XXXXXXXXX, qualificação completa, vem, por meio de
seus procuradores, requerer a concessão de APOSENTADORIA POR IDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos:
I – DOS FATOS
A Requerente, nascida em xxxxx contando atualmente
com xxxx anos de idade, filiou-se à Previdência Social no ano de xxxxxx, sendo que sempre trabalhou na condição pessoa com deficiência. A tabela a seguir demonstra, de forma objetiva, as atividades laborativas desenvolvidas:
Xxxx a xxxx empregador.... função/cargo
II – DO DIREITO
O § 1º do art. 201 da Constituição Federal determina a
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria as pessoas com deficiência. Por conseguinte, a Lei Complementar nº 142/2013, regulamentando a previsão constitucional, estabeleceu a necessidade de a pessoa ter desempenhado atividades na condição de pessoa com deficiência por no mínimo 15 (quinze) anos, contando com, pelo menos, 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se MULHER:
Art. 3º - É assegurada a concessão de aposentadoria pelo
RGPS ao segurado com deficiência, observadas as seguintes condições: (...)
IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55
(cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo
definirá as deficiências grave, moderada e leve para os fins desta Lei Complementar.
Além disso, o Decreto nº 10410/2020, que alterou o
Decreto n 3.048/99 para exigir que seja comprovada a condição de pessoa com deficiência da data da entrada do requerimento administrativo do benefício ou do implemento dos requisitos:
Art. 70-A. A concessão da aposentadoria por tempo de
contribuição ou por idade ao segurado que tenha reconhecido, após ter sido submetido a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, grau de deficiência leve, moderada ou grave está condicionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do requerimento ou na data da implementação dos requisitos para o benefício. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
No presente caso, em conformidade com o Estatuto da
Pessoa com Deficiência (Lei n 13.146/15), requerente é pessoa com deficiência, trabalhando com muita dificuldade em face do déficit cognitivo e das graves patologias psiquiátricas que a acometem, o que será corroborado por ocasião das perícias a serem realizadas administrativamente. DA FORMA DE COMPROVAÇÃO DO GRAU DE DEFICIÊNCIA
Para fins de definição do grau de deficiência a LC nº
142/2013 delegou ao Poder Executivo a respectiva regulamentação. Nesse sentido, foi emitida a Portaria INTERMINISTERIAL AGU/MPS/MF/SEDH/MP Nº 1 de 27.01.2014 que instituiu o Índice de Funcionalidade Brasileiro aplicado para fins de Classificação e Concessão da Aposentadoria da Pessoa com deficiência (IF- BrA).
Nesse contexto normativo, mister salientar que a referida
portaria delegou ao INSS o dever de realização de avaliação médica e de avaliação funcional, a cargo de assistente social, que não somente devem seguir o IF-BrA, como também utilizar a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF, da Organização Mundial de Saúde, para fins de aferição da deficiência. Veja-se o que dispõe o art. 2º:
Art. 2º Compete à perícia própria do Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS, por meio de avaliação médica e funcional, para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o respectivo grau, assim como identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada grau.
§1º A avaliação funcional indicada no caput será
realizada com base no conceito de funcionalidade disposto na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - CIF, da Organização Mundial de Saúde, e mediante a aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro Aplicado para Fins de Aposentadoria - IFBrA, conforme o instrumento anexo a esta Portaria.
§2º A avaliação médica e funcional, disposta no caput,
será realizada pela perícia própria do INSS, a qual engloba a pericia médica e o serviço social, integrantes do seu quadro de servidores públicos.
§3º O instrumento de avalição médica e funcional,
destinado à avaliar o segurado, e constante do anexo a esta Portaria, será objeto de revisão por instância técnica específica instituída no âmbito do Ministério da Previdência Social, no prazo máximo de um ano, a contar da data de publicação deste ato normativo, podendo haver revisões posteriores.
