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Direito do Trabalho

Prof. Me. Uérlei Magalhaes de Morais


Direito do Trabalho

JORNADA DE TRABALHO
1. Duração do Trabalho

As regras de segurança e medicina do trabalho envolvem os períodos de


trabalho, os de descanso e as condições de trabalho. São normas imperativas
que estabelecem direitos de ordem pública, impedindo as parte de renunciar,
transacionar ou dispor de qualquer benesse que a lei tenha concedido ao
empregado.

Tem como fundamento três aspectos:

a. Biológico: excesso de trabalho trás fadiga, estresse, cansaço ao trabalhador,


atingindo sua saúde física e mental.

b. Social: tem pouco tempo para família e amigos, excluindo o trabalhador do


convívio social.

c. Econômico: um trabalhador cansado, estressado e sem diversão produz pouco,


e por tanto não tem vantagens econômicas para o patrão.

Jornada: duração do trabalho. Diz respeito ao número de horas diárias de


trabalho que o empregado presto à empresa. (Regra é estabelecida pelo art.
7, XIII, CF)

Intervalo Descanso =/= Intervalo para Refeições

Tempo a Disposição: art. 4º, CLT: O tempo que o empregado fica a


disposição do empregador será considerado como sendo tempo de serviço
prestado. Objetiva proteger o empregado dos abusos do poder econômico, que
por ventura cometido pelo patrão, tais como:
I. Intervalos não previstos em lei (Sumula 118 TST);tempo de espera
de serviço quando em trabalho;
II. hora de itinerário (Sumula 429 TST); (REFORMA TRABALHISTA.
Art. 58, parágrafo 2, CLT)
III. reuniões após trabalho; etc.

Deverá ser computado na jornada, independente do empregado ter trabalhado


ou não.

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OBS.:

“Art. 4o ................................................................
§ 1o Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de
indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado
do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.

§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será


computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda
que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta
Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de
realizar a troca na empresa.”

FLEXIBILIZAÇAO:
. Tempo de espera do motorista (30% do salário normal);
. Sobreaviso (remunerado com 1/3 da hora normal de trabalho); e
. Prontidão (remunerado com 2/3 da hora normal de trabalho).

IV. Horas In Itinere:

“Art. 58. ......................................................................................


§ 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por
qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será
computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador”

Redação antiga da CLT: Art. 58,§2º da CLT: O tempo despedido pelo


empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratar-
se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o
empregador fornece a condução. (REFORMA TRABALHISTA. Art. 58,
parágrafo 2, CLT)

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Sumula 90 TST.

a. A incompatibilidade de horário de funcionamento do


transporte público gera o direito;
b. A insuficiência do transporte público não gera o direito.

Apesar da dicção do art. 58, §3º da CLT, alguns doutrinadores e juízes


vem entendendo que as convenções e acordos coletivos estipulem o
tempo médio despendido pelo empregado na condução fornecida pelo
empregador que se situa em local de difícil acesso. (independentemente
de ser ME ou EPP)

SUMULA 320 TST.

O fato de o patrão cobrar pelo transporte não descaracteriza o


fornecimento patronal e, portanto, não afasta as horas in itinere

a. Sobreaviso: art. 244, CLT (Ferroviário- aplicado de forma análoga a


todos os outros trabalhadores). É o tempo que o trabalhador permanece
em sua casa aguardando o chamado para o serviço, devendo este
tempo durar, no máximo, 24 horas e ser remunerado na razão de 1/3
da hora normal.

Art. 6º, § único, CLT. Quando o trabalhador fica obrigado a portar


qualquer tipo de intercomunicador como BIP, celular, pager ou laptop
para ser chamado (não precisa permanecer em casa, podendo se
locomover para qualquer lugar), vez ou outra, para trabalhar ou para
resolver problemas da empresa a distância, terá direito à remuneração
deste tempo a disposição. É considerado regime de plantão, ficando
conectado a empresa e possibilitando ao empregador o controle do
empregado.

Em Sentido Contrário Sergio Pinto Martins e Arnaldo Sussekind (apenas


se for obrigado a permanecer em casa).

Sumula 428, II, TST. O mero fornecimento de celular pela empresa não
caracteriza o sobre aviso.

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b. Prontidão: art. 244, §3º, CLT. É o tempo gasto pelos empregados que
ficam nas dependências do empregador a espera, aguardando ordens,
devendo este tempo durar, no máximo, 12 horas e ser remunerado na
razão de 2/3 da hora normal.

