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A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:
Art. 1o Esta Lei Complementar regulamenta a concessão de aposentadoria da pessoa com deficiência
segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o § 1o do art. 201 da Constituição Federal.
Art. 2o Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata esta Lei Complementar, considera-se
pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Art. 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência, observadas as
seguintes condições:
I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência grave;
II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência moderada;
III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência leve; ou
IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher,
independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e
comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, moderada e leve para os fins
desta Lei Complementar.
Art. 5o O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim.
Art. 6o A contagem de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência será objeto de
comprovação, exclusivamente, na forma desta Lei Complementar.
§ 1o A existência de deficiência anterior à data da vigência desta Lei Complementar deverá ser certificada,
inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a fixação da data provável do
início da deficiência.
Art. 7o Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de
deficiência alterado, os parâmetros mencionados no art. 3o serão proporcionalmente ajustados, considerando-se o
número de anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem deficiência e com deficiência, observado o grau
de deficiência correspondente, nos termos do regulamento a que se refere o parágrafo único do art. 3o desta Lei
Complementar.
Art. 8o A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada aplicando-se
sobre o salário de benefício, apurado em conformidade com o disposto no art. 29 da Lei no 8.213, de 24 de julho de
1991, os seguintes percentuais:
I - 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria de que tratam os incisos I, II e III do art. 3o; ou
II - 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por grupo de 12 (doze)
contribuições mensais até o máximo de 30% (trinta por cento), no caso de aposentadoria por idade.
Art. 9o Aplicam-se à pessoa com deficiência de que trata esta Lei Complementar:
I - o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em renda mensal de valor mais elevado;
II - a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência relativo à filiação
ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público ou a regime de previdência militar, devendo os
regimes compensar-se financeiramente;
III - as regras de pagamento e de recolhimento das contribuições previdenciárias contidas na Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991;
Art. 10. A redução do tempo de contribuição prevista nesta Lei Complementar não poderá ser acumulada, no
tocante ao mesmo período contributivo, com a redução assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial.
Grau de Tempo de
deficiência Contribuição Carência
Homem: 33 anos
Leve Mulher: 28 anos
Homem: 29 anos
Moderada Mulher: 24 anos
Homem: 25 anos 180 meses
Grave Mulher: 20 anos trabalhados
* A análise do grau da deficiência será confirmada através da avaliação da
perícia médica e do serviço social do INSS.
Outras informações
Trabalho do aposentado com deficiência: o cidadão que se aposentar como
deficiente pode continuar trabalhando;
Cancelamento do benefício: a aposentadoria pode ser cancelada a pedido do
beneficiário, desde que não tenha ocorrido o recebimento do primeiro
pagamento, nem o saque do PIS/PASEP/FGTS em razão da aposentadoria;
Requerimento por terceiros: você poderá nomear um procurador para fazer o
requerimento em seu lugar.
Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a
presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a
realização da perícia. Para isso, é necessário preencher o formulário de
solicitação de acompanhante e levá-lo no dia do atendimento. O pedido será
analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida
fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir na realização da
perícia.
Avaliação da deficiência e do grau: é indispensável a apresentação de pelo
menos um documento de comprovação (atestados médicos, laudos de exames,
entre outros). O grau de deficiência será definido como aquele em que o
segurado efetuou o maior tempo de contribuições, e servirá para definir o
tempo mínimo necessário para a Aposentadoria por Tempo de Contribuição da
Pessoa com Deficiência;
Conversão de tempo: não será permitida a conversão do tempo de
contribuição na condição de pessoa com deficiência para fins de concessão
da aposentadoria especial (benefício devido a pessoas que trabalharam em
atividades de risco e de que trata o artigo 57 da Lei nº 8.213/1991), bem como
a conversão para tempo comum;
Valor da contribuição: o contribuinte individual ou facultativo que contribuiu
com 5% ou 11% do salário-mínimo terá que complementar a diferença da
contribuição sobre os 20% para ter direito à Aposentadoria por Tempo de
Contribuição da Pessoa com Deficiência;
Canais de prestação:
gov.br/meuinss
Telefone 135
Aplicativo para celulares Meu INSS
Assuntos relacionados
Acumulação de benefícios
Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência
Aposentadoria por Tempo de Contribuição
Valor das aposentadorias
Acumulação de benefícios
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Publicado em 16/05/2017 11h18 Atualizado em 20/12/2017 11h15
A acumulação de benefícios é a possibilidade de o cidadão, que já possui um
benefício ativo, ter direito e requerer outro tipo de benefício.
