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INFORM
GERENCIAIS
Sumário
1. APRESENTAÇÃO 1...........................................................05
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19. LUCRO REAL: APURAÇÃO..............................................100
20. LUCRO REAL: APURAÇÃO POR ESTIMATIVA E SUAS
PROBLEMÁTICAS..............................................................104
21. LUCRO ARBITRADO NA PRÁTICA....................................111
22.APRESENTAÇÃO 4.............................................................116
23. SIMPLES NACIONAL: ASPECTOS IMPORTANTES.........117
24. SIMPLES NACIONAL: SUBLIMITES E EXCLUSÕES........122
25. SIMPLES NACIONAL: COMÉRCIO E INDÚSTRIA (ANEXO I
E II)......................................................................................128
26. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NÃO SUJEITOS AO FATOR “R
”............................................................................................133
27. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SUJEITOS AO FATOR “R”.139
28. SIMPLES NACIONAL: MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL.........................................................................144
29. APRESENTAÇÃO 5............................................................149
30. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: INTRODUÇÃO..............150
31. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: DISCURSÃO SOBRE OS
CONCEITOS.......................................................................156
32. CASOS PRÁTICOS: ANÁLISE EMPRESA COMERCIAL NO
SIMPLES NACIONAL.........................................................163
33. CASOS PRÁTICOS: ANÁLISE EMPRESA DE SERVIÇOS
NO SIMPLES NACIONAL...................................................169
34. CASOS PRÁTICOS: ANÁLISE EMPRESA DE OUTROS
SERVIÇOS NO SIMPLES NACIONAL................................174
35. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: EXEMPLO PRÁTICO
(SIMPLES, PRESUMIDO OU REAL?)................................180
36.GLOSSÁRIO........................................................................186
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Esta seção trará os aspectos tributários, assim como os tributos e
suas espécies tributárias e a importância do conhecimento desses
conceitos para o planejamento tributário. Especificamente, as
legislações do simples nacional, lucro presumido, real e arbitrado,
tem como função a introdução dos aspectos legais que são
importantes ficar atendo quanto a apuração dos tributos em cada
regime.
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INTRODUÇÃO
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de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações
constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais
em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a)
definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação
aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação,
lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c)
adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas
sociedades cooperativas.” (BRASIL, 1988)
As receitas tributárias são divididas, de acordo com o modelo
federativo. O modelo federativo brasileiro é dividido em: Federal
(União), Estado (e Distrito Federal) e Municipal.
Os entes federativos devem seguir as regras da legislação
tributária, de acordo com uma pirâmide que ordena como as
normas devem ser publicadas, descritas abaixo:
Constituição
A lei maior prevista em nosso ordenamento jurídico.
Federal
Emendas da Ato normativo. O estado não pode instituir nenhum
constituição tributo se não estiver na constituição.
Serve para complementar dispositivos da constituição.
L e i s
Existe regras específicas: deve ser aprovada por maioria
complementares
absoluta.
A diferença da lei ordinária para a lei complementar é
que a LC tem que ter um dispositivo na CF dizendo que
Lei ordinária pode ter LC. O coro mínimo para aprovação de uma lei
ordinária é a maioria relativas (maioria dos presentes
mais um).
Uma exceção, é um ato normativo privativo do executivo.
A MP ao ser editada, publicada, ela tem força de lei.
Quando for convertida em lei ela se torna lei ordinária e
Medida provisória não pode altera a lei complementar. É editada, tem 60
dias para ser apreciada, se não for apreciada esse
prazo prorroga por mais 60 dias, se não for apreciada
ela perde a eficácia.
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Em matéria tributária é um ato normativo privativo do
Decreto
congresso nacional para regular relações jurídicas em
legislativo
virtude da não apreciação de medida provisória.
em matéria tributária é editada para estabelecer
Resoluções do alíquotas mínimas nas operações internas, alíquotas
senado máximas para resolver conflitos específicos que resolva
interesses dos estados.
Trata-se da possibilidade de o poder executivo pedir ao
Leis delegadas poder legislativo delegação para legislar sobre
determinada matéria
Tratados e ato normativo editado pelo presidente via decreto, será
convenções referendado pelo congresso nacional d o congresso
internacionais legislativo.
Ato privativo do executivo, tem como função
Decreto regulamentar. Não pode inovar ou criar o que estiver
previsto em lei.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
Para legislar sobre os tributos o estado deve seguir princípios
tributários, como forma de segurança jurídica. A discussão na
literatura sobre estes tem se tornado mais dinâmica, transparecendo
alguns princípios já utilizados no direito em geral. Abaixo um breve
resumo e lembrete desses princípios:
PRINCÍPIOS FINALIDADES DISPOSITIVOS
Art. 150, III,”a”,-
Irretroatividade Veda a aplicação retroativa das leis CF/1988
Veda a criação e a majoração de
Legalidade V tributos sem lei.
Art.150,I,CF/1988
Veda a realização de surpresas
aos contribuintes em relação à Art. 150, III,”b” e
Anterioridade majoração “c”,CF/1988
de tributos
Legitima o Município a cobrar
Capacidade tributos de acordo com revelação Art. 145 , § 1º,
Contributiva de riqueza - CF/1988
do sujeito passivo
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Não discriminação Organiza os interesses fiscais das
pela entidades políticas e impede os
Art. 152,CF/1988
procedência ou famosos “leilões” de favores
destino fiscais.
Uniformidade Veda a discriminação entre os
Art. 151,CF/1988
Geográfica entes da Federação
Art.
Não confisco Veda o abuso do poder de tributar.
150,IV,CF/1988
Não limitação ao Não se deve proibir a locomoção Art.
trânsito de pessoas ou bens 150,V,CF/1988
Transparência Protege a sociedade na relação de Art. 150, §5º,
Fiscal consumo. CF/1988
Fonte: SIA (2019) – adaptado
Os estudos sobre os tributos têm natureza multidisciplinar,
portanto, podem ter efeitos no campo do direito, como vimos nos
princípios acima, assim como nos estudos econômicos e sociais.
Com tantas perspectivas diferentes em relação ao mesmo assunto,
é importante, até mesmo para pesquisas, determinar os pontos
em que os tributos podem ser matéria de estudo:
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O artigo 3º do Código Tributário Nacional traz o conceito de
tributo, onde podemos entender melhor a natureza e objeto dos
nossos estudos:
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda
ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.” (CTN)
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O artigo 16 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.176 de
1966) O conceito de imposto conforme, é que o imposto é o tributo
cuja obrigação tem como fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica. Com o objetivo de evitar
que um mesmo fato gerador tenha duas tributações por entes
federativos diferente, a Constituição Federal é repetitiva ao prevê
as competências dos impostos a cada um deles.
Em matéria tributária, deve haver três elementos básicos
para a instituição da obrigação tributária:
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Tem por fato gerador uma situação independente de
Impostos qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte (CTN, art. 16).
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Fabretti (2012) define que imposto quando instituído por lei
será devido, independentemente de qualquer atividade estatal
para o contribuinte, ou seja, não sendo o estado obrigado a prestar
qualquer tipo de serviço ou atividade especifica para o contribuinte,
única e exclusivamente pelo fato de ter recolhido tributo. Portanto,
não está vinculado a nenhuma prestação específica do Estado ao
sujeito passivo.
A taxa, que também é um tributo, tem como objetivo a
obrigação imposta por lei, com a atribuição de um valor especifico,
obrigatório. São dois os tipos de taxas: serviço e poder de polícia.
Vejam, a diferença entre elas:
• A taxa de serviço é instituída por lei para a utilização de
serviços específico prestados pelo estado à determinados
usuários. A Taxa tem como fato gerador uma situação gerada do
estado e não um fato gerado pelo contribuinte, portanto, a taxa
que o contribuinte paga é referente a alguma atividade exercida
pelo estado com a contraprestação de utilização daquela atividade
especifica. Um exemplo de taxa de serviços é a obrigatoriedade
de autenticação de livros fiscais ou contábeis em repartições
fazendárias: para autenticar os livros o contribuinte deve pagar
uma taxa de determinado valor e levar no momento da autenticação
do livro. Se a taxa não estiver paga o agente da fazenda não pode
concluir os serviços.
• A taxa do poder de polícia tem como fato gerador o poder de
polícia da administração fazendária, ou seja, o poder de fiscalização
do fisco. Essa taxa não necessariamente requer um serviço para
haver uma contraprestação.
A contribuição de melhoria, que pode ser cobrada pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, é
instituída para fazer parte ao custo de obras públicas, desde que
decorra valorização imobiliária na região da obra, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
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Em 2010 o Superior Tributal da Justiça (STJ) determinou que
a base de cálculo da contribuição de melhoria estabelecia em
virtude da pavimentação asfáltica de via pública considerou apenas
o valor total da obra sem atentar para a valorização imobiliária.
O artigo 149 da Constituição Federal, define que as
contribuições sociais são de competência da União, assim como a
contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuições
especiais como a de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.
Os empréstimos compulsórios são de competência da união
e podem ser instituídos em caráter de emergência por calamidade
pública, ou para investimentos de caráter importantes para a
economia. nos anos 80 a união instituiu empréstimo compulsório
para investir na tecnologia da Petrobras.
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Instituído pela Lei Complementar 123/2006, o “Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte”, ou
simples nacional é um regime tributário simplificado de tratamento
tributário diferenciado para microempresas e as empresas de
pequeno porte.
A Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao
tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às
microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, especialmente no que se refere ao artigo 1º da Lei
Complementar 123/2006:
• à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações
acessórias;
• ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias,
inclusive obrigações acessórias;
• ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à
preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de
inclusão.
• ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere
o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da
Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº
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147, de 2014)
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Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais
ou Nacionalizados (IE);
• Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou
relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
Imposto de Renda relativo a rendimentos ou ganhos líquidos
auferidos em aplicações de renda fixa ou variável, ganhos de
capital auferidos na alienação de bens do Ativo Não Circulante e
pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas
físicas;
• Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS);
• contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa
ao trabalhador;
Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do
empresário, na qualidade de contribuinte individual;
• Contribuição para o PIS-Pasep, COFNS e IPI incidentes na
importação de bens e serviços;
• ICMS Substituição Tributária e Diferencial de Alíquotas
diversos.
ENQUADRAMENTO EMPRESARIAL
Segundo o artigo. 3º, inciso I e II, da Lei Complementar
123/2006, para ser enquadrada como uma Microempresa ou
Empresa de Pequeno Porte e ser optante pelo Simples Nacional,
o contribuinte precisa cumprir dois tipos de requisitos:
• no caso da ME, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);
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• no caso da EPP, aufira, em cada ano-calendário, receita
bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais). (BRASIL, 2016)
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• cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de
outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta
global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00;
• constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de
consumo;
• que participe do capital de outra pessoa jurídica;
• que exerça atividade de banco comercial, de investimentos
e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de
crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de
corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e
câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros
privados e de capitalização ou de previdência complementar
• resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra
forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido
em um dos 5 anos-calendário anteriores;
• constituída sob a forma de sociedade por ações;
• cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o
contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e
habitualidade;
• que explore atividade de prestação cumulativa e contínua
de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e
riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento
de ativos (asset management), compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring);
• que tenha sócio domiciliado no exterior;
• de cujo capital participe entidade da administração pública,
direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
• que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou
Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
• que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual
de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando
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possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou
realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o
transporte de estudantes ou trabalhadores;
• que seja geradora, transmissora, distribuidora ou
comercializadora de energia elétrica;
• que exerça atividade de importação ou fabricação de
automóveis e motocicletas;
• que exerça atividade de importação de combustíveis;
• que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:
cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo,
munições e pólvoras, explosivos e detonantes, cervejas sem
álcool e bebidas alcoólicas (exceto, a partir de 2018, as produzidas
ou vendidas no atacado por micro e pequenas cervejarias, micro
e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas
destilarias);
• que realize cessão ou locação de mão de obra;
• que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
• que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto
quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS;
• sem inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal
federal, municipal ou estadual, quando exigível;
EXCLUSÃO DE OFÍCIO
Conforme consta no artigo 29º da Lei Complementar
123/2006, a exclusão de ofício das empresas optantes pelo
Simples Nacional dar-se-á quando:
• verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;
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negativa não justificada de exibição de livros e documentos a
que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento
de informações sobre bens, movimentação financeira, negó-
cio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas
demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da
força pública;
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a partir de 1º de janeiro do ano-calendário, se comunicada
no próprio mês de janeiro;
POR OPÇÃO
a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente,
se comunicada nos demais meses
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Fonte: Artigo 81 da Resolução CGSN nº 140, de 2018
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O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada
e opcional (permanência na opção é obrigatória por todo o ano-
calendário). Se baseia em uma presunção legal de lucro para fins
de determinação da base de cálculo do IR. O regime de apuração
é trimestral.
O artigo 44 do Código Tributário Nacional, ressalta que a
base de cálculo do imposto poderá ser presumida: “Art. 44. A base
de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido,
da renda ou dos proventos tributáveis”. (BRASIL, 1966)
De Acordo com a Receita Federal do Brasil – RFB, o Lucro
Presumido é um regime de tributação simplificado para
determinação da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e
Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) das pessoas jurídicas
que não estiverem obrigadas a apurar o Lucro Real e quiseram
optar pelo presumido.
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6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado
pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior,
quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de
tributação com base no lucro presumido.” Até o ano calendário
2013 o valor limite anual era de 48 milhões. A lei 12814 de 2013
alterou o limite que vale a partir do ano calendário de 2014 em
diante.
Para verificação do limite, deve ser considerado como receita
bruta total as venda de bens nas operações próprias, o montante
dos serviços prestados, assim como o resultado auferido nas
operações que não fazem parte da atividade econômica da
empresa (outras receitas/demais receitas), como por exemplo os
rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e variável,
receita de aluguel oriunda de locação de imóveis, descontos
ativos, variações cambiais monetárias ativas, juros recebidos
como remuneração do capital próprio ou dos ganhos de capital.
A apuração com base no lucro presumido se dá da seguinte
maneira: a base de cálculo do IRPJ é determinada mediante a
aplicação de determinados percentuais previstos em lei (presunção
de lucro) à receita bruta mensal do contribuinte.
A opção deve ser manifestada com o pagamento da primeira
quota, ou se for o caso a quota única do imposto de renda devido
correspondente ao primeiro período trimestre de apuração, e não
pode mudar a opção durante todo o ano calendário. A receita
entende a opção através dos códigos de receitas pagos nos
DARFs de IRPJ e CSLL, que são respectivamente 2089 e 2372.
Você sabia?
Atualmente, apesar de na legislação estar explicito que o
momento da opção é o pagamento do primeiro DARF oriundo da
apuração no presumido existem algumas obrigações acessórias
que pedem a informação de opção de tributação da empresa,
como por exemplo:
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• DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários
Federais: apresentação no 2º mês subsequente ao dos fatos
geradores. Portanto, a declaração de Janeiro, onde deve constar
a informação de qual o regime tributário da empresa, será
apresentado em Março, antes do DARF ser pago.
• SPED Contribuições (PIS e COFINS): apresentação também
no 2º mês subsequente ao dos fatos geradores. Portanto, a
declaração de Janeiro, onde deve constar a informação de qual o
regime tributário da empresa, será apresentado em Março, antes
do DARF ser pago.
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econômica. As alíquotas para o imposto de renda são:
• 1,6%: revendedor de combustível.
• 8%: comércio, indústria e serviços de hospitalares.
• 16%: serviços de transporte (exceto de carga) e outros.
• 32%: serviços diversos.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo no lucro presumido geralmente é confundida
com a presunção do lucro, ou basicamente, o lucro presumido.
Para a empresa que não tem receitas não oriundas se suas
atividades econômicas a base de cálculo do presumido pode ser
o mesmo valor do lucro presumido, mas quando temos outras
receitas, o lucro presumido é somado com elas para totalizar a
base de cálculo.
O percentual de
Faturamento 100.000,00 presunção é
determinado
% presunção comércio 8% conforme o
faturamento ou
Lucro presumido 8.000,00 vendas líquidas
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Juros ativos 1.000,00
Soma das outras
Rendimentos de aplicação receitas
2.000,00
financeira
TOTAL DEMAIS RECEITAS 3.000,00
BASE DE CÁLCULO DO Lucro presumido
11.000,00
LUCRO PRESUMIDO + demais receitas
MEIOS DE PAGAMENTO
O pagamento normalmente é feito em DARF no código 2089
para o IRPJ e 2372 para a CSLL.
É vedada a utilização de DARF para pagamento de imposto
de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais). Dessa forma, o imposto
apurado sob determinado código de receita, que, no período de
apuração, resultar inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao
imposto do mesmo código, correspondente aos períodos
subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$ 10,00
(dez reais), quando, então, será pago ou recolhido no prazo
estabelecido na legislação para este último período de apuração,
por determinação do art. 68 da Lei nº 9.430/1996.
O IRPJ e CSLL pode ser pago em quota única até o último
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dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração. Considerando que o IRPJ pelo Lucro Presumido é
trimestral, teremos vencimentos no último dia útil dos meses de
abril, julho, outubro e janeiro.
Opcionalmente, os impostos apurados em cada trimestre
poderão ser pagos em até 3 (três) quotas mensais, iguais e
sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00, vencíveis no último
dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do
período de apuração a que corresponder, observando que:
• sobre a 1ª quota não há acréscimos legais;
• sobre a 2ª quota há juros de 1%;
• sobre a 3ª quota há juros SELIC do mês anterior, mais 1 %.
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O regime de tributação chamado de lucro real pode parecer
complicado, mas nada mais é do que quando os tributos são
calculados com base no lucro efetivo que a pessoa jurídica auferiu
em determinado período.
É o regime jurídico padrão de apuração do IRPJ, ou seja,
pode ser utilizado por todas as pessoas jurídicas. O ponto inicial
para a apuração do IRPJ pelo lucro real é o Lucro Líquido apurado
contabilmente. Apurado o Lucro Líquido Contábil, procede-se a
uma série de ajustes com adições, exclusões e compensações,
chegando-se ao lucro real, base de cálculo do IRPJ.
O artigo 258 do Decreto traz o conceito de lucro real na
integra: “Art. 258. O lucro real é o lucro líquido do período de
apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações
prescritas ou autorizadas por este Regulamento ( Decreto-Lei
nº 1.598, de 1977, art. 6º, caput ). § 1º A determinação do lucro
real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período
de apuração em observância às disposições das leis comerciais (Lei
nº 8.981, de 1995, art. 37, § 1º) . § 2º Os valores que, por competirem
a outro período de apuração, forem, para efeito de determinação
do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração,
ou dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período
de apuração competente, excluídos do lucro líquido ou a ele
adicionados, respectivamente (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art.
6º, § 4º).
