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TRABALHO EM GRUPO

OPERAÇÃO ESPECIAL NÚMERO 4:


Benefícios de Empregados:
Integrantes do grupo nº 3:
Barros Mambi Lúfiauluisso;
Hélia Micaela Fernandes Jaime;
Inaildo Mulunji Jamba Soares;
Isaac Kulecalala Abel Kawewe;
Justino Lekwa Ekuva Somandjinga;
Vanusa Malesso do Rosário Domingos.

Lubango, aos 03 de Junho 2022


1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho, denominado por Operação Especial IV aborda as diversas


situações ligadas aos benefícios de empregados relativamente as informações da
empresa PALANKA, LDA, datadas em 02 de Outubro de 2021. Factos estes que em
função das metas traçadas neste relatório, serão tratados a luz do Plano Geral de
Contabilidade Angolano, Normas Internacionais, Legislação Fiscal e Lei Geral do
Trabalho e pro fim decreto Presidenciais.

Tem como Objectivos:

 Objectivo principal: Dar tratamento das diversas situações apresentadas na


Operação Especial IV a luz do PGC, Normas Internacionais e Legislações
Complementares.

 Objectivos específicos:
 Analisar e interpretar as situações aqui apresentadas;
 Apresentar os diferentes cálculos que servirão de suporte para os
registos contabilísticos;
 Efectuar os registos contabilísticos.

Benefícios dos empregados são todas as formas de remuneração dadas por uma entidade
em troca de serviços prestados pelos empregados ou da cessação do emprego. IAS 19
§8.

Segundo a Lei Geral do Trabalho no seu Artigo 3º Remuneração – é o conjunto das


prestações económicas devidas por um empregador a um trabalhador em contrapartida
do trabalho por este prestado.

Segundo o PGC, nas notas explicativas no ponto 7.1, relativamente a conta 36.1
pessoal-remunerações (natureza credora), destina-se a registar e controlar o
processamento e pagamento das remunerações a órgãos sócias e ao pessoal. Esta conta
registará a crédito por contrapartida de custos, os salários líquidos a pagar resultantes do
processamento de salários e será saldada da seguinte forma:

- Por contrapartida da conta 36.3 Pessoal – adiantamentos, pela parte que haja sido
adiantado.

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- Por contrapartida de meios monetários, aquando do pagamento na parte remanescente.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Noções Básicas sobre Impostos Afectos aos Benefícios dos Empregados

Imposto sobre o rendimento do trabalho

Artigo 1º “Base do imposto”;

2. Constituem rendimentos para efeito deste imposto, todas as remunerações


percebidas a título de ordenados, vencimentos, salários, honorários, avenças,
gratificações, subsídios, prémios, comissões, senhas de presença, emolumentos,
participações em multas, custas, margens, os rendimentos comerciais e
industriais, bem como outras remunerações acessórias.

Decrete Presidencial 227/18 de 27 de Setembro ‘Segurança Social’

Artigo 13º “Base de incidência contributiva”

1. Segundo o ‘Segurança Social’, “ considera-se base de incidência contributiva a


remuneração ilíquida do trabalhador, nomeadamente todas as prestações
pecuniárias que, nos termos da relação jurídico-laboral, são devidas pelas
entidades empregadoras aos trabalhadores.

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3. PARTE PRÁTICA
3.1 Processamento de Salários

A PALANKA, Lda. em Outubro de 2021, apresentou um quadro de pessoal composto


por 03 trabalhadores e 01 Sócio-Gerente, concretamente:

 Trabalhador – João com vencimento base mensal de 120.000 Kzs;


 Trabalhador – Ermengarda com vencimento base mensal de 180.000 Kzs;
 Trabalhador – Dala com vencimento base mensal de 240.000 Kzs;
 Sócio-Gerente – Joel com vencimento base mensal de 510.000 Kzs;
 Colaborador - Pedro, como contrato de prestação de serviços (Como
contabilista), tem um honorário combinado de 385.000,00 kz por mês.

