Você está na página 1de 122

DIREITO

TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Crédito Tributário: Suspensão, Extinção e Exclusão..........................................3


Suspensão do Crédito Tributário....................................................................3
Moratória (arts. 152, 153, 154 e 155 do CTN).................................................4
Depósito Integral.........................................................................................6
Reclamações e Recursos Administrativos........................................................7
Parcelamento..............................................................................................9
Exclusão do Crédito Tributário..................................................................... 10
Isenção.................................................................................................... 10
Anistia..................................................................................................... 12
Extinção do Crédito Tributário..................................................................... 13
Pagamento (arts. 157 a 163, CTN)............................................................... 14
Consignação em Pagamento (art. 164, CTN)................................................. 20
Compensação (art. 170, CTN)..................................................................... 21
Transação (art. 171, CTN)........................................................................... 23
Remissão................................................................................................. 24
Conversão de Depósito em Renda................................................................ 24
Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento................................... 25
Decisão Administrativa Irreformável............................................................. 25
Decisão Judicial Transitada em Julgada......................................................... 25
Dação em Pagamento de Bens Imóveis........................................................ 26
Decadência............................................................................................... 26
Prescrição................................................................................................ 28
Questões de Concurso................................................................................ 30
Gabarito................................................................................................... 57
Gabarito Comentado.................................................................................. 58

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

CRÉDITO TRIBUTÁRIO: SUSPENSÃO, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO


Suspensão do Crédito Tributário
Com o lançamento, o crédito tributário é constituído e exigível. No entanto,

o CTN no art. 151 prevê casos em que é possível a suspensão da sua exigibilidade:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento.(Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Com a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, a Fazenda Pú-

blica é impedida de cobrar o valor supostamente devido pelo contribuinte

e de considerá-lo como inadimplente.

Regra geral, as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário se dão

após o lançamento, no entanto, há casos em que é reconhecida a referida suspen-

são antes do lançamento.

Ressalte-se que, nesses casos, embora suspensa a exigibilidade do crédito tri-

butário, este pode ser constituído através de lançamento, mas não será exigível

enquanto existente a causa suspensiva. Neste sentido, afirma-se que a suspensão

da exigibilidade do crédito tributário não impede o lançamento nem inter-

fere no prazo decadencial.

Ademais, ainda que suspensa a exigibilidade do crédito tributário (obrigação

de pagar tributo ou penalidade pecuniária), o sujeito passivo deve cumprir as

obrigações acessórias à obrigação principal suspensa (art. 151, par. único, CTN):

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
consequentes.

Moratória (arts. 152, 153, 154 e 155 do CTN)

A suspensão do crédito tributário através da moratória se dá através de previ-

são em lei, que a concede diretamente ou autoriza que a autoridade administrativa

a conceda através de despacho, podendo se dar, respectivamente, em caráter geral

ou em caráter individual.

Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:


I – em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que
se refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência
federal e às obrigações de direito privado;
II – em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que auto-
rizada por lei nas condições do inciso anterior.

A moratória é a dilatação do prazo para pagamento do tributo ou da pe-

nalidade pecuniária, e no que se refere à de caráter geral, esta pode ser concedida:

(i) pela pessoa jurídica competente para a instituição do tributo – moratória autô-

noma; ou (ii) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito

Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos

de competência federal e às obrigações de direito privado (moratória heterônima).

Já a moratória individual, autorizada em lei, é concedida por despacho da autori-

dade administrativa nas hipóteses em que o beneficiário cumpra os requisitos legais.

Outro ponto importante quanto à moratória é se ela pode ser total ou parcial, de

forma que quanto a esta última classificação a sua aplicabilidade se dará somente:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

(i) em determinada região do território da pessoa jurídica de direito público

que a expedir; ou (ii) para determinada classe ou categoria de sujeitos passivos

(art. 152, par. único, CTN):

Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua


aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público
que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

Além disso, a lei concessiva da moratória deve prever, conforme o

art. 153, CTN:

(i) o prazo em que perdurará a respectiva suspensão do crédito tributário:

(ii) as condições para concessão de moratória individual; e

(iii) se necessário

(iii.a) indicar os tributos que podem ser suspensos:

(iiii.b) as prestações e os vencimentos que serão suspensos durante o prazo

da suspensão, sendo que no caso da moratória individual a autoridade adminis-

trativa pode destacar em seus despachos as prestações e vencimentos que serão

suspensos:

(iiii.c) quais garantias devem ser oferecidas pelo beneficiário da moratória in-

dividual.

