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Incompetência
Criado @April 24, 2024 7:42 PM

Revisado

Incompetência Absoluta:

Pode ser reconhecida pelo juiz a qualquer momento.

Mesmo que alegada por qualquer das partes, não sujeita a preclusão,
exceto em recursos especial ou extraordinário.

Reconhecida, os autos devem ser remetidos ao juízo competente.

🔄 Incompetência Relativa:
Deve ser alegada pelo réu na contestação sob pena de preclusão.

Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, exceto quando arguida
pelo Ministério Público.

Só então o juiz poderá determinar a remessa dos autos para o juízo


competente.

⚖️ Perpetuação de Competência:
Determinada no momento do registro ou distribuição da petição inicial.

Alterações posteriores são irrelevantes, exceto se suprimirem o órgão


judiciário ou alterarem a competência absoluta.

Incompetência 1
🏛️ Desmembramento de Comarca:
Controvérsia sobre remessa dos processos à nova comarca ou
manutenção na comarca originária.

Decisões do STJ determinam remessa à nova comarca, mas o


entendimento predominante é pela perpetuação de competência na
comarca originária.

🎯 Critérios para Fixação de Competência:


Objetivo (valor da causa ou matéria), Funcional (competência
hierárquica), e Territorial (localização dos litigantes ou imóvel
disputado).

💼 Crítica à Divisão Tripartida de Critérios de Competência:


Não considera a qualidade das pessoas envolvidas no processo, o que
pode influir na competência (por exemplo, envolvimento da União leva
à competência da Justiça Federal).

👥 Competência em Razão da Pessoa:


Tem previsão constitucional, sendo absoluta e podendo ser conhecida
de ofício pelo juiz.

🕵️‍♂️ Identificação de Competência Absoluta ou Relativa:


Competência absoluta pode ser conhecida de ofício e independe de
requerimento das partes, enquanto a relativa depende de alegação
oportuna.

DESMEMBRAMENTO DO ART 64 AO 66 DO CPC

• A incompetência pode ser absoluta, quando relacionada à matéria,


à função ou à hierarquia, ou relativa, quando relacionada ao território
ou ao valor da causa.

• A incompetência absoluta pode ser alegada a qualquer tempo e


declarada de ofício pelo juiz.

• Já a incompetência relativa deve ser alegada em preliminar de


contestação, sob pena de preclusão.

• No caso de incompetência relativa, o juiz, após manifestação da


parte contrária, decidirá imediatamente sobre a alegação.

• Se acolhida a alegação de incompetência, os autos serão remetidos


ao juízo competente.

Incompetência 2
• Quando ocorre conflito de competência, o juiz que não a acolher
suscitará o conflito, salvo se atribuir a outro juízo.

• Nas questões de prova, é importante lembrar que a incompetência


relativa deve ser alegada em preliminar de contestação, enquanto a
incompetência absoluta pode ser arguida a qualquer tempo.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL I ART 42 AO 46 CPC

A jurisdição e competência são temas abordados nos artigos 42 a 53 do


CPC.

📜 A jurisdição refere-se ao poder de resolver conflitos levados ao


Judiciário, enquanto a competência organiza o exercício desse poder.

⚖️ A arbitragem é uma forma alternativa de resolução de conflitos,


podendo ser escolhida pelas partes antes ou após o surgimento do litígio.

🤝 A escolha pela arbitragem implica em submeter o litígio a um juízo


privado, diferentemente da jurisdição estatal.

📝 A determinação da competência ocorre no momento da propositura da


ação, podendo ser determinada pelo advogado do autor.

🔄 Alterações na competência após a propositura da ação são


consideradas, exceto em casos de supressão ou alteração do órgão
judiciário.

🏢 As normas de competência podem ser encontradas no CPC, em leis


específicas e na organização judiciária, inclusive na Constituição estadual.

🌐 Em casos envolvendo a União, empresas públicas federais, fundações


ou conselhos de atividade profissional, a competência pode ser da Justiça
Federal.

