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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3ª REGIÃO

APELAÇÃO CÍVEL N.º 0042336-77.2017.4.03.9999 (2017.03.99.042336-9)

APELANTE: VILMA ZACHARIAS e outros

APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

Apelação cível. Benefício assistencial de


prestação continuada. Artigo 203, inciso V, da
Constituição Federal. Lei n.º 8.742/93 (LOAS).
Requisitos legais não atendidos. Idosa.
Hipossuficiência econômico-financeira não
comprovada. Falecimento da autora. Pelo
desprovimento do recurso.

1. FATOS

Trata-se de recurso de apelação (fls. 226/235) tempestivamente


interposto contra sentença (fls. 218/222) que julgou improcedente a pretensão deduzida em
face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, de concessão do benefício assistencial
de prestação continuada, previsto no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal,
dispositivo regulamentado pela Lei n.º 8.742/93.

A requerente faleceu conforme certidão de óbito acostada às fls. 111


e vº, sendo requerida a habilitação dos herdeiros (fls. 108/110), a qual por sua vez foi
deferida às fls. 147.

Aduz a recorrente que, embora o benefício assistencial seja


intransmissível, dado seu caráter personalíssimo, os créditos a ele relativos e não recebidos
em vida pelo beneficiário seriam transmissíveis a seus sucessores. Sustenta, ainda, a
demonstração do preenchimento dos requisitos, pela autora, para a concessão do benefício.

Requer o INSS a extinção da ação extinguindo o feito sem resolução


do mérito (fls. 138/143).

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Não foram ofertadas contrarrazões (fls.238).

É o relatório. Passa-se a opinar.

2. MÉRITO

A hipótese dos autos é de conhecimento e desprovimento do recurso


interposto.

A par do escopo primordial da assistência social de amparo a todos


os indivíduos que se encontrem em situações de hipossuficiência, servindo de instrumento
de promoção social, verifica-se, outrossim, previsão específica na Constituição Federal da
garantia de pagamento de um benefício em pecúnia, in verbis:

“Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa
portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios
de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei.” (g. n.)

Portanto, o benefício assistencial de prestação continuada, nos


termos claros da Constituição Federal, diz respeito ao pagamento de um salário mínimo à
pessoa, idosa ou portadora de deficiência, que não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família.

A efetivação desse preceito, entretanto, dar-se-á na forma que


dispuser o legislador ordinário, o qual foi incumbido de estruturar a assistência social. Nesse
propósito, editou-se a Lei n.º 8.742/93 (Lei de Organização da Assistência Social – LOAS),
cujo artigo 20 regulamenta a concessão do benefício, nos seguintes termos:

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“Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-


mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e
cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo
requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles,
a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros
e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.

§ 2o Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com


deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com
deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a
1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (...)” (redação dada pela Lei nº.
12345/2011)

Destarte, na lei estão definidas as circunstâncias, que se presentes,


permitirão aferir se o postulante do benefício é pessoa com deficiência ou idosa. Outrossim,
o parágrafo 3º estabelece um critério objetivo para aferição da condição de miserabilidade
do núcleo familiar: são incapazes de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou
idosa as famílias cuja renda mensal, dividida entre os seus componentes, resulte valor
inferior a um quarto do salário mínimo.

Quanto ao idoso, adotou-se o critério meramente cronológico.


Conforme prescrição do artigo 34 da Lei n.º 10.741/03 (Estatuto do Idoso), para fins de
concessão do benefício em discussão, é pessoa idosa toda aquela com idade igual ou
superior a 65 anos1:

“Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não

1
A Lei n.° 8.742/93, em seu artigo 20, caput, inicialmente prescreveu idade mínima de 70 anos. O artigo 38 da
mesma lei, também em sua redação original, previa uma redução do requisito etário para 67 anos, após 24
meses do início da concessão dos benefícios, e para 65 anos, após 48 meses. Todavia, a Lei n.º 9.720/98, que
atribuiu novo texto ao dispositivo aludido, estabeleceu a idade de 67 anos para concessão do benefício a partir
de 01 de janeiro de 1.998, sem qualquer menção à progressividade que antes havia. Somente com o advento da
Lei n.º 10.741/03 (Estatuto do Idoso) o benefício assistencial de prestação continuada voltou a ser devido aos
idosos com idade igual ou superior a 65 anos.

