITIVO.

EXERCÍCIO 10:
CALCULAR OS VALORES DE AVISO PRÉVIO INDENIZADO, 13 SALÁRIO PROPORCIONAL E FÉRIAS
PROPORCIONAIS + 1/3 NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:

40
a) ADM: 18/07/2003 – 31 – 18 + 1 = 14 dias < 15 dias

DEM: 24/11/2003 - 24 dias > 15 dias

SALÁRIO EM 11/03: R$ 1.000,00

Aviso Prévio = R$ 1.100,00

13º salário – 4 meses (agosto, setembro, outubro, novembro) = 4/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado)
= 5/12 x 1.100 = R$ 416,67

Férias - de 18/07 --- 17/08

18/08 --- 17/09

18/09 --- 17/10

18/10 ---17/11

18/11 --- 24/11 = 6 dias < 15 dias

4/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = 5/12 x 1.100 = R$ 416,67

416,67 + 1/3 = R$ 555,56

b) ADM: 22/04/1991 SALÁRIO EM 91: Cr $ 300,00

DEM: 20/09/1994 SALÁRIO AGOSTO 93: CR$ 300,00

SALÁRIO JULHO/94: R$ 300,00

Aviso Prévio = R$ 300,00

13º/1991 = 8/12 x 300 = Cr$ 300,00

13º/1994 = 9/12 + 1/12 (AP) = R$ 250,00

Férias – 5/12 + 1/12 (AP) = 150 + 1/3 = R$ 200,00

41
11. Fernanda Magalhães, admitida em 13/11/02 e demitida em 16/05/03, propôs Reclamação
Trabalhista contra a empresa Mega Models Ltda, requerendo as seguintes verbas:

A. Horas Extras (50% - módulo diário e 100%)

B. Reflexos das Horas Extras (50% e 100%) no RSR.

C. Aviso Prévio

D. 13º salário/02 e 13º salário/03

E. Férias proporcionais + 1/3

F. Vale Transporte.

G. Seguro Desemprego.

H. Dedução de verbas pagas a mesmo título.

42
JORNADA NORMALCONTRATUAL:
de 08:30 às 17:30h com 1 hora de intervalo

Sábados: de 08:30 às 12:30h

JORNADA EXTRA:

2ª e 3ª feira: de 08:30 às 18:30h com 1 hora de intervalo

18,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 1he

4ª a 6ªfeira: de 08:30 as 19:15h com 1 hora de intervalo

19,25h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 1,75he

Sábados: de 16:00h a 01:00h da manhã com 1 hora de intervalo (de 19 - 20h)

22h(saída) – 16h(entrada) – 1h(intervalo) – 4h(contrato) = 1he

1h(saída) – 22h(entrada) = 3he x 1,14 = 3,42 he

Feriados: de 08:30 às 16:30h com 1 hora de intervalo

16,5h(saída) – 8,5h(entrada) – 1h(intervalo) = 7he

Feriados: 15/11 - 6ªfeira 25/12- 4ª feira 01/01 - 4ªfeira 20/01 - 2ª feira 04/03 - 3ª
feira 18/04 - 6ª feira 21/04 - 2ª feira 01/05 - 5ª feira

43
O pedido foi procedente em parte, sendo deferidos os seguintes ítens:

A, B, C, D, E, e H, observando-se o horário noturno.

Verbas pagas: Variação Salarial

Aviso Prévio: R$ 850,00 11/02 – R$850,00

13º/02 - R$ 80,00 04/03 – R$1000,00

13º/03 - R$ 180,00

Férias proporcionais + 1/3: R$ 250,00

12.Patrícia Pinheiro, admitida em 14/10/04 e demitida em 20/04/05, propôs Reclamação Trabalhista


contra a empresa RRJ Advogados Associados Ltda, requerendo as seguintes verbas:

A. Horas Extras (50% e 100%)


B. Reflexos das Horas Extras (50% e 100%) no RSR.
C. Aviso Prévio indenizado.
D. 13º salário proporcional/04 e 13º salário proporcional/05
E. Férias proporcionais + 1/3
F. Vale Transporte.
G. Seguro Desemprego.
H. Dedução de verbas pagas a mesmo título.