⚠️Exceções incluem processos de recuperação ou falência, acidente de


trabalho e matéria eleitoral, que podem permanecer na Justiça Estadual ou
serem julgados na Justiça do Trabalho ou Eleitoral.

🏠 A competência territorial depende do local do domicílio do réu, com


regras específicas para casos com mais de um domicílio ou partes
estrangeiras.

🏠 Quando o réu tem domicílio incerto ou desconhecido, há duas opções:


buscar e ajuizar a ação onde ele for encontrado ou no domicílio do autor.

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🌍 Se o réu for estrangeiro e frequentemente estiver no Brasil, a ação pode
ser ajuizada no domicílio do autor.

🌎 Se tanto o réu quanto o autor não residirem no Brasil, a competência


pode ser em qualquer foro, até mesmo no local onde ocorreu o fato.

👥 Em casos de litisconsórcio passivo, com réus de domicílios diferentes, a


ação pode ser ajuizada em qualquer foro de domicílio dos réus, desde que
não seja distinto demais do local do fato.

🏘️ No direito real sobre bens imóveis, a competência geralmente é no foro


de situação do bem discutido.

📝 Para questões envolvendo vizinhança, propriedade, servidão de


passagem, divisão e demarcação de terras, a competência é no foro de
situação do bem.

🔍 Se a questão não se enquadrar nas situações listadas, há três


possibilidades: foro da situação do bem, domicílio do réu ou foro de
eleição.

CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DE COMPETENCIA

🌐 Competência Jurisdicional:
Primeiramente, determinar se a justiça brasileira é competente para o
julgamento.

Verificar as regras de competência internacional (Artigos 21 ao 25 do


Código de Processo Civil).

Em seguida, analisar as regras de competência interna.

📜 Critérios Determinativos da Competência:


Cinco elementos essenciais: pessoa, valor da causa, matéria, função e
território.

Divisão em critério objetivo e funcional, além do critério territorial.

👥 Critério da Pessoa:
Qualidade da pessoa interfere na definição da competência do órgão
jurisdicional.

Exemplos incluem competência da Justiça Federal baseada na


qualidade das partes.

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💰 Critério do Valor da Causa:
Valor econômico da relação jurídica ou do objeto da demanda
determina a competência.

Exemplos incluem competência dos Juizados Especiais baseada em


limite de salários mínimos.

⚖️ Critério da Matéria:
Análise da natureza da relação jurídica controvertida para definir a
competência.

Exemplos incluem competência da Justiça Federal em casos de direitos


indígenas e direitos humanos.

🏛️ Critério da Função:
Distribuição das funções a serem exercidas durante o processo entre
diferentes órgãos jurisdicionais.

Exemplos incluem competência funcional pelo grau de jurisdição e pelo


objeto do juízo, como o Tribunal do Júri.

🏛️ Competência Funcional:
Funções diversas exercidas órgãos jurisdicionais.

Exemplo: atuação dos juízes, conselho de sentença e juiz-presidente na


dosimetria da pena.

⚖️ Competência Territorial:
Regras específicas para determinar o local onde a demanda deve ser
proposta.

Foro geral: ação fundada em direito pessoal ou real sobre imóveis


proposta no domicílio do réu.

🏠 Domicílio do Réu:
Definido pelo domicílio da pessoa natural, estabelecido com ânimo
definitivo.

Problemas surgem quando o réu possui mais de um domicílio ou


nenhum em território nacional.

📜 Foros Especiais:

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Regras extremamente específicas baseadas na natureza da causa,
qualidade das partes e situação da coisa.

Exemplos incluem casos de réu incapaz, ações de reparação de danos


e direitos reais sobre imóveis.

ATENÇÃO

📚 Leitura dos Dispositivos Legais:


Importância da leitura dos dispositivos legais, especialmente os artigos
47 a 53 do Código de Processo Civil, para compreender as regras de
competência territorial.