Agora, veja que apenas é objeto do benefício da moratória, o crédito tributá-

rio que estiver definitivamente constituído na data da lei ou do despacho

que a conceder, ou, ao menos, na data da concessão, já tiver sido iniciado o

lançamento e o sujeito passivo ter sido notificado do mesmo, salvo disposição em

contrário (art. 154, CTN).

Perceba que quando o legislador afirmou “salvo disposição em contrário”, ele

admitiu excepcionalmente que seja aplicada a moratória:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

(i) a crédito tributário que não esteja definitivamente constituído:

(ii) a casos em que não tenha ainda nem sido iniciado o lançamento; e

(iii) a casos em que o sujeito passivo não tenha sido nem notificado do lançamento.

Quanto à moratória em caráter individual, esta não gera direito adqui-

rido e pode ser revogada de ofício se for constatado que o beneficiado não sa-

tisfaz ou nunca satisfez, ou não cumpre ou nunca cumpriu, respectivamente, nem

as condições nem os requisitos para a sua concessão, hipótese em que o tributo

será cobrado com juros de mora, e, se for constatado o dolo ou a simula-

ção por parte do beneficiado ou de terceiro em seu benefício, será ainda

imposta penalidade (art. 155, CTN).

Ressalte-se que a moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simula-

ção do sujeito passivo ou do terceiro em seu benefício.

Depósito Integral

No intuito de suspender a exigibilidade do crédito tributário e não ficar com esse

débito pendente nos registros da Secretaria de Fazenda, pode o contribuinte depo-

sitar em dinheiro o valor integral do tributo.

Condicionar o direito de ação a depósito do valor questionado viola a garantia

constitucional de que nenhuma lesão ou ameaça a direito será excluída da apre-

ciação do Judiciário. No entanto, é oferecida ao contribuinte a possibilidade de de-

positar judicialmente o valor de crédito tributário exigível a fim de suspender com

brevidade a sua exigibilidade para protegê-lo contra ajuizamento de execução fiscal

ou indeferimento de certidão de regularidade fiscal, por exemplo.

Assim, o valor depositado ficará à disposição do juízo até a decisão judicial final

que decidir se o crédito tributário é realmente devido ou não.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Nos termos da súmula 112 do Superior Tribunal de Justiça, o depósito deve

ser do valor integral do tributo e em dinheiro:

Súmula 112, STJ – O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito


tributário se for integral e em dinheiro.

Pontue-se que feito o depósito, não incidirá juros e multa sobre o valor

devido, que será atualizado com a taxa Selic até a data do seu levantamento pelo

contribuinte (se este for vitorioso na ação judicial) ou da conversão do depósito em

renda em favor do fisco (se este for vitorioso na ação judicial).

Reclamações e Recursos Administrativos

O princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa previsto no art. 5º,

LV, CF/1988 assegura a todos o direito de se defender nos processos administrati-

vos e judiciais:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin-
do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…]
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

No CTN, art. 151, III, o legislador destacou que as reclamações/impugnações e

os recursos administrativos suspendem a exigibilidade do crédito tributário, garan-

tindo aos contribuintes que enquanto houverem defesas administrativas apresen-

tadas por estes pendentes de apreciação nos processos administrativos não poderá

o fisco exigir o tributo.

No entanto, veja que se a peça processual de defesa apresentada pelo contri-

buinte for intempestiva, o crédito tributário ficará exigível podendo o fisco seguir

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

com os procedimentos para cobrança e impedimentos legais diante do débito pen-

dente de pagamento.

