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DIREITO

TRIBUTÁRIO
Constituição do Crédito
Tributário: Lançamento

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Constituição do Crédito Tributário: Lançamento
Renato Cesar Guedes Grilo

Sumário
O Lançamento Tributário. ............................................................................................................................ 3
1. A Constituição do Crédito Tributário. . ................................................................................................ 6
2. Disposições Gerais do CTN sobre o Crédito Tributário............................................................. 9
3. O Lançamento Tributário Confere Existência, Exigibilidade e Exequibilidade
para a Cobrança da Prestação Objeto da Obrigação Tributária Principal.. ......................... 10
4. O Lançamento Tributário. ...................................................................................................................... 11
4.1. Artigo 144, § 1º, do CTN....................................................................................................................... 14
4.2. Artigo 144, § 2º, do CTN.................................................................................................................... 20
5. A Alteração do Lançamento................................................................................................................ 21
6. Alteração de Critérios Jurídicos........................................................................................................ 22
7. As Formas de Lançamento................................................................................................................. 22
8. As Espécies de Lançamento Tributário em Perspectiva: o Último Apanhado do
Tema do Lançamento Tributário. .......................................................................................................... 25
9. O Arbitramento no Lançamento: Artigo 148.............................................................................. 30
Questões de Concurso............................................................................................................................... 32
Gabarito............................................................................................................................................................ 60
Gabarito Comentado.................................................................................................................................... 61

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Renato Cesar Guedes Grilo

O LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Olá, estimado(a) aluno(a)!
Nas duas últimas aulas estudamos a responsabilidade tributária, seja pelo pagamento do
tributo, seja pelas infrações tributárias.
Também estudamos quais são e como são regidas pelo Direito Tributário as sanções pu-
nitivas de natureza tributária; trata-se da feição sancionatória do direito tributário.
Pois bem. Um assunto recorrente em todas as nossas aulas é a “obrigação” e o “crédito”
tributários. Naturalmente, se pegarmos essas duas palavras, veremos claramente a face de
duas moedas.
Ora, se alguém está obrigado a algo, outrem tem um crédito nessa mesma relação; se eu
tenho a ‘obrigação’ de te devolver um dinheiro que você me emprestou, sob a sua perspectiva
essa ‘obrigação’ é um crédito.
Uma das maiores dificuldades que eu tive, quando estudei o tema do “crédito tributário”
pela primeira vez, foi justamente essa: por carregar comigo as expressões “obrigação” e “cré-
dito” como as faces de uma mesma moeda (ou como a mesma coisa, essencialmente, só
variando quando vista sob a perspectiva do devedor e do credor, respectivamente), confundia
a metodologia do CTN para a “obrigação tributária” e para o “crédito tributário”.
Então, essa é a primeira coisa que te digo: saiba que o CTN tem uma opção metodológica
peculiar para os termos “obrigação tributária” e “crédito tributário”. Vamos começar a estudar
o tema do crédito tributário, a partir da sua constituição mediante o lançamento.
No CTN, obrigação e crédito não estão postos claramente como as duas faces de uma
mesma moeda, mas como se fossem fenômenos sucessivos. É evidente que quando surge
a obrigação, por uma questão lógica, surge o crédito; mas eu repito, pois essa é a chave de
compreensão de tudo que falaremos nessa e nas próximas aulas: o CTN tem uma forma pe-
culiar de tratar o tema da obrigação e do crédito.
Beleza. Como funciona isso? Vou dar um exemplo de como o CTN trata da temática e qual
a finalidade que o Código quer alcançar com essa sistemática.
Uma escola precisa de um professor de tributário e me chama para acertamos um contra-
to de prestação de serviços. Até aqui, não existe obrigação ou crédito; seguem as tratativas,
acertamos as obrigações e créditos recíprocos, e assinamos o ‘papel’, o contrato.

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Pois bem. Aqui surge a obrigação de dar aula; ao cumprir a minha obrigação, eu tenho um
crédito perante a contraparte, que são as ‘horas-aulas’ acertadas.
Essa obrigação tem como fonte o contrato; ela surge porque foi formalizada. A obrigação
surge, portanto, já formalizada: houve um acerto prévio, uma anterior liquidação e delimitação
de todas as obrigações e créditos. Todos os contornos da obrigação jurídica estão contidos
no papel.
A obrigação tributária principal, que impõe o pagamento do tributo ou de penalidade tri-
butária, não tem como fonte o contrato, mas a lei. É o que se chama de obrigação “ex lege”.
Assim, a Lei incide de imediato aos fatos da vida que se amoldem à sua descrição abstrata e
genérica.
O professor que foi contratado para dar as aulas de tributário vai auferir uma renda. A cada
“hora-aula” que se passa, ele aufere o direito de receber um crédito da contraparte (o valor da
contraprestação, que é uma renda decorrente do exercício de um trabalho).
Com esse exemplo, quero demonstrar a diferença entre uma obrigação que nasce por for-
ça do contrato (prestação de serviços), da obrigação que nasce por força da lei (pagamento
do imposto de renda sobre a renda auferida com a prestação dos serviços).
A renda auferida durante a prestação de serviços é fato que gera, faz surgir, a obrigação
tributária de pagar o imposto sobre a renda. Quando você está dando suas aulas e auferindo
a disponibilidade jurídica a esse crédito (renda decorrente do trabalho, como professor), já
está automaticamente, por imposição direta e imediata da Lei, na condição de contribuinte do
imposto de renda.
Evidentemente, estou abstraindo eventuais isenções ou faixas de isenções dos valores da
renda; estou presumindo que a renda está dentro de valores tributáveis (aproximadamente
valores acima de 2 mil reais por mês).
Agora vejam essa diferença para as duas obrigações, a contratual e a legal: a obrigação
contratual surgiu formalizada, posta no papel, e com as respectivas obrigações e créditos
devidamente delimitados. Já a obrigação tributária não surge formalizada.

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Ninguém vai previamente à Receita Federal “acertar” o pagamento de um imposto de ren-


da. Simplesmente a obrigação surge, “meio solta”, ou seja, sem estar formalizada em um
papel.
Ao auferir renda você é contribuinte do imposto de renda, sem que tenha assinado ne-
nhum papel para assumir essa obrigação.
Do mesmo modo, ao ser proprietário de um veículo automotor, na data do fato gerador do
IPVA, ‘automaticamente’, por incidência direta da lei sobre o fato (o fato de ser proprietário),
você é contribuinte, porque surge a obrigação tributária.
Pode até ocorrer, como vimos na aula passada, de haver algum tipo de alteração na res-
ponsabilidade pelo pagamento do tributo. Mas a obrigação tributária já surge diretamente em
virtude da Lei.
Tudo bem, ótimo; a obrigação tributária surge e o contribuinte já integra o respectivo polo
passivo. Mas quanto é devido de tributo? Quando deve ser pago? Enfim, como se liquida, se
determina o montante a ser pago, se define prazo, se atesta a certeza e exigibilidade do tri-
buto?
A obrigação tributária surge não formalizada. Ela não surge porque foi formalizada, mas
surge porque a lei determina.
Diferentemente das obrigações contratuais, que já surgem com um prévio acerto das
obrigações recíprocas, o tributo precisa de um “papel”, de uma formalização, que é posterior
ao surgimento da obrigação.
Ou seja, para o tributo, a respectiva obrigação primeiro surge, depois é formalizada; a ma-
téria tributável, a certeza e liquidez, enfim, o CRÉDITO, é delimitado posteriormente.
Aqui fica claro que o CTN “separa” obrigação e crédito. Isso ocorre pela necessidade de a
obrigação tributária se MATERIALIZAR por meio de um “papel”, em um procedimento formal.

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

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Veja:

 Obs.: Compete à autoridade – “constituir o crédito tributário PELO (através do) lançamen-
to”: o lançamento é “a ponte” entre a obrigação e o crédito. Essa a grande peculiari-
dade do CTN!

Assim, embora “obrigação” e “crédito” sejam faces de uma mesma moeda, no direito tri-
butário o CTN considera o crédito tributário como a obrigação tributária lançada; ou, dito de
outro modo, o crédito tributário é constituído, formatado, pelo lançamento.
Já estudamos a obrigação tributária. Agora, estudaremos o lançamento tributário – que,
pela opção do CTN, sucede a obrigação e antecede o crédito.
Depois, estudaremos o crédito tributário.
Sigamos!

1. A Constituição do Crédito Tributário

A relação obrigacional jurídica tem duas faces: a obrigação e o crédito.


Não se pode falar de uma obrigação de pagar dinheiro, senão mediante um vínculo ou lia-
me jurídico entre um devedor a um credor. Quem deve pagar, deve pagar a alguém e, portanto,
se há obrigação, há também o respectivo crédito.
Contudo, embora obrigação e crédito logicamente surjam de modo concomitante, o fato
de as obrigações tributárias principais (de pagar tributo e de pagar penalidade tributária) te-
rem como origem direta a Lei (a norma hipotética abstrata, que chamamos de hipótese de
incidência), fez com que o CTN adotasse uma sistemática um tanto didática e peculiar.
Assim, em sede de obrigação tributária de pagar tributo e de obrigação tributária de pagar
multa tributária, não se pode tirar efeitos absolutos desta correspondência entre “obrigação/
crédito”, pois o CTN, em seu art. 142, dá à expressão “crédito tributário” sentido muito es-
pecífico, pressupondo certeza e liquidez decorrentes da formalização do crédito tributário
mediante a verificação de que o fato gerador ocorreu, a identificação do sujeito passivo e a
apuração do montante devido.

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Essa “verificação” se dá mediante lançamento tributário. Esse lançamento terá os


olhos voltados especialmente para o encontro entre fato e norma para as consequências
daí decorrentes.
Nessa acepção, pode-se dizer que, enquanto a obrigação tributária surge com o fato ge-
rador (art. 113, § 1º), o crédito tributário só se considera constituído com a produção do ato
que formaliza a sua existência e lhe dá exigibilidade.

A referência à constituição do crédito tributário pelo lançamento, no art. 142 do CTN, em-

bora peculiar a essa sistemática adotada pelo CTN, pois o crédito surge juntamente com a

obrigação, quando da ocorrência do fato gerador, revela a intenção do legislador de que não

se possa opor o crédito tributário ao contribuinte, sem que esteja representado documental-

mente, com a certeza e a liquidez daí decorrentes.

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

Portanto, o que antes era uma obrigação (não formalizada) passa a ser um crédito (forma-

lizado pelo lançamento); o divisor de águas dessa lógica do CTN para a equação “obrigação/

crédito” é o lançamento tributário.

Isso torna os temas da obrigação, lançamento e crédito extremamente peculiares e rele-

vantes para o estudo do direito tributário, e os leitores devem ter bastante atenção à lógica

adotada para eles.

A compreensão desses conceitos é fundamental para se entender o caminho por que per-

corre a obrigação tributária até a sua satisfação. Nesse sentido, destaco trecho do Informa-

tivo de Jurisprudência do STF n. 785 de maio de 2015 referente ao julgamento do RE 598677:

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O caminho comum para a satisfação da obrigação tributária seria este: com a ocor-
rência do fato gerador, surgiria a obrigação tributária principal, de forma automática e
infalível, a qual teria por objeto o pagamento da exação – ou a penalidade pecuniária –,
nos termos do art. 113 do CTN. Nasceria, então, para o contribuinte, o dever de pagar o
tributo, e, para o Fisco, o crédito se tornaria exigível após o regular lançamento. Nessa
ordem de ideias, antes da ocorrência do fato gerador, não haveria obrigação tributária
nem crédito constituído, ao menos nos moldes gerais fixados pelo CTN e estabeleci-
dos na doutrina.

DICA:
O dever de pagar o tributo nasce com o surgimento da res-
pectiva obrigação. Mas o FISCO precisa exercer o seu direito
à constituição do crédito tributária, mediante o lançamento.
Como didaticamente explicado pelo Supremo Tribunal Fede-
ral, a obrigação, lançamento e crédito estão em um “cami-
nho”, em uma sequência lógica na satisfação da obrigação
tributária. Importante adiantar: como o FISCO tem o direito
de constituir o crédito tributário mediante o lançamento, esse
direito terá contra si a contagem de um prazo decadencial.
A decadência tributária está relacionada com o direito de o
FISCO em tornar obrigação em formato de crédito, pela via ou
caminho do lançamento tributário.

Prosseguindo, percebam que o parágrafo único do art. 142 do CTN é uma expressão da
própria descrição de tributo, contida no art. 3º do CTN.

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.

Ou seja, a cobrança do tributo é feita “mediante atividade administrativa plenamente vin-


culada” e, como o lançamento é o fato central entre obrigação e crédito tributário, a “atividade
administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade fun-
cional”.
Uma coisa se conecta à outra.

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2. Disposições Gerais do CTN sobre o Crédito Tributário


O CTN traz algumas disposições gerais sobre crédito tributário, que costumam ser cobra-
das em concursos públicos.

Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obriga-
ção tributária que lhe deu origem.
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem
sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem
ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as
respectivas garantias.

O art. 139 explicita que obrigação e crédito são faces da mesma moeda, possuindo a
mesma natureza. Entretanto, a partir do art. 140 o CTN vai adotando sua sistemática peculiar.
Evidentemente, se a obrigação é de pagar tributo, o crédito correspondente terá a mesma
natureza (obrigação principal tributária, cuja prestação é a entrega do numerário que se cons-
titui em tributo).
Por outro lado, se a obrigação é de pagar multa tributária, o crédito correspondente terá
a natureza idêntica: expressão do poder sancionatório do Estado, no campo tributário, que
impõe uma obrigação tributária, de feição sancionatória, de pagar um numerário que se cons-
titui em multa.
As obrigações tributárias assessórias não são lançadas, pois se constituem em um fazer
ou não fazer; ou seja, não precisam ser liquidadas, quantificadas, delimitadas em sua exten-
são. A própria norma que as prevê já é suficiente a impor a conduta ou abstenção de conduta,
no interesse da Administração Tributária.
Nesse sentido, aproveito para transcrever e rememorar o relevantíssimo art. 113 do CTN.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positi-
vas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação
principal relativamente à penalidade pecuniária.

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Portanto, conforme dispõe o art. 139 do CTN, “o crédito tributário decorre da obrigação
principal”. Obrigação principal existem duas: de pagar tributo e de pagar multa tributária. Não
há “crédito” tributário em relação à obrigação assessoria, pela incompatibilidade com a na-
tureza da prestação destas, que é um fazer ou não fazer, de acordo com a sistemática eleita
pelo CTN.
Eventuais modificações que sofra o crédito tributário não atingem a respectiva obrigação
que lhe originou. O art. 140 do CTN passa a promover essa “separação” técnica ente obrigação
e crédito, deixando clara a opção do Código, em dispor sobre os institutos de um modo pecu-
liar.
O art. 141 do CTN trata da taxatividade das hipóteses de suspensão (art. 151) extinção
(art. 156) e exclusão (art. 175) do crédito tributário.
Estudaremos as hipóteses de suspensão (art. 151) extinção (art. 156) e exclusão (art. 175)
do crédito tributário nas próximas aulas.

3. O Lançamento Tributário Confere Existência, Exigibilidade e Exequi-


bilidade para a Cobrança da Prestação Objeto da Obrigação Tributária
Principal
De acordo com a doutrina do prof. Leandro Paulsen (Curso de direito tributário completo),
com a incidência da norma tributária impositiva sobre o fato gerador, surge a relação jurí-
dico-tributária. Tem ela natureza obrigacional, caráter bilateral e, por objeto, pagar tributo.
Passam a existir, assim, o débito e o crédito tributários.
Apenas quando é formalizada a existência e liquidez do crédito tributário, documentan-
do-o, porém, é que o CTN considera constituído o crédito tributário. Isso pode acontecer me-
diante lançamento por parte da autoridade fiscal, nos termos do art. 142 e seguintes do CTN,
ou através de declaração produzida pelo próprio sujeito passivo. A partir de então, o Fisco
pode opor ao contribuinte a existência do crédito e dele exigir seu cumprimento, notificando-o
para pagar. Diz-se, por isso, que o crédito ganha exigibilidade.
Na hipótese de inadimplemento por parte do contribuinte, o Fisco pode encaminhar o seu
crédito devidamente formalizado e, portanto, exigível, para inscrição em dívida ativa. Reali-

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zada a inscrição, extrai-se a respectiva Certidão de Dívida Ativa, que é título executivo extra-
judicial, dotado, portanto, de exequibilidade. Efetivamente, munida da CDA, a Fazenda pode
ajuizar ação de execução fiscal.
Eu aproveito para correlacionar esse assunto com o da prescrição tributária, como fiz an-
teriormente em relação à decadência. O direito decai, a pretensão prescreve. Surgida a obri-
gação tributária, a partir da subsunção do fato gerador do tributo à sua hipótese de incidência,
o Fisco pode (e deve) exerce o direito de constituir o crédito tributário mediante o lançamento.
A partir do surgimento da obrigação, portanto, é imperiosa a efetivação do lançamento,
para que o crédito se constitua. Constituído o crédito, a partir do exercício do direito de o Fisco
realizar o lançamento, surge (como dissemos nesse tópico) a exigibilidade.
A obrigação tributária, não lançada, não goza de exigibilidade; o crédito tributário é a obri-
gação tributária lançada e, portanto, goza de exigibilidade.
Assim, o lançamento é capaz de conferir exigibilidade à obrigação tributária, constituindo
o respectivo crédito tributário. Com a exigibilidade, o Fisco poderá exercer a sua pretensão e,
portanto, estará iniciada a prescrição.
Assim, os marcos de decadência e prescrição estão intimamente ligados à compreensão
dos marcos de onde se encontram: obrigação, lançamento e crédito tributário.
Aprendendo lançamento tributário você poderá aprender a decadência e a prescrição
tributárias.

4. O Lançamento Tributário
Vamos enfrentar, especificamente, o instituto do lançamento tributário. O CTN dedica
duas seções ao tema.
Na primeira delas, temos as disposições dos artigos 142 a 146 do CTN, que são extrema-
mente cobradas em concursos.

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

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Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan-
tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a
terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo,
desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em
virtude de:
I – impugnação do sujeito passivo;
II – recurso de ofício;
III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

Essa primeira seção é chamada de “Lançamento”. O primeiro dispositivo, o art. 142, é o


ponto inicial sobre o tema e, como vocês poderão notar nas questões de concurso anexas a
esse material, o mais cobrado em concursos.
Ele sintetiza o instituto do lançamento, colocando-o entre a obrigação e crédito tributário,
como ‘procedimento’ que constitui este.
Alguns doutrinadores apresentam uma divergência, se o lançamento seria ato ou proce-
dimento. Isso é irrelevante, pois devemos nos apegar ao art. 142 do CTN, que fala em PROCE-
DIMENTO ADMINISTRATIVO.
O que se faz através desse “procedimento administrativo”, então?
O art. 142 do CTN fala em “verificar a ocorrência do fato gerador”. O art. 114 do CTN diz
que “Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e sufi-
ciente à sua ocorrência”.
Situação definida em lei: “auferir renda ou proventos”; essa situação é suficiente à ocor-
rência do fato que gera a obrigação principal. Em outras palavras, se alguém aufere renda ou

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proventos teremos uma situação com anteparo, previsão ou definição legal que irá ser gera-
dora da obrigação tributária.
É nessa operação “fato-norma” que o lançamento se concentra. Isso é muito importante
de se compreender: o lançamento tem como foco central verificar se o fato é gerador, ou seja,
se o fato da vida ocorreu e se ele se amolda a alguma norma que obriga ao pagamento do
tributo.

Obs.: Em resumo, lançamento tributário é sobre fatos e normas: é a aferição da ocorrência


de fato, da previsão normativa e do encaixe entre esses fatos ocorridos e a norma
jurídica.

