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Aposentadoria da Pessoa com

Deficiência por Tempo de Contribuição


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Publicado em 02/11/2017 06h25 Atualizado em 23/11/2020 09h46
Benefício devido ao cidadão que comprovar o tempo de contribuição
necessário, conforme o seu grau de deficiência. Deste período, no mínimo 180
meses devem ter sido trabalhados na condição de pessoa com deficiência.

O atendimento deste serviço será realizado à distância, não sendo necessário


o comparecimento presencial nas unidades do INSS, a não ser quando
solicitado para eventual comprovação.

É considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo


prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, impossibilita sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, de
acordo com a Lei Complementar nº 142, de 2013.
Solicitar
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013

Vigência Regulamenta o § 1o do art. 201 da Constituição


Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com
deficiência segurada do Regime Geral de Previdência
Vide Decreto nº 3.048, de 1999 Social - RGPS.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
Complementar:

Art. 1o Esta Lei Complementar regulamenta a concessão de aposentadoria da pessoa com deficiência
segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o § 1o do art. 201 da Constituição Federal.

Art. 2o Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata esta Lei Complementar, considera-se
pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Art. 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência, observadas as
seguintes condições:

I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mulher, no caso de
segurado com deficiência grave;

II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência moderada;

III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher, no
caso de segurado com deficiência leve; ou
IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher,
independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e
comprovada a existência de deficiência durante igual período.

Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, moderada e leve para os fins
desta Lei Complementar.

Art. 4o A avaliação da deficiência será médica e funcional, nos termos do Regulamento.

Art. 5o O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,
por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim.

Art. 6o A contagem de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência será objeto de
comprovação, exclusivamente, na forma desta Lei Complementar.

§ 1o A existência de deficiência anterior à data da vigência desta Lei Complementar deverá ser certificada,
inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a fixação da data provável do
início da deficiência.

§ 2o A comprovação de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência em período anterior à


entrada em vigor desta Lei Complementar não será admitida por meio de prova exclusivamente testemunhal.

Art. 7o Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de
deficiência alterado, os parâmetros mencionados no art. 3o serão proporcionalmente ajustados, considerando-se o
número de anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem deficiência e com deficiência, observado o grau
de deficiência correspondente, nos termos do regulamento a que se refere o parágrafo único do art. 3o desta Lei
Complementar.

Art. 8o A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada aplicando-se
sobre o salário de benefício, apurado em conformidade com o disposto no art. 29 da Lei no 8.213, de 24 de julho de
1991, os seguintes percentuais:

I - 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria de que tratam os incisos I, II e III do art. 3o; ou

II - 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por grupo de 12 (doze)
contribuições mensais até o máximo de 30% (trinta por cento), no caso de aposentadoria por idade.

Art. 9o Aplicam-se à pessoa com deficiência de que trata esta Lei Complementar:

I - o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em renda mensal de valor mais elevado;

II - a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência relativo à filiação
ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público ou a regime de previdência militar, devendo os
regimes compensar-se financeiramente;

III - as regras de pagamento e de recolhimento das contribuições previdenciárias contidas na Lei no 8.212, de
24 de julho de 1991;

IV - as demais normas relativas aos benefícios do RGPS;

V - a percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na Lei nº 8.213, de 24 de julho de


1991, que lhe seja mais vantajosa do que as opções apresentadas nesta Lei Complementar.

Art. 10. A redução do tempo de contribuição prevista nesta Lei Complementar não poderá ser acumulada, no
tocante ao mesmo período contributivo, com a redução assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial.

Brasília, 8 de maio de 2013; 192o da Independência e 125o da República.


DILMA ROUSSEFF
Miriam Belchior
Garibaldi Alves Filho
Maria do Rosário Nunes

Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.5.2013

Quem pode utilizar esse serviço?


