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GESTÃO

EMPRESARIAL
DP – AULA 02
O que é jornada de trabalho?
A jornada de trabalho corresponde ao período em que o trabalhador
permanece ao dispor da empresa. Ele é conhecido como período de trabalho
e é estipulado semanalmente e diariamente.
O contrato trabalhista prevê qual é a jornada exercida pelo empregado e ela
deve estar de acordo com a lei trabalhista e com a Convenção Coletiva de
Trabalho da categoria.
Todas as horas trabalhadas além dos horários ali previstos devem ser pagas
como extras e com adicional de no mínimo 50%.

03/02/2022
Trabalhador regime celetista
Um regime de trabalho celetista corresponde ao trabalho formal, em que
a empresa segue todas as regras estipuladas na CLT. Nesse caso, o
colaborador é registrado em sua carteira de trabalho e nela constam todos
os quesitos de sua relação de trabalho com o empregador. Inclusive, sua
jornada de trabalho.

03/02/2022
Regra de tolerância de atraso
De acordo com o 1° parágrafo do artigo, as variações de horário no registro de
ponto não excedentes a cinco minutos, não serão computadas e nem mesmo
descontadas.
Isso quer dizer que, se o colaborador chega 5 minutos atrasado ou sai 5
minutos depois do seu expediente, nenhum dos casos são computados.
Entretanto, essa regra também observa que o limite máximo para esses casos
é de 10 minutos diários.

03/02/2022
De acordo com as leis trabalhista, quais são os
tipos de jornada de trabalho existentes?
• Presencial: jornada prestada na sede empresarial com horário definidos. Ela pode
ser de até 44 horas semanais;
• Não-presencial: jornada exercida fora da empresa e sem possibilidade de fixação
de horários, como é típico das categorias de motoristas;
• Home Office (Teletrabalho): Não é uma jornada presencial ao mesmo tempo em
que não apresenta óbice para ter horário fixado, diferentemente do item anterior;
• Jornada em regime parcial: até 25 horas de trabalho semanal;
• Em turnos ininterruptos: trabalho prestado com variação de turno do dia e não
sempre no mesmo período;

03/02/2022
Quais são as escalas de trabalho
permitidas por lei?
Segundo a lei trabalhista e a própria Constituição Federal a jornada
máxima é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, sendo que essas horas
podem ser adaptadas para turnos de revezamento e outras escalas.
Um bom exemplo é a escala do tipo 12 x 36, em que o trabalhador presta
serviços por 12 horas e descansa por outras 36 horas. Note que nesse
caso em uma semana o trabalho será de 36 horas, enquanto no outro será
de 48 horas. Há a compensação entre as semanas.

03/02/2022
Quais são os tipos de jornada de
trabalho permitidos pela CLT?
Segundo as normas da CLT, uma pessoa pode trabalhar, no máximo, 8 horas
ao dia e 44 horas por semana. Confira algumas possibilidades de escala
dentro dessa carga horária semanal:
1. Modelo 5x1
No modelo de escala 5x1, o profissional terá direito à folga a cada 5 dias
trabalhados — geralmente, com 7 horas de trabalho por dia. Segundo as leis
trabalhistas, ao optar por essa escala, a empresa precisa se certificar de dar
ao menos uma folga de domingo ao mês.

03/02/2022
2. Modelo 5x2
A escala de trabalho 5x2 é uma das mais comuns. Nela, o colaborador
trabalha de segunda a sexta e tem folga de sábado e domingo. Nessa
jornada, a diária geralmente dura 8 horas. Entretanto, as folgas não
precisam, necessariamente, ser em dias seguidos.

3. Modelo 4x2
Já nas vagas que exigem que a diária seja mais longa, o modelo 4x2 pode ser
adotado. Deste modo, o profissional trabalha 4 dias e sua jornada de
trabalho se estende. Contudo, ele ganha horas extras e, depois, folga 2 dias.