Então, aquele que irá realizar o lançamento tributário se concentra no fato, na norma e no
encaixe entre ambos. Desse “encaixe” irá surgir a “matéria tributável”. O que é tributável? A
renda, a propriedade, a transmissão da propriedade, o comércio de bens e serviços?
Concentrando-se nos fatos e na lei, saberemos qual é a matéria tributável, conforme dic-
ção do art. 142 do CTN.
Encontrada a matéria tributável, é preciso quantificá-la. Quanto da renda, propriedade,
transmissão da propriedade ou comércio de bens será tributado?
Encontrado o valor, procuraremos na norma quem irá pagar.
Além disso, ao final, é possível que os fatos tenham se subsumido à alguma norma san-
cionatória tributária. Se for o caso, deve ser aplicada a penalidade cabível.
Essa é a estrutura do art. 142 do CTN:

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Se o valor encontrado esteja expressado, exprimido, em moeda estrangeira, far-se-á sua


conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.

Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.

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Veja. Essa norma é sobre direito intertemporal. O seu conteúdo conclusivo normativo é o
mesmo do art. 144, caput, que diz que:

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

 Obs.: Qual a lei aplicável? Ora, lançamento é um procedimento retrospectivo, que se volta
à análise dos fatos, conforme ocorridos na vida concreta, e da lei vigente à época em
que aferidos esses fatos. Logo, a lei vigente é aquela da data do fato gerador. Essa é
a regra do art. 143 e 144, caput.

Vejamos a razão de ser dos § 1º e 2º do art. 144 do CTN.

4.1. Artigo 144, § 1º, do CTN


Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan-
tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a
terceiros.

Esse dispositivo legal permite a retroação das chamadas “normas tributárias adjetivas”,
relativas ao chamado subsistema de legislação tributária da administração tributária e das
obrigações acessórias.
Por uma questão de isonomia, se uma determinada norma é capaz de identificar a ocor-
rência de fatos geradores que, por algum motivo evasivo, deixaram de ser informados e apu-
rados, poderá haver retroação normativa.
Ocorre de, muitas vezes, a tributação funcionar com diversos “buracos” técnicos, os quais
permitem que alguns contribuintes deixem de pagar seus tributos, se evadindo.
Se uma lei posterior vier e “tapar” esses buracos, identificando os contribuintes faltosos
que, lá atrás, deveriam ter pagado o tributo, mas não o fizeram, haverá a possibilidade de re-
troação normativa.

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Não seriam justa solução diversa, especialmente com os contribuintes que, ao tempo e
modo corretos, mesmo com a oportunidade de se evadir, pagaram regularmente seus tributos.
Nesse sentido, sobre o tema, colaciono relevantes precedentes paradigmáticos do STJ e
do STF:
TEMA 275 – repetitivo do STJ.

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO


543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO SEM AUTORIZAÇÃO JUDI-
CIAL. CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES A FATOS IMPONÍVEIS
ANTERIORES À VIGÊNCIA DA LEI COMPLEMENTAR 105/2001. APLICAÇÃO IMEDIATA.
ARTIGO 144, § 1º, DO CTN. EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE.
1. A quebra do sigilo bancário sem prévia autorização judicial, para fins de constituição
de crédito tributário não extinto, é autorizada pela Lei 8.021/90 e pela Lei Complementar
105/2001, normas procedimentais, cuja aplicação é imediata, à luz do disposto no artigo
144, § 1º, do CTN.
2. O § 1º, do artigo 38, da Lei 4.595/64 (revogado pela Lei Complementar 105/2001),
autorizava a quebra de sigilo bancário, desde que em virtude de determinação judicial,
sendo certo que o acesso às informações e esclarecimentos, prestados pelo Banco Cen-
tral ou pelas instituições financeiras, restringir-se-iam às partes legítimas na causa e
para os fins nela delineados.
3. A Lei 8.021/90 (que dispôs sobre a identificação dos contribuintes para fins fiscais),
em seu artigo 8º, estabeleceu que, iniciado o procedimento fiscal para o lançamento
tributário de ofício (nos casos em que constatado sinal exterior de riqueza, vale dizer,
gastos incompatíveis com a renda disponível do contribuinte), a autoridade fiscal pode-
ria solicitar informações sobre operações realizadas pelo contribuinte em instituições
financeiras, inclusive extratos de contas bancárias, não se aplicando, nesta hipótese,
o disposto no artigo 38, da Lei 4.595/64.
4. O § 3º, do artigo 11, da Lei 9.311/96, com a redação dada pela Lei 10.174, de 9 de
janeiro de 2001, determinou que a Secretaria da Receita Federal era obrigada a resguar-
dar o sigilo das informações financeiras relativas à CPMF, facultando sua utilização para
instaurar procedimento administrativo tendente a verificar a existência de crédito tribu-

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tário relativo a impostos e contribuições e para lançamento, no âmbito do procedimento


fiscal, do crédito tributário porventura existente.
5. A Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001, revogou o artigo 38, da Lei 4.595/64,
e passou a regular o sigilo das operações de instituições financeiras, preceituando que
não constitui violação do dever de sigilo a prestação de informações, à Secretaria da
Receita Federal, sobre as operações financeiras efetuadas pelos usuários dos serviços
(artigo 1º, § 3º, inciso VI, c/c o artigo 5º, caput, da aludida lei complementar, e 1º, do
Decreto 4.489/2002).
6. As informações prestadas pelas instituições financeiras (ou equiparadas) restringem-
-se a informes relacionados com a identificação dos titulares das operações e os mon-
tantes globais mensalmente movimentados, vedada a inserção de qualquer elemento que
permita identificar a sua origem ou a natureza dos gastos a partir deles efetuados (artigo
5º, § 2º, da Lei Complementar 105/2001).
7. O artigo 6º, da lei complementar em tela, determina que: “Art. 6º As autoridades e os
agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras,
inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver
processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames
sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se
refere este artigo serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária.” 8.
O lançamento tributário, em regra, reporta-se à data da ocorrência do fato ensejador da
tributação, regendo-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada (artigo 144, caput, do CTN).
9. O artigo 144, § 1º, do Codex Tributário, dispõe que se aplica imediatamente ao lan-
çamento tributário a legislação que, após a ocorrência do fato imponível, tenha institu-
ído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de
investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan-
tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade
tributária a terceiros.
10. Consequentemente, as leis tributárias procedimentais ou formais, conducentes à
constituição do crédito tributário não alcançado pela decadência, são aplicáveis a fatos
pretéritos, razão pela qual a Lei 8.021/90 e a Lei Complementar 105/2001, por enverga-

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rem essa natureza, legitimam a atuação fiscalizatória/investigativa da Administração


Tributária, ainda que os fatos imponíveis a serem apurados lhes sejam anteriores (Pre-
cedentes da Primeira Seção: EREsp 806.753/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado
em 22.08.2007, DJe 01.09.2008; EREsp 726.778/PR, Rel. Ministro Castro Meira, julgado
em 14.02.2007, DJ 05.03.2007; e EREsp 608.053/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,
julgado em 09.08.2006, DJ 04.09.2006).
11. A razoabilidade restaria violada com a adoção de tese inversa conducente à conclu-
são de que Administração Tributária, ciente de possível sonegação fiscal, encontrar-se-
-ia impedida de apurá-la.
12. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 facultou à Administração
Tributária, nos termos da lei, a criação de instrumentos/mecanismos que lhe possibili-
tassem identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contri-
buinte, respeitados os direitos individuais, especialmente com o escopo de conferir efe-
tividade aos princípios da pessoalidade e da capacidade contributiva (artigo 145, § 1º).
13. Destarte, o sigilo bancário, como cediço, não tem caráter absoluto, devendo ceder
ao princípio da moralidade aplicável de forma absoluta às relações de direito público e
privado, devendo ser mitigado nas hipóteses em que as transações bancárias são deno-
tadoras de ilicitude, porquanto não pode o cidadão, sob o alegado manto de garantias
fundamentais, cometer ilícitos. Isto porque, conquanto o sigilo bancário seja garantido
pela Constituição Federal como direito fundamental, não o é para preservar a intimidade
das pessoas no afã de encobrir ilícitos.
14. O suposto direito adquirido de obstar a fiscalização tributária não subsiste frente ao
dever vinculativo de a autoridade fiscal proceder ao lançamento de crédito tributário não
extinto.
15. In casu, a autoridade fiscal pretende utilizar-se de dados da CPMF para apuração do
imposto de renda relativo ao ano de 1998, tendo sido instaurado procedimento adminis-
trativo, razão pela qual merece reforma o acórdão regional.
16. O Supremo Tribunal Federal, em 22.10.2009, reconheceu a repercussão geral do
Recurso Extraordinário 601.314/SP, cujo thema iudicandum restou assim identificado:
“Fornecimento de informações sobre movimentação bancária de contribuintes, pelas
instituições financeiras, diretamente ao Fisco por meio de procedimento administrativo,
sem a prévia autorização judicial. Art. 6º da Lei Complementar 105/2001.” 17. O reco-
nhecimento da repercussão geral pelo STF, com fulcro no artigo 543-B, do CPC, não tem
o condão, em regra, de sobrestar o julgamento dos recursos especiais pertinentes.

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18. Os artigos 543-A e 543-B, do CPC, asseguram o sobrestamento de eventual recurso


extraordinário, interposto contra acórdão proferido pelo STJ ou por outros tribunais,
que verse sobre a controvérsia de índole constitucional cuja repercussão geral tenha
sido reconhecida pela Excelsa Corte (Precedentes do STJ: AgRg nos EREsp 863.702/
RN, Rel. Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, julgado em 13.05.2009, DJe 27.05.2009;
AgRg no Ag 1.087.650/SP, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado
em 18.08.2009, DJe 31.08.2009; AgRg no REsp 1.078.878/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Pri-
meira Turma, julgado em 18.06.2009, DJe 06.08.2009; AgRg no REsp 1.084.194/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 05.02.2009, DJe 26.02.2009;
EDcl no AgRg nos EDcl no AgRg no REsp 805.223/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima,
Quinta Turma, julgado em 04.11.2008, DJe 24.11.2008; EDcl no AgRg no REsp 950.637/
MG, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 13.05.2008, DJe 21.05.2008;
e AgRg nos EDcl no REsp 970.580/RN, Rel. Ministro Paulo Gallotti, Sexta Turma, julgado
em 05.06.2008, DJe 29.09.2008).
19. Destarte, o sobrestamento do feito, ante o reconhecimento da repercussão geral
do thema iudicandum, configura questão a ser apreciada tão somente no momento do
exame de admissibilidade do apelo dirigido ao Pretório Excelso.
20. Recurso especial da Fazenda Nacional provido. Acórdão submetido ao regime do
artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008.
(REsp 1134665/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/11/2009,
DJe 18/12/2009)

TEMA 225 – Repercussão Geral do STF.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. DIREITO


AO SIGILO BANCÁRIO. DEVER DE PAGAR IMPOSTOS. REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÃO DA
RECEITA FEDERAL ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. ART. 6º DA LEI COMPLEMENTAR
105/01. MECANISMOS FISCALIZATÓRIOS. APURAÇÃO DE CRÉDITOS RELATIVOS A TRI-
BUTOS DISTINTOS DA CPMF. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA NORMA TRIBUTÁRIA.
LEI 10.174/01. 1. O litígio constitucional posto se traduz em um confronto entre o direito
ao sigilo bancário e o dever de pagar tributos, ambos referidos a um mesmo cidadão e de
caráter constituinte no que se refere à comunidade política, à luz da finalidade precípua da
tributação de realizar a igualdade em seu duplo compromisso, a autonomia individual e o

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autogoverno coletivo. 2. Do ponto de vista da autonomia individual, o sigilo bancário é uma


das expressões do direito de personalidade que se traduz em ter suas atividades e informa-
ções bancárias livres de ingerências ou ofensas, qualificadas como arbitrárias ou ilegais,
de quem quer que seja, inclusive do Estado ou da própria instituição financeira. 3. Entende-
-se que a igualdade é satisfeita no plano do autogoverno coletivo por meio do pagamento
de tributos, na medida da capacidade contributiva do contribuinte, por sua vez vinculado a
um Estado soberano comprometido com a satisfação das necessidades coletivas de seu
Povo. 4. Verifica-se que o Poder Legislativo não desbordou dos parâmetros constitucio-
nais, ao exercer sua relativa liberdade de conformação da ordem jurídica, na medida em
que estabeleceu requisitos objetivos para a requisição de informação pela Administra-
ção Tributária às instituições financeiras, assim como manteve o sigilo dos dados a res-
peito das transações financeiras do contribuinte, observando-se um translado do dever de
sigilo da esfera bancária para a fiscal. 5. A alteração na ordem jurídica promovida pela Lei
10.174/01 não atrai a aplicação do princípio da irretroatividade das leis tributárias, uma vez
que aquela se encerra na atribuição de competência administrativa à Secretaria da Receita
Federal, o que evidencia o caráter instrumental da norma em questão. Aplica-se, portanto,
o artigo 144, § 1º, do Código Tributário Nacional. 6. Fixação de tese em relação ao item “a”
do Tema 225 da sistemática da repercussão geral: “O art. 6º da Lei Complementar 105/01
não ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos,
por meio do princípio da capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos objeti-
vos e o translado do dever de sigilo da esfera bancária para a fiscal”. 7. Fixação de tese em
relação ao item “b” do Tema 225 da sistemática da repercussão geral: “A Lei 10.174/01 não
atrai a aplicação do princípio da irretroatividade das leis tributárias, tendo em vista o caráter
instrumental da norma, nos termos do artigo 144, § 1º, do CTN”. 8. Recurso extraordinário
a que se nega provimento.
(RE 601314, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 24/02/2016,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-198 DIVULG 15-09-2016
PUBLIC 16-09-2016)

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4.2. Artigo 144, § 2º, do CTN


Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
(…)
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo,
desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Esse dispositivo essencialmente se presta a regular a ocorrência do fato gerador de tribu-


tos que incidem sobre a propriedade, estaticamente considerada.
O que significa a propriedade ser considerada estaticamente? É quando a tributação in-
cide sobre o fato da propriedade em si, como quando você é proprietário de um veículo auto-
motor (IPVA), imóvel urbano (IPTU) ou rural (ITR). Não se tributa a transmissão, mas o fato de
estar proprietário, ou ser proprietário.
Esses tributos, como todos, possuem um aspecto temporal de sua hipótese de incidência.
Nós pagamos o “IPVA2021”, por exemplo. Que é a tributação da propriedade do veículo que
temos no exercício 2021.
Agora, imaginem só. Um veículo que teve quatro proprietários em 2021. Quem pagará o
tributo?
Seria impensável que o Fisco fosse aferir o fato da propriedade em relação a cada um dos
quatro proprietários, de modo a lançar o tributo exatamente na proporção de tempo, no ano
de 2021, em que cada um foi proprietário. E cobrar dos quatro, na proporção do tempo em que
estavam na propriedade do bem.
Isso seria impossível.
Assim, o CTN permite que a lei “fixe expressamente a data em que o fato gerador se con-
sidera ocorrido”. Como funciona?
Simplesmente a lei do IPVA vai dizer que o fato gerador do IPVA2021 é o dia X. Um dia
determinado. Nesse dia, será “retirada uma fotografia”: quem é o proprietário do bem naquele
dia? Desse será cobrado o tributo referente ao “período certo de tempo” (o ano todo).

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Ah, mas e se esse cidadão foi proprietário do veículo só por poucos dias do ano? Não im-
porta. Civilmente, ele pode se acertar com as demais pessoas que foram proprietárias. Mas
para o direito tributário, ele será o devedor.
Mesma lógica se aplica a qualquer tributo que seja lançado por “período certo de tempo”,
especialmente IPTU e ITR.

5. A Alteração do Lançamento
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtu-
de de:
I – impugnação do sujeito passivo;
II – recurso de ofício;
III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

Esse tema é chamado pela doutrina como “hipóteses de revisibilidade do lançamento”, ou


“lançamento revisível”.
Notificado do lançamento, o sujeito passivo poderá impugná-lo, inaugurando a fase con-
tenciosa do lançamento, na qual ele poderá ser alterado (e até extinto).
A impugnação em si é causa de suspensão da exigibilidade:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


(…)
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário admi-
nistrativo;

O sucesso, total ou parcial, da impugnação, é causa de extinção do crédito tributário.

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:


(…)
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,
que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

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Ocorre que a impugnação pode ser parcialmente provida apenas para reduzir o valor do
tributo, diminuindo a base de cálculo ou aplicando alíquota menor etc. Nesse caso, o lança-
mento será alterado pela impugnação do sujeito passivo.
O recurso de ofício, por sua vez, ocorre sempre que o contribuinte obtém sucesso na sua
impugnação, em primeira instância administrativa. Esse recurso de ofício é como se fosse
uma remessa necessária, do processo civil.
Por fim, o inciso III do art. 145 faz remissão ao art. 149. Este é o dispositivo que trata do
lançamento de ofício. Nas hipóteses lá descritas, o lançamento pode ser revisto.

6. Alteração de Critérios Jurídicos

Dispõe o art. 146 do CTN que:

Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou


judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

Se a autoridade administrativa altera os critérios jurídicos de aferição do lançamento,


a eficácia dessa interpretação conclusiva jurídica somente se dará prospectivamente.
Lançamento tributário é sobre fatos e direito. Se a administração vem seguindo uma linha
de interpretação jurídica, a coerência e segurança determina que eventual alteração somente
seja prospectiva.
Interessante que o CTN já adota uma linha de determinação de coerência, nas conclusões
jurídicas, desde quando editado. Isso é deveras salutar para os contribuintes.

7. As Formas de Lançamento

Pois bem, eu disse que o CTN trata em duas seções sobre o lançamento tributário.
A primeira delas, contempla os artigos 142 a 145, e é chamada genericamente de “Lança-
mento”.

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A segunda, a qual nos dedicaremos agora, é chamada de “Modalidades do Lançamento”,


e abarca o intervalo dos artigos 147 a 150 do CTN.
Rememoro que lançamento tributário é sobre a incidência de uma norma a fatos jurídicos;
a partir dessa subsunção, se extraí a matéria tributável, sua quantidade, o devedor e eventual
penalidade aplicável.
Portanto, para fazer o lançamento, dois ingredientes são indispensáveis: fatos e normas.
A partir deles, se promove a análise de incidência normativa (subsunção, ou não, do fato à
norma).
Então, alguém precisa trazer os fatos a conhecimento e alguém precisa saber se eles se
amoldam a norma ou não. Fatos e aplicação do direito.
Temos três possibilidades. Na posição intermediária, o contribuinte traz ao Fisco os fatos,
mediante uma declaração que os contenha, e o Fisco aplica o direito. Nesse caso, o contri-
buinte vem com a norma e o Fisco vem com o fato. Chama-se de lançamento por declaração.

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a ex-
cluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado
o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela
autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

O contribuinte, nessa situação, “presta à autoridade administrativa informações sobre


matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação”.
De posse dos fatos, a autoridade administrativa os tributará ou não, vai depender dos
“moldes” norma jurídica. Se os fatos se amoldarem à norma, o lançamento é feito.
Em uma segunda possibilidade, é o Fisco quem vai atrás dos fatos e aplica o direito. Nes-
se caso, o contribuinte não faz os fatos conhecidos do Fisco, mas é este quem por eles dili-
gencia, analisando posteriormente se lhes aplica a norma, lançando o tributo. Nessa situação,
chamada de lançamento direto ou de ofício, o Fisco faz tudo: busca fato e aplica a norma.

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Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:
I – quando a lei assim o determine;
II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação
tributária;
III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do
inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclare-
cimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfa-
toriamente, a juízo daquela autoridade;
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legis-
lação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exer-
cício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado,
que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação;
VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento
anterior;
IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autori-
dade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da
Fazenda Pública.

