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Aula 3.

1 Remuneração, salário e comissões

Remuneração (Art. 457, caput e §3º da CLT)

Salário (Art. 457, §1º da CLT)

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além
do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as
gorjetas que receber.
§ 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas
pelo empregador.
(...)
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer
título, e destinado à distribuição aos empregados.

Exemplo de gratificação legal: Adicional de 40% para os empregados que exercem cargo de
confiança (Art. 62, parágrafo único da CLT)

Art. 62 (...)
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados
no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação
de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta
por cento).

Comissões (Art. 466 e parágrafos da CLT)

Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação


a que se referem.

§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das


percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.

§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e


percentagens devidas na forma estabelecida por este.

Irredutibilidade Salarial (Art. 7º, VI da CF)

Art. 7º (...)
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

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Ônus da atividade econômica (Art. 2º da CLT)

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da


atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Salário in natura (Art. 458, caput e §1º da CLT)

Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos
legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por
força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será
permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.

§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts.
81 e 82).

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Aula 3.2 Parcelas que não integram a remuneração

Parcelas que não integram a remuneração do empregado (Art. 457, §2º da CLT)

Art. 457 (...)


§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.

Alteração da natureza das verbas pagas ao empregado - Vedação de alteração contratual


lesiva (Art. 468 da CLT)

Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições
por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,
prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

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Aula 3.3 Ajuda de Custo

Art. 457 (...)


§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário

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Aula 3.4 Diária para Viagem

Art. 457 (...)


§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário

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Aula 3.5 Prêmios

Caráter não salarial dos prêmios (art. 457, §2º da CLT)

Conceito/Fundamento dos Prêmios (Art. 457, §4º da CLT)

Art. 457 (...)


§ 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação,
vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a
remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base
de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário
(...)

§ 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens,


serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho
superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.

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Aula 3.6 Outras Parcelas que não consideradas salário

Outras parcelas sem caráter salarial (Art. 458, §§ 2º e 5º da CLT)

Art. 458(...)

§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes
utilidades concedidas pelo empregador.

I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local


de trabalho, para a prestação do serviço;

II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores


relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou


não por transporte público;

IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-


saúde;

V – seguros de vida e de acidentes pessoais;

VI – previdência privada;

VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.

(...)

§ 5o O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não,
inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses,
órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em
diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para
qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9o do art.
28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.

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Aula 3.7 Cuidados no Holerite

Da obrigatoriedade de pagamento mediante recibo (Art. 464, caput e parágrafo único da


CLT)

Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado;
em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu
rogo.
Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta
para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de
crédito próximo ao local de trabalho.

Vedação do salário complessivo (Súmula n. 91 do TST)

Súmula nº 91 SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003


Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender
englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.

Descontos no salário do empregado (Art. 462, caput e §§1º e 4º da CLT)

Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta
possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.
(...)
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a
liberdade dos empregados de dispor do seu salário.

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Aula 3.8 Equiparação Salarial

Requisitos para o reconhecimento da equiparação salarial (Art. 461, caput e §1º da CLT)

Impossibilidade de paradigma remoto (Art. 461, §5º da CLT)

Planos de cargos e salários - desnecessidade de homologação (Art. 461, §§ 2º e 3º da CLT)

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção
de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual
produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de
serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na
função não seja superior a dois anos.
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado
em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação
coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em
órgão público.
§ 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por
antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
(...)
§ 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na
função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma
contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.

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