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1. Que é isenção?
De início, cabe destacar que de acordo com o art. 175, I, do CTN, a isenção é uma espécie de
exclusão do crédito tributário. Feito tal apontamento, esclarece-se que ao longo do tempo surgiram
diversas teorias que tentaram conceituar a figura da isenção tributária, de forma que não existe
consenso doutrinário acerca de sua acepção semântica.
Por exemplo, para a teoria clássica, a isenção é uma espécie de “favor legal” que dispensa o
pagamento de tributo devido, ocorrendo, portanto, após a incidência de determinada tributação, após
situação já consumada. Tal teoria leva a entender que “se dá a incidência da regra-matriz, surge a
obrigação tributária, e logo a seguir, acontece a desoneração do obrigado, por força da percussão da
norma isentiva” (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário, p. 486).
No entanto, indo de encontro ao que prega a doutrina clássica, para o professor Paulo de
Barros Carvalho (Direito Tributário. Linguagem e Método, p. 593), as normas de isenção atuam sobre
a norma-padrão da incidência tributária, de modo que o encontro dessas duas normas jurídicas
ocasiona a inibição parcial da regra-matriz de incidência. Ou seja, a isenção não ocorre após a
incidência, e se o fato é isento, não há fato jurídico tributário ou obrigação tributária que torne a
isenção uma “dispensa de pagamento de tributo devido”.
2. Elaborar um quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv)
anistia; e (v) remissão.
3. A expressão “crédito tributário” utilizada no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação
para a isenção e para a anistia? Justificar.
Não. Como mostrado no quadro da questão acima, a anistia diz respeito a um perdão por uma
falta cometida pelo devedor tributário ou o perdão de uma penalidade imposta ao contribuinte em
decorrência de uma transgressão à lei. Ou seja, nesse caso, o “crédito tributário” na verdade
representa o montante devido em decorrência de uma sanção. O crédito foi constituído em favor do
órgão arrecadador, e foi posteriormente anistiado.
Enquanto isso, em relação à isenção, a expressão “crédito tributário” diz respeito a montante
não existente, que não foi constituído. Poderia existir o crédito, mas sua constituição esbarra numa
norma isentiva que impede a incidência.
4.
I – As isenções com prazo certo são aquelas que em regra não podem ser revogadas pelo Poder
Público (apesar de Paulo de Barros Carvalho admitir a possibilidade de revogação mediante
indenização), por ferirem o direito adquirido do contribuinte.
Além disso, existem as isenções incondicionadas, que geralmente não possuem prazo certo e
podem ser aproveitadas por qualquer contribuinte que preencher os requisitos legais. Por não
possuírem prazo certo, podem ser revogadas a qualquer tempo.
II – Apenas reestabelece sua eficácia. Com o término da isenção, a hipótese fática isenta passa
a se encaixar na regra geral de incidência, incidindo a norma tributária que estava impedida de produzir
efeitos, não sendo necessária a publicação de nova norma tributária.
Contudo, pode ocasionar a instituição de “novo” tributo, deve ser respeitado o princípio da
anterioridade, geral e nonagesimal.
5.
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alíquota zero é uma prerrogativa do Poder Executivo, enquanto a isenção pressupõe ato do poder
legislativo.
Utilizando essa lógica, em princípio, operações isentas ou com alíquota zero não podem gerar
créditos tributários.
6.
De igual forma, não há como se considerar a redução da base de cálculo como uma isenção
parcial, visto que na redução há a ocorrência do fato gerador, o nascimento da obrigação tributária e
a devida constituição do crédito pelo órgão arrecadador, apenas implicando na diminuição do
montante devido.
b) Sim. De acordo com entendimento do STF, quando o contribuinte opta por benefício que
gere base de cálculo reduzida na saída de mercadorias, a legislação estadual pode vedar o
aproveitamento de créditos de ICMS gerados através da entrada de insumos tributados, por não ser
possível mesclar ou dois benefícios.
7.
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