Por fim, na última possibilidade, temos o inverso: é o contribuinte quem apresenta os fa-
tos e mais, ele mesmo aplica o direito. E mais ainda, o contribuinte tem o dever de antecipar
o pagamento do tributo.
Ou seja, o contribuinte pega os fatos, aplica o direito, constitui e confessa toda a matéria
tributável e, ainda, tem o dever de antecipar o pagamento do tributo.
Essa sistemática, toda especial, é chamada de lançamento por homologação. É um pro-
cedimento de confissão. O próprio contribuinte promove a constituição do crédito e o Fisco
homologa ou não o procedimento adotado pelo contribuinte.

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

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Constituição do Crédito Tributário: Lançamento
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§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condi-
ção resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados
pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo
porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se ho-
mologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação.

8. As Espécies de Lançamento Tributário em Perspectiva: o Último Apa-


nhado do Tema do Lançamento Tributário

A obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador, emergindo a partir da mol-
dagem daquele com a hipótese de incidência normativa e se caracterizando como o liame
jurídico que vincula um sujeito passivo a realizar uma prestação jurídica ao sujeito ativo de-
tentor da capacidade tributária ativa.
O crédito tributário é constituído a partir do lançamento tributário – ato estatal que decla-
ra a obrigação tributária.
O Artigo 142 do Código Tributário Nacional conceitua o lançamento como o procedimen-
to administrativo, de competência privativa da autoridade administrativa, através do qual se
constitui o crédito tributário e que se reporta à ocorrência do fato gerador da obrigação cor-
respondente: determina a matéria tributável, calcula o montante do tributo devido, identifica o
sujeito passivo e, se for o caso, propõe aplicação de penalidade.
Ou seja, entre a obrigação e o crédito há um lançamento tributário.
O lançamento segue o princípio documental. Sua forma dependerá do regime de lança-
mento do tributo e das circunstâncias nas quais é apurado.
Certo é que estará documentado e que seu instrumento terá de conter os elementos in-
dispensáveis à identificação inequívoca da obrigação surgida. Os atos de lançamento cos-
tumam ser designados por Auto de Lançamento, quando relacionados a tributos sujeitos a
lançamento de ofício, ou por Auto de Infração (AI), quando relacionados a tributos sujeitos a
lançamento por homologação em que o contribuinte descumpriu suas obrigações. Há o Auto

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de Infração de Obrigação Principal (AIOP), designando o lançamento de tributo e multa, e o


Auto de Infração de Obrigação Acessória (AIOA), designando o lançamento de multa isolada
por descumprimento de obrigação acessória tão somente.
A notificação ao sujeito passivo é condição para que o lançamento tenha eficácia. Trata-
-se de providência que aperfeiçoa o lançamento, demarcando, pois, a constituição do crédito
que, assim, passa a ser exigível do contribuinte – que é instado a pagar e, se não o fizer nem
apresentar impugnação, poderá sujeitar-se à execução compulsória através de Execução Fis-
cal – e oponível a ele – que não mais terá direito a certidão negativa de débitos em sentido
estrito. A notificação está para o lançamento como a publicação está para a lei, sendo que
para esta o Ministro Ilmar Galvão, no RE 222.241/CE, ressalta que “Com a publicação fixa-se
a existência da lei e identifica-se a sua vigência […]”.
Tratando-se de IPTU, contudo, foi editada a seguinte Súmula.

Súmula n. 397:
O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.

Para que seja válida, é imprescindível que a notificação indique o prazo para defesa, ou
seja, o prazo de que dispõe o contribuinte para apresentar impugnação ao lançamento.
Pois bem. Esse lançamento sempre conta com a possibilidade ou efetiva participação do
sujeito passivo e nós podemos destacar as seguintes espécies de lançamento tributário:
• direto ou de ofício;
• por declaração;
• por homologação.

Há uma variação no momento em que o sujeito passivo participa do procedimento de


constituição do crédito tributário. Nos casos do lançamento de ofício e por declaração, o con-
tribuinte tem a via de participação aberta após o chamado “lançamento provisório”, mediante
o prazo de trinta dias para impugnação do lançamento; especificamente no caso do lança-
mento mediante declaração do contribuinte, este participa também previamente, fornecendo
subsídios de fato para que o fisco lhes aplique o direito e constitua provisoriamente o crédito,
abrindo-lhe prazo para que impugne ou pague.

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Já no caso do lançamento por homologação, ou autolançamento, o contribuinte participa


integralmente da constituição do crédito tributário, apurando fatos e aplicando-lhes o direito.
Aqui não há constituição/lançamento provisório e definitivo, mas o próprio contribuinte con-
fessa, mediante declaração sua, a matéria tributável, antecipando o pagamento que se sujeita
à homologação (Art. 150 do CTN).
Por participar integralmente da subsunção dos fatos que ele mesmo oferece à tributação,
o contribuinte não é instado a impugnar o procedimento que ele mesmo levou a efeito, ine-
xistindo fase contenciosa ou processo administrativo tributário no lançamento por homolo-
gação.
Destacamos novamente que o instituto de decadência tributária é para o direito de o fis-
co constituir o crédito tributário mediante lançamento, transcorrendo-se nos termos do CTN
pelo prazo de cinco anos. Já a prescrição se relaciona com a exigibilidade do crédito e só
poderá correr quando houver a constituição definitiva deste e o contribuinte não realizar o
pagamento espontâneo do tributo. Decadência e prescrição tributárias serão pontualmente
tratadas no capítulo seguinte.
Vejamos específica e resumidamente cada uma das espécies de lançamento.
a) Lançamento direito ou de ofício: compete ao Fisco constituir o crédito tributário me-
diante apuração dos fatos e aplicação do direito, em procedimento oficioso, mediante mo-
vimentação promovida exclusivamente pela administração tributária. Ocorrido o lançamen-
to, que é considerado provisório, haverá a possibilidade de participação em contraditório do
contribuinte, mediante intimação para pagar ou defender-se: neste último caso, inaugura-se
o chamado processo administrativo tributário – fase contenciosa do lançamento. Nessa ins-
tância contenciosa administrativa, o contribuinte poderá opor suas razões de inconformidade
e o lançamento provisório será posto em aferição de sua legalidade. Ao fim da fase conten-
ciosa, sendo improcedentes as razões do contribuinte, haverá a constituição definitiva do
crédito tributário e o lançamento será considerado como definitivo. Novo prazo de trinta dias
será aberto, desta vez apenas para pagamento.

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b) Lançamento por declaração: em relação ao sujeito passivo, contribuinte, há uma ante-

cipação de sua participação na constituição provisória do crédito, pois lhe compete oferecer

os fatos à administração tributária; esta aplicará o direito, lançando provisoriamente o tributo.

Também haverá a abertura para pagamento e impugnação ao lançamento provisório e conse-

quentemente a possibilidade de inauguração da fase contenciosa, exatamente como ocorre

em relação ao lançamento de ofício.

c) Lançamento por homologação: a doutrina critica bastante a sistemática do lançamento

por homologação, por atribuir integralmente ao contribuinte a aplicação do direito aos fatos

que ele mesmo oferece à tributação (‘fatos + direito’ – apuração integral pelo contribuinte,

com prazo aberto ao Fisco para a homologação desse procedimento). Aqui o próprio contri-

buinte apura fatos e lhes aplica o consequente jurídico tributário, antecipando o pagamento

do tributo. Assim, não há – como nas espécies anteriores – constituição provisória, mas sim

a confissão e constituição definitiva quanto ao que auto lançado pelo contribuinte. O pro-

cedimento de antecipação de pagamento desse autolançamento se sujeita ao prazo de ho-

mologação de cinco anos, a contar da data do fato gerador (Art. 150, § 4º, do CTN). Não há

fase contenciosa no lançamento por homologação, pois inconcebível que o contribuinte fosse

intimado para se contrapor a um procedimento seu. Nesse sentido, como o procedimento de

declaração/confissão adotado pelo contribuinte, é suficiente à constituição definitiva do cré-

dito tributário, não há que se falar em decadência do direito de lançar o tributo: o crédito con-

tido na declaração já nasce definitivamente constituído e, portanto, havendo a declaração de

autolançamento sem a correspondente antecipação de pagamento, já se considera exigível o

crédito e o lustro prescricional inicia o seu curso. Nesse sentido é o entendimento do Superior

Tribunal de Justiça plasmado na Súmula 436, a seguir transcrita. Por fim, destaco que não se
deve confundir a espécie aqui tratada, cujo mecanismo de confissão é, via de regra, chamado
de declaração (v.g., DCTF – declaração de créditos tributários federais) com o lançamento por
declaração do sujeito passivo, anteriormente tratado.

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Súmula n. 436 do STJ:


A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco.

No mesmo sentido, de que há exigibilidade imediata do crédito tributário (constituição


definitiva pela autoconfissão do contribuinte):

Súmula n. 446 do STJ:


Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expe-
dição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.

Para arrematar, irei “elevar um pouco o sarrafo” e tratar de duas outras possibilidades de
lançamento tributário: I) lançamento suplementar; e II) lançamento complementar.
I) Lançamento Suplementar: dentro da sistemática do lançamento por homologação pode
ocorrer de o contribuinte omitir fatos à aplicação do direito e auto declarar uma realidade
aquém da que efetivamente existiu. Hipoteticamente, imagine que o contribuinte deveria de-
clarar ocorridos 100 fatos geradores, mas apenas declarou 80. Em relação a estes 80, fez a
apuração e antecipou o tributo devido; quanto a esta parte, corre o prazo de homologação do
lançamento – Art. 150, § 4º, do CTN. Contudo, o Fisco deverá, diretamente (de ofício) apurar
o tributo devido e omitido pelo contribuinte, que deveria ter sido parte integrante da sua con-
fissão – diferença entre 80 e 100 (20 fatos geradores). Aqui haverá espaço para suplemento
constitutivo de um crédito tributário, chamado de lançamento suplementar de ofício. Em ver-
dade, trata-se de espécie de lançamento de ofício relacionado com as inexatidões que podem
advir da sistemática do lançamento por homologação. Assim, lhe é aplicável a mesma siste-
mática descrita nos itens ‘a’ e ‘b’: constituição provisória do suplemento de crédito tributário
omitido pelo contribuinte (no nosso exemplo, 20 fatos geradores) e a consequente possibili-
dade de inauguração da fase contenciosa do lançamento, mediante impugnação do sujeito
passivo. Esse procedimento é um lançamento de ofício dentro da sistemática do lançamento
por homologação.

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II) Lançamento Complementar: quando se impugna um lançamento provisório, no con-


texto do lançamento de ofício ou por declaração (itens ‘a’ e ‘b’ acima) há a possibilidade de
ampla revisão da legalidade do procedimento de constituição do crédito, podendo resultar,
inclusive, na possibilidade de lançamento complementar ao lançamento provisório já feito e
impugnado. Portanto, o lançamento complementar é fruto da impugnação de um lançamento
provisório, sempre que o Fisco perceba que os valores anteriormente constituídos, em verda-
de, foram aquém do que deveriam ser. O Decreto 70.235/1972 (recepcionado pela nova ordem
constitucional como lei federal) prevê expressamente, em seu Artigo 18, § 3º, a possibilidade
de se realizar o lançamento complementar de um crédito tributário já provisoriamente cons-
tituído.

Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do


impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendê-las necessárias, indeferindo
as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no art. 28, in fine.
(…)
§ 3º Quando, em exames posteriores, diligências ou perícias, realizados no curso do processo, fo-
rem verificadas incorreções, omissões ou inexatidões de que resultem agravamento da exigência
inicial, inovação ou alteração da fundamentação legal da exigência, será lavrado auto de infração
ou emitida notificação de lançamento complementar, devolvendo-se, ao sujeito passivo, prazo
para impugnação no concernente à matéria modificada.

9. O Arbitramento no Lançamento: Artigo 148


Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço
de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou
os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro
legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa
ou judicial.

De acordo com a doutrina do prof. Leandro Paulsen (Curso de direito tributário completo),
o lançamento deve ser realizado mediante a verificação concreta da ocorrência do fato gera-
dor e do cálculo do tributo considerando sua base de cálculo própria.
Contudo, nem sempre isso é possível. Há casos em que a autoridade, embora verificando
que o fato gerador ocorreu, não dispõe de elementos suficientes para a apuração da base de

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cálculo com exatidão em face da ausência ou inidoneidade da documentação respectiva, ten-


do de recorrer ao arbitramento ou aferição indireta. Denomina-se lançamento por arbitramen-
to, pois, o realizado mediante apuração da base de cálculo mediante elementos indiciários ou
presunções legais. O art. 148 do CTN autoriza essa prática.
Percebam que o lançamento por arbitramento ou aferição indireta é excepcional e subsi-
diário. Só se justifica quando da impossibilidade de apuração da base de cálculo real.
Vale frisar, por fim, que o lançamento por arbitramento não constitui Sanção tributária,
mas método substitutivo para apuração do montante devido, não podendo basear-se em ele-
mentos destoantes da realidade, ficando, sempre, sujeito à impugnação por parte do contri-
buinte.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (INSTITUTO AOCP/2020/PREFEITURA DE BETIM-MG/AUDITOR-FISCAL DE TRI-
BUTOS MUNICIPAIS) Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
São modalidades legais de lançamento tributário:
I – Lançamento de ofício.
II – Lançamento por declaração.
III – Lançamento por homologação.
IV – Lançamento por sentença.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I, II e IV.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I, III e IV.

Questão 2 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/FISCAL DE RENDAS) O lança-


mento por homologação tácita considera-se ocorrido com o decurso do prazo de cinco anos,
contado da data da ocorrência do fato gerador, sem que a Fazenda Pública tenha se pronun-
ciado. Esse prazo quinquenal
a) é decadencial.
b) é prescricional.
c) é de remissão.
d) está sujeito a interrupção, voltando a correr, pelo prazo restante, mediante provocação do
sujeito passivo.
e) está sujeito a suspensão conforme hipóteses previstas no Código Tributário Nacional, vol-
tando a correr por mais um período quinquenal.

Questão 3 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/FISCAL DE RENDAS) De acor-


do com o Código Tributário Nacional, para fins de lançamento, os erros apuráveis pelo exame
da própria declaração
a) não podem ser objeto de retificação até a data da notificação do lançamento ao sujeito
passivo.

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b) constituem uma das hipóteses legais de alteração do lançamento após a notificação ao


sujeito passivo.
c) somente podem ser corrigidos por decisão judicial se constatados antes da notificação do
lançamento ao sujeito passivo.
d) obrigam a abertura de procedimento de fiscalização, sob pena de responsabilização fun-
cional e a lavratura de auto de infração e imposição de penalidade.
e) serão retificados de ofício pela autoridade administrativa competente para revisão da declara-
ção.

Questão 4 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO) De


acordo com o entendimento sumulado pelo STJ, em se tratando de lançamento por homolo-
gação, a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo o débito fiscal
a) impõe ao Fisco o dever de homologar expressamente o lançamento, dentro de 5 anos con-
tados da entrega da declaração.
b) impõe a necessidade de homologação, ainda que de forma tácita, dentro de 5 anos conta-
dos da entrega da declaração.
c) dispensa qualquer outra providência por parte do Fisco.
d) determina o início da contagem do prazo decadencial.
e) determina o final do prazo prescricional.

Questão 5 (CONSULPAM/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Relativamente


ao lançamento do crédito tributário, assinale a alternativa CORRETA:
a) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, salvo se posteriormente modificada ou revogada.
b) Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória, o lançamento será efetuado e
revisto de ofício pela autoridade administrativa.
c) O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito ativo ou de terceiros, quando
um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informa-
ções sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
d) A atividade administrativa de lançamento é não vinculada e obrigatória, sob pena de res-
ponsabilidade funcional.

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Questão 6 (CESPE/CEBRASPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) No


que se refere a legislação tributária, obrigação tributária e crédito tributário, julgue o item que se
segue.
No caso de lançamento por homologação, não influem sobre a obrigação tributária quaisquer
atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à ex-
tinção total ou parcial do crédito.

Questão 7 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADA-


ÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL) No que se refere a legislação tributária, obrigação tributária e
crédito tributário, julgue o item que se segue.
O lançamento tributário é procedimento administrativo vinculado e obrigatório, que se reporta
à data da ocorrência do fato gerador da obrigação, sendo regido pela lei então vigente, desde
que não tenha sido modificada ou revogada, e é privativo da autoridade administrativa, a qual
pode ser funcionalmente responsabilizada se não realizá-lo.

Questão 8 (VUNESP/2019/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/


PROCURADOR) Certo sujeito contribuinte do ISS praticou o Fato Gerador em maio de 2014,
contudo o lançamento tributário só foi constituído pelo Sujeito Ativo em agosto de 2018. Por
isso, é correto afirmar que, caso
a) uma nova Lei do tributo tenha majorado o imposto antes da sua cobrança, aplicar-se-á a lei
então vigente à época do lançamento, em homenagem ao Princípio da Irretroatividade.
b) a lei do tributo tenha definido uma penalidade mais severa, após a prática do fato gerador,
aplicar-se-á a lei vigente à época do lançamento, em homenagem ao Princípio da Anterioridade.
c) a lei do tributo tenha definido uma alíquota mais benéfica, após a prática do fato gerador,
aplicar-se-á a lei vigente à época do fato, em homenagem ao Princípio da Irretroatividade.
d) o tributo tenha sofrido, por uma nova lei, após a prática do fato gerador, a possibilidade de
uma penalidade mais benéfica, aplicar-se-á a lei vigente à época do fato, em homenagem ao
Princípio da Irretroatividade.
e) uma nova lei do tributo, após a prática do fato gerador, seja considerada meramente inter-
pretativa, seus efeitos não poderão ser pretéritos, em homenagem ao Princípio da Irretroati-
vidade.

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Questão 9 (CESPE/CEBRASPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional.
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser modificado em razão do
provimento de recurso de ofício.

Questão 10 (VUNESP/2018/CÂMARA DE INDAIATUBA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Con-


siderando-se um tributo que deveria ter sido lançado de ofício no ano de 2013, mas cujo
lançamento não foi levado a efeito pelo ente competente no exercício financeiro em questão,
é correto afirmar que
a) poderá ser objeto de lançamento até 31 de dezembro de 2018, posto que ainda não se ope-
rou a perda do direito material fiscal.
b) poderia ter sido lançado até 31 de dezembro de 2017, uma vez que, a partir de primeiro de
janeiro de 2018, a Fazenda Pública perdeu o direito de lançar em razão de ter-se operado a
decadência.
c) não mais poderá ser exigido em razão da prescrição que se operou em 02 de janeiro de 2018.
d) não poderá mais ser exigido, tendo em vista a homologação tácita verificada em 31 de de-
zembro de 2017.
e) não mais poderá ser exigido em razão da prescrição ocorrida em 1º de janeiro de 2018.

Questão 11 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/PROCURADOR DO MU-


NICÍPIO) Nos termos do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a alteração de crité-
rios jurídicos adotados pela autoridade administrativa, no exercício do lançamento,
a) decorrente de modificação da orientação pelo órgão jurídico-consultivo, pode alcançar fato
gerador ocorrido antes da decisão.
b) decorrente de decisão administrativa ou judicial, somente pode ser efetivada, em relação a
um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à alteração.
c) decorrente de lei, somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo,
quanto a fatos geradores ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
d) resultante da aplicação da analogia, permite o refazimento do ato administrativo de lança-
mento regularmente notificado ao sujeito passivo.
e) só pode resultar de alteração legislativa, alcançando fatos geradores ocorridos há cinco
anos, contados da data da entrada em vigor da nova lei.

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Questão 12 (VUNESP/2019/CÂMARA DE PIRACICABA-SP/ADVOGADO) Segundo o Código


Tributário Nacional,
a) a modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa, no exercício do lan-
çamento, pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador
ocorrido posteriormente ou até mesmo anteriormente à sua introdução.
b) a retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a aumentar,
reduzir ou excluir tributo, só é admissível mediante comprovação de fraude, e, nesse caso,
poderá ocorrer antes de notificado o lançamento.
c) se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado e, uma vez expirado
esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o
lançamento e definitivamente extinto o crédito.
d) não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, pratica-
dos pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
e) não se aplica ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador
da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, am-
pliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsa-
bilidade tributária a terceiros.

