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No Brasil, adota-
se o critério básico de tempo à disposição para falar de duração de trabalho (art. 4º,
caput da CLT). O tempo à disposição do empregador é aquele em que o obreiro aguarda
ou executa obras. Subtrai-se do cômputo o intervalo para o almoço (neste período ele
não está aguardando nem executando obras).
Jornada: é diária. Subtrai-se do cômputo o intervalo para o almoço.
Horário de trabalho (mais restrito): é a combinação do marco inicial e final da prestação
laboral. Computa-se o intervalo para o almoço.
Minutos residuais: Não serão descontados nem computados como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Logo, os minutos residuais
são tempo à disposição do empregador. Ultrapassou esses limites: é extra.
Súmula 429 do TST. Tempo deslocamento interno na empresa da portaria ao posto de
trabalho. Se ultrapassar dez minutos, é contado como tempo à disposição do empregado.
O empregado está sujeito ao poder empregatício. O ônus da distância dentro de um
estabelecimento do empregador é dele. O art. 4º não está em conflito com isso.
Exclusão das horas itinerantes (horas de transporte). Alteração promovida pela Reforma
Neoliberal precarizante de 2017. Art. 58, parágrafo 2º da CLT. Vai de encontro às
sumulas 90 e 320. Pagava-se porque o local era de difícil acesso ou não servido por
transporte público + o empregador fornecia o transporte. Reunidas estas condições esse
período era computado como jornada. O legislador transferiu um ônus do patrão ao
empregado.
Tempo de prontidão e sobreaviso. Foram criadas inicialmente apenas para os
ferroviários, mas depois foram estendidas aos demais.
Prontidão (art. 244, parágrafo 3º)
Um médico pode ficar em regime de sobreaviso, por exemplo. Está fora do horário de
trabalho, em prédio de propriedade do empregador (fora do centro do trabalho). Só será
chamado quando houver uma emergência. 2/3 da hora-normal. Se a pessoa ficou 12
horas de prontidão, ela receberá 8 horas. Para o Amauri, não há computo de jornada,
porque não há tempo à disposição, só há pagamento pela espera.
Sobreaviso (art. 244, parágrafo 2º)
Fica na própria casa (sobre a sua própria cama), aguardando o chamado para o serviço.
Restrição na liberdade de ir e vir dentro de casa. É uma coisa acordada entre o
empregador e o empregado. Serão contadas à razão de um 1/3 do salário-normal. É o
chamado “plantão”. Máximo de 24 horas. Paga 8 horas. O Mauricio entende que além
de pagar, tem que contar essas 8 horas dentro da semana de trabalho. 44 horas + 8
horas. Amauri discorda. É só um adicional no pagamento.
Súmulas 229, 428.
Possibilidades da negociação mudar a regra. Vigência atual da prevalência do negociado
sobre o legislado. Em tese, um acordo coletivo de trabalho poderia determinar o plantão
sem o pagamento.
Doméstico em viagem do empregador: Lei Complementar 150, artigo 11
Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando
serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no
período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o
art. 2º.
Babá na praia com a criança. É tempo efetivamente trabalhado?
§ 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será
condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes.
O comissionista não recebe por tempo. É por produtividade. O fato de receber comissão
não afasta o limite da jornada. Pegar o valor-hora das comissões recebidas no mês (total
de comissões do mês dividido pelo nº de horas trabalhadas). Cálculos mais complexos
ele não pede na prova. Esse não é dos mais complicados.
OJ 235, SDI-1, TST (entendimento quase que consubstanciado, que aguarda para virar
súmula)
SALÁRIO POR PRODUÇÃO. O empregado que recebe salário por produção e trabalha
em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no
caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e
do adicional respectivo.
Salário por produção =/= comissionista. O por produção é linear (produção constante).
Adicional de 50% normal.
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres
trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.
Sobrejornada e sobreaviso no teletrabalho. Sobreaviso: Amauri diz que não dá pra falar
o horário que termina, que se aplica a mesma disposição da sobrejornada. A não ser que
o sobreaviso é prestado em dia de repouso.
58-A CLT
Até 26 horas semanais, com até 6 horas extras por semana (limite para trabalho em
tempo parcial). Acima de 26 não pode exigir horas extras.
P. 5
Limite de 30 horas. Se trabalha 31 contará período integral, salário integral. O que pode
haver é uma contratação de trabalho em tempo parcial dentro dos parâmetros do 58-A.
OJ 358, SDI-1, TST, inciso I. Pior que a lei. Diz a proporcionalidade em qualquer
situação. A lei limita a 30.
Unidade 1.14
Jornada noturna
Conceito de noite para a CLT é jurídico. Noite tem distinção no âmbito urbano (22 às
05h) e no rural.
Remuneração: art. 73. Adicional de 20%, no mínimo, sobre a hora diurna. Fundamento:
inserção familiar, comunitária, religiosa, etc.
Jornada parcialmente diurna e noturna. 18h às 00h 18 às 22h- hora diurna. 22-00h-hora
noturna. 22h às 08h. 22 às 5h- hora noturna. 5 às 8h- hora noturna tbm. Os efeitos
nocivos de trabalhar à noite prosseguem. Parágrafo 5º do art. 73: “Às prorrogações
do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.”