03/02/2022
4. Modelo 6x1
As vagas 6x1 correspondem a seis dias trabalhados e uma folga, com diárias
mais curtas. Geralmente, é uma opção de escala de revezamento, quando as
atividades da empresa não podem parar e as folgas da equipe precisam ser
alternadas. Além disso, quando o colaborador trabalha no domingo e
feriados, a remuneração é dobrada.

5. Modelo 12x36
Nesse formato, o profissional trabalha por 12 horas e folga 36 horas. Trata-se
de uma escala também utilizada em atividades que não podem ser
interrompidas, como nas indústrias. Essa opção normalmente é acordada
entre o colaborador e a empresa, não tendo respaldo da lei trabalhista.
03/02/2022
6. Modelo 18x36
Assim como na jornada anterior, no modelo 18x36, o colaborador trabalha
por 18 horas e descansa por 36 horas. Também se trata de uma opção
adotada por empresas que precisam ter longos turnos de trabalho.

7. Modelo 24x48
Alguns cargos, como os ocupados por policiais, exigem esse tipo de escala,
em que o profissional trabalha por 24 horas e descansa 48 horas. Aqui, assim
como nos demais modelos, é imprescindível que haja um rigoroso controle
de ponto para se certificar de que o trabalhador está seguindo sua jornada
adequadamente.

03/02/2022
Jornada de trabalho estágio
O estágio também é uma modalidade respaldada nas leis trabalhistas, todavia,
ele possui uma carga horária menor do que um funcionário celetista.
Dessa forma, a jornada de trabalho do estagiário pode acontecer de 2 formas
diferentes, sendo elas:
•4 horas diárias > 20 horas semanais;
•6 horas diárias > 30 horas semanais;
E assim como o funcionário celetista, o estágio também contempla um intervalo,
que é acordado entre a empresa e o estagiário.
No entanto, é importante ressaltar que essa pausa não está incluída na jornada
de trabalho, ou seja, o tempo de pausa deve ser contado fora da carga horária.

03/02/2022
Hora extra
Ainda sobre a jornada na CLT, é necessário falarmos sobre a possibilidade
de hora extra.
De acordo com o artigo Art. 59, as horas de um colaborador CLT podem ser
acrescidas de duas horas extras mediante acordo individual, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Entretanto, essas horas excedentes devem ser remuneradas com pelo
menos 50% do valor superior a hora normal. Ou em outros casos as horas
também podem ser acrescentadas a um sistema de banco de horas para
futura compensação.

03/02/2022
Banco de horas: como funciona?
Na jornada de trabalho, o banco de horas acumula as horas excedentes e
desconta as horas faltantes. Ou seja, quando uma empresa adota o sistema
de banco de horas, qualquer hora a mais ou a menos do colaborador são
acumuladas nesse banco.
Agora, o valor dessas horas e como elas devem ser compensadas, podem
variar de acordo com cada convenção coletiva ou acordo firmado entre
empresa e funcionário.
No entanto, sua empresa deve ficar atenta para que em um dia o colaborador
não faça mais do que 2 horas extras, o máximo permitido pela lei.

03/02/2022
O que mudou na jornada de trabalho com a
reforma trabalhista?
Banco de horas
O que a reforma trabalhista trouxe de mudança para a modalidade de
banco foi a possibilidade de sua adoção mediante acordo individual
entre empregador e funcionário, sem a necessidade de interferência
do sindicato da categoria, tornando mais fácil que empresas e
colaboradores usufruam da modalidade.
Entretanto, é importante lembrar que nesses casos, a compensação
do banco deverá ocorrer em no máximo 6 meses.