Questão 13 (FCC/2019/TRF 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Conside-


rando-se as modalidades de lançamento previstas no Código Tributário Nacional (CTN),
a) quando a autoridade administrativa arbitra valor ou preço de bens, direitos, serviços ou
atos jurídicos para o cálculo do tributo que tenha por base, ou tome em consideração, estes
valores, sem a necessidade de processos regulares ou complexos, em tributos de baixo valor,
tal procedimento se classifica como “lançamento simplificado”.
b) o lançamento efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando
um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informa-
ções sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação, pode ser classificado como “lan-
çamento por declaração”.

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c) o lançamento pode ser realizado pelo sujeito passivo, quando a legislação estabelece que
ele deva elaborar sua escrituração fiscal, mediante procedimento regulado e regular, calcular
o valor devido, apresentar os cálculos a autoridade administrativa, obter a guia de recolhi-
mento com o visto autorizativo e recolher o valor devido, hipótese em que se configura o
“lançamento passivo”.
d) as leis tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem estabelecer ou-
tras modalidades de lançamento e de modificação do lançamento realizado, não previstas no
Código, conhecidas por “lançamento especial”.
e) o lançamento é realizado de ofício pela autoridade administrativa apenas na hipótese de
indício ou suspeita de falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória, ou de não localização do sujeito
passivo.

Questão 14 (INAZ DO PARÁ/2018/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA-PA/PROCU-


RADOR MUNICIPAL) A constituição do crédito tributário é de competência privativa da autori-
dade administrativa através do lançamento. Assim entendido, o procedimento administrativo
tende a verificar o fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível. Fonte: ANGHER, A. J. (Org.); 2017.
Conforme está detalhado acima, acerca do lançamento do crédito tributário, caso haja a ne-
cessidade de propor a aplicação da penalidade cabível, pode-se afirmar:
a) A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsa-
bilidade funcional.
b) O lançamento tributário é uma atividade administrativa obrigatória e não vinculada, sob
pena de advertência funcional.
c) Após o cálculo do tributo, o servidor deverá lançar o crédito tributário, formalizando sua
constituição, sob pena de responsabilidade criminal.
d) O lançamento do crédito tributário deve ser feito pelo chefe da repartição, sob pena de res-
ponder a processo administrativo.

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Questão 15 (FUNDATEC/2019/PREFEITURA DE GRAMADO-RS/AUDITOR TRIBUTÁRIO) A


constituição do crédito tributário ocorre através do Lançamento. A respeito deste, nosso sis-
tema tributário prevê que:
a) A atividade administrativa de lançamento é facultativa, podendo o agente público deixar de
realizá-la se assim entender como mais benéfico para a Administração Pública.
b) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
c) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de impugnação do referido sujeito passivo.
d) Qualquer servidor público, desde que concursado, pode constituir o crédito tributário.
e) Quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, far-se-á sua conversão
em moeda nacional ao câmbio do dia em que for feito o lançamento.

Questão 16 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/INSPETOR FISCAL DE REN-


DAS/CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS) Mário recebeu notificação para recolhimento do IPTU
incidente sobre imóvel de sua propriedade, no qual realizou, no exercício anterior, reforma que
culminou na ampliação da área construída, não tendo ainda adotado as providências neces-
sárias para atualização da Ficha Cadastral do mesmo imóvel. Na hipótese de a fiscalização
constatar, no exercício em curso, a omissão do contribuinte
a) não será possível rever o ato de lançamento no mesmo exercício, porque se trata de lança-
mento de ofício.
b) não será possível rever o ato de lançamento no mesmo exercício, porque se trata de modi-
ficação introduzida posteriormente à ocorrência do fato gerador.
c) deverá rever de ofício o ato de lançamento, em razão da constatação posterior de fato des-
conhecido por ocasião do lançamento tributário.
d) deverá rever judicialmente o ato de lançamento, ajuizando ação de execução fiscal.
e) deverá instaurar processo administrativo de fiscalização para apuração de ilícito praticado
pelo contribuinte.

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Questão 17 (FUNDATEC/2019/IMESF/ASSESSOR JURÍDICO) No imposto predial e territorial


urbano, se verifica a modalidade de lançamento:
a) De ofício.
b) Por declaração.
c) Por homologação.
d) Indireto.
e) Por informação.

Questão 18 (COPS-UEL/2019/PREFEITURA DE LONDRINA-PR/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO) Em relação às modalidades de lançamentos aplicados aos principais tributos munici-
pais, assinale a alternativa correta.
a) Em relação aos tributos lançados por homologação, o Município poderá efetuar o lança-
mento até o prazo de 5 anos, com início no primeiro dia do exercício seguinte, diante da cons-
tatação da existência de fraude.
b) Em relação aos tributos lançados por homologação, o prazo para efetivação do lançamento
inicia-se, necessariamente, a partir do fato gerador.
c) Em relação aos tributos lançados de ofício, o prazo para efetivação do lançamento terá
início, em qualquer hipótese, a partir da ocorrência do fato gerador.
d) O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) tem como objeto o lançamento de ofício, neste
caso, o prazo para efetivação do lançamento conta-se da data da ocorrência do fato gerador.
e) O ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) tem como objeto o lançamento por
homologação; neste caso, o prazo para efetivação do lançamento conta-se a partir da ocor-
rência do fato gerador, mesmo diante da ocorrência de fraude.

Questão 19 (VUNESP/2018/CÂMARA DE OLÍMPIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Em rela-


ção ao lançamento tributário e suas modalidades, dispõe o Código Tributário Nacional:
a) A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lan-
çamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato
gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.

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b) O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa quando se com-


prove ação ou omissão do sujeito ativo, ou que o mesmo agiu com dolo, fraude ou simulação,
podendo, nesta hipótese, a revisão do lançamento ser iniciada mesmo se extinto o direito da
Fazenda Pública.
c) Influem diretamente sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação,
praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
d) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente pode ser alterado em
virtude de impugnação do sujeito passivo, decisão judicial ou de ofício pelo terceiro interes-
sado em razão da intempestividade da data do vencimento.
e) No lançamento efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, a reti-
ficação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir
tributo, é admissível independentemente de comprovação do erro em que se funde, mesmo
depois de notificado o lançamento.

Questão 20 (VUNESP/2019/CÂMARA DE TATUÍ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO) Conside-


rando as disposições constantes do CTN e a jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o
lançamento tributário, é correto afirmar que
a) a revisão do lançamento tributário pode ser exercida nas hipóteses do art. 149 do CTN,
desde que observado o prazo prescricional para a cobrança do crédito tributário.
b) a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo o débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
c) os erros contidos no lançamento por declaração, ainda que apuráveis pelo seu exame, não
poderão ser retificados de ofício pela autoridade administrativa tributária.
d) os atos anteriores à homologação, praticados por sujeito passivo ou por terceiros, visando
à extinção total ou parcial do crédito influem sobre a obrigação tributária.
e) a notificação do contribuinte do auto de infração constitui definitivamente o crédito tribu-
tário e dá início ao cômputo do prazo decadencial para a sua cobrança, não havendo que se
falar em prazo prescricional.

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Questão 21 (VUNESP/2019/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/RE-


MOÇÃO) Passados cinco anos da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anu-
lado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, é certo que a Fazenda Pública
não poderá realizar novo lançamento, em razão do mesmo fato gerador, por ter se operado a
a) homologação intercorrente.
b) decadência.
c) vinculação temporal.
d) homologação tácita.
e) prescrição.

Questão 22 (VUNESP/2018/CÂMARA DE NOVA ODESSA-SP/ASSESSOR JURÍDICO I) São


modalidades de lançamento tributário o lançamento por homologação, o lançamento por de-
claração e o lançamento de ofício. Sobre o lançamento por declaração, é correto afirmar que
a) se a lei não fixar prazo para a declaração, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que o sujeito passivo se tenha pronunciado, con-
sidera-se realizado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
b) o que caracteriza esta modalidade de lançamento não é a simples existência da declaração
a cargo do sujeito passivo ou de terceiro, mas o fato de a autoridade administrativa necessitar
dessas informações para poder efetivar o lançamento tributário.
c) o lançamento por declaração somente poderá ser revisto de ofício pela autoridade admi-
nistrativa quando restar comprovado que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele,
agiu com dolo, fraude ou simulação.
d) a retificação da declaração por iniciativa do contribuinte declarante só é admissível me-
diante a comprovação do erro em que se fundou e se ocorrer antes da inscrição do débito em
dívida ativa.
e) os erros contidos na declaração apuráveis pelo seu simples exame somente poderão ser
retificados por iniciativa do contribuinte, sendo vedada à autoridade administrativa realizar a
retificação de ofício.

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Questão 23 (UPENET/IAUPE/2019/UPE/ADVOGADO) Assinale a alternativa INCORRETA.


a) A solidariedade tributária não comporta benefício de ordem.
b) A capacidade tributária independe da capacidade civil ou profissional.
c) Atos firmados entre particulares não mudam a responsabilidade tributária frente ao Estado,
embora o pacto convencionado valha no âmbito civil e possa ensejar direito de regresso entre
os envolvidos, dependendo do caso concreto.
d) O lançamento tributário independe da participação do fisco, como ocorre nas modalidades
de lançamento por declaração ou por homologação.
e) O crédito tributário se presume líquido e certo, por ser proveniente da administração públi-
ca, que goza de fé pública, embora o contribuinte tenha o direito constitucional de discutir e
questionar sobre sua constituição.

Questão 24 (VUNESP/2017/CÂMARA DE ALTINÓPOLIS-SP/PROCURADOR JURÍDICO) No


lançamento por homologação, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simula-
ção, se a lei não fixar prazo para a homologação, será ele de cinco anos. Expirado esse prazo
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito tributário. Segundo disposição expressa do Código Tributá-
rio Nacional, referido prazo conta-se
a) da ocorrência do fato gerador.
b) da materialização da obrigação tributária.
c) da constituição do crédito.
d) do lançamento.
e) da inscrição na Dívida Ativa.

Questão 25 (GESTÃO CONCURSO/2018/EMATER-MG/AUDITOR) A respeito do lançamento


do crédito tributário, é correto afirmar que
a) a atividade administrativa de constituição do crédito tributário pelo lançamento é um ato
discricionário.
b) o lançamento do crédito tributário rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.

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c) o lançamento do crédito tributário não guarda relação com a data de ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária.
d) a constituição do crédito tributário pelo lançamento regularmente notificado ao sujeito
passivo não pode ser alterada em virtude de recurso de ofício.

Questão 26 (IBGP/2018/PREFEITURA DE SANTA LUZIA-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) So-


bre as normas gerais de Direito Tributário, previstas no Código Tributário Nacional, assinale a
alternativa INCORRETA:
a) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais e a interrupção da
prescrição, em favor ou contra um dos obrigados e favorece ou prejudica aos demais.
b) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pesso-
almente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
c) A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente
ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
d) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
legislação vigente na data da concretização do ato de lançamento.

Questão 27 (CONSULPLAN/2017/PREFEITURA DE SABARÁ-MG/ADVOGADO) Sobre o Crédi-


to Tributário, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lan-
çamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato
gerador ocorrido anteriormente à sua introdução.
b) O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade adminis-
trativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade
assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
c) Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrên-
cia do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.

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d) Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de
bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declara-
ções ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou
pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditó-
ria, administrativa ou judicial.

Questão 28 (IADES/2019/AL-GO/PROCURADOR) Considerando-se o crédito tributário e lan-


çamento, no que concerne à respectiva exclusão, suspensão e extinção, assinale alternativa
correta.
a) Quando sujeito ao lançamento por homologação, a entrega de declaração pelo contribuin-
te, reconhecendo o débito fiscal, não tem o condão de constituir o crédito tributário, devendo
haver ato expresso da autoridade fazendária a esse respeito.
b) A moratória, o parcelamento e a isenção são hipóteses, além de outras previstas na legis-
lação tributária, de suspensão do crédito tributário.
c) Dada a natureza constitucional indisponível do crédito tributário, a lei não pode autorizar a
respectiva remissão total depois que ele tenha sido devidamente constituído.
d) O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se no prazo decaden-
cial de 20 anos.
e) O crédito tributário decorre da verificação de ocorrência da obrigação tributária principal,
sendo constituído pelo lançamento. A anulação do crédito tributário, contudo, não afeta a
obrigação tributária que lhe deu origem.

Questão 29 (FCC/2018/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) So-


bre o lançamento por homologação,
a) é absolutamente incompatível com o lançamento de ofício, pois este depende sempre de
dolo, fraude ou simulação do contribuinte.
b) não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, pratica-
dos pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando a extinção total ou parcial do crédito.

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c) é comumente utilizado para conhecer da matéria tributável no caso do Imposto sobre Pro-
priedade Territorial Urbana.
d) não se aplica ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
e) trata-se de atividade da administração tributária tendente a conhecer da matéria tributável,
complementada pela declaração final do contribuinte.

Questão 30 (VUNESP/2018/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com os dispositivos do


Código Tributário Nacional sobre o lançamento, é correto afirmar:
a) ele reporta-se à data da ocorrência do fato gerador, mas deverá considerar a alíquota vi-
gente na data em que foi efetuado.
b) trata-se de atividade vinculada e obrigatória e que, por isso, ressalvados os casos previstos
em lei, não está sujeita aos juízos de conveniência e oportunidade da autoridade fiscal.
c) a posterior mudança de orientação administrativa, de ofício ou em razão de decisão judi-
cial, sobre os critérios jurídicos observados pelo Fisco no exercício do lançamento possibilita
a revisão do ato.
d) a ele se aplica legislação superveniente ao fato gerador que, mediante alteração de crité-
rios procedimentais, amplie os poderes de investigação do Fisco.

Questão 31 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) O procedimento administrativo ten-


dente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a ma-
téria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível, é o procedimento, em direito tributário,
a) do lançamento tributário, o qual deverá ser realizado no prazo máximo de 5 (cinco) anos da
ocorrência do fato gerador, no caso de ser realizado em decorrência da prestação de declara-
ção do contribuinte, desacompanhado do pagamento do respectivo imposto.
b) da inscrição em dívida ativa tributária, a qual deverá se dar, com base no Código Tributário
Nacional, em até 180 (cento e oitenta) dias da data de vencimento do tributo, quando não re-
alizado tempestivamente o seu pagamento.
c) da fiscalização tributária, a qual se reportará à data da ocorrência do fato gerador da obri-
gação e reger-se-á pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

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d) do lançamento tributário, o qual poderá ser realizado, a depender do tributo, de ofício pela
Administração, com base em declaração do sujeito passivo ou de terceiro, ou por homolo-
gação quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
e) da fiscalização tributária, a qual poderá ser realizada mediante abertura de procedimento
de verificação ou termo de abertura de fiscalização e auditoria.

Questão 32 (FEPESE/2018/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO) Sobre o lançamento tribu-


tário e o crédito dele decorrente, é correto afirmar:
a) O benefício da denúncia espontânea aplica-se aos tributos sujeitos a lançamento por ho-
mologação regularmente declarados, embora pagos a destempo.
b) Sendo declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é ilegal a recusa de expe-
dição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
c) Em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se não houver decla-
ração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário
conta-se exclusivamente do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.
d) A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo débito fiscal, não exime o Fisco de
adotar as providências necessárias para a constituição do crédito tributário.
e) A atividade de lançamento é obrigatória, muito embora discricionária, sob pena de respon-
sabilidade funcional.

Questão 33 (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Conside-


re que lei tributária tenha instituído novos critérios de apuração de tributo municipal e que
tenha ampliado os poderes de investigação do auditor. Com relação a esse caso, é correto
afirmar, com base nos dispositivos normativos do Código Tributário Nacional (CTN), que será
aplicada ao lançamento
a) lei nova apenas se tiver vigência retroativa ao tempo do fato gerador.
b) lei nova vigente após a ocorrência do fato gerador, desde que não amplie os poderes de
investigação.

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c) lei antiga vigente ao tempo do fato gerador, mesmo que tenha sido modificada.
d) lei vigente ao tempo do fato gerador, mesmo que tenha sido revogada.
e) lei nova vigente após a ocorrência do fato gerador e vigente também ao tempo do lan-
çamento.

Questão 34 (FEPESE/2017/CIASC/ADVOGADO) Assinale a alternativa correta sobre o lança-


mento.
a) A autoridade administrativa somente poderá revisar o lançamento quando se comprove
que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
b) No lançamento por declaração, a retificação da declaração por iniciativa do próprio decla-
rante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do
erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
c) A Fazenda Pública poderá, a qualquer tempo e em qualquer modalidade de lançamento,
rever os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame a fim de retificar os créditos
tributários devidos.
d) Se a lei não fixar prazo para o lançamento por declaração, será ele de cinco anos a contar
da ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação
do sujeito passivo.
e) O pagamento antecipado pelo obrigado nos casos em que o lançamento ocorre por homo-
logação extingue, de forma imediata e irrecorrível, o crédito tributário.

Questão 35 (VUNESP/2018/PREFEITURA DE SOROCABA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


O imposto municipal sobre propriedade territorial urbana (IPTU) é tributo classificado, segun-
do a forma de lançamento, como sujeito a lançamento
a) de ofício, considerando-se não ser necessária ação ou declaração do contribuinte para
que seja lançado o tributo, mas apenas ação da administração tributária tendente a verificar
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido e identificar o sujeito passivo.

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b) por homologação, considerando-se que o envio da notificação de lançamento do tributo


ao contribuinte, junto à ficha bancária de pagamento, não esgota a relação jurídico-tributária,
a qual apenas se aperfeiçoa com o pagamento do tributo pelo contribuinte ou seu responsá-
vel.
c) por declaração, considerando-se que cabe ao sujeito passivo, na forma da legislação tribu-
tária, prestar à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação, tais como a existência de edificações no terreno que alterem a área construída
ou outras características do imóvel que afetem a obrigação tributária.
d) de ofício, considerando-se que o envio da notificação de lançamento do tributo ao contri-
buinte, junto à ficha bancária de pagamento, não esgota a relação jurídico-tributária, cabendo
ao sujeito passivo, na forma da legislação tributária, prestar à autoridade administrativa infor-
mações sobre matéria de fato, indispensáveis à efetivação do lançamento.
e) por homologação, considerando-se que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento do IPTU sem prévio exame da autoridade administrativa, operando-
-se, ato contínuo, pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento do pagamen-
to antecipado, expressamente o homologa.

Questão 36 (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) O lançamento da obrigação tribu-


tária, como ato privativo da Administração Tributária, constitui o crédito tributário. Quanto ao
Crédito Tributário e seus consectários, constata-se que
a) no lançamento tributário praticado no âmbito de operação de fiscalização, a Administração
Tributária tem prerrogativa de requisição de força policial.
b) a investigação por crime contra ordem tributária tem como pressuposto para atuação da
autoridade policial lançamento tributário válido.
c) os crimes contra ordem tributária são todos materiais, na medida em que demandam efe-
tiva supressão da arrecadação tributária.
d) entre as causas de extinção do crédito tributário, o parcelamento do tributo, quando já ins-
taurada persecução penal, constitui causa de extintiva da punibilidade.

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e) a isenção tributária como causa de extinção do crédito tributário corresponde à perda do


ius puniendi do Estado em matéria de crimes contra ordem tributária.

Questão 37 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) Em relação ao lançamento por


homologação efetivado mediante declaração e confissão de tributos, é incorreto afirmar que:
a) Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição
de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
b) A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
c) Quando houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco consti-
tuir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN (do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado), nos casos
em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa.
d) A decadência, consoante a letra do art. 156, V, do CTN, é forma de extinção do crédito tribu-
tário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistemática
de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração
de débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP etc.).