00h às 8h. 04h às 12h. Diretriz da súmula 60. Jurisprudência majoritária. Não é
devido o adicional quanto as horas não compreendidas até 05h, tendo me vista
que a jornada não foi cumprida integralmente em período noturno (aplicação do
inciso II da Súmula 60).
59-a P.U Trabalhador 12x36. Se ele trabalha até depois das 5h, após isso será
hora diurna, mesmo se ele começou 22h. Antes da Reforma, de 19 às 22h diurno.
De 22h às 7h, noturno. Reforma: 19 às 22h= diurno. 22h às 05= noturno. 05 às
07= diurno de novo.
Art. 71, vergonhoso parágrafo 4º. Se quiser o empregador pode suprimir total ou
parcialmente o descanso intrajornada. Trabalhou direto de 8h às 16h. Jornada ordinária
(8 horas). Houve um ilícito: o empregador pagará 1h30min a título de indenização (1h
mais 50%). O que tem sido mais comum: suprimir apenas metade do intervalo. Ele vai
indenizar apenas metade= 30 minutos + 50% de 30 minutos- vai indenizar 45 minutos.
Na jornada 12x36 o efeito será o mesmo. Pode haver a não concessão, desde que haja
essa indenização. Uma pessoa trabalhando 12 horas ininterruptamente... pra saúde, até
mesmo pra produtividade da empresa, não vai dar certo.
Maquinistas. Súmula 446. Obviedade, ele tem que ter intervalo intrajornada.
Art. 66 da CLT. Exemplo: professor deixa o trabalho às 22h. Só pode voltar às 9h. Se
voltar às 7h, essas duas horas entre 7h e 9h, que deveria estar em indisponibilidade,
terão o mesmo efeito do art. 71, parágrafo 4º. Indenização do período suprimido
acrescida de 50%.
Intervalo entre duas semanas. CR/88, art. 7º, inciso XV. Intervalo interjonadas 11 horas
+ RSR (24 horas). No final de uma semana até o início da outra tem que ter 35 horas.
Deixou o trabalho Sábado, 12h, só pode voltar, pelo menos, depois de 35 horas.
OJ 355 do TST.
Súmula 110 do TST. Se ele está em TIR e não houve respeito ao intervalo de 35
(11+24)= efeito do art. 71, parágrafo 4º.
OJ 410
«Viola o art. 7º, XV, da CF/88 a concessão de repouso semanal remunerado após o
sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seupagamento em dobro.»
Trabalhou 6 dias consecutivos, quando iniciar o 7º dia (em que deveria ser o RSR),
receberá, em dobro.
Amauri: somente excepcionalmente, nos termos da lei e/ou da ACT ou CCT, o repouso
será concedido em outro dia senão o Domingo.
Qual o valor do RSR? Art. 7º da Lei 605. Para a maioria dos trabalhadores, ele
será inserido no salário normal. Quando o governo federal, fala que o salário mínimo é
1.045, nesse valor já está incluído o valor do RSR.
Sente esse valor só quando falta. Exemplo: recebe 100 reais por dia, faltou 2x na
semana. Vai receber menos 300 (2 dias ausentes + o dia do Repouso).
Empregado que trabalha por dia (base de cálculo é o dia). Exemplo: pedreiro.
Diária 100 reais, trabalha de Segunda a Sexta= 500 reais + 100 reais da remuneração do
domingo.
O valor da hora extra é integrado a base de cálculo do RSR (súmula 172 do TST).
Se a folga estava prevista no Domingo e ele antecipou o descanso para quarta, por
exemplo. Quando o descanso tem que coincidir com o Domingo? Para quem trabalha n
comércio (comerciários), por força de lei específica, 1 domingo a cada 4 semanas. Para
os demais empregados, um domingo a cada 7 semanas.
Férias
Terá direito a 30 dias corridos (regra geral), quando não houver faltado ao serviço
mais que 5 vezes. Se faltar até 5 vezes, injustificadamente, manterá o direito aos
30 dias de férias (inciso I). Não há uma relação direta, há uma relação de
proporcionalidade.
Art. 131 traz o rol das faltas justificadas. Faltas justificadas não implicam em
redução do período de férias.
c) Concessão de férias:
Hoje, com a RT, esse período que era único, pode ser parcelado, na forma
do parágrafo 1º do art. 134 (desde que haja concordância com o
empregado). Até 03 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a
14 dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos
cada um. “Desde que haja concordância do empregado”, é uma relação
subordinada, de dependência, ninguém tem emprego garantido, o
empregado não pode discordar do parcelamento de suas férias.
Inobservância: art. 137 da CLT + Súmula 81 do TST.
Se vai ter férias no dia 03/12, tem que receber até dia 01/12.
g) Férias Coletivas
Poderá ser gozada em dois períodos anuais, desde que nenhum deles
seja inferior a 10 dias corridos. Pode fazer unilateralmente ou negocia
com o sindicato.