03/02/2022
Intervalo intrajornada
O intervalo intrajornada ou horário de almoço faz parte da jornada de
trabalho, essa é uma pausa obrigatória que proporciona uma melhor
qualidade de vida no trabalho para os funcionários.
Além disso, essa pausa está prevista no artigo 71 da CLT, portanto, é algo
obrigatório que deve ser feito durante a jornada.
De acordo com este artigo, em qualquer jornada de trabalho com duração de
mais de 6 horas, é necessário uma pausa para repouso de no mínimo 1 hora.
Todavia, a lei também permite que um acordo ou convenção coletiva altere
esse período para mais ou menos tempo, entretanto, ele não pode exceder
duas horas.
03/02/2022
Por isso, é bastante comum algumas empresas adotarem pausas maiores
durante a jornada dos funcionários.
Agora, quando a jornada de trabalho durar menos de 6 e mais do que
4 horas, o intervalo obrigatório passará a ser de 15 minutos.
Em todos esses casos a contagem da pausa não entra na duração da
jornada. Por isso, podemos dizer que os colaboradores passam cerca de 9
horas em seu local de trabalho, contudo, sua jornada só contempla 8
horas.
Vamos a um exemplo, em jornadas que vão das 8:00 às 17:00, contabilizam
9 horas de um dia, entretanto, se o colaborador fizer uma pausa do meio
dia às 13h, essa 1 hora é tirada da contagem de tempo.

03/02/2022
Intervalo interjornada
Assim como a CLT prevê um intervalo dentro da jornada, o tempo entre
uma jornada e outra também é previsto, a ele dá-se o nome de intervalo
interjornada.
Este intervalo está previsto no artigo 66 da CLT, que diz que entre uma
jornada de trabalho e outra é obrigatório um descanso de 11 horas
consecutivas.
Isso quer dizer que um colaborador não pode começar outro expediente
antes desse intervalo de 11 horas.

03/02/2022
DSR: Descanso semanal remunerado
O descanso semanal remunerado (DSR) também é um dos aspectos
obrigatórios relacionados à jornada de trabalho. Ele está previsto no artigo
67 da CLT, que determina a todos os funcionários o direito a um repouso
semanal de 1 dia.
Este, deve acontecer preferencialmente aos domingos e, caso seja possível,
também em feriados civis e religiosos de acordo com as tradições locais.
E quando a empresa funciona aos domingos? Bom, nesses casos a lei
determina que seja feita uma escala de revezamento com organização
mensal.

03/02/2022
Horas noturnas
As horas noturnas são aquelas compreendidas das 22h às 5h da manhã para
os trabalhadores urbanos, das 21h às 5h para os trabalhadores da lavoura, e
das 20h às 4h para os trabalhadores de atividade pecuária.
Todas as horas dessas jornadas devem ser pagas com valor superior ao de um
trabalhador diurno, dessa forma, os trabalhadores com jornada noturna
devem receber o adicional noturno em sua remuneração.
E, de acordo com o paragrafo 1° do artigo 73 da CLT, 1 hora noturna é
composta por 52 minutos e 30 segundos, e não como 60 minutos.

03/02/2022
Como exemplo prático, vamos considerar as seguintes informações:

▪ Suponhamos que o empregado receba um Salário Mínimo de R$ 1.210,44 para


uma Carga Horária de 220 h;
▪ Por 20 dias do mês, exerceu 4 horas noturnas;
▪ O Adicional Noturno por força de lei é de 20% da hora diurna;
▪ Desta forma, temos 80 horas noturnas (20 dias x 4 h);
▪ Aplicando a redução ficta da hora noturna, temos: 80 h ÷ 52,5 x 60 min =
91,4285 horas noturnas reduzidas
Segue o passo-a-passo do cálculo das horas noturnas:

R$ 1.210,44 (Salário Base) ÷ 220 (jornada mensal) = R$ 5,50 (Salário Hora);


Aplica-se o Adicional Noturno... R$ 5,50 (Salário Hora) x 20% = R$ 1,10
Então por cada hora noturna, o empregado tem um adicional de R$ 1,10
Multiplica-se pelo quantitativo de horas.... R$ 1,10 x 91,4285 = R$ 100,57 (Valor a
pagar)

Segue uma fórmula para simplificação dos cálculos


Ad. Noturno = Salário Hora x 0,20 x Qtde Hora Noturna Reduzida

Fator 1,1428
Pausa para almoço
A pausa para almoço também foi uma das alterações trazidas pela
reforma.
O novo texto altera o parágrafo 4°, e deixa mais claro que a concessão
parcial ou a supressão do horário de almoço, acarretará à empresa o
pagamento do tempo suprimido de pelo menos 50% sobre o valor da hora
de trabalho normal do colaborador.

