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BANCO DE HORAS

Qual a carga horária mensal de


trabalho? Entenda!
Saiba o que diz a lei trabalhista a respeito da
carga horária mensal e veri8que se está tudo de
acordo com a legislação na sua empresa!

Por Redação Coalize | 27 de Outubro de 2022


10 min. de leitura

A lei permite uma carga horária mensal de


220 horas para o trabalhador que possui
carteira assinada. Essas horas podem ser
distribuídas em diversas escalas, como a
5x1 (trabalho por cinco dias consecutivos
e folga em um) ou a 5x2 (trabalho por
cinco dias e folga em dois).

É comum que esse limite seja apresentado


por meio da carga horária semanal, que se
traduz em 44 horas.

Quando o limite for extrapolado, é preciso


observar as horas por semana: se em
alguma semana o funcionário exercer mais
de 44 horas de serviço, essas horas a mais
devem ser compensadas na semana
seguinte ou pagas em forma de horas
extras no 8nal do mês, conforme acordado
entre empregador e trabalhador.

Dentro do limite mensal ainda é possível


adotar uma jornada menor do que 220
horas por meio de uma jornada parcial.
Vamos entender mais?

Quantas horas mensais um


trabalhador deve cumprir
A Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) determina que a duração normal da
jornada de trabalho não deve ultrapassar
oito horas por dia. Isso está estabelecido
no artigo 58.

Além disso, a Constituição Federal


também a8rma que é um direito do
trabalhador a jornada de trabalho não
superior a 44 horas semanais. Por essa
razão, o limite mensal deve ser de 220
horas e é válido para qualquer atividade.

Entretanto, a lei também permite que seja


feita a chamada compensação de horas e
também a redução de jornada, desde que
seja feito um acordo entre empresa e
funcionário ou um acordo por convenção
coletiva de trabalho.

Respeitar a jornada de trabalho é


importante porque ela se relaciona com o
cálculo do salário, in\uenciando a
contagem de horas extras, faltas, horas
noturnas, periculosidade e a8ns.

Assim, o salário bruto, que é aquele


registrado na carteira de trabalho, se refere
às 44 horas semanais ou 220 horas
mensais estabelecidas pela lei.

Caso exceda o limite de horas, o


trabalhador deve receber um valor
adicional de horas extras ou compensar o
tempo trabalhado na semana seguinte.

Se o funcionário não atingir o total de


horas, esse tempo será proporcionalmente
descontado na folha de pagamento
também.

Carga horária trabalhista mensal


O controle da jornada mensal de trabalho,
para encontrar as horas mensais
trabalhadas, é realizado pelo registro de
ponto. Esse documento pode ser gerado
de forma automática com a utilização de
um ponto eletrônico ou mesmo de forma
mecânica ou manual.

Na folha de ponto são registradas todas as


entradas e saídas do trabalhador, inclusive
para o intervalo intrajornada, bem como
faltas e atrasos.

É importante destacar que existe uma


tolerância de cinco minutos para horas
extras e faltas antes e depois da jornada
de trabalho.

Assim, a tolerância total é de 10 minutos


por dia, considerando cinco minutos para
entrada e cinco minutos para a saída não
excedendo cinco minutos tanto de
trabalho quanto de falta, não há nada a ser
descontado ou pago a mais no salário.

Essa questão também é prevista no artigo


58 da CLT. A Súmula 366 do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) ainda que diz
que:

"[...] Se ultrapassado esse limite,


será considerada como extra a
totalidade do tempo que exceder a
jornada normal, pois con8gurado
tempo à disposição do empregador,
não importando as atividades
desenvolvidas pelo empregado ao
longo do tempo residual (troca de
uniforme, lanche, higiene pessoal,
etc)."

Ou seja, se ultrapassar seis minutos, não


será computado apenas um minuto extra,
descontando os cinco de tolerância, por
exemplo. Deve ser computado o tempo
integral ultrapassado: seis minutos. O
mesmo vale para faltas.

Tipos de carga horária


Como vimos, o limite de oito horas diárias,
44 semanais e 220 mensais é a duração
normal da jornada de trabalho.

