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TRIBUTÁRIO
A Responsabilidade e o Ilícito Tributários
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
A Responsabilidade e o Ilícito Tributários
Renato Grilo
Apresentação..................................................................................................................3
A Responsabilidade e o Ilícito Tributários........................................................................6
1. A Responsabilidade Tributária pelas Infrações: a Face Sancionadora do Direito
Tributário........................................................................................................................6
2. Responsabilidade Tributária e Responsabilidade por Infrações Tributárias: uma
Diferença......................................................................................................................... 7
3. A Natureza Objetiva da Responsabilidade Tributária pelas Infrações......................... 10
3.1. A Boa-fé do Comerciante no Aproveitamento de Créditos de ICMS.. ........................ 13
3.2. Aplicação de Pena de Perdimento em Veículo........................................................ 16
3.3. Erro da Fonte Pagadora e Responsabilidade do Contribuinte................................. 20
4. Espécies de Multas Tributárias..................................................................................22
5. A Responsabilidade Pessoal do Art. 137 do CTN. . ......................................................29
6. A Denúncia Espontânea............................................................................................ 30
7. A Vedação da Sanção Política....................................................................................35
Questões de Concurso...................................................................................................44
Gabarito....................................................................................................................... 60
Gabarito Comentado. ..................................................................................................... 61
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A Responsabilidade e o Ilícito Tributários
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Apresentação
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Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Embora a esmagadora maioria das pessoas não pague um tributo feliz da vida, isso não
significa que elas estejam sendo sancionadas pela incidência do tributo.
O tributo é o preço da vida organizada pelo Estado; pagamos tributo para a organização
da vida em sociedade, a partir da estruturação e ação estatal. O tributo faz frente ao custo
do Estado e ao próprio Estado, pagamos tributos por um dever fundamental, conforme seja a
capacidade contributiva de cada um.
Agora, viremos uma página: dentro do direito tributário, assim como ocorre com o direito
ambiental ou administrativo, há um direito sancionador.
Em essência, esse direito sancionador é de natureza tributária-administrativa, apenas
para dizer que não detém natureza criminal e é imposto pela Administração Tributária (Fisco).
Assim como o IBAMA imputa uma multa, por exemplo, pelo descumprimento de alguma
norma ou preceito do direito material ambiental, a Receita Federal imputa multas, previstas
necessariamente em Lei formal, pelo descumprimento das normas tributárias.
Quando se descumpre um preceito tributário, ao qual se atrela uma sanção, surge a obri-
gação tributária principal de pagar multa tributária.
Essa obrigação tributária principal de pagar multa ou penalidade é autônoma em relação
à obrigação tributária principal de pagar o tributo.
Por exemplo, você deixa seu imóvel para alugar em uma imobiliária, que fecha um contra-
to de 5 anos; aluguel é fruto civil e é renda, de modo que surge, para você (dono do imóvel) a
obrigação tributária principal de pagar o tributo (imposto de renda). A imobiliária, que tramita
o negócio, funciona como “dedo duro”: quando repassa para você os valores dos alugueis,
informa esse fato à Receita Federal (para evitar que você deixasse de pagar o tributo). Caso
a imobiliária descumpra com o seu dever, essa omissão será um “fato gerador” da obrigação
principal de pagar uma multa tributária. Mas qual o tributo que é devido pela imobiliária? Ne-
nhum. Ela simplesmente descumpriu com um dever de colaboração com o Fisco.
Essa multa da imobiliária nós chamamos de “multa isolada”. Isso é importante.
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Prosseguindo. Aqui fica muito clara a distinção entre as três espécies autônomas de obri-
gações tributárias: de pagar tributo, de pagar multa ou penalidade tributária e acessórias (de
fazer ou não fazer algo no interesse da Administração Tributária – caso da imobiliária).
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Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
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Na aula passada nós falamos sobre a responsabilidade pelo pagamento do tributo. É pre-
ciso diferenciá-la do que se chama de “responsabilidade por infrações”.
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Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
Obrigação tributária principal de pagar tributo Obrigação tributária principal de pagar multa tributária
Fato gerador: a hipótese prevista em lei que seja sufi- Fato gerador: descumprimento ou infração a dever ou
ciente ao surgimento da relação jurídica contributiva. determinação prevista no interesse da tributação.
Advento do fato gerador de responsabilidade tributária: Advento do fato gerador de responsabilidade tributária:
Sucessão empresarial. Sucessão empresarial.
Responsabilidade da empresa sucessora pelo paga- Responsabilidade da empresa sucessora pelo paga-
mento do tributo. mento das multas moratórias ou punitivas.
Percebam que, nas duas hipóteses, quem realiza o fato gerador do tributo e quem incide
nos fatos geradores das multas tributárias é a empresa sucedida, que é a contribuinte.
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De acordo com o art. 136 do CTN, a responsabilidade por infrações da legislação tributária
independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos
efeitos do ato.
Ou seja, a “intenção” não é relevante, devendo a conduta ser interpretada objetivamente;
é dizer, não importa se o agente ou responsável desejou o ato, ou agiu dolosamente. Também
pouco importa se houve ou não culpa.
O elemento anímico do agente é irrelevante para o direito tributário.
Em alguns casos, entretanto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite tem-
peramentos.
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Essa é uma jurisprudência já antiga do Superior Tribunal de Justiça, que leva em conside-
ração a presença da boa-fé do contribuinte, em determinadas circunstâncias.