JORNADA CONTRATUAL:

Segunda a sábado: de 10:00h as 18:20h c/ 1 h de intervalo

JORNADA EXTRA:

2ª feira: de 09:00h às 18:00h com 1 hora de intervalo


18h(saída) – 9h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 0,67he

3ª e 4ªfeira: de 9:00h as 20:30h com 1:30 hora de intervalo


20,5h(saída) – 9h(entrada) – 1,5h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 2,67he

5ª e 6ª feira: de 12:00h as 23:00h c/1h de intervalo (19 - 20h)

44
22h(saída) – 12h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 1,67he
23h(saída) – 22h(entrada) = 1he x 1,14 = 1,14 he

Sábados: de 10:00h as 19:20h c/1 hora de intervalo


19,33h(saída) – 10h(entrada) – 1h(intervalo) – 7,33h(contrato) = 1he

Feriados = JORNADA CONTRATUAL = 7,33 he

Feriados: 02/11 - 3ªfeira 15/11- 2ª feira 25/12 - SAB 01/01 - SAB 20/01 - 5ª feira
08/02 - 3ª feira 25/03 - 6ª feira

O pedido foi procedente em parte, sendo deferidos os seguintes ítens:


A, B, C, D, E, e H, observando-se o horário noturno.

Verbas pagas: Variação Salarial


Aviso Prévio: R$ 920,00 10/04 - R$ 900,00
13º/04 - R$147,50 12/04 - R$ 990,00
13º/05 - R$ 300,00 02/05 - R$ 1.120,00
Férias proporcionais + 1/3: R$ 700,00

45
10. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE

CLT ART 189/197

INSALUBRIDADE:

ATIVIDADES QUE EXPONHAM OS EMPREGADOS A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE, ACIMA DOS LIMITES
DE TOLERÂNCIA.

CÁLCULO:

GRAUS: 10% - MÍNIMO

20% - MÉDIO

40% - MÁXIMO

O artigo 192 da CLT, com redação dada pela Lei nº 6.514 de 1977, prevê taxativamente que o
adicional de insalubridade, seja em que grau for, irá incidir sobre o salário mínimo, e não sobre a
remuneração do empregado.

Importante ressaltar que o referido dispositivo é de 1977, ou seja, anterior a promulgação de nossa
Constituição Federal.

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de
40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região,
segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

A Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, em seu artigo 7º inciso IV, garante aos
trabalhadores o direito ao salário mínimo, sendo vedada sua vinculação como índice ou base de
cálculo.

Após muita polêmica, foi redigida a súmula 228 do TST, a qual garantia a permanência do salário
mínimo, como base de cálculo do adicional de insalubridade.

46
Conforme dito anteriormente, em 2008 o Supremo Tribunal Federal dispôs, na súmula vinculante nº
4, que é absolutamente vedada a utilização do salário mínimo, como base de cálculo de qualquer
vantagem ao empregado.

Diante de tal enunciado, o Tribunal Superior do Trabalho, ainda em 2008, alterou a Súmula 228, que
passou a indicar o salário básico do trabalhador como base de cálculo

Dessa forma, atualmente o Tribunal Superior do Trabalho considera válida a utilização do salário
mínimo como base de cálculo, mesmo reconhecendo sua inconstitucionalidade:

PERICULOSIDADE:

CONTATO COM INFLAMÁVEIS OU EXPLOSIVOS.

CÁLCULO: 30% SOBRE O SALÁRIO BASE.