Assim como em continuidade o artigo 259 do mesmo decreto
trata do conceito do lucro líquido: “Art. 259. O lucro líquido do
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período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional, das
demais receitas e despesas, e das participações, e deverá ser
determinado em observância aos preceitos da lei comercial
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º, § 1º , e art. 67, caput, inciso
XI ; Lei nº 7.450, de 1985, art. 18 ; e Lei nº 9.249, de 1995, art. 4º).
Portanto, para se obter o lucro líquido deve encerar a contabilidade
periodicamente para a apuração dos tributos.
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou
autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda, que em
2018 reconfigurado através do Decreto 9.580/2018.
O lucro líquido do exercício referido no conceito acima é a
soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não
operacionais e das participações, em suma, de todas as receitas
e despesas de um período (antes do IRPJ e CSL), e deverá ser
determinado com observância dos preceitos da lei comercial.
Quando se fala o termo lucro real, que dizer que os tributos
serão apurados com base na realidade da empresa, ou seja, com
o lucro que ela efetivamente teve em um determinado período. No
entanto, existem diversas regras para se chegar nesse lucro.
O artigo 191 da Lei 6.404/1976, diz o seguinte: “Art. 191.
Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer
depois de deduzidas as participações de que trata o artigo 190.”
No entanto, o artigo que 189 da mesma lei fala sobre as
deduções, conforme lê-se: “Art. 189. Do resultado do exercício
serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos
acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. Parágrafo
único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido
pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva
legal, nessa ordem.”
Portanto, o lucro líquido que é ponto de partida para a
determinação do lucro real é definido no art. 191 da Lei 6.404/1976,
visto acima, porém, sem as deduções do art. 189 (prejuízos
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contábeis acumulados e provisão para o imposto sobre a renda).
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REGRA DE DEDUÇÕES
As deduções são o que diminuem o resultado antes do IRPJ
e CSLL. Através delas que são gerados os ajustes de adições e
exclusões do cálculo que vimos acima.
As despesas são dedutíveis somente se foram necessárias,
usuais e comprovadas. Ainda que necessárias, despesas serão
indedutíveis sempre que exista disposição legal expressa. O artigo
311 do Decreto 9580 de 2018 traz esse texto, onde lê-se: “Art.
311. São operacionais as despesas não computadas nos custos,
necessárias à atividade da empresa e à manutenção da fonte
produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, caput). § 1º São
necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização
das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa
( Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 1º ). § 2º As despesas operacionais
admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações,
operações ou atividades da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art.
47, § 2º) . § 3º O disposto neste artigo aplica-se também às
gratificações pagas aos empregados, independentemente da
designação que tiverem.”
De maneira geral, as regras aplicáveis ao IR não seriam
válidas para CSLL, uma vez que não está prevista em lei. Na
prática, contudo, a receita federal considera IRPJ e CSLL
lançamentos “reflexos”, ou seja, uma despesa, se glosada, será
indedutível para fins de IRPJ e CSLL, assim como a utilização da
despesa dedutível se aplica aos dois tributos.
São exemplos de despesas indedutíveis:
• Multas por infração à legislação;
• Brindes;
• Provisões (há exceções);
• Demais Doações (principalmente partidos políticos);
• Lucros auferidos no exterior;
• Ajustes de Preço de Transferência;
• Ajustes a valor de mercado de títulos (instituições financeiras).
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• Despesas de IRPJ e a CSLL;
• Perdas em equivalência patrimonial (inclusive de
investimentos no exterior);
• Despesas sem suporte documental;
• Variação Cambial Caixa x Competência;
• Perdas no recebimento de créditos;
• Perdas por roubo, destruição ou perecimento;
• Excesso de royalties e Juros sobre Capital Próprio.
As despesas indedutives são adicionadas na apuração do
lucro real e algumas delas são excluídas em outro momento.
RECEITAS
As receitas, em via de regra, são sempre tributáveis (inclusive
lucros e rendimentos auferidos no exterior) para fins de IRPJ. Veja
alguns exemplos de Receitas com tratamento fiscal diferenciado
no lucro real:
• Dividendos;
• Receitas de equivalência patrimonial;
• Lucros com entidades governamentais;
• Contratos de Longo Prazo;
• Subvenções de Investimento;
• Prêmio de Seguros.
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O Lucro Arbitrado, em regra geral é aplicado subsidiariamente,
na hipótese de irregularidades na escrituração ou opção indevida
pelos outros regimes. O lucro ser arbitrado em algumas hipóteses.
As principais hipóteses, conforme o artigo 47 da Lei 8.981 de 1995,
são:
• O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real
ou submetido ao regime de tributação de que trata o Decreto-Lei
nº 2.397, de 1987, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações
financeiras exigidas pela legislação fiscal;
• A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar
evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências
que a tornem imprestável para: a) identificar a efetiva movimentação
financeira, inclusive bancária; ou, b) determinar o lucro real.
• O contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária
os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o
livro Caixa, na hipótese de que trata o art. 45, parágrafo único;
• O contribuinte optar indevidamente pela tributação com base
no lucro presumido;
• O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira
deixar de cumprir o disposto no § 1º do art. 76 da Lei nº 3.470, de
28 de novembro de 1958;
• O contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as
normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas, utilizados
para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos
efetuados no Diário.
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• O contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à
autoridade tributária os livros ou registros auxiliares de que trata o §
2o do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e §
2o do art. 8o do Decreto-Lei no1.598, de 26 de dezembro de 1977.
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A apuração do imposto sobre a renda com base no lucro
arbitrado abrangerá todos os trimestres do ano-calendário,
assegurada a tributação com base no lucro real relativa aos
trimestres não submetidos ao arbitramento, se a pessoas jurídica
dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal
que demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos por
aquela modalidade de tributação.
A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano-
calendário, tiver seu lucro arbitrado, poderá optar pela tributação
com base no lucro presumido relativamente aos demais trimestres
desse ano-calendário, desde que não obrigada à apuração do
lucro real.
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acrescidos de vinte por cento, observado o disposto no § 7º do art.
238 (Lei nº 9.249, de 1995, art. 16 ; e Lei nº 9.430, de 1996, art.
27, caput, inciso I)”.
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta,
quando conhecida, são os mesmos aplicáveis para o cálculo da
estimativa mensal e do lucro presumido, acrescidos de 20%,
exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras, conforme
tabela a seguir:
ATIVIDADES %
Atividades em geral 9,60%
Revenda de combustíveis 1,92%
Serviços de transporte (exceto transporte de carga) 19,20%
Serviços de transporte de cargas; Atividades
imobiliárias relativas a loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária, construção de prédios
destinados à venda, bem como a venda de imóveis
9,60%
construídos ou adquiridos para revenda; Atividade de
construção por empreitada com emprego de todos os
materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais
materiais incorporados à obra.
Prestação de qualquer outra espécie de serviço não
mencionada no § 4º do art. 227, da IN RFB 1.700, de 38,40%
2017.
Prestação de serviços hospitalares e de auxílio
diagnóstico e terapia,
patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e
citopatologia,
medicina nuclear e análises e patologias clínicas,
exames por métodos gráficos, procedimentos
endoscópicos, radioterapia,
9,60%
quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica,
desde que a
prestadora destes serviços seja organizada sob a forma
de sociedade
empresária e atenda às normas da Agência Nacional de
Vigilância
Sanitária (Anvisa);
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Intermediação de negócios; e Prestação de serviços
relativos ao exercício de profissão legalmente 38,40%
regulamentadas.
Administração, locação ou cessão de bens e direitos
de qualquer
natureza; Construção por administração ou por
empreitada unicamente de mão de obra ou com
emprego parcial de materiais; e
38,40%
Construção, recuperação, reforma, ampliação ou
melhoramento de
infraestrutura, no caso de contratos de concessão de
serviços públicos, independentemente do emprego
parcial ou total de materiais;
Prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,
administração
de contas a pagar e a receber, compra de direitos
creditórios 38,40%
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços
(factoring); coleta e transporte de resíduos até aterros
sanitários ou
lugar de descarte;
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Nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais,
bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, agências
de fomento,
caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades
45%
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil,
cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de
capitalização e entidades de previdência privada
aberta,
Fonte: Receita Federal do Brasil.
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se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período
anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com
base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se
submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido
ou arbitrado;
• O valor resultante da aplicação dos percentuais vistos acima
sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no
respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas
vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder
ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma
prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012;
• A diferença de receita financeira calculada conforme disposto
no Capítulo V e art. 58 da Instrução Normativa RFB nº 1.312, de
2012; e
• As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada
por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude
de rescisão de contrato, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do
art. 79 da IN RFB nº 1.700, de 2017.
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Nessa seção abordaremos os principais aspectos tributários do
Imposto de Renda e da Contribuição social, no que tange a parte
legal e conceitual dos referidos tributos. Também será abordado
sobre as retenções na fonte que englobam esses tributos.
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O Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza,
também conhecido apenas como IR ou Imposto de Renda, é um
tributo previsto na Constituição Federal recolhido e fiscalizado
pela Receita Federal.
FATO GERADOR
O Imposto de Renda, como seu nome propriamente diz,
incide sobre a renda e demais proventos de pessoas jurídicas e
físicas. Segundo o artigo 43 do Código Tributário Nacional, o
Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza tem
como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou
jurídica:
• De renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho
ou da combinação de ambos;
• De proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
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Segundo o art. 153, § 2º, I da Constituição Federal de 1988 e os
renda são:
Princípio da generalidade (subjetivo): este princípio diz
que a incidência do imposto de renda deve abranger a
todos, sem diferença, de maneira igual para todos, tanto
pessoas físicas como pessoas jurídicas.
Princípio da universalidade (objetivo): este princípio veda
qualquer distinção de renda e proventos, onde o imposto
deve incidir sobre todos os rendimentos e proventos no
período anual.
Princípio da progressividade (alíquotas): este
princípio estabelece que a alíquota aumente de acordo
com que a renda ou provento aumenta, ou seja, quanto
maior a renda, maior será a alíquota que será aplicada
para recolhimento do imposto.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do Imposto de Renda será diferente para
cada caso, empresa ou situação de tributação. Para as pessoas
jurídicas, as bases do Imposto de Renda dependerão dos regimes
de tributação:
• Lucro Real
• Lucro Arbitrado
• Lucro Presumido
• Simples Nacional
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microempresas e as empresas de pequeno porte.
Regulamentado pela Lei Complementar nº 123 de 2006, o
Simples Nacional estabelece normas diferenciadas e favoráveis
às microempresas e empresas de pequeno porte, dentre as
facilidades esta a unificação de diversos tributos em uma só guia,
onde um deles é o Imposto de Renda.
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pelo contribuinte. É aplicado as pessoas jurídicas quando a mesma
deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação
do lucro real ou presumido.
O Lucro arbitrado será apurado trimestralmente, onde a opção
pelo regime se será manifestada mediante o pagamento da
primeira quota ou da quota única do IRPJ.
ALÍQUOTAS
Conforme regulamentado pelo artigo 29 da IN RFB nº 1.700
de 2017, a alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento). Na
apuração pelo regime presumido ou arbitrado, muita gente
confunde a alíquota de presunção com a alíquota do imposto. Em
regra geral, a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica é
15%.
ADICIONAL
De acordo com a regulamentação do § 1º e 2º do artigo 29
da IN RFB nº 1.700 de 2017, além dos 15% o Imposto de Renda
ainda conta com um adicional para os valores acima de 20.000,00
por mês ou 60.000,00 no trimestre, dependendo do tipo de
tributação da empresa. “§ 1º A parcela do lucro real, presumido ou
arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional do
imposto sobre a renda à alíquota de 10% (dez por cento).§ 2º O
valor do adicional será recolhido integralmente, não sendo
permitidas quaisquer deduções.”
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o lucro auferido em cada trimestre, e essa presunção é feita pela
aplicação de percentuais de lucratividade ditados pela lei, sobre a
receita bruta auferida mensalmente, deduzida das devoluções,
vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos,
conforme artigo 33 §1º e §2º da IN RFB nº 1.700 de 2017, será:
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IRPJ
ATIVIDADE
% Beneficio
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120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao pagamento
da diferença do imposto postergado, apurada em relação a cada
mês transcorrido.”
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Contribuições sociais são tributos devidos por pessoas físicas e
jurídicas cuja finalidade são garantir o financiamento da seguridade
social, destinado a assegurar os direitos sociais relativos à
previdência, à assistência social e à saúde.
Conforme no artigo 149 da Constituição Federal, as
contribuições sociais são divididas em três subespécies:
• Contribuições sociais em sentido estrito;
• Contribuições de intervenção no domínio econômico;
• Contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.
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destrinchar melhor as suas particularidades, tendo em vista a
importância dos dois tributos.
ALÍQUOTA DA CSLL
Conforme o artigo 30 da IN RFB nº 1.700 de 2017, a alíquota da
CSLL é de:
• 15% (quinze por cento), exceto no período compreendido
entre 1º de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2018, no
qual vigorará a alíquota de 20% (vinte por cento), nos casos
de: pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização;
bancos de qualquer espécie e agências de fomento;
distribuidoras de valores mobiliários; corretoras de câmbio
e de valores mobiliários; sociedades de crédito, financiamento
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e investimentos; sociedades de crédito imobiliário;
administradoras de cartões de crédito; sociedades de
arrendamento mercantil; associações de poupança e
empréstimo;
• 9% (nove por cento), no caso de: administradoras de
mercado de balcão organizado; bolsas de valores e de
mercadorias e futuros; entidades de liquidação e
compensação; empresas de fomento comercial ou factoring;
demais pessoas jurídicas.
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A base de cálculo da CSLL, em cada mês, será determinada
mediante a aplicação do percentual de 12% (doze por cento) sobre
a receita bruta definida pelo art. 26, auferida na atividade, deduzida
das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos
incondicionais concedidos.
CSLL
ATIVIDADE
%
Revenda de combustíveis derivados de petróleo e álcool, GLP e
gás natural veicular (exceto lubrificantes)
Venda de mercadorias em geral e atividade rural
Serviços hospitalares (art. 29 da Lei 11.727/2008)
Construção civil (na modalidade total, fornecendo o empreiteiro
12
todos os materiais indispensáveis (COSIT nº 54, de 11/07/2011)
Loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e venda de
imóveis construídos ou adquiridos para revenda
Serviços de transporte de cargas
Serviços de transporte de passageiros
Construção por administração ou por empreitada unicamente de
mão de obra ou aplicação parcial de materiais
Prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões
legalmente regulamentada, inclusive escolas
Intermediação de negócios, inclusive corretagem (seguros,
imóveis, etc) e as de representação comercial
Compra e venda de veículos usados (art. 5º da Lei 9.716 de
32
1998)
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, e móveis.
Prestação de serviços de gráfica (fornecimento de material, em
relação à receita bruta que não decorra de atividade comercial/
industrial)
Serviços de suprimento de água tratada, coleta de esgoto,
exploração de rodovia com pedágio (AD COSIT nº 16/2000)
No lucro arbitrado, as alíquotas são majoradas a partir das
alíquotas utilizadas no lucro presumido.
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decorrentes de receitas não abrangidas pelo caput e pelo § 1º,
auferidos no mesmo período (diversas situações);
• Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações
financeiras de renda fixa e renda variável;
• Os juros sobre o capital próprio auferidos;
• Os valores recuperados, correspondentes a custos e
despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo
se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período
anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com
base no lucro real e no resultado ajustado, ou que se refiram a
período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com
base no lucro presumido ou arbitrado;
• O valor resultante da aplicação dos percentuais de que
tratam o caput e os §§ 1º e 2º do art. 33, em relação ao IRPJ, e de
que tratam o caput e os §§ 1º a 3º do art. 34, em relação à CSLL,
sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no
respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas
vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder
o valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma prevista
na Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012;
• A diferença de receita financeira calculada conforme disposto
no Capítulo V e no art. 58 da Instrução Normativa RFB nº 1.312,
de 2012;
• As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada
por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, por causa
de rescisão de contrato, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do
art. 79.
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Retenção é uma obrigação tributária principal em que a
pessoa jurídica (tomador do serviço), está obrigada a reter do
beneficiário da renda (prestador do serviço), o imposto
correspondente nos termos estabelecidos pela legislação.
Na prática, a retenção não muda o valor dos serviços
contratados, mas a forma de pagamento. Sendo parte diretamente
ao prestador de serviço e a outra parte correspondente à retenção
através de recolhimento em guia própria.
O objetivo da retenção é antecipar ao governo parte de
determinado imposto devido pelo prestador de serviço. Para isso,
o tomador passa a ser sujeito passivo com responsabilidade
solidária de recolhimento da retenção na fonte.
O quadro abaixo traz de forma resumida das retenções de
âmbito do Imposto de Renda e da Contribuição Social, sua
obrigatoriedade e fato gerador.
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TRIBUTO OBRIGATORIEDADE FATO GERADOR
Serviços tomados de natureza
profissional, assim como Emissão da nota fiscal
mediação de negócios, (observar competência)
IRRF
propaganda e publicidade e Pagamento ou crédito
cooperativas e associações de efetuado.
trabalhos.
Serviços tomados de natureza
profissional, assim como
CSLL medição de negócios, Pagamento dos serviços
PIS
COFINS propaganda e publicidade e tomados
cooperativas e associações de
trabalhos.
Base legal: Imposto de Renda (Artigo 714, 716, 718, 719 e 723 do
Regulamento do Imposto de Renda – Decreto 9580 de 2018);
Contribuições Sociais – PIS/COFINS/CSLL (Artigo 30 da Lei
10.833 de 2003 e Artigo 1º da Instrução Normativa 459 de 2004);
É importante ressaltar que as retenções acima também são
aplicadas a entidades sem fins lucrativos (associações, sindicatos,
fundações, condomínios, entre outros).
ALÍQUOTAS
SERVIÇOS PRESTADOS POR
PESSOA JURÍDICA PIS
IRRF
COFINSCSLL
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Administração de bens ou negócios em
geral; Advocacia; Análise clínica
laboratorial; Análises técnicas;
Arquitetura; Assessoria e consultoria
técnica; Assistência social; Auditoria;
Avaliação e perícia; Biologia e
biomedicina; Cálculo em geral;
Consultoria; Contabilidade; Desenho
técnico; Economia; Elaboração de
projetos; Engenharia, exceto construção;
Ensino e treinamento; Estatística;
Fisioterapia; Fonoaudiologia; Geologia;
Leilão; Medicina; Nutricionismo e
1,5% 4,65%
dietética; Odontologia; Organização de
feiras de amostras, congressos,
seminários, simpósios e congêneres;
Pesquisa em geral; Planejamento;
Programação; Prótese; Psicologia e
psicanálise: Química; Radiologia e
radioterapia; Relações públicas; Serviço
de despachante; Terapêutica
ocupacional; Tradução ou interpretação
comercial; Urbanismo; e, Veterinária.