A pessoa com deficiência no momento da solicitação e que comprovar as
seguintes condições:

Grau de Tempo de
deficiência Contribuição Carência
Homem: 33 anos
Leve Mulher: 28 anos
Homem: 29 anos
Moderada Mulher: 24 anos
Homem: 25 anos 180 meses
Grave Mulher: 20 anos trabalhados
* A análise do grau da deficiência será confirmada através da avaliação da
perícia médica e do serviço social do INSS.

Etapas para realização desse serviço


1. Solicitação do benefício:
– Acesse o portal do Meu INSS
– Faça login no sistema, escolha a opção Agendamentos/Requerimentos.
– Clique em “novo requerimento”, “atualizar”, atualize os dados que achar
pertinentes, e clique em “avançar”. Digite no campo “pesquisar” a palavra
“deficiência” e selecione o serviço desejado.

2. Acompanhe o andamento pelo Meu INSS, na opção


Agendamentos/Requerimentos.
O segurado será previamente comunicado nos casos em que for indispensável
o atendimento presencial para comprovar alguma informação.
Documentos que poderão ser solicitados pelo INSS:
 Procuração ou termo de representação legal, documento de identificação com
foto e CPF do procurador ou representante, se houver;
 Documentos referentes às relações previdenciárias (exemplo: Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), Certidão de Tempo de Contribuição
(CTC), carnês, formulários de atividade especial, documentação rural, etc.); e
 Outros documentos que o cidadão queira adicionar (exemplo: simulação de
tempo de contribuição, petições, etc.).
 Documentos que comprovem a data em que a deficiência se iniciou.
 Se você ainda tem dúvidas, veja a relação completa de documentos
necessários para comprovar a atividade.

Outras informações
 Trabalho do aposentado com deficiência: o cidadão que se aposentar como
deficiente pode continuar trabalhando;
 Cancelamento do benefício: a aposentadoria pode ser cancelada a pedido do
beneficiário, desde que não tenha ocorrido o recebimento do primeiro
pagamento, nem o saque do PIS/PASEP/FGTS em razão da aposentadoria;
 Requerimento por terceiros: você poderá nomear um procurador para fazer o
requerimento em seu lugar.
 Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a
presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a
realização da perícia. Para isso, é necessário preencher o formulário de
solicitação de acompanhante e levá-lo no dia do atendimento. O pedido será
analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida
fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir na realização da
perícia.
 Avaliação da deficiência e do grau: é indispensável a apresentação de pelo
menos um documento de comprovação (atestados médicos, laudos de exames,
entre outros). O grau de deficiência será definido como aquele em que o
segurado efetuou o maior tempo de contribuições, e servirá para definir o
tempo mínimo necessário para a Aposentadoria por Tempo de Contribuição da
Pessoa com Deficiência;
 Conversão de tempo: não será permitida a conversão do tempo de
contribuição na condição de pessoa com deficiência para fins de concessão
da aposentadoria especial (benefício devido a pessoas que trabalharam em
atividades de risco e de que trata o artigo 57 da Lei nº 8.213/1991), bem como
a conversão para tempo comum;
 Valor da contribuição: o contribuinte individual ou facultativo que contribuiu
com 5% ou 11% do salário-mínimo terá que complementar a diferença da
contribuição sobre os 20% para ter direito à Aposentadoria por Tempo de
Contribuição da Pessoa com Deficiência;

Canais de prestação:
gov.br/meuinss
Telefone 135
Aplicativo para celulares Meu INSS

Ficou alguma dúvida?


Em caso de dúvidas, ligue para a Central de Atendimento do INSS pelo telefone
135.

O serviço está disponível de segunda a sábado das 7h às 22h (horário de


Brasília).

Assuntos relacionados
 Acumulação de benefícios
 Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência
 Aposentadoria por Tempo de Contribuição
 Valor das aposentadorias
Acumulação de benefícios
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Publicado em 16/05/2017 11h18 Atualizado em 20/12/2017 11h15
A acumulação de benefícios é a possibilidade de o cidadão, que já possui um
benefício ativo, ter direito e requerer outro tipo de benefício.