O mês de Outubro de 2021 teve 21 dias úteis e nenhum dos trabalhadores gozou férias
nesse mês.

d) Subsídio de alimentação:

Enquadramento:

 Segundo o Decrete Presidencial 227/18 de 27 de Setembro ‘Segurança


Social’, “ considera-se base de incidência contributiva a remuneração
ilíquida do trabalhador, nomeadamente todas as prestações pecuniárias
que, nos termos da relação jurídico-laboral, são devidas pelas entidades
empregadoras aos trabalhadores”. Artigo 13º nº1.

 Já segundo o Código do Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho,


não constituem matéria colectável: os subsídios diários de alimentação
atribuídos a trabalhadores dependentes até ao limite mensal de
30.000’00. CIRT Artigo 2 nº1 al. k).

Quantificação:

Para os 3 Trabalhadores> 2000*21= 42000,00

Para os o Socio-Gerente > 5000*21= 105.000,00

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e) Subsídio de transporte:

Enquadramento:

 Segundo o Decrete Presidencial 227/18 de 27 de Setembro ‘Segurança


Social’, para os subsídios de transporte o tratamento é idêntico ao dos
subsídios de alimentação.

 Já segundo o Código do Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho,


não constituem matéria colectável: os subsídios diários de transporte
atribuídos a trabalhadores dependentes até ao limite mensal de
30.000’00. CIRT Artigo 2 nº1 al. n).

Quantificação:

Para a trabalhadora Esmengarda > 1500*21= 31.500’00

f) Seguro de saúde

Enquadramento:

 Segundo o Decrete Presidencial 227/18 de 27 de Setembro ‘Segurança Social’,


não integram base contributiva, os valores correspondentes a subscrição ou
participação efectuadas pelos trabalhadores e pelas entidades empregadoras de
modalidade de protecção social complementar. Artigo 13º nº 3 al. c).
 Código do Imposto Industrial Artigo 18º “Custos não aceites fiscalmente”, nº1
al. h):

O seguros dos ramos de vida e saúde cujo benefício não seja atribuído a
generalidade do pessoal da empresa.

Em termos de Planeamento Fiscal, por forma a reduzir o imposto industrial a


pagar a empresa deve atribuir este Seguro de Saúde a todos trabalhadores, obtendo
assim uma poupança fiscal destes custos.

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g) Ajudas de custos

Enquadramento:

 Segundo a LGT artigo 155º nº 2 al. a), não constituem remuneração: as


atribuições acessórias do empregador ao trabalhador quando destinadas ao
reembolso ou compensação de despesas por estes realização em relação com a
prestação do trabalho, tais como ajudas de custos, abonos de viagens e de
instalações, fornecimento obrigatório de alojamento e outras de idêntica
natureza.
 De acordo o Código de Imposto Industrial, Artigo 14º, nº 1, al. d):

Consideram-se custos ou gastos imputáveis ao exercício, aqueles que se revelem


comprovadamente pelo contribuinte, e tomados pela Direcção Nacional dos Impostos,
como indispensáveis a manutenção da fonte produtora ou a realização dos proveitos e
ganhos sujeitos a impostos, nomeadamente os seguintes:

d. Encargos de natureza administrativa, designadamente com remunerações,


ajudas de custo.
Este fenómeno pode nos remeter a duas situações em que os custos suportados
pelo, trabalhador beneficiário das ajudas, estejam descriminados: Na factura em
nome da empresa e na factura em nome do trabalhador.

 Na factura em nome da empresa, cumpre os requisitos para ser factura


devidamente documentada a luz dor 11º do Regime Jurídico das Facturas
e Documentos equivalentes. É custo aceite.

 Na factura em nome do trabalhador, não são aceites como custos


dedutíveis a matéria colectável a luz do Artigo 17º do Código do Imposto
Industrial. Será entendido como remuneração normal do trabalhador e
nesse caso sujeito a IRT e a contribuição para Segurança Social.
Para efeito de Planeamento Tributário a empresa deve cuidar para que todas as
facturas ligadas as ajudas de custos estejam em seu nome por forma evitar
onerar a sua carga fiscal, na situação de as ajudas serem entendidas como
benefícios dos trabalhadores. Se tal não ocorrer a empresa onera a sua carga

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tributária em 8% destas ajudas aquando do pagamento da Segurança Social por
conta da entidade patronal.

