Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Descreva, com suas palavras, como você entende a fenomenologia da incidência das
obrigações tributárias.
Consoante o que Carvalho (2019) explica, a norma tributária cuida de apresentar uma
hipótese - antecedente - a qual está adstrita um efeito jurídico - consequente.
28
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Matrícula: 11821DIR030 - E-mail:
barbara.remoura@gmail.com
29
Graduando em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Matrícula: 11821DIR003 - E-mail:
cairog.andrade@gmail.com
30
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Matrícula: 12011DIR045 - Email:
jessica.coutinhobsb@gmail.com
31
Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Matrícula: 11821DIR035 - Email:
raiannyrosa6@gmail.com
O princípio da legalidade tributária é o responsável por controlar a imposição de
tributos e encontra respaldo no art. 5º, inciso II, da Constituição Federal. Por consequência,
ele é aplicável a todas as áreas do direito.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
Nesse sentido, é possível entender que sua aplicação alcança qualquer tributo. Sendo
assim, esses tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e
empréstimos compulsórios).
De acordo com o art. 153, § 1º, da Constituição Federal, as alíquotas dos seguintes
impostos pode ser realizada por meio de Decreto do Executivo (Imposto de Importação,
Imposto de Exportação, Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto sobre Operações
de Crédito, Câmbio, Seguro ou Relativas a Títulos, ou Valores Mobiliários). Eles figuram
como exceções ao princípio da legalidade e, consequentemente, demonstram que pode existir
obrigação sem lei em abstrato.
Outra exceção pode ser encontrada no § 4º, do art. 177, da Constituição. Nela, é
permitido a redução ou o restabelecimento da alíquota da CIDE combustíveis por ato do
Poder Executivo. Apesar de não figurar como verdadeira exceção, também é previsto no art.
97 do Código Tributário Nacional:
Assim, temos como exemplo a atualização monetária do valor dos imóveis previsto na
planta genérica de valores (base de cálculo do IPTU) não exigindo Lei em sentido estrito.
Ademais, para que haja a obrigação, não basta que exista a Lei. A fonte de tal
obrigação é a lei, mas esta não basta para o nascimento da obrigação. É necessário que surja
concretamente o fato capaz de servir de fundamento à ocorrência da relação jurídica
tributária, ou seja, o fato gerador.
Fato gerador é o fato, conjunto de fatos ou estado de fato a que o legislador vincula o
nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo determinado. Não é ele quem cria a
obrigação tributária, mas a lei. Além disso, este é pressuposto material para que a relação
obrigacional se instaure e marque o momento que inaugura o vínculo, quando se reputa
instaurada a obrigação tributária, constituindo o momento inicial da instauração dessa relação
jurídica obrigatória.
Assim, a obrigação tributária é a relação jurídica através da qual o sujeito passivo tem
o dever de, em favor do sujeito ativo, efetuar pagamento em dinheiro, ou, ainda, cumprir
prestações de fazer ou não fazer, estas no interesse da arrecadação ou fiscalização dos
tributos. A obrigação principal nasce com o fato gerador e tem por finalidade o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária. O crédito (exigibilidade da obrigação) não surge juntamente
com a obrigação, constituindo-se em momento posterior, a partir do lançamento.
Referências Bibliográficas