Por exemplo, uma pessoa que já recebe Pensão por Morte e implementa as
condições para ter direito a uma Aposentadoria por Tempo de Contribuição ou
por Idade.

Neste caso, os dois benefícios serão mantidos, sem problema algum.

Quais benefícios não podem ser acumulados?


De acordo com a legislação em vigor, diversos benefícios são inacumuláveis.
Entretanto alguns poderão se acumular, desde que atendidos os requisitos
legais.

Confira a listagem abaixo que detalha os diversos benefícios que NÃO se


acumulam:
a) aposentadoria com auxílio-doença;

b) aposentadoria com auxílio-acidente, exceto nos casos em que a data de


início de ambos os benefícios seja anterior a 10/11/1997;

c) aposentadoria com auxílio-suplementar;

d) aposentadoria com outra aposentadoria, exceto se a primeira tiver a data de


início do benefício anterior a 01/01/1967 conforme disposto no Decreto-Lei nº
72, de 21 de novembro de 1966;

e) aposentadoria com abono de permanência em serviço (extinto em


15/04/1994, Lei nº 8.870);

f) auxílio-doença com outro auxílio-doença, mesmo se um deles for por motivo


acidentário;
g) auxílio-doença com auxílio-acidente, quando ambos se referirem à mesma
doença ou acidente que lhes deram origem;

h) auxílio-doença com auxílio suplementar, observado que caso o requerimento


de auxílio-doença for referente a outro acidente ou doença, ambos serão
mantidos;

g) auxílio-acidente com outro auxílio-acidente;

h) salário-maternidade com auxílio-doença;

i) salário-maternidade com aposentadoria por invalidez;

j) renda mensal vitalícia com qualquer outra espécie de benefício da


Previdência Social;

k) pensão mensal vitalícia de seringueiro (soldado da borracha), com qualquer


outro Benefício de Prestação Continuada mantido pela Previdência Social;

l) pensão por morte com outra pensão por morte, quando o falecido era
cônjuge ou companheiro (a). Neste caso, o requerente poderá optar pelo
benefício que tiver o valor mais vantajoso, desde que o óbito tenha ocorrido a
partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. Até 28/04/1995, a
acumulação de pensões no caso de cônjuge era permitida;

m) pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro (a) com auxílio-
reclusão de outro cônjuge ou companheiro (a), para evento ocorrido a partir de
29/04/1995, data da publicação da Lei nº 9.032/1995. Neste caso, o requerente
poderá optar pelo benefício que tiver o valor mais vantajoso, ressaltando a
impossibilidade de reativação da pensão, após a assinatura do termo de
opção;

n) auxílio-reclusão com outro auxílio-reclusão, quando ambos os instituidores


que foram presos estiverem na condição de cônjuge ou companheiro (a) para
evento ocorrido a partir de 29/04/1995, data da publicação da Lei nº
9.032/1995. Neste caso, o requerente poderá optar pelo benefício que tiver o
valor mais vantajoso;

o) auxílio-reclusão, pago aos dependentes, com auxílio-doença, aposentadoria,


abono de permanência em serviço ou salário-maternidade do mesmo
instituidor que se encontra preso;

p) seguro-desemprego com qualquer outro Benefício de Prestação Continuada


da Previdência Social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-
acidente, auxílio-suplementar e abono de permanência em serviço;

q) benefícios assistencial (Benefício de Prestação Continuada – BPC-LOAS)


com benefício da Previdência Social ou de qualquer outro regime
previdenciário.
Outras informações
a) a partir de 23/01/2014, data do início da vigência do artigo 71-B da Lei nº
8.213/1991, o salário-maternidade que seria devido ao cidadão (ã) que veio a
óbito, poderá ser pago ao cônjuge ou companheiro (a) sobrevivente mesmo que
de forma concomitante com a Pensão por Morte daquele que faleceu, não
ficando caracterizado neste caso uma acumulação indevida.

