Você está na página 1de 43

DURAÇÃO DO

TRABALHO
Art. 7º, XIII, CF/88
Arts. 57 a 75 da CLT.
Súmula 429 TST
1. LIMITAÇÃO DE
JORNADA
Art. 7º, XIII CF/88
Súmula 429 TST
Art. 13, §1º e 2º da LC 150/15
Art. 4º CLT
Jornada Fixa

Duração Máxima 8h diárias a 44 Horas semanais.

Chamada de Jornada Normal – art. 7º , XIII, CF/88.

• OBS: Empregados Domésticos - Não tinham a jornada limitada –


após LC 150/15.
Jornada Móvel ou Variável e Trabalho
Intermitente
OJ 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA REDUZIDA.

EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em

16.02.2016) - Res. 202/2016, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.02.2016

I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional

de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do

salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.

II – Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de

empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzid.

Precedentes do Supremo Tribunal Federal.


Trabalho Intermitente
• Art. 443 CLT

§ 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a


prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com
alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos
por legislação própria.
• Com a previsão do trabalho intermitente, houve a legalização da
jornada de trabalho variável ou móvel. Assim, a depender da
necessidade da empresa, o empregado pode ser chamado para
trabalhar com jornada de durações diferentes a cada dia.
2. TEMPO À DISPOSIÇÃO
DO EMPREGADOR
DISPOSIÇÃO DO EMPREGADO

A jornada de trabalho do empregado abrange o tempo em está à


DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR, executando serviços ou aguardando
ordens – conforme art. 4º CLT.

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o


empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
NÃO SE CONSIDERA À DISPOSIÇÃO:
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como

período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco

minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha

própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições

climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer

atividades particulares, entre outras: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

(Vigência)
I - práticas religiosas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
II - descanso; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
III - lazer; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
IV - estudo; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
V - alimentação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
VI - atividades de relacionamento social;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
VII - higiene pessoal; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
(Vigência)
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade
de realizar a troca na empresa.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
Flexibilização do período à disposição do
empregador – 3 momentos:
1) Tempo de Espera: Art. 253-C, §8º, CLT – MOTORISTA PROFISSIONAIS.

§ 8o São considerados tempo de espera as horas em que o motorista profissional empregado


ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do
destinatário e o período gasto com a fiscalização da mercadoria transportada em barreiras
fiscais ou alfandegárias, não sendo computados como jornada de trabalho e nem como horas
extraordinárias

§ 9o As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30% (trinta


por cento) do salário-hora normal.
2. PRONTIDÃO: Permanece nas dependências da empresa aguardando ordens –
Não prestará serviços, mas receberá 2/3 da hora normal – Máximo 12h.

3. SOBREAVISO: Permanece na residência, aguardando ordens. Nesse caso,


receberá apenas 1/3 da hora normal – Máximo 24h.
Obs: Deslocamento do trabalhador -
PORTARIA
Súmula nº 429 do TST

TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE


DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO - Res. 174/2011,
DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo


necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local
de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários.
3. CONTROLE DE JORNADA
Cabe ao empregador: controle da Jornada.

OBRIGATÓRIO ANOTAÇÃO DE ENTRADA E SAÍDA para empresas com mais de 20 empregados.

Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados. (Redação dada pela

Lei nº 13.874, de 2019)


§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da

hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções

expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida

a pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)


§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados

constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do

que dispõe o caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)

§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular

de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo

coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

OBS: Negociação Coletiva – Modificar a modalidade do registro - art. 611-A, X CLT


A prova – HORAS EXTRAS:

Recaí sobre o trabalhador. Entretanto, em 2 situações haverá PRESUNÇÃO RELATIVA DE


VERACIDADE nas declarações do empregado:

• 1. Empresas com mais de 20 empregados: Não apresentam os controles de frequência.

• 2. Cartões Fraudados: Horário Britânico.

Dica PT: Ônus da Prova – Com melhores condições da prova.


Variação dos Minutos

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer


atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não
seja fixado expressamente outro limite.

§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária


as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
4. HORAS IN ITINERE
ART. 58, §2º CLT
SÚMULA 90 TST
SÚMULA 320 TST
Súmula 90 TST
HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nºs 324 e 325 e as
Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005

I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o


local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu
retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978)
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os
do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere".
(ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995)
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas
"in itinere". (ex-Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993)
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em
condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não
alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ
21.12.1993)
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de
trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como
extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da
SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
Reforma Trabalhista
Art. 58

§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até


a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno,
caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido
pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por
não ser tempo à disposição do empregador.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
EMPREGADOS NÃO
SUBMETIDOS À
LIMITAÇÃO DE JORNADA
SEM LIMITE DE JORNADA
Gerentes com
Poderes de gestão
Empregados –
Atividade Externa

Teletrabalho
1. GERENTE COM PODERES DE
GESTÃO
Requisitos:
• Poder de Gestão: Poderes próprios do empregador, com a capacidade de
decidir o funcionamento e o futuro da empresa.
• A mera nomenclatura da função exercida não dispensa a aplicação da
jornada;
• O Número de subordinados vinculados ao trabalhador é irrelevante para
configurar o cargo de gestão.
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais


se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de
departamento ou filial.

Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do
respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
(Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)
2. Atividade Externa

• A exclusão desses empregados que exerçam funções externas da


limitação de jornada será aplicada apenas em casos excepcionais, por
exemplo, o biólogo que se encontra em pesquisa no meio da selva.
3. TELETRABALHO

Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora


das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização


de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não
descaracteriza o regime de teletrabalho
Principais Características do Teletrabalho:

1. Trabalho prestado preponderantemente fora das dependências do


empregador;

2. Utilização de tecnologias de Informação e de Comunicação;

3. Não configuração do trabalho externo.


Alteração do Regime:

PRESENCIAL PARA TELETRABALHO


• 1. Mútuo acordo entre as partes;
• 2. Acordo Escrito em aditivo Contratual.

TELETRABALHO PARA PRESENNCIAL


Determinação do empregador – prazo de 15 dias, no mínimo.
IMPORTANTE MP 927 – COVID- 19
• DO TELETRABALHO

Art. 4º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º, o


empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para o
teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância e
determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da
existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da
alteração no contrato individual de trabalho.
REGIME POR TEMPO
PARCIAL
ART. 58-A e 59 CLT
Reforma Trabalhista – 2 modalidades:
A) Jornada de trabalho superior a 26 horas e limitada a 30 horas semanais: Nessa
hipótese, não é permitido a exigência de HEXtras. Se ocorrer trabalho além das 30
horas semanais permitidas, empregador pagará o adicional de 50% da hora normal e
será multado pelo AFT.

B) Jornada de trabalho até 26 horas semanais: Já nesse caso, é possível a realização de 6


horas extras semanais e ,poderá em uma mesma semana, prestar 6 horas extras.

OBS: LC 150/15 – DOMÉSTICO – Possível – 1 hora extra – Jornada não ultrapasse 6 horas.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele
cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade
de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não
exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo
de até seis horas suplementares semanais.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
TURNO INITERRUPTOS DE
REVEZAMENTO
Art. 7º, XIV, CF/88
OJ 360 SDI – I TST
Súmula 360 a 423 TST
Turno Ininterrupto de revezamento ocorre quando há alternância de horários do
empregados.

• Ex: Trabalhador presta serviços no horário diurno durante os primeiros 15 dias e


nos outros 15 dias é transferido para o período noturno.

• Note: Não há obrigatoriedade do empregado laborar em todos os períodos da


empresa. Basta a mera alternância – diurno e noturno – já caracteriza o turno
ininterrupto.
Súmula 675 STF
Súmula 675

Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de seis horas


não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o
efeito do art. 7º, XIV, da Constituição.

OBS: se ocorrer o trabalho no período noturno , terá direito á jornada reduzida de


6 horas e também à hora reduzida de 52:30, com o consequentemente pagamento
do adicional noturno. OJ 395 SDI –I.
Fixação de jornada

• Regra: 6 horas – art. 7º , XIV CF/88.

• Excepcionalmente, por meio de NEGOCIAÇÃO COLETIVA – pode


aumentar para 8 horas.
TRABALHO NOTURNO
ART. 7º, IX CF/88
ART. 73 CLT
SÚMULA 265 TST
OJ 388 SDI-1
TIPO ESPÉCIE PERÍODO ADICIONAL HORA

EMPREGADO 52 MINUTOS E 30
- 22 H – 5H 20 %
URBANO SEGUNDOS

PECUÁRIO 20 H – 4 H

EMPREGADO
25 % 60 MINUTOS
RURAL

AGRICULTURA 21 H – 5 H
Prorrogação do Trabalho Noturno

A prorrogação, por sua vez, ocorre quando houver a continuidade da


prestação de serviços além do limite previsto em lei, ou seja, 5 horas da
manhã. Nesse caso, o empregado continuará recebendo o adicional
noturno e terá direito à hora reduzida.
OBS: Ao contrário da jornada 12 x 36 – art. 59 – A Art. 59-A. Em exceção ao disposto
no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual
escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso,
observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)

Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto


no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os
feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art.
70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação

Você também pode gostar