Porém, essa não é a única jornada prevista


na CLT. Outros dois tipos foram editados
pela Lei nº 13.467/2017, conhecida como
Reforma Trabalhista: a escala 12x36 e a
jornada parcial. E existem ainda outros
cinco tipos de jornada.

Também é importante destacar que, a


partir dessa reforma, 8cou alterado o que
era entendido como tempo de
deslocamento do funcionário até a
empresa. Desde 2001, esse período era
considerado parte da jornada de trabalho.

A regra foi alterada e passou a estabelecer


que "o tempo despendido pelo empregado
desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o
seu retorno, caminhando ou por qualquer
meio de transporte, inclusive o fornecido
pelo empregador, não será computado na
jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador."

Veja quais são os tipos de jornada que


podem compor a carga horária mensal do
trabalhador.

Escala 12 x 36
É uma escala de revezamento especial
usada para alguns serviços quando o
plantão não pode ser interrompido, como
no caso de seguranças e enfermeiros, por
exemplo. Assim, o pro8ssional trabalha por
12 horas e folga por 36 horas.

Essa jornada já existia antes da reforma,


mas precisava ser feita mediante
negociação coletiva ou lei. Com a reforma,
pode ser negociada por acordo individual
escrito, acordo coletivo de trabalho ou
convenção coletiva.

Jornada parcial
Essa jornada é reduzida e pode ser dividida
em dois tipos:

de duração de até 26 horas semanais,


com autorização de até seis horas
extras por semana (com 50% de
remuneração a mais quando acontecer);
e

de duração de até 30 horas semanais,


sem autorização para horas extras.

O salário deve ser proporcional à jornada


normal, assim como as férias.

Escala 5x1
A cada cinco dias de trabalho, o
pro8ssional folga um. Como a semana tem
sete dias, o dia de descanso pode variar
conforme o que foi combinado com o
empregador.

Para que essa escala funcione, é


necessário que o turno de trabalho tenha
uma duração máxima diária de 7 horas e
20 minutos.

Escala 5x2
É a escala mais comum do mercado de
trabalho: o trabalhador atua por cinco dias
na empresa e descansa por dois, sejam
eles consecutivos ou não. Normalmente,
os dias de folga são sábado e domingo.

Se acontecer de o funcionário trabalhar


nesses dois dias de folga, o valor diário do
salário precisa ser pago em dobro e ele
também tem direito a receber o descanso
semanal remunerado.

Escala 6x1
É quando se trabalha seis dias e tem um
de folga, com diárias mais curtas.

Esse sistema é bastante usado em


empresas que não podem parar e, por isso,
as folgas dos trabalhadores precisam ser
alternadas.

Ainda assim, a remuneração é dobrada se


o funcionário precisar trabalhar aos
domingos e feriados.

Escala 18x36
Seguindo a ideia da escala 12x36, na
escala 18x36, o pro8ssional trabalha por
18 horas e descansa por 36 horas. É uma
opção para empresas que precisam ter os
trabalhadores presentes por longos turnos
de trabalho.

Escala 24x48
Esse tipo de escala é bem comum para
policiais, que é quando o trabalhador atua
por 24 horas e descansa por 48 horas.

Nessas escalas mais longas, e também


nas outras, é necessário que exista um
controle rigoroso de ponto para garantir
que o pro8ssional está seguindo a escala
corretamente, visando ao bem-estar dele e
à segurança trabalhista da empresa.

Como calcular carga horária de


trabalho mensal
O cálculo é muito simples: você precisa,
antes de tudo, saber o valor da hora do
trabalhador e, para isso, basta dividir o
salário mensal pelas horas trabalhadas.

Vamos supor que o trabalhador receba R$


3 mil por mês e cumpra sua carga horária
mensal sem adicionais nem faltas, ou seja,
cumpra as 220 horas. Nesse caso:

R$ 3.000 ÷ 220 horas = R$ 13,64

R$ 13,64 é o valor da hora desse


trabalhador. É sobre esse valor que são
calculados os adicionais estabelecidos
pela CLT, como veremos a seguir.