(Artigo 714 do Decreto 9580 de 2018 –
RIR e IN 459 de 2004)
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Serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de
contas a pagar e a receber. 1,5% 4,65%
(Artigo 723 do Decreto 9580 de 2018 –
RIR e IN 459 de 2004)
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São aqueles relacionados no artigo 714 do Decreto nº xxxx
de 2018- Regulamento do Imposto de Renda (RIR/2018),
Serviços
inclusive quando prestados por cooperativas ou
profissionais
associações profissionais, aplicando-se, para fins da
retenção das contribuições
Base legal: IN 459 de 2004.
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OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA
De acordo com a Receita Federal, a Declaração do Imposto sobre
a Renda Retido na Fonte - DIRF é a declaração feita pela fonte
pagadora, com o objetivo de informar à Secretaria da Receita
Federal do Brasil:
• Os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no
País;
• O valor do imposto sobre a renda e contribuições retidos na
fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários;
• O pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a
residentes ou domiciliados no exterior;
• Os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo
empresarial.
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O Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF, como vimos
na unidade anterior, deve ser apurado e retido pela fonte pagadora,
ou seja, a pessoa jurídica responsável por fazer o pagamento ou
repasse de valores a um determinado contribuinte.
De acordo com o artigo 3º da IN RFB Nº 1234/2012, ficam
obrigados a efetuar as retenções na fonte do Imposto sobre a
Renda (IR) sobre os pagamentos que efetuarem às pessoas
jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em
geral, inclusive obras, órgãos e entidades da administração pública
federal (órgãos da administração pública federal direta; autarquias;
fundações federais; empresas públicas; sociedades de economia
mista; e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente
detenha a maioria do capital social sujeito a voto, e que recebam
recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua
execução orçamentária e financeira no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal).
Os tipos de retenção na fonte são diversos, no entanto, o
objetivo dessa unidade é tratar dos principais, ou seja, dos que
podem ser motivo de problemas tributários e merecem atenção.
www.esab.edu.br 62
ou fundos mútuos para aquisição de bens; advocacia; análise
clínica laboratorial; análises técnicas; arquitetura; assessoria e
consultoria técnica, exceto serviço de assistência técnica prestado
a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio
explorado pelo prestador do serviço; assistência social; auditoria;
avaliação e perícia; biologia e biomedicina; cálculo em geral;
consultoria; contabilidade; desenho técnico; economia; elaboração
de projetos; engenharia, exceto construção de estradas, pontes,
prédios e obras assemelhadas; ensino e treinamento; estatística;
fisioterapia; fonoaudiologia; geologia; leilão; medicina, exceto
aquela prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de
saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica,
hospital e pronto-socorro; nutricionismo e dietética; odontologia;
organização de feiras de amostras, congressos, seminários,
simpósios e congêneres; pesquisa em geral; planejamento;
programação; prótese; psicologia e psicanálise; química; radiologia
e radioterapia; relações públicas; serviço de despachante;
terapêutica ocupacional; tradução ou interpretação comercial;
urbanismo; e veterinária.
ALÍQUOTA E RECOLHIMENTO
FATO
BASE DE
GERADOR RESPONSABILIDADE PRAZO
CÁLCULO
Até o último
Importâncias dia útil do 2º
1,5% sobre as Compete à fonte
pagas ou decêndio do
importâncias pagadora, ou seja, a
creditadas por mês
pagas ou pessoa jurídica que
PJ pelos subsequente
creditadas contratou os serviços e
serviços de ao mês de
como será responsável pelo
natureza ocorrência dos
remuneração. pagamento do mesmo.
profissional. fatos
geradores.
Se o serviço for prestado por pessoa jurídica imune ou isenta,
bem assim por pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, de
acordo com a o artigo 1º da IN RFB nº 765, de 2007, fica dispensado
a retenção na fonte. A dispensa para as entidades imunes ou
isentas e para as empresa optantes pelo simples dizem a respeito
pela impossibilidade de aproveitamento da retenção. Importante
www.esab.edu.br 63
lembrar que a dispensa refere-se a quando essas empresas
estiverem prestado serviços e não tomando.
O artigo 714 do Decreto 9580 de 2018 diz o seguinte: “Ficam
sujeitas à incidência do imposto sobre a renda na fonte, à alíquota
de um e meio por cento, as importâncias pagas ou creditadas por
pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis,
pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza
profissional (Decreto-Lei nº 2.030, de 9 de junho de 1983, art.
2º ; Decreto-Lei nº 2.065, de 1983, art. 1º, caput, inciso III ; Lei nº
7.450, de 1985, art. 52 ; e Lei nº 9.064, de 20 de junho de 1995,
art. 6º) “
ALÍQUOTA E RECOLHIMENTO
FATO
BASE DE
GERADOR RESPONSABILIDADE PRAZO
CÁLCULO
Agências de propaganda,
por ordem e conta do
Importâncias
anunciante. A agência de
pagas ou
propaganda efetuará o
creditadas por Até o décimo
recolhimento do imposto
pessoa jurídica dia da
utilizando um único
a outras 1,5% do valor quinzena
Documento de
pessoas do subsequente
Arrecadação de Receitas
jurídicas pela rendimento. à da
Federais - DARF,
prestação de ocorrência do
preenchido em duas vias,
serviços de fato gerador.
englobando todas as
propaganda e
importâncias relativas a
publicidade.
um mesmo período de
apuração.
O artigo 718 do Decreto 9580 de 2018 diz o seguinte “Art.
718. Ficam sujeitas à incidência do imposto sobre a renda na fonte
à alíquota de um e meio por cento, as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (Lei nº
7.450, de 1985, art. 53, caput , incisos I e II ; e Lei nº 9.064, de
1995, art. 6º) : I - a título de comissões, corretagens ou outra
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remuneração pela representação comercial ou pela mediação na
realização de negócios civis e comerciais; e II - por serviços de
propaganda e publicidade. Além do artigo acima, a IN SRF 123 de
1992 trata do assunto.
ALÍQUOTA E RECOLHIMENTO
FATO
BASE DE
GERADOR RESPONSABILIDADE PRAZO
CÁLCULO
Importâncias
pagas ou
creditadas por
PJ a
Até o último
cooperativas,
dia útil do 1º
associações de
1,5% sobre decêndio do
profissionais,
as mês
relativas a Compete à fonte
importâncias subsequente
serviços pagadora.
pagas ou ao mês de
pessoais que
creditadas. ocorrência dos
lhes forem
fatos
prestados por
geradores.
associados
destas ou
colocados à
disposição.
O artigo 719 do Decreto 9580 de 2018 diz o seguinte “Art.
719. Ficam sujeitas à incidência do imposto sobre a renda na fonte
à alíquota de um e meio por cento as importâncias pagas ou
creditadas por pessoas jurídicas a cooperativas de trabalho,
associações de profissionais ou assemelhadas, relativas a serviços
pessoais que lhes forem prestados por seus associados ou
colocados à disposição (Lei nº 8.541, de 1992, art. 45, caput ) . §
1º O imposto sobre a renda retido será compensado pelas
cooperativas de trabalho, pelas associações ou pelas assemelhadas
com o imposto retido por ocasião do pagamento dos rendimentos
aos associados (Lei nº 8.541, de 1992, art. 45, § 1º) .” Além do
artigo acima, a IN RFB 1234 de 2012 também trata do assunto.
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REMUNERAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA, CONSERVAÇÃO,
SEGURANÇA E LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA PRESTADOS
POR PESSOA JURÍDICA
ALÍQUOTA E RECOLHIMENTO
FATO
BASE DE
GERADOR RESPONSABILIDADE PRAZO
CÁLCULO
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PAGAMENTOS DE PJ A PJ POR SERVIÇOS DE ASSESSORIA
CREDITÍCIA, MERCADOLÓGICA, GESTÃO DE CRÉDITO,
SELEÇÃO E RISCOS E ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A
PAGAR E A RECEBER
ALÍQUOTA E RECOLHIMENTO
FATO
BASE DE
GERADOR RESPONSABILIDADE PRAZO
CÁLCULO
Até o último
dia útil do 2º
Importâncias 1,5% sobre as decêndio do
pagas ou importâncias mês
Compete à fonte
creditadas por pagas ou subsequente
pagadora.
pessoas creditadas como ao mês de
jurídicas. remuneração. ocorrência
dos fatos
geradores.
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RETENÇÃO DE ÓRGÃOS PÚBLICOS
O artigo 34 da Lei 10.833/2003, obrigada a efetuar as
retenções na fonte do imposto de renda, da CSLL, da COFINS e
do PIS, a que se refere o artigo 64 da Lei 9.430/1996, as seguintes
entidades da administração pública federal: Empresas públicas;
Sociedades de economia mista; e, Demais entidades em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro
Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução
orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI.
As alíquotas são as seguintes:
ATIVIDADE IR CS COFINS PIS
Alimentação; Energia
elétrica; Serviços prestados
com emprego de materiais;
Construção Civil; Serviços
hospitalares; Serviços de
auxílio diagnóstico e terapia,
patologia clínica,
imagenologia, anatomia 1,20% 1,00% 3,00% 0,65%
patológica e citopatológia,
medicina nuclear e análises
e patologias clínicas;
Transporte de cargas;
Produtos farmacêuticos, de
perfumaria; Mercadorias e
bens em geral
Gasolina e Álcool etílico
0,24% 1,00% 3,00% 0,65%
hidratado (aviação)
Gasolina, Álcool etílico
hidratado, Biodiesel
adquirido de distribuidores e
0,24% 1,00% 0,00% 0,00%
comerciantes varejistas;
Biodiesel adquirido de
produtor
Transporte internacional de
cargas efetuado por
empresas nacionais;
1,20% 1,00% 0,00% 0,00%
Produtos farmacêuticos, de
perfumaria, de toucador e
de higiene pessoal;
www.esab.edu.br 68
Passagens aéreas,
rodoviárias e demais
serviços de transporte de
passageiros, inclusive, tarifa 2,40% 1,00% 3,00% 0,65%
de embarque, exceto as
relacionadas no código
8850.
Transporte internacional de
passageiros efetuado por 2,40% 1,00% 0,00% 0,00%
empresas nacionais.
Serviços prestados por
associações profissionais
0,00% 1,00% 3,00% 0,65%
ou assemelhadas e
cooperativas
Serviços prestados por
bancos comerciais, bancos
de investimento, bancos de
desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de 2,40% 1,00% 3,00% 0,65%
crédito, financiamento e
investimento (etc);
previdência complementar;
Seguro saúde
Serviços de abastecimento
de água; Telefone; Correio
e telégrafos; Vigilância;
Limpeza; Locação de mão
de obra; Intermediação de
negócios; Administração,
locação ou cessão de bens
imóveis, móveis e direitos 4,80% 1,00% 3,00% 0,65%
de qualquer natureza;
Factoring; Plano de saúde
humano, veterinário ou
odontológico com valores
fixos por servidor, por
empregado ou por animal;
Demais serviços.
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Como o imposto de renda é devido sobre o ganho ou aumento
patrimonial, nas operações financeiras, que resultam em
rendimentos dos ativos financeiros incide o Imposto de Renda. No
entanto, a responsabilidade pelo recolhimento do valor devido fica
resguardada a:
• Fontes pagadoras das operações (instituições financeiras)
• Instituição ou entidade que, embora não seja fonte pagadora
original, faça o pagamento ou crédito dos rendimentos ao
beneficiário final
• Instituições que receberem a ordem do cliente para executar
operações em bolsa (ex: corretoras)
• Mutuante, quando for pessoa jurídica
• Administrador de fundos de investimento
• Instituição intermediadora dos recursos junto a clientes, nos
casos de fundos negociados no mercado secundário
www.esab.edu.br 70
deve haver antecipação para as Pessoas Jurídicas tributadas pelo
lucro real, presumido ou arbitrado (exceto debêntures de
infraestrutura – tributação definitiva) e para fins de recolhimento
do IR sobre ganhos líquidos em renda variável e day-trade para as
Pessoas Físicas, Pessoas Jurídicas optantes pelo Simples
Nacional e investidores estrangeiros.
RENDA FIXA
A renda fixa é um tipo de investimento que possui diversas
regras de remuneração definidas no momento da aplicação no
título. Nesse tipo de investimento, o investidor concede empréstimo
a uma entidade em troca do pagamento de juros. Os produtos de
renda fixa que são abrangidos pela tributação são:
• Aplicações financeiras de renda fixa
• Títulos públicos e títulos privados (ex: debêntures e notas
promissórias)
• Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e Recibos de
Depósitos Bancários (RDB)
• Operações de mútuo
• Rendimentos predeterminados obtidos em operações
conjugadas (operações compromissadas, box de opções, etc)
• Poupança e letras hipotecárias (apenas para pessoas
jurídicas)
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% PRAZO DA APLICAÇÃO
22,50% até 180 dias
20,00% de 181 até 360 dias
17,50% de 361 até 720 dias
15,00% em aplicações com prazo acima de 720 dias
Para os Rendimentos produzidos por debêntures de
infraestrutura em Pessoas Jurídicas tributadas pelo lucro real,
presumido, arbitrado, simples ou isentas a alíquota será 15% e
para Pessoas físicas será 0%.
Já a tributação para não residentes no país terá a distinção
de países com tributações favorecidas (paraísos fiscais) e outros
países.
Para os paraísos fiscais deve-se seguir a mesma tributação
aplicável aos residentes e domiciliados no país.
Para outros países, que não tem tributação favorecida
comprovada, pode haver um regime especial de tributação. Desta
forma, os Títulos públicos (exceto operações compromissadas) e
as Debêntures de infraestrutura e PD&I, emitidas por entidades
não-financeiras, em conformidade com a Lei 12.431/2011 (artigo
92 da IN 1.585 de 2015) não serão tributadas (estão com alíquota
zero), mas para os demais rendimentos de renda fixa a alíquota
será de 15%.
Não são tributados também os rendimentos e ganhos de
capital na alienação de Pessoas físicas (residentes no país) sobre
a Poupança, Títulos imobiliários (LH, CRI, LCI e LIG) e Títulos do
agronegócio (CDA, WA, CDCA, LCA, CRA e CPR).
RENDA VARIÁVEL
“O mercado de renda variável, por sua vez, é definido como
o mercado de negociações que remunera o investimento em
função do bom sucesso do empreendimento em que foi aplicado,
de tal forma que empreendimento mal sucedido, além de não
remunerar o investidor, pode consumir-lhe o capital investido.”
(BIFANO, 2008, p. 87 e 88)
www.esab.edu.br 72
A tributação para residentes no país ocorre com a alíquota
de 0,005%. Apesar de parecer baixa, a intenção da tributação com
essa alíquota é “dedurar” o contribuinte para a receita. Com o
recolhimento pequeno atrelado a um determinado contribuinte a
informação fica na base de dados da receita esperando o envio da
declaração para a tributação complementar (ajuste). No meio dos
investimentos esta tributação também conhecida como “imposto
dedo duro”.
No Mercado futuro a base de tributação será o resultado, se
positivo, da soma algébrica dos ajustes diários, apurada por
ocasião do encerramento da posição, antecipadamente ou no seu
vencimento e será apurada por tipo de contrato negociado e por
vencimento. No mercado de opções a base é o resultado, se
positivo, da soma algébrica dos prêmios pagos e recebidos no
mesmo dia consolidados em cada bolsa ou entidade de registro.
No mercado a vista a base é o valor da alienação, nas operações
com ações, ouro ativo financeiro e outros valores mobiliários neles
negociados. No mercado a termo a base nos casos de entrega
física do ativo na data do seu vencimento será a diferença, se
positiva, entre o preço a termo e o preço a vista na data da
liquidação (preço médio ou o último preço de fechamento na data
da liquidação ou o último preço de fechamento disponível) e a
base nos casos de liquidação exclusivamente financeira é o valor
da liquidação financeira previsto no contrato.
A tributação para não-residentes em paraísos fiscais segue
a mesma tributação aplicável aos residentes e domiciliados no
país e para outras localidades (regime especial), o imposto não
incide nas operações realizadas em bolsa, mas para operações
realizadas no mercado de balcão é 10%. Não terá incidência ainda
nos casos de exercício de opção.
A retenção é dispensada quando o valor do imposto for igual ou
inferior a R$ 1,00 ou R$ 20.000 de base (para o cálculo deste limite
deverão ser somadas todas as operações realizadas no mesmo mês).
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OPERAÇÕES COM DAY-TRADE
O conceito de day-trade é basicamente uma operação ou
conjunto de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia,
com o mesmo ativo, em uma mesma instituição intermediadora,
em que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou
parcialmente. Deverão ser considerados o primeiro negócio de
compra com o primeiro negócio de venda e vice-versa, processo
parecido com método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai).
A tributação para residentes no país sobre o resultado
positivo apurado no encerramento das operações day-trade terão
alíquota de 1% e para a apuração do IRRF são admitidas
compensações de perdas incorridas em um mesmo dia na
somatória das operações.
A tributação para não-residentes segue a mesma lógica dos
outros investimentos. Em operação com paraísos fiscais deve
seguir a mesma tributação aplicável aos residentes e domiciliados
no país, enquanto para outras localidades (regime especial), não
tem incidência.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Nos fundos de investimento na tributação para residentes no país
em Fundos Abertos as alíquotas do IRRF dependerão da
classificação do fundo, considerando o seguinte:
• Curto prazo: carteira de títulos com prazo médio inferior a
365 dias
• Longo prazo: carteira de títulos com prazo médio superior a
365 dias
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primeiro (líquido do IOF). Nos Fundos com carência para resgate
das cotas com rendimentos o come cotas ocorre na data em que
se completar cada período de carência.
As alíquotas aplicáveis ao “come cotas”, onde a tributação ocorre
em maio e novembro, serão:
• 20% para fundos classificados como de curto prazo
• 15% para fundos classificados como de longo prazo
Quando ocorrer o resgate das cotas, o administrador deverá
calcular e reter o IR relativo ao diferencial de alíquota (alíquota
devida menos alíquota aplicável ao “come cotas”) sobre os
rendimentos no período.
As Alíquotas devidas por ocasião do resgate das cotas são
diferentes quando for logo e curto prazo.
As alíquotas de Longo prazo ocorrem da mesma forma que
os ativos de renda fixa:
• 22,5%: prazo de aplicação de até 180 dias
• 20%: de 181 até 360 dias
• 17,5%: de 361 até 720 dias
• 15%: em aplicações com prazo acima de 720 dias
Já as alíquotas de curto prazo serão as seguintes:
• 22,5%: prazo de aplicação de até 180 dias
• 20%: em aplicações com prazo superior a 180 dias
Os fundos de investimentos chamados FIA (fundos de
investimentos em ações - Mínimo de 67% do PL investido em
ações negociadas em bolsa) e FIC-FIA (fundos de investimentos
em cotas de fundos de ações- Mínimo 95% do PL investido em
FIAs) são tributados para residentes no país e paraísos fiscais a
uma alíquota de 15% e para residentes em outras localidades a
10%.
