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⌚ Tempo in itinere – tempo do trajeto para o trabalho não é computado como hora de
trabalho.
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,
não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do
posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte,
inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser
tempo à disposição do empregador. (súmula 429 do tst que previa 10 minutos não é mais válida)
Sobreaviso e Prontidão
Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobreaviso e de
prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados
que faltem à escala organizada.
§ 1º Considera-se "extranumerário" o empregado não efetivo, candidato efetivação, que se
apresentar normalmente ao serviço, embora só trabalhe quando for necessário. O
extranumerário só receberá os dias de trabalho efetivo.
§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria
casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de
"sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobreaviso", para todos os
efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada,
aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora
normal.
§ 4º Quando, no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver
facilidade de alimentação, as doze horas de prontidão, a que se refere o parágrafo anterior,
poderão ser contínuas. Quando não existir essa facilidade, depois de seis horas de prontidão,
haverá sempre um intervalo de uma hora para cada refeição, que não será, nesse caso,
computada como de serviço.
Questão: O regime de sobreaviso é aplicado exclusivamente aos empregados de
ferrovias e do setor elétrico. ↪ não, foi criado inicialmente para estes, porém hoje terão
diversas categorias que aderem ao regime de sobreaviso.
Encontra-se em regime de prontidão o trabalhador que, por determinação do empregador
aguarda em casa o chamado para serviço. ↪ não, prontidão é na estrada/na própria empresa.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho.
⌚ Jornada extraordinária
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual (pactuado entre empregado e empregador – verbal,
escrito ou tácito), convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho (mesmo que exceda 2
horas TEM que pagar).
Súmula 376 - HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de
pagar todas as horas trabalhadas.
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas,
independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da
hora normal. c/c art. 7º CF
➭ Soma da jornada normal + hora extra (50% no mínimo).
Art. 7° XVI CF - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta
por cento à do normal.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:
II - banco de horas anual;
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez
horas diárias.
▹ Quando as horas extras trabalhadas não forem compensadas com folgas, deverá ser
pago o valor das mesmas. Este valor é calculado com base na data do fim do contrato,
ou seja, se a remuneração aumentar, vai ser com base nesse salário. Ex: Mariquinha
trabalhou em 2019 e não recebeu inteiramente seu banco de horas (10 horas a mais).
Esta recebia $3.300 de salário. Hoje em 2020, findo o contrato de trabalho, recebe
$4.400. O valor do banco de horas não recebido por Mariquinha será com base no seu
salário atual (quando acabou seu contrato de trabalho).
- Não precisa o pagamento ser só no prazo de 1 ano, afinal existe banco de horas
semestral.
- O pagamento vai ser apenas das horas extras não compensadas e não todas as horas
extras que a pessoa prestou.
- É possível o pagamento por acordo individual escrito ou tácito (banco de horas
semestral), por convenção ou acordo coletivo (banco de horas anual).
- Se pedir demissão, ainda assim terá direito ao valor integral devido que do que não foi
compensado.
- A compensação é feita de acordo com a remuneração do fim do contrato.
Art. 60 CLT- Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a
ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só
poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de
higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à
verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de
autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de
trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.
▹ Regra Geral: A hora extra e compensação de jornada de locais com atividades
insalubres (ex: hospital) depende de licença prévia da secretaria do ministério do
trabalho e previdência.
Exceção: Licença prévia dispensada para prorrogar a jornada.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho;
Escala 12 x 36
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em
feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno,
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
Art. 73 CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20
% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.
Hora noturna
De acordo com a redação do art. 7º, IX CF a remuneração do trabalho noturno será
superior à do diurno.
Intervalos e descansos
Doutrina (CF) x Reforma trabalhista (CLT)
Art. 7º XXII CF. Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
Art. 611–B CLT. Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto
neste artigo. ↪ para fins de negociação coletiva.
Não remunerados
✔ intervalo intrajornada: repouso e alimentação.
✔ intervalo interjornadas: entre duas jornadas consecutivas.
✔ Repouso semanal remunerado: dia de descanso
✔ intervalos especiais (em geral, remunerados): para trabalhadores específicos
(digitação, câmaras frigoríficas...)
Art. 71 CLT. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória
a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e,
salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário (ampliação do intervalo intrajornada), não poderá
exceder de 2 horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15
minutos quando a duração ultrapassar 4 horas.
Art. 71 § 5º CLT O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele
estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira
hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou
acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais
de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo
e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte
coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores
(redução do intervalo intrajornada)
ao final de cada viagem. .
▹ Mais que 2 horas de intervalo (jornada de 8 horas): Mediante acordo coletivo ou negociação
coletiva.
▹ Jornada de 6 horas ultrapassada habitualmente: Intervalo de 1 à 2 horas.
▹ Menos de 1 hora de intervalo (jornada de 8 horas):
✔ Empregados em geral – mediante negociação coletiva (mínimo de 30 minutos – Art. 611-A
III CLT).
✔ Empregados em geral: mediante autorização do ministério público do trabalho (art. 71 §3º
CLT).
✔ Empregado doméstico: 30 minutos mediante acordo escrito (LC 150, art. 13).
✔ Motorista profissional: reduzido ou fracionado mediante ACT/CCT (art. 71 §5º CLT).