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O preceito questionado diz, em verdade, que a responsabilidade não depende da intenção, o que
torna (em princípio) irrelevante a presença de dolo (vontade consciente de adotar a conduta ilíci-
ta), mas não afasta a discussão da culpa (em sentido estrito). Se ficar evidenciado que o indivíduo
não quis descumprir a lei, e o eventual descumprimento se deveu a razões que escaparam a seu
controle, a infração ficará descaracterizada, não cabendo, pois, falar em responsabilidade. [...] O
art. 136 não afirma a responsabilidade tributária sem culpa (stricto sensu). Interpretado o preceito
em harmonia com o art. 108, IV, a equidade já conduz o aplicador da lei no sentido de afastar a san-
ção em situações nas quais, dadas as circunstâncias materiais ou pessoais, ela não se justifique.
[...] Em suma, parece-nos que não se pode afirmar ser objetiva a responsabilidade tributária (em
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matéria de infrações administrativas) e, por isso, ser inadmissível todo tipo de defesa do acusado
com base na ausência de culpa. O que, em regra, não cabe é a alegação de ausência de dolo para
eximir-se de sanção por infração que não requer intencionalidade. (AMARO, Luciano. Direito tribu-
tário brasileiro. 15 ed. São Paulo: Saraiva. 2009, p. 444-446.)
A Súmula 509, do STJ tem o seguinte teor: “É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar
os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando
demonstrada a veracidade da compra e venda.”
Prestem atenção. O ICMS incide em cadeia. Suponhamos que você venha carnes em-
baladas; você precisa adquirir sacos plásticos para vender seu produto. Então, encontra um
fornecedor de sacos e contrata um fornecimento mensal.
Considerando que o saco irá integrar o produto final, que você irá comercializar, o ICMS
que o teu fornecedor de sacos plásticos pagou (ao te vender os sacos, ou seja, ao comercia-
lizar contigo os sacos), será apurado como crédito por você.
Assim, a cada nota fiscal que o teu fornecedor de sacos emita, referente aos sacos men-
sais que te fornece, você pode pegar o ICMS que se encontra destacado no documento e
apurar como crédito.
Agora, e se essa nota fiscal é declara inidônea? O que acontece?
Primeiro, uma nota fiscal considerada inidônea significa que o cara que te vendeu os sa-
cos plásticos expediu um documento inservível, muito provavelmente pelo fato de não ter
pago aquele ICMS que disse que pagou pela venda dos sacos (ou até em virtude da ocorrência
de fraude e etc).
No mais das vezes, o fornecedor expede a nota fiscal, dizendo que recolheu um determi-
nado valor de ICMS, mas não o fez.
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E aí? Você vai poder apurar um crédito de ICMS referente ao uma nota fiscal que fora pos-
teriormente declarada inidônea?
Sim. Vai poder apurar. O STJ considerou a boa-fé nesse caso.
Vejamos a ementa do repetitivo que solucionou essa questão (atentem para o trecho em
negrito):
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No mesmo sentido:
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2. O comerciante que adquire mercadoria cuja nota fiscal (emitida pela empresa vende-
dora) tenha sido posteriormente declarada inidônea é considerado terceiro de boa-fé,
o que autoriza o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da não cumulativi-
dade, desde que demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada (em observân-
cia ao disposto no artigo 136, do CTN), sendo certo que o ato declaratório da inidonei-
dade somente produz efeitos a partir de sua publicação.
3. Por fim, a jurisprudência do STJ é firme no sentido de que o quantum da verba honorá-
ria, em razão da sucumbência processual, está sujeito a critérios de valoração delineados
na lei processual. Sua fixação é ato próprio dos juízos das instâncias ordinárias, e só pode
ser alterada em Recurso Especial quando tratar de valor irrisório ou exorbitante, o que não
se configura. Dessa forma, modificar o entendimento proferido pelo aresto confrontado
implica o reexame da matéria fático-probatória, o que é obstado ao STJ, conforme sua
Súmula 7/STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso Especial”.
4. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido.
(REsp 1811109/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
11/06/2019, DJe 17/06/2019).
Imagine uma estrada, na fronteira do Brasil com a Argentina e um veículo, que nela tran-
sita, é parado pela fiscalização alfandegária.
No carro, são encontradas inúmeras mercadorias contrabandeadas e em descaminho (in-
ternalizadas irregularmente, por serem mercadorias proibidas, e internalizadas sem o paga-
mento do tributo – respectivamente, contrabando e descaminho).
Nos termos do art. 96 do Decreto-Lei n. 37/66, esse contexto infracional, recebe as se-
guintes penas:
Art. 96. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente:
I – perda do veículo transportador;
II – perda da mercadoria;
III – multa;
IV – proibição de transacionar com repartição pública ou autárquica federal, empresa pública e
sociedade de economia mista.
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Se o veículo não pertence ao condutor, que cometeu o ilícito, mas ao banco (em virtude
do “leasing”), poderia a instituição financeira perder seu bem?
Aplica-se nesse caso a responsabilidade tributária objetiva (art. 136 do CTN), professor?
Então, diante desse contexto, o banco ajuizou ação ordinária contra a União (Fazenda Na-
cional) pretendendo anular o auto de infração que culminou na apreensão e aplicação da pena
de perdimento do veículo, sob a alegação de ser proprietário indireto do veículo, em razão do
contrato de alienação fiduciária firmada com quem o conduzia.
O Banco defendeu que a aplicação da pena de perdimento, como forma de reparação de
danos ao erário, somente pode ocorrer quando for comprovado o envolvimento do proprie-
tário do bem na prática da infração. Na argumentação da instituição financeira, pelas regras
do arrendamento mercantil (Lei n.° 6.099/74) a propriedade é do credor na condição reso-
lúvel (banco), ou seja, com a possibilidade de o locador/devedor, no final da avença, optar
por tornar-se o proprietário do bem (opção de compra). Na hipótese, portanto, a instituição
financeira não via como estabelecer vínculo entre o banco com a prática ilícita cometida pelo
arrendatário, relativamente a participação na infração fiscal.