Para os fins deste estudo as ajudas de custos aqui apresentadas foram


consideradas como devidamente documentadas a luz do Artigo 11º do RJFDE e
do Artigo 17º do Código do Imposto Industrial por isso é custo da empresa e não
entendida como benefício de empregados.

h) Viatura atribuída para uso pessoal

Enquadramento:

 Segundo a IAS 19 § 9, os benefícios a curto prazo de empregados incluem


nomeadamente os seguintes elementos, desde que devam ser liquidados na
totalidade até doze meses após o fim do período de relato anual em que os
empregados prestam o respectivo serviço:
d) benefícios não monetários (tais como cuidados médicos, alojamento, automóvel
e bens ou serviços gratuitos ou subsidiados) para os empregados em actividade.

 De acordo ao CIRT Artigo 14 nº1, devem acrescer aos rendimentos, para


efeito de determinação da matéria colectável, os valores despendidos para
pagamentos em espécie, tais como de géneros alimentares, alojamento e
quaisquer outros encargos ou obrigações suportados pela entidade empregadora
a favor do contribuinte salvo as limitações impostas por lei.
 Segundo a LGT Artigo 155º, nº1, a remuneração compreende salário base, e
todas as demais prestações e complementos pagos directa ou indirectamente em
dinheiro ou em espécie, seja qual for a sua denominação e forma de cálculo.

Para efeito de Planeamento Fiscal, a empresa onera a sua carga tributária no


peso de 8% “Segurança Social por conta da empresa” dos benefícios atribuídos
ao trabalhador relativamente a esta viatura. Uma forma de reduzir a carga fiscal
do fenómeno em análise seria não contratualizar esta viatura, consigo que o
detentor dos benefícios económicos que dela advêm é a entidade patronal.

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Agindo assim a empresa aumento a sua liquidez deixando de pagar nos previsto
na lei a segurança social( se encargo) podendo em muitos casos alocar o valor
que seria destinado para esta em outros investimentos.

Quantificação:

Cálculos realizados em obediência ao que consta no Decreto Presidencial 207/15


de 5 de Novembro:

Dados da veículo ligeiro Amortização


Valor de aquisição: 24.000.000’00 Qt= 24.000.000/4

N: 4 anos Qt= 6000.000,00

Taxa: 25% Qt mensal= 6000.000/12= 500.000,00

Tabela 1. Amortização mensal

i) Faltas- 2 duas do colaborador João:

Enquadramento:

 Segundo LGT, 145º nº 4, as faltas autorizadas, são remuneradas ou não


conforme seja estabelecido pelo empregador no acto de autorização
entendendo-se que são remuneradas se nada for determinado.

Quantificação:

Perda do subsídio de alimentação: 1500*2= 3000,00

31.500-3000= 28.500,00

j) Seguro de acidente de trabalho

Enquadramento:

 Segundo o Código do Imposto Industrial, Artigo 14º, nº 1, al. d), consideram-


se custos ou gastos imputáveis ao exercício, aqueles que se revelem,
comprovadamente pelo contribuinte, e tomados para Direcção Nacional dos

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Impostos, como indispensáveis à manutenção da fonte produtora ou à
realização dos proveitos e ganhos sujeitos a impostos, nomeadamente os
seguintes:
d. Encargos de natureza administrativa, designadamente com remunerações,
ajudas de custos, pensões de reforma, contribuições para de pensões, material
de consumo corrente, transporte, comunicações, rendas e alugueres,
segurança, serviços jurídicos e de contencioso, seguros, gastos com benefícios
atribuídos pela cessação de relações laborais.
Por se tratar do mesmo grupo de tributação, sendo o seguro de acidente de
trabalho sujeito a Imposto Industrial, são estes isentos do Imposto sobre o
Rendimento do Trabalho.
Mas nestas circunstâncias em que tal seguro não é atribuído à generalidade
dos trabalhadores estes deixam de ser custos aceite fiscalmente em matéria de
Imposto Industrial, a luz do Artigo 18º n1, al. h).