Ficou alguma dúvida?


Em caso de dúvidas, ligue para a Central de Atendimento do INSS pelo telefone
135.

O serviço está disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h (horário de


Brasília).

Aposentadoria da Pessoa com


Deficiência por Idade
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Publicado em 04/11/2017 10h05 Atualizado em 23/11/2020 09h41
Benefício devido ao cidadão que comprovar o mínimo de 180 contribuições
exclusivamente na condição de pessoa com deficiência, além da idade de 60
anos, se homem, ou 55 anos, se mulher.

É considerada pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo


prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras, impossibilita sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, de
acordo com a Lei Complementar nº 142, de 2013.
O atendimento deste serviço será realizado à distância, não sendo necessário
o comparecimento presencial nas unidades do INSS, a não ser quando
solicitado para eventual comprovação.

Solicitar

Quem pode utilizar esse serviço?


 A pessoa com deficiência, no momento da solicitação do benefício,
comprovando esta condição por meio da avaliação da perícia médica e do
serviço social do INSS;
 Cidadão com idade mínima de 60 anos, se homem, ou 55, se mulher;
 Pessoa com tempo mínimo de 180 meses de contribuições realizadas e
efetivamente trabalhados na condição de pessoa com deficiência.

Etapas para realização desse serviço


1. Para solicitar o benefício:
– Acesse o portal do Meu INSS
– Faça login no sistema, escolha a opção Agendamentos/Requerimentos.-
Clique em “novo requerimento”, “atualizar”, atualize os dados que achar
pertinentes, e clique em “avançar”. Digite no campo “pesquisar” a palavra
“deficiência” e selecione o serviço desejado.
O segurado será previamente comunicado nos casos em que for indispensável
o atendimento presencial para comprovar alguma informação.

2. Acompanhe o andamento pelo Meu INSS, na opção


Agendamentos/Requerimentos.

Documentos que poderão ser solicitados pelo INSS:


 Procuração ou termo de representação legal, documento de identificação com
foto e CPF do procurador ou representante, se houver;
 Documentos referentes às relações previdenciárias (exemplo: Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), Certidão de Tempo de Contribuição
(CTC), carnês, formulários de atividade especial, documentação rural, etc.); e
 Outros documentos que o cidadão queira adicionar (exemplo: simulação de
tempo de contribuição, petições, etc.).
 Documentos que comprovem a data em que a deficiência se iniciou.
 Se você ainda tem dúvidas, veja a relação completa de documentos
necessários para comprovar a atividade.

Outras informações
 Trabalho do aposentado com deficiência: o cidadão que se aposentar como
deficiente pode continuar trabalhando;
 Cancelamento do benefício: a aposentadoria pode ser cancelada a pedido do
beneficiário, desde que não tenha ocorrido o recebimento do primeiro
pagamento, nem o saque do PIS/PASEP/FGTS em razão da aposentadoria;
 Requerimento por terceiros: você poderá nomear um procurador para fazer o
requerimento em seu lugar.
 Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a
presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a
realização da perícia. Para isso, é necessário preencher o formulário de
solicitação de acompanhante e levá-lo no dia do atendimento. O pedido será
analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida
fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir na realização da
perícia médica.
 Fator Previdenciário: Há a possibilidade de aplicação da regra do fator
previdenciário para o cálculo deste benefício, somente se for mais vantajoso
para o cidadão.

Canais de prestação:
gov.br/meuinss
Telefone 135
Aplicativo para celulares Meu INSS
Ficou alguma dúvida?
Em caso de dúvidas, ligue para a Central de Atendimento do INSS pelo telefone
135.

O serviço está disponível de segunda a sábado das 7h às 22h (horário de


Brasília).