Em síntese, o banco pretendia ver caracterizada a sua boa-fé. É importante citar os artigos
123 e 136 do CTN
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsa-
bilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Esse tema teve idas e vinda no STJ; contudo, os precedentes recentes não acolheram a
tese de boa-fé do banco.
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Portanto, nos termos dos artigos 123 e 136 do CTN, tratativas particulares (como o arren-
damento mercantil) não pode afetar as obrigações tributárias; além disso, a responsabilidade
tributária é de natureza objetiva.
Nesse caso, o STJ afastou a boa-fé das instituições financeiras.
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como não tributável a verba sobre a qual deveria ter incidido a retenção do imposto,
mas posteriormente retifica a declaração de ajuste anual, atraindo a responsabilidade
pelo pagamento do tributo não recolhido na época certa, dele (contribuinte) não poderá
o Fisco, em acréscimo, exigir o também pagamento de juros e multa decorrentes da
não retenção pela fonte pagadora. Exegese dos arts. 136 do CTN e 722 do Decreto n.
3.000/99 – RIR/99. Precedente: REsp 1.218.222/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Mar-
ques, Segunda Turma, DJe 10/09/2014.
4. Embargos de divergência providos para se afastar, na espécie, a incidência da multa e
dos juros de mora em relação ao contribuinte.
(EREsp 1334749/AL, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
22/10/2014, DJe 29/10/2014).
No mesmo sentido:
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A classificação representa uma opção da doutrina e pode variar conforme o autor; optarei,
como fez Leandro Paulsen (curso de direito tributário completo), por apresentar as multas ou
penalidades tributárias em três espécies: multas moratórias, de ofício e isoladas.
As multas moratórias constituem penalidades aplicadas em razão do simples atraso no
pagamento de tributo.
As multas de ofício são aplicadas pela própria autoridade por meio de auto de infração
quando verifique que o contribuinte deixou de pagar tributo, mediante omissão ou fraude.
As multas isoladas, por sua vez, são aplicadas pelo descumprimento de obrigações aces-
sórias ou por outras infrações que independem de ser ou não devido determinado tributo.
As multas moratórias constituem penalidades aplicadas em razão do simples atraso no pagamento de tributo.
As multas de ofício são aplicadas pela própria autoridade por meio de auto de infração quando verifique que
o contribuinte deixou de pagar tributo, mediante omissão ou fraude.
As multas isoladas, por sua vez, são aplicadas pelo descumprimento de obrigações acessórias ou por outras
infrações que independem de ser ou não devido determinado tributo.
Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela
Secretaria da Receita Federal, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997,
não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, cal-
culada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso.
§ 1º A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do
vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que
ocorrer o seu pagamento.
§ 2º O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.
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Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas:
I – de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição
nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração
inexata;
Portanto, nos casos de falta de pagamento, além da multa moratória (pela impontualida-
de), será aplicada uma multa de ofício.
É importante destacar que esse percentual dobra para 150% nos casos de fraude, sonega-
ção ou conluio (art. 44, § 1º, da Lei n. 9.430/96).
DICA!
Os casos de sonegação, fraude e conluio são capazes de con-
figurar a chamada MULTA FISCAL QUALIFICADA.
Caso não haja sonegação, fraude ou conluio, teremos apenas a chamada MULTA PUNITI-
VA DE OFÍCIO.
Havendo sonegação, fraude ou conluio, a multa pode ser considerada QUALIFICADA pelo
dolo que esses fatos exigem.
Surge, então, um ponto relevantíssimo: o QUE É fraude, sonegação ou conluio, PARA EFEI-
TOS TRIBUTÁRIOS?
Segundo as definições colhidas na Lei n. 4.502/64 (artigos 71 a 73), podemos estabele-
cer que:
Sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente,
o conhecimento por parte da autoridade fazendária:
I – da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias
materiais;
II – das condições pessoais de contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal
ou o crédito tributário correspondente.
Portanto, seja por ação ou omissão, a ação DOLOSA que visa impedir ou retardar o co-
nhecimento por parte da autoridade fiscal, da ocorrência do fato gerador ou das condições
pessoais do contribuinte, constituirá sonegação fiscal.
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Obs.: importante destacar, estimados leitores, que para as multas punitivas de ofício, que
não exigem dolo para sua prática e, portanto, não são “qualificadas”, a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal se firmou no sentido de que serão confiscatórias sempre
que ultrapassem o percentual de 100% (cem por cento) do valor do tributo devido – ou
seja, a multa pode ter até o valor do tributo (100%), mas não um valor acima deste.
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Estamos falando de multas, até aqui, que se fazem acompanhar do pagamento do tributo.
Obs.: contudo, como estamos deixando claro desde a introdução dessa aula, há multas que
são impostas isoladamente, pois as obrigações tributárias de pagar tributo e de pagar
multa tributária são autônomas: podem existir sozinhas.
Portanto, pode ser imposta uma multa tributária isolada.
Seguem dois exemplos de multas isoladas. Primeiro, dispõe a Lei n. 9.430/1996 que:
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas:
II – de 50% (cinquenta por cento), exigida isoladamente, sobre o valor do pagamento mensal:
a) na forma do art. 8º da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, que deixar de ser efetuado, ainda
que não tenha sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste, no caso de pessoa física;
Art. 8º Fica sujeito ao pagamento do imposto de renda, calculado de acordo com o disposto no
art. 25 desta Lei, a pessoa física que receber de outra pessoa física, ou de fontes situadas no exte-
rior, rendimentos e ganhos de capital que não tenham sido tributados na fonte, no País.
Prestem atenção. A Lei diz que a pessoa física que receber de outra pessoa física, ou de
fonte do exterior, rendimentos e ganhos de capital, que não tenham sido tributados na fonte,
fica SUJEITA ao pagamento do imposto de renda.