Ressaltamos que objetivo desta unidade era de fazer um breve
resumo sobre a tributação no mercado financeiro com seus principais
produtos. Não tendo, portanto, a intensão, muito menos a possibilidade
de esgotar o assunto. a possibilidade de esgotar o assunto.
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Nessa seção iremos estudar os regimes de tributação que utilizam
o lucro como base para tributação, cada uma com sua
particularidade, formas e aplicação. Iremos estudar a parte
legal e a aplicação prática com cálculos e discussões
importantes, que consideramos relevante para uma gestão
organizacional.
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Como vimos na unidade 4, o Lucro Presumido é uma forma
de tributação simplificada para determinação da base de cálculo
do Imposto de Renda - IRPJ, e da Contribuição Social Sobre o
Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas.
Para Pêgas (2007), Lucro Presumido é uma forma de
tributação que utiliza apenas as receitas da empresa para apuração
do resultado tributável de IR e CSLL. Com isso, esses tributos são
calculados por um resultado estimado (presumido), encontrado
pela aplicação de percentuais definidos em lei.
A base de cálculo no método de apuração presumido
compreende os percentuais de presunção de cada tributo mais as
demais receitas, que oriundas de outras atividades não operacionais
da empresa. A base de cálculo já vimos na unidade 4, agora
partiremos para o conhecimento aprofundado das receitas que
são o ponto de partida para a base de cálculo.
Contabilmente, existem diferenças entre a Receita Bruta
total e a receita liquida operacional. A partida para a base de
cálculo se dá pela receita líquida e não pela bruta, da mesma
forma que é apresentado na Demonstração de Resultado – DR.
RECEITA OPERACIONAL
A receita operacional compreende todas as receitas auferidas
conforme a atividade econômica do negócio. Compreende-se
como receita bruta, conforme artigo 26 da Instrução Normativa
RFB nº 1.700/2017:
• Venda de bens nas operações de conta própria;
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• Prestação de serviços em geral;
• Resultado auferido nas operações de conta alheia;
• Receitas diversas da atividade ou objeto principal da pessoa
jurídica.
DEMAIS RECEITAS
Além das receitas que faz parte da atividade econômica da
empresa, existem outras que mesmo não fazendo parte do
processo de produção, de revenda ou serviço de uma empresa,
quando auferidas devem ser tributadas.
São chamadas demais (ou outras) receitas:
• Ganhos de capital;
• Rendimentos e ganhos de aplicações financeiras;
• Bonificação
• Descontos obtidos
• Juros ativos
• Atualização monetária ativa
• Variação cambial ativa
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• E outros ganhos ou aumentos patrimoniais.
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optado pela tributação com base no lucro presumido.”
REGIME DE COMPETÊNCIA
Digamos que o regime de competência é o oficial requerido
pela legislação e pelas normas contábeis para escrituração.
O regime de competência é utilizado pela receita federal
para fins de apuração do imposto de renda e pelos princípios
contábeis para fins de contabilização. Digamos que o regime de
competência é o oficial.
O artigo 45 da Lei 8981 de 1995, relata sobre a forma de
registro comercial para as empresas do lucro presumido: “Art. 45.
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação
com base no lucro presumido deverá manter: I - escrituração
contábil nos termos da legislação comercial; II - Livro Registro de
Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques
existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de
tributação simplificada; III - em boa guarda e ordem, enquanto não
decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações
que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração
obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os
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documentos e demais papéis que serviram de base para
escrituração comercial e fiscal.”
Resumidamente, no regime de competência, a empresa
vende e a contabilização da receita acontece no mesmo momento
do fato gerador, independente do momento do seu recebimento.
REGIME DE CAIXA
O regime de caixa, contrariamente ao regime de competência,
considera as receitas de acordo com a realização financeira. É
normalmente utilizado para verificar a situação financeira e não
econômica da empresa.
A receita federal, em alguns casos permite que a apuração
dos impostos seja realizada pela sistemática do regime de caixa,
no entanto, requer alguns controles específicos para tal.
A Instrução Normativa RFB 1700 de 2017, diz que a empresa
optante pelo lucro presumido que optar pelo regime de caixa de
escriturar livro especifico: “Art. 223. A pessoa jurídica optante pelo
regime de tributação com base no lucro presumido que adotar o
critério de reconhecimento de suas receitas na medida do
recebimento e mantiver a escrituração do livro Caixa deverá
indicar, nesse livro, em registro individual, a nota fiscal a que
corresponder cada recebimento.”
Para operar com o regime de caixa, a empresa deve
basicamente fazer a contabilização de duas formas: uma para
atender os princípios contábeis (competência) e outro para atender
a fiscalização.
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REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO – RTT
A Lei 11.941 de 2009 e a Instrução Normativa instituíram
procedimentos a serem adotas para garantir a apuração neutra do lucro
presumido devido as novas normas de contabilidades.
Inicialmente era optativo para os anos de 2008 e 2009 e
obrigatório a partir de 2010 para as empresas que em 2007 tiveram
mudanças de critérios contábeis de acordo com as normas societárias,
que impactaram na tributação da mesma.
A Lei 12.973 de 2014 revogou as regras do RTT e introduziu
novas regras para aplicação do mesmo. A opção determinada pela lei,
de forma irretratável, ocorreu com impactos nas operações com lucros
e dividendos apurados de 2008 a 2013 sem a incidência de imposto de
renda retido na fonte e limitação para juros pagos a título de remuneração
do capital próprio conforme o § 3º do artigo 182 da Lei 6.404 de 1976
conforme as regras estabelecidas nos artigos 1, 2 e do 4 ao 70 da Lei
12.973 de 2014.
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Normalmente, as empresas prestadoras de serviços, quando
não são optantes pelo simples nacional são optantes pelo
presumido. Não é uma regra, existem vários casos e diversas
exceções. No entanto, o planejamento sobre a melhor forma de
tributação sempre deverá ser realizado por cada caso.
Em 03 de abril de 2019, a Receita Federal atualizou a parte
da IN que tratada de outros serviços. Os serviços incluídos pela IN
1881 de 2019, que tratam dos novos serviços que são tributados
a 32% são:
• Exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos
usuários, inclusive execução de serviços de conservação,
manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade
e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência
aos usuários e outros definidos em contratos, em atos de
concessão ou de permissão ou em normas oficiais, pelas
concessionárias ou subconcessionárias de serviços públicos;
• Prestação de serviços de suprimento de água tratada e os
serviços de coleta e tratamento de esgotos deles decorrentes,
cobrados diretamente dos usuários dos serviços pelas
concessionárias ou subconcessionárias de serviços públicos;
• Prestação de qualquer outra espécie de serviço não
mencionada neste parágrafo.
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IRPJ CSLL
ATIVIDADE
% * %
Serviços hospitalares 8 - 12
Construção por administração ou por empreitada
unicamente de mão de obra ou aplicação parcial de 32 16 32
materiais
EXEMPLO PRÁTICO
Vamos considerar uma empresa prestadora de serviços que
auferiu no 1º trimestre de 2019 a seguinte receita:
MÊS FATURAMENTO
JANEIRO R$ 60.000,00
FEVEREIRO R$ 205.000,00
MARÇO R$ 90.000,00
TOTAL 1º TRIMESTRE R$ 355.000,00
No entanto, além do faturamento, a empresa auferiu outras
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(demais) receitas, que apesar de não compor a sua atividade fim
geram ganho econômico e devem ser tributadas, como já vimos
em outras unidades. As demais receitas desse exemplo
especificamente, é Rendimento de Aplicação Financeira, de
acordo como está demonstrado abaixo:
RENDIMENTO
IMPOSTO DE RENDA
MÊS APLICAÇÃO
RETIDO NA FONTE
FINANCEIRA
R$
JANEIRO R$ 1.451,83
7.899,16
R$
FEVEREIRO R$ 122,29
606,88
R$
MARÇO R$ -
-
R$
TOTAL 1º TRIMESTRE R$ 1.574,12
8.506,04
APURAÇÃO DO IRPJ
R$ 113.600,00
(+) R$ 7.899,16
(+) R$ 606,88
(=) R$ 122.106,04 (Base De Cálculo do IRPJ)
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Passo 3: Após acrescentar as demais receitas, aplica-se a alíquota
do IRPJ de 15% sobre a base de cálculo.
R$ 18.315,91
(-) R$ 1.451,83
(-) R$ 122,29
(=) R$ 16.741,79 (IRPJ após as deduções)
R$ 122.106,04
(-) R$ 60.000,00 (R$ 20.000,00)
(=) R$ 62.106,04 (base de cálculo do adicional)
(x) 10%
(=) R$ 6.210,60
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encontrar o valor do IRPJ a recolher no trimestre.
R$ 22.952,39 (IRPJ 15%)
FATURAMENTO TOTAL TRIMESTRE R$ 355.000,00
(x) % PRESUNÇÃO (SERVIÇO) 32%
(=) LUCRO PRESUMIDO R$ 113.600,00
(+) DEMAIS RECEITAS R$ 8.506,04
(=) BASE DE CÁCULO IRPJ R$ 122.106,04
ALIQUOTA IRPJ 15%
(=) IRPJ DEVIDO R$ 18.315,91
BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL IRPJ R$ 62.106,04
(+) ADICIONAL (10%) R$ 6.210,60
(=) IRPJ DEVIDO + ADICIONAL IRPJ R$ 24.526,51
(-) IMPOSTO RETIDO NA FONTE R$ 1.574,12
(=) IRPJ A RECOLHER R$ 22.952,39
APURAÇÃO DA CSLL
R$ 113.600,00
(+) R$ 7.899,16
(+) R$ 606,88
(=) R$ 122.106,04 (base de cálculo da CSLL)
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da CSLL, de 9% sobre a base de cálculo.
R$ 122.106,04 x 9% = R$ 10.989,54
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Normalmente, as empresas comerciais, assim como as de
serviço, quando não são optantes pelo simples nacional são
optantes pelo presumido. Também não é uma regra, pois existem
vários casos e diversas exceções. Como foi dito na unidade
anterior, o melhor caminho é fazer o planejamento sobre a melhor
forma de tributação sempre deverá ser realizado por cada caso.
Resumidamente, as atividades e alíquotas de presunção
para a apuração do IRPJ e CSLL no lucro presumido são:
IRPJ CSLL
ATIVIDADE
% * %
EXEMPLO PRÁTICO
Vamos considerar uma empresa comercial que auferiu no 1º
www.esab.edu.br 89
trimestre de 2019 a seguinte receita:
RECEITA DA
MÊS DEVOLUÇÃO RECEITA LÍQUIDA
BRUTA
JANEIRO R$ 30.000,00 R$ 3.500,00 R$ 26.500,00
www.esab.edu.br 90
APURAÇÃO DO IRPJ
R$ 4.687,50
(-) R$ 855,00
www.esab.edu.br 91
(=) R$ 3.832,50 (IRPJ a recolher)
APURAÇÃO DA CSLL
Passo 1: Sabendo que o receita brutal do trimestre foi R$ 88.000,00,
o primeiro passo é encontrar a base de cálculo presumida mediante
a aplicação do percentual de 12% sobre a receita bruta para
encontrar o lucro presumido.
www.esab.edu.br 92
OBS: demais receitas (bonificação, juros de capital, juros ativos,
rendimentos de aplicação financeira, descontos financeiros
obtidos, atualização monetária, etc).
R$ 10.560,00
(+) R$ 20.000,00 – (Rendimentos Aplicação Financeira)
(+) R$ 150,00 – (Bonificação)
(+) R$ 4.060,00 – (Juros Ativos)
(=) R$ 34.770,00 (Base de cálculo da CSLL)
www.esab.edu.br 93
O LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real, um livro de
escrituração com natureza fiscal, criado pelo Decreto‐Lei nº
1.598, de 1977, conforme previsão do § 2º do art. 177 da Lei nº
6.404 de 1976, e destinado à apuração extra contábil do lucro real
sujeito à tributação pelo imposto de renda em cada período de
apuração.
As pessoas jurídicas contribuintes do imposto de renda com
base no lucro real, inclusive aquelas que optarem por esta forma
de apuração estão obrigados a escrituração do referido livro.
O Lalur, é composto por duas partes:
• Parte A: destinada aos lançamentos de ajuste do lucro
líquido do período (adições, exclusões e compensações), com
encerramento para a transcrição da demonstração do lucro real. A
escrituração será organizada cronologicamente, sem intervalos e
rasuras. Deve ser encerrada a cada período de apuração com a
demonstração do lucro real. A escrituração de cada período se
completa com a assinatura do responsável pela pessoa jurídica e
do contabilista legalmente habilitado
• Parte B: destinada exclusivamente ao controle dos valores
que não constem da escrituração comercial, mas que devam
influenciar a determinação do lucro real de períodos futuros. A
escrituração será feita utilizando uma folha para cada conta ou
fato que requeira controle individualizado.
PARTE A
A Parte A do Lalur deverá conter os lançamentos de ajuste do
www.esab.edu.br 94
lucro líquido do período, que serão feitos com individuação e
clareza, indicando, quando for o caso:
• a conta ou subconta em que os valores tenham sido
registrados na escrituração comercial, assim como o livro e a data
em que foram efetuados os respectivos lançamentos; ou
• os valores sobre os quais a adição ou a exclusão foi calculada,
quando se tratar de ajuste que não tenha registro correspondente
na escrituração comercial;
PARTE B
Na Parte B do Lalur serão mantidos os registros de controle de
valores que, pelas suas características, integrarão a tributação de
períodos subsequentes, quer como adição, quer como exclusão
ou compensação. Como exemplos, podem ser citados:
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Receitas de variações cambiais diferidas até o
momento de sua realização, ressaltando‐ se que
essas receitas, apropriadas na contabilidade pelo
regime de competência, são inicialmente excluídas
ADIÇÕES no Lalur e, quando realizadas, são adicionadas
nesse livro; receitas de deságios de investimentos
avaliados por equivalência patrimonial diferidos até
a realização daqueles investimentos; e valores
relativos à depreciação acelerada incentivada;
custos ou despesas não dedutíveis no período de
apuração em decorrência de disposições legais ou
contratuais; despesas de variações cambiais
EXCLUSÕES diferidas até o momento de sua realização; e
despesas de ágios amortizados de investimentos
avaliados por equivalência patrimonial diferidos até
a realização daqueles investimentos
Prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores,
sejam operacionais ou não operacionais, de
períodos anuais ou trimestrais, segundo o respectivo
regime. Embora não constituam valores a serem
excluídos do lucro líquido, mas dedutíveis do
COMPENSAÇÕES
imposto 5 devido, deverão ser mantidos controles
dos valores excedentes, utilizáveis no cálculo das
deduções nos anos subsequentes, dos incentivos
fiscais, tais como programas de alimentação do
trabalhador
PERÍODO DE APURAÇÃO
Os lançamentos no Lalur devem ser feitos segundo o regime
de apuração adotado pelo contribuinte, como a seguir:
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Se forem levantados balanços ou balancetes
para fins de suspensão ou redução do
Parte A imposto de renda, as adições, exclusões e
Lucro real compensações computadas na apuração do
anual lucro real
para elaboração da demonstração do lucro
Parte B real do período em curso, não cabendo
nenhum registro na Parte
No final do exercício, com o levantamento do Lucro Real
Anual, deverão ser efetuados todos os ajustes do lucro líquido do
período na Parte A, e os respectivos lançamentos na Parte B.
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS
Para melhor compreensão da questão, deve-se salientar
que existem dois prejuízos distintos:
• Prejuízo contábil: apurado pela contabilidade na
demonstração do resultado do exercício;
• Prejuízo fiscal, apurado na demonstração do lucro real.
www.esab.edu.br 97
parcialmente, independentemente de prazo, devendo ser
observado apenas, em cada período de apuração, o limite de trinta
por cento do respectivo lucro líquido ajustado (lucro líquido do
período + adições – exclusões). O valor utilizado é levado a débito
na conta de controle (Parte B) e transferido para a Parte A do livro,
com vistas a ser computado na demonstração do lucro real, na
qual será registrado como compensação.
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• o valor contábil de investimentos em controladas, filiais e
coligadas ou em interesses em empreendimentos sob controle
conjunto (joint ventures) torna-se diferente da base fiscal do
investimento ou interesse
www.esab.edu.br 99
Conforme o artigo 1º da Lei nº. 9430 de 1996, a apuração
será procedida com o levantamento de Balanços ou Balancetes
no encerramento de cada trimestre, e o IRPJ e CSLL serão
considerados definitivos. Desta forma não é permitida a antecipação
do imposto durante o curso do ano-calendário, como prevê o
regime de tributação anual.
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da
base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data do
evento.
Na extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação,
a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada
na data desse evento.
APURAÇÃO TRIMESTRAL
Uma das formas de apuração dos impostos para as empresas
optantes ou obrigadas ao Lucro Real é por trimestre. As demais,
como estimativa por exemplo, serão tratadas na próxima unidade.
Para exemplificar, faremos a apuração de um trimestre de
uma empresa optante pelo Lucro Real – Trimestral.
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Passo 2: Após encontrar a receita líquida, é necessário realizar as
devidas deduções (custo dos serviços produzidos, despesas
operacionais, outras despesas, entre outros) e ajustes (adições,
exclusões ou compensações) prescritas ou autorizadas pela
legislação fiscal para encontrar o lucro líquido do período.
R$ 79.350,00
(-) R$ 6.500,00
(=) R$ 72.850,00 (IRPJ após as deduções)
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OBS: a base de cálculo do adicional, correspondente a multiplicação
de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração
ou R$ 60.000,00 quando o período de apuração englobar os três
meses do trimestre;
R$ 529.000,00
(-) R$ 60.000,00 (R$ 20.000,00)
(=) R$ 469.000,00 (base de cálculo do adicional)
(x) 10%
(=) R$ 46.900,00 (adicional IRPJ 10%)
APURAÇÃO DA CSLL
(=)R$ 47.610,00
(-) R$ 10.900,00
(=) R$ 36.710,00 (valor total do CSLL a recolher)
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CÁLCULO DOS
JAN FEV MAR TRIMESTRE
IMPOSTOS
RECEITA BRUTA 1.900.000,00 1.800.000,00 1.400.000,00 5.100.000,00
(-) DEDUÇÕES 220.000,00 210.000,00 230.000,00 630.000,00
(=) RECEITA
1.680.000,00 1.590.000,00 1.170.000,00 4.470.000,00
LÍQUIDA
(-) CUSTO DOS
SERVIÇOS 650.000,00 670.000,00 640.000,00 1.960.000,00
PRODUZIDOS
(-) DESPESAS
550.000,00 640.000,00 780.000,00 1.970.000,00
OPERACIONAIS
(-) OUTRAS
8.700,00 11.300,00 9.800,00 29.800,00
DESPESAS
DESPESAS
8.300,00 10.500,00 9.500,00 28.300,00
FINANCEIRAS
OUTRAS
400 800 300 1.500,00
DESPESAS
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Os contribuintes que fazem a apuração com base no lucro
real estimativa devem fazer a apuração mensalmente. No entanto,
pode escolher entre duas formas de apuração e/ou recolhimento
(pode escolher a forma mais vantajosa de apuração).