Insalubridade
O adicional de insalubridade a ser pago é
de8nido conforme estudo técnico pago
pela empresa.

Esse estudo determina o grau de risco à


saúde do pro8ssional e o acréscimo que
precisa ser pago varia de 10% a 40% do
salário-mínimo, ou seja, o percentual não é
calculado sobre o salário recebido
mensalmente nesse caso.

Imagine um salário de R$ 4 mil mais uma


porcentagem de insalubridade
determinada em 20%, que precisa ser
descontada do salário-mínimo vigente.
Observando o salário-mínimo mais recente
(R$ 1.212). Dessa forma, temos:

Salário-base: R$ 4.000
Adicional de 20% do salário-mínimo:
R$ 242,40
Valor/hora passa a ser = salário-
base + acréscimo de insalubridade ÷
220h:
R$ 4242,40 ÷ 220h = R$ 19,28

R$ 19,28 é o valor da hora desse


trabalhador, levando em consideração o
grau de insalubridade.

Adicional noturno
O acréscimo mínimo de adicional noturno,
segundo a lei, é de 20% referente ao
valor/hora.

Logo, um funcionário que recebe R$ 2 mil


mensais precisa receber mais R$ 400 na
sua remuneração mensal, caso tenha
trabalhado no turno da noite. O cálculo
para encontrar o valor/hora 8ca assim:

Salário-base + 20% de adicional


noturno ÷ carga horária mensal =
remuneração caso o funcionário
trabalhe no turno da noite
R$ 2.400 ÷ 220h = R$ 10,91

Lembrando que quem trabalha no período


da noite trabalha menos, pois a CLT exige
que cada hora trabalhada seja reduzida em
sete minutos e meio, o que resulta em um
total de sete horas de trabalho por noite,
respeitando sempre uma hora de intervalo.

Periculosidade
Ao contrário do cálculo do percentual de
insalubridade, que precisa sair do salário-
mínimo, o percentual de periculosidade
deve sair do salário-base do pro8ssional,
ou seja, da remuneração mensal, e é
sempre de 30%.

Para calcular o valor/hora faça o seguinte


(usando os mesmos valores do exemplo
de insalubridade):

Salário-base: R$ 4.000
Adicional de periculosidade de 30%
do salário-base: R$ 1.200
Valor/hora somando o salário e o
acréscimo ÷ 220h:
R$ 5.200 ÷ 220h = R$ 23,64

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Hora extra
De acordo com a CLT, a porcentagem
mínima a ser paga por horas extras é de
50%, mas vale ressaltar que, em situações
em que o funcionário faz parte de
sindicato ou por conta de normas
coletivas, essa porcentagem pode ser de
até 200%.

Também é possível somar as jornadas


extras e, ao invés de fazer o pagamento
das horas extras, deixar que o trabalhador
pegue folgas, como determinam as
normas da CLT para banco de horas, desde
que o pro8ssional concorde com essa
compensação.

Normalmente, os 50% são pagos


referentes às horas extras pós-expediente
de oito horas por dia ou por trabalhos
realizados em 8nais de semana.

Para encontrar o valor/hora, imaginando


um salário de R$ 2.500, você pode fazer a
conta de duas formas: uma usando o
cálculo com o valor integral do salário e a
outra somando apenas o percentual da
hora extra ao valor da hora trabalhada de
cada funcionário.

Para fazer o cálculo com o valor integral da


remuneração, é só seguir a fórmula:

Salário-base: R$ 4.000
Adicional de periculosidade de 30%
do salário-base: R$ 1.200
Valor/hora somando o salário e o
acréscimo ÷ 220h:
R$ 5.200 ÷ 220h = R$ 23,64

Se o trabalho ocorrer em feriados, o


adicional pode ser maior, normalmente
chegando a 100%. Nesse caso, basta fazer
a mesma conta acima, apenas usando a
porcentagem de 100%.

Viu, só? A carga horária mensal é bem


mais simples do que parece, não é? Para
encontrar mais conteúdos sobre leis
trabalhistas, folha de pagamento e banco
de horas, continue acompanhando o nosso
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