TIRANDO MINHAS DÚVDAS:

CRITERIO FUNCIONAL, CRITERIO OBJETIVO E TERRITORIAL

FUNCIONAL: Esse critério considera a função exercida pela parte envolvida. As


ações originárias (que iniciam em tribunais superiores), as ações envolvendo
foro privilegiado e as ações dependentes são julgadas com base na
competência funcional.

→ O foro privilegiado é uma prerrogativa concedida a ocupantes de


determinados cargos, como presidente, deputados e senadores. Essas
pessoas são julgadas por tribunais específicos, de acordo com a previsão
constitucional ou estadual.
IMPORTANTE: A competência funcional também é aplicada em casos de
dependência de ações, quando uma ação está relacionada a outra já existente
e deve ser julgada no mesmo tribunal.

INFORMAÇÕES TRANSCRITAS DO YOUTUBE SOBRE CRITERIO FUNCIONAL

"Vamos começar agora a falar sobre as regras de competência interna. Nós


vamos começar a estudar como que a jurisdição é distribuída entre os órgãos
do poder judiciário, tá? Então, se o Brasil vai julgar agora, nós temos que nos
preocupar qual órgão do poder judiciário vai julgar, tudo bem? Por isso que
agora a gente começa com as regras de competência interna.

Eu quero formar uma lousa pra mostrar pra vocês que o novo código de
processo civil, ele trabalha com quatro critérios ou quatro espécies de
competência. Tá comigo? Pois muito bem, então em termos de competência

Incompetência 6
interna, o código de processo civil trabalha com quatro modalidades ou quatro
categorias.

A primeira é o que nós chamamos de competência funcional, competência


funcional ou também chamada de competência hierárquica. Competência
hierárquica ou funcional, tudo bem? Então, esse é o primeiro critério. Depois da
competência funcional ou competência hierárquica, nós temos a competência
material, tudo bem? Ou competência em razão da matéria.
Com o terceiro critério, terceira modalidade, nós temos a chamada
competência valorativa, competência valorativa ou competência em razão do
valor da causa. E por fim, como última modalidade, nós temos a chamada
competência territorial.
Então, esse é o panorama que nós traçamos. A partir de agora, nós vamos
estudar seguindo exatamente a ordem que eu acabei de colocar pra você aqui.
Então, nós vamos começar com o estudo da competência funcional ou
competência hierárquica. Depois de terminado esse critério, nós vamos falar
sobre a competência material ou em razão da matéria, depois a competência
valorativa e, por fim, a competência territorial.
Tudo bem, é nessa ordem que nós obrigatoriamente precisamos seguir ao
professor, porque que é obrigatório que nós sigamos exatamente esta ordem
que eu coloquei aqui, e já a razão é muito simples porque esses critérios vão
sendo utilizados conforme o caso concreto.
Veja se uma determinada ação, eu consigo vislumbrar a competência
hierárquica, que é a primeira modalidade que nós vamos estudar agora, o que
vai acontecer? Nós não precisamos mais analisar os outros critérios, percebe?
Porque aquela ação já é uma ação de competência hierárquica. Agora, se com
os critérios de competência hierárquica, eu não conseguir identificar quem vai
julgar a apelação, aí sim eu preciso passar pela análise do próximo critério e
assim sucessivamente.
Tudo bem, então, sem delongas, agora a gente começa no estudo da
competência hierárquica. Bom, meus amigos, a competência hierárquica ou
competência funcional, ela leva em consideração, como o próprio nome já
sugere, a função exercida pela pessoa.

Então, de acordo com a função que uma determinada pessoa exerce, ela será
julgada por um determinado órgão do poder judiciário. Veja se eu dou pra você
como exemplo uma ação cujo réu seja o governador de um estado. Você
concorda comigo que essa ação ela será uma ação de competência originária?

