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Sumário
1. CONCEITO DE TRIBUTO .......................................................................... 3
2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS.......................................................................... 3
3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA .................................................................... 3
3.1 Competência Tributária X Competência para legislar o Direito
Tributário. ................................................................................................... 3
3.2 Características da Competência Tributária ......................................... 4
3.3 Competência Tributária de acordo com cada ente. ............................. 5
3.3.1 Impostos ...................................................................................... 5
3.3.2 Taxas ........................................................................................... 6
3.3.3 Contribuição de Melhoria ............................................................. 6
3.3.4 Contribuição ................................................................................ 6
3.3.5 Empréstimo Compulsório ............................................................. 6
3.4 REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS ..................................... 6
3.5 Exercício da Competência Tributária .................................................. 7
3.6 Limites ao Poder de Tributar .............................................................. 8
4. Princípios Tributários ............................................................................... 8
4.1 Legalidade .......................................................................................... 9
4.1.1 Mitigações do Principio da Legalidade .......................................... 9
4.2 Isonomia .......................................................................................... 10
4.3 Irretroativadade ................................................................................ 10
4.4 Anterioridade do Exercício e Anterioridade Nonagesimal .................. 10
4.5 Não Confisco .................................................................................... 11
4.6 Uniformidade Geográfica .................................................................. 11
4.7 Capacidade Contributiva .................................................................. 11
5. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA ....................................................................... 11
5.1 Imunidade Recíproca ........................................................................ 11
5.2 Imunidades Dos Templos de Qualquer Culto .................................... 12
5.3 Imunidade Recíproca ........................................................................ 12
5.4 Imunidade Objetiva .......................................................................... 13
5.5 Imunidade da EC n 75/13 ............................................................... 13
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS........................................................................ 13
6.1 Empréstimo Compulsório ................................................................. 13
6.2 Contribuição de Melhoria ................................................................. 14
6.3 Taxas ............................................................................................... 14
6.4 Contribuição .................................................................................... 15
6.4.1 Contribuições Sociais ................................................................. 15
6.4.2 CIDE : Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico ..... 15
6.4.3 Contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica
16
6.4.4 COSIP ........................................................................................ 16
7. IMPOSTOS.............................................................................................. 16
7.1 Impostos Municipais ........................................................................ 16
7.1.1 IPTU (Imposto sobre a propriedade predial territorial urbana) .... 16
7.1.2 ITBI – Imposto sobre a transmissão de bens imóveis por título
oneroso 17
7.1.3 ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza ...................... 19
7.2 Impostos Estaduais .......................................................................... 21
7.2.1 ITCMD: Imposto sobre transmissão causa mortis e doação ........ 21
7.2.2 ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação........................................................... 22
7.2.3 IPVA: Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. ..... 23
7.2.4 ITCMD: Imposto sobre transmissão causa mortis e doação ........ 24
7.3 Impostos Federais ............................................................................ 24
7.3.1 Importação, Exportação, IOF...................................................... 24
7.3.2 IPI- Imposto sobre produtos industrializados ............................. 24
7.3.3 Imposto de renda – Auferir Renda .............................................. 24
7.3.4 ITR: Imposto territorial rural ...................................................... 26
7.3.5 Imposto sobre Grandes Fortunas ............................................... 26
7.3.6 Imposto Extraordinário (Guerra) Art. 154, II da CF .................... 26
7.3.7 Imposto Residual Art. 154, I da CF ............................................ 26
8. PROCESSO TRIBUTÁRIO........................................................................ 26
8.1 Ação de Restituição .......................................................................... 27
8.2 Ação Declaratória ............................................................................. 29
8.3 Ação Anulatória ................................................................................ 29
8.4 Embargos à Execução ...................................................................... 30
8.5 Exceção de pré-executividade ........................................................... 30
1. CONCEITO DE TRIBUTO
Art. 3º do CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.
2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Impostos.
Taxas.
Contribuição de Melhoria.
Empréstimo Compulsório.
Contribuições.
3. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Competência Tributária é a outorga de poder concedido pela Constituição
Federal aos Entes Federativos para que eles possam criar, instituir e majorar
tributos. Somente os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios)
apresentam competência tributária, pois os tributos só podem ser instituídos
por meio de lei.