03/02/2022
Tempo a disposição do empregador
O tempo à disposição do empregador aparece no artigo 4° da CLT. Com a reforma,
ele foi estendido e foram postas uma série de situações que não podem ser
consideradas tempo à disposição da empresa e, portanto, não podem ser
contabilizadas como hora extra.
Entre elas, podemos citar dois exemplos bastante corriqueiros. Em uma cidade como
São Paulo, é bastante comum que as pessoas utilizem carros particulares para se
locomoverem até o trabalho. E, como a cidade adota o sistema de rodízio,
determinadas placas são proibidas de transitar em certos dias e horários.
Vamos supor que determinado funcionário utilize o seu carro para ir ao trabalho no
dia de seu rodízio, e o seu expediente se encerre antes do término do horário de seu
rodízio. Caso ele queira ficar na empresa aguardando até que possa transitar, esse
tempo não será contabilizado como hora extra.
03/02/2022
Outra situação bastante comum é que em um dia de chuva, os colaboradores
fiquem aguardando melhorar o tempo para que possam ir embora. Nesse caso,
esse tempo que ele decidir permanecer na empresa não será computado como
tempo à disposição do empregador.
De acordo com essa nova redação, a ação de esperar o término do rodízio pode ser
considerada uma atividade particular, e a proteção da chuva pode ser considerada
como proteção pessoal.
Além dessas, a lei ainda lista uma série de outras situações que não constituem
tempo à disposição do empregador, como:
•Práticas religiosas; Descanso; Lazer; Estudo; Alimentação; Atividades de
relacionamento social; Higiene pessoal; Troca de roupa ou uniforme, quando não
houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
Contudo, é válido ressaltar que isso não quer dizer que os funcionários não possam
permanecer na empresa. Muito pelo contrário, eles podem, desde que tenham
devidamente já registrado seu ponto.
03/02/2022
Horas in itinere
As horas in itinere passaram a ser bastante comentadas após a reforma trabalhista,
elas correspondem ao tempo de deslocamento do colaborador até o seu trabalho e
o seu tempo de retorno até sua residência.
Mas o que mudou?
Antes da reforma, era compreendido que o tempo de deslocamento fazia parte da
jornada de trabalho quando o local fosse de difícil acesso, não servido de transporte
público ou quando o deslocamento era feito por condução fornecida pelo
empregador.
Todavia, após a alteração da lei, as horas in itinere não fazem mais parte da jornada
de trabalho, seja qual for o meio utilizado pelo colaborador para chegar ao seu
trabalho.
03/02/2022
Qual é a importância de controlar a jornada de
trabalho?
Muitas organizações ainda negligenciam o controle da jornada dos funcionários e
não sabem qual sua real importância, mas o controle de ponto vai além de somente
mostrar se os funcionários estão chegando na hora.

É a garantia que a sua empresa está cumprindo com as exigências da legislação e


preza para uma relação transparente com os funcionários.

Por isso, o controle de ponto traz mais transparência para a relação de trabalho,
reduz as chances de passivos trabalhistas e ainda contribui para uma boa cultura
organizacional.

03/02/2022
FÉRIAS

03/02/2022
FÉRIAS Artigos 129 ao 153 CLT

Conceito: Consiste na Recuperação do Esforço Gasto pelo Trabalhador;


Modalidades:
Simples;
Coletivas;
Proporcionais.

Art. 129 “todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um


período de férias, sem prejuízo da remuneração”
PERÍODO AQUISITIVO

O empregado para adquirir direito as


férias deve trabalhar no mínimo 12
meses que é conhecido como período
aquisitivo.
PERÍODO CONCESSIVO

Período de 12 meses subsequentes


ao período aquisitivo para que o
empregador conceda férias ao
empregado.
Art. 134
FÉRIAS INDIVIDUAIS OU SIMPLES

São aquelas concedidas a cada empregado,


individualmente , em um só período, nos 12 meses
subsequentes a data em que o empregado tiver adquirido o
direito. Art. 134
DIREITO PROPORCIONAL AS FALTAS Art. 130 CLT