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possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua
família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos
termos da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.
Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família
nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda
familiar per capita a que se refere a LOAS.”

A propósito, ainda, dos requisitos para a concessão do benefício, o


artigo 20, parágrafo 3º, da Lei n.º 8.742/93, prescreve uma hipótese objetiva para aferição
da hipossuficiência econômico-financeira do núcleo familiar. Segundo o entendimento
assentado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 1.232-1/DF e da Reclamação nº 2.303/RS, enquanto não incluídos
outros pelo legislador ordinário, este seria o único critério válido para aferição da
miserabilidade.

Em princípio, portanto, seria indeclinável a aplicação desse


entendimento, na medida em que a decisão vincula os órgãos do Poder Judiciário e a
Administração Pública, e a adoção de outros critérios não previstos na Lei n.º 8.742/93
implicaria em afronta à decisão já exarada pela Suprema Corte, a cuja autoridade deve-se
sempre obediência.

Este entendimento, no entanto, vinha sendo revisto pelos Ministros


da Corte Suprema que, em decisões monocráticas, admitiam que, não obstante a
constitucionalidade do limite legal referido, este não era suficiente para a aferição da
hipossuficiência econômica do idoso ou do deficiente, de forma a lhes assegurar uma
existência digna2.

Cite-se, a propósito, trecho da decisão proferida pela Ministra


Carmen Lúcia na Reclamação nº 3.805 (publicada no DJ em 18/10/2006 p. 41):

“O exame dos votos proferidos no julgamento [da ADI nº 1232-1] revela que
o Supremo Tribunal apenas declarou que a norma do art. 20 e seu § 3º da

2
Rcl 5750, Rel Min. Carmen Lúcia, decisão monocrática, DJ 18.02.2008; Rcl 4374 MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão
monocrática, DJ 06/02/2007; Rcl 3.891, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJ 18.9.2007; Rcl 4.139, Rel.
Min. Carlos Britto, decisão monocrática, DJ 30.6.2006; Rcl 4.133, Rel. Min. Carlos Britto, decisão monocrática, DJ 30.6.2006;
Rcl 4.280, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, decisão monocrática, DJ 30.6.2006; Rcl 4.272, Rel. Min. Celso de Mello, decisão
monocrática, DJ 24.5.2006; Rcl 4.257, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, DJ 27.4.2006; Rcl 4.270, Rel. Min. Eros
Grau, decisão monocrática, DJ 25.4.2006; Rcl 4.156, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ 20.3.2006.

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Lei n. 8.742/93 não apresentava inconstitucionalidade ao definir limites


gerais para o pagamento do benefício a ser assumido pelo INSS, ora
Reclamante. Mas não afirmou que, no exame do caso concreto, o juiz não
poderia fixar o que se fizesse mister para que a norma constitucional do art.
203, inc. V, e demais direitos fundamentais e princípios constitucionais se
cumprissem rigorosa, prioritária e inescusavelmente.
(…)
De se concluir, portanto, que o Supremo Tribunal teve por constitucional, em
tese (cuidava-se de controle abstrato), a norma do art. 20 da Lei n.
8.742/93, mas não afirmou inexistirem outras situações concretas que
impusessem atendimento constitucional e não subsunção àquela norma.
(…) A constitucionalidade da norma legal, assim, não significa a
inconstitucionalidade dos comportamentos judiciais que, para atender, nos
casos concretos, à Constituição, garantidora do princípio da dignidade
humana e do direito à saúde, e à obrigação estatal de prestar a assistência
social "a quem dela necessitar, independentemente da contribuição à
seguridade social", tenham de definir aquele pagamento diante da
constatação da necessidade da pessoa portadora de deficiência ou do idoso
que não possa prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família.” (g.n.)