Fica sujeita não significa necessariamente que irá pagar o imposto de renda, isso porque
na declaração de ajuste pode resultar em restituição e não restar, ao fim e ao cabo, devido
nenhum tributo.
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Contudo, é necessário que a pessoa física, que receba valores do exterior, por exemplo,
realize o pagamento, ainda que no ajuste se conclua que o tributo não era devido.
Se a pessoa física não o fizer, ainda que nenhum tributo fosse devido, se sujeita a multa
de 50%.
Ou seja, mesmo que antevendo que, no ajuste, nenhum tributo será devido, a pessoa física
tem o dever de efetuar o recolhimento, sob pena de multa.
O segundo exemplo, um pouco mais claro, é o seguinte; dispõe a Lei n. 10.426, de 2002 que:
Vejam que os cartórios precisam prestar essas informações à Receita Federal, sob pena
de multa.
A mesma coisa ocorre com a fonte pagadora, obrigada a reter imposto ou contribuição,
caso falhe nesse dever.
Tanto os cartórios como as fontes pagadoras não são devedoras de imposto, mas podem
ter que pagar uma multa tributária isolada caso venham a faltar com os respectivos deveres
de informação à Receita Federal.
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6. A Denúncia Espontânea
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O instituto se restringe a créditos cuja existência seja desconhecida pelo Fisco e que nem
sequer estejam sendo objeto de fiscalização, de modo que, não fosse a iniciativa do contri-
buinte, talvez jamais viessem a ser satisfeitos.
Para exercer a boa e eficiente fiscalização tributária, o Fisco tem um custo administrativo;
a movimentação de toda máquina fiscal, servidores etc., tem uma expressão monetária pró-
pria e um peso na ação administrativa.
A denúncia espontânea surge como uma troca: em vez de o Fisco, ao exercer a fiscaliza-
ção para encontrar a infração tributária, ter um gasto, ele incentiva o contribuinte a se auto
denunciar, tendo um benefício para isso.
Ao encontro dessa afirmação, relevantíssimo precedente do STJ afastou a aplicação da
denúncia espontânea em um caso no qual o contribuinte apresentou depósito judicial integral
do tributo.
Entendeu o STJ de que a denúncia espontânea exige o efetivo e integral PAGAMENTO do
tributo e que o depósito judicial não se confunde com a quitação do tributo.
As lições dadas pelo STJ, abaixo transcritas, são de fundamental importância para a com-
preensão do nosso instituto:
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sua ocorrência deve haver uma relação de troca entre o custo de conformidade (custo
suportado pelo contribuinte para se adequar ao comportamento exigido pelo Fisco) e o
custo administrativo (custo no qual incorre a máquina estatal para as atividades acima
elencadas) balanceado pela regra prevista no art. 138 do CTN.
5. O depósito judicial integral do tributo devido e respectivos juros de mora, a despeito
de suspender a exigibilidade do crédito, na forma do art. 151, II, do CTN, não implicou
relação de troca entre custo de conformidade e custo administrativo a atrair caracteriza-
ção da denúncia espontânea prevista no art. 138 do CTN, sobretudo porque, constituído
o crédito pelo depósito, nos termos da jurisprudência desta Corte (...), pressupõe-se a
inexistência de custo administrativo para o Fisco já eliminado de antemão, a exemplo da
entrega da declaração constitutiva de crédito tributário.
6. Por outro lado, além de não haver relação de troca entre custo de conformidade e
custo administrativo a atrair caracterização da denúncia espontânea na hipótese, houve
a criação de um novo custo administrativo para a Administração Tributária em razão da
necessidade de ir a juízo para discutir, nos autos do mandado de segurança impetrado
pelo contribuinte, o crédito tributário cuja exigibilidade se encontra suspensa pelo depó-
sito, ao contrário do que ocorre, v. g., em casos ordinários de constituição de crédito rea-
lizado pelo contribuinte pela entrega da declaração acompanhada do pagamento inte-
gral do tributo.
(EREsp 1131090/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, jul-
gado em 28/10/2015, DJe 10/02/2016).
No mesmo sentido, o mero pedido de parcelamento tributário não se confunde com a in-
tegral quitação do tributo, exigida pelo art. 138 do CTN, acima transcrito.
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2. Entretanto, para fazer jus ao benefício do art. 138 do CTN, é preciso que a denúncia
espontânea seja acompanhada do pagamento devido.
3. O parcelamento não substitui o pagamento.
(...)
6. Recurso especial provido.
(REsp 173.423/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em
04/04/2000, DJ 12/06/2000, p. 94)
Na medida em que a responsabilidade por infrações resta afastada apenas com o cumpri-
mento da obrigação e que o contribuinte infrator, não o fazendo, resta sempre ameaçado de
ser autuado com pesadas multas, preserva-se a higidez do sistema, não se podendo ver na
denúncia espontânea nenhum estímulo à inadimplência, pelo contrário.
O parágrafo único do art. 138 do CTN deixa claro que, juridicamente, para os fins do
art. 138, é considerado espontâneo o pagamento realizado pelo contribuinte antes de sofrer
fiscalização tendente à constituição do crédito tributário.
Por sua vez, o art. 196 do CTN exige que a autoridade fiscal lavre termo de início do pro-
cedimento (chamado comumente de termo de início de ação fiscal). Esse termo é o marco a
partir do qual já não se pode falar em denúncia espontânea.
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscaliza-
ção lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um
dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à
fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.
Há casos, contudo, em que não há que se falar em início de fiscalização, pois o próprio
lançamento resta desnecessário em face da formalização do crédito tributário por outro meio:
a confissão de dívida pelo contribuinte, na forma do lançamento por homologação (art. 150
do CTN).