A Constituição Federal não cria tributos, ela apenas outorga poderes para os
entes federativos criarem e majorarem tributos.
3.3.1 Impostos
União: Art. 153 da CF.
IPI
IE
IR
II
ITR
IOF
IGF
Art. 154 da CF:
Imposto Residual
Imposto extraordinário guerra.
Estados: Art. 155 da CF.
IPVA.
ICMS.
ITCMD.
DF: Art. 155 da CF.
IPVA.
ICMS.
ITCMD.
Art. 147 da CF: ao Distrito Federal cabem os impostos municipais, seja,
também pode instituir e majorar o IPTU, ISS e ITBI.
Municípios: Art. 156 da CF.
IPTU
ISS
ITBI
3.3.2 Taxas
A competência para criar taxas é comum, podendo todos os entes cria-las.
3.3.4 Contribuição
São 4.
I. Sociais;
II. De interesse de categoria profissional ou econômica;
III. De intervenção no domínio econômico;
IV. De custeio do serviço de iluminação pública.
Via de regra, somente a União poderá cria contribuição.
Porém, existem duas exceções.
1ª: Contribuição Previdenciária do Servidor Público (o ente que o servidor está
vinculado deverá criar a contribuição previdenciária)
2ª: Cosip (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública): É de
competência dos Municípios e DF.
4. Princípios Tributários
Legalidade
Uniformidade Geográfica
Capacidade Contributiva
Irretroatividade
Isonomia
Anterioridade do Exercício
Não Confisco
Anterioridade Nonagesimal
4.1 Legalidade
O tributo somente pode ser instituído ou majorado por lei.
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos
21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o
disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou
de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo,
que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II
deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a
legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em
função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras
de interpretação estabelecidas nesta Lei.
4.3 Irretroativadade
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar
tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da
lei que os houver instituído ou aumentados. (art. 150, III, “a” da CF).
A lei tributária NÃO pode retroagir, salvo em três situações:
1) Em se tratando de lei expressamente interpretativa, desde que não comine
penalidade (art. 106, I do CTN).
2) Em se tratando de ato NÃO definitivamente julgado, vier uma lei que excluir
infrações ou reduzir penalidades (art. 106, II do CTN) (Lembrar que em direito
tributário penalidade é multa!).
3) Em se tratando de lançamento, vier uma lei que crie novos critérios de
fiscalização ou apuração (art. 144, § 1º do CTN).
5. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
O art. 150, VI, “b” da CF veda aos Entes Federativos instituírem IMPOSTOS
sobre os templos de qualquer culto.
A imunidade dos templos de qualquer culto visa tutelar a liberdade religiosa, e
por essa razão tudo, exatamente tudo que estiver em nome da instituição
religiosa e cumprir sua finalidade essencial terão imunidade.
(...)
6. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
6.3 Taxas
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.
Podem ser instituídas por qualquer ente da federação mediante lei ordinária.
A CF indica quais são as espécies, porém, o art.. 77 do CTN é que traz quais
as espécies de taxas. Sejam elas:
Pelo exercício do poder de policia
Pela utilização (efetiva OU potencial) de serviços públicos específicos E
divisíveis prestados pelo sujeito passivo (ou postos a sua disposição)
Taxas pelo exercício de poder de polícia: Art. 78, do CTN.
Poder de policia é uma limitação imposta pelo poder público de direitos e
liberdades individuais em prol da coletividade.
B) Taxas pela prestação de serviços públicos: Art. 79, do CTN.
Serviços públicos - em caráter geral ou universal (uti universi) são prestados
à coletividade em geral (polícia e iluminação publica , por ex), nesta caso, não
é possível especificar qual é o destinatário do serviço; já os uti singuli é
possível identificar a quem destina este serviço prestado e o custo da atividade
estatal direcionado àquela pessoa (taxa de lixo domiciliar, por ex)
Especificidade porque o serviço é prestado em caráter individual, sendo
possível identificar quem é o interessado e o custo em relação àquela pessoa
especifica.
Quanto à potencialidade da utilização de serviços públicos, para fins de
exigência de taxa:
Art.. 145, §2 CF, As taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.
Prestar: específico e divisível.
Utilizar: efetiva ou potencialmente.