Questão 38 (VUNESP/2018/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) Após a ocorrência do fato


gerador, inovação legislativa amplia os poderes de investigação da Administração Tributária.
Nessa circunstância, de acordo com o Código Tributário Nacional, é correto afirmar:
a) a autoridade poderá aplicar amplamente a lei nova, inclusive para alterar o lançamento, até
a extinção do crédito tributário.
b) a autoridade poderá aplicar os novos critérios de apuração exclusivamente em casos de
lançamento por homologação.
c) a lei nova apenas poderá ser aplicada pela autoridade se, e somente se, seus critérios re-
sultarem em benefício para o contribuinte.

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d) a autoridade competente não poderá aplicar a lei nova ao fato gerador pretérito, ocorrido
anteriormente à sua vigência.
e) a lei nova será aplicada pela autoridade competente na apuração do crédito tributário res-
pectivo até a finalização do lançamento.

Questão 39 (NUCEPE/2018/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Considerando o previsto


no Código Tributário Nacional sobre constituição do crédito tributário e sobre a suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, assinale a alternativa CORRETA.
a) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário tem como natural e automática conse-
quência a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
principal cujo crédito esteja suspenso.
b) A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada
de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor,
cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora, sendo vedada a imposição de penalidade.
c) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de impugnação formulada pelo próprio sujeito passivo.
d) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da
realização do lançamento.
e) O lançamento, atividade vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional,
é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obriga-
ção correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Questão 40 (CESPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Julgue o item


que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional. O lançamento regularmente
notificado ao sujeito passivo pode ser modificado em razão do provimento de recurso de ofí-
cio.

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Questão 41 (VUNESP/2018/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Acerca do lançamento


tributário, é correto afirmar que
a) a retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou
a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de
notificado o lançamento.
b) salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia em
que este ato for realizado.
c) é vedado à autoridade administrativa responsável pela revisão da declaração retificar de
ofício os erros nela contidos e apuráveis pelo seu exame.
d) a modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lan-
çamento, alcança os fatos geradores ocorridos anteriormente à sua introdução, desde que
relacionados ao mesmo sujeito passivo.
e) não se aplica ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador
da obrigação, tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito
de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

Questão 42 (VUNESP/2018/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) O artigo 144 do Código Tributá-


rio Nacional dispõe que o lançamento se reporta à data da ocorrência do fato gerador da obri-
gação, regendo-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
O Código Tributário Nacional excepciona essa regra, admitindo a aplicação da legislação tri-
butária que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação,
a) interprete expressamente ato ou fato pretérito quanto à aplicação de penalidade à infração
dos dispositivos interpretados.
b) institua novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliando os poderes
de investigação das autoridades administrativas.

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c) outorgue ao crédito maiores garantias ou privilégios para o efeito de atribuir responsabili-


dade tributária a terceiros.
d) altere os critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do
lançamento.
e) deixe de definir ato definitivamente julgado como infração.

Questão 43 (FCC/2018/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO) O Código Tributário Nacional,


em seu art. 145, estabelece, de modo indireto, a definitividade do lançamento regularmente
notificado ao sujeito passivo. O referido dispositivo estabelece, expressamente, que o lan-
çamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I −
impugnação do sujeito passivo; II − recurso de ofício; III − iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
De acordo com o artigo 149 do CTN, a revisão do lançamento só pode ser iniciada
a) quando o processo administrativo tributário tiver corrido à revelia das autoridades fazendá-
rias.
b) enquanto não transcorrido o prazo decadencial.
c) enquanto não transcorrido o prazo prescricional.
d) quando se comprove que a autoridade fiscal, ou terceiro em benefício daquela, agiu com
dolo, fraude ou simulação.
e) quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no
exercício da atividade de autoaplicação de penalidade pecuniária − lançamento de penalidade
por homologação.

Questão 44 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Tendo em conta as normas gerais de Di-


reito Tributário, é INCORRETO afirmar:
a) A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores pendentes e futuros.
b) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento
de tributo ou penalidade pecuniária, extinguindo-se com o crédito dela decorrente.
c) O lançamento por homologação não admite homologação tácita.

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d) A denúncia espontânea acompanhada, quando o caso, de pagamento do tributo devido


com consectários cabíveis, exclui a responsabilidade por infração.
e) O parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário.

Questão 45 (CESPE/2017/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A legislação que


instituiu determinada taxa atribuiu ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento do
tributo, sem qualquer exame prévio por parte do órgão da fazenda pública competente pela
respectiva arrecadação. A mesma lei prevê que o lançamento do tributo ocorrerá em momen-
to posterior ao pagamento, por meio de ato administrativo com o qual a autoridade tributária,
tomando conhecimento da declaração prestada pelo contribuinte quanto à atividade exercida,
confirmará ou não o montante do tributo devido. Nesse caso, estando o pagamento correto,
a autoridade tributária reconhecerá de ofício a extinção do respectivo crédito tributário.
Nessa situação hipotética, de acordo com o CTN, a modalidade de lançamento tributário pre-
vista pela referida lei consiste em lançamento
a) direto.
b) por homologação.
c) de ofício.
d) por declaração.

Questão 46 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Considerando os dispositivos do CTN e a jurisprudência do STJ em relação ao ato administra-
tivo do lançamento e à atividade desenvolvida para a constituição do crédito tributário, julgue
o próximo item.
A declaração prestada pelo contribuinte nos tributos sujeitos a lançamento por homologação
não constitui o crédito tributário, pois está sujeita a condição suspensiva de ulterior homolo-
gação pela administração tributária.

Questão 47 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Considerando os dispositivos do CTN e a jurisprudência do STJ em relação ao ato administra-
tivo do lançamento e à atividade desenvolvida para a constituição do crédito tributário, julgue
o próximo item.

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Considera-se válida e regular a notificação do lançamento de ofício do imposto predial e ter-


ritorial urbano por meio de envio de carnê ou da publicação de calendário de pagamento jun-
tamente com as instruções para o cumprimento da obrigação tributária.

Questão 48 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


No que se refere à teoria do tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte.
No que concerne à atividade de cobrança de tributo, não se admite avaliação do mérito ad-
ministrativo pelo agente público, uma vez que o motivo e o objeto da atividade administrativa
fiscal são plenamente vinculados.

Questão 49 (CESPE/2017/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Em 3/6/2009, determinado contribuin-


te sofreu lançamento referente a fatos geradores de ICMS que teriam ocorrido em 1º/3/2004,
sem que tivesse havido declaração de débito nem qualquer pagamento de tributo.
Nessa situação hipotética,
a) houve prescrição, que se conta a partir do fato gerador, de modo que o lançamento não
poderia ter sido realizado.
b) houve decadência, que se conta, nesse caso, a partir do fato gerador, de modo que o lança-
mento não poderia ter sido realizado.
c) não houve decadência nem prescrição.
d) houve prescrição, contada do primeiro dia do exercício seguinte ao que o lançamento po-
deria ter sido realizado, de maneira que o crédito não poderia ter sido constituído.

Questão 50 (VUNESP/2016/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROCURADOR JURÍ-


DICO) Ocorre o lançamento por homologação quanto aos tributos cuja legislação tributária
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa. Nessa modalidade de lançamento, considera-se extinto o crédito tributário,
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado acerca do pagamento antecipado levado a
cabo pelo sujeito passivo, passados 5 anos contados
a) do pagamento antecipado.
b) do fato gerador.
c) da constituição do crédito tributário.

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d) da publicação da lei que determinar o pagamento antecipado.


e) da determinação do sujeito passivo.

Questão 51 (FMP CONCURSOS/2014/TJ-MT/PROVIMENTO) As modalidades de lançamen-


to, segundo o Código Tributário Nacional, são:
a) por homologação, de ofício e por declaração.
b) por homologação, de ofício e por moratória.
c) de ofício, por declaração e por remissão.
d) de ofício, por homologação e por transação.
e) por declaração, por homologação e por remissão.

Questão 52 (FCC/2016/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Considere:


I – A modalidade de lançamento a ser aplicada pelo fisco por ocasião da constituição do cré-
dito tributário é a que impõe o menor ônus ao contribuinte, inclusive quanto às opções fiscais
relativas a regimes de apuração, créditos presumidos ou outorgados e demais benefícios fis-
cais que o contribuinte porventura não tenha aproveitado.
II – A modalidade de lançamento por declaração é aquela na qual o contribuinte, tendo efeti-
vado o cálculo e recolhimento do tributo devido com base na legislação, apresenta à autori-
dade fazendária a declaração dos valores correspondentes à base de cálculo, alíquota, tributo
devido e recolhimento efetuado.
III – O pagamento antecipado efetivado pelo contribuinte poderá ser efetuado mediante guia
de recolhimentos, compensação ou depósito judicial.
IV – O lançamento de ofício é o formalizado quando a autoridade fazendária identifica dife-
renças no crédito tributário constituído espontaneamente pelo contribuinte.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I.
e) I e II.

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Questão 53 (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Considerando que lançamento é


o procedimento pelo qual a autoridade administrativa constitui o crédito tributário, assinale a
opção correta.
a) A revisão do lançamento só poderá ser iniciada enquanto não tiver sido extinto o direito da
fazenda pública.
b) O ato de lançamento é corretamente classificado como um ato discricionário.
c) Os erros contidos na declaração do sujeito passivo não poderão ser retificados de ofício
pela autoridade administrativa responsável.
d) Após a regular notificação do sujeito passivo, o lançamento não poderá ser alterado.
e) Salvo disposição legal em contrário, o lançamento realizado em moeda estrangeira terá a
sua conversão para moeda nacional com base no câmbio do dia do pagamento do tributo.

Questão 54 (FUNRIO/2016/PREFEITURA DE TRINDADE-GO/PROCURADOR MUNICIPAL) A


respeito da constituição do crédito tributário e do seu efetivo pagamento, à luz da jurispru-
dência do STJ, a alternativa correta é:
a) O sujeito passivo do IPTU está identificado no CTN, não podendo a legislação municipal
dispor a respeito.
b) Impossível a constituição de crédito tributário após o prazo decadencial, na hipótese do
contribuinte apresentar documento de confissão de dívida.
c) Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, regular e tempestividade declarados,
mas não pagos dentro do prazo, é possível a denúncia espontânea antes da efetiva fiscalização.
d) Na hipótese do contribuinte não efetuar o pagamento da cota única ou da primeira cota do
IPTU, cujo carnê fora enviado para seu endereço, é necessário o lançamento com a respectiva
notificação, sob pena de decadência.
e) Na hipótese de ação visando o reconhecimento de isenção do imposto de renda, ajuizada
por servidor público municipal, a legitimidade passiva é exclusivamente da União, uma vez
que o Município apenas promove o desconto sendo o tributo de competência da União Fede-
ral.

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Questão 55 (FCC/2015/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO) João adquiriu um veículo automotor


novo, de procedência estrangeira, pelo valor de € 30.000,00 (trinta mil euros).
A lei do IPVA do Estado de domicílio de João estabelece que o fato gerador do IPVA relativo à
propriedade de veículo novo, importado do exterior, ocorre na data do desembaraço aduanei-
ro do veículo. Essa lei, porém, nada diz a respeito da regra de conversão do valor do bem, da
moeda estrangeira constante da documentação de importação, para a moeda nacional, para
fins de lançamento do imposto.
Considerando o que dispõe o CTN,
a) a taxa de câmbio a ser utilizada para cálculo do valor tributário do bem, em moeda nacional,
para fins de lançamento, será a mesma utilizada para cálculo do ICMS.
b) o lançamento do IPVA incidente sobre a aquisição da propriedade desse veículo não poderá
ser feito, pois a regra de conversão do valor tributário deveria estar prevista na lei que instituiu
esse imposto.
c) a taxa de câmbio a ser utilizada para cálculo do valor tributário do bem, em moeda nacional,
para fins de lançamento, será a mesma utilizada para cálculo do Imposto de Importação.
d) o lançamento do IPVA incidente sobre a aquisição da propriedade desse veículo será feito
em moeda estrangeira.
e) como o valor tributário do bem estava expresso em moeda estrangeira, sua conversão em
moeda nacional, para fins de lançamento, será feita ao câmbio do dia da ocorrência do fato
gerador da obrigação.

Questão 56 (FCC/2015/TCE-CE/PROCURADOR DE CONTAS) Sobre lançamento tributário,


é correto afirmar que
a) somente pode ser revisto de ofício pela autoridade administrativa na modalidade autolançamen-
to.
b) não pode resultar em redução do valor do crédito tributário já apurado e pago pelo sujeito
passivo em tributo sujeito a lançamento por homologação.
c) após regular notificação do sujeito passivo do lançamento realizado, o mesmo só pode ser
alterado em virtude de impugnação do sujeito passivo, acompanhada de prova de que o fato
gerador não aconteceu.

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d) quando, via de regra, o valor tributário está expresso em moeda estrangeira, a conversão
se faz pelo câmbio vigente na data em que o pagamento será efetuado pelo sujeito passivo.
e) a retificação de declaração pelo declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é
admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de notificado o lançamento.

Questão 57 (FCC/2015/TCE-CE/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/AUDITOR) “O sujeito passivo,


tão logo seja inaugurada a relação obrigacional, tem o dever de apurar o montante devido,
efetuar o pagamento no prazo estabelecido em lei, fazer declarações tempestivas e recolher
a importância devida antes de qualquer manifestação da Fazenda Pública” (DERZI, Misabel
Abreu Machado, in: NASCIMENTO, Carlos Valder do. Comentários ao Código Tributário Nacio-
nal. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 359). Considerando as lições acima descritas, o
a) prazo para homologação do pagamento antecipado é de 5 anos a contar do pagamento,
salvo dolo, fraude ou simulação.
b) prazo para pagamento antecipado no lançamento por declaração é de 5 anos a contar da
ocorrência do fato gerador.
c) lançamento por declaração traz inserta a obrigação principal de fazer declarações previs-
tas em lei para que o fisco tenha meios de realizar o lançamento.
d) não pagamento antecipado importa em lançamento de ofício pelo sujeito passivo da obri-
gação tributária.
e) lançamento por homologação pressupõe que o sujeito passivo faz o pagamento antecipa-
do do tributo após ter praticado fato imponível.

Questão 58 (VUNESP/2014/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) O procedi-


mento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação corres-
pondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, é de ser entendido, nos ter-
mos do Código Tributário Nacional, como
a) Dívida Ativa.
b) Inscrição na Dívida Ativa.
c) Certidão de Dívida Ativa.
d) Lançamento.
e) Denúncia espontânea.

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Questão 59 (FCC/2015/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) Segundo o Código Tributário Nacional é


possível a revisão do lançamento com a consequente modificação do crédito tributário, de
ofício pela autoridade administrativa. Neste caso,
a) é situação específica da modalidade de lançamento por homologação, quando o sujeito
passivo já fez o pagamento antecipado, prestou as declarações necessárias e o Fisco vai ho-
mologar ou não o pagamento.
b) somente é possível a revisão do lançamento na modalidade de lançamento de ofício.
c) o lançamento somente pode ser revisto de ofício enquanto não extinto o direito da Fazenda
Pública.
d) admite-se apenas a revisão de ofício nas hipóteses de lançamento por declaração, quando
se comprove que houve dolo, fraude ou simulação.
e) se o lançamento foi de ofício não cabe sua revisão pela autoridade administrativa, tendo
em vista que a mesma já exerceu seu direito à fiscalização do fato gerador.

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GABARITO
1. a 28. e 55. e
2. a 29. b 56. e
3. e 30. d 57. e
4. c 31. d 58. d
5. b 32. c 59. c
6. C 33. e
7. E 34. b
8. c 35. a
9. C 36. a
10. a 37. c
11. b 38. e
12. d 39. e
13. b 40. C
14. a 41. a
15. b 42. b
16. c 43. b
17. a 44. c
18. a 45. b
19. a 46. E
20. b 47. C
21. b 48. C
22. b 49. c
23. d 50. b
24. a 51. a
25. b 52. a
26. d 53. a
27. a 54. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (INSTITUTO AOCP/2020/PREFEITURA DE BETIM-MG/AUDITOR-FISCAL DE TRI-
BUTOS MUNICIPAIS) Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
São modalidades legais de lançamento tributário:
I – Lançamento de ofício.
II – Lançamento por declaração.
III – Lançamento por homologação.
IV – Lançamento por sentença.
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I, II e IV.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I, III e IV.

Letra a.
Conforme expomos na nossa aula, embora haja na doutrina e jurisprudência indicação de
outras modalidades de lançamento (Complementar, suplementar etc.), tenha firme que pre-
valecem essas três modalidades de lançamento: de ofício (ou direto), por declaração e por
homologação.

Questão 2 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/FISCAL DE RENDAS) O lança-


mento por homologação tácita considera-se ocorrido com o decurso do prazo de cinco anos,
contado da data da ocorrência do fato gerador, sem que a Fazenda Pública tenha se pronun-
ciado. Esse prazo quinquenal
a) é decadencial.
b) é prescricional.
c) é de remissão.

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d) está sujeito a interrupção, voltando a correr, pelo prazo restante, mediante provocação do
sujeito passivo.
e) está sujeito a suspensão conforme hipóteses previstas no Código Tributário Nacional, vol-
tando a correr por mais um período quinquenal.

Letra a.

CTN
Art. 150.
§ 4º se a lei não fixar prazo a homologação será ele de 5 anos, a contar da ocorrência do fato gera-
dor; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homolo-
gado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo,
fraude ou simulação.

O lançamento por homologação possui uma forma especial de formatação do crédito tributá-
rio.
Podemos considerar que os lançamentos por declaração e de ofício tem sua decadência con-
tada na forma do art. 173 do CTN. Mas o lançamento por homologação tem sua decadência
contada na forma do art. 150, § 4º, do CTN, que é o artigo que disciplina essa forma toda es-
pecial de constituição do crédito tributário.

Questão 3 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE CERQUILHO-SP/FISCAL DE RENDAS) De acor-


do com o Código Tributário Nacional, para fins de lançamento, os erros apuráveis pelo exame
da própria declaração
a) não podem ser objeto de retificação até a data da notificação do lançamento ao sujeito
passivo.
b) constituem uma das hipóteses legais de alteração do lançamento após a notificação ao
sujeito passivo.
c) somente podem ser corrigidos por decisão judicial se constatados antes da notificação do
lançamento ao sujeito passivo.
d) obrigam a abertura de procedimento de fiscalização, sob pena de responsabilização fun-
cional e a lavratura de auto de infração e imposição de penalidade.
e) serão retificados de ofício pela autoridade administrativa competente para revisão da declara-
ção.

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Letra e.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a ex-
cluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado
o lançamento.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela
autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

Questão 4 (VUNESP/2019/CÂMARA DE SÃO ROQUE-SP/PROCURADOR JURÍDICO) De


acordo com o entendimento sumulado pelo STJ, em se tratando de lançamento por homolo-
gação, a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo o débito fiscal
a) impõe ao Fisco o dever de homologar expressamente o lançamento, dentro de 5 anos con-
tados da entrega da declaração.
b) impõe a necessidade de homologação, ainda que de forma tácita, dentro de 5 anos conta-
dos da entrega da declaração.
c) dispensa qualquer outra providência por parte do Fisco.
d) determina o início da contagem do prazo decadencial.
e) determina o final do prazo prescricional.

Letra c.

Súmula 436/STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito


fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do
Fisco.

Questão 5 (CONSULPAM/2019/PREFEITURA DE VIANA-ES/PROCURADOR) Relativamente


ao lançamento do crédito tributário, assinale a alternativa CORRETA:

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a) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela


lei então vigente, salvo se posteriormente modificada ou revogada.
b) Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na
legislação tributária como sendo de declaração obrigatória, o lançamento será efetuado e
revisto de ofício pela autoridade administrativa.
c) O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito ativo ou de terceiros, quando
um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informa-
ções sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
d) A atividade administrativa de lançamento é não vinculada e obrigatória, sob pena de res-
ponsabilidade funcional.

Letra b.
a) Errada.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

b) Certa.

CTN
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido
na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;

c) Errada.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.

d) Errada.

CTN
Art. 142. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional.