Ademais, já houve controvérsia quanto à necessidade de realização de depó-

sito em dinheiro ou arrolamento de bens como requisito para apresentação de

recurso administrativo, mas após inúmeros julgamentos pelo Supremo Tribunal

Federal, houve a edição da súmula vinculante 21 prevendo a inconstitucionalidade

dessas exigências:

Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arro-


lamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso admi-
nistrativo.

Concessão de medida liminar em mandado de segurança e concessão de

medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial

Essas hipóteses de suspensão de exigibilidade do crédito tributário de-

pendem de ordem judicial que concede medida liminar ou tutela antecipada.

A CF/1988 prevê que será concedido mandado de segurança “para proteger

direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o

responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de

pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.

O cabimento das ações não é o foco no nosso curso, mas interessa saber que o

direito líquido e certo protegido pelo mandado de segurança é aquele que pode ser

provado de plano na petição inicial.

Assim, tendo sido impetrado um mandado de segurança, a concessão de

medida liminar é possível pelo juiz quando (art. 7º, III, Lei n. 12.016/2009):

(i) houver fundamento relevante do ato impugnado;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

(ii) houver a ineficácia da medida, caso ela não seja logo deferida.

O item i acima representa a fumaça do bom direito (fumus boni juris), que é a

exposição de indícios de que realmente existe o direito pleiteado.

Já o item ii representa o perigo da demora (periculum in mora), que é possibi-

lidade de o impetrante sofrer um dano irreparável e perder o seu direito pleiteado

ao final da ação se ele não for reconhecido no início da ação, em sede de liminar.

Neste sentido, reconhecendo o juiz que o pedido do contribuinte apresenta es-

ses dois requisitos, concede a liminar e consequentemente suspende a exigibilida-

de do crédito tributário.

Quanto à concessão de liminar e de tutela antecipada nas outras ações judiciais,

utiliza-se o raciocínio aplicado à concessão de liminar em mandado de segurança,

quanto à identificação pelo juiz de fundamento relevante do ato impugnado e de

ineficácia da medida pleiteada se ela não for logo deferida.

Sobre o assunto há súmulas importantes quais sejam:

Súmula 212, STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser defe-
rida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.
Súmula 266, STF: Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

Parcelamento

O parcelamento é uma modalidade de suspensão do crédito tributário que está

prevista no 155-A do CTN.

Antigamente o posicionamento doutrinário era de que o parcelamento era uma

espécie de moratória, representando a dilatação do prazo de pagamento do tributo

em parcelas, sendo assim, uma moratória parcelada. No entanto, com a inclusão

do parcelamento no CTN em 2001 com a edição da Lei Complementar 104, boa

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

parte dos tributaristas reconheceu que são hipóteses autônomas de suspensão do

crédito tributário.

Quanto ao parcelamento, este deve ser previsto em lei específica, de modo

que, em regra, sobre o crédito tributário objeto do parcelamento incidirá ju-

ros e multa.

Ademais, pontue-se que serão aplicadas ao parcelamento, de forma subsidiária,

as normas que tratam sobre a moratória.

Exclusão do Crédito Tributário


As modalidades de exclusão do crédito tributário estão destacadas no CTN no

art. 176:

Art. 175. Excluem o crédito tributário:


I – a isenção;
II – a anistia.

Excluir o crédito tributário é dispensar a sua constituição após a ocor-

rência do fato gerador e do surgimento da respectiva obrigação tributária


de pagar o tributo ou penalidade pecuniária, não havendo dispensa, no entan-

to, quanto ao cumprimento das obrigações acessórias.

Isenção

Na aula que tratamos sobre imunidade falamos brevemente sobre um dos tipos

de exclusão do crédito tributário, que é a isenção, e destacamos as peculiaridades

que as distinguem.

O art. 176 do CTN prevê que a isenção deve ser prevista em lei, lei esta que

deverá especificar as condições e os requisitos para a sua concessão, e o prazo de

sua duração (se for uma isenção onerosa – por prazo certo), de modo que o único

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

ente político responsável pela concessão da isenção é o detentor da competência

para instituição do tributo.