Obs.: Aeronauta: a prontidão é chamado de “reserva” e remunerado


como hora normal de trabalho. Motorista profissional: se chama
“tempo de reserva”, tempo de descanso no interior do veículo em
movimento (até 5 horas), em dupla de motorista em revezamento, que
exceder ao permitido passa a ser remunerado com 30% da hora normal
(art. 235-C, parágrafo 9, CLT).

Obs.: Atividades Insalubres ou Perigosas, apenas recebera o


proporcional do adicional caso entre em atividade.

c. Intervalo não previsto em lei: Os intervalos são medida de proteção


do trabalhador e forma cuidadosamente previstos por lei com base
em rigorosos critérios técnicos, e por serem imperativas não podem
ser alteradas nem para mais e nem para menos, salvo quando o
legislador autorizar. SUMULA 118 TST

Intervalo Não concedido ou Suprimido ou suprimido


parcialmente: A concessão do intervalo para repouso e alimentação
prevista no art. 71 da CLT é norma de medicina e segurança do
trabalho, não podendo o empregador suprimir unilateralmente ou
bilateralmente o período de descanso previsto em lei, sob pena de
pagar hora mais o adicional de 50%. Sumula 437 TST.

d. Trabalho além da Jornada: art.58 e 59 da CLT. A duração do


trabalho esta limitado a 8 horas por dia, no limite de 44 horas
semanais – art. 7º, XIII, da CRFB. Todo trabalho acima deste
patamar é considerado como extraordinário. O limite máximo do
trabalho extra por dia é de duas horas, mas não significa que caso
haja trabalho superior às 2 horas extras esses também serão
remunerados. (Sumula 376 do TST).

Trabalhos extraordinários: Limite: art. 58, §1º, da CLT (SUMULA


366 TST); art. 59, CLT, 10 horas por dia (2 horas extras). Exceção é
a jornada 12X36 (sumula 444 do TST).

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Art. 58, § 1º, da CLT: Os minutos que antecedem e sucedem a
jornada devem ser desprezados se não ultrapassarem 5 minutos por
entrada e por saída, desde que a soma diária não for superior de 10
minutos. Sumula 366 TST.

e. Compensação de Jornada: art. 59,§2º, CLT. O regime de


compensação de jornada ocorre quando houver aumento da jornada
em um dia pela correspondente diminuição e outro, de forma a
garantir o módulo semanal de 44h ou mensal de 220h ou bimestral
de 440h até 2.640h anual.

Forma: escrita, mediante acordo e convenção coletiva de acordo


com §2º, do art. 59, CLT. A Sumula 85 do TST, permite que o mesmo
seja realizado de forma individual, salvo norma coletiva em sentido
contrário.
§6º, do art. 59, CLT, prevê possibilidade de forma tácita paga
compensar no mesmo mês.

Para o menor: art. 413, é proibido trabalho sobre jornada, salvo em


dois casos. Compensação no dia seguinte (inciso I, art. 413, CLT) e
motivo de força maior, desde que imprescindível (inciso II, art. 413,
CLT), mediante norma coletiva obrigatória.

I. Tradicional: o módulo semanal ou mensal é respeitado e o


horário do trabalho por dia é fixado previamente.

Semana Inglesa: segunda a quinta trabalha 9h, sexta apenas 8


horas. Total 44h semanal. Sábado livre

Semana Espanhola: OJ 323 – SDI-1 TST

II. Banco de Horas (Súmula 85 TST; Art. 58, parágrafo 2, CLT):


para compensação dentro do prazo de até um ano. Por meio de
negociação coletiva obrigatória. Pode ser individual, caso seja por
prazo de até 6 meses.

a. Fixo: o ajuste deve apontar previamente os horários de


trabalho, com período de sobre jornada e de compensação
(trabalhar 6 meses 10h por dia e 6 meses 6h por dia).
b. Variável: é de acordo com a demanda e a folga
compensatória também, geralmente quando for

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conveniente para os negócios. É considerado mor muitos
doutrinadores e juristas como medida abusiva, já que não
permite que o empregado possa se preparar e programar
sua vida pessoal no dia de folga.

O banco de horas como forma de flexibilização dos direitos


dos trabalhadores só pode ser admitido quando em
benefício do empregado ou quando não lhe causar
prejuízo. Se assim não o for o acordo de compensação
poderá ser considerado nulo.