Com o autolançamento por parte do contribuinte, já se tem crédito tributário formalizado
e do conhecimento do Fisco, estando este habilitado para a sua inscrição em dívida ativa e
cobrança, de modo que o pagamento após a declaração não tem caráter espontâneo.
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Nesse sentido:
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A denúncia espontânea exclui a responsabilidade tanto pela multa moratória como pela
multa de ofício.
O STF possui jurisprudência consolidada no sentido de que “o Estado não pode valer-se
de meios indiretos de coerção, convertendo-os em instrumentos de acertamento da rela-
ção tributária, para, em função deles – e mediante interdição ou grave restrição ao exercício
da atividade empresarial, econômica ou profissional – constranger o contribuinte a adimplir
obrigações fiscais eventualmente em atraso”.
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O Supremo Tribunal Federal considera que “discrepa, a mais não poder, da Carta Federal a
sanção política objetivando a cobrança de tributos”.
É possível que o não pagamento de um tributo, na data do seu vencimento, seja fato que
gere uma obrigação tributária de pagar uma multa; a impontualidade pode ser perfeitamente
sancionada. Contudo, nenhum contribuinte pode ser objeto de sanção política, a pretexto de
proteger os interesses da tributação.
Nesse sentido:
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Obs.: Obs.: assim, a sanção política pode ser considerada a “medida coercitiva do reco-
lhimento do crédito tributário que restrinja direitos fundamentais dos contribuintes
devedores de forma desproporcional e irrazoável”.
A frase acima é extraída do julgamento, a meu ver, mais relevante sobre sanções políticas
do STF: a ADI 5135.
Segundo explicou o Min. Roberto Barroso, o simples fato de o Poder Público adotar me-
didas coercitivas ou que restrinjam direitos dos contribuintes como forma de cobrar o tributo
não significa que isso seja considerado como uma sanção política. Exige-se, além disso, que
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Ementa: Direito tributário. Ação direta de inconstitucionalidade. Lei n. 9.492/1997, art. 1º,
parágrafo único. Inclusão das certidões de dívida ativa no rol de títulos sujeitos a pro-
testo. Constitucionalidade. 1. O parágrafo único do art. 1º da Lei n. 9.492/1997, inse-
rido pela Lei n. 12.767/2012, que inclui as Certidões de Dívida Ativa – CDA no rol dos
títulos sujeitos a protesto, é compatível com a Constituição Federal, tanto do ponto de
vista formal quanto material. 2. Em que pese o dispositivo impugnado ter sido inserido
por emenda em medida provisória com a qual não guarda pertinência temática, não há
inconstitucionalidade formal. É que, muito embora o STF tenha decidido, na ADI 5.127
(Rel. Min. Rosa Weber, Rel. p/ acórdão Min. Edson Fachin, j. 15.10.2015), que a prática,
consolidada no Congresso Nacional, de introduzir emendas sobre matérias estranhas
às medidas provisórias constitui costume contrário à Constituição, a Corte atribuiu efi-
cácia ex nunc à decisão. Ficaram, assim, preservadas, até a data daquele julgamento,
as leis oriundas de projetos de conversão de medidas provisórias com semelhante vício,
já aprovadas ou em tramitação no Congresso Nacional, incluindo o dispositivo questio-
nado nesta ADI. 3. Tampouco há inconstitucionalidade material na inclusão das CDAs
no rol dos títulos sujeitos a protesto. Somente pode ser considerada “sanção política”
vedada pelo STF (cf. Súmulas n. 70, 323 e 547) a medida coercitiva do recolhimento
do crédito tributário que restrinja direitos fundamentais dos contribuintes devedores de
forma desproporcional e irrazoável, o que não ocorre no caso do protesto de CDAs. 3.1.
Em primeiro lugar, não há efetiva restrição a direitos fundamentais dos contribuintes. De
um lado, inexiste afronta ao devido processo legal, uma vez que (i) o fato de a execução
fiscal ser o instrumento típico para a cobrança judicial da Dívida Ativa não exclui meca-
nismos extrajudiciais, como o protesto de CDA, e (ii) o protesto não impede o devedor de
acessar o Poder Judiciário para discutir a validade do crédito. De outro lado, a publici-
dade que é conferida ao débito tributário pelo protesto não representa embaraço à livre
iniciativa e à liberdade profissional, pois não compromete diretamente a organização e
a condução das atividades societárias (diferentemente das hipóteses de interdição de
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Importante destacar que o Superior Tribunal de Justiça também entende pela possibilida-
de de se efetivar o protesto das Certidões de Dívida Ativa:
(...) 4. No regime instituído pelo art. 1º da Lei 9.492/1997, o protesto, instituto bifronte
que representa, de um lado, instrumento para constituir o devedor em mora e provar a
inadimplência, e, de outro, modalidade alternativa para cobrança de dívida, foi ampliado,
desvinculando-se dos títulos estritamente cambiariformes para abranger todos e quais-
quer “títulos ou documentos de dívida”. Ao contrário do afirmado pelo Tribunal de origem,
portanto, o atual regime jurídico do protesto não é vinculado exclusivamente aos títulos
cambiais. (...) 6. Dada a natureza bifronte do protesto, não é dado ao Poder Judiciário
substituir-se à Administração para eleger, sob o enfoque da necessidade (utilidade ou
conveniência), as políticas públicas para recuperação, no âmbito extrajudicial, da dívida
ativa da Fazenda Pública. (...) 9. A Lei das Execuções Fiscais disciplina exclusivamente
a cobrança judicial da dívida ativa, e não autoriza, por si, a insustentável conclusão de que veda,
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Ainda sobre o tema da sanção política, o STF decidiu pela constitucionalidade da admis-
são ao Simples Nacional apenas das empresas que ostentem regularidade fiscal:
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2. Ausência de afronta ao princípio da isonomia tributária. O regime foi criado para dife-
renciar, em iguais condições, os empreendedores com menor capacidade contributiva e
menor poder econômico, sendo desarrazoado que, nesse universo de contribuintes, se
favoreçam aqueles em débito com os fiscos pertinentes, os quais participariam do mer-
cado com uma vantagem competitiva em relação àqueles que cumprem pontualmente
com suas obrigações.