Jornada Intervalo
Igual ou inferior a 4 horas Não há obrigatoriedade de concessão de
intervalo intrajornada
Maior que 4 horas e igual ou inferior a 6 Intervalo de 15 minutos
horas
Superior a 6 horas Intervalo de 1 à 2 horas
Superior à 6 horas Inferior à 1 hora, somente se:
✔ Negociação coletiva (mínimo 30 min) ou
✔ houver autorização do MTb, ou
✔ casos específicos (doméstico, motorista,
etc.)
Art 71, § 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para
repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza
indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre
Intervalo intrajornada (não concessão)
o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
▹Só é pago os 30 minutos que não foram concedidos.
Interjornadas
Art 66 CLT. Entre 2 jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas
para descanso.
▹Caso não haja a concessão (insuficiência) devem-se ser acrescidas as horas que foram
subtraídas do número mínimo do descanso de 11 horas.
Questão: Quanto aos períodos de descanso:
Ⓐ A duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e quarenta horas
44 horas semanais
semanais, facultada a compensação e redução de jornada.
Ⓑ Não serão descontadas, nem computadas, como jornada extraordinária as variações
de horário no registro de ponto não excedentes de 10 minutos, observado o limite
5 minutos – limite máximo de 10 minutos diários
máximo de quinze minutos diários.
Ⓒ entre duas jornadas de trabalho diário haverá um período mínimo de onze horas
consecutivas para descanso, além de um descanso semanal remunerado de 24 horas
consecutivas, preferencialmente aos domingos.
Ⓓ A duração normal do trabalho diário poderá ser acrescida de horas suplementares,
2
em número não excedente de quatro, mediante acordo escrito, individual ou coletivo.
horas
Intervalos especiais
Atividade Intervalo especial Fundamento
Interior das câmaras 20 min de descanso para Art. 253 CLT
frigoríficas (ou ambiente cada 1:40 de trabalho Súmula 438 TST
artificialmente frio) contínuo
Digitador e serviços de 10 min de descanso para Art. 72 CLT
mecanografia (datilografia, cada 90 min de trabalho Súmula 346 TST (não se
escrituração ou cálculo) limita ao descanso de 1
hora)
Serviços de telefonia, 20 min de descanso para Art. 229 CLT
radiotelefonia e cada 3 horas de trabalho
radiotelegrafia contínuo
Minas de subsolo 15 min de descanso para Art. 298 CLT
cada 3 horas consecutivas
de trabalho
Controle de jornada
Regra geral: Jornada controlada.
Art. 74 CLT. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores será obrigatória a anotação da
hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
permitida a pré assinalação do período de repouso.
▹ Mesmo não havendo a obrigatoriedade do controle de jornada para os empregos
com menos de 20 trabalhadores, os empregadores ainda serão obrigados a pagar horas
extras, intervalos, etc.
▹ Negociado prevalece sobre o legislado (Art. 611-A).
§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará
do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que dispõe
o caput deste artigo.
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de
trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.
Ponto Britânico
Súmula nº 338 do TST - JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA
I - É ônus do empregador que conta com mais de (10) 20 empregados o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de
frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser
elidida por prova em contrário.
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento
normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do
empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
▹ Quando o empregador apresenta um cartão de ponto com horas iguais e certinhas o
juiz já desconfia e invalida. Vai caber ao empregador apresentar algum outro meio
válido como prova (registro de câmeras, testemunhas, etc) ou então o juiz vai aceitar
como verdade o que foi alegado pelo empregado na petição inicial.
Teletrabalho
▸ Não é mais exigido que o teletrabalho seja preponderantemente fora das
dependências do empregador.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das
dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de
tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não se configure como
trabalho externo.
§ 1º O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador para a
realização de atividades específicas, que exijam a presença do empregado no estabelecimento,
não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto.
Modalidades de teletrabalho:
Salário por jornada = tempo trabalhado
Excluídos do controle de jornada
(não recebem hora extra, adicional noturno, indenização por intervalo não concedido,
etc)
Salário por produção (ou por unidade de obra) tem como parâmetro de cálculo a
quantidade de peças (unidades) produzidas pelo empregado. Exemplo: determinado
valor por calça costurada; R$ X para cada janela fabricada.
Salário por tarefa, que é pouquíssimo utilizado na prática, temos uma combinação dos
critérios anteriores. Acopla-se a um certo parâmetro temporal (hora, dia, semana ou
mês) um certo montante mínimo de produção a ser alcançado pelo trabalhador. Por este
sistema, caso o trabalhador atinja a meta de produção em menor número de dias da
semana, por exemplo, dois efeitos podem ocorrer, a juízo do empregador: libera-se o
empregado do trabalho nos dias restantes, garantido o salário padrão fixado; ou,
alternativamente, determina-se a realização de uma produção adicional, no tempo
disponível restante (pagando-se, claro, um plus salarial por esse acréscimo de
produção).
▸ Em regra, o uso dos equipamentos que são utilizados para seu trabalho, em seu tempo
livre, não são usados como tempo a disposição do empregador.
▸ Prioridades para teletrabalho: Empregados com deficiência e/ou com filhos até 4
anos.
Caso o empregador fornece internet, equipamentos ou o que for, isto não terá natureza
salarial (não influencia no fgts).
▸ Lembrando que o negociado prevalece sobre o legislado. O que significa dizer que
em qualquer situação, podem-se essas regras serem colocadas de lado mediante acordo
ou convenção coletiva.