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1. Introdução ........................................................................................................... 4
1.1 Conceito de Sistema Tributário Nacional ........................................................... 4
1.2 Direito Tributário................................................................................................. 5
1.2.1 Conceito de Direito Tributário ...................................................................... 5
1.2.2 Fontes do Direito Tributário ......................................................................... 5
1.3 Legislação Tributária .......................................................................................... 6
1.3.1 Vigência da Legislação Tributária ................................................................ 6
1.3.2 Aplicação da Legislação Tributária .............................................................. 7
1.4 Definição de Auditoria Fiscal ou Tributária ......................................................... 7
1.5 Finalidade da Auditoria Tributária ...................................................................... 8
1.6 Planejamento e Execução da Auditoria Fiscal ................................................... 9
2. Tributos ................................................................................................................ 10
2.1 Conceitos de tributos ....................................................................................... 10
2.2 Classificação dos Tributos ............................................................................... 11
2.2.1 Taxas (CTN, Art. 77) .................................................................................. 11
2.2.2 Contribuição de Melhoria (CTN, Art. 81) .................................................... 12
2.2.3 Contribuições Especiais ............................................................................. 12
2.2.4 Impostos (CTN, Art. 16) ............................................................................. 12
(a) Lei Constitucional: é a fonte soberana da legislação, sendo que todas as leis
devem obedecer aos limites impostos pela Constituição Federal (CF), sob pena de
perder a validade. A Lei Constitucional fixa a competência (o poder de tributar), as
limitações e a repartição da receita;
(c) Lei Ordinária: a Lei Ordinária difere-se da Lei Complementar porque pode ser
editada pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no campo de suas
competências, delimitado pela Constituição (não há uma definição expressa dos
casos que serão por elas regulados, como é o caso da Lei Complementar). A Lei
Ordinária, diferentemente da Lei Complementar, que não cria tributos (exceto
empréstimos compulsórios e de competência residual da União), pode instituir,
revogar ou extinguir tributos.
SAIBA MAIS!
Como se isso não bastasse, hoje as empresas têm mais uma obrigação:
apresentar o Sped, fiscal e contábil. Portanto, temos aí mais um ramo de atuação da
auditoria tributária.
Cuidados também devem ser direcionados para eventuais erros que, embora,
não se caracterizem como fraude, acarretam penalidades severas às empresas
infratoras.
Para se ter uma ideia do quanto o fisco é severo, citamos parte do art. 44 da
Lei nº 9.430/96 (na reação dada pela Lei nº 11.488/2007). Segundo esse dispositivo:
2. Tributos
SAIBA MAIS!
Impostos;
Taxas;
Contribuições de melhoria;
Contribuições especiais (parafiscais)
Empréstimos compulsórios
Tais espécies de tributos são assim definidas, não na ordem que assim foi
posto na relação acima:
Tributo instituído para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa incorrida e como limite
individual o acréscimo do valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado.
É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Possui caráter geral, ou
seja, se destina a cobrir as necessidades públicas gerais.
a) Diretos
São os impostos cujos contribuintes são os mesmos indivíduos que arcam com
o ônus da respectiva contribuição;
O ônus é exclusivamente do contribuinte (o contribuinte de fato é o de direito).
Ex.: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre Exportação
(IEx), Imposto Territorial Rural (ITR), Imposto Transmissão Inter vivos (ITBI), Imposto
Predial Territorial Urbano(IPTU), Imposto Propriedade Veículos Automotivos (IPVA),
etc.
b) Indiretos
Ex.: IPI, ICMS e ISS, que são cobrados pelo Fisco (ente tributante) do Produtor e/ ou
Vendedor (contribuinte de fato) que emite a nota fiscal, e cujo valor do tributo é
transferido ao Comprador do produto/mercadoria/serviço (contribuinte de direito).
Qualquer alteração nos termos tributários deve ser estabelecida em lei para
que o pagamento possa ser exigido do contribuinte. É a garantia de que nenhum
tributo será instituído ou aumentado a não ser através da lei.
Irretroatividade (CF, Art. 150, III, “a” – exceção Art. 106, CTN)
A lei nova, que cria ou aumenta tributos, alcança somente os fatos ocorridos
posteriormente à sua publicação. Admite-se a retroatividade da lei tributária quando
ela beneficia de alguma forma, o contribuinte. Não se pode exigir tributos sobre fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que instituiu ou aumentou algum
tributo.
Anterioridade (CF, Art. 150, III, “b” – exceção do Art. 150, § 1º, e Art. 195, § 6º)
Qualquer alteração em termos de impostos só pode ser exigida do contribuinte
a partir do 1º dia do próximo ano, com exceção de:
Empréstimos compulsórios (Art.148, I);
Imposto sobre importação de produtos estrangeiros (Art.153, I);
Imposto sobre exportação para o exterior (Art.153, II);
Imposto sobre produtos industrializados (Art.153, IV);
Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a
títulos ou valores mobiliários (Art.153, V);
Imposto extraordinário de eminência de caso de guerra (Art.154, II); e
Contribuições sociais: CSSL, PIS, COFINS, FGTS, INSS (Art. 195, 6º)
2.2.4.5 Uniformidade
2.2.4.6 Competência
Os tributos não devem ser utilizados para efeito de confisco. Esse princípio
determina que o tributo deve ser instituído a um nível racional, ou seja, a sua rigorosa
cobrança não deve acarretar assimilação do valor total do objeto tributado.
