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Duração: pode ser semanal, em mezes, em quinzenas. É o mais amplo.

No Brasil, adota-
se o critério básico de tempo à disposição para falar de duração de trabalho (art. 4º,
caput da CLT). O tempo à disposição do empregador é aquele em que o obreiro aguarda
ou executa obras. Subtrai-se do cômputo o intervalo para o almoço (neste período ele
não está aguardando nem executando obras).
Jornada: é diária. Subtrai-se do cômputo o intervalo para o almoço.
Horário de trabalho (mais restrito): é a combinação do marco inicial e final da prestação
laboral. Computa-se o intervalo para o almoço.
Minutos residuais: Não serão descontados nem computados como jornada
extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Logo, os minutos residuais
são tempo à disposição do empregador. Ultrapassou esses limites: é extra.
Súmula 429 do TST. Tempo deslocamento interno na empresa da portaria ao posto de
trabalho. Se ultrapassar dez minutos, é contado como tempo à disposição do empregado.
O empregado está sujeito ao poder empregatício. O ônus da distância dentro de um
estabelecimento do empregador é dele. O art. 4º não está em conflito com isso.
Exclusão das horas itinerantes (horas de transporte). Alteração promovida pela Reforma
Neoliberal precarizante de 2017. Art. 58, parágrafo 2º da CLT. Vai de encontro às
sumulas 90 e 320. Pagava-se porque o local era de difícil acesso ou não servido por
transporte público + o empregador fornecia o transporte. Reunidas estas condições esse
período era computado como jornada. O legislador transferiu um ônus do patrão ao
empregado.
Tempo de prontidão e sobreaviso. Foram criadas inicialmente apenas para os
ferroviários, mas depois foram estendidas aos demais.
Prontidão (art. 244, parágrafo 3º)
Um médico pode ficar em regime de sobreaviso, por exemplo. Está fora do horário de
trabalho, em prédio de propriedade do empregador (fora do centro do trabalho). Só será
chamado quando houver uma emergência. 2/3 da hora-normal. Se a pessoa ficou 12
horas de prontidão, ela receberá 8 horas. Para o Amauri, não há computo de jornada,
porque não há tempo à disposição, só há pagamento pela espera.
Sobreaviso (art. 244, parágrafo 2º)
Fica na própria casa (sobre a sua própria cama), aguardando o chamado para o serviço.
Restrição na liberdade de ir e vir dentro de casa. É uma coisa acordada entre o
empregador e o empregado. Serão contadas à razão de um 1/3 do salário-normal. É o
chamado “plantão”. Máximo de 24 horas. Paga 8 horas. O Mauricio entende que além
de pagar, tem que contar essas 8 horas dentro da semana de trabalho. 44 horas + 8
horas. Amauri discorda. É só um adicional no pagamento.
Súmulas 229, 428.
Possibilidades da negociação mudar a regra. Vigência atual da prevalência do negociado
sobre o legislado. Em tese, um acordo coletivo de trabalho poderia determinar o plantão
sem o pagamento.
Doméstico em viagem do empregador: Lei Complementar 150, artigo 11
Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando
serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no
período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o
art. 2º.
Babá na praia com a criança. É tempo efetivamente trabalhado?
     § 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será
condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes.

     § 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco


por cento) superior ao valor do salário-hora normal.

     § 3º O disposto no § 2º deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido em


acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado.
Limitação da Jornada Como Direito Fundamental: CR, art. 7º, XIII, XIV, XVI e
XXXIII.
Jornada. Limite constitucional de 8 horas. Duração semanal máxima de 44 horas.
Ressalva: ACT/CCT. Observar a constituição quando for tratar de duração do trabalho.
Exceções infraconstitucionais tendem a ser inconstitucionais, uma vez que se trata de
um dado objetivo.
Jornada máxima de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva.
Inciso XVI. Serviço extraordinário. 50% superior ao do período normal. Horas
extraordinárias se vinculam (ou deveriam se vincular) a um fator causador
extraordinário. Ou seja, não deve haver horas extras habituais.
Doméstico segue a mesma regra dos celetistas com especificidades. O padrão normativo
deve seguir a CR/88.
Motivos “Lícitos” Para a Prorrogação da Jornada
O que está previsto na CR é que ou há uma negociação coletiva sindical ou há fator
extraordinário.
Inciso XIII do art. 7º CR/88 Art. 59 da CLT. Acordo individual? Inconstitucional
(Amauri...). Sem fator extraordinário.
Compensação de Sábado. É LÓGICO e mais benéfico para o trabalhador. O limite de
jornada é 8 horas, a duração semanal máxima é de 44 horas. Para explorar o máximo de
mão de obra ele tem que exigir trabalho durante 5 dias e meio. 5x8=40. Restam 4 horas
para que o empregador exija o máximo. Estratégia mais benéfica para o trabalhador que
não prejudique o empregador: dilui as 4 horas do Sábado durante a semana. Não
trabalha no sábado mas dilui o resto na semana. Faz 9 horas de Segunda à Quinta. Fere
o limite de 8 horas, mas está dentro da duração máxima semanal.
8h48minx5 dias= 44 horas
O problema começa a incomodar quando ampliamos essa compensação para o ano ou
semestre – o chamado regime de compensação de jornada: Banco de Horas.
Antes da reforma tinha que ser negociado coletivamente. Atualmente pode ser escrito,
informal, tanto faz. É um sistema de compensação.
Pode exigir mais horas num dia ou numa semana e ele credita essas horas para o
empregado no chamado Banco de Horas. O banqueiro de horas é o patrão. Ele pode,
posteriormente, pegar as horas creditadas e compensar. “Ó fulano, lembra das horas a
mais que cê fez? Semana que vem cê vai sair mais cedo”, etc. Quais são os problemas?
O Banco de Horas desconhece a inserção familiar, política, social, comunitária do
trabalhador. Se o empregado tinha um compromisso, este será prejudicado. As horas
excedentes não são recebidas nem em seu valor nominal, não são pagas (trabalho sem
paga). Inconstitucional: Art. 7º, XIII, XVI.
Banco de Horas SEM negociação coletiva.
Art. 59, Parágrafo 2º: Banco de horas anual (CLT), parágrafo 5º: Banco de horas por
ajuste individual do prazo de 6 meses.
Art. 611-A.
Novidade do 59-B. Não tem ACT/CCT pra fazer anual, nem assinatura do empregado
pra fazer semestral. Não atendimento das exigências legais= ilegal, ilícito. Tá liberado
pra fazer, desde que ultrapasse as 8 horas mas não ultrapasse as 44. O limite é
concomitante: não pode nem ultrapassar 8 nem 44. Mas a prática do Brasil é de que
pode ser um ou outro.
Art. 59. Parágrafo 6º: Compensação mensal. AI, tácito ou escrito. Exigiu mais de 8 ou
mais de 44: pode compensar dentro de um mês.
Inconstitucionalidade histórica do Banco de Horas. TST e STF tão nem aí.
Força maior extraordinária, imprevista. Se precisa de mais trabalhadores ordinariamente
tem que contratar mais empregados.
Sistema 12x36. 59-A. Inconstitucionalidade: CR, art. 7º, XIII e XVI.
Trabalhar 12 horas seguidas de 36 de folga. A CR diz que não pode trabalhar mais que 8
horas por dia. Essas 12 horas podem ser diretas, sem intervalo para descanso.
Unidade 1. Item 1.5
Efeitos horas extras: integração ao salário (remuneração)
- Súmula 264, TST.
A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado
por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato,
acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.

- 13º Súmula 45, TST.