47
OBSERVAÇÕES:

1. O EMPREGADO PODE OPTAR PELO ADICIONAL MAIS VANTAJOSO.

2. O DIREITO AOS ADICIONAIS CESSA COM A ELIMINAÇÃO DO RISCO

11. REFLEXOS DE HE NAS RESCISÓRIAS

Este cálculo é efetuado após apuração de horas extras e reflexos

Para cada verba deferida e/ou percentuais ou jornadas diferentes, uma integração é calculada.

OJ-SDI1-394 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS. NÃO
REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO PRÉVIO E DOS
DEPÓSITOS DO FGTS. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)

A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração das horas extras
habitualmente prestadas, não repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso
prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de “bis in idem”.

Ou seja, média de horas extras refletindo em RSR, Aviso Prévio, 13º salário, Férias + 1/3 e Fgts + 40%.

Sem OJ 394: média de horas extras refletindo em RSR, e, adicionadas deste, em Aviso Prévio, 13º
salário, Férias + 1/3 e Fgts + 40%.

MÉTODO DE 5 PASSOS PARA O EXERCÍCIO MODELO 1

Mês /ano Sal/h +50% Nºhe/dia Nº dias Total he/mês

01/06/2010 5,46 X 2,5 X 21 = 286,65

48
07/2010 5,46 X 2,5 X 22 = 300,30

08/2010 5,46 X 2,5 X 22 = 300,30

09/2010 5,46 X 2,5 X 21 = 286,65

31/10/2010 5,46 X 2,5 X 20 = 273,00

TOTAL - - - R$ 1.446,90

1º PASSO: OBSERVAR A DATA DE ADMISSÃO E DEMISSÃO

Nº de dias igual ou maior a 15 = considera o mês para média

Nº de dias menor que 15 = despreza o mês para cálculo da média

49
· No modelo, tanto o mês de admissão, quanto o de demissão, serão considerados para
média.

2º PASSO: ADICIONAR O Nº DE DIAS DO PERÍODO CONSIDERADO, desprezando os meses, conforme


passo 1.

Logo: 21+22+22+21+20 = 106 dias

3º PASSO: ADICIONAR O Nº DE MESES RELATIVOS AO 2º PASSO:

5 meses

4º PASSO: OBSERVAR O ÚLTIMO(MAIOR) SALÁRIO/HORA COM O ADICIONAL EM QUESTÃO:

R$ 5,46

5º PASSO: OBSERVAR O Nº DE HE DO PERÍODO EM QUESTÃO:

2,5 he/dia

FÓRMULA PARA APURAÇÃO DA MÉDIA DE HE:

MÉDIA DE HE: ÚLTIMO SAL/H +% X Nº DIAS X Nº HE

Nº MESES

Logo:

Média he: 5,46 x 106 x 2,5 = 289,38

50
5

MÉDIA RSR = MÉDIA HE (não houve determinação no modelo 1)

Esta é a média de he que irá acrescer os valores de verbas rescisórias, como a seguir, considerando o
salário de R$ 800,00 e aviso prévio indenizado, temos:

Aviso prévio= último salário + média de he (de até) últimos 12 meses – média duodecimal

Assim: aviso prévio = 800,00 + 289,38 = R$ 1.089,38

13º proporcional: 1.089,38 x nº meses com trabalho de 15 ou mais dias

12 meses = 1 ano

5/12 (5 meses) + 1/12 (aviso prévio indenizado)