A isenção beneficiará os tributos que forem instituídos anteriormente à sua

concessão, de forma que, havendo disposição em contrário, poderá ser estendida

àqueles que forem instituídos depois de sua concessão.

Prevê ainda o CTN que a isenção não será extensiva às taxas e às contribuições

de melhoria, salvo disposição em contrário.

No que se refere à revogação da isenção, se esta não for concedida por prazo

certo, poderá ser modificada/revogada a qualquer tempo, através de lei, de forma

que aquela que for concedida por prazo certo não poderá ser revogada livremente,

tendo direito adquirido os contribuintes que já tenham cumprido as condições para

usufruir do benefício.

Súmula 544, STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa,


não podem ser livremente suprimidas.

Uma peculiaridade importante quanto à isenção, é que há isenções que não são

concedidas em caráter geral, que se dão em razão de preenchimento de requisitos

e condições previstos em lei ou em contrato.

Nessas hipóteses de isenção concedida em caráter individual, é necessário que

seja feito um requerimento pelo interessado à autoridade administrativa provando

que satisfaz às exigências para gozo do benefício, que ao reconhecê-las concede a

isenção através de despacho.

No caso da isenção individual se referir à tributo lançado por período certo de

tempo, conforme par. 1º, art. 179, CTN, o despacho deverá ser renovado antes de

finalizar o prazo do benefício, de modo que, não havendo mais preenchimento dos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

requisitos pelo interessado, os efeitos da isenção serão cessados imediatamente no

dia seguinte após ao período do benefício antes concedido.

Neste sentido, o despacho da autoridade administrativa não gera direito adqui-

rido à isenção.

Anistia

Já a anistia, uma das modalidades de exclusão do crédito tributário, é aplicável

exclusivamente às infrações, ou seja, há a ocorrência do fato gerador, nasce a obri-

gação tributária de pagar uma penalidade pecuniária, mas é dispensada a consti-

tuição do respectivo crédito tributário através de previsão legal.

As únicas infrações que podem ser beneficiadas pela anistia são aque-

las praticadas anteriormente à vigência da lei que a concede, não sendo, no

entanto, aplicável:

(i) a atos qualificados em lei como crime, contravenções ou forem praticados

com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou terceiro em seu benefício;

(ii) às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou

jurídicas, salvo disposição em contrário.

No que se refere à abrangência de seus efeitos, considera-se que a anistia pode

ser concedida em caráter geral ou de forma limitada (art. 181, CTN).

Quanto a esta última, ela poderá ser concedida limitadamente:

(i) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;


(ii) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, con-
jugadas ou não com penalidades de outra natureza;
(iii) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições
a ela peculiares;
(iv) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou
cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Quanto à anistia que não for concedida em caráter geral, aplica-se regras simi-

lares àquelas relativas à isenção:

Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso,
por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado
faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos
em lei para sua concessão.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-
-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

Extinção do Crédito Tributário


Créditos tributários, devidamente constituídos, serão extintos em razão dos se-

guintes casos (art. 156, CTN):

Hipóteses de extinção do crédito tributário


Pagamento Prescrição Consignação em pagamento
Compensação Decadência Decisão administrativa irreformável

Transação Conversão de depósito em renda Decisão judicial transitada em julgado


Remissão Pagamento antecipado e a homo- Dação em pagamento em bens imóveis
logação do lançamento

Leandro Paulsen em sua obra Curso de Direito Tributário Completo, ao tratar

sobre as hipóteses extinção do crédito tributário, conceituou-as, resumidamente,

comas seguintes palavras:

Tendo em conta o fundamento das diversas hipóteses, vê-se que o crédito se extingue
quando for:
Satisfeito mediante pagamento, pagamento seguido de homologação no caso dos tri-
butos sujeitos a lançamento por homologação, compensação, conversão em renda de
valores depositados ou consignados ou dação em pagamento de bens imóveis na forma
e condições estabelecidas por lei (incisos I, II, VI, VII, VIII, XI), ainda que mediante
transação (inciso I);
Desconstituído por decisão administrativa ou judicial (incisos IX e X);
Perdoado (indico IV: remissão)
Precluso o direito do Fisco de lançar ou de cobrar o crédito judicialmente (inciso V: de-
cadência ou prescrição).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Para uma melhor compreensão, trataremos individualmente de cada uma de-

las, abaixo.