Nº 45 A remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo
da gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090 de 1962.
A terminologia está incorreta. O serviço é extraordinário. O 13º será calculado com base
no salário + horas extras. Quanto mais horas extras, maior o valor do 13º.
Repercute no FGTS também. FGTS: depósito mensal feito pelo empregador em favor
do empregado, na Caixa Federal, consistente em 8% da remuneração do trabalhador.
Calculará 8% sobre o salário + hora extra. A hora extra integra a remuneração.
Reflete no DSR (Repouso remunerado).
Item 1.6
Exclusão do Capítulo da Duração do Trabalho
- art. 62, CLT: situações e inaplicabilidade
Na prática, as normas celetistas de limitação de jornada, de intervalo não se aplicam a
alguns trabalhadores. Disso, decorre-se que estão sujeitos a uma jornada de 24 horas,
durante 6 dias na semana, inconstitucionalmente, nos termos da CLT.
Regra do 62: 1ª Empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação
de jornada de trabalho; 2ª os gerentes (diretores e chefes são equiparados); 3ª os
empregados em regime de teletrabalho.
1ª situação: Pensar na década de 1940. Um motorista de carreta, trabalhadores que não
estão no estabelecimento comercial no geral. O empregador não tem a menor ideia da
sua jornada. Hoje, ressalvados casos excepcionalíssimos, não há atividades externas
incompatíveis com o controle do horário. O que pode haver é um empregador que não
quer controlar a jornada. Temos meios tecnológicos o suficiente para esse controle.
2ª situação: parágrafo único do 62. Criou duas exigências para afastar direito
constitucional. 1 exigência- subjetivamente: exercício da gestão, comando da equipe
(não basta ter o título de gerente, subjetivamente tem que ter pessoas sob o seu
controle). A ideia da CLT é de exercício de controle contínuo pelo gerente em relação
aos seus subalternos. Não adianta dar o título de gerente como fazem os bancos. A
jurisprudência está pacificada quanto a isso: Só o gerente geral de agência (um só) será
afastado dessa limitação de jornada. 2 exigência- objetiva: valor da gratificação de
função. Se for 40% maior que o salário efetivo. Na maioria dos casos, não temos planos
de cargo e salário pra dizer gratificação de função. Ele tem que ganhar pelo menos 40%
a mais do que ganha o seu subordinado de salário.
3ª situação (inserida pela Reforma): Do ponto de vista prático, não existe jornada mais
controlada que a do teletrabalhador, aquele que cumpre suas tarefas remotamente (fora
do estabelecimento empresarial). Se o empregador quiser ele sabe a hora exata em que
se deu o início da jornada, se houve pausa ou não, quando foi interrompido pro almoço,
etc. Tudo isso em um clique.
Agride frontalmente o disposto no artigo 7º, inciso XIII da CR88 bem como o inciso
XVI.
Inconstitucionalidade: CR
 Itens 1.7 a 1.12.
A jurisprudência consolidada do TST tem um status quase que “normativo” (súmulas ou
OJ’s). Porém, a Reforma colocou em cheque a jurisprudência consolidada, já que
muitos pontos dela atacavam frontalmente as Súmulas por determinação da CNI
(Confederação Nacional da Indústria).
Súmula 291
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com
habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à
indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou
parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de
serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares
nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra
do dia da supressão.
Desde 1988 falamos em horas extraordinárias, a súmula e de 2011. TST insiste em
chamar de suplementar.
5 anos de horas extras, 5 meses de indenização. Cada mês em média fez 300 reais de
horas extras. Deve 1.500 de indenização.
Súmula 340

O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem


direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas
extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se
como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.

O comissionista não recebe por tempo. É por produtividade. O fato de receber comissão
não afasta o limite da jornada. Pegar o valor-hora das comissões recebidas no mês (total
de comissões do mês dividido pelo nº de horas trabalhadas). Cálculos mais complexos
ele não pede na prova. Esse não é dos mais complicados.

OJ 235, SDI-1, TST (entendimento quase que consubstanciado, que aguarda para virar
súmula)

SALÁRIO POR PRODUÇÃO. O empregado que recebe salário por produção e trabalha
em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no
caso do empregado cortador de cana, a quem é devido o pagamento das horas extras e
do adicional respectivo.

Salário por produção =/= comissionista. O por produção é linear (produção constante).
Adicional de 50% normal.

SÚMULA Nº 376 -  HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT.


REFLEXOS

I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o


empregador de pagar todas as horas trabalhadas.

II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres
trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.

Súmula 423. TIR.

Jornada de 6 horas em TIR. Estabelecida a jornada superior a 6 horas e limitada a 8 por


negociação coletiva os empregados submetidos ao TIR não têm direito a 7ª e a 8ª como
extras. As horas são ordinárias. Ganham um dia de folga

Sobrejornada e sobreaviso no teletrabalho. Sobreaviso: Amauri diz que não dá pra falar
o horário que termina, que se aplica a mesma disposição da sobrejornada. A não ser que
o sobreaviso é prestado em dia de repouso.