Assuntos relacionados
 Acumulação de benefícios
 Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência
Valor das aposentadorias
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Publicado em 15/05/2017 11h33 Atualizado em 21/12/2017 11h18
O que é?
O cálculo do valor de aposentadorias é a forma como os sistemas do INSS
estão programados para cumprir o que está previsto na legislação em vigor e
definir o valor inicial que vai ser pago mensalmente ao cidadão em função da
sua aposentadoria.

É importante frisar que não há qualquer intervenção manual no cálculo do


valor do benefício, uma vez que este valor é obtido a partir das informações
constantes no cadastro de vínculos e remunerações de cada cidadão
armazenados no banco de dados denominado CNIS – Cadastro Nacional de
Informações Sociais.

Legislação
A forma de cálculo dos benefícios previdenciários está definida na seção III da
Lei 8.213/91, que teve nova redação a partir de 29/11/1999, data da publicação
da Lei 9.876/99. Desde então, existem duas regras em vigor:

 a primeira é a que ficou expressa na Lei 8.213/91 que se aplica a todos os


cidadãos que se filiaram ao INSS (RGPS) a partir da alteração do texto da lei
ocorrida em 29/11/1999;
 Art. 29 O salário de benefício consiste:
 I – para os benefícios de que tratam as alíneas b e c do inciso I do art. 18, na
média aritmética simples dos maiores salários de
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período
contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário?
 II – para os benefícios de que tratam as alíneas a, d, e e h do inciso I do art.
18, na média aritmética simples dos maiores salários de
contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período
contributivo.
 a segunda é a chamada regra transitória, para todos aqueles que já eram
filiados do INSS (RGPS) até 28/11/1999, prevista nos artigos 3º a 7º da Lei
9.876/99;
 Art. 3º Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de
publicação desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a
concessão dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, no cálculo
do salário de benefício, será considerada a média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por
cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de
1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no
8.213, de 1991, com a redação dada por esta Lei.
 …
 § 2o No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas b, c e d do inciso I
do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput
e o § 1o não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido
da competência julho de 1994 até a data de início do benefício, limitado a cem
por cento de todo o período contributivo.
A diferença básica entre uma regra e outra é quanto ao período em que houve
contribuições e que será levado em consideração no momento do cálculo, ou
seja:

 para o cidadão que já era filiado até 28/11/1999, o período considerado será a
partir da competência julho/1994 em diante (prevista na Lei 9.876/99)
 para o cidadão que se filiou ao INSS (RGPS) a partir de 29/11/1999, data da
publicação da Lei 9.876/99, será considerado todo o período em que houve
contribuições a partir daquela data.
Percebe-se ainda, na regra transitória, que, nos casos das aposentadorias por
Tempo de Contribuição, Por Idade e Especial (alíneas b, c e d do Art. 18),
também existe um limite para o divisor no momento do cálculo da média, 60%
do período decorrido, que será melhor exemplificado mais abaixo.
O fato da regra transitória ter estipulado que os recolhimentos a serem
considerados seriam aqueles a partir da competência julho/1994 é justificado
como sendo a alteração da moeda Cruzeiro Real (CR$) para Real (R$) a partir
de 01/07/1994.
Cabe esclarecer ainda que este cálculo é apenas o cálculo inicial, ou seja,
após o sistema encontrar o valor do “salário de benefício“, ainda poderão ser
efetuados outros cálculos conforme o benefício, os quais serão demonstrados
nos exemplos abaixo.

Forma de cálculo
Valor do “Salário de Benefício”

Em todos os benefícios previdenciários, o chamado “salário de benefício” é o


primeiro cálculo que o sistema realiza antes de aplicar as demais regras para
se chegar ao valor da “Renda Mensal Inicial” ou RMI, que será o valor pago
mensalmente ao cidadão. Como a legislação possui a regra geral e a regra
transitória em vigor, explicaremos cada uma delas:

Regra transitória
1 – O sistema verificará qual o número de meses decorridos desde 07/1994
até o mês anterior ao requerimento do benefício bem como o número do divisor
mínimo a ser utilizado no cálculo
Por exemplo: cidadão fez pedido de aposentadoria em 01/2015

julho/1994 a 12/2014 = 246 meses


divisor mínimo (60%) = 147,6 que será arredondado para 148 meses
2 – O sistema verificará quantos meses possuem recolhimentos (período
contributivo) dentro de todo o período decorrido para definir quantos serão
somados (no mínimo 80% até 100%) para apurar a média
Exemplo 1: o cidadão possui 246 meses com recolhimentos (todos)
80% do período contributivo = 196,8 que será arredondado para 197

o sistema verifica que 197 é maior que o divisor mínimo 148


o sistema irá somar os 197 maiores salários encontrados e dividirá por 197
Exemplo 2: o cidadão possui 200 meses com recolhimentos
80% do período contributivo = 160

o sistema verifica que 160 é maior que o divisor mínimo 148


o sistema irá somar os 160 maiores salários encontrados e dividirá por 160
Exemplo 3: o cidadão possui 150 meses com recolhimentos
80% do período contributivo = 120

o sistema verifica que 120 é menor que o divisor mínimo 148 porém a
quantidade total de meses com recolhimento (150 meses) ainda assim é maior
o sistema irá somar os 148 maiores salários encontrados e dividirá por 148,
desconsiderando os demais (2 recolhimentos)
nesse caso foram utilizados 98% dos salários encontrados para que o cálculo
fosse mais benéfico

Exemplo 4: o cidadão possui 100 meses com recolhimentos


80% do período contributivo = 80

o sistema verifica que 80 é menor que o divisor mínimo 148 bem como a
quantidade total de 100 meses de recolhimentos também
o sistema irá somar os 100 maiores salários encontrados e dividirá por 148
nesse caso, como a quantidade total de recolhimentos é inferior a 60% do
tempo total decorrido, o divisor mínimo sempre será aplicado
Regra Geral
Como, na regra geral, só serão computados recolhimentos efetuados a partir
de 29/11/1999, o sistema verificará qual a quantidade de meses que possui
recolhimentos (período contributivo) e efetuará a soma da quantidade de
meses que representa 80% do período, selecionando, neste caso, os meses em
que houveram recolhimentos com maior valor
Exemplo 1: o cidadão possui 200 meses com recolhimentos
80% do período contributivo = 160

o sistema irá somar os 160 maiores salários encontrados e dividirá por 160
Exemplo 2: o cidadão possui 100 meses com recolhimentos
80% do período contributivo = 80

o sistema irá somar os 80 maiores salários encontrados e dividirá por 80

Fator Previdenciário

Com a publicação da Lei 9.876/99, também foi criado o chamado “Fator


Previdenciário”. A aplicação do fator previdenciário pode, conforme o caso,
aumentar ou diminuir o valor do “salário de benefício”, sendo que, na
aposentadoria por tempo de contribuição, inclusive a do professor, a sua
aplicação é obrigatória e, nas aposentadorias por idade, por idade do
deficiente físico e tempo de contribuição do deficiente físico, ela é opcional,
ou seja, o fator previdenciário somente será aplicado se for mais vantajoso
para o cidadão.

Esta verificação e aplicação é feita de forma automática. A obtenção do índice


do fator previdenciário se dará a partir da seguinte fórmula matemática:

Sendo que:

 f = fator previdenciário;
 Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
 Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
 Id = idade no momento da aposentadoria;
 a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Para facilitar a obtenção do índice de fator previdenciário conforme a idade e o
tempo de contribuição, o Ministério da Previdência Social publica anualmente
a tabela completa com todos os índices disponíveis, os quais poderão ser
aplicados diretamente no salário de benefício encontrado no cálculo
inicial. Confira a tabela aqui

Cálculo da “Renda Mensal Inicial” (RMI)

Após o cálculo inicial do “Salário de Benefício”, bem como da aplicação do


“Fator Previdenciário”, de acordo com o tipo de aposentadoria, os sistemas do
INSS executam o último cálculo para obter o valor final que será pago
mensalmente ao cidadão.