O artigo 2º da Lei 9430 de 1996 trata da forma de apuração
de estimativa mensal no lucro real, conforme pode-se observar
abaixo:
“Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no
lucro real poderá optar pelo pagamento do imposto, em cada mês,
determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação,
sobre a receita bruta auferida mensalmente, dos percentuais de
que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995,
observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 e nos arts. 30 a 32,
34 e 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações
da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995” (BRASIL, 1996).
A pessoa jurídica sujeita à tributação com base no Lucro
Real anual poderá optar pelo pagamento do imposto e adicional,
em cada mês, determinados sobre base de cálculo estimada
(BRASIL, 1996).
“Art. 31. As bases de cálculo do IRPJ e da CSLL serão
determinadas em períodos de apuração trimestrais, encerrados
em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro
de cada ano-calendário, de acordo com as regras previstas na
legislação de regência e as normas desta Instrução Normativa.
[...] § 4º As pessoas jurídicas que optarem pelo pagamento do
IRPJ e da CSLL por estimativa a que se refere o Título VI deste
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Livro deverão apurar o lucro real e o resultado ajustado em 31 de
dezembro de cada ano, exceto nas hipóteses mencionadas nos
§§ 1º e 2º, quando a apuração deverá ser realizada na data desses
eventos” (BRASIL, 2017)
A base de cálculo estimada pode ser determinada das
seguintes formas (facultado ao contribuinte a qual for mais
vantajosa):
Com base na Receita Bruta mensal, sobre a receita bruta
mensal aplica-se percentuais constantes no artigo 15, § lº, da Lei
9.249/1995, acrescidos das demais receitas. Com base em
balancetes mensais de suspensão ou redução: apurados
contabilmente e ajustados pelas adições e exclusões previstas na
legislação.
Abaixo temos um exemplo do cálculo dos tributos da forma
lucro real estimativa, de acordo com o que o contribuinte pode
optar para fazer o recolhimento.
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exemplo: se no exemplo acima em 31 de março, pelo balancete
acumulado de janeiro a março do respectivo ano, tivesse se
apurado um imposto devido de R$ 450,00 e até essa data tivesse
sido recolhido R$ 500,00, portanto, inexistiria a obrigação de
recolhimento do IRPJ. Essa opção, também, pode ser utilizada
nos meses em que houver prejuízo fiscal.
Já a redução é realizada através do balancete mensal
acumulado demonstra-se que o imposto devido, com base no
lucro real, é inferior ao apurado com base na receita bruta mensal
da empresa, podendo haver a redução do recolhimento mensal,
conforme observado no mês de fevereiro no exemplo acima.
O lucro estimado de cada mês será determinado mediante
aplicação de percentuais sobre a receita bruta auferida na
atividade, conforme prevê a legislação.
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alterada a base de cálculo eleita pelo legislador para a multa
isolada de totalidade ou diferença de tributo ou contribuição para
valor do pagamento mensal não há mais qualquer vínculo, ou
dependência, da multa isolada com a apuração de tributo devido
(BRASIL, 2014).
A impossibilidade de acumulação das multas isoladas e de
ofício é matéria debatida há tempos na esfera administrativa, cujas
decisões consolidaram-se em sentido favorável aos contribuintes,
tanto que em 2014 o Pleno da CSRF – Conselho Superior de
Recursos Fiscais acolheu a proposição 13 e editou a Súmula
CARF nº 105 de 2014 (ESTRADA, 2016).
O acórdão abaixo demostra uma decisão favorável pelo
contribuinte, conforme podemos observar abaixo:
Acórdão n° 1301001.916 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária
de 21/01/2016 [...] No que tange à MULTA ISOLADA, contudo, (...)
o acórdão foi omisso em relação à aplicação da súmula CARF nº
105. [...] Para fins de aplicação da multa isolada em razão da falta
de recolhimento de antecipações obrigatórias (estimativas), a
autoridade atuante serviu-se do art. 44, II, da Lei nº 9.430/96, na
redação que lhe foi dada pela MP 351/2007. [...] Tratando de
lançamento tributário relativo ao ano calendário de 2004, penso
que a referência feita a alteração trazida pela Lei nº 11.488, de
2007, conectasse, tão somente, ao disposto no art. 106, II, c, do
CTN, (...) retroatividade benigna traduzida pela norma em
referência” (BRASIL 2016).
Outras decisões a favor do contribuinte podem ser
destacadas, no entanto, vamos destacar neste artigo uma recente
que reflete as atuais decisões do CARF, como esse acórdão:
“Acórdão nº 9101002.747 – 1ª Turma (04/04/2017). SÚMULA
CARF N. 105. IMPOSSILIDADE DE CONCOMITÂNCIA ENTRE
MULTAS DE OFÍCIO E ISOLADA NA AUSÊNCIA DE
RECOLHIMENTO DA CSLL CALCULADA POR ESTIMATIVAS
MENSAIS. Embora decorram de fatos jurídicos considerados em
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momentos distintos, a multa isolada pela não observância do
regime de estimativa e a multa de ofício pelo não recolhimento do
tributo devido ao final do exercício não podem ser aplicadas
conjuntamente, em função da natureza de antecipação do tributo
que possui a obrigação objeto da sistemática de apuração mensal”
(BRASIL, 2017).
A jurisprudência da CSRF firmou-se no sentido de que a
identidade das bases de incidência das penalidades impedia sua
exigência cumulativa, contrários ao cancelamento da exigência da
multa isolada. Em 2012, através da preposição 17, onde, na integra
diz: “Até 21 de janeiro de 2007, a multa prevista no artigo 44,
inciso I, da Lei 9.430/96, não se aplica concomitantemente sobre
o IRPJ ou CSLL devidos no ajuste anual e sobre as correspondentes
estimativas não recolhidas, apurados sobre a mesma base de
cálculo constatada em procedimento fiscal” (CARF, 2012). Em
2013, o entendimento se manteve na preposição 9: “Até a vigência
da Medida Provisória 351, de 2007, incabível a aplicação
concomitante de multa isolada por falta de recolhimento de
estimativas e de ofício pela falta de pagamento de tributo apurado
no ajuste anual, devendo subsistir a multa de ofício” (BRASIL,
2013).
Decisões desfavoráveis aos contribuintes destacam que a
nova redação dada pela alteração no artigo 44 separa as duas
multas, por isso sua aplicação é expressamente legal.
O entendimento do judiciário, tem se consolidado no mesmo
sentido do CARF, em maioria a favor dos contribuintes. “STJ -
RECURSO ESPECIAL: Resp 1523709 SC 2015/0070315-2. DA
CUMULAÇÃO DA MULTA ISOLADA COM A MULTA DE OFÍCIO.
Alega a Fazenda Pública que as multas do art. 44 da Lei n. 9.430 são
distintas e autônomas, podendo ser cominadas cumulativamente
de forma legítima. [...] Não reconheço a possibilidade de exigência
cumulativa de tais multas A multa de ofício é aplicável nos casos
de totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos
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de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e
nos de declaração inexata. A multa isolada é cobrada isoladamente
sobre o valor do pagamento mensal”
Recentemente, a publicação da IN – Instrução Normativa
1.700 de 2017 corroborou o entendimento de aplicação das duas
multas (ofícios e isoladas). Nos artigos 52 e 53 essas foram
trazidas de forma regulamentar, uma vez que as mesmas já estão
previstas na legislação e sendo aplicadas. No entanto, a referida
IN trata de uma aplicação concomitante.
O artigo 52 trata da multa isolada, percentual de 50%, assim
como diz na Lei 9.340/1996, como pode-se observar na integra:
“Art. 52. Verificada, durante o ano-calendário em curso, a falta de
pagamento do IRPJ ou da CSLL por estimativa, o lançamento de
ofício restringir-se-á à multa isolada sobre os valores não
recolhidos. § 1º A multa de que trata o caput será de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor do pagamento mensal que deixar de ser
efetuado. § 2º As infrações relativas às regras de determinação do
lucro real ou do resultado ajustado, verificadas nos procedimentos
de redução ou suspensão do IRPJ ou da CSLL a pagar em
determinado mês, ensejarão a aplicação da multa de ofício sobre
o valor indevidamente reduzido ou suspenso [...]. (BRASIL, 2017).
Já o artigo 53 trata da multa ofício, percentual de 50%,
diferentemente do que diz a Lei 9.340/1996, que traz uma
penalidade com percentual de 75%.
“Art. 53. Verificada a falta de pagamento do IRPJ ou da CSLL
por estimativa, após o término do ano-calendário, o lançamento
de ofício abrangerá: I - a multa de ofício de 50% (cinquenta por
cento) sobre o valor do pagamento mensal que deixar de ser
efetuado, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de
cálculo negativa da CSLL no ano-calendário correspondente; e II
- o IRPJ ou a CSLL devido com base no lucro real ou no resultado
ajustado apurado em 31 de dezembro, caso não recolhido,
acrescido de multa de ofício e juros de mora contados do
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vencimento da quota única do tributo” (BRASIL, 2017)
Vale ressaltar os conceitos teóricos sobre multas e suas
aplicações, que diverge do entendimento do fisco em relação a
severas penalizações.
Há situações em que o sujeito passivo atrasa o pagamento
de tributo e não pratica qualquer ato tendente a dificultar a ação
da Fazenda Pública na apuração do fato gerador ou obter as
informações necessárias à cobrança do tributo, ou seja, cumpre
todas as suas obrigações acessórias, mas não recolhe o tributo
no vencimento ou o recolhe insuficientemente. Nesse caso, haverá
incidência de multa de mora pelo atraso do pagamento de tributo
(BUNDCHEN, 2016).
A sanção tributária possui uma função ressarcitória, mas
não do valor do tributo devido e sim do interessa da arrecadação
ou da fiscalização, que foi frustrado pela conduta do contribuinte.
A sanção tributária não pode se justificar como forma de vingança
do estado ao sujeito passivo infrator.
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A legislação do lucro arbitrado passou por várias alterações,
mas o retorno da possibilidade de auto arbitramento, quando
conhecida a receita assim como o arbitramento por iniciativa do
Fisco, que se está válido hoje, teve inicio no ano calendário de
1995, através da Lei 8.981 de 1995.
AUTO ARBITRAMENTO
O conhecimento da receita, ou seja, ter controle das vendas,
faz o artigo 47, Parágrafos 1º e 2º , diz o seguinte: “Art. 47. O
lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando: (...) § 1º Quando
conhecida a receita bruta, o contribuinte poderá efetuar o
pagamento do Imposto de Renda correspondente com base nas
regras previstas nesta seção. Portanto, é importante para a
empresa que pretende arbitrar o lucro, ter o conhecimento e
controle das vendas auferidas no período desejado.”
Com o auto arbitramento previsto no artigo 47, a apuração
no lucro arbitrado pode ocorrer em todo o ano calendário, como
prevê o § 2º do artigo 47, mas devem ser observadas as regras:
“§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior: a) a apuração do Imposto
de Renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-
calendário, assegurada a tributação com base no lucro real relativa
aos meses não submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurídica
dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal
que demonstre o lucro real dos períodos não abrangido por aquela
modalidade de tributação, observado o disposto no § 5º do art. 37;
b) o imposto apurado com base no lucro real, na forma da alínea
www.esab.edu.br 111
anterior, terá por vencimento o último dia útil do mês subsequente
ao de encerramento do referido período.”
Desta forma, quando a empresa tem conhecimento e controle
da receita, deve-se considerar as alíquotas, de acordo com os
percentuais aplicados sobre a receita correspondente as alíquotas
do presumido acrescidos de 20%, conforme determina o artigo 16
da Lei 9249 de 1995, conforme destacadas abaixo:
Atividade %
Revenda de Combustíveis 1,92%
Fabricação Própria, Revenda de Mercadorias e Industrialização
por Encomenda
9,60%
Transporte de Cargas e Serviços Hospitalares
Atividade Rural
Serviços de Transporte, exceto Cargas 19,20%
Administração de Consórcios
Hotelaria e Estacionamento
Serviços Profissionais Habilitados
Representação Comercial
38,40%
Administração Locação de Imóveis
Corretagem em Geral
Serviços de Construção Civil
Factoring
Bancos, Instituições Financeiras e Assemelhados 45,00%
Nos casos de arbitramento de oficio, quando a autoridade
fiscal, em eventual fiscalização arbitra o lucro por encontrar
irregularidades (principalmente quando a receita bruta não é
conhecida ou controlada), as alíquotas aplicadas, obedecem ao
artigo 51 da Lei 8981 de 1995, conforme abaixo:
BASE DE CÁLCULO %
Lucro Real referente ao Último Período Base em que a PJ
manteve Escrituração de acordo com as Leis Comerciais e 150,00%
Fiscais, atualizado monetariamente
Soma dos Valores do Ativo Circulante, Realizável a L. Prazo e
Permanente, Existentes no Último Balanço Patrimonial 4,00%
Conhecido, atualizado monetariamente
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Valor do Capital, inclusive Correção Monetária contabilizada
como Reserva de Capital, constante do Último Balanço
7,00%
Patrimonial conhecido ou registrado nos Atos Constitutivos ou
Alterações, atualizado monetariamente
Valor do Patrimônio Líquido constante do Último Balanço
5,00%
Patrimonial conhecido, atualizado monetariamente
Valor das Compras de Mercadorias efetuadas no mês
Soma, em cada mês, dos Valores da Folha de Pagamento dos
40,00%
Empregados e das Compras de Matérias Primas, Produtos
Intermediários e Materiais de Embalagens
Soma dos Valores Devidos no Mês a Empregados 80,00%
Valor Mensal do Aluguel 90,00%
As alíquotas acima são referentes ao imposto de renda,
tendo em vista que os outros tributos (como Contribuição Social,
PIS e COFINS, são calculados normalmente.
EXEMPLO PRÁTICO
A empresa Exemplo Ltda, do ramo de atividade de comércio,
optou como regime de tributação do IRPJ pelo Lucro Real, no ano
calendário de 2017, foi fiscalizada pela Receita Federal que no
processo de fiscalização, desclassificou sua escrituração porque
o Livro Diário da mesma estava rasurado e não havia sido
autenticado na Junta Comercial. Por isso, buscou no controle de
saídas, através do Livro de Saídas, as Receitas Brutas a seguir:
MÊS VENDAS BRUTAS OUTRAS RECEITAS
Janeiro R$ 4.300.000,00 -
Fevereiro R$ 3.800.000,00 R$10.800,00
Março R$ 5.100.000,00 R$5.000,00
Abril R$ 5.400.000,00 -
Maio R$ 6.200.000,00
Junho R$ 6.500.000,00 R$40.700,00
Julho R$ 5.900.000,00 R$5.800,00
Agosto R$ 7.300.000,00 -
Setembro R$ 6.700.000,00 -
Outubro R$ 7.500.000,00 R$10.000,00
Novembro R$ 6.900.000,00 -
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Dezembro R$ 7.100.000,00 R$85.000,00
R$ R$ R$ R$
FATURAMENTO
13.200.000,00 18.100.000,00 19.900.000,00 21.500.000,00
R$ R$ R$ R$
ARBITRAMENTO (R$)
1.267.200,00 1.737.600,00 1.910.400,00 2.064.000,00
(+) OUTRAS R$ R$ R$ R$
RECEITAS 15.800,00 45.700,00 - 95.600,00
(=) BASE DE R$ R$ R$ R$
CÁLCULO DO IRPJ 1.283.000,00 1.783.300,00 1.910.400,00 2.159.600,00
R$ R$ R$ R$
(=) IRPJ DEVIDO
314.750,00 439.825,00 471.600,00 533.900,00
(-) PAGO
ANTECIPADAMENTE
(EM OUTRO REGIME
- - - 31.500,00
- PRESUMIDO OU
REAL)
R$ R$ R$ R$
(=) IRPJ A RECOLHER
314.750,00 439.825,00 471.600,00 502.400,00
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A estrutura da apuração é a mesma do lucro presumido, o
que muda é o percentual de arbitramento, chamado no lucro
arbitrado, e que no lucro presumido chamamos de percentual de
presunção.
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Essa seção trará a prática das contingencias vividas nas apurações
do simples nacional. Tanto quanto as apurações que são realmente
simples, quanto as que requerem mais atenção e planejamento.
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O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado,
simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de
14.12.2006. no entanto, as regras aplicadas a este regime tem se
tornado cada vez mais complexas. Vamos
RECEITA
De acordo com a Lei Complementar nº 123/2006, no artigo
3º, § 1º, e 16º, § 1º, para fins de enquadramento da microempresa
e da empresa de pequeno porte, considera-se receita bruta os
valores de venda de bens e serviços nas operações das atividades
econômicas das empresas, depois de excluídas as vendas
devolvidas e descontos concedidos incondicionalmente.
“§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto
no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o
resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais concedidos.”
Além dos valores de operações das atividades econômicas
das empresas, o artigo 2º, § 4º da Resolução CGSN Nº 140 de
2018, determina que deve ser considerado como receita também:
• O custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no
valor dos bens ou serviços ou destacado no documento
fiscal;
• As gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;
• Os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de
cessão de direito de uso ou gozo; e
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• As verbas de patrocínio.
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CNPJ;
• Os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações
de renda fixa ou variável.
• RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores
• Alíq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V da Lei
Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar
155/2016.
• PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V da Lei
Complementar 123/2006, alterada pela Lei Complementar
155/2016.
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Anexos I a V desta Lei Complementar, observando-se que:
• O percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5%
(cinco por cento), transferindo-se eventual diferença, de forma
proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta
anual;
• Eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais
alíquota efetiva será transferida para o tributo com maior percentual
de repartição na respectiva faixa de receita bruta.
FATOR R
A regra para definir em qual anexo será tributada as atividades
de prestação de serviços é simples. Quando a relação, no mês,
entre a folha de pagamento (pró-labore, salários, FGTS) e a receita
bruta auferida nos últimos 12 meses for igual ou superior a 28%,
a atividade será tributada pelo anexo III. Se o resultado for abaixo
de 28%, então a atividade será tributada pelo anexo V.