Logo, 13º proporcional = 1.089,38 x 6/12 = R$ 544,69

Férias proporcionais + 1/3 = 1.089,38 x nº meses a partir da admissão + 1/3

12 meses = 1 ano

5/12 + 1/12 (aviso prévio indenizado) = R$ 544,69

1/3 = 544,69: 3 = 181,56

Assim, férias proporcionais + 1/3 = 544,69 + 181,56 = R$ 726,25

51
TOTAL DAS RESCISÓRIAS: 1.089,38 + 544,69 + 726,25 =

= R$ 2.360,32

TOTAL HE + RSR + RESCISÓRIAS = 1.688,05 + 2.360,32 =

TOTAL HISTÓRICO DA CONDENAÇÃO = R$ 4.048,37

52
EXERCÍCIO 13:

Admissão: 06/05/2013 – 31 – 6 + 1 = 26 dias > 15 dias

Demissão: 28/11/2013 - 28 dias > 15 dias

Salário: R$ 1.100,00

Jornada contratual: de 2ª a 6ª feira: das 09:00h às 18:00h com 1h de intervalo

sábado: das 09:00h às 13:00h

Jornada real: de 2ª a 6ª feira: das 09:00h às 21:30h com 1h de intervalo

21,5h(saída) – 9h(entrada) – 1h(intervalo) – 8h(contrato) = 3,5he

sábado: das 09:00h às 13:00h

Não trabalhava nos feriados

Feriados: 30/05 – 5ª feira 15/11 – 6ª feira

Calcular:

1. o valor total de horas extras a 50% acima da 8ª hora diária.

2. Reflexo das horas extras no RSR, em Aviso prévio indenizado, 13º proporcional e férias
proporcionais + 1/3 – Utilizando a OJ 394

3. Total histórico da condenação = He + RSR + Rescisórias

53
EXERCÍCIO 14:

RECLAMANTE: MATEUS BATISTA

RECLAMADA: NOGUEIRA FUTEBOL CLUBE

ADMISSÃO: 16/07/98 – 31 - 16+ 1 = 16 dias > 15 dias

DEMISSÃO: 08/01/99 – 8dias < 15 dias

VARIAÇÃO SALARIAL

01/07/98 - R$ 600,00

01/11/98 - R$ 800,00

JORNADA DE TRABALHO EXTRA

SEGUNDA A SEXTA: 09:00 AS 18:30 H C/ INTERVALO DE 30 Minutos

18:30(saída) – 9h(entrada) – 0,5(intervalo) – 8h(contrato) = 1he

SÁBADO: 09:00 AS 13:20H S/ INTERVALO.

13,33(saída) – 9h(entrada) – 4h(contrato) = 0,33he

54
HORÁRIO DE TRABALHO CONTRATUAL

SEGUNDA A SEXTA: 09:00 AS 18:00 H C/ INTERVALO DE 1 HORA.

SÁBADO: 09:00 AS 13:00 H S/ INTERVALO.

NÃO TRABALHAVA NOS FERIADOS

FERIADOS: 07/09- 2ª FEIRA 03/10 - SÁBADO 12/10 – 2ª FEIRA


02/11- 2ª FEIRA 15/11– DOMINGO 25/12- 6ª FEIRA 01/01/99 - 6ª
F.EIRA

PEDIDOS DO RECLAMANTE:

A. HORAS EXTRAS

B. RSR S/HORAS EXTRAS

C. INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS E RSR AO SALÁRIO PARA CÁLCULO DOS 13º SALÁRIOS,
FÉRIAS E AVISO PRÉVIO. (SEM UTILIZAÇÃO DA OJ 394)

D. FGTS + 40% S/DIFERENÇAS.

E. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE 20%.

O pedido foi PROCEDENTE EM PARTE, sendo deferidas as seguintes parcelas:

ÍTENS A, B, C, E e DEDUÇÃO DAS VERBAS PAGAS.

55
VERBAS PAGAS AVISO PRÉVIO: R$ 800,00 13º/98 - R$ 120,00

FÉRIAS PROP: R$ 300,00 13º/99 - R$ 27,00 .