Nesse caso, cada tipo de aposentadoria também pode ser calculada de uma
forma diferente da outra conforme o texto vigente na Lei 8.213/1991.
Mostraremos com exemplos como é feito o cálculo de cada tipo de
“Aposentadoria”:

Aposentadoria por idade


Regra: 70% do valor do “Salário de Benefício” acrescido de 1% para cada grupo
de 12 contribuições (cada ano completo de trabalho) até o limite de 100% do
“Salário de Benefício”. Esse cálculo está previsto no artigo 50 da Lei 8.213/91
com um complemento através do artigo 7º da Lei 9.876/99 (opção da aplicação
do fator previdenciário). Caso essa Aposentadoria seja requerida com base na
Lei Complementar 142/2013 (na condição de deficiente físico), a aplicação do
Fator Previdenciário será opcional.
Exemplo 1: o cidadão homem possui 30 anos de contribuição e 65 anos de
idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário = 0,896 (não foi aplicado por não ser vantajoso)

Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,30 (30 anos completos de trabalho) = R$


2.000,00 x 1,00

Renda Mensal Inicial = R$ 2.000,00

Exemplo 2: o cidadão homem possui 15 anos de contribuição e 65 anos de


idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário = 0,436 (não foi aplicado por não ser vantajoso)

Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,15 (15 anos completos de trabalho) =


R$ 2.000,00 x 0,85

Renda Mensal Inicial = R$ 1.700,00

Exemplo 3: o cidadão homem possui 20 anos de contribuição e 65 anos de


idade
“Salário de Benefício” = R$ 800,00

Fator previdenciário = 0,586 (não foi aplicado por não ser vantajoso)

Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,20 (20 anos completos de trabalho) = R$


800,00 x 0,90 = R$ 720,00
Renda Mensal Inicial = R$ 788,00
*Neste exemplo, houve a chamada equiparação ao valor do salário mínimo,
uma vez que, mesmo somando a parcela de 70% do salário de benefício com a
parcela de acréscimo por tempo de trabalho (20%), o valor final ainda assim
ficou abaixo no salário mínimo vigente, que é de R$ 788,00 em 01/2015

Exemplo 4: o cidadão homem possui 33 anos de contribuição e 68 anos de


idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário = 1,140 (será aplicado por ser vantajoso) = R$ 2.280,00


Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,30 (33 anos completos de trabalho) =
R$ 2.280,00 x 1,00
Renda Mensal Inicial = R$ 2.280,00

**Neste exemplo, houve a aplicação do fator previdenciário, uma vez que era
vantajoso ao cidadão, bem como houve a limitação da parcela por tempo de
trabalho (30% ao invés de 33%) uma vez que a soma das parcelas não pode ser
superior a 100%

Aposentadoria por Tempo de Contribuição


O cálculo da Aposentadoria por Tempo de Contribuição será feito de acordo
com o tempo total apurado, ou seja, se o cidadão possui tempo de contribuição
proporcional, integral, de professor ou na condição de deficiente físico. Caso
essa Aposentadoria seja requerida com base na Lei Complementar 142/2013
(na condição de deficiente físico), a aplicação do Fator Previdenciário
será opcional. Vejamos como é feito o cálculo de acordo com cada caso:
 Proporcional
Regra: 70% do valor do “Salário de Benefício” (multiplicado pelo Fator
Previdenciário), acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma
do tempo mínimo previsto na legislação, até o limite de 100%. Esse cálculo
está previsto no artigo 9º da Emenda Constitucional 20/1998, o qual também
estipula a soma do tempo mínimo a ser considerado, tempo normal + adicional.
Consulte o “Esclarecimento sobre a regra transitória” na página sobre
Aposentadoria por Tempo de Contribuição para entender melhor.
Para os exemplos, vamos considerar que um cidadão homem possui hoje 55
anos de idade e 34 anos de contribuição