Pagamento (arts. 157 a 163, CTN)

O pagamento é a forma mais comum de extinção do pagamento do cré-

dito tributário, e deverá ser feito no prazo determinado pela legislação,

ou, caso essa seja silente, o pagamento deverá ser feito pelo sujeito passivo

no prazo de 30 dias após ter sido notificado quanto ao seu lançamento,

podendo ser concedido desconto por antecipação do pagamento, se assim prever

a legislação tributária.

O pagamento de um crédito tributário deve ser específico e direto, de forma

que do pagamento parcial ou total de um tributo não há presunção lógica, respec-

tivamente, do pagamento de todas as prestações ou de todos os tributos devidos a

determinado ente. O que isso quer dizer? Que sendo feito o pagamento parcial

de um tributo, não será presumido o pagamento das prestações em que

se decomponha (art. 158, I, CTN); ou, sendo feito o pagamento total de um

crédito tributário, não há presunção quanto ao pagamento de outros cré-

ditos referentes ao mesmo ou a outros tributos (art. 158, II, CTN). Já pensou,

por exemplo, pagando só a terceira parcela do IPVA o Estado considerasse que você

o pagou por completo? Não faz sentido.

Quanto ao local em que deve ser feito o pagamento, o CTN afirma que se a le-

gislação não dispuser a respeito, este deverá ser feito na repartição competente do

domicílio do sujeito passivo.

Importante também, é destacar que o fato de o Poder Público impor sanção ao

sujeito passivo em razão do não pagamento do tributo no prazo não afasta a obri-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

gatoriedade de pagamento do tributo (art. 157, CTN), devendo, portanto, o sujeito

passivo pagar tanto o tributo como as multas.

Não pagando o tributo no prazo, ou sendo feito somente pagamento parcial,

deverá o devedor pagar o débito pendente acrescido de juros, além da aplicação

da penalidade cabível.

No que se refere a penalidades é possível a aplicação de:

(i) multas moratórias;

(ii) multas de ofício; e

(iii) multas isoladas.

As multas moratórias são impostas pelo Fisco em razão do pagamento do

tributo fora do prazo ou do não pagamento do tributo declarado; as multas

de ofício são aquelas aplicadas diretamente pelo Fisco durante um processo

fiscalizatório ao apurar os tributos que não foram pagos, nem declarados,

ou ao identificar a existência de obrigações acessórias não cumpridas, de

forma que, neste último caso, a multa pode ser chamada de multa isolada.

No que se refere aos juros de mora dos incidentes sobre os tributos pagos fora

do prazo, embora o par. 1º do art. 161, CTN preveja que “se a lei não dispuser de

modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês”,

o entendimento do STJ é no sentido de que a cobrança dos referidos tributo deve

se dar com a aplicação da taxa SELIC, que abrange tanto os juros de mora e a cor-

reção monetária do montante (REsp 447.690/PR).

Ademais, é importante destacar que, havendo uma consulta formulada e apre-

sentada pelo interessado à Fazenda Pública dentro do prazo legal do pagamento

do tributo, não haverá incidência de juros de mora nem aplicação de penalidades.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Na aula em que conceituamos de tributo, conforme art. 3º, CTN, destacamos

que este é uma prestação pecuniária, de forma que nunca o tributo poderá ser pre-

visto abstratamente como um trabalho ou como uma entrega de bens.

O tributo deverá estar previsto como uma obrigação de dar moeda ou algo cujo

valor possa se exprimir em moeda, preferencialmente em dinheiro.

Assim foi que o art. 162 do CTN previu que o pagamento é efetuado das se-

guintes formas:

Art. 162. O pagamento é efetuado:


I – em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II – nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo
mecânico.