Por exemplo, uma pessoa que já recebe Pensão por Morte e implementa as
condições para ter direito a uma Aposentadoria por Tempo de Contribuição ou
por Idade.
l) pensão por morte com outra pensão por morte, quando o falecido era
cônjuge ou companheiro (a). Neste caso, o requerente poderá optar pelo
benefício que tiver o valor mais vantajoso, desde que o óbito tenha ocorrido a
partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. Até 28/04/1995, a
acumulação de pensões no caso de cônjuge era permitida;
m) pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro (a) com auxílio-
reclusão de outro cônjuge ou companheiro (a), para evento ocorrido a partir de
29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. Neste caso, o requerente
poderá optar pelo benefício que tiver o valor mais vantajoso, ressaltando a
impossibilidade de reativação da pensão, após a assinatura do termo de
opção;
Solicitar
Outras informações
Trabalho do aposentado com deficiência: o cidadão que se aposentar como
deficiente pode continuar trabalhando;
Cancelamento do benefício: a aposentadoria pode ser cancelada a pedido do
beneficiário, desde que não tenha ocorrido o recebimento do primeiro
pagamento, nem o saque do PIS/PASEP/FGTS em razão da aposentadoria;
Requerimento por terceiros: você poderá nomear um procurador para fazer o
requerimento em seu lugar.
Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a
presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a
realização da perícia. Para isso, é necessário preencher o formulário de
solicitação de acompanhante e levá-lo no dia do atendimento. O pedido será
analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida
fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir na realização da
perícia médica.
Fator Previdenciário: Há a possibilidade de aplicação da regra do fator
previdenciário para o cálculo deste benefício, somente se for mais vantajoso
para o cidadão.
Canais de prestação:
gov.br/meuinss
Telefone 135
Aplicativo para celulares Meu INSS
Ficou alguma dúvida?
Em caso de dúvidas, ligue para a Central de Atendimento do INSS pelo telefone
135.
Assuntos relacionados
Acumulação de benefícios
Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência
Valor das aposentadorias
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Publicado em 15/05/2017 11h33 Atualizado em 21/12/2017 11h18
O que é?
O cálculo do valor de aposentadorias é a forma como os sistemas do INSS
estão programados para cumprir o que está previsto na legislação em vigor e
definir o valor inicial que vai ser pago mensalmente ao cidadão em função da
sua aposentadoria.
Legislação
A forma de cálculo dos benefícios previdenciários está definida na seção III da
Lei 8.213/91, que teve nova redação a partir de 29/11/1999, data da publicação
da Lei 9.876/99. Desde então, existem duas regras em vigor:
para o cidadão que já era filiado até 28/11/1999, o período considerado será a
partir da competência julho/1994 em diante (prevista na Lei 9.876/99)
para o cidadão que se filiou ao INSS (RGPS) a partir de 29/11/1999, data da
publicação da Lei 9.876/99, será considerado todo o período em que houve
contribuições a partir daquela data.
Percebe-se ainda, na regra transitória, que, nos casos das aposentadorias por
Tempo de Contribuição, Por Idade e Especial (alíneas b, c e d do Art. 18),
também existe um limite para o divisor no momento do cálculo da média, 60%
do período decorrido, que será melhor exemplificado mais abaixo.
O fato da regra transitória ter estipulado que os recolhimentos a serem
considerados seriam aqueles a partir da competência julho/1994 é justificado
como sendo a alteração da moeda Cruzeiro Real (CR$) para Real (R$) a partir
de 01/07/1994.