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Você consegue visualizar essa situação? Que, por conta da função que a
pessoa exerce, no nosso exemplo, o cargo de governador, aquela ação vai
seguir o critério da competência funcional, tudo bem?
Então, nesse critério, o que nos interessa é a função desenvolvida pela parte
do processo, e eu consigo mostrar pra você três situações em que nós vamos
ter um uso da competência hierárquica. Vem comigo de novo para a tela que
eu vou te mostrar.
Então, olha só como se dá a fixação da competência funcional, ou seja, quando
o que nós vamos utilizar o critério da competência funcional. Letra 'a', quando
nós estivermos diante das chamadas ações originárias, que foi inclusive o
exemplo que eu trabalhei com você agora pouco, né? No caso do governador
do estado. O governador do estado, ele não é julgado por um juiz comum de
vara, percebe? Ele tem uma competência originária. As ações originárias são
aquelas ações, meus amigos, que não começam na vara, assim, professor. São
ações que já começam no tribunal. Elas são ações originárias de algum
tribunal.

Então, vou te dar alguns exemplos, fora esse do governador, que nós
acabamos de ver. Se nós pegarmos as quatro ações do controle de
constitucionalidade concentrado, a ADI, ADC, ADPF, essas quatro ações, elas
são de competência originária do Supremo Tribunal Federal, consegue
perceber? Então, se eu tenho, por exemplo, uma ação em que eu pretendo
contestar a constitucionalidade de uma lei, essa ação é de competência
originária do Supremo Tribunal Federal, consegue perceber? As ações
originárias, elas são ações que utilizam o critério da competência funcional. A
função que a parte desempenha vai fazer com que a competência para o
julgamento pertença diretamente a um tribunal, que pode ser um Tribunal de
Justiça, um Tribunal Regional Federal, o Tribunal Regional do Trabalho,
Superior Tribunal de Justiça, Supremo e assim por diante.
Tudo bem, então, essa é a questão envolvendo as ações originárias. Volta aqui
comigo um outro caso em que nós vamos ter a fixação da competência
funcional, é daquelas situações envolvendo o tão polêmico foro privilegiado, ou
fórum privilegiado. Veja, hoje nós temos aí uma discussão extremamente
acirrada sobre foro privilegiado.

A questão do foro privilegiado, que inclusive alguns juristas defendem o seu


fim, faz com que aquela pessoa ocupante de um determinado cargo mereça
ser julgada por um tribunal por uma competência diferente. Então, é o caso que
nós podemos citar do presidente da república, de um deputado, e um senador.

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Eu utilizei o exemplo do governador como ação originária, vocês me perdoem,
a gente encaixa nas situações de foro privilegiado é mais correto, tudo bem?

Então, o que acontece nessas situações, é que em razão da função exercida


pela pessoa, ela vai ser julgada por uma instância diferente. O que é isso?
Competência funcional. Então, isso que é muito importante a gente
compreender, a competência funcional ela vai levar em consideração a função
exercida pela pessoa. Então, as ações que fazem uso da competência
funcional, ela vão começar diretamente nos tribunais.
Por fim, um terceiro exemplo, né, que eu quero trabalhar aqui, é aquela questão
do juízo arbitral. Sabe, quando as partes resolvem, né, que elas vão deixar de
lado o Poder Judiciário, elas não vão querer levar o seu problema para o Poder
Judiciário, elas vão fazer uso da chamada cláusula compromissória. A cláusula
compromissória é aquela cláusula que está inserida nos contratos, que diz que
se houver algum problema, as partes vão resolver isso através de um juízo
arbitral. Então, em razão disso, essa ação que envolve o juízo arbitral, ela
também vai começar diretamente nos tribunais, pois as pessoas vão recorrer
aos tribunais para requerer a homologação da sentença arbitral.
CRITERIO OBEJTIVO/VALORATIVO:
O artigo 319 do CPC coloca como um dos requisitos da petição inicial o valor
da causa. Então, toda a causa tem que ter um valor, mesmo que essa ação não
tenha um conteúdo econômico direto. Então, as pessoas perguntam à
professora, mas e se eu tenho uma ação, por exemplo, de investigação de
paternidade? Não tem valor. Isso é reconhecer a paternidade com o valor que
se dá pra isso. Pois é, mesmo nessas ações em que não há um conteúdo
econômico direto, você tem que atribuir um valor da causa nos termos do CPC.
E o valor da causa é importante por diversos motivos, dentre eles porque
através do valor da causa nós conseguimos fixar competência, é a chamada
competência valorativa ou em razão do valor da causa. Só que essa
competência ela só existe na justiça comum, tudo bem? Então, quando a gente
fala incompetência valorativa ou nós estamos nos referindo à justiça federal ou
nós estamos nos referindo à justiça estadual. Tudo bem, então não há que se
falar em incompetência valorativa no âmbito da justiça eleitoral nem da justiça
do trabalho.