• Faltas: • Férias:
➢ até 05; ✓ 30 dias;
➢ de 06 a 14; ✓ 24 dias;
➢ de 15 a 23; ✓ 18 dias;
➢ de 24 a 32; ✓ 12 dias;
➢ acima de 32 ✓ perde direito.C
PERDA DO DIREITO AS FÉRIAS Art. 133 CLT

Permanecer em licença remunerada por


mais de 30 dias;

Deixar de trabalhar por mais de 30 dias,


com percepção de salários, em
decorrência de paralisação total ou
parcial dos serviços da empresa;
03/02/2022
03/02/2022
FOLHA DE PAGAMENTO
A elaboração da folha de pagamento é obrigatória
para o empregador, conforme o artigo 32 da Lei nº
8,212/91, de 24 de julho de 1991:

I – preparar folhas de pagamento das remunerações


pagas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço,
de acordo com os padrões e normas estabelecidos pelo
órgão competente da seguridade social;
Como é elaborada uma folha de pagamento?
Não existe um modelo de folha de pagamento padrão a ser
seguido, mas precisa atender os requisitos mínimos
estipulados pela legislação do trabalho. Devem constar os
seguintes dados:
•nome do colaborador;
•cargo ou serviços prestados;
•parcelas integrantes da remuneração;
•descontos efetuados;
•resultado líquido a ser pago;
•tipo de contrato;
•número e série da CTPS.
Composição da Folha de pagamento

PROVENTOS DESCONTOS
Salário Adiantamentos
Gratificações Faltas injustificadas
Comissões Contribuição previdenciária
Horas Extras Contribuição sindical
Adc. Insalubridade Imp. Renda Retido na Fonte
Adc. Periculosidade Vale – transporte
Adc. Noturno Pensão Alimentícia
Férias Empréstimos
Salário
O salário pode ser definido como a parte fixa da
remuneração recebida pelo empregado em contrapartida
de sua prestação de serviços, sendo inadmissível a sua
redução, conforme dispõe o Art. 7º inciso VI da
Constituição Federal de 1988.
Integram o salário não só a importância fixa estipulada
pelo empregador, como também as comissões, gorjetas,
percentagens, gratificações ajustadas e diárias para
viagens que excedam a 50% do salário percebido pelo
empregado.
Salário
Formas de pagamento
Nosso ordenamento jurídico permite três tipos de sistema
de pagamento de salário:

Por Unidade de Tempo;


Por Produção; e
Por Tarefa
Salário

Unidade de Tempo
Salário por tempo, é aquele pago em função do tempo que o
trabalho foi prestado ou o empregado permaneceu à disposição
do empregador.
Neste sistema, não se leva em conta o resultado do trabalho, isto
é, não é necessário que se tenha produção. O empregado ganha
pelo tempo que ficou a disposição do empregador.
Dentro deste sistema, o empregado pode receber seu pagamento
das seguintes formas: por mês; por quinzena; por semana; por
dia; e, por hora trabalhada.
Salário
Produção
Salário por produção é aquele calculado com base no número de
unidades produzidas pelo empregado.
Calcula-se apenas o resultado obtido no período trabalhado, sem
considerar o tempo gasto. É o caso do pagamento por comissão ou por
unidade produzida.

No pagamento por produção, é possível que o salário seja fixado


exclusivamente por produção, desde que esteja assegurado o pagamento
do salário mínimo (ou Piso da Categoria) ao final do mês, como exige a
Constituição Federal. Quanto mais produzir, maior vai ser seu ganho ao
final do mês.
Salário

Tarefa
O pagamento por tarefa, é uma mescla dos dois sistemas
vistos anteriormente. Salário por tarefa é aquele pago com
base na produção do empregado, mas, pela economia de
tempo há uma vantagem.

