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legisla estas matérias; no plano económico, estuda as relações entre o sistema fiscal (e
cada um dos impostos que o integram) e o sistema económico – hoje, o imposto é
assumido como um dos instrumentos de política económica, utilizado para prosseguir
designadamente objetivos de redistribuição do rendimento e riqueza, de regulação
conjuntural e de desenvolvimento; no plano organizacional, é composto pelos serviços
centrais, regionais ou locais inseridos na Administração Pública, encarregados de
administrar os impostos - no aspeto organizacional comporta ainda a análise da estrutura
e funcionamento dos tribunais fiscais, que apesar de pertencerem ao sistema judicial,
são fundamentais para garantir a eficácia de qualquer sistema fiscal; por fim, o plano
sociológico, que assume cada vez mais importância, o estudo dos impostos deve tomar
em consideração os fatores sociais que determinam o comportamento dos indivíduos e
dos grupos de pressão, sendo que, deste modo, pode depender o sucesso, eficácia e
aceitação do sistema fiscal pelos sujeitos passivos sobre que incide.6 Para além das
características mencionadas anteriormente, subjacentes a uma perspetiva dinâmica, um
sistema fiscal deve estar subjacente a uma perspetiva normativa, deve estar subordinado
a determinados princípios que visam orientar a sua aplicação, conferindo-lhe
homogeneidade e coerência. Dentre os vários princípios que se associam ao sistema
fiscal, podemos ressaltar os seguintes: a equidade, a eficiência económica, a
simplicidade administrativa, a flexibilidade e a transparência.7 A equidade aconselha a
que cada pessoa contribua de forma justa para o financiamento dos bens e serviços
públicos que se inscrevem nas obrigações do Estado. Deve velar-se para que haja uma
distribuição equitativa da carga fiscal. A eficiência económica de um sistema fiscal
consiste em este contar com impostos que não interfiram com decisões económicas
eficientes. A simplicidade administrativa consiste em os custos da administração e a
própria administração fiscal deverem ser baixos de modo a serem compatíveis com os
demais objetivos de política fiscal. A importância da transparência de um sistema fiscal
leva a que se evitem decisões arbitrárias por parte da administração fiscal e ainda a que
os contribuintes compreendam a necessidade de pagar impostos, diminuindo a sua
natural resistência ao cumprimento desse dever.8
Nível de fiscalidade
É dado pela relação entre receitas fiscais e um indicador do rendimento
nacional, em geral o PIB, a preços de mercado
Fornece uma indicação da preferência que numa dada economia é dada aos
bens coletivos (maior nível de fiscalidade) em comparação aos bens privados
(menor nível de fiscalidade)
Fases da vida de um imposto:
As fases da vida de um imposto são:
-Incidência
-Lançamento
-Liquidação
-Cobrança (Pagamento)
A Incidência define a matéria colectável do imposto e identificam os sujeitos passivos
da relação jurídica fiscal a que o mesmo dará lugar.
O lançamento: corresponde ao momento do inicio da aplicação da lei, e a
determinaçao concreta da matéria colectável.
A Liquidação: é a operação aritmética de aplicação de uma taxa a matéria colectável
apurada no lançamento, para a determinação do montante exacto do imposto a pagar.
Cobrança: é a fase final da vida de um imposto para que tende toda a relação juridica
fiscal
Princípios de tributação
As regras de ADAM SMITH para um “bom sistema fiscal”:
Segundo ADAM SMITH, para que haja um bom sistema fiscal é indispensável a
existência de:
- justiça;
- certeza;
- comodidade;
- economia.
Princípios de tributação
As regras de ADAM SMITH para um “bom sistema fiscal”:
Segundo ADAM SMITH, para que haja um bom sistema fiscal é indispensável a
existência de:
- justiça;
- certeza;
- comodidade;
- economia.