E giza-se que o próprio INSS incorporou internamente tal
iter procedimental por meio da IN INSS/PRES nº 77/2015:
Art. 424. Compete à perícia própria do INSS,
representada pela perícia médica previdenciária e pelo serviço social do INSS, para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e seu respectivo grau, assim como identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada grau.
§1º A avaliação indicada no caput será realizada mediante
a aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro Aplicado para Fins de Aposentadoria - IFBrA que será objeto de revisão por instância técnica específica instituída no âmbito do Ministério da Previdência Social, no prazo máximo de um ano, a contar da data de publicação da Portaria Interministerial SDH/MPS/MF/MPOG/AGU nº 1, de 2014. §2º Com fins a embasar a fixação da data da deficiência e suas possíveis alterações ao longo do tempo, caberá à perícia médica previdenciária fixar a data de início do impedimento e as datas de suas alterações, caso existam, por ocasião da primeira avaliação.
§3º As datas de início do impedimento e suas alterações
serão instruídas por meio de documentos, sendo vedada a prova exclusivamente testemunhal.
§4º Serão considerados documentos válidos para
embasamento das datas citadas no § 3º deste artigo, todo e qualquer elemento técnico disponível que permita à perícia médica formar sua convicção.
§5º A comprovação da deficiência somente se dará depois
de finalizadas as avaliações médica e do serviço social, sendo seu grau definido pela somatória das duas avaliações e sua temporalidade subsidiada pela data do impedimento e alterações fixadas pela perícia médica.
Assim, para fins de comprovação da deficiência e seu
respectivo grau, devem ser realizadas tanto avaliação médica quanto funcional, baseadas no conceito de funcionalidade da CIF e com a respectiva aplicação do IF- BrA.
DA REAFIRMAÇÃO DA DER PARA DATA
POSTERIOR AO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO EM CASO DE NECESSIDADE
Na remota eventualidade de não serem reconhecidos
todos os períodos postulados, desde já requer seja reafirmada a DER para o momento em que a segurada requerente adquirir direito à aposentadoria, concedendo-se o benefício a partir da data da aquisição do direito, nos termos do art. 690 da IN 77/2015:
Art. 690. Se durante a análise do requerimento for
verificado que na DER o segurado não satisfazia os requisitos para o reconhecimento do direito, mas que os implementou em momento posterior, deverá o servidor informar ao interessado sobre a possibilidade de reafirmação da DER, exigindo-se para sua efetivação a expressa concordância por escrito.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se a todas as
situações que resultem em benefício mais vantajoso ao interessado.
Por fim, cumpridos todos os requisitos exigidos em lei,
tempo de contribuição e carência, a Sra. XXXXX adquiriu o direito à aposentadoria da pessoa com deficiência, tornando-se imperiosa a sua concessão, devendo o INSS CONCEDER O MELHOR BENEFÍCIO A QUE FIZER JUS, com fulcro na IN 77/2015:
Art. 687. O INSS deve conceder o melhor benefício a que
o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientar nesse sentido.
III – DO PEDIDO
ISSO POSTO, requer:
O recebimento e o deferimento do requerimento;
A produção de todos os meios de prova em direito
admitidos. Em caso de necessidade de dilação probatória, requer seja aberto prazo para cumprimento das exigências pertinentes;
A realização de avaliação médica e funcional, a cargo de
médico e assistente social, devendo estes utilizarem a CIF para enquadramento da deficiência e com a respectiva aplicação do IF-BrA, nos termos do art. 424, 1º da Instrução Normativa INSS/PRES nº77/2015;
O reconhecimento da condição de pessoa com deficiência
à requerente/segurada
A concessão do benefício de APOSENTADORIA POR
IDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, a partir da data do agendamento do requerimento administrativo xxxxxxxx
Subsidiariamente, caso não seja reconhecido tempo de
serviço com deficiência suficiente para a concessão do benefício até a DER, requer o cômputo dos períodos posteriores, e a concessão de aposentadoria especial, com a reafirmação da DER para a data em que o segurado preencheu os requisitos para a concessão do benefício, conforme art. 690 da IN 77/2015.
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