Outra peculiaridade quanto ao pagamento, diz respeito à imputação deste

quando houver simultaneamente dois ou mais débitos vencidos por um

mesmo sujeito passivo a uma só entidade tributante, relativos ao mesmo ou

a diferentes tributos, ou à penalidade pecuniária ou juros de mora.

Nos termos do art. 163, CTN, a autoridade administrativa competente pela ins-

tituição do tributo fará a imputação do pagamento na seguinte ordem:

Ordem de imputação de pagamento havendo débitos tributários simultâneos


I – em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorren-
tes de responsabilidade tributária;
II – primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;
III – na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV – na ordem decrescente dos montantes.

Pagamento Indevido

O CTN previu o pagamento como extinção do crédito tributário, mas também

assegurou ao sujeito passivo o direito de restituição em razão de pagamento inde-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

vido, do pagamento a maior, de erros praticados seja por ele como pelo Fisco, e de

decisões administrativas ou judiciais nas seguintes hipóteses (art. 165, CTN):

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o
devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias ma-
teriais do fato gerador efetivamente ocorrido;
II – erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável,
no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer
documento relativo ao pagamento;
III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

E quem pode pedir a restituição? Segundo o art. 165, CTN, detém a legitimidade

para tal o sujeito passivo, no entanto, o art. 166, CTN, assegurou, nos casos em

que haja transferência do encargo financeiro, que a restituição será feita a quem

assumir o ônus financeiro, destacando, ainda, que se o encargo for transferido a

terceiro, este deverá autorizá-lo para que possa pedir a restituição.

Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do
respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o refe-
rido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.

Tratamos em nosso curso sobre a classificação dos tributos quanto à reper-

cussão do ônus tributário, e vimos que há os tributos diretos e indiretos, lembra?

Assim, o dispositivo acima nos remete aos tributos classificados como indireto e da

existência de contribuintes de fato e de direito.

Segundo o dispositivo supratranscrito, se o contribuinte de direito não transferir

o ônus financeiro para o contribuinte de fato, será a ele autorizada a restituição do

valor pleiteado, já, se o ônus for arcado pelo contribuinte de fato, este deve auto-

rizar expressamente o contribuinte de direito a pleitear a restituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Ou seja, quando o objeto do pedido de restituição for um tributo indireto o con-

tribuinte de direito deve comprovar que o tributo não foi repassado ao contribuinte

de fato, ou ser por este autorizado. Nesse sentido, quanto à primeira afirmação

veja a aplicação de súmula do STF, que, inclusive, representa a mudança de enten-

dimento da Suprema Corte que antigamente entendia que os tributos indiretos não

poderiam ser restituídos, ainda que indevidamente pagos:

Súmula 546, STF: Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando


reconhecido por decisão, que o contribuinte “de jure” não recuperou do contri-
buinte “de facto” o “quantum” respectivo.

Destaque-se, assim, que não há previsão no ordenamento jurídico pátrio de que

o contribuinte de fato possa pleitear a restituição de tributos indiretos.

Quanto aos valores que podem ser restituídos, o legislador assegura que não só

o valor do tributo em si possa ser ressarcido, como também os juros de mora e as

penalidades incidentes sobre ele:

Art. 167. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma pro-
porção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações
de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.
Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em
julgado da decisão definitiva que a determinar.

Quanto à afirmação acima de que os valores referentes às infrações de caráter

formal não são restituíveis, essa decorre do entendimento lógico de que nessa hipó-

tese não se fala no pagamento de tributo, muito menos, em restituição do mesmo.

Já no que se refere à determinação do parágrafo único, quis o legislador des-

tacar que o valor a ser restituído decorrente de decisão judicial deve ser devolvido

com juros a serem contabilizados desde o seu trânsito em julgado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Sobre o assunto há súmula do STJ destacando a incidência dos juros de mora:

Súmula 188, STJ: Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário,


são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença.