O empregado ganha um acréscimo no preço da tarefa ou é


dispensado, quando cumpre as tarefas do dia, do restante da
jornada.
Ex: Trabalhadores rurais
Salário
Prazo de pagamento
O pagamento do salário mensal deve ser efetuado até o 5°
dia útil do mês subsequente ao vencido, salvo critério mais
favorável previsto e documento coletivo de trabalho da
respectiva categoria profissional.
A contagem dos dias, para efeito de determinar o prazo de
pagamento dos salários, deve ser considerado o sábado,
excluindo o domingo e feriados, inclusive o municipal.
A demora do pagamento (mora salarial) pode dar causa à
rescisão indireta do contrato de trabalho, pelo empregado, e
configurar infração penal.
Aprendendo a compor o
salário bruto mensal
Um determinado funcionário mensalista, foi admitido em
11/09/2012.
Calcular o valor do salário bruto do mês de setembro/12,
sabendo-se que o salário base é de R$1.627,00 por mês
base de 220 horas em regime CLT – mês de referência com
30 dias e 06 dias de DSR/Feriado.

Salário mensal – R$1.627,00 / 30 = R$54,23 por dia X 20


dias (de 11 a 30/09) = R$1.084,67 (Bruto)
Adicional de insalubridade
Art. 189 CLT: Insalubres são aquelas atividades que, por
sua natureza, condições ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde;
Art. 192 CLT. O exercício de trabalho em condições
insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos
pelo MTE, assegura a percepção de adicional
respectivamente de:
40% (grau máximo),
20% (grau médio)
10% (grau mínimo)
do salário mínimo da região
CÁLCULO INSALUBRIDADE
Adicional de Periculosidade
Art. 193 (CLT). São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco
acentuado.
§1º “O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado
um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.”
Art . 195 da CLT- A caracterização e a classificação da
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do
Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,
registrados no Ministério do Trabalho.
Adicional Noturno
A CLT preceitua no art. 73, § 2º que o horário noturno é aquele
praticado entre as 22:00 horas e 05:00 horas (para trabalhadores
urbanos), porém a legislação, entendendo haver um desgaste maior do
organismo humano, criou algumas variantes em relação à hora diurna.
A exemplo dessas variantes surge o seguinte quadro:

Período Tempo Redução Tempo Efetivo


Das 22:00 às 23:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Das 23:00 às 23:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Das 00:00 às 01:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Das 01:00 às 02:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Das 02:00 às 03:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Das 03:00 às 04:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Das 04:00 às 05:00 01:00 7 min e 30 seg 52 min e 30 seg
Total 07:00 52 min e 30 seg

Destarte, o empregado trabalha 7 horas, mas recebe por 8 horas para


todos os fins legais. Foi uma forma encontrada pelo legislador para
repor o desgaste biológico que enfrenta quem trabalha à noite, sendo
considerada um período penoso de trabalho.
Como exemplo prático, vamos considerar as seguintes
informações:

Suponhamos que o empregado receba um Salário Mensal de R$


900,00 para uma Carga Horária de 220 h e por 20 dias do mês,
exerceu 4 horas noturnas;
O Adicional Noturno por força de lei é de 20% da hora diurna,
desta forma, temos 80 horas noturnas (20 dias x 4 h);
Aplicando a redução ficta da hora noturna, temos: 80 h ÷ 52,5 x 60
min = 91,4285 horas noturnas reduzidas.
Ou seja, se 52 min e 30 seg = 1 hora noturna reduzida; Então 4.800
minutos (80 h x 60 min) = 91,4285 horas reduzidas
Segue o passo-a-passo do cálculo das horas noturnas:

R$ 900,00 (Salário Base) ÷ 220 (jornada mensal) = R$ 4,09 (Salário


Hora);
Aplica-se o Adicional Noturno... R$ 4,09 (Salário Hora) x 20% = R$
0,82
Então por cada hora noturna, o empregado tem um adicional de
R$ 0,82
Multiplica-se pelo quantitativo de horas.... R$ 0,82 x 91,4285 = R$
74,97 (Valor a pagar)