Professor, como é que a competência valorativa é fixada aqui no Brasil, né?


Vocês conhecem certamente a figura dos juizados especiais, e como é que eu
sei se uma ação ela é de competência dos juizados especiais? Resposta: eu

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tenho que analisar o valor da causa. Tudo bem, então vem comigo para a tela
para esquematizar pra você.

No caso da competência, no caso da competência valorativa, nós temos que


analisar o valor da causa. E aí a gente vê primeiro o que acontece na justiça
federal. Olha só, no âmbito da justiça federal nós temos os juizados especiais
federais. Esses juizados, eles são disciplinados pela Lei 10.259 de 2001, tudo
bem? É a lei dos juizados especiais federais. E por essa lei, as ações para
serem julgadas pelos juizados especiais federais devem ter no máximo 60
salários mínimos. Ok, 60 salários mínimos.

Então, até 60 salários mínimos eu posso propor a minha ação perante a justiça
federal no seu respectivo juizado. Agora nós também temos que analisar o que
acontece na justiça estadual, porque nós temos os juizados especiais
estaduais. Aqui você tem que ter muito cuidado, porque todo mundo lembra,
todo mundo conhece a boa e velha Lei 9.099 de 95. É essa lei ela sempre
lembrada, só que você tem que tomar cuidado, porque no âmbito da justiça
estadual nós também temos os juizados especiais da fazenda pública, que são
disciplinados pela Lei 12.153 de 2009. Então, cuidado, porque o juizado
especial da fazenda pública é na justiça estadual e é regulado por essa lei.
Beleza, professora, e aí qual é o valor na Lei 9.099? 40 salários mínimos. Tudo
bem, e na Lei 12.153, que é a lei dos juizados da fazenda pública? 60 salários
mínimos também. Com isso, galera, não há muito mais o que falar sobre a
competência da justiça valorativa

EXCEÇÕES DE COMPETENCIA:
00:00:34 - 00:00:40 Em relação à competência territorial, a regra é de que a
ação deve ser proposta no local de prestação dos serviços ou no local da
contratação. É isso que estabelece o artigo 651 da CLT. A competência das
juntas de conciliação e julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado reclamante ou reclamado prestar serviços ao empregador, ainda
que seja contratado noutro local ou no estrangeiro. Agora, pulamos para o
parágrafo terceiro. Olha só, em se tratando de empregador cuja realização das
atividades se dê fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao
empregado apresentar a reclamação no foro da celebração do contrato ou da
prestação dos respectivos serviços. Essa regra geral é a que prevalece na
maioria dos casos das ações trabalhistas. A presunção é sim o local da
prestação de serviços. É mais fácil para o empregado fazer prova das suas
alegações, até porque ali também, teoricamente, morariam as testemunhas e a

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empresa se localizaria ali. Então, no local da prestação serviço, há uma
facilidade maior da produção da prova para o reclamante. É apenas uma
presunção, mas é a regra geral estabelecida pela CLT no seu artigo 651. Tão
gravem! O principal regra para o ajuizamento da reclamação trabalhista: a
competência territorial se dá no local da prestação dos serviços.

00:02:06 - 00:02:12 Mas aí surge a dúvida: esse empregado prestou serviços


em mais de um local para o mesmo empregador. E aí, o foro competente seria
o local de qualquer local que ele prestou serviços, ou o local da contratação,
ou o local da última prestação de serviços?