DIR 575. Unidade 1. Item 1.13.

Trabalho em tempo parcial

Semana inferior ao limite máximo constitucional de 44 horas.

58-A CLT

30 horas semanais, sem horas extras.

Até 26 horas semanais, com até 6 horas extras por semana (limite para trabalho em
tempo parcial). Acima de 26 não pode exigir horas extras.

Parágrafo 4º. Número inferior a 26 horas semanais.

P. 5

º Podem ser compensadas até a semana subsequente.


Eles receberão proporcionalmente (Reforma trabalhista), em relação aos empregados
que cumprem as mesmas funções em tempo integral.

Limite de 30 horas. Se trabalha 31 contará período integral, salário integral. O que pode
haver é uma contratação de trabalho em tempo parcial dentro dos parâmetros do 58-A.

OJ 358, SDI-1, TST, inciso I. Pior que a lei. Diz a proporcionalidade em qualquer
situação. A lei limita a 30.

Domésticos: LC 150, 3º, parágrafos 1º e 2º.

Unidade 1.14

Jornada noturna

Conceito de noite para a CLT é jurídico. Noite tem distinção no âmbito urbano (22 às
05h) e no rural.

Remuneração: art. 73. Adicional de 20%, no mínimo, sobre a hora diurna. Fundamento:
inserção familiar, comunitária, religiosa, etc.

Súmula 60. TST. Adicional noturno. Integração no salário e prorrogação em horário


diurno. “O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado
para todos os efeitos. Cumprida integralmente a jornada em horário no período noturna
e prorrogada devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.”

Jornada parcialmente diurna e noturna. 18h às 00h 18 às 22h- hora diurna. 22-00h-hora
noturna. 22h às 08h. 22 às 5h- hora noturna. 5 às 8h- hora noturna tbm. Os efeitos
nocivos de trabalhar à noite prosseguem. Parágrafo 5º do art. 73: “Às prorrogações
do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.”

00h às 8h. 04h às 12h. Diretriz da súmula 60. Jurisprudência majoritária. Não é
devido o adicional quanto as horas não compreendidas até 05h, tendo me vista
que a jornada não foi cumprida integralmente em período noturno (aplicação do
inciso II da Súmula 60).

Parágrafo 1º. A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e


30 segundos. Ficção jurídica. Entre 22 e 5h temos 7 horas. Essas 7 horas tiveram
60 minutos cada. Excedente de 7 minutos e 30 segundos a cada hora.
Multiplicando pelas 7 horas= 52 minutos e meio (que equivale a uma hora ficta).
O trabalhador noturno para cumprir jornada integral basta trabalhar 7 horas, pois
serão equivalente a 8 horas, por conta desse excedente.
OJ 395 da SDI-I do TST: O trabalho em regime de turnos ininterruptos de
revezamento não retira o direito à hora noturna reduzida, não havendo
incompatibilidade entre as disposições contidas nos arts. 73, § 1º, da CLT e 7º,
XIV, da CF/88.

Se o trabalhador é transferido do período noturno pro dia, haverá uma alteração


contratual benéfica pra ele. Não há direito adquirido a uma circunstância gravosa.
Ganha saúde, família...

59-a P.U Trabalhador 12x36. Se ele trabalha até depois das 5h, após isso será
hora diurna, mesmo se ele começou 22h. Antes da Reforma, de 19 às 22h diurno.
De 22h às 7h, noturno. Reforma: 19 às 22h= diurno. 22h às 05= noturno. 05 às
07= diurno de novo.