Cabe esclarecer ainda que este cálculo é apenas o cálculo inicial, ou seja,
após o sistema encontrar o valor do “salário de benefício“, ainda poderão ser
efetuados outros cálculos conforme o benefício, os quais serão demonstrados
nos exemplos abaixo.
Forma de cálculo
Valor do “Salário de Benefício”
Regra transitória
1 – O sistema verificará qual o número de meses decorridos desde 07/1994
até o mês anterior ao requerimento do benefício bem como o número do divisor
mínimo a ser utilizado no cálculo
Por exemplo: cidadão fez pedido de aposentadoria em 01/2015
o sistema verifica que 120 é menor que o divisor mínimo 148 porém a
quantidade total de meses com recolhimento (150 meses) ainda assim é maior
o sistema irá somar os 148 maiores salários encontrados e dividirá por 148,
desconsiderando os demais (2 recolhimentos)
nesse caso foram utilizados 98% dos salários encontrados para que o cálculo
fosse mais benéfico
o sistema verifica que 80 é menor que o divisor mínimo 148 bem como a
quantidade total de 100 meses de recolhimentos também
o sistema irá somar os 100 maiores salários encontrados e dividirá por 148
nesse caso, como a quantidade total de recolhimentos é inferior a 60% do
tempo total decorrido, o divisor mínimo sempre será aplicado
Regra Geral
Como, na regra geral, só serão computados recolhimentos efetuados a partir
de 29/11/1999, o sistema verificará qual a quantidade de meses que possui
recolhimentos (período contributivo) e efetuará a soma da quantidade de
meses que representa 80% do período, selecionando, neste caso, os meses em
que houveram recolhimentos com maior valor
Exemplo 1: o cidadão possui 200 meses com recolhimentos
80% do período contributivo = 160
o sistema irá somar os 160 maiores salários encontrados e dividirá por 160
Exemplo 2: o cidadão possui 100 meses com recolhimentos
80% do período contributivo = 80
Fator Previdenciário
Sendo que:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Para facilitar a obtenção do índice de fator previdenciário conforme a idade e o
tempo de contribuição, o Ministério da Previdência Social publica anualmente
a tabela completa com todos os índices disponíveis, os quais poderão ser
aplicados diretamente no salário de benefício encontrado no cálculo
inicial. Confira a tabela aqui
Nesse caso, cada tipo de aposentadoria também pode ser calculada de uma
forma diferente da outra conforme o texto vigente na Lei 8.213/1991.
Mostraremos com exemplos como é feito o cálculo de cada tipo de
“Aposentadoria”:
Fator previdenciário = 0,896 (não foi aplicado por não ser vantajoso)
Fator previdenciário = 0,436 (não foi aplicado por não ser vantajoso)
Fator previdenciário = 0,586 (não foi aplicado por não ser vantajoso)
**Neste exemplo, houve a aplicação do fator previdenciário, uma vez que era
vantajoso ao cidadão, bem como houve a limitação da parcela por tempo de
trabalho (30% ao invés de 33%) uma vez que a soma das parcelas não pode ser
superior a 100%
Integral
Regra: 100% do valor do “Salário de Benefício” multiplicado pelo Fator
Previdenciário. Esse cálculo está previsto no artigo 29 da Lei 8.213/91
Professor
Regra: 100% do valor do “Salário de Benefício” multiplicado pelo Fator
Previdenciário. Esse cálculo está previsto no artigo 29 e no artigo 56 da Lei
8.213/91. O cálculo é idêntico à Aposentadoria por Tempo de Contribuição –
integral, sendo que a única diferença é o tempo de contribuição reduzido em
cinco anos e o acréscimo de 5 ou 10 anos de contribuição na escala da tabela
do Fator Previdenciário (professor ou professora respectivamente).
Aposentadoria Especial
Regra: 100% do valor do “Salário de Benefício”. Esse cálculo está previsto no
artigo 29 e no artigo 57 da Lei 8.213/91.