k) Equipamentos de protecção (fardas e capacetes):

Enquadramento:

 O enquadramento dos equipamentos de protecção como custos está


subentendido no código de contas do PGC na classe 7-Custos e perdas por
natureza, com o código 75.2.15 “Material de protecção segurança e
conforto”.
 A luz do Código do Imposto Industrial, este fenómeno é considerado como
custo aceite fiscalmente por ser atribuída a generalidade, conforme Artigo
14º, nº 1, al. a) do mesmo código.
l) Subsídio de educação para filhos avaliado em 20.000’00 mês:

Enquadramento:

 Em matéria de segurança social, este subsídio concorre para a determinação


do valor sujeito a contribuição para o INSS, a luz do Artigo 13º nº 1 do
Decrete Presidencial 227/18 de 27 de Setembro ‘Segurança Social’.
 De acordo o Código do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, constituem
rendimentos para efeitos deste imposto, todas as remunerações recebidas a
títulos de ordenados, vencimentos, salário, honorários, avenças, gratificações e
subsídios. Artigo 1º, nº2 do CIRT.

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Este subsídio concorre para o cálculo do valor sujeito ao IRT pelo facto do mesmo não
constas do Artigo 2º “Não Sujeição”.

 Segundo o Código do Imposto Industrial, são custos ou gastos do exercício, os


gastos suportados com assistência médica, creches, e cantinas. Artigo 15º nº1.
Estes custos com subsídios de educação para os filhos do colaborador Carlos, não é um
custo aceite fiscalmente para o cálculo da matéria colectável do Imposto Industrial a luz
do nº 1 do artigo 15º, por não serem atribuídos à generalidade dos trabalhadores, logo
está sujeito ao IRT.
Em questões de Planeamento Tributário aconselha-se a empresa PALANKA, LDA a
atribuição destes subsídios a generalidade dos trabalhadores para assim obter os
benefícios fiscais destes custos (redução da carga tributária).

m) Propinas mensais de 45.000’00:

Enquadramento:

 Na situação presente estes custos estão sujeitos a IRT e a contribuição par


Segurança social a luz do nº 2 do Artigo 1 do CIRT, e do nº 1 do Artigo 13º do
Decrete Presidencial 227/18 de 27 de Setembro ‘Segurança Social’
respectivamente.
 Segundo o Código do Imposto Industrial, Artigo 14º, nº 1, al. d),
consideram-se custos:
e. Encargos com análises, racionalização, investigação, consulta e formação
do pessoal.
 A luz da IAS 16 § 17 al. f), relativamente a Activos Fixos Tangíveis, valores
pagos pela empresa a terceiros para a formação do seu pessoal “honorários
profissionais” constituem custo da empresa na medida em que esta formação
seja indispensável para operar um activo ou uma tarefa na forma pretendida
pela gerência.
Em matéria de Planeamento Fiscal, e relativamente ao Imposto Industrial, por
estes custos não serem aceites fiscalmente pela sua não atribuição a
generalidade dos trabalhadores, a empresa perde o benefício destes custos na
redução da matéria colectável, e onera a sua carga tributária em 8% do mesmo
dispêndio pela segurança social por conta da empresa que a mesma suportará.

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n) Faltas não justificadas

Enquadramento:

 Segundo a LGT, Artigo 153º a), relativamente ao “Efeito das Faltas


Injustificadas” refere que, as faltas injustificadas têm os seguintes efeitos:
a. Perda de remuneração;
b. Desconto nas férias do trabalhador;
c. Infracção disciplinar sempre que excedam três (3) dias em cada mês ou
doze (12) em cada ano ou sempre que, independentemente do seu
número, sejam causa de prejuízos ou riscos graves conhecidos pelo
trabalhador.