DIR 575. Unidade 1. Item 1.15, 'a'


Períodos de descanso
Conceito (empregados celetistas e rurais): período de indisponibilidade laborativa em
sentido amplo. O período de descanso não integra a jornada.
Quanto aos domésticos, a indisponibilidade tende a ser relativa. Empregado doméstico
que mora na residência do patrão. Regra do art. 2º, parágrafo 7 - LC 150.
Intervalo intrajornada
O intervalo está compreendido entre o início da prestação laborativa em um dia e o
término neste mesmo dia.
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a
concessão de um intervalo para repouso e alimentação, o qual será, no mínimo, de uma
hora, e salvo acordo ou cct, não poderá exceder de 2 horas.
Parágrafo 1º. Não excedendo 6 horas, é de 15 minutos, quando a duração ultrapassar 4
horas (jornada entre 4 e 6 horas).
Os intervalos intrajornadas não serão computados na duração do trabalho (não integram
a jornada). O trabalhador inicia as 8h, termina às 17h. de 12h a 13h almoço. 8 às 17h=
9-1 de almoço= 8 horas de jornada.
Essa regra foi alterada pela Reforma Trabalhista. Além disso, a Reforma permitiu a
prevalência do negociado pelo legislado, e também a negociação individual pelo
trabalhador com curso superior e salário razoável.
A Reforma expressamente permitiu que o empregador não conceda ou conceda
parcialmente o intervalo, desde que pague uma indenização fajuta.
Súmula 118 do TST. Jornada de trabalho. Horas extras: “Os intervalos concedidos pelo
empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à
disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final
da jornada.”
Se o intervalo é criação do empregador (não decorre da lei), ele é tempo à disposição.
Exemplo: intervalo para ginástica de manhã, intervalo para café à tarde. Cada um desses
de 15 minutos. Esses 30 minutos integram a jornada. Vai ter 3 intervalos (o de 12h não
será contado na jornada). Se ele sonega os intervalos: serão pagos como tempo
extraordinário. Empregador: vocês vão sair às 17h30 pra compensar os intervalos de 30
minutos. A súmula: serão 30 minutos com o adicional de hora extra.
Súmula 346, do TST. Digitador. Intervalos intrajornada. Aplicação analógica do art. 72
da CLT: “Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos
trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão
pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa)
de trabalho consecutivo.”

Nesse caso, esse intervalo especial é contado na jornada (objetivo: garantir a


integridade física do empregado).

Art. 71, vergonhoso parágrafo 4º. Se quiser o empregador pode suprimir total ou
parcialmente o descanso intrajornada. Trabalhou direto de 8h às 16h. Jornada ordinária
(8 horas). Houve um ilícito: o empregador pagará 1h30min a título de indenização (1h
mais 50%). O que tem sido mais comum: suprimir apenas metade do intervalo. Ele vai
indenizar apenas metade= 30 minutos + 50% de 30 minutos- vai indenizar 45 minutos.

Na jornada 12x36 o efeito será o mesmo. Pode haver a não concessão, desde que haja
essa indenização. Uma pessoa trabalhando 12 horas ininterruptamente... pra saúde, até
mesmo pra produtividade da empresa, não vai dar certo.

Exceção: motoristas profissionais de transporte coletivo urbano: parágrafo 5º do art. 71.


Poderão fracionar em diversos pequenos intervalos. Tem que estar previsto em CCT OU
ACT.

Maquinistas. Súmula 446. Obviedade, ele tem que ter intervalo intrajornada.

Súmula 438 do TST. Se o trabalhador transita do clima normal para o artificialmente


frio, ele tem direito a um intervalo especial de recuperação térmica, previsto no art. 253
da CLT. É integrado à jornada.

Súmula 437 do TST: ou ele preserva e reconhece a inconstitucionalidade da Reforma.


Em alguns pontos está em desconformidade.

Doméstico. Art. 13 da LC 150: É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou


alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas,
admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua
redução a 30 (trinta) minutos.

DIR 575. Unidade 1. Item 1.15, 'b' e 'c'


Intervalo entrejornadas (interjornadas).

Entre dois dias de trabalho, haverá, no mínimo, 11 horas de descanso (intervalo


interjornada): é período de indisponibilidade de prestação laborativa.

Art. 66 da CLT. Exemplo: professor deixa o trabalho às 22h. Só pode voltar às 9h. Se
voltar às 7h, essas duas horas entre 7h e 9h, que deveria estar em indisponibilidade,
terão o mesmo efeito do art. 71, parágrafo 4º. Indenização do período suprimido
acrescida de 50%.

Intervalo entre duas semanas. CR/88, art. 7º, inciso XV. Intervalo interjonadas 11 horas
+ RSR (24 horas). No final de uma semana até o início da outra tem que ter 35 horas.
Deixou o trabalho Sábado, 12h, só pode voltar, pelo menos, depois de 35 horas.