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Questão 6 (CESPE/CEBRASPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) No


que se refere a legislação tributária, obrigação tributária e crédito tributário, julgue o item que
se segue.
No caso de lançamento por homologação, não influem sobre a obrigação tributária quaisquer
atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à ex-
tinção total ou parcial do crédito.

Certo.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.
(…)
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados
pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.

Questão 7 (CESPE/2020/SEFAZ-AL/AUDITOR DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADA-


ÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL) No que se refere a legislação tributária, obrigação tributária e
crédito tributário, julgue o item que se segue.
O lançamento tributário é procedimento administrativo vinculado e obrigatório, que se reporta
à data da ocorrência do fato gerador da obrigação, sendo regido pela lei então vigente, desde
que não tenha sido modificada ou revogada, e é privativo da autoridade administrativa, a qual
pode ser funcionalmente responsabilizada se não realizá-lo.

Errado.
A Lei de regência do procedimento administrativo de lançamento é a vigência na data do fato
gerador, AINDA QUE MODIFICADA OU REVOGADA.
A questão diz que “desde que não tenha sido modificada ou revogada”. Errada. Vejamos os
dispositivos do CTN que tratam do tema.

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Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

Questão 8 (VUNESP/2019/PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE GUARATINGUETÁ/

PROCURADOR) Certo sujeito contribuinte do ISS praticou o Fato Gerador em maio de 2014,

contudo o lançamento tributário só foi constituído pelo Sujeito Ativo em agosto de 2018. Por

isso, é correto afirmar que, caso

a) uma nova Lei do tributo tenha majorado o imposto antes da sua cobrança, aplicar-se-á a lei

então vigente à época do lançamento, em homenagem ao Princípio da Irretroatividade.

b) a lei do tributo tenha definido uma penalidade mais severa, após a prática do fato gerador,

aplicar-se-á a lei vigente à época do lançamento, em homenagem ao Princípio da Anteriorida-

de.

c) a lei do tributo tenha definido uma alíquota mais benéfica, após a prática do fato gerador,

aplicar-se-á a lei vigente à época do fato, em homenagem ao Princípio da Irretroatividade.

d) o tributo tenha sofrido, por uma nova lei, após a prática do fato gerador, a possibilidade de

uma penalidade mais benéfica, aplicar-se-á a lei vigente à época do fato, em homenagem ao

Princípio da Irretroatividade.

e) uma nova lei do tributo, após a prática do fato gerador, seja considerada meramente inter-

pretativa, seus efeitos não poderão ser pretéritos, em homenagem ao Princípio da Irretroati-

vidade.

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Letra c.
a) Errada.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

b) Errada. Lei que define penalidade diz respeito ao chamado “direito sancionatório tributário”.
Essa questão é interessante para se diferenciar a lógica do direito intertemporal para o tributo
do direito intertemporal das penalidades tributárias. Se uma Lei posterior melhora a condição
sancionatória, reduzindo o valor da multa tributária, ela retroagirá. Se uma lei posterior PIORA
a situação, como é o caso do enunciado, ela não será aplicada. Ou seja, se a lei da data do lan-
çamento prevê sanção menos severa e alíquota do tributo mais severa, e a lei da data da ocor-
rência do fato gerador prevê sanção maior e alíquota menor, como fica? Você sempre aplica
ao tributo a lei vigente na data do fato gerador, e qual à multa, aplica a lei mais favorável.
c) Certa. A explicação acima serve para essa assertiva. Acrescento o art. 106 do CTN.

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:


(…)
II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que
não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

d) Errada. Art. 106, II, alínea “c”, acima transcrito. Sempre se aplica a lei mais benéfica.
e) Errada.

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I – em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados; (…).

Questão 9 (CESPE/CEBRASPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Julgue o item que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional.
O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser modificado em razão do
provimento de recurso de ofício.

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Certo.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I – impugnação do sujeito passivo;
II – recurso de ofício;
III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

Questão 10 (VUNESP/2018/CÂMARA DE INDAIATUBA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Con-


siderando-se um tributo que deveria ter sido lançado de ofício no ano de 2013, mas cujo
lançamento não foi levado a efeito pelo ente competente no exercício financeiro em questão,
é correto afirmar que
a) poderá ser objeto de lançamento até 31 de dezembro de 2018, posto que ainda não se ope-
rou a perda do direito material fiscal.
b) poderia ter sido lançado até 31 de dezembro de 2017, uma vez que, a partir de primeiro de
janeiro de 2018, a Fazenda Pública perdeu o direito de lançar em razão de ter-se operado a
decadência.
c) não mais poderá ser exigido em razão da prescrição que se operou em 02 de janeiro de 2018.
d) não poderá mais ser exigido, tendo em vista a homologação tácita verificada em 31 de de-
zembro de 2017.
e) não mais poderá ser exigido em razão da prescrição ocorrida em 1º de janeiro de 2018.

Letra a.
Se o lançamento é de ofício, então o regramento será dado pelo art. 173 do CTN.

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamen-
to anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.

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Não tendo a questão falado em vício (inciso II), tampouco em antecipação da contagem,
aplica-se o inciso I.
Então, contam o prazo desde o início de 2014 até o último dia de 2018 (5 anos).

Questão 11 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/PROCURADOR DO MU-


NICÍPIO) Nos termos do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a alteração de crité-
rios jurídicos adotados pela autoridade administrativa, no exercício do lançamento,
a) decorrente de modificação da orientação pelo órgão jurídico-consultivo, pode alcançar fato
gerador ocorrido antes da decisão.
b) decorrente de decisão administrativa ou judicial, somente pode ser efetivada, em relação a
um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à alteração.
c) decorrente de lei, somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo,
quanto a fatos geradores ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.
d) resultante da aplicação da analogia, permite o refazimento do ato administrativo de lança-
mento regularmente notificado ao sujeito passivo.
e) só pode resultar de alteração legislativa, alcançando fatos geradores ocorridos há cinco
anos, contados da data da entrada em vigor da nova lei.

Letra b.

CTN
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

Questão 12 (VUNESP/2019/CÂMARA DE PIRACICABA-SP/ADVOGADO) Segundo o Código


Tributário Nacional,
a) a modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa, no exercício do lan-

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çamento, pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador
ocorrido posteriormente ou até mesmo anteriormente à sua introdução.
b) a retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a aumentar,
reduzir ou excluir tributo, só é admissível mediante comprovação de fraude, e, nesse caso,
poderá ocorrer antes de notificado o lançamento.
c) se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de cinco anos, a contar do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado e, uma vez expirado
esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o
lançamento e definitivamente extinto o crédito.
d) não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, pratica-
dos pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
e) não se aplica ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador
da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, am-
pliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsa-
bilidade tributária a terceiros.

Letra d.
a) Errada.

Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou


judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

b) Errada.

Art. 147. […] § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a re-
duzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes
de notificado o lançamento.

c) Errada.

Art. 150. […] § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocor-
rência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,

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considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada


a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

d) Certa.

Art. 150. […] § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologa-
ção, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.

e) Errada.

Art. 144. […] § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabili-
dade tributária a terceiros.

Questão 13 (FCC/2019/TRF 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Conside-


rando-se as modalidades de lançamento previstas no Código Tributário Nacional (CTN),
a) quando a autoridade administrativa arbitra valor ou preço de bens, direitos, serviços ou
atos jurídicos para o cálculo do tributo que tenha por base, ou tome em consideração, estes
valores, sem a necessidade de processos regulares ou complexos, em tributos de baixo valor,
tal procedimento se classifica como “lançamento simplificado”.
b) o lançamento efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando
um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informa-
ções sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação, pode ser classificado como “lan-
çamento por declaração”.
c) o lançamento pode ser realizado pelo sujeito passivo, quando a legislação estabelece que
ele deva elaborar sua escrituração fiscal, mediante procedimento regulado e regular, calcular
o valor devido, apresentar os cálculos a autoridade administrativa, obter a guia de recolhi-
mento com o visto autorizativo e recolher o valor devido, hipótese em que se configura o
“lançamento passivo”.

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d) as leis tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem estabelecer ou-
tras modalidades de lançamento e de modificação do lançamento realizado, não previstas no
Código, conhecidas por “lançamento especial”.
e) o lançamento é realizado de ofício pela autoridade administrativa apenas na hipótese
de indício ou suspeita de falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido
na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória, ou de não localização do
sujeito passivo.

Letra b.
a) Errada.

CTN
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço
de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou
os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro
legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa
ou judicial.

b) Certa.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.

c) Errada.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

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d) Errada. O art. 146, CF, exige que uma Lei Complementar NACIONAL estabeleça as regras
gerais de direito tributário, de modo que o CTN cumpre o papel de firmar, dentro outros temas,
o regramento do lançamento tributário em âmbito nacional.
e) Errada.

CTN
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:
I – quando a lei assim o determine;
II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação
tributária;
III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do
inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclare-
cimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfa-
toriamente, a juízo daquela autoridade;
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legis-
lação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exer-
cício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado,
que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo,
fraude ou simulação;
VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento
anterior;
IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autori-
dade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da
Fazenda Pública.

Questão 14 (INAZ DO PARÁ/2018/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO ARAGUAIA-PA/PROCU-


RADOR MUNICIPAL) A constituição do crédito tributário é de competência privativa da autori-
dade administrativa através do lançamento. Assim entendido, o procedimento administrativo
tende a verificar o fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível. Fonte: ANGHER, A. J. (Org.); 2017.

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Conforme está detalhado acima, acerca do lançamento do crédito tributário, caso haja a ne-
cessidade de propor a aplicação da penalidade cabível, pode-se afirmar:
a) A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsa-
bilidade funcional.
b) O lançamento tributário é uma atividade administrativa obrigatória e não vinculada, sob
pena de advertência funcional.
c) Após o cálculo do tributo, o servidor deverá lançar o crédito tributário, formalizando sua
constituição, sob pena de responsabilidade criminal.
d) O lançamento do crédito tributário deve ser feito pelo chefe da repartição, sob pena de res-
ponder a processo administrativo.

Letra a.

CTN
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

Questão 15 (FUNDATEC/2019/PREFEITURA DE GRAMADO-RS/AUDITOR TRIBUTÁRIO) A


constituição do crédito tributário ocorre através do Lançamento. A respeito deste, nosso sis-
tema tributário prevê que:
a) A atividade administrativa de lançamento é facultativa, podendo o agente público deixar de
realizá-la se assim entender como mais benéfico para a Administração Pública.
b) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
c) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de impugnação do referido sujeito passivo.
d) Qualquer servidor público, desde que concursado, pode constituir o crédito tributário.
e) Quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, far-se-á sua conversão
em moeda nacional ao câmbio do dia em que for feito o lançamento.

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Letra b.
a) Errada.

CTN
Art. 142. (…) Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória,
sob pena de responsabilidade funcional.

b) Certa.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

c) Errada.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

d) Errada.

CTN
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

e) Errada.

CTN
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.

Questão 16 (VUNESP/2019/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/INSPETOR FISCAL DE


RENDAS/CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS) Mário recebeu notificação para recolhimento do
IPTU incidente sobre imóvel de sua propriedade, no qual realizou, no exercício anterior, refor-
ma que culminou na ampliação da área construída, não tendo ainda adotado as providências

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necessárias para atualização da Ficha Cadastral do mesmo imóvel. Na hipótese de a fiscali-


zação constatar, no exercício em curso, a omissão do contribuinte
a) não será possível rever o ato de lançamento no mesmo exercício, porque se trata de lança-
mento de ofício.
b) não será possível rever o ato de lançamento no mesmo exercício, porque se trata de modi-
ficação introduzida posteriormente à ocorrência do fato gerador.
c) deverá rever de ofício o ato de lançamento, em razão da constatação posterior de fato des-
conhecido por ocasião do lançamento tributário.
d) deverá rever judicialmente o ato de lançamento, ajuizando ação de execução fiscal.
e) deverá instaurar processo administrativo de fiscalização para apuração de ilícito praticado
pelo contribuinte.

Letra c.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
(…)
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:
(…)
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legis-
lação tributária como sendo de declaração obrigatória; (…).

Questão 17 (FUNDATEC/2019/IMESF/ASSESSOR JURÍDICO) No imposto predial e territorial


urbano, se verifica a modalidade de lançamento:
a) De ofício.
b) Por declaração.
c) Por homologação.
d) Indireto.
e) Por informação.

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Letra a.
O IPTU é reconhecidamente lançado de ofício, inclusive na jurisprudência do STJ.

Súmula 397, STJ: o contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê
ao seu endereço.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SUBMIS-
SÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. IPTU. LANÇAMENTO
DE OFÍCIO. TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
DATA DA NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE.
1. O entendimento da instância de origem não merece reforma, porquanto está em con-
sonância com a jurisprudência do STJ, tendo em vista que o “termo inicial da prescri-
ção, para sua cobrança, é a data do vencimento previsto no carnê de pagamento, pois
é esse o momento em que surge a pretensão executória para a Fazenda Pública (REsp
1.180.299/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJe 08/04/2010)”.
(…)
3. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1527372/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 10/12/2019, DJe 12/12/2019)

Questão 18 (COPS-UEL/2019/PREFEITURA DE LONDRINA-PR/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO) Em relação às modalidades de lançamentos aplicados aos principais tributos munici-
pais, assinale a alternativa correta.
a) Em relação aos tributos lançados por homologação, o Município poderá efetuar o lança-
mento até o prazo de 5 anos, com início no primeiro dia do exercício seguinte, diante da cons-
tatação da existência de fraude.
b) Em relação aos tributos lançados por homologação, o prazo para efetivação do lançamento
inicia-se, necessariamente, a partir do fato gerador.
c) Em relação aos tributos lançados de ofício, o prazo para efetivação do lançamento terá
início, em qualquer hipótese, a partir da ocorrência do fato gerador.
d) O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) tem como objeto o lançamento de ofício, neste
caso, o prazo para efetivação do lançamento conta-se da data da ocorrência do fato gerador.

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e) O ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) tem como objeto o lançamento por
homologação; neste caso, o prazo para efetivação do lançamento conta-se a partir da ocor-
rência do fato gerador, mesmo diante da ocorrência de fraude.

Letra a.
a) Certa.

CTN
Art. 150.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se ho-
mologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação.

b) Errada. Veja o dispositivo acima. Há casos em que o termo inicial pode ser diferente da data
do fato gerador do tributo.
c) Errada.

CTN
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública de constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos,
contados: I– do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado; II– da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extin-
gue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido
iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.

d) Errada. O IPTU é reconhecidamente lançado de ofício, inclusive na jurisprudência do STJ.


Súmula 397, STJ: o contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao
seu endereço.

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. […] 3. Em obiter dictum saliento
que o Superior Tribunal de Justiça possui o entendimento firme de que nos tributos sujei-
tos a lançamento de ofício, tal como o IPVA e o IPTU, a própria remessa, pelo Fisco, da
notificação para pagamento ou carnê constitui o crédito tributário, momento em que se

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inicia o prazo prescricional quinquenal para sua cobrança judicial, nos termos do art. 174
do CTN. 4. Recurso Especial não conhecido (STJ – REsp: 1664563 SP 2017/0071723-7,
Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 05/09/2017, T2 – SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: DJe 09/10/2017).

Se o tributo é lançado de ofício, se lhe aplica o art. 173 do CTN, e não o 150 § 4º.
e) Errada. Valem os mesmos comentários das alternativas A e B.

Questão 19 (VUNESP/2018/CÂMARA DE OLÍMPIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Em rela-


ção ao lançamento tributário e suas modalidades, dispõe o Código Tributário Nacional:
a) A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lan-
çamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato
gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.
b) O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa quando se com-
prove ação ou omissão do sujeito ativo, ou que o mesmo agiu com dolo, fraude ou simulação,
podendo, nesta hipótese, a revisão do lançamento ser iniciada mesmo se extinto o direito da
Fazenda Pública.
c) Influem diretamente sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação,
praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
d) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente pode ser alterado em
virtude de impugnação do sujeito passivo, decisão judicial ou de ofício pelo terceiro interes-
sado em razão da intempestividade da data do vencimento.
e) No lançamento efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, a reti-
ficação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir
tributo, é admissível independentemente de comprovação do erro em que se funde, mesmo
depois de notificado o lançamento.

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Letra a.
a) Certa.

CTN
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

b) Errada.

CTN
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: (…) VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente
obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII – quando se comprove que o su-
jeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; (…)
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da
Fazenda Pública.

c) Errada.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa. (…)
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados
pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.

d) Errada.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

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e) Errada.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por ini-
ciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.

Questão 20 (VUNESP/2019/CÂMARA DE TATUÍ-SP/PROCURADOR LEGISLATIVO) Conside-


rando as disposições constantes do CTN e a jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o
lançamento tributário, é correto afirmar que
a) a revisão do lançamento tributário pode ser exercida nas hipóteses do art. 149 do CTN,
desde que observado o prazo prescricional para a cobrança do crédito tributário.
b) a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo o débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
c) os erros contidos no lançamento por declaração, ainda que apuráveis pelo seu exame, não
poderão ser retificados de ofício pela autoridade administrativa tributária.
d) os atos anteriores à homologação, praticados por sujeito passivo ou por terceiros, visando
à extinção total ou parcial do crédito influem sobre a obrigação tributária.
e) a notificação do contribuinte do auto de infração constitui definitivamente o crédito tribu-
tário e dá início ao cômputo do prazo decadencial para a sua cobrança, não havendo que se
falar em prazo prescricional.

Letra b.
a) Errada. Se refere a “prazo prescricional”. Na verdade, deveria se referir a prazo decadencial,
que é o que conta para que o Fisco exerça o direito de constituir o crédito tributário.

CTN
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: (…) Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o
direito da Fazenda Pública.

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b) Certa.

Súmula 436/STJ – A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal


constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

c) Errada.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. (…) § 2º Os erros contidos na declaração e
apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir
a revisão daquela.

d) Errada.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exer-
cida pelo obrigado, expressamente a homologa. (…) § 2º Não influem sobre a obrigação tributária
quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando
à extinção total ou parcial do crédito.

e) Errada.

Súmula n. 622/STJ:
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a consti-
tuição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo
para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo
concedido pela administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescri-
cional para a cobrança judicial.

Questão 21 (VUNESP/2019/TJ-RS/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/


REMOÇÃO) Passados cinco anos da data em que se tornar definitiva a decisão que hou-
ver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, é certo que a Fazenda

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Pública não poderá realizar novo lançamento, em razão do mesmo fato gerador, por ter se
operado a
a) homologação intercorrente.
b) decadência.
c) vinculação temporal.
d) homologação tácita.
e) prescrição.

Letra b.

CTN
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados: I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado; II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício for-
mal, o lançamento anteriormente efetuado.

O prazo do art. 173 do CTN e o do art. 150, § 4º, são considerados como de decadência
tributária.

Questão 22 (VUNESP/2018/CÂMARA DE NOVA ODESSA-SP/ASSESSOR JURÍDICO I) São


modalidades de lançamento tributário o lançamento por homologação, o lançamento por de-
claração e o lançamento de ofício. Sobre o lançamento por declaração, é correto afirmar que
a) se a lei não fixar prazo para a declaração, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que o sujeito passivo se tenha pronunciado, con-
sidera-se realizado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
b) o que caracteriza esta modalidade de lançamento não é a simples existência da declaração
a cargo do sujeito passivo ou de terceiro, mas o fato de a autoridade administrativa necessitar
dessas informações para poder efetivar o lançamento tributário.

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c) o lançamento por declaração somente poderá ser revisto de ofício pela autoridade admi-
nistrativa quando restar comprovado que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele,
agiu com dolo, fraude ou simulação.
d) a retificação da declaração por iniciativa do contribuinte declarante só é admissível me-
diante a comprovação do erro em que se fundou e se ocorrer antes da inscrição do débito em
dívida ativa.
e) os erros contidos na declaração apuráveis pelo seu simples exame somente poderão ser
retificados por iniciativa do contribuinte, sendo vedada à autoridade administrativa realizar a
retificação de ofício.