Exemplo 1: supondo que em 16/12/1998 já tinha 20 anos de contribuição


tempo mínimo necessário = 34 anos

“Salário de Benefício” = R$ 1.500,00

Fator previdenciário 0,679 = R$ 1.018,50

Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,00 (não possui anos completos de


trabalho além do mínimo necessário) = R$ 712,95

Renda Mensal Inicial = R$ 788,00


*Neste exemplo, houve a chamada equiparação ao valor do salário mínimo,
uma vez que, mesmo somando a parcela de 70% do salário de benefício com a
parcela de acréscimo por tempo de trabalho, o valor final ainda assim ficou
abaixo no salário mínimo vigente, que é de R$ 788,00 em 01/2015

Exemplo 2: supondo que em 16/12/1998 já tinha 25 anos de contribuição


tempo mínimo necessário = 32 anos

“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário 0,679 = R$ 1.358,00

Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,10 (2 anos completos além do mínimo


necessário) = R$ 1.086,40

Renda Mensal Inicial = R$ 1.086,40

Exemplo 3: supondo que em 16/12/1998 já tinha 30 anos de contribuição


tempo mínimo necessário = 30 anos

“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário 0,679 = R$ 1.358,00

Multiplicação pela alíquota de 0,70 + 0,20 (4 anos completos além do mínimo


necessário) = R$ 1.222,20

Renda Mensal Inicial = R$ 1.222,20

 Integral
Regra: 100% do valor do “Salário de Benefício” multiplicado pelo Fator
Previdenciário. Esse cálculo está previsto no artigo 29 da Lei 8.213/91

Exemplo 1: o cidadão homem possui 35 anos de contribuição e 55 anos de


idade
“Salário de Benefício” = R$ 1.000,00

Fator previdenciário 0,700 = R$ 700,00

Renda Mensal Inicial = R$ 788,00


*Neste exemplo, houve a chamada equiparação ao valor do salário mínimo,
uma vez que o valor do salário de benefício multiplicado pelo fator
previdenciário será menor que o salário mínimo em vigor em 01/2015

Exemplo 2: o cidadão homem possui 37 anos de contribuição e 60 anos de


idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário 0,902 = R$ 1.804,00

Renda Mensal Inicial = R$ 1.804,00


Exemplo 3: o cidadão homem possui 40 anos de contribuição e 63 anos de
idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário 1,110 = R$ 2.220,00

Renda Mensal Inicial = R$ 2.220,00


*Neste exemplo, em função da idade do cidadão e do tempo total de
contribuição, a aplicação do fator previdenciário aumentou o valor do salário
de benefício e consequentemente da RMI

 Professor
Regra: 100% do valor do “Salário de Benefício” multiplicado pelo Fator
Previdenciário. Esse cálculo está previsto no artigo 29 e no artigo 56 da Lei
8.213/91. O cálculo é idêntico à Aposentadoria por Tempo de Contribuição –
integral, sendo que a única diferença é o tempo de contribuição reduzido em
cinco anos e o acréscimo de 5 ou 10 anos de contribuição na escala da tabela
do Fator Previdenciário (professor ou professora respectivamente).

Exemplo 1: o cidadão homem possui 30 anos de contribuição como professor e


55 anos de idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Fator previdenciário 0,700 = R$ 1.400,00

Renda Mensal Inicial = R$ 1.400,00

Aposentadoria Especial
Regra: 100% do valor do “Salário de Benefício”. Esse cálculo está previsto no
artigo 29 e no artigo 57 da Lei 8.213/91.

Exemplo 1: o cidadão homem possui 15 anos de contribuição em atividade


analisada e convertida como tempo “especial” e 40 anos de idade
“Salário de Benefício” = R$ 2.000,00

Renda Mensal Inicial = R$ 2.000,00


*Não há qualquer cálculo adicional ou aplicação de Fator Previdenciário

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