Taxa- lançamento de ofício.
6.4 Contribuição
6.4.4 COSIP
Primeira informação: Previsão: Art. 149-A da CF.
Segunda informação: Competência Privativa dos Municípios e Distrito
Federal.
Terceira informação: Pode ser criada por lei ordinária.
Quarta informação: Será criada para custear o serviço de iluminação pública.
7. IMPOSTOS
7.1.2 ITBI – Imposto sobre a transmissão de bens imóveis por título oneroso
Previsão: art. 156, II da CF e arts. 35 a 42 do CTN
Fato gerador/ critério material:
Pode-se dizer que o legislador, ao disciplinar sobre o ITBI, pode contemplar as
três variáveis contidas no protótipo constitucional, vale dizer, erigir por
hipótese de incidência desse imposto:
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis,
por natureza ou acessão física;
transmissão de direitos reais sobre imóveis exceto os de garantia;
cessão de direitos à sua aquisição.
Imunidades específicas:
O § 2º, inciso I, do artigo 156 da Constituição Federal prevê que o ITBI não
deverá incidir sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou
extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante
do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil.
Critério temporal:
Inscrição do título no registro de imóveis competente.
Critério espacial:
Pode-se dizer que sendo o ITBI, imposto de competência dos municípios, o
local da ocorrência do fato gerador é o do município onde se localiza o imóvel
objeto de transmissão, ou ao qual está ligada a cessão de direitos.
Critério Pessoal:
Sujeito ativo:
Município de situação do imóvel.
Sujeito passivo:
Segundo o artigo 42 do CTN, as leis municipais podem escolher como
contribuinte do imposto qualquer das partes envolvidas na operação
tributária.
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada,
como dispuser a lei.
Dessa forma, a lei municipal pode estabelecer que o contribuinte do imposto
de transmissão seja o comprador ou o vendedor do bem. A maioria da
legislação dos Municípios tem eleito como contribuinte do ITBI o comprador.
Critério Quantitativo:
Base de cálculo:
Extrai-se do artigo 38 que a base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens
ou direitos transmitidos.
O valor venal corresponde ao valor de mercado do imóvel. Dessa forma, a base
de cálculo do imóvel não irá, necessariamente, corresponder ao valor pelo qual
se efetuou a transação.
Alíquotas:
Súmula 656 do STF: É inconstitucional alíquotas progressivas no ITBI.
7.1.3 ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza
Previsão: Art. 156, III da CF e LC nº 116/03.
Fato Gerador/critério material:
Nos termos do art. 156, III:
1) prestar serviços (obrigação de fazer).
2) não ser serviço já sujeito à incidência do ICMS (não pode incidir ISS sobre
serviços de transportes interestaduais ou intermunicipais e nem sobre
serviços de comunicação, pois já estão sujeitos à incidência do ICMS, nos
termos do art. 155, II da CF).
3) Deve ser serviço previsto em lei complementar.
A LC 116/2003 contém uma relação de serviços passiveis de tributação por
via do ISS.
Critério Temporal:
O ISS incide sobre a prestação de serviço realizada.
Critério Espacial
Regra: art. 3º da LC nº 116/03 – Município em que estiver localizado o
estabelecimento do prestador de serviço, se não houver no município de
domicílio do prestador do serviço, exceto nas hipóteses previstas nos incisos I
a XXV, quando o imposto será devido no local:
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1o do art. 1o
desta Lei Complementar;
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso
dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa;
III – da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 7.19
da lista anexa;
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista
anexa;
V – das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.05 da lista anexa;
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento,
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos
quaisquer, no caso dos serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;
VII – da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso
dos serviços descritos no subitem 7.10 da lista anexa;
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no
caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;
IX – do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes
físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da
lista anexa;
X – (VETADO)
XI – (VETADO)
XII - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, reparação de
solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento de árvores, silvicultura,
exploração florestal e serviços congêneres indissociáveis da formação,
manutenção e colheita de florestas para quaisquer fins e por quaisquer meios;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XIII – da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e
congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18
da lista anexa;
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços
descritos no subitem 11.01 da lista anexa;
XVI - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados,
segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos no subitem 11.02 da
lista anexa; (Redação dada pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do
bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e
congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do item 12, exceto o
12.13, da lista anexa;
XIX - do Município onde está sendo executado o transporte, no caso dos
serviços descritos pelo item 16 da lista anexa; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 157, de 2016) www.cers.com.br
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na falta de
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos serviços descritos
pelo subitem 17.05 da lista anexa;
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o
planejamento, organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 17.10 da lista anexa;
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou
metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20 da lista anexa.
XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22, 4.23 e 5.09;
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XXIV - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços prestados pelas
administradoras de cartão de crédito ou débito e demais descritos no subitem
15.01; (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
XXV - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 10.04 e 15.09.
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
Critério Pessoal:
Sujeito ativo: coincide com o critério espacial
Sujeito Passivo: Prestador do serviço
Critério Quantitativo:
Base de cálculo: valor da prestação do serviço
Alíquota: mínima de 2% e máxima de 5% (arts. 8º e 8º - A da LC nº 116/03).
7.2 Impostos Estaduais
Imunidade Específica:
1) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o
aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
2) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia
elétrica;
3) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
4) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão
sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita;
Sobre o ICMS é importante destacar que existem dois princípios que devem
ser observados:
Princípio da Não Cumulatividade (Art. 155, §2.º da CF e Art. 19 da LC
87/1996): significa dizer que o ICMS será compensado em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual ou intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado
nas operações anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Vale destacar que
esse princípio, em casos de isenções ou não incidência, não implica em crédito
para compensação com o montante devido nas operações seguintes e
acarretará em anulação do crédito relativo às operações anteriores;
Princípio da Seletividade (Art. 155, §2.º, da CF): tem como função orientar a
estipulação das alíquotas diferenciadas de ICMS, utilizando por base a
seletividade, em função da essencialidade do produto. Esse princípio é
utilizado para justificar a redução da carga tributária dos produtos
considerados essenciais. No ICMS PODE ser Seletivo.
8. PROCESSO TRIBUTÁRIO
Antes de falarmos sobre processo tributário, vamos comentar sobre a
instituição de tributos.
A criação de tributos ocorrerá, via de regra, por meio de Lei Ordinária. No
entanto, existem as exceções de tributos que poderão ser instituídos por meio
de Lei Complementar (são eles: Contribuição Social Residual, Empréstimo
Compulsório, Imposto sobre Grandes Fortunas e Imposto Residual). Ainda, de
acordo com o artigo 62 § 2.º da CF, a Medida Provisória poderá instituir
tributo.
A Lei, quando instituir tributo, deverá estabelecer tudo o que for necessário
para que ocorra no caso concreto. Portanto, deverá estabelecer o fato gerador
(verbo a ser praticado no “mundo concreto”), para assim nascer a obrigação
tributária.
A obrigação pode ser Principal ou Acessória.
A obrigação principal consiste em pagamento de tributo ou penalidade
pecuniária. Já a obrigação acessória consiste em deveres formais que o
sujeito passivo está obrigado, a fim de facilitar a arrecadação e a fiscalização.
Com a obrigação tributária, surgem os sujeitos da relação jurídico-tributária,
quais sejam: ativo e passivo.
Sujeito Ativo: aquele que tem o direito subjetivo de exigir o cumprimento da
obrigação tributária.
Sujeito Passivo: aquele que tem o dever de pagar o tributo, ou seja, que
deverá cumprir a obrigação tributária. O sujeito passivo pode ser o
contribuinte (que possui relação direta e imediata com o fato gerador) ou o
responsável (pelo qual, sem revestir a condição de contribuinte, possui uma
relação indireta com o fato gerador, a lei impõe a ele o dever de pagar o
tributo).
Por meio da ocorrência do fato gerador, surge o crédito tributário. Assim,
pode-se afirmar que o Sujeito Ativo possui um crédito tributário para com o
Sujeito Passivo. Esse Crédito Tributário é constituído por meio do lançamento.
O lançamento tributário pode ser: de ofício, por declaração ou por
homologação.
Uma vez constituído o crédito tributário esse poderá ser exigido pelo sujeito
ativo, vez que a obrigação torna-se líquida, certa e exigível. Assim, o sujeito
passivo deverá pagar o crédito, sob pena de sofrer os efeitos de mora.