Ocorre que, no julgamento da Reclamação nº 4.374, o Supremo


Tribunal Federal declarou inconstitucional o §3º do artigo 20 da Lei nº 8.274/93. No entanto,
manteve a vigência do dispositivo legal até 31 de dezembro de 2014.

Assim, enquanto mantida a vigência do dispositivo em comento, na


análise de cada caso concreto, deve-se verificar se, a par do critério fixado no artigo 20, §3º
da Lei nº 8.742/93, existem outros elementos que comprovem a situação de miserabilidade,
na forma que vinham decidindo os Ministros da Corte Suprema.

É de se lembrar, também, que os benefícios de caráter assistencial


e/ou decorrentes de programas de transferência de renda devem ser excluídos da renda
familiar, como prevê o art. 4º,§ 2º, do Decreto nº 6.214/20073.
3
Art. 4° Para os fins do reconhecimento do direito ao benefício, considera-se:
(...)
VI - renda mensal bruta familiar: a soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente
pelos membros da família composta por salários, proventos, pensões, pensões alimentícias, benefícios de previdência pública
ou privada, seguro-desemprego, comissões, pro-labore, outros rendimentos do trabalho não assalariado, rendimentos do
mercado informal ou autônomo, rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal Vitalícia e Benefício de Prestação

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No presente caso, verifica-se que a apelante já preenchia o


requisito etário quando do ajuizamento da ação, como comprovado pela cópia do
documento de identidade (fls. 23), que indica como data de nascimento 06/12/1934.

No entanto, remanescem dúvidas quanto ao requisito da


hipossuficiência econômica. Com efeito, em face das decisões proferidas pelo STF no
julgamento dos Recursos Extraordinários nºs 567.985 e 580.963, a apuração da condição
sócio econômica da requerente deverá levar em consideração não só a renda per capita,
mas outros elementos que possam evidenciar a alegada situação de miserabilidade.

O estudo social realizado às fls. 191/192, complementado às fls.


205 e vº constata que a autora reside com seu esposo Hermínio Luís Rossato e a filha Maria
Isabel, em residência construída no mesmo terreno da filha mais velha, Sueli Aparecida
Rossato. A única renda advém da aposentadoria do esposo da autora no importe de um
salário mínimo à época dos fatos, e do trabalho esporádico da filha Maria Isabel, como
faxineira, não recebendo ademais nenhum benefício ou outro rendimento.

Vale ressaltar que o benefício de amparo social não serve de


complementação de renda, tendo por escopo essencial viabilizar uma vida digna ao
indivíduo. No caso em tela, é de se ver que, as despesas básicas como moradia são
custeadas pela aposentadoria do esposo, recebiam uma cesta básica da Igreja São Pedro e
os gastos com medicamentos eram suportados pelas filhas e alguns familiares. Com isso, a
autora não se insere no chamado estado de miserabilidade, verificado nas situações em
que o indivíduo não possui meios de prover à própria manutenção ou tê-la provida por sua
família, nos exatos termos da Constituição Federal.

É de se ressaltar que, não obstante o benefício pleiteado seja de


caráter personalíssimo, a legislação resguardou, expressamente, o direito dos herdeiros ao
recebimento das parcelas não pagas ao beneficiário até a data de sua morte. Assim, no

Continuada, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 19


§ 2o Para fins do disposto no inciso VI do caput, não serão computados como renda
mensal bruta familiar: (Redação dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011)
I - benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária; (Incluído
pelo Decreto nº 7.617, de 2011)
II - valores oriundos de programas sociais de transferência de renda. (g.n.)