56
10. VALE TRANSPORTE

CRIADO PELA LEI 7.418 EM 1985 - FACULTATIVO

A PARTIR DA LEI 7.619 DE 30.09.1987 – OBRIGATÓRIO

VALOR GASTO DE VALE TRANSPORTE:

VALOR DA PASSAGEM X Nº DE VIAGENS /DIA X Nº DIAS TRABALHADOS/MÊS

O CÁLCULO DO VALE É FEITO MÊS A MÊS

O EMPREGADO CONTRIBUI MENSALMENTE COM 6% DO SEU SALÁRIO BASE (INTEGRAL),


EXCETO NOS MESES DE ADMISSÃO E DEMISSÃO (PROPORCIONAL)

TOTAL MENSAL = VALOR GASTO – 6% DO SALÁRIO BASE

11. INDENIZAÇÃO DO SEGURO DESEMPREGO:

CRIADO PELA RESOLUÇÃO CODEFAT 64 (CONSELHO DELIBERATIVO DO FAT) EM 28.


07.1994

57
BASE DE CÁLCULO:

MÉDIA DOS 3 ÚLTIMOS MESES DA SALÁRIO RECEBIDO.

A princípio, é necessário esclarecer que as mudanças no seguro-desemprego foram trazidas,


primeiramente, pela medida provisória 665 de 30/12/2014, posteriormente convertida na
lei 13.134 de 16/06/2015.
Antes das alterações da MP 665, o seguro-desemprego tinha carência de seis meses. Isso
quer dizer que o trabalhador precisava ter estado empregado, recebendo salário, durante
os 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa.
Outra mudança é em relação a quantidade de parcelas de seguro-desemprego que o
desempregado receberá. Antes das mudanças, o desempregado poderia receber até quatro
parcelas de benefício a cada 16 meses.

Carência
Na vigência (validade) da MP 665 (de 30/12/2014 a 16/06/2015), passamos a ter três
períodos diferentes de carência, desta forma:
· ao pedir o seguro-desemprego pela primeira vez, o segurado deve ter
trabalhado pelo menos 18 meses no período de 24 meses imediatamente
anteriores à dispensa;

· na segunda vez, deve ter trabalhado 12 meses nos últimos 16 meses;

· na terceira e seguintes, 6 meses nos últimos 6 meses.


Entretanto, a Lei 13.134, que é a que vale agora, modificou esta regra, tornando-a menos
rígida, desta forma:
· ao pedir o seguro-desemprego pela primeira vez, a pessoa deve ter trabalhado
pelo menos 12 meses no período de 18 meses imediatamente anteriores à
dispensa;

· na segunda vez, deve ter trabalhado 9 meses nos últimos 12 meses;

· na terceira e seguintes, 6 meses nos últimos 6 meses.


Parcelas
Sobre a quantidade de parcelas, a MP 665 trouxe, novamente, três opções, variando de 3 a
5 parcelas, de acordo com a tabela a seguir:
A Lei 13.134 (válida atualmente) manteve esta quantidade de parcelas, de acordo com a
tabela a seguir:

58
A PARCELA NÃO PODE SER MENOR QUE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO.

12. FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS

Lei 8036/90

MULTA DE 40% SOBRE O FGTS

O FGTS não é propriamente uma verba trabalhista, é, na verdade, uma conta


bancária vinculada à Caixa Econômica Federal, em nome do trabalhador, onde o
empregador deposita mensalmente 8%da remuneração do empregado (todas as verbas de
natureza salarial, habituais ou não). O ônus é do empregador, sem qualquer desconto no
salário do empregado.

O FGTS tem o objetivo de auxiliar o trabalhador, caso esse seja demitido, em


qualquer hipótese de encerramento da relação de emprego, seja ela por motivo de doenças
graves e até catástrofes naturais.

O FGTS foi instituido em 1966 e é regulado por uma lei federal. Inicialmente, o FGTS existia
apenas como forma de garantia de emprego, chamada de estabilidade, ou seja, quando o
empregado completava 10 anos de trabalho em uma empresa, não poderia mais ser
demitido, a não ser em justa causa.

59
O pagamento da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela empresa,
deve ser feito por meio de depósito na conta do trabalhador, que ao sacar o FGTS, receberá
o saldo total existente na conta mais a multa que é o acréscimo de 40% depositada.