Obrigação tributária
Uma obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o Estado
(sujeito ativo) pode exigir do contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos
termos e nas condições descritas na lei (fato gerador).
A principal (CTN, Art. 113, § 1º) tem por objeto o pagamento do tributo
ou penalidade pecuniária (em dinheiro). É a prestação à qual se obriga o
sujeito passivo, é de natureza patrimonial.
A acessória (CTN, Art. 113, § 2º) é uma obrigação não patrimonial que
decorre da legislação tributária. É uma obrigação de fazer, não fazer e
tolerar. Tem como finalidade comprovar a existência e o limite das
operações tributadas, bem assim a exata observância da legislação
aplicável. Ex.: Emitir nota fiscal, escriturar um livro, inscrever-se no
cadastro de contribuintes (de fazer); não receber mercadorias
desacompanhadas da documentação legalmente exigida (não fazer); e
admitir o exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar).
Contribuinte ou responsável
O CTN prevê duas espécies de sujeito passivo: o contribuinte, aquele que tem
relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador; e o responsável,
aquele que, sem se revestir da condição de contribuinte, vê-se na obrigação de pagar
o tributo. Ou seja, as partes da obrigação tributária são, de um lado, o sujeito ativo,
que é o ente público (União, Estado ou Município), criador do tributo, e, de outro lado,
o sujeito passivo, que, segundo o CTN, pode ser o contribuinte ou o responsável.
O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que
constitua o respectivo fato gerador. Já o responsável, é aquele que, sem revestir a
condição de contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato
gerador, vê a obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal.
Base de Cálculo
Alíquota
Para que o governo faça uma auditoria fiscal em uma empresa, é necessário
que está possua indícios de infrações, ou seja, provas materiais de que não cumpriu
com suas obrigações fiscais.
Fonte: BASTOS, Rui M. P. C. Auditoria tributária: uma abordagem conceptual, p. 29, 2006.
Para validar a auditoria fiscal e tributária, pois o ambiente interno fiscal do país
é complexo e demanda serviço não só de contadores, mas de legisladores, auditores,
advoga- dos, entre outros profissionais ligados à área.
Por fim, outra questão é que, com a criação do Livro de Apuração do Lucro
Real (LALUR) digital, esse documento agora deve ser enviado à Receita Federal do
Brasil de forma digital por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). E,
nesse contexto, a Lei n. 12.973/2014 alterou a forma de cálculo e hipóteses de
redução das penalidades aplicáveis em caso de descumprimento dessa obrigação
acessória, a saber:
Análise das operações praticadas pela pessoa jurídica situada no Brasil com
pessoa jurídica vinculada situada no exterior, com o objetivo de identificar, entre as
diversas sistemáticas de apuração do transfer pricing previstas na legislação de
regência, aquela que melhor se aplica ao caso concreto. Com base nesse diagnostico
inicial, procede-se à revisão das memórias de cálculo utilizadas para cálculo do
transfer pricing, em consonância com a documentação suporte dos lançamentos, a
fim de mitigar os riscos de eventuais questionamentos pelas autoridades
fiscalizadoras.
A lei estabelece, entre outras coisas, que esses métodos são obrigatórios para
bens cotados em bolsa. A IN RFB n. 1.312/2012 relacionou os bens e as bolsas que
devem ser consideradas, mas incluiu uma série de bens sem cotação em bolsa.
Agora, a IN RFB n. 1.395/2013 deixa claro que o produto tem, ao mesmo tempo, de
constar na lista e ter o preço cotado em bolsa.
A nova norma também deixa claro quais variáveis devem consideradas para
se chegar ao valor da commoditie e, consequentemente, do IR e CSLL a pagar: prazo
para pagamento, quantidades negociadas, influências climáticas nas características
do bem importado, custos de intermediação nas operações de compra e venda
praticadas pelas empresas não vinculadas, acondicionamento, frete e seguro. Além
disso, o valor do frete e do seguro para transporte poderá́ ser ajustado tendo por base
o Baltic Dry Index, e o fisco considerará mercados diferenciados com preços de
referência regionais.
ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de renda das empresas. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 2005.
BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS, IR. 10.ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
BRASIL. Código Civil (2002). Código Civil. 54. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
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de 15 de dezembro de 1976. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 26. ed. São Paulo: Saraiva,
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CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 9. ed. São Paulo:
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GRECCO, Marco Aurélio. Planejamento tributário. 2. ed. São Paulo: Dialética, 2008.
ROCHA, Valdir de Oliveira. Planejamento fiscal: teoria e prática. São Paulo: Dialética,
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