Título do tema: Respeito ao limite da prorrogação de horas Autoria: Anderson Wanderley Casorla Pereira da Cunha Leitura crítica: Renato Traldi Dias
“Olá, o tema de hoje é o limite na quantidade de prorrogação de horas de
trabalho feitas pelo empregado a cada dia. A CLT determina no seu artigo 59 que o empregado não poderá exceder 2 horas de trabalho suplementares por dia, limitando, em seu §2º, ao máximo de 10 horas diárias de trabalho. A legislação é bem clara quando determina que o empregado não pode trabalhar mais do que 10 horas por dia, mesmo nos casos em que o empregado cumpre compensação das horas dos sábados durante a semana, compreendendo uma jornada de trabalho de 8 horas e 48 minutos por dia. Neste caso o empregado só poderia fazer 1 hora e 12 minutos de horas suplementares diárias. No entanto, não é o que sempre se vê nas lides trabalhistas. É comum assistir empregados fazendo mais do que 2 horas extras por dia, em uma jornada muito extensiva e cansativa de trabalho, bem além das limitações que a CLT estabelece para assegurar o equilíbrio da saúde física e mental do empregado. Embora, nestes casos, o empregador remunere o empregado pelo número de horas excedentes trabalhadas, o prejuízo pessoal do trabalhador é inevitável, já que não há um dispositivo na lei que determine um acréscimo no percentual do pagamento das horas extras em decorrência da extrapolação do limite legal. Apenas se vê o empregador sendo penalizado na eventualidade de uma fiscalização do trabalho com multas que vão em favor dos entes públicos e não em favor dos empregados. Estes excessos geram, inclusive, uma instabilidade na segurança do ambiente laboral, considerando a exaustão que sua incidência elevada pode gerar no empregado. É necessário que empregados e empregadores se conscientizem dá importância da limitação das horas extras diárias, para que se assegurem, assim, as condições de trabalho adequadas aos trabalhadores. Até a próxima!”