Invalidade do Acordo de Compensação: quando não for ajustado de


forma escrita (individual ou coletiva) ou por não ter sido cumprido de fato
(trabalho habitual nos dias ou horários destinados a compensação).

CLT

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho.
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por
cento) superior à da hora normal.
......................................................................................
§ 3o Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a
compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste
artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
§ 4o (Revogado).
§ 5o O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado
por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no
período máximo de seis meses.
§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.”

1. Jornada 12X36

“CLT

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado


às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas
por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os
intervalos para repouso e alimentação

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Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto
no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados
os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que
tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação“.

Obs. 1: Poderá ser firmado mediante acordo individual e negociação coletiva.

Obs. 2: não havendo pagamento de horas extras acima de 8h, somente após a
12h. Caso as horas extras sejam habituais, pode haver a desconsideração da
jornada especial, o que obrigará o pagamento das horas extras que
ultrapassarem as 8h diárias.

Obs. 3: O DSR já encontra-se incluídos nas horas pagas, assim como os dias
de feriados e domingos trabalhados.

Obs. 4: Deve haver intervalo para refeição, ou, caso seja acordado, o mesmo
poderá ser indenizável.

Obs. 5: não haverá prorrogação do trabalho noturno após às 5h. Por isso, não
se aplica as regras da Prorrogação do horário noturno previsto na Sumula 60,
II, do TST e OJ 388 da SDI-1, do TST.

2. Turno Ininterrupto de Revezamento: art. 7º, XIV, CF. Teve origem na Lei
nº 5.811/72 (Ramo do Petróleo), para os empregados que prestam serviços em
atividades de exploração, perfuração, produção e refinação de petróleo, nas
quais as atividades são constantes e não podem parar.

Obs. 1: Jornada normal de 6h (Enseja o divisor de 180 para calculo do valor da


hora trabalhada. OJ nº 396, SDI-1, TST);

Obs. 2: Pode ser estendida a 8h apenas por meio de negociação coletiva, para
que não haja pagamento de horas extras na 7ª e 8ª hora (OJ. 420 – SDI-1,
TST)

Obs. 3: Hora noturna reduzida. OJ 395, SDI-1 TST.

Obs. 4: Entende-se por revezamento a troca contínua de horários de trabalho


de forma que um empregado trabalhe todos os horários de um dia sem
períodos diferentes (manhã, tarde, noite e madrugada), não interessando se a
atividade do empregador é de forma intermitente ou não (OJ 360, SDI-1, TST).
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Obs. 5: Alteração de Jornada: se a modificação for da noturna para diurna não
causará prejuízo ao trabalhador, posto que não houve alteração maléfica a sua
saúde. Se do diurno para o noturno, e se caracterizando mudança que
prejudique a saúde do trabalhador, é considerado ilegal, salvo se constatado
benefício ao trabalhador. Deve ser verificado também a existência de clausulas
expressas de inalterabilidade do horário de trabalho nos contratos.

2. Contrato por Tempo parcial:

“CLT
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja
duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas
suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e
seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas
suplementares semanais.
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem,
nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será
feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em
instrumento decorrente de negociação coletiva.
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão
pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora
normal.
§ 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser
estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas
suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins
do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas
suplementares semanais.
§ 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua
execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês
subsequente, caso não sejam compensadas.
§ 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial
converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono
pecuniário.
§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130
desta Consolidação.

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Obs. 1: Trabalho com duração de 30h semanais. Deve apenas respeitar a hora
máxima diária de trabalho de 8h. Não pode cumprir horas extras;

Obs. 2: Há possibilidade de contratação por meio de contrato por tempo parcial


de até 26h semanais, sendo que, neste caso, poderá executa até 6h extras por
semana.

Obs. 3: Em caso de contrato já existente, caso este queira redução para por
tempo parcial deve requisitar por escrito para evitar abuso, desde que haja
previsão em normatização coletiva

Obs. 4: Salário: pago por hora, proporcional ao recebido pelos empregados


que cumprem tempo integral. Não há que se falar em recebimento de no
mínimo o salário mínimo. Nesse caso há possibilidade de recebimento a
menor, tendo me visto a proporcionalidade.

Obs. 5: Féria e H.E: É proibido trabalho sobre jornada, posto que


descaracteriza o contrato por tempo parcial quando firmado por 30h semanais.