Letra b.
a) Errada. A assertiva se refere ao lançamento por homologação, regulado pelo art. 150, § 4º,
do CTN.
b) Certa.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.

c) Errada. A assertiva se refere à sistemática do lançamento de ofício ou direto.


d) Errada.

CTN
Art. 147. (…) § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a
reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e an-
tes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame
serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

e) Errada. Ver comentário da letra D.

Questão 23 (UPENET/IAUPE/2019/UPE/ADVOGADO) Assinale a alternativa INCORRETA.


a) A solidariedade tributária não comporta benefício de ordem.

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b) A capacidade tributária independe da capacidade civil ou profissional.


c) Atos firmados entre particulares não mudam a responsabilidade tributária frente ao Estado,
embora o pacto convencionado valha no âmbito civil e possa ensejar direito de regresso entre
os envolvidos, dependendo do caso concreto.
d) O lançamento tributário independe da participação do fisco, como ocorre nas modalidades
de lançamento por declaração ou por homologação.
e) O crédito tributário se presume líquido e certo, por ser proveniente da administração públi-
ca, que goza de fé pública, embora o contribuinte tenha o direito constitucional de discutir e
questionar sobre sua constituição.

Letra d.
a) Certa.

CTN
Art. 124. São solidariamente obrigadas: I – as pessoas que tenham interesse comum na situação
que constitua o fato gerador da obrigação principal; II – as pessoas expressamente designadas por
lei. Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

b) Certa.

CTN
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: I – da capacidade civil das pessoas naturais;
II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício
de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negó-
cios; (…).

c) Certa.

CTN
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsa-
bilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

d) Errada.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

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e) Certa.

Lei n. 6.830/1980
Art. 3º A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.

Questão 24 (VUNESP/2017/CÂMARA DE ALTINÓPOLIS-SP/PROCURADOR JURÍDICO) No


lançamento por homologação, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simula-
ção, se a lei não fixar prazo para a homologação, será ele de cinco anos. Expirado esse prazo
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito tributário. Segundo disposição expressa do Código Tributá-
rio Nacional, referido prazo conta-se
a) da ocorrência do fato gerador.
b) da materialização da obrigação tributária.
c) da constituição do crédito.
d) do lançamento.
e) da inscrição na Dívida Ativa.

Letra a.

CTN
Art. 150. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrên-
cia de dolo, fraude ou simulação.

Questão 25 (GESTÃO CONCURSO/2018/EMATER-MG/AUDITOR) A respeito do lançamento


do crédito tributário, é correto afirmar que
a) a atividade administrativa de constituição do crédito tributário pelo lançamento é um ato
discricionário.
b) o lançamento do crédito tributário rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente
modificada ou revogada.
c) o lançamento do crédito tributário não guarda relação com a data de ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária.

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d) a constituição do crédito tributário pelo lançamento regularmente notificado ao sujeito


passivo não pode ser alterada em virtude de recurso de ofício.

Letra b.
a) Errada.

CTN
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

b) Certa.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

c) Errada.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

d) Errada.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

Questão 26 (IBGP/2018/PREFEITURA DE SANTA LUZIA-MG/PROCURADOR MUNICIPAL) So-


bre as normas gerais de Direito Tributário, previstas no Código Tributário Nacional, assinale a
alternativa INCORRETA:

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a) O pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais e a interrupção da


prescrição, em favor ou contra um dos obrigados e favorece ou prejudica aos demais.
b) A isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pesso-
almente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo.
c) A responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente
ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
d) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
legislação vigente na data da concretização do ato de lançamento.

Letra d.
a) Certa.

CTN
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade: I – o
pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; II – a isenção ou remissão de
crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo,
nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; III – a interrupção da prescrição, em
favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

b) Certa. Ver comentário da letra A.


c) Certa.

CTN
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tri-
butária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos efeitos do ato.

d) Errada.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O lançamento, portanto,
é regido pela legislação vigente à época do fato gerador, e não pela legislação vigente quando de
sua concretização, como afirma a alternativa.

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Constituição do Crédito Tributário: Lançamento
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Questão 27 (CONSULPLAN/2017/PREFEITURA DE SABARÁ-MG/ADVOGADO) Sobre o Crédi-


to Tributário, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lan-
çamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato
gerador ocorrido anteriormente à sua introdução.
b) O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade adminis-
trativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade
assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
c) Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrên-
cia do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
d) Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de
bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declara-
ções ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou
pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditó-
ria, administrativa ou judicial.

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Letra a.
a) Errada.

CTN
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

b) Certa.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

c) Certa.

CTN
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocor-
rência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular
o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação
da penalidade cabível.

d) Certa.

CTN
Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o
preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante proces-
so regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé
as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito
passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
contraditória, administrativa ou judicial.

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Questão 28 (IADES/2019/AL-GO/PROCURADOR) Considerando-se o crédito tributário e lan-


çamento, no que concerne à respectiva exclusão, suspensão e extinção, assinale alternativa
correta.
a) Quando sujeito ao lançamento por homologação, a entrega de declaração pelo contribuin-
te, reconhecendo o débito fiscal, não tem o condão de constituir o crédito tributário, devendo
haver ato expresso da autoridade fazendária a esse respeito.
b) A moratória, o parcelamento e a isenção são hipóteses, além de outras previstas na legis-
lação tributária, de suspensão do crédito tributário.
c) Dada a natureza constitucional indisponível do crédito tributário, a lei não pode autorizar a
respectiva remissão total depois que ele tenha sido devidamente constituído.
d) O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se no prazo decaden-
cial de 20 anos.
e) O crédito tributário decorre da verificação de ocorrência da obrigação tributária principal,
sendo constituído pelo lançamento. A anulação do crédito tributário, contudo, não afeta a
obrigação tributária que lhe deu origem.

Letra e.
a) Errada.

Súmula 436/STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal


constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

b) Errada. A moratória, o parcelamento são hipóteses de suspensão do crédito tributário,


art. 151, I, e VI, do CTN; e a isenção é hipótese de exclusão do crédito tributário, art. 175 CTN.
c) Errada.

CTN
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado,
remissão total ou parcial do crédito tributário (…)

d) Errada. O prazo é de 5 anos – art. 173, CTN.

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e) Certa.

Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade, não afetam a obriga-
ção tributária que lhe deu origem.

Questão 29 (FCC/2018/PREFEITURA DE CARUARU-PE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) So-


bre o lançamento por homologação,
a) é absolutamente incompatível com o lançamento de ofício, pois este depende sempre de
dolo, fraude ou simulação do contribuinte.
b) não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, pratica-
dos pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando a extinção total ou parcial do crédito.
c) é comumente utilizado para conhecer da matéria tributável no caso do Imposto sobre Pro-
priedade Territorial Urbana.
d) não se aplica ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
e) trata-se de atividade da administração tributária tendente a conhecer da matéria tributável,
complementada pela declaração final do contribuinte.

Letra b.
a) Errada.

CTN
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: (…) V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obri-
gada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;

b) Certa.

CTN
Art. 150. § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação,
praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.

c) Errada.

CTN
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: I – quando a lei assim o determine; [O IPTU é lançado de ofício]

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d) Errada. O ISSQN pode ser lançado por homologação (e geralmente é objeto de lançamento
por homologação, salvo exceções legais).
e) Errada.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

Questão 30 (VUNESP/2018/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com os dispositivos do


Código Tributário Nacional sobre o lançamento, é correto afirmar:
a) ele reporta-se à data da ocorrência do fato gerador, mas deverá considerar a alíquota vi-
gente na data em que foi efetuado.
b) trata-se de atividade vinculada e obrigatória e que, por isso, ressalvados os casos previstos
em lei, não está sujeita aos juízos de conveniência e oportunidade da autoridade fiscal.
c) a posterior mudança de orientação administrativa, de ofício ou em razão de decisão judi-
cial, sobre os critérios jurídicos observados pelo Fisco no exercício do lançamento possibilita
a revisão do ato.
d) a ele se aplica legislação superveniente ao fato gerador que, mediante alteração de crité-
rios procedimentais, amplie os poderes de investigação do Fisco.

Letra d.
a) Errada.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Aplica-se, portanto, a alíquota
vigente à época do fato gerador.

b) Errada.

CTN
Art. 142. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional.

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c) Errada.

CTN
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

d) Certa.

CTN
Art. 144. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato ge-
rador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, am-
pliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maio-
res garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade
tributária a terceiros.

Questão 31 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) O procedimento administrativo ten-


dente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a ma-
téria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível, é o procedimento, em direito tributário,
a) do lançamento tributário, o qual deverá ser realizado no prazo máximo de 5 (cinco) anos da
ocorrência do fato gerador, no caso de ser realizado em decorrência da prestação de declara-
ção do contribuinte, desacompanhado do pagamento do respectivo imposto.
b) da inscrição em dívida ativa tributária, a qual deverá se dar, com base no Código Tributário
Nacional, em até 180 (cento e oitenta) dias da data de vencimento do tributo, quando não re-
alizado tempestivamente o seu pagamento.
c) da fiscalização tributária, a qual se reportará à data da ocorrência do fato gerador da obri-
gação e reger-se-á pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
d) do lançamento tributário, o qual poderá ser realizado, a depender do tributo, de ofício pela
Administração, com base em declaração do sujeito passivo ou de terceiro, ou por homolo-
gação quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.
e) da fiscalização tributária, a qual poderá ser realizada mediante abertura de procedimento
de verificação ou termo de abertura de fiscalização e auditoria.

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Letra d.
a) Errada.

Súmula 436/STJ – A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal


constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

b) Errada. Não tem nenhuma correlação entre o enunciado e a dívida ativa. A inscrição de um
débito em dívida ativa pressupõe que tenha ocorrido o prévio lançamento tributário.

CTN
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente ins-
crita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.

c) Errada.

Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou es-
pecificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. Assim como o enuncia-
do B, não tem nenhuma relação com o conceito de lançamento tributário.

d) Certa. Conceito de lançamento do CTN, art. 142. Ainda trata das três espécies de lançamen-
to tributário: lançamento direto (ou de ofício), por homologação e por declaração.
e) Errada. Ver comentário da letra C.

Questão 32 (FEPESE/2018/PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO) Sobre o lançamento tribu-


tário e o crédito dele decorrente, é correto afirmar:
a) O benefício da denúncia espontânea aplica-se aos tributos sujeitos a lançamento por ho-
mologação regularmente declarados, embora pagos a destempo.
b) Sendo declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é ilegal a recusa de expe-
dição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
c) Em relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, se não houver decla-
ração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário
conta-se exclusivamente do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.

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d) A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo débito fiscal, não exime o Fisco de
adotar as providências necessárias para a constituição do crédito tributário.
e) A atividade de lançamento é obrigatória, muito embora discricionária, sob pena de respon-
sabilidade funcional.

Letra c.
a) Errada.

Súmula 360/STJ – O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujei-
tos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.

b) Errada.

Súmula 446/STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a
recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.

c) Certa.

Súmula 555/STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quin-
quenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do
art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.

d) Errada.

Súmula 436/STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal


constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

e) Errada.

CTN
Art. 142. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional.

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Questão 33 (CESPE/2018/PGM/JOÃO PESSOA-PB/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Conside-


re que lei tributária tenha instituído novos critérios de apuração de tributo municipal e que
tenha ampliado os poderes de investigação do auditor. Com relação a esse caso, é correto
afirmar, com base nos dispositivos normativos do Código Tributário Nacional (CTN), que será
aplicada ao lançamento
a) lei nova apenas se tiver vigência retroativa ao tempo do fato gerador.
b) lei nova vigente após a ocorrência do fato gerador, desde que não amplie os poderes de
investigação.
c) lei antiga vigente ao tempo do fato gerador, mesmo que tenha sido modificada.
d) lei vigente ao tempo do fato gerador, mesmo que tenha sido revogada.
e) lei nova vigente após a ocorrência do fato gerador e vigente também ao tempo do lança-
mento.

Letra e.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan-
tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a
terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo,
desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Questão 34 (FEPESE/2017/CIASC/ADVOGADO) Assinale a alternativa correta sobre o


lançamento.
a) A autoridade administrativa somente poderá revisar o lançamento quando se comprove
que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

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b) No lançamento por declaração, a retificação da declaração por iniciativa do próprio decla-


rante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do
erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.
c) A Fazenda Pública poderá, a qualquer tempo e em qualquer modalidade de lançamento,
rever os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame a fim de retificar os créditos
tributários devidos.
d) Se a lei não fixar prazo para o lançamento por declaração, será ele de cinco anos a contar
da ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação
do sujeito passivo.
e) O pagamento antecipado pelo obrigado nos casos em que o lançamento ocorre por homo-
logação extingue, de forma imediata e irrecorrível, o crédito tributário.

Letra b.
a) Errada.

Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos:

 Obs.: Há outras hipóteses – incisos I a X – a questão fala que “somente” pode ser aplicada
no caso do inciso IX, o que não é correto.

IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autori-
dade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.

b) Certa.

CTN
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan-
do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a ex-
cluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado
o lançamento.

c) Errada.

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CTN
Art. 147. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de
ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. art. 149 – Parágrafo único.
A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

d) Errada.

CTN
Art. 150. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrên-
cia de dolo, fraude ou simulação.

e) Errada.

CTN
Art. 150. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito,
sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.

Questão 35 (VUNESP/2018/PREFEITURA DE SOROCABA-SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


O imposto municipal sobre propriedade territorial urbana (IPTU) é tributo classificado, segun-
do a forma de lançamento, como sujeito a lançamento
a) de ofício, considerando-se não ser necessária ação ou declaração do contribuinte para
que seja lançado o tributo, mas apenas ação da administração tributária tendente a verificar
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido e identificar o sujeito passivo.
b) por homologação, considerando-se que o envio da notificação de lançamento do tributo
ao contribuinte, junto à ficha bancária de pagamento, não esgota a relação jurídico-tributária,
a qual apenas se aperfeiçoa com o pagamento do tributo pelo contribuinte ou seu responsá-
vel.
c) por declaração, considerando-se que cabe ao sujeito passivo, na forma da legislação tribu-
tária, prestar à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação, tais como a existência de edificações no terreno que alterem a área construída
ou outras características do imóvel que afetem a obrigação tributária.

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d) de ofício, considerando-se que o envio da notificação de lançamento do tributo ao contri-


buinte, junto à ficha bancária de pagamento, não esgota a relação jurídico-tributária, cabendo
ao sujeito passivo, na forma da legislação tributária, prestar à autoridade administrativa infor-
mações sobre matéria de fato, indispensáveis à efetivação do lançamento.
e) por homologação, considerando-se que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento do IPTU sem prévio exame da autoridade administrativa, operando-
-se, ato contínuo, pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento do pagamen-
to antecipado, expressamente o homologa.

Letra a.
O IPTU é reconhecidamente lançado de ofício, inclusive na jurisprudência do STJ.

Súmula 397, STJ: o contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê
ao seu endereço.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SUBMIS-
SÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. IPTU. LANÇAMENTO
DE OFÍCIO. TERMO INICIAL DA PRESCRIÇÃO. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
DATA DA NOTIFICAÇÃO DO CONTRIBUINTE.
1. O entendimento da instância de origem não merece reforma, porquanto está em con-
sonância com a jurisprudência do STJ, tendo em vista que o “termo inicial da prescri-
ção, para sua cobrança, é a data do vencimento previsto no carnê de pagamento, pois
é esse o momento em que surge a pretensão executória para a Fazenda Pública (REsp
1.180.299/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJe 08/04/2010)”.
(…)
3. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp 1527372/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 10/12/2019, DJe 12/12/2019)

Questão 36 (UEG/2018/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA) O lançamento da obrigação tribu-


tária, como ato privativo da Administração Tributária, constitui o crédito tributário. Quanto ao
Crédito Tributário e seus consectários, constata-se que

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a) no lançamento tributário praticado no âmbito de operação de fiscalização, a Administração


Tributária tem prerrogativa de requisição de força policial.
b) a investigação por crime contra ordem tributária tem como pressuposto para atuação da
autoridade policial lançamento tributário válido.
c) os crimes contra ordem tributária são todos materiais, na medida em que demandam efe-
tiva supressão da arrecadação tributária.
d) entre as causas de extinção do crédito tributário, o parcelamento do tributo, quando já ins-
taurada persecução penal, constitui causa de extintiva da punibilidade.
e) a isenção tributária como causa de extinção do crédito tributário corresponde à perda do
ius puniendi do Estado em matéria de crimes contra ordem tributária.

Letra a.
a) Certa.

CTN
Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública fede-
ral, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercí-
cio de suas funções, ou quando necessário à efetivação dê medida prevista na legislação tributária,
ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção.

b) Errada. O inciso V do art. 1º da Lei 8.137 é crime tributário formal, que não exige o lançamento
definitivo do tributo.

Art. 1º Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social
e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I – omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II – fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qual-
quer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III – falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento
relativo à operação tributável;
IV – elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou
inexato;

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V – negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa
a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacor-
do com a legislação.

Súmula Vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto
no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo.

c) Errada. Ver comentário da letra B.


d) Errada. O parcelamento é uma das causas de SUSPENSÃO da exigibilidade do crédito tri-
butário, e não de extinção.
e) Errada. A Isenção é causa de EXCLUSÃO do crédito tributário, e não de extinção.

Questão 37 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) Em relação ao lançamento por


homologação efetivado mediante declaração e confissão de tributos, é incorreto afirmar que:
a) Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição
de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
b) A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
c) Quando houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco consti-
tuir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN (do primeiro
dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado), nos casos
em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa.
d) A decadência, consoante a letra do art. 156, V, do CTN, é forma de extinção do crédito tribu-
tário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistemática
de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração
de débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP etc.).

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Letra c.
a) Certa.

Súmula n. 446 do STJ:


Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expe-
dição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.

b) Certa.

Súmula n. 436 do STJ:


A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

c) Errada.

Súmula n. 555 do STJ:


Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o fisco
constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173 I do CTN,
nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o paga-
mento sem prévio exame da autoridade administrativa.

d) Certa.

Informativo n. 522 do STJ:


A decadência, consoante disposto no art. 156, V, do referido diploma legal, é forma de
extinção do crédito tributário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser rea-
vivado por qualquer sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via docu-
mento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento seja de outra espécie
qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP etc.). (REsp. 1.355.947/SP, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 12/6/2013).

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Questão 38 (VUNESP/2018/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) Após a ocorrência do fato


gerador, inovação legislativa amplia os poderes de investigação da Administração Tributária.
Nessa circunstância, de acordo com o Código Tributário Nacional, é correto afirmar:
a) a autoridade poderá aplicar amplamente a lei nova, inclusive para alterar o lançamento, até
a extinção do crédito tributário.
b) a autoridade poderá aplicar os novos critérios de apuração exclusivamente em casos de
lançamento por homologação.
c) a lei nova apenas poderá ser aplicada pela autoridade se, e somente se, seus critérios re-
sultarem em benefício para o contribuinte.
d) a autoridade competente não poderá aplicar a lei nova ao fato gerador pretérito, ocorrido
anteriormente à sua vigência.
e) a lei nova será aplicada pela autoridade competente na apuração do crédito tributário res-
pectivo até a finalização do lançamento.

Letra e.

CTN.
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan-
tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a
terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo,
desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.

Questão 39 (NUCEPE/2018/PC-PI/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL) Considerando o previsto


no Código Tributário Nacional sobre constituição do crédito tributário e sobre a suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, assinale a alternativa CORRETA.

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a) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário tem como natural e automática conse-


quência a dispensa do cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação
principal cujo crédito esteja suspenso.
b) A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada
de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor,
cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora, sendo vedada a imposição de penalidade.
c) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de impugnação formulada pelo próprio sujeito passivo.
d) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da
realização do lançamento.
e) O lançamento, atividade vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional,
é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obriga-
ção correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Letra e.
a) Errada.

