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DIREITO DO IDOSO

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade,


da sociedade e do Poder Público assegurar ao
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do
direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade,
ao respeito e à convivência familiar e
comunitária.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

• A Lei de Organização da Assistência Social


(LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da
Constituição da República, estabeleceu
critérios para que o benefício mensal de um
salário mínimo fosse concedido aos portadores
de deficiência e aos idosos que comprovassem
não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua
família.
Art. 203. A assistência social será prestada a
quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:

V - a garantia de um salário mínimo de benefício


mensal à pessoa portadora de deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios de
prover à própria manutenção ou de tê-la provida
por sua família, conforme dispuser a lei.
LOAS – Lei 8742/93

Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia


de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e
ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que
comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção nem de tê-la provida por sua família.

(...)

§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da


pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda
mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do
salário-mínimo.
ESTATUTO DO IDOSO

Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos,


que não possuam meios para prover sua subsistência,
nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o
benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da
Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.

Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer


membro da família nos termos do caput não será
computado para os fins do cálculo da renda familiar per
capita a que se refere a Loas.
Reclamação 4374 e RE 567985, 580963

Informativos 669 e 702 do STF

• O requisito financeiro estabelecido pela lei 8742/93 (renda


familiar per capita inferior a um ¼ do salário mínimo) teve sua
constitucionalidade contestada.

• Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF,


o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade
do art. 20, § 3º, da LOAS.

• A Reclamação 4374 serviu como instrumento de


(re)interpretação da decisão proferida em controle de
constitucionalidade abstrato.
Ministro Marco Aurelio:

- Inconstitucionalidade em concreto do artigo 20


da LOAS
- Natureza do BPC
-Princípio da proibição de concretização deficitária
- Reserva do possível
- Constitucionalidade do artigo 34 do Estatuto do
Idoso
Ministro Gilmar Mendes (Relator do RE 580963):

- Negou provimento ao RE
- Esvaziamento da decisão tomada na ADI 1232/DF
- Inconstitucionalização do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93
- Mudança nas circunstâncias fáticas, quer nas jurídicas
- Diversas normas estipularam critérios diferentes de ¼ do
salário mínimo
- Declarou a inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei
8.742/93, sem pronúncia de nulidade, mantendo-o válido até
dezembro de 2014

• Enfatizou que a questão seria relevante sob dois prismas:


1º) a evolução ocorrida;
2º) a concessão de outros benefícios com a adoção de critérios
distintos de 1/4 do salário mínimo.
Ministro Celso de Mello:

- Conquanto excepcional, seria legítima a possibilidade


de intervenção jurisdicional dos juízes e tribunais na
conformação de determinadas políticas públicas,
quando o próprio Estado deixasse de adimplir suas
obrigações constitucionais

O Min. Luiz Fux considerou que, nos casos em que a


renda per capita superasse até 5% do limite legal em
comento, os juízes teriam flexibilidade para conceder a
benesse
FINALIDADE
- Regular direitos assegurados ao idoso

TIPOS DE DIREITOS
Gozo de todos os direitos fundamentais: vida, saúde,
alimentação, educação, cultura, esporte, lazer,
trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito,
convivência familiar e comunitária (direitos humanos)

EXIGIBILIDADE
- É obrigação da família, da comunidade e do Poder
Público (todos os níveis)
EXCEÇÕES QUANTO À IDADE DE 60 ANOS

Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco)


anos, que não possuam meios para prover sua
subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é
assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-
mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência
Social – Loas.

Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica


assegurada a gratuidade dos transportes coletivos
públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços
seletivos e especiais, quando prestados paralelamente
aos serviços regulares.
Constituição Federal

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever


de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à
vida.

§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão


executados preferencialmente em seus lares.

§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é


garantida a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.
DO TRANSPORTE

Arts. 39 a 42

• Gratuidade aos maiores de 65 anos, transportes


coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto
nos serviços seletivos e especiais, quando
prestados paralelamente aos serviços regulares.
• 10% de assentos reservados aos idosos
• idosos entre 60 e 65 anos – legislação local.
• Transportes coletivos interestaduais
• Estacionamentos públicos e privados: 5% das vagas.
• Prioridade no embarque
Art. 40. No sistema de transporte coletivo
interestadual observar-se-á, nos termos da legislação
específica:

I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo


para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois)
salários-mínimos;

II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no


mínimo, no valor das passagens, para os idosos que
excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou
inferior a 2 (dois) salários-mínimos.
• Eficácia plena e aplicabilidade imediata do art. 230,
§ 2º, da Constituição Federal, que assegurou a
gratuidade nos transportes coletivos urbanos aos
maiores de 65 anos, reconhecida em precedente
desta Corte (ADI 3.768/DF, rel. Min. Cármen Lúcia,
Tribunal Pleno, DJe 26.10.2007).

• Possibilidade de o Poder Judiciário determinar, em


casos excepcionais, que o Poder Executivo adote
medidas que viabilizem o exercício de direitos
constitucionalmente assegurados.

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