O nº 10 do Artigo 157º da LGT fornece-nos a fórmula para p cálculo do salário hora:

Salário hora= (Salário Mensal* 12 meses) ÷ ( 52 semanas* 44 horas semanais);

Cálculos e dedução das faltas

Sh= (180.000*12)÷(52*40)= 1039 kz

Valor a deduzir= 1039*8*2= 16.624.00

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Tabela.1: Valor sujeito a INSS

Trabalhadores
Designação
João Ermengarda Dala Joel
180.000,00-
Salario Base 120.000,00 240.000,00 510.000,00
16.624,00
Benefícios
42.000,00-
d) Subsídio de alimentação 42.000,00-4000,00 42.000,00 105.000,00
4000,00
e) Subsídio de transporte - 31.500,00-3000,00 - -
f*) Seguro de saúde - - - -
g) Ajudas de custo 160.000,00 - - -
h) Viatura - - - 500.000,00
j*) Seg. de acidente de trabalho - - - -
k*) Equipamento de proteção - - - -
l) Subs. de educação dos filhos - - 20.000,00 -
m) Prop. mensais do trabalhador 45.000,00 - - -
Total 363.000,00 229.887,50 302.000,00 615.000,00
INSS( 3%) 10.890,00 6.897,00 9.060,00 18.450,00
INSS( 8%) 29.040,00 18.391 24.160,00 49.200,00

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Tabela.2: Valor sujeito a IRT

Trabalhadores
Designação
João Er mengarda Dala Joél
Salário base 120.000,00 180.000,00-15.104,00 240.000,00 510.000,00
Benefícios
d) Subsídio de alimentação 8.000,00 8.000,00 12.000,00 75.000,00
e) Subsídio de transporte - - - -
f*) Seguro de saúde - - - -
g) Ajudas de custo - - - -
h) Viatura - - - 15.000,00
j*) Seg. de acidente de trabalho - - - 50.000,00
k*) Equipamento de protecção - - - -
l) Subs. de educação dos filhos - - 20.000,00 -
m) Prop. mensais do trabalhador 45.000,00 - - -
Total (1) 488.000,00 296.376,00 477.000,00 650.000,00
INSS 3% ( 2) 10.890,00 6.897,00 9.060,00 18.450,00
V.S.I.R.T (1)-(2) 477.110,00 289.479,00 437.940,00 631.550,00
IRT 77.201,00 47.357,00 75.459,00 113.560,00

Cálculos dos Salários Liquido e Registos:


Trabalhador João:
V.S.INSS = 120.000,00 + (42.000,00 - 4000,00) + 45.000,00 + 160.000,00=
363.000,00
INSS(3%) = 363.000,00 * 0,03 = 10.890,00
INSS(8%) = 203.000,00 * 0,08 = 29.040,00
SUBSÍDIO DE CABAZ = 125.000,00
V.S.IRT = 120.000,00 + (38.000,00-30.000,00) + 160.000,00 + 45.000,00 +
125.000,00 - 10890 = 477.110,00
IRT total = (477.110,00 - 300.000,00) * 19% + 49.250,00 = 77.201,00
Salário Líquido = 363.000,00 – 10.890,00 – 77.201= 274.909,00

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28/10/2021
Código Descrição Débito Crédito
72.2 Custo com pessoal 363.000,00
72.5 Encargo sobre remunerações 29.040,00
34.3 IRT 77.201,60
34.9.1 INSS 39.930,00
36.1 Pessoal-remunerações 274.909,00
72.8.2 O.C. c/ o Pessoal 45.000,00
37.9.1 OVRP/ Instituição do Ensino Superior 45.000,00

Observação: O 45.000,00 kz relativo a propinas é pago pela empresa a entidade de


direito, por isso não concorre para o salário líquido a receber pelo trabalhador.

Trabalhador Ermengarda:
V.S.INSS = (180.000,00-16.624,00) + (42.000,00-4.000,00) + (31.500,00-3.000,00)
= 229.876,00
INSS(3%) = 231.396,00 * 0,03 = 6.897,00
INSS(8%) = 231.396,00 * 0,08 = 18.391
V.S.IRT = 180.000,00 - (16.624,00) + (38.000,00-30.000,00) + 125.000,00 =
296.376,00
V.S.IRT = 296.376,00 - 6.897,00 = 289.479,00
IRT total = (289.479,00 - 200.000,00) * 18% + 31.250,00 = 47.357,00
Salário Líquido = 229.876,00 - 6.897,00 – 47.357,00 = 175.622,00