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da operação, a partir das alíquotas nominais constantes dos
Anexos I ou II, da seguinte forma:
EXEMPLO DE CÁLCULO
Receita bruta acumulada: R$ 400.000,00.
Alíquota nominal: 10%
Valor a deduzir: R$ 13.860,00
Percentual de distribuição do ICMS: 32%
[(400.000,00 x 10%) - 13.860,00 / 400.000,00] x 32%
(26.140,00 / 400.000,00) x 32%
0,06535 x 32%
Alíquota efetiva de ICMS: 2,0912%
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São limites diferenciados de receita anual para empresas de
pequeno porte (EPP), válidos apenas para a análise de recolhimento
do ICMS e do ISS. A aplicação de sublimites depende da
participação do Estado ou do Distrito Federal no produto interno
bruto (PIB) brasileiro.
A partir de 2018, de acordo com o artigo 19 da Lei
Complementar 123 de 2006, a regra sobre sublimites mudou, e
ficou da seguinte forma:
• Os Estados cuja participação no PIB seja de até 1% poderão
adotar, em seus respectivos territórios, o sublimite de receita bruta
anual de R$ 1,8 milhões
• Os Estados que não adotarem o sublimite opcional acima,
bem como aqueles cuja participação no PIB seja igual ou superior
a 1%, ficam obrigados a aplicar o sublimite de receita bruta anual
de R$ 3,6 milhões
As receitas brutas de mercado interno e de mercado externo
devem ser consideradas separadamente. Para o sublimite de
mercado interno de R$ 3.600.000,00 soma-se outro, no mesmo
valor, de exportações de mercadorias e serviços. Os Estados e o
Distrito Federal devem se manifestar anualmente, até o último dia
útil de outubro, quanto à adoção de sublimites, com efeitos para o
ano-calendário seguinte. Os sublimites adotados pelos Estados
são obrigatoriamente válidos para os Municípios neles localizados.
Com essas alterações, os estados com valores de sublimite
de R$ 1,8 milhões (adotado por Estados com participação no PIB
de até 1%), são: Acre, Roraima e Amapá. Os demais estados terão
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sublimite de R$ 3,6 milhões.
De acordo com o artigo 19 e 20 da Lei Complementar nº
123, de 2006 e suas alterações, o sublimite de receita bruta aplica-
se somente nos cálculos do ICMS e do ISS. Os demais tributos
abrangidos pelo simples nacional obedecem ao limite de R$ 4,8
milhões, que passou a valer em 2018.
Para explanar as situações, abaixo temos dois quadros de
situações para análise do limite e sublimite da receita bruta anual.
Nelas será considerado que a empresa está localizada em estados
que adotam o sublimite de R$ 3.,6 milhões, assim como que a
empresa iniciou suas atividades antes de 2017 e que não possui
receita no mercado externo (caso contrário, os limites e sublimites
devem ser calculados, separadamente, sobre as receitas do
mercado interno e de exportações).
Para melhor entendimento das situações abaixo, considere:
SIGLA SIGNIFICADO
Receita bruta acumulada dos últimos 12 meses anteriores ao
RBT12
período de apuração de cálculo
RBAA Receita bruta acumulada no ano calendário anterior
RBA Receita bruta acumulada no ano corrente
De 2018 pra 2019, houve um momento de transição da
análise dos sublimites, pois com as regras na legislação. No
quadro abaixo temos as situações de transições e análise do da
receita bruta anual acumulada para a opção para o ano de 2018.
No início de 2018
A RBAA em 2017 foi inferior ou igual a 3,6 milhões: a empresa
pode iniciar o ano de 2018 no Simples Nacional, recolhendo
Situação 1
todos os tributos neste regime, observando as disposições do
art. 13, § 1º da LC 123/06.
A RBAA em 2017 foi superior a 3,6 milhões, mas inferior ou
igual a R$ 4,8 milhões: a empresa pode iniciar o ano de 2018
recolhendo os tributos federais no Simples Nacional, mas
Situação 2
estará impedida de recolher o ICMS/ISS desde o início do ano
neste regime. Deve apurar o ICMS e/ou ISS “por fora” do SN
o ano todo.
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A RBAA em 2017 foi superior a 4,8 milhões: a empresa não
Situação 3
pode optar pelo Simples Nacional em 2018.
Fonte: Receita Federal do Brasil
No quadro abaixo temos as possíveis situações para análise
da opção do simples para o ano de 2019, ou seja, tudo que
acontecer em 2018 se repercutirá na opção pelo simples em 2019
em frente.
Durante 2018
A RBA em 2018 foi inferior ou igual a 3,6 milhões: a empresa
Situação 4
continua recolhendo todos os tributos no Simples Nacional;
A RBA em 2018 ultrapassou o sublimite de 3,6 milhões em
A T É
20% (receita acumulada até R$ 4.320.000,00), logo, não
Situação 5 ultrapassou o limite de R$ 4,8 milhões: a empresa continua
recolhendo no Simples Nacional os tributos federais, mas
estará impedida de recolher o ICMS/ISS no Simples Nacional
a partir do ano seguinte;
A RBA em 2018 ultrapassou o sublimite de 3,6 milhões em
MAIS DE 20% (receita acumulada acima de R$ 4.320.000,00),
mas não ultrapassou o limite de R$ 4,8 milhões: a empresa
Situação 6
continua recolhendo no Simples Nacional os tributos federais,
mas estará impedida de recolher o ICMS/ISS no Simples
Nacional a partir do mês seguinte
A RBA em 2018 ultrapassou o limite de 4,8 milhões em ATÉ
20% (receita acumulada até R$ 5.760.000,00): a empresa
Situação 7
estará sujeita à exclusão do Simples Nacional a partir do ano
seguinte;
A RBA em 2018 ultrapassou o limite de 4,8 milhões em MAIS
DE 20% (receita acumulada acima de R$ 5.760.000,00): a
Situação 8
empresa estará sujeita à exclusão do Simples Nacional a
partir do mês seguinte.
Fonte: Receita Federal do Brasil
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acumulada no ano calendário anterior (RBAA) ou a receita bruta
acumulada no ano corrente (RBA), incluindo a do mês.
No caso da situação 5, se o sublimite for ultrapassado, mas
não estando ainda impedida de recolher o ICMS/ISS no Simples
Nacional, ou ainda, tendo ultrapassado o limite, mas não estando
sujeita à exclusão, de acordo com o artigo 24 da Resolução CGSN
nº 140 de 2018, serão aplicadas regras específicas de cálculo
(não há mais majoração de 20%) sobre a parcela da receita que
excedeu o sublimite ou o limite. Desde de 2016, para receitas de
exportação de mercadorias ou serviços, existe um sublimite
adicional.
As empresas que ultrapassarem os sublimites, ficarão
impedidas de recolher o ISS e o ICMS na apuração do Simples,
nos seguintes períodos:
• Desde o início do ano, caso a receita acumulada da empresa
no ano calendário anterior ultrapasse qualquer um dos sublimites
(do mercado interno ou externo);
• A partir do ano seguinte, caso a receita acumulada da
empresa no ano calendário corrente ultrapasse qualquer um dos
sublimites em até 20%;
• A partir do mês seguinte ao do excesso, caso a receita
acumulada da empresa no ano-calendário corrente ultrapasse
qualquer um dos sublimites em mais de 20%.
Conforme o § 8º do artigo 24 da Resolução CGSN nº 140,
de 2018, as empresas com situações parecidas com os tópicos
acima, no ano-calendário de início de atividade, cada um dos
sublimites deve ser proporcionalizado pelo número de meses
compreendidos entre a abertura do CNPJ e o final do respectivo
ano.
Para exemplificar as situações destacadas nesta unidade,
serão apresentados exemplos da Receita Federal sobre a temática,
abaixo:
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EXEMPLO 1
Em um Estado que adote o sublimite de R$ 3.600.000,00 para o
ano calendário de 2018:
1. Uma empresa optante pelo Simples Nacional, localizada neste
Estado, que acumule no ano-calendário de 2017 receita bruta de
R$ 2 milhões no mercado interno e R$ 2 milhões no mercado
externo, por não exceder qualquer um dos sublimites, poderá
ingressar no Simples Nacional em 2018, recolhendo o ICMS/ISS
por este regime.
2. Uma empresa optante pelo Simples Nacional, localizada neste
Estado, que acumule no ano-calendário de 2017 receita bruta de
R$ 2 milhões no mercado interno e R$ 4 milhões no mercado
externo, por exceder um dos sublimites (do mercado externo),
mas não o limite, poderá ingressar no Simples Nacional em 2018,
mas estará impedida de recolher o ICMS/ISS por este regime
(deve recolher o ICMS/ISS fora do Simples Nacional).
3. Continuando o exemplo 1, se no cálculo do período de apuração
07/2018 a receita acumulada da empresa no ano-calendário
corrente (receitas de janeiro a julho, inclusive) for de R$ 3 milhões
no mercado interno e R$ 3,8 milhões no mercado externo, por
exceder um dos sublimites (do mercado externo) em até 20%,
porém não os limites, estará impedida de recolher o ICMS/ISS
por este regime, em princípio*, a partir do ano seguinte (01/2019),
mas permanecerá no Simples Nacional.
Continuando o exemplo 3, se no cálculo do período de
apuração 08/2018 a receita acumulada da empresa no ano-
calendário corrente (receitas de janeiro a agosto, inclusive) for de
R$ 3,5 milhões no mercado interno e R$ 4,5 milhões no mercado
externo, por exceder um dos sublimites (do mercado externo) em
MAIS DE 20%, porém não os 95 limites, estará impedida de
recolher o ICMS/ISS por este regime, a partir de 09/2018, mas
permanecerá no Simples Nacional.
No ano-calendário de início de atividade, os sublimites
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(mercado interno e externo) devem ser proporcionalizados pelo
número de meses compreendidos entre a abertura do CNPJ e o
final do respectivo ano. Se a receita bruta acumulada pela empresa
no ano-calendário de início de atividade ultrapassar quaisquer dos
sublimites (mercado interno e externo), os estabelecimentos da
EPP localizados na unidade da federação cujo sublimite for
ultrapassado estarão impedidos de recolher o ICMS e o ISS na
forma prevista no Simples Nacional:
• a partir do ano seguinte, caso a receita acumulada da
empresa ultrapasse qualquer um dos sublimites em ATÉ 20%;
• retroativamente à data de abertura do CNPJ, caso a receita
acumulada da empresa ultrapasse qualquer um dos sublimites em
mais de 20%.
EXEMPLO 02
1. Empresa em início de atividade que ultrapassou em até 20% o
sublimite proporcional Empresa Delta, aberta em 13/09/2018,
optante pelo Simples desde então e localizada em Estado com
sublimite de R$ 3,6 milhões, auferiu receita bruta total no ano de
2018 de R$ 1,3 milhão. Como seu sublimite proporcional é de R$
1,2 milhão (R$ 300.000,00 × 4 meses), ela o ultrapassou em até
20%, razão pela qual está impedida de recolher o ICMS/ISS a
partir de 01/01/2019.
2. Empresa em início de atividade que ultrapassou em mais de
20% o sublimite proporcional Empresa Gama, aberta em
13/09/2018, optante pelo Simples desde então e localizada em
Estado com sublimite de R$ 3,6 milhões, ao apurar o período de
apuração 09/2018, verificou que sua receita bruta acumulada
(receita de setembro e outubro) é de R$ 1,5 milhão. Como seu
sublimite proporcional é de R$ 1,2 milhão (R$ 300.000,00 × 4
meses), ela o ultrapassou em mais de 20%, razão pela qual está
impedida de recolher o ICMS/ISS a partir de 01/10/2018.
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Com alterações na Lei Complementar 123/2006, os anexos
e faixas foram reformulados, antes haviam os anexos I, II, III, IV, V
e VI, com as novas alterações em 2018 passou a ter somente os
anexos I (empresas de comércio), II (empresas industriais), III, IV
e V (empresas de serviços). Em relação as faixas até 2017 eram
20 faixas, em 2018 passou a ter apenas 6 faixas.
COMÉRCIO (ANEXO I)
O anexo I, traz as alíquotas que são utilizadas para
calcularmos a alíquota efetiva do simples e não corresponde a
carga tributária efetiva, dependendo do faturamento da empresa.
ANEXO I - ATIVIDADES DE REVENDA DE MERCADORIAS
Exemplo 1 (comércio)
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$ 200.000,00
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(2ª faixa = 7,30% de alíquota nominal)
b) faturamento do mês de janeiro/2019: R$ 15.000,00
Alíquota efetiva = (200.000,00 × 7,30% – 5.940,00) / 200.000,00
Alíquota efetiva = 0,0433 (4,33%)
Valor do DAS = R$ 15.000,00 x 4,33% = R$ 649,50
Exemplo 2
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$
1.000.000,00 (4ª faixa = 10,70% de alíquota nominal)
b) faturamento do mês de Julho/2019: R$ 80.000,00
Alíquota efetiva = (1.000.000,00 × 10,70% – 22.500,00) /
1.000.000,00
Alíquota efetiva = 0,0845 (8,45%)
Valor do DAS = R$ 80.000,00 x 8,45% = R$ 6.760,00
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R $
R $ R $ R $ R $ R $
80.000,00
80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 80.000,00 x
R$6.760,00 x 3,55% =
x 0,46% = x 0,30% = x 1,08% = x 0,23% = 2,83% = R$
R $
R$ 368,00 R$ 240,00 R$ 864,00 R$ 184,00 2.264,00
2840,00
FAIXAS
IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP IPI ICMS
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Exemplo I
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$ 450.000,00
(3ª faixa = 10% de alíquota nominal)
b) faturamento do mês de junho/2019: R$ 30.000,00
Alíquota efetiva = (450.000,00 × 10% – 13.860,00) / 450.000,00
Alíquota efetiva = 0,0692 (6,92%)
Valor do DAS = R$ 30.000,00 x 6,92% = R$ 2.076,00
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
30.000,00 x 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 x 30.000,00 x 30.000,00 x
R$2.076,00
0,38% = R$ x 0,24% = x 0,80% = x 0,17% = 2,60% = R$ 0,52% = R$ 2,21% = R$
114,00 R$ 72,00 R$ 240,00 R$ 51,00 780,00 156,00 663,00
Exemplo II
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$
2.100.000,00 (5ª faixa = 14,70% de alíquota nominal)
b) faturamento do mês de dezembro/2019: R$ 300.000,00
Alíquota efetiva = (2.100.000,00 × 14,70% – 85.500,00) /
2.100.000,00
Alíquota efetiva = 0,1063 (10,63%)
Valor do DAS = R$ 300.000,00 x 10,63% = R$ 31.890,00
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Repartição dos tributos:
R $ R $ R $
R $ R $ R $ R $
300.000,00 300.000,00 300.000,00
300.000,00 300.000,00 300.000,00 300.000,00
R$31.890 x 3,99% = x 0,80% = x 3,40% =
x 0,59% = x 0,37% = x 1,22 % = x 0,26% =
R $ R $ R $
R$ 1.770,00 R$ 1.110,00 R$ 3.660,00 R$ 780,00
11.970,00 2.400,00 10.200,00
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ANEXO III
Segundo o artigo 25, § 1º, III, § 2º, I, e § 11, da Resolução
CGSN nº 140, de 2018, enquadram-se ao anexo III (não sujeitos
ao fator “r”) os seguintes serviços:
• creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental,
escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas
estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios
para concursos, gerenciais e escolas livres, exceto as previstas
nas alíneas “b” e “c” do inciso V do art. 25, § 1º, da Resolução
CGSN nº 140, de 2018;
• agência terceirizada de correios;
• agência de viagem e turismo;
• transporte municipal de passageiros e de cargas em qualquer
modalidade;
• coleta de resíduos não perigosos – Soluções de Consulta
Cosit nº 18, de 16 de janeiro de 2014, e nº 215, de 21 de julho de
2014;
• centro de formação de condutores de veículos automotores
de transporte terrestre de passageiros e de carga;
• agência lotérica;
• serviços de instalação, de reparos e de manutenção em
geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento
em metais;
• produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e
culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de
música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e
www.esab.edu.br 133
audiovisuais;
• corretagem de seguros;
• corretagem de imóveis de terceiros, assim entendida a
intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis;
serviços vinculados à locação de bens imóveis, assim entendidos
o assessoramento locatício e a avaliação de imóveis para fins de
locação;
• locação, cessão de uso e congêneres, de bens imóveis
próprios com a finalidade de exploração de salões de festas,
centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras
esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos,
parques de diversões, canchas e congêneres, para a realização
de eventos ou negócios de qualquer natureza;
• escritórios de serviços contábeis não autorizados pela
legislação municipal a pagar o ISS em valor fixo em guia do
Município;
• comercialização de medicamentos e produtos magistrais,
produzidos por manipulação de fórmulas, sob encomenda, no
próprio estabelecimento;
• Outros serviços não intelectuais sem previsão específica de
tributação pelos outros Anexos (ou seja, não relacionados no art.
25, § 1º, incisos IV e V, da Resolução CGSN nº 140, de 2018).