3. A condicionante do inciso V do art. 17 da LC 123/06 não se caracteriza, a priori, como
fator de desequilíbrio concorrencial, pois se constitui em exigência imposta a todas as
pequenas e as microempresas (MPE), bem como a todos os microempreendedores indi-
viduais (MEI), devendo ser contextualizada, por representar também, forma indireta de
se reprovar a infração das leis fiscais e de se garantir a neutralidade, com enfoque na
livre concorrência.
4. A presente hipótese não se confunde com aquelas fixadas nas Súmulas 70, 323 e 547
do STF, porquanto a espécie não se caracteriza como meio ilícito de coação a paga-
mento de tributo, nem como restrição desproporcional e desarrazoada ao exercício da
atividade econômica. Não se trata, na espécie, de forma de cobrança indireta de tributo,
mas de requisito para fins de fruição a regime tributário diferenciado e facultativo.
5. Recurso extraordinário não provido.
(RE 627543, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 30/10/2013, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-212 DIVULG 28-10-2014 PUBLIC
29-10-2014).
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Isso se justifica porque a inadimplência contumaz implica não apenas prejuízos ao Fisco
como também desequilíbrios na concorrência, mormente em setores mais sensíveis em que
a tributação assume patamares muito onerosos. Os tributos constituem custos importantes
da atividade produtiva, sendo impositivo que os empresários cumpram suas obrigações, sob
pena de se criarem vantagens competitivas artificiais. Na oportunidade, o Ministro JOAQUIM
BARBOSA ponderou que “para ser reputada inconstitucional, a restrição ao exercício de ativi-
dade econômica deveria ser desproporcional”.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CONSULPLAN/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Acerca da res-
ponsabilidade tributária e de acordo com Código Tributário Nacional, julgue os itens a seguir:
I – Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o do-
mínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na
pessoa dos respectivos adquirentes, inclusive quando conste do título a prova de sua
quitação.
II – Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza
e extensão dos efeitos do ato.
III – A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da
importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo
dependa de apuração.
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c) A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação;
d) O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por
homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo;
e) São causas que suspendem a exigibilidade do crédito tributário: a moratória; o depósito do
seu montante, ainda que parcial; as reclamações e os recursos, nos termos das leis regula-
doras do processo tributário administrativo; a concessão de medida liminar em mandado de
segurança; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de
ação judicial e o parcelamento.
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b) deve-se proceder caso a caso, avaliando os prós e contras da tributação sobre a atividade
ilícita, pois o Estado não pode perder de vista que os recursos a ingressar no Tesouro são
imprescindíveis.
c) dependendo de qual for a atividade ilícita, a solução pode ser uma ou outra. Nos casos de
mera contravenção penal, é plenamente aceitável a tributação. Já no tráfico de drogas, por
exemplo, não é aceita.
d) se com a atividade ilícita há uma outra, lícita, pode-se proceder a autuação fiscal na parte
lícita, como sonegação fiscal.
e) a atividade ilícita deve ser tributada e assim o permitem a Constituição Federal e o CTN.
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atuar em outros ramos. Dois anos depois, é lavrado auto de infração em razão do não recolhi-
mento de Imposto de Renda (IRPJ), acrescido de penalidade, tudo relativo ao ano base 2012.
Assinale a opção correta:
a) Apenas a alienante, cuja operação concretizou o fato gerador do tributo devido, responde
diretamente pelo tributo e pela penalidade. Seus sócios gerentes podem responder, compro-
vado o encerramento irregular da pessoa jurídica.
b) A adquirente do estabelecimento responde diretamente pelo tributo e pela penalidade.
c) Alienante e adquirente respondem, na proporção de suas culpas, pelos tributos e penalida-
des devidos.
d) O tributo pode ser exigido diretamente da adquirente, e a penalidade é integralmente devida
apenas pela alienante e seus antigos sócios, estes independentemente da dissolução irregular.
e) penas a alienante é devedora do tributo e da penalidade. A adquirente é responsável subsi-
diária, e bem assim os sócios da alienante, independentemente da dissolução irregular.
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Questão 21 (INÉDITA/2020) Com base nas disposições normativas do CTN, assinale a alter-
nativa correta.
a) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e exten-
são dos efeitos do ato.
b) Confundem-se a obrigação principal de pagar o tributo, com a obrigação principal de pagar
uma multa tributária.
c) Sempre que se imputar uma multa haverá tributo devido pelo mesmo responsável pelo pa-
gamento da infração tributária.
d) A responsabilidade tributária por infrações depende da intenção ou móvel do agente.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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Questão 26 (INÉDITA/2020) A respeito dos limites para as multas tributárias e tendo em con-
ta as disposições do CTN sobre a responsabilidade tributária, assinale a alternativa incorreta.
a) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se firmou no sentido de que serão confiscató-
rias sempre que ultrapassem o percentual de 100% (cem por cento) do valor do tributo devido.
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GABARITO
1. c 28. a
2. E 29. e
3. b 30. e
4. e
5. a
6. c
7. d
8. b
9. e
10. e
11. e
12. a
13. b
14. a
15. b
16. c
17. a
18. a
19. c
20. b
21. a
22. e
23. a
24. a
25. b
26. b
27. e
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CONSULPLAN/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Acerca da res-
ponsabilidade tributária e de acordo com Código Tributário Nacional, julgue os itens a seguir:
I – Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o do-
mínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na
pessoa dos respectivos adquirentes, inclusive quando conste do título a prova de sua
quitação.
II – Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação
tributária depende da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza
e extensão dos efeitos do ato.
III – A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da
importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo
dependa de apuração.
Letra c.
I – Incorreto.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
II – Incorreto.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
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III – Correto.
Errado.
A questão faz referência a um procedimento administrativo ou medida de fiscalização em
curso. A denúncia espontânea, contudo, pressupõe que não tenha sido iniciado o procedi-
mento administrativo ou a medida de fiscalização.
CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
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Letra b.
a) Errada.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
b) Certa.
c) Errada.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
d) Errada.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
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e) Errada.
Letra e.
a) Certa.
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b) Certa.
c) Certa.
Art. 138. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
d) Certa.
e) Errada. Declarar e não recolher o ICMS próprio não é considerado crime pela jurisprudência
majoritária, mas sim mero inadimplemento.
Tese firmada pelo STF, em 18/12/2019, no RHC 163.334: “O contribuinte que, de forma
contumaz e com dolo de apropriação, deixa de recolher o ICMS cobrado do adquirente
da mercadoria ou serviço incide no tipo penal do artigo 2º (inciso II) da Lei 8.137/1990”.
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8.137/1990, que exige, para sua configuração, seja a conduta dolosa (elemento subje-
tivo do tipo), consistente na consciência (ainda que potencial) de não recolher o valor do
tributo devido. A motivação, no entanto, não possui importância no campo da tipicidade,
ou seja, é prescindível a existência de elemento subjetivo especial.
3. A descrição típica do crime de apropriação indébita tributária contém a expressão “des-
contado ou cobrado”, o que, indiscutivelmente, restringe a abrangência do sujeito ativo
do delito, porquanto nem todo sujeito passivo de obrigação tributária que deixa de reco-
lher tributo ou contribuição social responde pelo crime do art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990,
mas somente aqueles que “descontam” ou “cobram” o tributo ou contribuição.
4. A interpretação consentânea com a dogmática penal do termo “descontado” é a de
que ele se refere aos tributos diretos quando há responsabilidade tributária por subs-
tituição, enquanto o termo “cobrado” deve ser compreendido nas relações tributárias
havidas com tributos indiretos (incidentes sobre o consumo), de maneira que não possui
relevância o fato de o ICMS ser próprio ou por substituição, porquanto, em qualquer
hipótese, não haverá ônus financeiro para o contribuinte de direito.
5. É inviável a absolvição sumária pelo crime de apropriação indébita tributária, sob o
fundamento de que o não recolhimento do ICMS em operações próprias é atípico, nota-
damente quando a denúncia descreve fato que contém a necessária adequação típica e
não há excludentes de ilicitude, como ocorreu no caso. Eventual dúvida quanto ao dolo
de se apropriar há que ser esclarecida com a instrução criminal.
6. Habeas corpus denegado.
(HC 399.109/SC, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
22/08/2018, DJe 31/08/2018).
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b) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a res-
pectiva exploração pelo período de dois anos, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido,
devidos até a data do ato, subsidiariamente com o alienante se este cessar a exploração do
comércio, indústria ou atividade.
c) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem subsidiariamente a este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis, dentre outros, os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado, não se aplicando em matéria de penalidades, às de ca-
ráter moratório.
d) A responsabilidade por infrações é excluída pela denúncia espontânea da infração, acom-
panhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito
da importância arbitrada judicialmente ou pela autoridade administrativa, quando o montante
do tributo não dependa de apuração, sendo considerada espontânea a denúncia apresentada
antes ou após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração, desde que ocorra de forma inequívoca.
e) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até dois anos após a data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas, não se
aplicando tal responsabilidade aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanes-
cente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Letra a.
a) Certa.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos ad-
quirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. § único. No caso de arrematação
em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
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b) Errada.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração [não há prazo de 2 anos], sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome
individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a
data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de 6
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
c) Errada.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente [na verdade a responsabilidade é subsidiária mesmo, há
uma imprecisão terminológica na lei] com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de
que forem responsáveis:
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter
moratório.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias re-
sultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
d) Errada.
e) Errada.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
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Letra c.
a) Errada.
b) Errada.
§ 2º Não se aplica o disposto no art. 133 § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4 (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
c) Certa. O responsável por substituição deve ter uma vinculação com o fato gerador, mas não
o pratica. Quem pratica o fato gerador é o contribuinte, que é substituído pelo responsável,
nos casos de substituição tributária.
d) Errada.
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e) Errada.
Letra d.
a/b) Certas.
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I – o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II – a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmen-
te a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.
c) Certa.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
d) Errada.
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Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O lançamento, portanto,
é regido pela legislação vigente à época do fato gerador, e não pela legislação vigente quando de
sua concretização, como afirma a alternativa.
Letra b.
CTN, Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal
pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omis-
sões de que forem responsáveis:
I – os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II – os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III – os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V – o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI – os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos
praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII – os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
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Letra e.
a) Certa. Art. 113, § 1º, do CTN. “A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador,
tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente
com o crédito dela decorrente.”
b) Certa. Art. 113, § 3º, do CTN. “A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservân-
cia, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.”
c) Certa. Art. 128 do CTN. “Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gera-
dor da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a
este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.”
d) Certa. Súmula 360 do STJ. “O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos
sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.”
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Letra e.
a) Errada.
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsa-
bilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cum-
primento total ou parcial da referida obrigação.
b) Errada.
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c) Errada.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
d) Errada.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
e) Certa.
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Letra e.