30/06/2021
Código Descrição Débito Crédito
72.2 Custo com pessoal 229.876,00
72.5 Encargo sobre remuneração 18.391,00
34.3 IRT 47.357,00
34.9.1 INSS 25.288,00
36.1 Pessoal remuneração 175.622,00

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Trabalhador Dala:

V.S.INSS = 240.000,00 + 42.000,00 +.20.000,00 = 302.000,00


INSS(3%) = 302.000,00 * 0,03= 9.060,00
INSS(8%) = 302.000,00 * 0,08 = 24.160,00
V.S.IRT = 240.000,00 + (42.000,00-30.000,00) + 20.000,00 + 50.000,00
125.000,00 = 447,000,00
V.S.IRT = 447.000,00 - 9.060,00 = 437.940,00kz
IRT TOTAL = (437.940,00-300.000,00) * 19% + 49.250,00 = 75.459,00
Salário Líquido = 302.000 - 9.060 - 75.459,20=217.481,00
30/06/2121
Código Descrição Débito Crédito
72 Custo com pessoal 302.000,00
72.5 Encargo sobre remuneração 24.160,00
34.3 IRT 75.459,00
34.9.1 Segurança social 33.220,00
36.1 Pessoal-remuneração 217.481,00

Trabalhador Joel-Sócio Gerente:

V.S.INSS = 510.000,00 + 105.000,00 = 615.000,00kz


INSS(3%) = 615.000,00 kz * 0,03= 18,450,00kz
INSS(8%) = 61.000,00 * 0,08= 49.200,00 kz
Uso da viatutra; (24.000.000,00*0.75) / 12 = 15.000,00kz
V.S.IRT = 510.000,00 + (105.000,00-30.000,00) + 15.000,00 + 50.000,00 =
650.000,00
V.S.IRT = 650.000,00 - 18.450,00=631.550,00
IRT toal = (1.051.550,00-1.000.000,00) * 20%+ 87.250,00= 113.560,00
Salário Líquido = 615.000,00-113.560-18.450,00= 482.990,00

28/10/2021
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Código Descrição Débito Crédito
72 Custo com pessoal 615.000,00
72.5 Encargo sobre remuneração 49.200,00
34.3 IRT 113.560,00 kz
34.9.1 INSS 67.650,00 kz
36.1 Pessoal remuneração 482.990,00 kz
73.104 Amortização de Exercício 500.000,00
18.1.4 Amortizações Acumuladas/ Eq. 500.000,00
De Carga e transporte

Observação: O benefício económico obtido pelo Director, pelo uso da viactura, não
concorre para a determinação do salário líquido a receber por este.

3.2 Pagamentos de salários

Trabalhador- João:

31/10/2021
Códig Descrição Débito Crédito
o
36.1 Pessoal remuneração 274,909.00
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 274,909.00

Trabalhador- Ermengarda:

31/10/2021
Códig Descrição Débito Crédito
o
36.1 Pessoal remuneração 175.622,00
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 175.622,00
Trabalhador-Dala:

31/10/2021
Códig Descrição Débito Crédito

15
o
36.1 Pessoal remuneração 217.481,00
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 217.481,00

Sócio - Gerente- Joel

10/10/2021
Códig Descrição Débito Crédito
o
36.1 Pessoal remuneração 482,900,00
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 482,900,00

3.3 Pagamento das retenções do estado


3.3.1 Contribuições para a Segurança Social (INSS)

INSS(3%)= 10.890 + 6.897 + 9.060,00 + 18.450,00 = 45,297.00

INSS(8%)= 29.040,00 + 18.322 + 24.160,00+ 49.200,00= 120.722,00

10/11/2021
Códig Descrição Débito Crédito
o
34.9.1 Estado/ Outros impostos/ Segurança social 166.019,00
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 166.019,00

3.3.2 Pagamento do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho

IRT= 77.201,00 + 47.357,00 + 75.459,00 + 113.560,00 = 313.577,00

30/11/2021
Código Descrição Débito Crédito
34.3.1 Estado/ Outros impostos/ Segurança social 313.577,00
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 313.577,00

3.4 Outras Situações

16
f) Seguro de Saúde

Enquadramento: É custo da empresa, porém não é aceite fiscalmente para efeito de


Imposto Industrial por não ser atribuído à generalidade dos trabalhadores.