Segue uma fórmula para simplificação dos cálculos


Ad. Noturno = Salário Hora x 0,20 x Qtde Hora Noturna Reduzida

Fator 1,14285
Horas Extras
▪ A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do
trabalho, salvo os casos especiais, é de 8 (oito) horas diárias e 44
(quarenta e quatro) semanais, no máximo.
▪ Todavia, poderá a jornada diária de trabalho dos empregados maiores
ser acrescida de horas suplementares, em número não excedentes a
duas, no máximo, para efeito de serviço extraordinário, mediante
acordo individual, acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença
normativa. Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa,
poderá ser prorrogada além do limite legalmente permitido.
▪ Consideram-se extras as horas trabalhadas diariamente além da
jornada legal ou contratual.
A remuneração do serviço extraordinário, desde a promulgação da
Constituição Federal/1988, que deverá constar, obrigatoriamente, do
acordo, convenção ou sentença normativa, será, no mínimo, 50%
(cinqüenta por cento) superior à da hora normal.

Quando o serviço extraordinário for prestado aos domingos e/ou


feriados, a remuneração será, no mínimo, o dobro da hora normal.

Súmula TST nº 146. Trabalho em Domingos e Feriados, não


compensados. O trabalho prestado em domingos e feriados, não
compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração
relativa ao repouso semanal.
O salário-família é um direito do empregado brasileiro que
possui filhos ou equiparados, com idade máxima de 14
anos, exceto em situação de filhos inválidos, pois neste
caso não existe limite de idade.
O valor tem seu pagamento realizado mensalmente àqueles
trabalhadores em regime CLT, como um valor à parte do
seu salário. Além de possuir filhos ou equiparados, o
trabalhador necessita se enquadrar no limite máximo de
renda que é estipulada pelo Governo Federal.
O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de
qualquer condição, até 14 anos de idade, ou inválido de
qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2021, é de R$
51,27 para o segurado com remuneração mensal não
superior a R$ 1.503,25.
QUEM TEM DIREITO AO SALÁRIO FAMÍLIA
2021?
Ter filhos, enteados ou tutelados com idade máxima de até
14 anos;
➢ Ter filhos inválidos (para essa regra não existe idade
máxima ou mínima);
➢ Ser empregado com carteira assinada;
➢ Ser trabalhador rural que aposentou com 60 anos para
homens ou 55 anos para mulheres;
➢ Empregado ou trabalhador aposentado por invalidez ou
auxilio doença;
➢Empregada doméstica
Para os filhos até 6 anos de idade o
empregado deverá apresentar no mês de
novembro o atestado de vacinação ou
documento equivalente e para os filhos a
partir de 7 anos de idade, comprovante de
frequência escolar nos meses de maio e
novembro.
No caso de menor inválido que não frequenta
a escola por motivo de invalidez, deve ser
apresentado atestado médico que confirme
este fato. (Decreto 3.048/99, Art. 84)
DESCONTOS
Quota de previdência (INSS);
Imposto de renda;
Contribuição sindical;
Adiantamentos;
Faltas e atrasos;
Vale-transporte;
Pensão alimentícia.
Tabela de contribuição dos segurados empregados,
empregados domésticos, avulsos, para pagamento
de remuneração a partir de 1º de janeiro/2021
(INSS)

Teto de desconto = 713,09


Como calcular o desconto do INSS
Utilizando como exemplo o salário de R$ 3.000,00.

• 1ª faixa salarial: 1.100,00 x 0,075 = 82,50


• 2ª faixa salarial: [2.203,48 – 1.100,00] x 0,09 =
1.103,48 x 0,09 = 99,31
• Faixa que atinge o salário: [3.000,00 – 2.203,48] x 0,12
= 796,52 x 0,12 = 95,58
• Total a recolher: 95,58 + 99,31 + 82,50 = 277,40

Salário liquido = 3.000,00 – 277,40 = 2.722,60


Tabela Progressiva Mensal - IRRF
para o ano-calendário de 2021
•Base para o cálculo do IRRF: R$ 2.722,61
•Se houver dependentes serão descontados mais R$ 189,59. São considerados como
dependentes (filhos até 21 anos, cônjuges, avós e pais), desde que não tenham
rendimentos.
• 2.722,61– R$ 189,59 = R$ 2.533,02

1.Até R$1.903,98;
2.De R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 – 7,5% (Alíquota);
3.De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 – 15% (Alíquota);
4.De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 – 22,5% (Alíquota);
5.A partir de R$ 4.664,69 – 27,5% (Alíquota).