00:03:19 - 00:03:24 Mas para segunda fase é importante você saber na


prática. Vai depender muito do juiz. Qual é a corrente que o juiz adota? A
majoritária entende que é o local correto, o local da última prestação dos
serviços. Mas existe ainda parte da doutrina, e inclusive que o local do
domicílio do autor seria competente, dependendo do seu local de prestação de
serviços, e viabilizaria o direito de ação do autor. Então, em relação a essa
tese, parte da doutrina ainda adota, em certos casos, o local do domicílio do
reclamante. Por isso, para a sua prova de primeira fase, você não deve se
preocupar muito com isso, porque, como a lei é omissa e existe uma
divergência doutrinária, qualquer dessas respostas deve ser aceita pela banca.
Uma questão objetiva ou provavelmente não vai ser cobrada. Mas para
segunda fase é importante você saber.
00:05:53 - 00:06:14 Imagine que a empresa X contratou o fulaninho aqui no
Brasil, mas que o fulaninho presta serviço lá na Nova Zelândia. Olha que
privilegiado para a Nova Zelândia, onde praticamente não tem fã de mim, eu
não tenho negacionismo. Enfim, se ele for aceito lá, claro, né, se deixarem o
brasileiro entrar. Mas imagina que o fulaninho foi contratado no Brasil para
prestar serviços no exterior, e por alguma razão, alguma regra de direito do
trabalho foi descumprida, onde que o fulaninho vai ajuizar reclamação
trabalhista? Aqui no Brasil! A competência territorial é da Justiça do Trabalho
do Brasil, porque as regras de Direito Processual nesse caso aplicada são as
do Brasil. Então, muita atenção às regras de direito processual. Como a
competência, por exemplo, é a territorial. Então, o local da prestação de
serviços tem uma grande importância.

00:07:15 - 00:07:40 Agora, uma questão que cai muito em prova. E aí, se for
proposta a reclamação trabalhista em local diverso, em local errado, o que é
que o reclamado deve fazer? Bom, o reclamado pode alegar a exceção de
incompetência. Mas e aí, quando é que ele deve alegar essa exceção de

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incompetência? Essa é uma questão de ordem. Tem que ser alegada na
primeira oportunidade em que ele falar nos autos, ou seja, na sua contestação.
Se ele não alegar essa exceção de incompetência na contestação, ele precluiu,
não pode mais falar isso nos autos. Essa é a regra geral do Código de Processo
Civil que está valendo para a Justiça do Trabalho. Então, tem que ser alegada
na contestação.
00:09:00 - 00:09:14 A exceção de incompetência, embora pareça uma coisa
bonitinha, fácil, ela não é tão simples assim. Ela tem que ser fundamentada. Ela
tem que ser provada. O que é que o reclamado tem que provar? Que o local
onde a ação foi proposta é diverso do local da prestação dos serviços. Ele tem
que provar que o local da prestação de serviços é diverso do local da proposta
da ação. Ele tem que provar também que o local da prestação de serviços é
diverso do local da contratação. Ele tem que provar todos esses fatos
constitutivos do seu direito. Então, não é tão simples assim.
COMO IDENTIFICAR SE UMA REGRA DE
COMPETÊNCIA É ABSOLUTA OU
RELATIVA?
Poder Judiciário: a função jurisdicional é exercida através de um agente
público, que é o juiz. Esse juiz é investido na função jurisdicional após
aprovação em concurso público ou nomeação pelo Presidente da República,
como é o caso dos ministros do STF.
No entanto, os ministros do STF não podem julgar qualquer tipo de questão. A
Constituição limitou a competência do STF, como é visto no artigo 102,
restringindo, por exemplo, ações de inconstitucionalidade.
O conceito de competência é a limitação do exercício legítimo da jurisdição.
Um exemplo para compreender melhor é o seguinte: Pedro, ao ser aprovado
em concurso público para o cargo de juiz e empossado, passa a exercer sua
função jurisdicional na Comarca de Recife. No entanto, a competência de
Pedro está limitada à Comarca de Recife, e ele não pode exercer sua função
em outra localidade, como Salvador.
A diferença entre competência absoluta e relativa diz respeito à ordem pública
e à vontade das partes. As regras de competência absoluta prevalecem pelo
interesse público, enquanto as de competência relativa são determinadas pela
vontade das partes. Por exemplo, na Justiça do Trabalho, a competência é
absoluta, determinada pela Constituição.