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caso do resultado final do processo confirmar a existência de direito ao benefício, os valores


referentes às parcelas devidas até a morte do autor teriam já se integrado ao patrimônio
deste, sendo transmissíveis a seus herdeiros, como dispõe o Decreto n.º 6.214, de 26 de
setembro de 2007, in verbis:

“Art. 23. O Benefício de Prestação Continuada é intransferível, não gerando


direito à pensão por morte aos herdeiros ou sucessores.
Parágrafo único. O valor do resíduo não recebido em vida pelo beneficiário
será pago aos seus herdeiros ou sucessores, na forma da lei civil”.

No caso em tela, ainda que se possa discutir o processo de revisão


ao restabelecimento e pagamento das parcelas do benefício indeferido desde a data de seu
requerimento, não resta comprovado o preenchimento do requisitos legal da miserabilidade
inecessário à concessão do benefício pleiteado.

Nada obstante, verifica-se que a autora faleceu antes mesmo de


encerrada a instrução processual.

Ora, tratando-se de direito personalíssimo e tornando-se impossível


a prova de fato constitutivo do direito da autora, não há que se falar em direito incorporado a
seu patrimônio cujo resíduo seria devido a seus herdeiros.

Neste sentido o entendimento dessa E. Corte:

“PREVIDENCIÁRIO - BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - ART. 203, V,


DA CF/88 - PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA - REMESSA OFICIAL
- APELAÇÃO DO INSS - RENDA - FALECIMENTO NO CURSO DA AÇÃO
– EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ANÁLISE DA
REMESSA OFICIAL E DA APELAÇÃO PREJUDICADA.
- O entendimento da jurisprudência dominante deste Colendo Tribunal
Regional Federal da 3ª Região está assentado no sentido de que o
benefício assistencial tem caráter personalíssimo e é intransferível aos
sucessores do beneficiário. Tendo em vista que o falecimento ocorreu

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antes da elaboração da sentença, não há porque se falar em valores


incorporados ao patrimônio do "de cujus", que pudessem gerar direito
adquirido a sua percepção pelos sucessores do falecido.
- Não há condenação da parte autora nas verbas da sucumbência por ser
beneficiária da justiça gratuita.
- Extinção do feito sem julgamento do mérito.
- Análise da remessa oficial e da apelação prejudicada.” (g.n.)
(TRF3ª Região - AC 1227542 – Processo nº 2007.03.99.038510-7/SP -
Sétima Turma - Fonte DJF3:25/06/2008 - Relatora Juiza Eva Regina)

“PREVIDENCIÁRIO. ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO


CONTINUADA. ART. 203, V, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI Nº
8.742/93. DECRETO Nº 6.214/07. CARÁTER PERSONALÍSSIMO. MORTE
DA AUTORA NO CURSO DO PROCESSO. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO.
1. A sentença não estava sujeita ao reexame necessário, a teor do disposto
no art. 475 do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei nº
10.352/2001.
2. O benefício assistencial de prestação continuada está previsto no art.
203, V, da Constituição Federal e na Lei nº 8.742, de 07.12.1993,
regulamentada pelo Decreto nº 6.214, de 26.09.2007.
3. Para a concessão do benefício assistencial, a pessoa deve ser portadora
de deficiência que a incapacite para o trabalho ou possuir mais de 65 anos,
e ser incapaz de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua
família, consoante os conceitos acima mencionados.
4. O benefício assistencial tem caráter personalíssimo, não se transferindo
aos sucessores do beneficiário. Precedentes desta Corte.
5. O falecimento da autora no curso do processo, antes de ser
proferida sentença de mérito, implica carência superveniente de ação.
6. Reexame necessário não conhecido. Processo extinto sem resolução do
mérito. Prejudicadas as apelações da parte autora e do INSS.” (g.n.)
(TRF/3ª Região - AC 1083255 – Processo nº 2006.03.99.004064-1/SP -
Turma Suplementar da Terceira Seção - Fonte DJF3:04/06/2008 Relator
Juiz Nino Toldo)

Ante o exposto, manifesta-se o Ministério Público Federal pelo

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desprovimento da apelação interposta.

São Paulo, 27 de janeiro de 2018.

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