Trata-se da pecúnia non-olet. Embora o tributo não represente sanção do Estado, a tributa-
ção ignora a licitude ou ilicitude do fato que ensejou o surgimento da respectiva obrigação
tributária.
Assim, se a RENDA (que é um fato que enseja pagamento de imposto de renda) é auferida
em virtude da ministração de aulas de direito tributário, ou auferida pelo tráfico de drogas, ou
jogo do bicho, simplesmente não importa ao direito tributário. Em todo o caso, a renda será
tributada.
Letra a.
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Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou es-
tatutos:
I – as pessoas referidas no artigo anterior;
II – os mandatários, prepostos e empregados;
III – os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Letra b.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
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Letra a.
a) Certa.
b) Errada.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domí-
nio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
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c) Errada.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor
falido ou em recuperação judicial;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do devedor
falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de
fraudar a sucessão tributária.
d) Errada.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
e) Errada.
Art. 108 § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
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Letra b.
a) Errada.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título,
fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respecti-
va exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
I – integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II – subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial:
I – em processo de falência;
b) Certa.
c) Errada.
Art. Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o do-
mínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos
adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
d) Errada.
Art. 130. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre
o respectivo preço.
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c) Considera-se dissolução irregular, mas somente os bens dos sócios-gerentes estarão ex-
postos a eventual execução fiscal.
d) Se o não pagamento se deu por interpretação da lei tributária, considera-se sonegação e
todos os sócios responderão.
e) Só o fato do não pagamento, aliado à retirada da empresa de seu domicílio fiscal implica
sonegação, expondo todos os bens de todos os sócios à execução fiscal.
Letra c.
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d) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.
Letra a.
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a responsabili-
dade solidária do sócio-gerente.
Letra a.
a) Certa.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis:
IV – o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio
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Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação
de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídicas
de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Letra c.
CTN, Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
III – a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos
demais.
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Letra b.
a) Errada. A responsabilidade do sucessor não se restringe aos tributos, mas também às mul-
tas, sejam elas de caráter moratório ou punitivo.
b) Certa. A responsabilidade não se restringe aos tributos, mas também às multas, sejam elas
de caráter moratório ou punitivo.
c) Errada. Súmula 554/STJ: Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da su-
cessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas mo-
ratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão.
d) Errada. O marco temporal da responsabilidade do sucessor é a data da sucessão em-
presarial.
Questão 21 (INÉDITA/2020) Com base nas disposições normativas do CTN, assinale a alter-
nativa correta.
a) Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tribu-
tária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e exten-
são dos efeitos do ato.
b) Confundem-se a obrigação principal de pagar o tributo, com a obrigação principal de pagar
uma multa tributária.
c) Sempre que se imputar uma multa haverá tributo devido pelo mesmo responsável pelo pa-
gamento da infração tributária.
d) A responsabilidade tributária por infrações depende da intenção ou móvel do agente.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Letra a.
a) Certa.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.
b/c) Erradas. Não confunda a obrigação principal de pagar o tributo, com a obrigação principal
de pagar uma multa tributária – inclusive, como demonstramos acima, elas não necessariamente
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existirão jutas; por consequência, tenha como separada ou autônoma a responsabilidade por
infrações à legislação tributária.
d) Errada. CTN. Art. 136.
Letra e.
a) Certa. Súmula 554 do STJ: “Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da
sucessora abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas
moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão”.
b/c) Certas.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
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I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador;
II – responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de dispo-
sição expressa de lei.
d) Certa.
e) Errada.
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Letra a.
a) Certa. Súmula 509, do STJ tem o seguinte teor: “É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar
os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando
demonstrada a veracidade da compra e venda.”
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Letra a.
Nos termos do art. 96 do Decreto-Lei n. 37/66:
Art. 96. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente:
I – perda do veículo transportador;
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II – perda da mercadoria;
III – multa;
IV – proibição de transacionar com repartição pública ou autárquica federal, empresa pública e
sociedade de economia mista. O inciso I determina a perda do veículo.
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Letra b.
As multas moratórias constituem penalidades aplicadas em razão do simples atraso no pa-
gamento de tributo.
As multas de ofício são aplicadas pela própria autoridade por meio de auto de infração quan-
do verifique que o contribuinte deixou de pagar tributo, mediante omissão ou fraude.
As multas isoladas, por sua vez, são aplicadas pelo descumprimento de obrigações acessó-
rias ou por outras infrações que independem de ser ou não devido determinado tributo.
Questão 26 (INÉDITA/2020) A respeito dos limites para as multas tributárias e tendo em con-
ta as disposições do CTN sobre a responsabilidade tributária, assinale a alternativa incorreta.
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Letra b.
a) Certa.
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b) Errada.
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
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dos efeitos do ato.
c/d/e) Certas.
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Letra e.
a) Certa.
b) Certa.
Art. 138. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
c) Certa.
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscaliza-
ção lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
d) Certa. De acordo com a doutrina de Leandro Paulsen (Curso de direito tributário comple-
to), a denúncia espontânea é um instituto jurídico-tributário que tem por objetivo estimular o
contribuinte infrator a tomar a iniciativa de se colocar em situação de regularidade, pagando
os tributos que omitira, com juros, mas sem multa.
e) Errada. Todas as alternativas anteriores estão CORRETAS. Gabarito letra E.
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Letra a.
a) Errada.
b) Certa.
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscaliza-
ção lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
c) Certa.
Art. 138. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
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Letra e.
a) Certa.
b) Certa.
c/d) Certas. Conforme entendimento do STJ, o instituto da denúncia aplica-se somente a in-
frações que tenham implicado o não pagamento de tributo devido. Diz respeito, assim, à obri-
gação principal, sendo inaplicável às infrações relativas ao descumprimento de obrigações
acessórias.
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Letra e.
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