Princípios de tributação
Visão atual dos princípios de tributação em sociedades modernas:
Artigo 4.º Código Geral Tributário (Princípios de tributação)
1. A tributação respeita os princípios da igualdade, da legalidade fiscal, da
equivalência e o da justiça material
2. (…)
3. A obrigação de imposto depende da capacidade económica dos
contribuintes, revelada pelo rendimento ou o património e a sua utilização
O princípio da equidade:
• Critério do benefício
Os impostos devem incidir sobre as pessoas em proporção dos benefícios ou
vantagens que estas retiram das despesas Públicas
• Critério da capacidade contributiva (“ability to pay”)
Cada pessoa deve pagar impostos de acordo com a sua capacidade contributiva, medida
através do rendimento, riqueza ou consumo e tendo em conta a sua situação pessoal
O princípio da equidade:
• Equidade horizontal
Tributar de forma idêntica as pessoas que têm igual capacidade contributiva
• Equidade vertical
As pessoas que têm diferentes capacidades contributivas devem ser tributadas de forma
desigual
Qual o grau e ritmo de progressividade que garante equidade vertical? Justificações
económicas para a progressividade:
- Igualdade de sacrifícios;
- Importância decrescente das necessidades satisfeitas
O princípio da simplicidade:
• Custos de administração
Variação na procura de uma determinada quantidade de um produto que é resultado da
variação no poder de compra.
• Custos de cumprimento
- Custos monetários
- Custo de tempo
- Custos psicológicos
IMPOSTO:
Prestação coativa, pecuniária, unilateral, estabelecida
pela lei, a favor do Estado ou de outro ente público,
sem carácter de sanção, com vista à cobertura das
despesas públicas e ainda tendo em atenção
objectivos de ordem económica e social.
C. Países de sistemas fiscais ditos socialistas - estruturas simples (mais receitas), concebidas
para satisfazer a economia planificada
Permite medir a parte do rendimento nacional que, através dos impostos, é transferida do sector
privado para o
sector público.
Os factores que condicionam o nível de fiscalidade são a magnitude da base de incidência, a
permeabilidade do
sistema à evasão e à fraude fiscal, o grau de incentivos fiscais concedidos, o grau de
monetarização da
economia, a dimensão das empresas e a maior ou menor intervenção dos poderes públicos na
economia.
Alguns factores que influenciam o nível de fiscalidade em cada país são a distribuição do
rendimento, a escolha
da unidade de tributação, o montante de deduções concedidas, a preferência que num
determinado país se
concede aos bens públicos relativamente aos bens privados, o tratamento fiscal que se concede
ao consumo ou à
poupança/investimento, as limitações legais da progressividade das taxas e dos escalões de
rendimento, a
capacidade administrativa e a eficácia no controlo dos contribuintes, a estrutura da tributação ou
a elasticidade
do imposto sobre os rendimentos.
Os objectivos da cobrança de impostos são a obtenção de receita em si mesma, a protecção da
industria nacional
(impostos alfandegários), a redistribuição do rendimento (impostos progressivos «IRS» e
penalizadores
«imposto s/ tabaco») ou o incentivar o desenvolvimento económico (benefícios fiscais).
O sistema fiscal deve ter princípios para atingir as condições anteriores, isto é, máxima
neutralidade, equidade e
custos mínimos de cobrança. O funcionamento dos impostos na economia deve ser de tal ordem
que não
favoreça nem prejudique determinados agentes (e circuitos) económicos em detrimento de
outros.
A distribuição da carga fiscal na economia deve estar de acordo com os padrões de equidade
aceites pelo
consenso das opiniões da sociedade. O conjunto dos impostos existentes deve ser bem
arquitectado, de modo a
que a cobrança desses impostos proporcione ao Estado um mínimo de custos e o contribuinte
tenha o máximo
de facilidades e comodidades (entrega de declarações ou pagamentos pela Internet ou
Multibanco).
A importância que assume nessa estrutura o imposto sobre o rendimento das pessoas
singulares explica-se pelo facto de o nível de industrialização e o fenómeno do urbanismo
permitirem a existência de um elevado volume de população ativa trabalhando por conta de
outrem e criarem importantes fluxos de aplicação de capitais.
Dando vida as afirmações de pereira e de afirma que tem sentido comparar níveis de
fiscalidade de diferentes países, Depende da capacidade tributária, isto é, a aptidão de um país
para consagrar, através do imposto, uma parte dos seus rendimentos ao financiamento das
despesas públicas.