Ressalte-se, ainda, que as ações judiciais que são manejadas pelos interessados

a fim de buscar o ressarcimento de valores indevidamente pagos são denominadas

de ações de repetição indébito. Deparando-se com o julgamento de ações dessa

espécie, o STJ consolidou o seu sentimento de que na repetição indébito tributário

deve haver correção monetária desde o pagamento indevido, veja:

Súmula 162, STJ: Na repetição de indébito tributário, a correção monetária


incide a partir do pagamento indevido.

É importante salientar que o sujeito passivo tem o prazo de 5 anos para pleitear

a restituição, ou perderá esse direito:

Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5


(cinco) anos, contados:
I – nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tri-
butário; (Vide art. 3 da LCp n. 118, de 2005)
II – na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a
decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha re-
formado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.

O inciso I, em regra, é de fácil compreensão, de modo que da data do pagamen-

to começa a correr o prazo de 5 anos para pedir a restituição do valor indevidamen-

te pago, pago a maior, ou decorrente de uma operação com erros.

No que se refere aos tributos sujeitos a lançamento por homologação, por mui-

tos anos houve divergências quanto ao termo inicial do prazo para pedir a sua res-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

tituição nos casos em que tacitamente homologados, se era do pagamento, ou da

homologação tácita (que se dá 5 anos após o pagamento).

Ocorre que não há mais celeuma diante do tema, tendo em vista que, em 2005,

foi editada a Lei Complementar 118, a qual destacou que nos casos dos tributos

sujeitos a lançamento por homologação, para cálculo do prazo para pedido de

restituição de pagamento indevido, considera-se o tributo extinto no momento do

pagamento antecipado, sendo esse o termo inicial para contagem.

Quanto ao inciso II, diz respeito às decisões que reconhecem que o tributo pago

pelo interessado realmente não era devido ou que sua apuração foi feita de forma

equivocada, o interessado tem 5 anos, após (i) a decisão administrativa se tornar

definitiva (quando não cabe mais recurso administrativo) ou (ii) a decisão judicial

transitar em julgado, ao reconhecer que ele efetuou o pagamento de um tributo

indevidamente, para pleitear a restituição do respectivo valor.

Quando o sujeito passivo utilizar-se de processo administrativo para pleitear a

restituição de pagamento indevido, e seu pleito for negado, o legislador ainda as-

segurou a ele um prazo de 2 anos para ele entrar com um processo judicial visando

anular a referida decisão administrativa denegatória de pedido de restituição:

Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que de-
negar a restituição.

Consignação em Pagamento (art. 164, CTN)

A consignação em pagamento está prevista no art. 164, CTN, e refere-se à pos-

sibilidade de o sujeito passivo consignar o valor de um tributo por ele devido em

uma conta judicial, o que não se confunde com o depósito integral visto nas hipó-

teses de suspensão do crédito tributário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

No depósito judicial o sujeito passivo pretende discutir judicialmente a legalida-

de da cobrança tributária, enquanto na consignação em pagamento o sujeito passi-

vo reconhece que deve o tributo, considera-o devidamente exigível, e tem intenção

de quitá-lo.

Art. 164, § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se


propõe pagar.

Embora queira pagá-los, no entanto, o sujeito passivo não extingue o crédito

tributário através do pagamento direto pelas razões abaixo, decidindo, portanto,

consignar o seu pagamento para não ficar em débito com a Fazenda Pública:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo
sujeito passivo, nos casos:
I – de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro
tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II – de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências adminis-
trativas sem fundamento legal;
III – de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tribu-
to idêntico sobre um mesmo fato gerador.

Neste sentido, tendo a ação de consignação em pagamento sido julgada proce-


dente, o pagamento será tido como efetuado, e o valor depositado será convertido

em renda.

Caso contrário entenda o Poder Judiciário que as razões apresentadas pelo su-

jeito passivo não são cabíveis, julgará o seu pedido de consignação improcedente

e cobrará crédito tributário com juros de mora.