OJ 355 do TST.

O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por


analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula 110/TST,
devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo,
acrescidas do respectivo adicional.

Pagamento do período suprimido com acréscimo de 50%.

Súmula 110 do TST. Se ele está em TIR e não houve respeito ao intervalo de 35
(11+24)= efeito do art. 71, parágrafo 4º.

Repouso Semanal Remunerado (art. 7º, inciso XV da CR88).

Preferencialmente, aos Domingos. Pelo menos 24 horas de repouso semanal


REMUNERADO.

OJ 410

«Viola o art. 7º, XV, da CF/88 a concessão de repouso semanal remunerado após o
sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seupagamento em dobro.»

Trabalhou 6 dias consecutivos, quando iniciar o 7º dia (em que deveria ser o RSR),
receberá, em dobro.

Amauri: somente excepcionalmente, nos termos da lei e/ou da ACT ou CCT, o repouso
será concedido em outro dia senão o Domingo.

Súmula 146 do TST. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado,


deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

Art. 16 LC 150 Domésticos.


Esse RSR é, em tese, remunerado. Lei 605 de 1949. Requisito para a remuneração (vai
ter o repouso mas sem remuneração RS)

Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o


empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo
integralmente o seu horário de trabalho.

Motivos justificados. Parágrafo 1º+ Art. 473 da CLT.

Qual o valor do RSR? Art. 7º da Lei 605. Para a maioria dos trabalhadores, ele
será inserido no salário normal. Quando o governo federal, fala que o salário mínimo é
1.045, nesse valor já está incluído o valor do RSR.

§ 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado


mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal ou quinzenal, ou cujos
descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou de 30 (trinta)
e 15 (quinze) diárias, respectivamente.

Sente esse valor só quando falta. Exemplo: recebe 100 reais por dia, faltou 2x na
semana. Vai receber menos 300 (2 dias ausentes + o dia do Repouso).

Empregado que trabalha por dia (base de cálculo é o dia). Exemplo: pedreiro.
Diária 100 reais, trabalha de Segunda a Sexta= 500 reais + 100 reais da remuneração do
domingo.

Trabalhador por produção. Recebeu 500 por produção na semana, e trabalhou 5


dias naquela semana. Recebe + 100 a título de RSR.

Trabalhador em domicílio. Remuneração da semana dividida por 6 (não sabe


quantos dias trabalhou).

O valor da hora extra é integrado a base de cálculo do RSR (súmula 172 do TST).

Se a folga estava prevista no Domingo e ele antecipou o descanso para quarta, por
exemplo. Quando o descanso tem que coincidir com o Domingo? Para quem trabalha n
comércio (comerciários), por força de lei específica, 1 domingo a cada 4 semanas. Para
os demais empregados, um domingo a cada 7 semanas.

LC 150 Art. 2º, parágrafo 8º.

DIR 575. Unidade 1. Item 1.16 'a', 'b', e 'c'.

Férias

a) Fundamentos e Natureza Jurídica


 Interrupção do contrato de trabalho. Em face disso, não teremos a
obrigação principal do empregado (a prestação laborativa), mas teremos a
principal obrigação do empregador, qual seja, o pagamento.
 Caráter imperativo: indisponibilidade. O empregado não pode dispor do
período de férias (norma de saúde e segurança).
 Anualidade da ocorrência

b) Aquisição do direito e duração das férias: arts. 130 e 131 da CLT.

Noção básica: Cada período aquisitivo é contado a partir do momento da


admissão. Exemplo: 04/01/19 é admitido. No dia 03/01/20 completa 12 meses de
trabalho e adquire o direito a férias. No dia 04/01/20 inicia o próximo período
aquisitivo, qu

e vai até 03/01/21 e assim sucessivamente.

Terá direito a 30 dias corridos (regra geral), quando não houver faltado ao serviço
mais que 5 vezes. Se faltar até 5 vezes, injustificadamente, manterá o direito aos
30 dias de férias (inciso I). Não há uma relação direta, há uma relação de
proporcionalidade.