Incompetência 12
Nos casos de competência absoluta, todos os sujeitos do processo, incluindo o
juiz, podem alegar a incompetência. Já nos casos de competência relativa, o
réu é o legitimado para alegar a incompetência.
Existem exceções a essas regras, como nos casos dos juizados especiais e em
contratos com cláusulas abusivas. A alegação de incompetência absoluta pode
ser feita a qualquer momento, mas é necessário cuidado, pois há regras
específicas para alegar incompetência relativa, geralmente na contestação,
sob pena de preclusão.
PARA ENCERRARMOS, VAMOS PONTUAR TODAS AS QUESTÕES TRATADAS, E
5 QUESTÕES DE CONCURSO PARA FIXAÇÃO
PONTUAÇÕES:
🔍 Pode ser reconhecida pelo juiz a qualquer momento. 🛑 Mesmo que alegada
por qualquer das partes, não sujeita a preclusão, exceto em recursos especial
ou extraordinário. 📑 Reconhecida, os autos devem ser remetidos ao juízo
competente. 📋 Incompetência Relativa:

Deve ser alegada pelo réu na contestação sob pena de preclusão.

Não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, exceto quando arguida pelo
Ministério Público.

Só então o juiz poderá determinar a remessa dos autos para o juízo


competente.

🔄 Perpetuação de Competência:
Determinada no momento do registro ou distribuição da petição inicial.

Alterações posteriores são irrelevantes, exceto se suprimirem o órgão


judiciário ou alterarem a competência absoluta.

🌐 Desmembramento de Comarca:
Controvérsia sobre remessa dos processos à nova comarca ou
manutenção na comarca originária.

Decisões do STJ determinam remessa à nova comarca, mas o


entendimento predominante é pela perpetuação de competência na
comarca originária.

🎯 Critérios para Fixação de Competência:


Objetivo (valor da causa ou matéria), Funcional (competência hierárquica),
e Territorial (localização dos litigantes ou imóvel disputado).

Incompetência 13
🎖️ Crítica à Divisão Tripartida de Critérios de Competência:
Não considera a qualidade das pessoas envolvidas no processo, o que
pode influir na competência.

⚖️ Competência em Razão da Pessoa:


Tem previsão constitucional, sendo absoluta e podendo ser conhecida de
ofício pelo juiz.

📜 Identificação de Competência Absoluta ou Relativa:


Competência absoluta pode ser conhecida de ofício e independe de
requerimento das partes, enquanto a relativa depende de alegação
oportuna.

🔍 Competência Valorativa:
Mesmo em ações sem conteúdo econômico direto, é necessário atribuir um
valor da causa nos termos do CPC.

O valor da causa é crucial para determinar a competência, especialmente


na justiça comum.

🏛 Competência nos Juizados Especiais:


Juizados especiais federais têm competência para casos com valor de até
60 salários mínimos.

Juizados especiais estaduais e da fazenda pública também têm limites de


valor para competência.

🌍 Competência Territorial na Justiça do Trabalho:


A competência territorial é geralmente determinada pelo local da prestação
de serviços.

Em casos de múltiplos locais de serviço, o local da última prestação é


frequentemente considerado competente.

⚖️ Exceção de Incompetência:
O reclamado pode alegar a exceção de incompetência na contestação,
caso contrário, preclui.

Deve ser fundamentada e provada que o local da ação é diverso do local da


prestação de serviços ou da contratação.

🔍 Identificação de Competência:
Incompetência 14
Competência absoluta prevalece por interesse público, enquanto relativa é
determinada pela vontade das partes.

Todos os sujeitos do processo podem alegar incompetência em casos de


competência absoluta.

Exceções existem, como nos juizados especiais e em contratos com


cláusulas abusivas.

Incompetência 15

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