CTN
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (…) Parágrafo único. O disposto neste ar-
tigo não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal
cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.

b) Errada.

CTN
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revo-
gado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as
condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobran-
do-se o crédito acrescido de juros de mora: I – com imposição da penalidade cabível, nos casos

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de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II – sem imposição de


penalidade, nos demais casos.

c) Errada.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

d) Errada.

CTN
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.

e) Certa.

CTN
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Questão 40 (CESPE/2018/PGM/MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) Julgue o item


que se segue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional. O lançamento regularmente
notificado ao sujeito passivo pode ser modificado em razão do provimento de recurso de ofí-
cio.

Certo.

CTN
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

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Questão 41 (VUNESP/2018/TJ-RS/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Acerca do lançamento

tributário, é correto afirmar que

a) a retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou

a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de

notificado o lançamento.

b) salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda

estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia em

que este ato for realizado.

c) é vedado à autoridade administrativa responsável pela revisão da declaração retificar de

ofício os erros nela contidos e apuráveis pelo seu exame.

d) a modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou

judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lan-

çamento, alcança os fatos geradores ocorridos anteriormente à sua introdução, desde que

relacionados ao mesmo sujeito passivo.

e) não se aplica ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador

da obrigação, tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou

outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito

de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

Letra a.

a) Certa.

CTN
Art. 147. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir
ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de
notificado o lançamento.

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b) Errada.

CTN
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia em que
este ato for realizado.

c) Errada.

CTN
Art. 147.
§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela
autoridade administrativa a que competir a revisão daquela.

d) Errada.

CTN
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

e) Errada.

CTN
Art. 144. Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador
da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado
os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores ga-
rantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária
a terceiros.

Questão 42 (VUNESP/2018/PC-BA/DELEGADO DE POLÍCIA) O artigo 144 do Código Tributá-


rio Nacional dispõe que o lançamento se reporta à data da ocorrência do fato gerador da obri-
gação, regendo-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
O Código Tributário Nacional excepciona essa regra, admitindo a aplicação da legislação tri-
butária que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação,

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a) interprete expressamente ato ou fato pretérito quanto à aplicação de penalidade à infração


dos dispositivos interpretados.
b) institua novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliando os poderes
de investigação das autoridades administrativas.
c) outorgue ao crédito maiores garantias ou privilégios para o efeito de atribuir responsabili-
dade tributária a terceiros.
d) altere os critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lança-
mento.
e) deixe de definir ato definitivamente julgado como infração.

Letra b.
a) Errada.

CTN
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I – em qualquer caso, quando seja expressamente
interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

b) Certa.

CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela
lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento
a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das au-
toridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste
último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

c) Errada. Comentário acima.


d) Errada.

CTN
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocor-
rido posteriormente à sua introdução.

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e) Errada.

CTN
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em
falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei
vigente ao tempo da sua prática.

Questão 43 (FCC/2018/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO) O Código Tributário Nacional,


em seu art. 145, estabelece, de modo indireto, a definitividade do lançamento regularmente
notificado ao sujeito passivo. O referido dispositivo estabelece, expressamente, que o lan-
çamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I −
impugnação do sujeito passivo; II − recurso de ofício; III − iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
De acordo com o artigo 149 do CTN, a revisão do lançamento só pode ser iniciada
a) quando o processo administrativo tributário tiver corrido à revelia das autoridades
fazendárias.
b) enquanto não transcorrido o prazo decadencial.
c) enquanto não transcorrido o prazo prescricional.
d) quando se comprove que a autoridade fiscal, ou terceiro em benefício daquela, agiu com
dolo, fraude ou simulação.
e) quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no
exercício da atividade de autoaplicação de penalidade pecuniária − lançamento de penalidade
por homologação.

Letra b.

CTN
Art. 149. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o
direito da Fazenda Pública.

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Questão 44 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Tendo em conta as normas gerais de Di-

reito Tributário, é INCORRETO afirmar:

a) A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores pendentes e futuros.

b) A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento

de tributo ou penalidade pecuniária, extinguindo-se com o crédito dela decorrente.

c) O lançamento por homologação não admite homologação tácita.

d) A denúncia espontânea acompanhada, quando o caso, de pagamento do tributo devido

com consectários cabíveis, exclui a responsabilidade por infração.

e) O parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário.

Letra c.

a) Certa.

CTN
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pen-
dentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos
termos do artigo 116.

b) Certa.

CTN
Art. 113. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o paga-
mento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

c) Errada.

CTN
Art. 150. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência
do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-
-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrên-
cia de dolo, fraude ou simulação.

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d) Certa.

CTN
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se
for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

e) Certa. Artigo 151, VI, CTN: “Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: VI – o parcelamento”.

Questão 45 (CESPE/2017/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) A legislação que


instituiu determinada taxa atribuiu ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento do
tributo, sem qualquer exame prévio por parte do órgão da fazenda pública competente pela
respectiva arrecadação. A mesma lei prevê que o lançamento do tributo ocorrerá em momen-
to posterior ao pagamento, por meio de ato administrativo com o qual a autoridade tributária,
tomando conhecimento da declaração prestada pelo contribuinte quanto à atividade exercida,
confirmará ou não o montante do tributo devido. Nesse caso, estando o pagamento correto,
a autoridade tributária reconhecerá de ofício a extinção do respectivo crédito tributário.
Nessa situação hipotética, de acordo com o CTN, a modalidade de lançamento tributário pre-
vista pela referida lei consiste em lançamento
a) direto.
b) por homologação.
c) de ofício.
d) por declaração.

Letra b.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

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Questão 46 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Considerando os dispositivos do CTN e a jurisprudência do STJ em relação ao ato administra-
tivo do lançamento e à atividade desenvolvida para a constituição do crédito tributário, julgue
o próximo item.
A declaração prestada pelo contribuinte nos tributos sujeitos a lançamento por homologação
não constitui o crédito tributário, pois está sujeita a condição suspensiva de ulterior homolo-
gação pela administração tributária.

Errado.

Súmula 436/STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal


constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

Questão 47 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


Considerando os dispositivos do CTN e a jurisprudência do STJ em relação ao ato administra-
tivo do lançamento e à atividade desenvolvida para a constituição do crédito tributário, julgue
o próximo item.
Considera-se válida e regular a notificação do lançamento de ofício do imposto predial e ter-
ritorial urbano por meio de envio de carnê ou da publicação de calendário de pagamento jun-
tamente com as instruções para o cumprimento da obrigação tributária.

Certo.

Súmula 397/STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê


ao seu endereço

Questão 48 (CESPE/2017/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO)


No que se refere à teoria do tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte.
No que concerne à atividade de cobrança de tributo, não se admite avaliação do mérito ad-
ministrativo pelo agente público, uma vez que o motivo e o objeto da atividade administrativa
fiscal são plenamente vinculados.

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Certo.

CTN
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

Questão 49 (CESPE/2017/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Em 3/6/2009, determinado contribuin-


te sofreu lançamento referente a fatos geradores de ICMS que teriam ocorrido em 1º/3/2004,
sem que tivesse havido declaração de débito nem qualquer pagamento de tributo.
Nessa situação hipotética,
a) houve prescrição, que se conta a partir do fato gerador, de modo que o lançamento não
poderia ter sido realizado.
b) houve decadência, que se conta, nesse caso, a partir do fato gerador, de modo que o lança-
mento não poderia ter sido realizado.
c) não houve decadência nem prescrição.
d) houve prescrição, contada do primeiro dia do exercício seguinte ao que o lançamento po-
deria ter sido realizado, de maneira que o crédito não poderia ter sido constituído.

Letra c.
O tributo teve seu fato gerador ocorrido em 2004; logo, o primeiro dia de 2005 será o termo
inicial da decadência, que correrá até o último dia de 2009.

Súmula 555/STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quin-
quenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do
art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa

CTN
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;

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Questão 50 (VUNESP/2016/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROCURADOR JURÍ-


DICO) Ocorre o lançamento por homologação quanto aos tributos cuja legislação tributária
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa. Nessa modalidade de lançamento, considera-se extinto o crédito tributário,
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado acerca do pagamento antecipado levado a
cabo pelo sujeito passivo, passados 5 anos contados
a) do pagamento antecipado.
b) do fato gerador.
c) da constituição do crédito tributário.
d) da publicação da lei que determinar o pagamento antecipado.
e) da determinação do sujeito passivo.

Letra b.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gera-
dor; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado
o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou
simulação.

Questão 51 (FMP CONCURSOS/2014/TJ-MT/PROVIMENTO) As modalidades de lançamen-


to, segundo o Código Tributário Nacional, são:
a) por homologação, de ofício e por declaração.
b) por homologação, de ofício e por moratória.
c) de ofício, por declaração e por remissão.
d) de ofício, por homologação e por transação.
e) por declaração, por homologação e por remissão.

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Letra a.
O Lançamento possui 3 modalidades: 1) De ofício ou Direto; 2) Por declaração ou misto; 3) Por
homologação ou “autolançamento”.

Questão 52 (FCC/2016/PGE-MT/PROCURADOR DO ESTADO) Considere:


I – A modalidade de lançamento a ser aplicada pelo fisco por ocasião da constituição do cré-
dito tributário é a que impõe o menor ônus ao contribuinte, inclusive quanto às opções fiscais
relativas a regimes de apuração, créditos presumidos ou outorgados e demais benefícios fis-
cais que o contribuinte porventura não tenha aproveitado.
II – A modalidade de lançamento por declaração é aquela na qual o contribuinte, tendo efeti-
vado o cálculo e recolhimento do tributo devido com base na legislação, apresenta à autori-
dade fazendária a declaração dos valores correspondentes à base de cálculo, alíquota, tributo
devido e recolhimento efetuado.
III – O pagamento antecipado efetivado pelo contribuinte poderá ser efetuado mediante guia
de recolhimentos, compensação ou depósito judicial.
IV – O lançamento de ofício é o formalizado quando a autoridade fazendária identifica dife-
renças no crédito tributário constituído espontaneamente pelo contribuinte.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I.
e) I e II.

Letra a.
I–
Errado. O “menor ônus” não é a diretriz na escolha do lançamento a ser efetivado. Quem de-
termina a modalidade de lançamento é a Lei. O lançamento é praticado em conformidade com
o princípio da indisponibilidade.

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II – Errado, esse lançamento descrito é por homologação.

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

III – Errado.

CTN
Art. 162. O pagamento é efetuado: I – em moeda corrente, cheque ou vale postal; II – nos casos
previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico.

IV – Certo.

Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada,
no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte.

Questão 53 (CESPE/2016/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Considerando que lançamento é


o procedimento pelo qual a autoridade administrativa constitui o crédito tributário, assinale a
opção correta.
a) A revisão do lançamento só poderá ser iniciada enquanto não tiver sido extinto o direito da
fazenda pública.
b) O ato de lançamento é corretamente classificado como um ato discricionário.
c) Os erros contidos na declaração do sujeito passivo não poderão ser retificados de ofício
pela autoridade administrativa responsável.
d) Após a regular notificação do sujeito passivo, o lançamento não poderá ser alterado.
e) Salvo disposição legal em contrário, o lançamento realizado em moeda estrangeira terá a
sua conversão para moeda nacional com base no câmbio do dia do pagamento do tributo.

Letra a.
a) Certa.

Art. 149. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o
direito da Fazenda Pública

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b) Errada.

Art. 142. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob
pena de responsabilidade funcional

c) Errada.

Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes
casos: (…) IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento defi-
nido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória

d) Errada.

Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

e) Errada.

Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação

Questão 54 (FUNRIO/2016/PREFEITURA DE TRINDADE-GO/PROCURADOR MUNICIPAL) A


respeito da constituição do crédito tributário e do seu efetivo pagamento, à luz da jurispru-
dência do STJ, a alternativa correta é:
a) O sujeito passivo do IPTU está identificado no CTN, não podendo a legislação municipal
dispor a respeito.
b) Impossível a constituição de crédito tributário após o prazo decadencial, na hipótese do
contribuinte apresentar documento de confissão de dívida.
c) Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, regular e tempestividade decla-
rados, mas não pagos dentro do prazo, é possível a denúncia espontânea antes da efetiva
fiscalização.

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d) Na hipótese do contribuinte não efetuar o pagamento da cota única ou da primeira cota do


IPTU, cujo carnê fora enviado para seu endereço, é necessário o lançamento com a respectiva
notificação, sob pena de decadência.
e) Na hipótese de ação visando o reconhecimento de isenção do imposto de renda, ajuizada
por servidor público municipal, a legitimidade passiva é exclusivamente da União, uma vez
que o Município apenas promove o desconto sendo o tributo de competência da União Fede-
ral.

Letra b.
a) Errada.

Súmula 399/STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU

b) Certa. Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, bem como de acordo com
a doutrina. Não há a possibilidade de renunciar à decadência tributária. Ou seja, ainda que o
contribuinte queira pagar ou confessar um débito decaído, isso não será possível. Decadência
e prescrição tributária são causas de extinção do crédito tributário.

CTN
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: (…) V – a prescrição e a decadência; (…).

c) Errada.

Súmula 360/STJ: O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujei-
tos à lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo.

d) Errada.

Súmula 397/STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê


ao seu endereço

e) Errada.

Súmula 447/STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restitui-
ção de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

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Questão 55 (FCC/2015/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO) João adquiriu um veículo automotor


novo, de procedência estrangeira, pelo valor de € 30.000,00 (trinta mil euros).
A lei do IPVA do Estado de domicílio de João estabelece que o fato gerador do IPVA relativo à
propriedade de veículo novo, importado do exterior, ocorre na data do desembaraço aduanei-
ro do veículo. Essa lei, porém, nada diz a respeito da regra de conversão do valor do bem, da
moeda estrangeira constante da documentação de importação, para a moeda nacional, para
fins de lançamento do imposto.
Considerando o que dispõe o CTN,
a) a taxa de câmbio a ser utilizada para cálculo do valor tributário do bem, em moeda nacional,
para fins de lançamento, será a mesma utilizada para cálculo do ICMS.
b) o lançamento do IPVA incidente sobre a aquisição da propriedade desse veículo não poderá
ser feito, pois a regra de conversão do valor tributário deveria estar prevista na lei que instituiu
esse imposto.
c) a taxa de câmbio a ser utilizada para cálculo do valor tributário do bem, em moeda nacional,
para fins de lançamento, será a mesma utilizada para cálculo do Imposto de Importação.
d) o lançamento do IPVA incidente sobre a aquisição da propriedade desse veículo será feito
em moeda estrangeira.
e) como o valor tributário do bem estava expresso em moeda estrangeira, sua conversão em
moeda nacional, para fins de lançamento, será feita ao câmbio do dia da ocorrência do fato
gerador da obrigação.

Letra e.

CTN
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.

Questão 56 (FCC/2015/TCE-CE/PROCURADOR DE CONTAS) Sobre lançamento tributário,


é correto afirmar que

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a) somente pode ser revisto de ofício pela autoridade administrativa na modalidade au-
tolançamento.
b) não pode resultar em redução do valor do crédito tributário já apurado e pago pelo sujeito
passivo em tributo sujeito a lançamento por homologação.
c) após regular notificação do sujeito passivo do lançamento realizado, o mesmo só pode ser
alterado em virtude de impugnação do sujeito passivo, acompanhada de prova de que o fato
gerador não aconteceu.
d) quando, via de regra, o valor tributário está expresso em moeda estrangeira, a conversão
se faz pelo câmbio vigente na data em que o pagamento será efetuado pelo sujeito passivo.
e) a retificação de declaração pelo declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo,
só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de notificado o
lançamento.

Letra e.
a) Errada. É o art. 149 do CTN que dispõe das hipóteses de lançamento de ofício.

Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade
administrativa, nos casos previstos no artigo 149.

b) Errada.

CTN
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total
ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º
do artigo 162, nos seguintes casos: I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido
ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias
materiais do fato gerador efetivamente ocorrido (…).

c) Errada. Ver art. 145 do CTN, acima transcrito.

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d) Errada.

Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor-
rência do fato gerador da obrigação.

e) Certa.

Art. 147. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir
ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de
notificado o lançamento

Questão 57 (FCC/2015/TCE-CE/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/AUDITOR) “O sujeito passivo,

tão logo seja inaugurada a relação obrigacional, tem o dever de apurar o montante devido,

efetuar o pagamento no prazo estabelecido em lei, fazer declarações tempestivas e recolher

a importância devida antes de qualquer manifestação da Fazenda Pública” (DERZI, Misabel

Abreu Machado, in: NASCIMENTO, Carlos Valder do. Comentários ao Código Tributário Nacio-

nal. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 359). Considerando as lições acima descritas, o

a) prazo para homologação do pagamento antecipado é de 5 anos a contar do pagamento,

salvo dolo, fraude ou simulação.

b) prazo para pagamento antecipado no lançamento por declaração é de 5 anos a contar da

ocorrência do fato gerador.

c) lançamento por declaração traz inserta a obrigação principal de fazer declarações previs-

tas em lei para que o fisco tenha meios de realizar o lançamento.

d) não pagamento antecipado importa em lançamento de ofício pelo sujeito passivo da obri-

gação tributária.

e) lançamento por homologação pressupõe que o sujeito passivo faz o pagamento antecipa-

do do tributo após ter praticado fato imponível.

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Letra e.

CTN
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exerci-
da pelo obrigado, expressamente a homologa.

Questão 58 (VUNESP/2014/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) O procedi-


mento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação corres-
pondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, é de ser entendido, nos ter-
mos do Código Tributário Nacional, como
a) Dívida Ativa.
b) Inscrição na Dívida Ativa.
c) Certidão de Dívida Ativa.
d) Lançamento.
e) Denúncia espontânea.

Letra d.

CTN
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Questão 59 (FCC/2015/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) Segundo o Código Tributário Nacional é


possível a revisão do lançamento com a consequente modificação do crédito tributário, de
ofício pela autoridade administrativa. Neste caso,
a) é situação específica da modalidade de lançamento por homologação, quando o sujeito
passivo já fez o pagamento antecipado, prestou as declarações necessárias e o Fisco vai ho-
mologar ou não o pagamento.

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b) somente é possível a revisão do lançamento na modalidade de lançamento de ofício.


c) o lançamento somente pode ser revisto de ofício enquanto não extinto o direito da Fazenda
Pública.
d) admite-se apenas a revisão de ofício nas hipóteses de lançamento por declaração, quando
se comprove que houve dolo, fraude ou simulação.
e) se o lançamento foi de ofício não cabe sua revisão pela autoridade administrativa, tendo
em vista que a mesma já exerceu seu direito à fiscalização do fato gerador.

Letra c.
a) Errada. Nessa situação, se o Fisco vai somente homologar ou não o lançamento por homo-
logação, não se trata de revisão de ofício. O enunciado retrata tão somente a homologação ou
não do procedimento feito pelo contribuinte.
b) Errada. As hipóteses de revisão de ofício do lançamento estão previstas, expressamente,
no CTN para todas as modalidades de lançamento por declaração.
c) Certa. Corresponde ao art. 149 do CTN, parágrafo único: A revisão do lançamento só pode
ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
d) Errada. O art. 149 do CTN traz um rol de 9 (nove) hipóteses em que poderá haver revisão do
lançamento de ofício.
e) Errada. Ver comentários ao item B.

Renato Cesar Guedes Grilo


Procurador da Fazenda Nacional. Assessor de Ministro do Superior Tribunal de Justiça. Pós-graduado em
Direito Constitucional e Tributário. Mestrando em Direito e Políticas Públicas. Entre 2013 e 2016, atuou
perante os Tribunais Superiores como PFN. É professor de cursos preparatórios para concursos e autor
de obras jurídicas, dentre as quais o Manual do Procurador da Fazenda Nacional – Editora Juspodivm.

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