Resultado:
•Salário-base = R$ 2.533,02;
•Alíquota aplicada = 7,5%;
•Cálculo do IRRF = R$ 2.533,02 x 7,5% = 189,98;
•Cálculo do IRRF = R$ 189,98 – R$142,80;
•Valor do IRRF = R$ 47,18.
VALE TRANSPORTE

O direito ao vale-transporte é garantido a todo trabalhador


contratado pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Ao conceder o benefício, a empresa antecipa o valor gasto
pelo funcionário no deslocamento de casa para o trabalho, e vice-
versa. Fornecer o vale é obrigação do empregador, seja ele pessoa
física ou jurídica.
O vale-transporte faz parte do salário?
Assim como qualquer outro benefício obrigatório, o vale-transporte não
possui natureza salarial, portanto, não pode ser usado para a base de
cálculo do FGTS, INSS e Imposto de Renda. Por esse mesmo motivo, a
companhia não pode conceder o valor das passagens em dinheiro, evitando
que ele seja usado para outras finalidades.
Caso o empregado tenha que trabalhar em dias extras, como sábados (não
previstos em contrato) e domingos, ele tem direito de receber o VT referente
a essas datas. Por outro lado, faltas, licenças e férias podem ser deduzidas
pela empresa dos dias de fornecimento.
A lei permite que a empresa aplique um desconto de até 6% do salário básico do empregado
ao conceder o vale-transporte. Se o total do VT for menor que essa porcentagem, o desconto
fica limitado ao menor valor. Caso o colaborador use mais que 6% do salário para ir e voltar do
trabalho, a quantia excedente fica por conta da empresa.

Exemplo 1
Marcos ganha 4 mil reais mensais e utiliza dois ônibus com tarifa de 4 reais para ir e voltar do
trabalho. Em um mês com 22 dias úteis, o cálculo é o seguinte: 8 (duas passagens) x 22 (dias
trabalhados) = 176 reais
6% de 4 mil = 240
Logo, como o valor total do VT não chega ao desconto máximo de 6%, serão descontados
apenas os 176 reais referentes às passagens.

Exemplo 2
Nathan gasta a mesma quantia que Marcos em seu trajeto de casa para o trabalho. Porém,
seu salário mensal é de 2 mil reais.
Vamos ao cálculo: 8 x 22 = 176 reais
6% de 2 mil = 120 reais.
Nesse caso, o valor das passagens ultrapassa o desconto de 6%. Portanto, a empresa deverá
arcar com a diferença, que será de 56 reais.
GRATIFICAÇÃO DE NATAL
(13º SALÁRIO)

CONCEITO:

É uma gratificação compulsória devida a todo empregado no mês de


dezembro de cada ano. O seu valor equivale a 1/12 da remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço. Considerando-se a fração
igual ou superior a 15 dias como mês inteiro. (Lei nº 4.090/62)

A gratificação deve ser paga em 02 parcelas;

Página 117 do Livro Práticas Trabalhistas e Previdenciárias


Primeira parcela:

é paga entre os meses de fevereiro e novembro ou, se o


empregado o requerer no mês de janeiro do correspondente ano,
por ocasião de suas férias, e equivale à metade do salário do
empregado no mês anterior ao do pagamento.

Segunda parcela:
deve ser paga até o dia 20 de dezembro, e equivale à
remuneração do mês de dezembro, compensando-se a
importância paga a título de adiantamento (1ª parcela).
13º SALÁRIO PROPORCIONAL
O empregado tem direito a receber o 13º salário proporcional aos
meses trabalhados no ano, quando extinto o seu contrato de
trabalho, nas seguintes hipóteses:
Dispensa indireta;
Término do contrato a prazo determinado;
Aposentadoria;
Extinção da empresa;
Pedido de demissão;
Dispensa sem justa causa.

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