Obs. 6: É possível converter um terço das férias em abono pecuniário. Aplica-


se a contagem para o direito das férias utilizando-se das mesmas regras do
empregador contratado em tempo integral, art. 130, CLT.

4. Jornada Noturna: O art. 73, da CLT, trata da jornada noturna como sendo
aquela realizada entre 22h e as 5h do dia seguinte, sendo fixada a hora
noturna em 52 min. e 30 seg. e o adicional de 20%. Regra Geral.

Exceções:
I. Advogado: 20h as 5h – 25% - hora cheia
II. Petroleiro: 22h as 5h - 20% - hora cheia
III. Vigia Banco: 22h as 5h - 20% - hora cheia
IV. Portuário: 19h as 7h – 20% - hora cheia
V. Aeronauta: pôr ao nascer do sol – 20% - 52min30seg
VI. Engenheiro: 22h as 5h – 25% - hora cheia;
VII. Rural:
a. Agricultor: 21h as 5h – 25% - hora cheia;
b. Pecuarista: 20h as 4h – 25% - hora cheia.

Hora Extra Noturna: deve ser considerado ficticiamente trabalho noturno,


apesar de feito durante horário considerado diurno (sumula 60, II, TST).

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1. Jornadas Especiais:
a. Advogado: Lei nº 8.906/94. Art. 20. Não poderá exceder a
duração diária de 4 horas contínuas e 20 horas semanais, salvo
acordo, convenção coletiva ou acordo individual, ou em caso de
dedicação exclusiva (horário incompatível com outro emprego e
/ou possibilidade de concorrência com atividade do empregador).
Hora noturna é das 20h até as 05h (adicional de 25%) e as horas
extras são de 100%.
b. Engenheiro e Médico: A lei 3.999/61 (médicos) diz que a jornada
do médico seria de 2h a 4h diárias, fixando salário para o período.
Assim como na lei 4.950-A/66 (engenheiro) dizia ser
extraordinária as horas que ultrapassassem a 6ªh, fixando salário
mínimo para o período.
A Jurisprudência que as leis apenas fixaram uma jornada de 4h
(médico) e 6h (engenheiro), para fixar um piso salarial para as
categorias, não entendendo ter os mesmos jornadas reduzida as
8h diárias.
c. Digitador: art. 72, CLT. Intervalo de 10 minutos a cada 90
minutos trabalhados. Não deduzidos da jornada de trabalho (faz
parte da jornada).
d. Telefonista: art. 227, CLT. Desde que trabalhem para empresa
de telefonia, ou, desde que operem mesa telefônica, mesmo que
o empregador não explore ramo de telefonia, será observada
jornada de 6h diárias e 36h semanais. Sumula 178 TST.
e. Bancário: art. 224, CLT: jornada diária de 6h, 30 semanais,
devendo ser cumprida entre as 7h e 22h, com intervalo de 15min
para descanso/alimentação.
. Cargo de Confiança/Chefia/gerencia: art. 224,
parágrafo segundo: não terá direito a jornada reduzida de
6h/d e 30h/s. Ficará regido pela jornada normal de 8h/d e
44h/s. Para tanto receberá gratificação não inferior a 1/3 do
salário do cargo efetivo.
. Gerente Geral da Agencia: Art. 62, II, da CLT: não
possui controle de jornada. SÚMULA 287, TST.
. Sábado: dia útil não trabalhado: Sumula 113, TST.
. Profissões equiparadas ao bancário:
- Empresa de Processamento de dados
pertencente ao mesmo grupo econômico: Sumula 239,
TST;
- Empregados de Financeiras: Sumula 55, TST;
- Limpeza e Portaria de bancos: art. 226, CLT;

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. Profissões NÃO equiparadas ao bancário:
- Corretoras de Títulos de Valores Mobiliários:
Sumula 119, TST;
- Cooperativas de Créditos: OJ 379, SDI-1 TST;
- Vigilantes: Sumula 257, TST.
. Divisor da ;Hora de Salário do Bancário: Súmula 124,
I, TST
- 8h/d: 220
- 6h/d: 180

Cartão de Ponto - Controle: art. 74, § 2º, CLT. Obrigatório para empregador
que possui mais de 10 empregados contratados. Possibilita a inversão do ônus
da prova ao empregado (sumula 338 do TST). Exceção: Domestico (art. 12,
LC 150/2015).

Horário Britânico: é inidôneo, porque presumidamente não reflete a realidade


(sumula 338, III, TST).