A multa de 40% deve ser depositada na conta do trabalhador nos seguintes casos:

DESPEDIDA SEM JUSTA CAUSA, PELO EMPREGADOR, INCLUSIVE A INDIRETA

Neste caso, a multa de 40% (quarenta por cento) sobre o saldo total da conta vinculada do
FGTS aberta pela empresa em nome do trabalhador.

RESCISÃO INDIRETA - Considera-se despedida indireta a falta grave praticada pelo


empregador em relação ao empregado que lhe preste serviço.

A falta grave, neste caso, é caracterizada pelo não cumprimento da lei ou das condições
contratuais ajustadas por parte do empregador.

A despedida indireta é assim denominada porque a empresa ou o empregador não demite o


empregado, mas age de modo a tornar impossível ou intolerável a continuação da prestação
de serviços.

Voltar ao Exercício 13

13. MULTA DO ARTIGO 477 CLT

CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943

Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na


Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e
realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

60
§ 8º Sem prejuízo da aplicação da multa prevista no inciso II do caput do art. 634-A, a
inobservância ao disposto no § 6º sujeitará o infrator ao pagamento da multa em favor do
empregado, em valor equivalente ao seu salário, exceto quando, comprovadamente, o
empregado der causa à mora. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019)

14. MULTA DO ARTIGO 467 CLT

Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o


montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data
do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de
pagá-las acrescidas de cinquenta por cento.

15. COTA PREVIDENCIÁRIA

Tratando-se de verbas de natureza salarial, o empregador deve promover o


desconto previdenciário devido (8%, 9%, 11%) sobre o valor do salário contribuição mensal
do empregado. Se o empregado já contribuiu durante o pacto pelo teto, a parcela das
verbas que ultrapassar este limite, não sofre desconto previdenciário.

16. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

61
Atualização Monetária é o nome que se dá no Brasil para os ajustes contábeis e financeiros,
realizados com o intuito de se demonstrar os preços de aquisição em moeda em circulação
no país (atualmente o Real), em relação ao valor de outras moedas (ajuste cambial) ou
índices de inflação ou cotação do mercado financeiro (atualização monetária propriamente
dita).

Em Economia é também chamado de "Correção Monetária", ou seja, um ajuste feito


periodicamente de certos valores na economia tendo em base o valor da inflação de um
período, objetivando compensar a perda de valor da moeda.

62
17. JUROS

O juro é uma remuneração do fator capital, pode ser compreendido como uma espécie de
"aluguel sobre o dinheiro". A taxa seria uma compensação feita a quem emprestou o
dinheiro, pelos investimentos úteis que poderiam ter sido feitos com o dinheiro
emprestado; em vez do credor usar os bens diretamente, estes passam para o mutuário,
que goza destes bens sem o esforço necessário para obtê-los, enquanto o credor goza do
lucro da taxa paga pelo mutuário pelo privilégio. A quantia emprestada, ou o valor dos bens
emprestados, é chamada de principal. A porcentagem do principal que é paga como taxa (o
juro), por um determinado período de tempo, é chamada de taxa de juros.

MP 905/2019

“Art. 879. ................................................................................................

.....................................................................................................................

§ 7º A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será feita pela


variação do IPCA-E, ou por índice que venha substituí-lo, calculado pelo IBGE, que deverá
ser aplicado de forma uniforme por todo o prazo decorrido entre a condenação e o
cumprimento da sentença.” (NR)

“Art. 883. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora
dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida
de custas e juros de mora equivalentes aos aplicados à caderneta de poupança, sendo
estes, em qualquer caso, devidos somente a partir da data em que for ajuizada a
reclamação inicial.” (NR)

Bibliografia:

1. José Aparecido dos Santos -Curso de Cálculos de Liquidação Trabalhista

2. CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – 2019

63
3. Maysa Infante – Apostilas de Liquidação de Sentença TRT/1ª Região

64

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