Quantificação: 1.200.000/12 meses= 100.000,00

Por dizer respeito a 2 trabalhadores: 100.000,00*2= 200.000,00

Outubro 2021
Código Descrição Débito Crédito
75.2.22 Fornecimento e Serviços de Terceiros/ 200.000,00
Seguros
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 200.000,00

j) Seguro de acidentes de trabalho

Enquadramento: É custo da empresa e o mesmo é aceite fiscalmente para efeito de


Imposto Industrial por ser atribuído à generalidade dos trabalhadores.

Quantificação:

Vencimento base

• Colaborador – Arnaldo com vencimento base mensal de 120.000,00

• Colaborador – Bernardo com vencimento base mensal de 180.000,00

• Colaborador – Carlos com vencimento base mensal de 240.000,00

• Director – Dário com vencimento base mensal de 510.000,00.

Total----------------------------------------------------------- 1.050.000,00

Seguro de acidentes de trabalho= 1.050.000*1.5%= 15.750, 00

15/10/2021
Código Descrição Débito Crédito
75.2.22.1 Fornecimento e Serviços de Terceiros/ Seguros de acidente de 15.750,00
trabalho
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 15.750,00

17
k) Equipamento de protecção (fardas e capacetes)

Enquadramento: É custo da empresa e o mesmo é aceite fiscalmente para efeito de


Imposto Industrial por ser atribuído à generalidade dos trabalhadores.

15/10/ 2021
Código Descrição Débito Crédito
75.2.15 FST/ Material de protecção, segurança e conforto 154.800,00
34.5.2. IVA dedutível/ Outros bens e serviços 25.200,00
3
43.1.1 Deposito á ordem/Moeda Nacional/ Banco A 180.000,00

18
CONCLUSÃO

Em suma, é indispensável uma análise mais pormenorizada no que respeita aos


benefícios dos empregados, devendo para tal, a empresa tratar os fenómenos
observados, ligados a matéria, a luz das Normas Internacionais, Plano Geral de
Contabilidade Legislação Fiscal e Lei Geral do Trabalho. Situações similares aos
seguros de saúde, ajudas de custos, propinas mensais e demais seguros afectos aos
empregados requerem uma atenção especial em obediência aos normativos acima
citados. Recomenda-se a empresa PALANKA, LDA para efeito de Planeamento
Tributário um tratamento mais generalizado em matéria de atribuição de benefícios
especiais aos seus empregados por forma a beneficiar-se de poupanças fiscais aquando
da determinação da matéria colectável do Imposto Industrial. É recomendável de igual
modo uma cuidadosa atenção a correlação existente entre o Imposto Industrial e o
Imposto Sobre o Rendimento do Trabalho, pois em numerosas situações aqui
observadas os custos não aceites fiscalmente para efeito do primeiro, oneravam a carga
fiscal no peso de oito porcento sobre o custo em causa, debilitando assim a liquidez da
empresa.

19
REFERÊNCIAS:

Decreto nº. 82/2001, de 16 de Novembro. Plano Geral de Contabilidade. (Novembro de 2001).

Decreto Presidencial 227/ 18 de 27 de Setembro. (Setembro de 2018).

Decreto Presidencial nº. 292/18 de 3 de Dezembro. RJFDE. (Dezembro de 2018).

Lei Geral do Trabalho. Lei Nº 7/15, de 15 de Julho (2015).

Lei Nº. 18/14, de 22 de Outubro. Código do Imposto de Rendimento de Trabalho, com


alterações introduzidas pela Lei nº 28/20, de 22 de Julho.

Lei Nº. 19/14, de 22 de Outubro. Código do Imposto Industrial, com alterações introduzidas
pela Lei nº 26/20, de 20 de Julho.

Lei Nº. 7/19, de 24 de Abril. Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado. Com alterações
introduzidas pela Lei nº 17/19, de 13 de Agosto.

Normas Internacionais. (2016).

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