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Isenção seria a dispensa do pagamento do tributo. Segundo o ilutre José Souto Maior
Borges, "O poder de isentar apresenta certa simetria com o poder de tributar. Tal
circunstância fornece a explicação do fato de que praticamente todos os problemas que
convergem para a área do tributo podem ser estudados sob ângulo oposto: o da
isenção. Assim como existem limitações constitucionais ao poder de tributar, há limites
que não podem ser transpostos pelo poder de isentar, porquanto ambos não passam
de verso e reverso da mesma medalha"1.
No entanto, alguns doutrinadores entendem que a dispensa legal do pagamento do
tributo devido não se aplica a isenção tributária e sim a remissão. Porque no momento
da isenção o fato gerador já ocorreu, ensejando um entendimento errôneo e restrito a
exclusão do crédito tributário. Tendo como consequência a confusão dos conceitos de
isenção e remissão tributária.
Outro ponto de vista e argumento é utilizado pelo já citado Souto Maior Borges, é que
não há incidência da norma jurídica tributária, não ocorrendo, portanto, o nascimento do
tributo. Para ele, a norma isentiva incide justamente para que a norma tributária não
possa incidir, qualificando a isenção como hipótese da não incidência tributária,
legalmente qualificada.
O professor Paulo de Barros Carvalho, criou uma nova corrente dividindo as normas
jurídicas em normas de comportamento e normas de estrutura, incluindo as regras de
isenções nesta última. Definindo que "regra de isenção investe contra um ou mais dos
critérios da norma-padrão de incidência mutilando-os, parcialmente" 2.
1
BORGES, José Souto Maior. Isenções Tributárias. 2°. ed. São Paulo: Sugestões literárias, 1980, p.2.
2
Carvalho, Paulo de Barros. Curso..., cit. 1°. ed., p.303.
3
Carrazz, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 29°. ed. São Paulo. Malheiros Editores,
p.995.
Diante do exposto, não considera-se errado o entendimento de que isenção é a
dispensa do pagamento, mas existem corrente de ilustres doutrinadores que defendem
a não há incidência da norma jurídica tributária, a limitação no âmbito do antecedente e
consequente e também novas correntes que vem se formando.
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii)
não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
Fundamentação Art, 175, I do CTN Alguns artigos da Doutrina Art, 175, II do Art. 156, IV do
CF/ 88. art. 150, VI, CTN CTN
legal
art. 184, §5º, 195,
§7º.