2. Trabalhadores Excluídos do Regime de Jornadas. Art. 62, da CLT

Grau de Confiança:
Obs.1: Para os empregados de confiança a lei determina que seja
pago acréscimo salarial de 40% (§ único, art. 62, CLT).
Obs.2: Direito a RSR e Folgas em Feriado (informativo 149, TST)
Obs.3: Quanto maior a confiança e o poder, menores são os
direitos. Varia de intensidade, podendo ser classificado em três
grupos:
1º Gerente: art. 224, §2º, CLT; art.468, §Ú, CLT; art. 469,
§1º, CLT; art. 499, CLT.
2ª Gerentão: art. 62, II, CLT, art.468, §Ú, CLT; art. 469,
§1º, CLT; art. 499, CLT.
3ª Diretor de S.A.: Sumula 269 TST.

Trabalhador Externo: executa seus serviços fora do


estabelecimento.
1º Controle de horário é impossível ou de difícil
mensuração: não são controlados por nenhum modo. Empregados
em domicílio; tele trabalhadores; os vendedores pracistas sem
controle de vendas e visitações. (Não se aplica o controle de duração
de jornada)

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2ºObrigados a passar na empresa uma vez durante o
expediente; (Não se aplica o controle de duração de jornada)
3º São controlados com horário de entrada e saída. (se
aplica o controle de duração de jornada)

O Empregado em Regime de Teletrabalho (Reforma trabalhista).


Art. 62, III, CLT

“CLT
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador,
com a utilização de tecnologias de informação e de
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como
trabalho externo.

Parágrafo único. O comparecimento às dependências do


empregador para a realização de atividades específicas que exijam
a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o
regime de teletrabalho.’

Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho


deverá constar expressamente do contrato individual de
trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo
empregado.

§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e


de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes,
registrado em aditivo contratual.

§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho


para o presencial por determinação do empregador, garantido
prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente
registro em aditivo contratual.”

O fato de haver subordinação ou controle de jornada por meio


telemático, não lhe exclui do rol de empregados não submetidos
ao controle de jornada.

3. Pré-Contratação de Horas Extras: Sumula 199 do TST. É


vedada na contratação do trabalhador pactuar também o exercício
das horas extras com o devido pagamento, o que poderá apenas
ocorrer após a contratação, mas nunca antes, sob a fundamentação
de que a horas extra é trabalho extraordinário, sendo que sua pré-
contratação modificaria sua natureza para ordinária.

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4. Supressão das Horas Extras. Sumula 265, TST (analogia):O
trabalho noturno, insalubre, perigoso e extraordinário é considerado
nocivo à saúde mental, física e social do trabalhador. Em face disso,
o empregador poderá a qualquer tempo suprimir estas condições de
trabalho, mesmo que habitual e importe na redução da gama salarial,
pois o adicional só é pago enquanto o empregado permanecer na
situação prevista em lei.

5. Valor do Adicional de Hora Extra:


a. Regra: 50% (rural e urbano);
b. Advogado: 100%;
c. Ferroviário: as 4 primeiras é de 50%, a parti da 4ª é de 60% a
75%;
d. Portuário: 100% (trabalho em feriado e intervalo intrajornada);
e. Trabalho nos dias de Descanso e feriados não
compensados: 100% (sumula 146, TST);
f. Norma coletiva ou ajuste contratual que estipule valor
superior.

6. Base de Calculo de Horas Extras:


a. Até 44h semanais: divisor 220;
b. Até 40h semanais: divisor 200;
c. Até 36h semanais: divisor 180;
d. Até 30h semanais: divisor 150.

Exceção: Bancários (o sábado é dia letivo remunerado e não


trabalhado). Sumula 124 TST
30h – divisor de 180.
40h – divisor de 220.