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Para exemplificar a apuração simples de empresas do
comércio e da indústria, segue exemplos abaixo:
Exemplo I
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$ 500.000,00
(3ª faixa = 13,5% de alíquota nominal)
b) faturamento do mês de fevereiro/2019: R$ 40.000,00
Alíquota efetiva = (500.000,00 × 13,5% – 17.640,00) / 500.000,00
Alíquota efetiva = 0,0997 (9,97%)
Valor do DAS = R$ 40.000,00 x 9,97% = R$ 3.988,00
5a, com
alíquota (Alíquota (Alíquota (Alíquota (Alíquota (Alíquota
efetiva efetiva – efetiva – efetiva – efetiva – efetiva – Percentual de
superior a ISS fixo em
14,93% 5%
5%) x 5%) x 5%) x 5%) x 5%) x
6,02% 5,26% 19,28% 4,18% 65,26%
www.esab.edu.br 135
9,97 x 9,97 x 9,97 x 9,97 x 9,97 x
9,97 x 4%
9,97% 3,50% = 13,64% = 2,96% = 43,40% = 32,50% =
= 0,40%
0,35% 1,35% 0,30% 4,33% 3,24%
R $ R $
R $ R $ R $ R $
40.000,00 40.000,00
40.000,00 40.000,00 40.000,00 40.000,00 x
R$3.988,00 x 4,33% = x 3,24% =
x 0,40% = x 0,35% = x 1,35% = 0,30% = R$
R $ R $
R$ 160,00 R$ 140,00 R$ 540,00 120,00
1.732,00 1.296,00
ANEXO IV
Conforme o artigo 25, § 1º, IV, da Resolução CGSN nº 140,
de 2018 enquadram-se no anexo IV, as empresas de:
• construção de imóveis e obras de engenharia em geral,
inclusive sob a forma de subempreitada;
• execução de projetos e serviços de paisagismo;
• decoração de interiores;
• serviço de vigilância, limpeza ou conservação o inclusive
dedetização, desinsetização, desratização, imunização e outros
serviços de controles de pragas urbanas;
• serviços advocatícios.
www.esab.edu.br 136
comércio e da indústria, segue exemplos abaixo:
Exemplo I
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$ 362.000,00
(3ª faixa = 10,20% de alíquota nominal)
b) faturamento do mês de março/2019: R$ 30.000,00
Alíquota efetiva = (362.000,00 × 10,20% - 12.420,00) / 362.000,00
Alíquota efetiva = 0,0677 (6,77%)
Valor do DAS = R$ 30.000,00 x 6,77% = R$ 2.031,00
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De acordo com nosso exemplo, a repartição dos tributos do
simples nacional será:
TOTAIS IRPJ CSLL COFINS PIS ISS*
R $ R $
R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
30.000,00 x 30.000,00 x
R$2.031,00 x 1,03% = R$ x 1,33% = x 0,29% = R$
1,41% = R$ 2,71% = R$
309,00 R$ 399,00 87,00
423,00 813,00
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O anexo é o chamado vilão do simples nacional, pois
dependendo do nível de faturamento,
De acordo com o artigo 25, § 1º, V, da Resolução CGSN nº
140, de 2018, estão enquadradas no anexo V, as empresas com
as seguintes atividades:
• administração e locação de imóveis de terceiros, assim
entendidas a gestão e administração de imóveis de terceiros para
qualquer finalidade, incluída a cobrança de alugueis de imóveis de
terceiros;
• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes
marciais;
• academias de atividades físicas, desportivas, de natação e
escolas de esportes; elaboração de programas de computadores,
inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em
estabelecimento da optante;
• licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de
computação;
• planejamento, confecção, manutenção e atualização de
páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento da
optante;
• empresas montadoras de estandes para feiras;
• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem,
registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância
magnética;
• serviços de prótese em geral;
www.esab.edu.br 139
• fisioterapia;
• medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;
• medicina veterinária;
• odontologia e prótese dentária;
• psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura,
podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e
bancos de leite;
• serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de
interpretação;
• arquitetura e urbanismo; engenharia, medição, cartografia,
topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas
e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; o inclusive
desenho técnico;
• representação comercial e demais atividades de
intermediação de negócios e serviços de terceiros;
• perícia e avaliação;
• auditoria, economia, consultoria, gestão, organização,
controle e administração;
• jornalismo e publicidade;
• agenciamento;
• Outros serviços intelectuais sem previsão específica de
tributação pelos outros Anexos (ou seja, não relacionados no art.
25, § 1º, III e IV, § 2º, I, e § 11, da Resolução CGSN nº 140, de
2018).
www.esab.edu.br 140
De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% R$17.100,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23% R$62.100,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% R$540.000,00
Exemplo I
a) faturamento acumulado nos 12 meses anteriores: R$ 250.000,00
(2ª faixa = 18,00% de alíquota nominal)
b) Folha de Salários dos últimos 12 meses anteriores: R$ 55.000,00
c) faturamento do mês de janeiro/2019: R$ 25.000,00
R $ R $ R $
R$ 25.000,00 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00
25.000,00 25.000,00 25.000,00 x
R$4.050,00 x 0,49% = R$ x 4,51% = R$ x 2,75% = R$
x 3,73% = x 2,43% = 2,29% = R$
122,50 1.127,50 687,50
R$ 932,50 R$ 607,50 572,50
www.esab.edu.br 141
Exemplo II
Neste exemplo especificamente, a empresa está sujeita ao
anexo V, mas dependendo do fator r pode ser tributada pelo anexo
III. Conforme o § 5o-I, inciso IX, mesmo as atividades que estão
no Anexo V poderão ser tributadas pelo Anexo III, segundo a
condição abaixo descrita na Lei: “As atividades de prestação de
serviços a que se refere o § 5o-I serão tributadas na forma do
Anexo III desta Lei Complementar caso a razão entre a folha de
salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou superior
a 28% (vinte e oito por cento).”
www.esab.edu.br 142
Repartição dos tributos:
TOTAIS IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ISS
R $
R $ R $ R $ R $
20.000,00 R$ 20.000,00
20.000,00 x 20.000,00 20.000,00 20.000,00
R$2.608,00 x 5,66% = x 4,17% = R$
0,52% = R$ x 0,46% = x 1,83 = x 0,40% =
R $ 834,00
104,00 R$ 92,00 R$ 366,00 R$ 80,00
1.132,00
www.esab.edu.br 143
Pode-se definir como MEI, qualquer pessoa que trabalha
por conta própria e que se legaliza para exercer uma atividade
econômica para a produção ou circulação de bens e serviços
(SEBRAE, 2016), sabendo que antes de se formalizar como MEI
o potencial empresário deve se atentar para alguns requisitos
como: verificar se recebe algum benefício previdenciário, exemplo:
Aposentadoria por invalidez, Auxílio Doença, Seguro Desemprego,
etc.; procurar a prefeitura para verificar se a atividade pode ser
exercida no local desejado e verificar se pode registrar mais de
uma atividade utilizando o mesmo endereço.
Segundo o portal do Empreendedor (2017), a Lei Complementar
nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o
trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI
legalizado, permitindo o registro no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), facilidades no acesso ao crédito para obtenção
de capital de giro, financiamento para investimentos e emissão de
notas fiscais.
O Empreendedor Individual é fruto da aprovação, pelo
Congresso Nacional, da Lei Complementar 128/08 que foi
prontamente sancionada pelo Presidente Lula. O fato de ser uma
Lei Complementar dá segurança ao Empreendedor porque ele
sabe que as suas regras são estáveis e para serem alteradas
necessitam de outra Lei Complementar a ser votada também pelo
Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República,
ou seja, há uma grande segurança jurídica de que as regras atuais
não serão alteradas facilmente.
www.esab.edu.br 144
Conforme descrito no portal do SEBRAE (2017), após o
registro, o MEI passa a ter a obrigação de contribuir com o INSS/
Previdência Social, sendo descontado um percentual de 5% sobre
o valor do salário mínimo (conforme Decreto 8.948/2016, o salário
mínimo é de R$ 937,00), mais R$ 1,00 de ICMS para o estado
(atividades de indústria, comércio e transportes de carga
intermunicipal e interestadual) e/ou R$ 5,00 ISS para o município
(atividades de Prestação de Serviços e Transportes Municipal).
O valor mensal a ser pago pelo MEI varia de acordo com o
setor econômico e será atualizado anualmente conforme salário
mínimo, a data de vencimento dos impostos (DAS) ocorre sempre
no dia 20 de cada mês, passando para o dia útil seguinte caso
incida em fim de semana ou feriado.
Através destas contribuições, o Microempreendedor Individual
tem direito aos benefícios como licença-maternidade, auxílio
doença, aposentadoria, entre outros, sabendo que deve ser
obedecido o prazo de carência para obter acesso aos mesmos,
segundo.
De acordo com o Portal do Empreendedor, O MEI ainda
possui outros benefícios conforme, mencionado acima são eles:
cobertura previdenciária; menor custo para contratação de
funcionário; não tem cobrança de taxas e nem burocracia para
fazer o registro; acesso a serviços bancários, como abertura de
contas jurídicas e financiamento com taxas específicas para MEI;
menos tributos, ou seja, a cobrança é unificada e mais barata; não
precisa contratar um contador; emissão de alvará provisório pela
Internet; possibilidade de participação em licitações e negociações
junto a órgãos públicos; apoio técnico do SEBRAE; segurança
jurídica (Lei que protege seu negócio) e emitir a “Certidão Conjunta
Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa
da União” diretamente no site da Receita Federal, informando
apenas o
www.esab.edu.br 145
OBRIGAÇÕES DO MEI
O MEI possui as seguintes obrigações:
• Obter alvará;
• Não ultrapassar o faturamento bruto anual de R$ 81.0000,00
(valor proporcional mensal de R$ 6.750,00);
• Pagamento mensal de contribuição do DAS;
• Fazer mensalmente relatório da receita bruta para controle
interno, guardando as notas fiscais de compra e venda pelo
prazo mínimo de 05 anos; emitir obrigatoriamente notas
fiscais quando solicitado por qualquer pessoa jurídica e para
pessoa física a emissão é necessária apenas quando
solicitado.
• Quando contratar um funcionário: deverá preencher um GFIP,
Informação à Previdência Social e Guia do FGTS, que deverá
ser entregue até o máximo o dia 7 de cada mês vigente, por
meio de uma plataforma denominada Conectividade Social
da Caixa Econômica Federal. Após ter preenchido e entregado
o GFIP, deverá efetuar o depósito do FGTS, calculado com
base de 8% sobre a remuneração do funcionário. E terá ainda
como obrigação recolher 3% da remuneração para a
Previdência Social. O custo total do empregado para o
Microempreendedor Individual é 11% do respectivo salário.
• Apresentar DASN: Deverá declarar o valor total do faturamento
bruto referente ao ano anterior, no período do primeiro dia útil
de janeiro até 31 de maio de cada ano, podendo ser feita
gratuitamente pelo portal do empreendedor ou centro de
atendimento ao MEI mais próximo.
www.esab.edu.br 146
O primeiro passo é identificar o lucro do seu negócio. A conta
é básica: receita bruta, que compreende todas as vendas efetuadas
em um determinado ano calendário, menos os custos e despesas,
que são os gastos relativos à aquisição de mercadorias para
revenda por exemplo e gasto para manutenção da empresa como
água, luz e telefone.
Após o levantamento do lucro, deve-se verificar o teto de
isenção do seu lucro, que é o percentual de presunção (conforme
legislação do lucro presumido) em relação à sua receita bruta
(faturamento). Esse percentual depende da atividade exercida,
conforme abaixo:
www.esab.edu.br 147
pessoas não fazem essa análise e consequentemente não
informam esse valor de parcela tributável na declaração imposto
de renda na pessoa física. O não recolhimento e principalmente a
falta da declaração para o fisco é o pior dos caminhos para tentar
evitar pagar tributos. Essa conta básica o fisco pode fazer através
dos servidores da Receita Federal, que autuará automaticamente
a pessoa física (ou pela falta da informação e dos rendimentos na
declaração) e possivelmente a pessoa jurídica.
O MEI tem se tornado uma forma de planejamento tributário,
além da sua função de regularização dos negócios. No entanto,
usar uma ferramenta de planejamento é muito sério e deve ser
responsável para tal.
www.esab.edu.br 148
Nesta seção demonstraremos a importância do planejamento
tributário para as organizações e como os conceitos estão ligados
a gestão geral da empresa e não isoladamente.
www.esab.edu.br 149
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O planejamento tributário é importante para as empresas,
de forma geral e isoladamente, pois repercute direta e indiretamente
nos âmbitos jurídicos, financeiros e econômicos de uma empresa.
A discursão sobre redução tributária tem se tornado forte nos
últimos anos, mas ainda é um tema muito discutido e que cabe
analisar conceitos e criar discursões sobre para que seu
entendimento seja preciso.
Pensando não no planejamento, mas na gestão tributária
com um todo, Humberto B. Borges, trouxe o seguinte conceito:
“Solucionar questões complexas ou controvertidas na dinâmica
dos impostos, esclarecer questões tributárias resultantes de
lacunas ou obscuridade na lei ou regulamento fiscal.”
Já pensando isoladamente, Mário Shingaki, traz o seguinte
conceito sobre planejamento tributário: “Escolha de alternativas
de ações ou omissões lícitas e sempre anteriores à ocorrências
dos fatos geradores.
Traduzindo e entrelaçando os dois conceitos, a figura abaixo
demonstra o que querem dizer. Basicamente a gestão tributária é
o contexto geral e o planejamento tributário faz parte da gestão e
portanto, não deve ser tratado como um todo.
www.esab.edu.br 150
Podemos assim dizer que o planejamento tributário é o
processo de escolha de ação ou omissão lícita, não simulada,
anterior à ocorrência do fato gerador, que vise, direta ou
indiretamente, economia de tributos. (Almir Malkowski, 2000).
Ainda, que consiste em um conjunto de medidas contínuas
que visam à economia de tributos, de forma legal, ... (Gustavo
Oliveira, 2005).
Análise do conjunto de atividades atuais ou dos projetos de
atividades econômico-financeiras do contribuinte (pessoa física
ou jurídica), em relação ao seu conjunto de obrigações fiscais com
o escopo de organizar suas finanças, seus bens, negócios, rendas
e demais atividades com repercussões tributárias, de modo que
venha a sofrer o menor ônus fiscal possível. (James Marin, 2002).
Muito se confunde e tenta-se fazer valer do planejamento
tributário licito. Mas o que não é planejamento tributário? Vamos
elencar alguns exemplos do que não é planejamento, mas que
tentam fazer com que pareça uma forma licita de economia de
tributos.
• Crimes contra a ordem tributária: Fraudar fiscalização, omitir
informação ou prestar declaração falsa, falsificar ou alterar nota
fiscal, deixar de recolher tributo no prazo legal por má fé;
• Sonegação fiscal: Ação ou omissão dolosa, impedir ou
retardar, total ou parcialmente o conhecimento pelo fisco de um
fato ocorrido ou da natureza do fato;
www.esab.edu.br 151
• Simulação (art. 167, § 1º do Código Civil):“§ 1o Haverá
simulação nos negócios jurídicos quando: aparentarem conferir
ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais
realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração,
confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos
particulares forem antedatados, ou pós-datados.”
• Abuso de forma e negócio jurídico indireto (artigo 166 do
Código Civil): o abuso de forma do negócio jurídico pode
transforma-lo em nulidade pedida pelo ministério público.
• Distribuição disfarçada de lucros: a Cosit 131 de 2019 está
tratando claramente desse assunto que era muito discutido.
www.esab.edu.br 152
social também proporciona efeitos não desejados.
Leis são elaboradas de forma generalizada, o que encorajam
os contribuintes a explorarem as ambiguidades da legislação. As
alterações para corrigir os efeitos não desejados demoram um
tempo, pois só ocorrem depois de serem detectados
As diferenças entre as alíquotas efetivas dos tributos podem
transformar em um incentivo para os contribuintes tentarem
minimizar a carga fiscal.
Contundo, o Governo deve investir em recursos materiais e
humanos, porém são insuficientes para coibir ou prevenir que os
contribuintes desenvolvam métodos para reduzir tributos.
Diversos estudos apontam que as oportunidades de
planejamento tributário aumentam quando as empresas:
• Operam em mais países (principalmente paraísos fiscais)
• Atuam em novos mercados
• Têm mais transações interestaduais
• Recebem mais tratamento tributário preferencial
• Mudam de estrutura legal (reorganização societária)
www.esab.edu.br 153
considerada como propósito negocial, ou seja, ser utilitária de
planejamento tributário agressivo e controverso.
VOCÊ SABIA?
Unidade européia da Starbucks pagou 2,8% de imposto no Reino
Unido no ano passado
As empresas européias da Starbucks pagaram uma taxa
de imposto efetiva no Reino Unido de apenas 2,8% no ano até o
final de outubro de 2017, depois que um pagamento de outra
parte do grupo aumentou os lucros.
A cadeia cafeeira, que no passado enfrentou críticas vee-
mentes de seus assuntos fiscais na Grã-Bretanha, revelou que
sua maior operação européia pagou US $ 5,9 milhões de impostos
no Reino Unido com lucros de US $ 213 milhões, um pouco abaixo
dos US $ 219 milhões do ano anterior.
O valor do lucro foi inflado por um dividendo de US $ 150
milhões de outra entidade do grupo na qual a Starbucks já havia
pago impostos.
Excluindo o pagamento de dividendos, a taxa de imposto
efetiva para as empresas européias - que tem 3 mil lojas em 40
países - foi de 9,4%. A alíquota do imposto corporativo do Reino
Unido é de 19,5%.
A Starbucks foi acusada de evasão fiscal em 2012, depois
que a cadeia havia pago apenas 8,6 milhões de libras esterlinas
de imposto corporativo na Grã-Bretanha em 14 anos. Para acal-
mar a reação do público, transferiu sua sede européia de Amster-
dã para Londres, aumentando seus pagamentos de impostos.
Mas os ativistas disseram que a estrutura complicada do
grupo e os pagamentos entre subsidiárias dificultam a avaliação
se a abordagem do pagamento de impostos melhorou.
Sua conta de impostos para 2017 foi reduzida em parte
por incentivos fiscais relacionados a funcionários pagos em ações.
Uma redução adicional veio do “efeito fiscal de despesas que não
são dedutíveis na determinação do lucro tributável”, de acordo
com as contas da empresa para a região da Europa, Oriente Médio
e África.
www.esab.edu.br 154
(continua)
Link da Matéria: https://www.ft.com/content/4d85c99c-bb44-11e8-
8274-55b72926558f
www.esab.edu.br 155
Na unidade anterior discutimos os conceitos e formas licitas
de planejamento tributário. Agora partiremos para os conceitos do
que é o planejamento tributário, o que não é e o que tentam fazer
parecer planejamento tributário. Basicamente, vimos
conceitualmente na unidade anterior, mas nos aprofundaremos
nos conceitos de cada um, na forma como são chamados.
O planejamento tributário de uma empresa é uma forma de
economia tributária (pagamento de impostos, taxas, contribuições).
A forma licita de se fazer tal planejamento é chamada de elusão.
A forma ilícita mais comum de economizar no pagamento de
tributos é chamada de evasão.
ELISÃO FISCAL
Prática de ato ou celebração de negócio legalmente enqua-
drado em hipótese visada pelo sujeito passivo, importando isen-
ção, não incidência, incidência menos onerosa do tributo.
EVASÃO FISCAL
ELUSÃO FISCAL
www.esab.edu.br 156
Ato de dissimular a ocorrência do fato gerador. A elusão
fiscal é diferente da evasão e da elisão, pois trata da utilização de
negócios jurídicos atípicos, que não há causa, organizados como
simulação ou fraude a lei e tem como finalidade de uma situação
tributária mais favorável ou obtendo uma vantagem do fisco
indevida, de forma a evitar a incidência da imposição da norma
tributária pelo fisco, ou seja, é a realização de operações
(societárias por exemplo) que aparentem um negócio jurídico
legítimo e válido, com o único objetivo de se obter os efeitos da
causa daquele negócio para não recolher tributos ou diminuir a
carga tributária. São atos qualificados como fraudulentos, pois
não são realizados com o propósito verdadeiro daquele negócio,
ou seja, são desprovidos de causa negocial.
Para Heleno Taveira Tôrres, abarcariam as ações por meio
das quais o contribuinte, mediante a organização planejada de
atos lícitos, mas desprovidos de “causa” (simulados ou em fraude
a lei), tenta evitar a subsunção de ato ou negócio jurídico ao
conceito normativo do fato típico e o respectivo consequente
tributário, dissimulando a ocorrência do fato gerador.