Art. 131 traz o rol das faltas justificadas. Faltas justificadas não implicam em
redução do período de férias.

 Domésticos em geral: LC, artigo 17.


 Domésticos em tempo parcial: LC, art. 3º, parágrafo 3º. Para Amauri é
inconstitucional. Essa proporcionalidade das férias com o tempo parcial
também havia na CLT e isso foi alterado.
 Ausências justificadas: Súmulas 46 (falta decorrente de acidente de
trabalho não influi no período de férias) 89 (faltas justificadas não influem
no período de férias) do TST.

c) Concessão de férias:

 Período concessivo: art. 134 da CLT

O patrão, como regra geral, vai decidir quando conceder as férias. 12


meses subsequentes. Período concessivo: Marco inicial: 03/01 (data que
adquiriu o direito às férias), Marco final: 02/01.

 Parcelamento: art. 134, parágrafo 1º.

Hoje, com a RT, esse período que era único, pode ser parcelado, na forma
do parágrafo 1º do art. 134 (desde que haja concordância com o
empregado). Até 03 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a
14 dias corridos, e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos
cada um. “Desde que haja concordância do empregado”, é uma relação
subordinada, de dependência, ninguém tem emprego garantido, o
empregado não pode discordar do parcelamento de suas férias.
Inobservância: art. 137 da CLT + Súmula 81 do TST.

Férias concedidas fora do período concessivo: o empregador pagará em


dobro a respectiva remuneração (paga na Justiça...).

 Direito de coincidência (exceção): art. 136 da CLT.

Os membros de uma família que trabalhem no mesmo estabelecimento o


empresa têm direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem
e se disso não resultar prejuízo ao serviço (quem diz isso? O empregador!).

Parágrafo 2º. Empregado estudante, menor de 18 anos, tem direito a


coincidir com as férias escolares.

DIR 575. Unidade 1. Item 1.16, 'd', 'e', 'f' e 'g'.

 Salário mensal + 1/3 constitucional. Presume-se que ele vai ter um


gasto superior ao que tem ordinariamente.
 Quando o salário é variável (ex.: comissionista) – art. 142 da CLT. A
média da remuneração do período concessivo, parágrafo 2º (salário por
hora); ou dos últimos 12 meses, parágrafo 3º (salário-tarefa);
 Súmula 171 do TST. Férias proporcionais. Dispensa sem justa causa.
Trabalhou apenas 5 meses do período aquisitivo= receberá 5/12 de
férias. Pega o salário, dividido por 12 e multiplica por 5 + 1/3
constitucional.
 Terço constitucional: Súmula 328 do TST.
 Súmula 7 do TST
 Antecipação do pagamento: CLT, art. 145 (antes do gozo das férias).

Se vai ter férias no dia 03/12, tem que receber até dia 01/12.

Se o empregado quiser poderá antecipar metade do 13º quando do


recebimento das férias. Lei 4729/1965, artigo 2º, parágrafo 2º. Tem que
avisar o empregador em Janeiro.

 Pagamento fora do prazo, Súmula 450 do TST.

Duas situações: concedeu as férias fora do período concessivo (dobra);


concedeu as férias dentro do período concessivo, mas não pagou dois
dias antes da fruição (dobra).

Se o empregado quiser vender 10 dias de férias (1/3) – direito


potestativo. Conversão pecuniária de um terço das férias (abono
pecuniário). O empregador vai pagar o salário e as férias integrais.
Natureza jurídica: indenizatória.

e) Domésticos LC 150, art. 17.


f) Procedimentos concessivos:

- comunicação escrita ao empregado: CLT, art. 135.

- anotações em CTPS: CLT, art. 135, parágrafos 1º e 2º.

- antecipação de pagamentos: CLT, art. 145.

g) Férias Coletivas

 Abrangência: CLT, art. 139, “caput”;


 Fruição: CLT, art. 139, parágrafo 1º;
 Ato unilateral do empregador ou negociado coletivamente.

Abrande toda a estrutura do empregador ou determinados


estabelecimentos ou setores da empresa.

Poderá ser gozada em dois períodos anuais, desde que nenhum deles
seja inferior a 10 dias corridos. Pode fazer unilateralmente ou negocia
com o sindicato.

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