INTERVALOS

I. Interjornadas (de uma jornada de um dia para o outro)


a. Art. 66, CLT: regra geral – 11h;
b. Art. 308, CLT: jornalista – 10h;
c. Art. 235, §2º, CLT: Operador cinematográfico - 12h;
d. Art. 245, CLT: cabineiro ferroviário – 14h;
e. Art. 229, CLT: telefonista – 17h;
f. Art. 34 e 37 da lei nº 7.183/84: Aeronauta – 12h/16/24h

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II. Intrajornadas (descanso e refeições)

NÃO COMPUTADOS NA JORNADA:


a. Art. 71, CLT: mínimo 1h, máximo 2h; e 15min: Regra para
trabalhador Urbano;
b. Art. 10, §Ú, Decreto nº 73.626/74: descanso de 5h ou +:
Trabalhador Rural em atividade intermitente;
c. Art. 235-C, CLT: mínimo de 1h para refeições;
d. Art. 235, CLT: 1h entre turno diurno e noturno extraordinário
(operador cinema);

COMPUTADOS NA JORNADA:
e. Art. 72, CLT: 10min a cada 90min trabalho (mecanografia/digitação);
f. Art. 298, CLT: 15min a cada 3h trabalho (minas em sub solo);
g. Art. 229, CLT: 20min a cada 3h trabalho (telefonista);
h. Art. 253, CLT: 20min a cada 1h40min trabalho (frigorifico);
i. 396, CLT: 30min. 2 vezes ao dia para amamentação (6 meses).
Art. 396 ...
§ 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período de seis meses
poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente.
§ 2º Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo
deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o
empregador.

REPOUSO SEMANAL REMUNERADO ou DESCANSO SEMANAL


REMUNERADO
CF 1934: previsão não remunerado;
CF 1946: previsão remunerado;
Art. 7º, XV, CF/88
Lei n. 605/49
Direito irrenunciável, por constituir norma de ordem Pública, destinada a
proteção da saúde física e mental do trabalhador.

1. Característica:
. Frequência e pontualidade (art. 6, Lei 606/49);
. Poderá perder a remuneração, mas não o descanso;
. descanso de 35 horas (24h + 11h), Sumula 110 do TST;
. deve ser concedido até o 7º dia da semana, observando-se o número de
domingos no mês.
. trabalhos aos domingos: autorizados pelo MTE;

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Serviços Essenciais (art. 10, lei 7.783/89) – trabalho no domingo: coincidir
um descanso com um domingo a cada sete semanas (art. 2º, “b”, Portaria nº
417/66 do MTE);

Comércio: coincidir com um domingo a cada três semanas por mês (Lei n.
10.101/2000);

Trabalho da Mulher: art. 386, CLT.

Trabalho em feriado: art. 70, CLT. Gera compensação ou pagamento em


dobro (Sumula 146, TST – DSR + Dia Trabalhado + 100%);

Remuneração do DRS

a. Um dia de serviço: mensalista ou


quinzenalista;
b. Remuneração da jornada normal (media
Semanal): horista;
c. Um dia de trabalho: comissionista.
Obs: para o mensalista não há necessidade de pagamento do DSR em rubrica
separada no recibo de pagamento.

FÉRIAS
a. Descanso anual remunerado;
b. É irrenunciável – norma de segurança e medicina do trabalho;
c. Em regra: 30 dias corridas; Exceção Regra do 6/9
d. Art. 130, CLT;
e. Período aquisitivo e de concessão:
i. Após 12 meses de trabalho;
ii. Deve ser gozado nos 12 meses subsequente ao período aquisitivo;
Pena de multa art. 137, CLT – Sumula 450 TST;
iii. Art. 135/136, CLT; (aviso prévio 30 dias / melhor data para o
empregador)
1. Comunicação 30 dias antes pelo empregador;
2. Anotação em CTPS;
3. Interesse do Empregador; Exceção: Membros de mesma família;
Menores de 18 anos (Art. 136, §1 e §2º, CLT);
f. Pedido de demissão; Justa Causa; Contrato tempo determinado
i. Art. 147, CLT (pagamento Proporcional);
ii. Sumula 171 TST.

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g. Terço Constitucional: art. 7º, XVII, CF;
h. Fracionamento:

“Art. 134. .........


§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser
inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser
inferiores a cinco dias corridos, cada um.
§ 2o (Revogado).
§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede
feriado ou dia de repouso semanal remunerado.” (NR)

i. Abono pecuniário: Art. 143, CLT:


i. Requerido 15 antes do termino do período concessivo;
ii. 1/3 do período de férias a que tiver direito;
iii. Verba Indenizatória;
iv. Vedado ao trabalhador por tempo parcial.
j. Prescrição: art. 149, CLT
k. Féria Coletivas:
i. Art. 139. Possibilidade:
1. Podendo ser dividido em dois períodos de no mínimo 10 dias.
2. Necessidade de aviso prévio de 15 dias ao MTE e ao Sindicato, assim como
afixação do comunicado nos locais de trabalho.

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