A Lei Complementar 104/2001, que acrescentou o artigo 116
ao CTN, institui a norma antielisiva com o intuito de coibir a prática
tributária abusiva, dando poderes a autoridade administrativa para
desconsiderar operações cuja finalidade seja a de dissimulação
da incidência do tributo, com propósito negocial.
www.esab.edu.br 157
que o parágrafo único do artigo 116 no CTN como uma norma
anti-elusiva, busca-se comprovar que a ocorrência da hipótese de
simulação por interposição de pessoas configura-se como elusão
tributária, sujeitando-se, de tal sorte, à intervenção estatal
sancionatória, na medida em que se encontra no campo material
abarcado pelo parágrafo único do artigo 116 no CTN. Dessa forma,
analisando a natureza deste dispositivo legal, verifica-se que não
se trata de uma norma geral anti-elisiva, mas sim abre a
possibilidade de um confronto às práticas de atos simulados, em
fraude a lei ou abuso do direito, formas que configuram, de acordo
com a classificação de Heleno Tôrres, como elusão tributária,
devendo, o referido dispositivo normativo, ser entendido como
norma que visa combater condutas elusivas praticadas pelo
Contribuinte.
Para Alberto Xavier o parágrafo único do art. 116 do CTN se
refere à figura da simulação, considerada, na teoria geral do
Direito, como um dos vícios que afetam o elemento vontade dos
atos ou negócios jurídicos, a par do erro, do dolo, da coação e da
reserva mental. Assim sendo que a simulação fiscal deve ser
considerada como o ato que ocorre quando a finalidade consiste
em prejudicar o Fisco, podendo acontecer em referência na esfera
da “ocorrência do fato gerador do tributo” ou “da natureza dos
elementos constitutivos da obrigação”.
Para efeitos da aplicação da doutrina nas hipóteses de
interposição de pessoas, é de suma importância a relação entre o
artigo 50 do CC/02 e o parágrafo único do artigo 116 no CTN,
assumindo-se que este último dispositivo legal vai além daquele
contido na legislação privada, na medida em que excepciona a
exigência de ordem judicial para se proceder a desconsideração
e, consequentemente, excepciona o tramite judicial do processo,
bastando-se o trâmite do processo administrativo. Como visto, o
artigo 50 do CC/02 autoriza o juiz a desconsiderar a personalidade
jurídica de sociedades quando do cumprimento dos requisitos
www.esab.edu.br 158
nele contidos, ganhando, de tal sorte, o status de regra geral.
Portanto, o parágrafo único do artigo 116 do CTN contém
uma autorização de desconsideração de atos desde que haja o
cumprimento de determinados requisitos, sendo que só o fisco
poderia proceder à aplicação do disposto neste dispositivo legal
quando comprovar que o negócio ou operação foi praticado pelo
contribuinte por meio de dissimulação da verdadeira realidade
fática, inclusive nas hipóteses de interposição de pessoas.
Todavia, como não há o estabelecimento das condições
materiais de aplicação do dispositivo legal tratado em questão,
hão de ser respeitados os limites impostos pelo artigo 50 do Código
Civil de 2002, de forma que a autoridade administrativa ficará a
eles adstrita.
“Art. 50 do CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios
da pessoa jurídica.”
Sempre que houver uma situação na qual a interposição de
pessoas configure fraude a lei, simulação ou abuso de direito,
haverá seu enquadramento como prática elusiva tributária,
sujeitando os sócios por detrás do manto da legal à aplicação da
sanção da desconsideração da personalidade jurídica, embasado
na exegese conjunta do disposto nos artigos 50 do CC/02 e no
parágrafo único do artigo 116 do CTN, com base em um
procedimento administrativo legalmente instituído e que, além de
seguir todos os princípios processuais determinados na CF/88,
garanta ao contribuinte o respeito a todas as suas garantias
fundamentais constitucionalmente previstas.
Portanto, que sempre que houver uma situação na qual a
interposição de pessoas configure prática elusiva tributária,
www.esab.edu.br 159
sujeitará os sócios por trás do manto da legal à aplicação da
sanção da desconsideração da personalidade jurídica, embasado
na exegese conjunta do disposto no parágrafo único do artigo 116
do CTN e no artigo 50 do CC/02.
A aplicação desta sanção deverá ser resultado de um
procedimento administrativo legalmente instituído e que, além de
seguir todos os princípios processuais previsto no sistema jurídico
brasileiro, garanta ao contribuinte o respeito a todas as suas
garantias fundamentais constitucionalmente previstas.
É importante nos reiteramos, porém, que mesmo que se
eventualmente se tenha atribuída aos sócios de uma empresa
alguma responsabilidade por deveres tributários, deve-se
conservar a personalidade jurídica da sociedade, respeitando
como instituição em pelo acordo com a doutrina do direito privado.
Em contrapartida, a sonegação fiscal é tratada no art. 71 da
Lei nº 4502, de 30 de novembro de 1964: “Art. 71. Sonegação é
toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total
ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade
fazendária: I – da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária
principal, sua natureza ou circunstâncias materiais; II – das
condições pessoais de contribuinte, suscetíveis de afetar a
obrigação tributária principal ou o crédito tributário
correspondente.”
Desta forma, o artigo 71 trata a sonegação como qualquer
ação ou omissão dolosa, que sugere o impedimento por comple-
to ou não do conhecimento do governo sobre qualquer atividade
econômica. Podemos dizer que a evasão fiscal é o ato ilícito que
alguém tenta esconder as eventuais sonegações, como por exem-
plo, uma comercialização sem a devida emissão de nota fiscal.
www.esab.edu.br 160
O termo elusão fiscal ainda não é muito usual na
literatura brasileira, mas já é dito de forma concei-
tual. Usamos muito a elisão que a forma licita do
planejamento tributário e a evasão. O termo elu-
são é a forma ilusória de uma ou mais situações
ilícitas, quando o proposito negocial não é.
O artigo 153 da Lei 6404 de 1976 diz que “Art 153: O ad-
ministrador da companhia deve empregar, no exercício de suas
funções, o cuidado e diligência que todo homem ativo e probo
costuma empregar na administração dos seus próprios negócios”
e o artigo 154 segue confirmando as atribuições, que para alguns
especialistas sugere o início da “legalização do planejamento tri-
butário”. Art 154. O administrador deve exercer as atribuições que
a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da
companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função
social da empresa.
www.esab.edu.br 161
Mas o CARF – Câmara Superior de Recursos Fiscais, já de-
cidiu contrariamente, aceitando o proposito negocial de grupo de
empresarial na Ementa 01-05.413 de 2006: “IRPJ – Incorporação
às avessas – Glosa de Prejuízo - É possível a incorporação às
avessas, mesmo dentro de um grupo empresarial, quando existe
o propósito negocial”.
www.esab.edu.br 162
Planejar tributos nem sempre é fácil. Requer diversas anali-
ses e como dissemos diversas vezes: não tem uma fórmula. De-
pende de cada faturamento, atividade econômica e outros. O ob-
jetivo desta unidade é demonstrar as problemáticas do Simples
Nacional e a alíquota efetiva do presumido para
Exemplo I
Uma empresa de comércio que revende pedras de granitos
preenche todos os requisitos legais e está enquadrada no anexo
I, no mês de 04/2019, a empresa obteve o faturamento de R$
435.570,00, sendo sua receita bruta dos últimos 12 meses R$
3.638.450,50 e sua receita do ano-calendário R$ 3.392.435,40.
www.esab.edu.br 163
CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA DOS TRIBUTOS FEDERAIS:
AlíqEfet.= R$ 313.305,595
R$ 3.638.450,50
Alíq.Efet.= 3,98671%
www.esab.edu.br 164
REPARTIÇÃO DA ALÍQUOTA EFETIVA PARA OS TRIBUTOS
TOTAIS IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS
11,90062
8,61096 x 8,61096 x 8,61096 x 8,61096 x 8,61096 x
x 33,50%
12,60% 13,50% = 10,00% = 28,27% = 6,13% = 42,10% =
=
1,16248% 0,86109% 2,43432% 0,52785% 3,62522%
3,98671%
Exemplo II
Uma empresa enquadrada no anexo I, no mês de 05/2019 a
empresa obteve o faturamento de R$ 394.957,85, sendo sua
receita bruta dos últimos 12 meses R$ 3.983.198,06 e sua receita
do ano-calendário R$ 3.357.495,60.
www.esab.edu.br 165
4.800.000,00, sendo a parcela a deduzir de R$ 378.000,00.
www.esab.edu.br 166
CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA DOS TRIBUTOS FEDERAIS:
AlíqEfet.= R$ 378.807,63
R$ 3.983.198,06
www.esab.edu.br 167
Simples Nacional a Recolher
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R $
5.070,74 3.756,10 10.618,51 2.302,49 15.813,20 15.711,92 53.272,96
www.esab.edu.br 168
Exemplo I
Uma empresa enquadrada no anexo III, no mês de 05/2019 a
empresa obteve o faturamento de R$ 145.060,00, sendo sua
receita bruta dos últimos 12 meses R$ 4.229.977,13 e sua receita
do ano-calendário R$ 3.685.210,00.
www.esab.edu.br 169
CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA DO ISS (Parcela que não
excedeu)
Alíq.Efet.= 6.03997%
Passo 3: Realizar a distribuição do ISS excedente (parcela que
não excedeu) entres os tributos federais.
www.esab.edu.br 170
CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA DO ISS (Parcela que excedeu)
Alíq.Efet.= 5,8658%
www.esab.edu.br 171
RBT12 x Alíquota Nominal - Parcela a Deduzir
RBT12
AlíqEfet.= R$ 747.892,45
R$ 4.229.977,13
www.esab.edu.br 172
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R $
9.058,59 3.918,71 4.373,58 946,83 8.710,24 7.253,00 34.260,95
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Exemplo I
Uma empresa prestadora de serviços que preenche todos os
requisitos, inclusive e está enquadrada no anexo V, obteve no mês
de 03/2019 um faturamento de R$ 165.450,00, sendo sua receita
bruta dos últimos 12 meses R$ 3.625.518,64 e sua receita do ano-
calendário R$ 3.468.475,09.
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CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA DOS TRIBUTOS FEDERAIS:
AlíqEfet.= R$ 565.783,19
R$ 3.625.518,64
Alíq.Efet.= 5,002478%
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Distribuição do ISS excedente (Parcela que excedeu)
Alíquota Efetiva ISS: 5,89431%
(-) Alíquota Máxima ISS: 5%
(=) Excedente ISS: 0,89431%
Receita R$ R $ R $ R $ R $ R $
Bruta 165.450,00 165.450,00 165.450,00 165.450,00 165.450,00 165.450,00
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Alíquota 5,46269% 2,41926% 2,56601% 0,55566% 4,60442% 5,00000%
Efetiva
p o r
Imposto
%Valor R$ R$ 4.002 R$ R$ R$ 7.618,01 R$ 8.272,50
9.038,03 ,68 4.245,47 919,34
Exemplo II
Uma empresa do ramo de prestação de serviços enquadrada no
anexo V, obteve no mês de 04/2019 um faturamento de R$
220.000,00, sendo sua receita bruta dos últimos 12 meses R$
3.578.223,26 e sua receita do ano-calendário R$ 3.787.450,00.
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AlíqEfet.= RB máxima 5ª x Alíq 5ª faixa - PD5ª faixa x PD ICMS 5ª faixa
RB máxima 5ª
AlíqEfet.= R$ 3.600.000,00 x 23% - R$ 62.100,00 x 23,50%
R$ 3.600.000,00
Alíq.Efet.= 4,9996%
Passo 3: Encontradas as alíquotas efetivas do ISS da parcela que
excedeu, o próximo passo é calcular a alíquota efetiva dos tributos
federais: IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP e CPP.
AlíqEfet.= R$ 760.891,35
R$ 3.578.223,26
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Perc. Repartição 23,00% 12,50% 14,1 3,05% 23,85% 23,50%
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O planejamento correto e fidedigno não tem formula correta
para cada tipo de contribuinte. Cada planejamento será diferente
dependendo do tipo de tributação, produto e localização da
empresa. Nessa unidade veremos um exemplo prático de uma
empresa que deseja importar um produto para vender no Brasil.
A análise foi feita separadamente, considerando as situações
especificas, assim como os três regimes de tributação: Simples
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. As informações são as
seguintes:
SITUAÇÃO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SITUAÇÃO 1 SITUAÇÃO 2 3
RECEITA 545.386,71 545.386,71
SIMPLES CUSTO
381.770,70 381.770,70
MERCADORIA
RECEITA 545.386,71 545.386,71
545.386,71
PRESUMIDO
CUSTO
336.499,87 336.499,87
MERCADORIA 336.499,87
RECEITA 545.386,71 545.386,71
545.386,71
REAL
CUSTO
331.355,74 331.355,74
MERCADORIA 331.355,74
O custo está diferente para cada situação, pois dependendo
do tipo de tributação e até mesmo produto, a forma de apuração
do custo também muda.
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SITUAÇÃO 1
SITUAÇÃO 2
(ICMS
SIMPLES NACIONAL (ICMS CALCULADO
CALCULADO POR
NO SIMPLES)
FORA)
RECEITA 545.386,71 545.386,71
CUSTO MERCADORIA 381.770,70 381.770,70
Simples 65.719,10 68.173,34
ICMS (com redução BC) 38.177,07
(-) crédito ICMS 4% -15.270,83
TOTAL TRIBUTOS 88.625,34 68.173,34
% TRIBUTAÇÃO EFETIVA 16,25% 12,50%
GANHO BRUTO 74.990,67 95.442,67
(RECEITA - CUSTOS -
IMPOSTOS) 13,75% 17,50%
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tributário. Tem em média de 25 a 30% da folha de pagamento,
mas depende do setor.
SITUAÇÃO
SITUAÇÃO 2
SITUAÇÃO 3
1 Com
PRESUMIDO Benefício
Sem redução BC
Fiscal (1,16%)
redução (de 17%
para 7%)
RECEITA
545.386,71 545.386,71 545.386,71
CUSTO MERCADORIA
336.499,87 336.499,87 336.499,87
PIS/COFINS (3,65%)
19.906,61 19.906,61 19.906,61
CSLL (1,08%)
5.890,18 5.890,18 5.890,18
IRPJ (1,2%) + 10% Adicional
3.017,56 3.017,56 3.017,56
ICMS
92.715,74 38.177,07 6.326,49
- -
(-) crédito ICMS 4%
13.459,99 13.459,99 -
TOTAL TRIBUTOS
108.070,10 53.531,42 35.140,83
% TRIBUTAÇÃO EFETIVA
19,82% 9,82% 6,44%
SEM FOLHA
TRIBUTOS S/ FOLHA DE
PAGAMENTO (CUSTO
APROXIMADO DE ACORDO
12.441,79 12.441,79 12.441,79
COM A FOLHA DA HEBROM
DE JANEIRO A JULHO/2018)
% TRIBUTAÇÃO EFETIVA
22,10% 12,10% 8,72%
TOTAL
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presuimido para empresas comerciais. O cálculo para a alíquota
efetiva é:
Aliq. Efetiva IRPJ = 8 (percentual de presunção comercio) x
15% (aliq. IRPJ) = 1,2%
Aliq. Efetiva CSLL = 12 (percentual de presunção comercio) x
9% (aliq. IRPJ) = 1,08%
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Com
com
Sem redução BC
REAL COMPETE
redução (de 17% para
(1,16%)
7%)
RECEITA
545.386,71 545.386,71 545.386,71
CUSTO MERCADORIA
331.355,74 331.355,74 331.355,74
PIS/COFINS (9,25%)
50.448,27 50.448,27 50.448,27
- - -
(-) Crédito PIS/COFINS (9,25%)
30.650,41 30.650,41 30.650,41
ICMS
92.715,74 38.177,07 6.326,49
- -
(-) crédito ICMS 4%
13.254,23 13.254,23 -
TOTAL TRIBUTOS SOBRE
FATURAMENTO 99.259,38 44.720,70 26.124,35
% TRIBUTOS SOBRE O
18,20% 8,20% 4,79%
FATURAMENTO
DESPESAS OPERACIONAIS
(20% DA RECEITA) 109.077,34 109.077,34 109.077,34
-
LUCRO ESTIMADO
38.210,38 16.328,29 48.178,87
TOTAL TRIBUTOS
99.259,38 49.006,67 34.869,39
% TRIBUTAÇÃO EFETIVA
18,20% 8,99% 6,39%
SEM FOLHA
TRIBUTOS S/ FOLHA DE
PAGAMENTO (CUSTO
APROXIMADO DE ACORDO
12.441,79 12.441,79 12.441,79
COM A FOLHA DE JANEIRO A
JULHO/2018)
% TRIBUTAÇÃO EFETIVA
20,48% 11,27% 8,67%
TOTAL
GANHO BRUTO
(RECEITA - CUSTOS - 102.329,81 152.582,52 166.719,79
IMPOSTOS) 18,76% 27,98% 30,57%
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As três situações referente ao lucro real tem as mesmas
particularidades de disparidade com as do lucro presumido. O que
difere o cálculo do lucro real do presumido, é que na apuração dos
tributos pelo lucro real, depende-se exclusivamente do lucro para
calcular o IR e a CS, e para melhor cálculo, precisaríamos compor
custos e despesas não considerados nesta análise, pois só consta
o custo da mercadoria vendida e os impostos. Podemos fazer uma
análise mais precisa com a mensuração de um percentual de
outros custos operacionais, determinados com base no
conhecimento do negócio, principalmente porque no Lucro Real
teríamos que separar o que é despesa dedutível e não dedutível.
Mas o objetivo era a compreensão de que o planejamento tributário
é único e deve ser feito única e exclusivamente para um contribuinte
de fato.
Neste exemplo especificamente, o lucro real se apresentou
como a melhor opção em todas as simulações nos três tipos de
regime. O resultado pode ter sido influenciado pela forma simples
que foi feita o cálculo, sem adições e exclusões por exemplo, mas
como o objetivo era apenas mostrar como deve ser feito a analise
entre os três, as adições e exclusões não foram utilizadas para
simplificar o exemplo.
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Princípios constitucionais tributários: diretrizes para seguir sobre
como legislar os tributos
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Aplicação do lucro arbitrado: como o lucro é calculado na forma
arbitrada.
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Acréscimos às bases de cálculo da CSLL: o que é acrescido na
base de cálculo da CSLL
Não compõem a receita bruta: o que não faz parte receita bruta no
simples nacional.
Contribuinte: sujeito passivo, que pode ser tanto uma pessoa física
ou jurídica sujeita a obrigação tributária devido a ocorrência do
fato gerador.
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