Compensação (art. 170, CTN)

A compensação, modalidade de extinção do crédito tributário prevista no

art. 170, CTN, representa a possibilidade de utilizar créditos que o contribuinte tem

com o ente político para quitar débitos tributários devidos a ele.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação
em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos
tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo
contra a Fazenda pública.(Vide Decreto n. 7.212, de 2010)

Veja que a compensação somente poderá ser utilizada como possibilidade de

extinção do crédito tributário se houver lei autorizativa do ente, de modo que, ain-

da, débitos relativos a tributos federais somente poderão ser compensados com

créditos líquidos e certos que se tem contra a Fazenda Pública Federal, se tributos

municipais os créditos devem ser aqueles que se tem contra a Fazenda Pública

Estadual, e, se tributos municipais, os créditos que serão compensados com eles

deverão ser diante da Fazenda Pública Municipal.

Nas palavras de Leandro Paulsen:

A compensação pressupõe, sempre, créditos e débitos recíprocos, exigindo, portanto,


que as mesmas pessoas sejam credoras e devedoras umas das outras.
A lei autorizadora a que refere o art. 170 do CTN será federal, estadual ou municipal,
cada qual podendo autorizar a compensação com os tributos do respectivo ente político.

Quanto ao fato de os créditos a serem compensados serem vincendos, ou seja,

a vencer, eles deverão ser calculados conforme determinação da lei específica, de

forma que a sua redução não pode ser maior do que juro de 1% ao mês pelo tempo

que decorrer entre a data da compensação e a do vencimento (art. 170, parágrafo

único, CTN).

Prevê ainda o CTN que na hipótese de o sujeito passivo pagar determinado tri-

buto e entender que ele é inválido, contestando a sua legalidade judicialmente, até

que seja concedida decisão judicial favorável e que haja o seu trânsito em julgado,

este não poderá ser objeto de compensação.

Ademais, sendo a compensação pleiteada judicialmente, ela não poderá ser

concedida em sede de liminar, nos termos da súmula 212, STJ.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Súmula 212, STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser defe-
rida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.

Saiba, ainda, que é possível a impetração de mandado de segurança para reco-

nhecimento do direito de compensação.

Súmula 213, STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a


declaração do direito à compensação tributária.

Transação (art. 171, CTN)

Outra modalidade de extinção do crédito tributário é a transação, a qual está

prevista no art. 171, CTN.

Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo
da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe
em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em
cada caso.

Segundo Eduardo Sabbag, em seu Manual de Direito Tributário:

A transação é o acordo para confecções recíprocas que põem fim ao litígio.


[…]
Neste ajuste legal, como mais uma modalidade indireta de extinção do crédito tributá-
rio, há reciprocidade de ônus e vantagens.
[…]
Exemplo: desconto na multa para pagamento à vista em autos de infração; parcela
única do IPVA, IPTU, com desconto (a parte recolhida será extinta pelo pagamento, en-
quanto a parte descontada será extinta pela transação).

A transação é, portanto, uma troca de ônus e vantagens entre as partes da re-

lação tributária. O exemplo do pagamento de parcela única do IPVA e do IPTU com

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

desconto é excelente para visualização do que vem a ser a transação, não é mes-

mo? Ela se dá como uma “troca de favores” entre sujeito passivo e Fazenda Pública.

Remissão

Outra forma de extinção do crédito tributário é a remissão, que é o perdão da

dívida pelo ente tributante, e está prevista no art. 172, CTN.

Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I – à situação econômica do sujeito passivo;
II – ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III – à diminuta importância do crédito tributário;
IV – a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou ma-
teriais do caso;
V – a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-
-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.

Diante do exposto, identifica-se que a remissão depende de autorização legal e

será concedida por despacho da autoridade administrativa, desde que atenda aos

requisitos acima conforme destacados na lei autorizativa.


Ademais, o perdão pode se dar tanto quanto ao tributo quanto à penalidade

pecuniária (multa).

Conversão de Depósito em Renda

Ao tratarmos sobre as hipóteses de suspensão do crédito tributário, destacamos

como uma delas o depósito integral para discussão judicial quanto à legalidade da

cobrança do crédito tributário.

Ao final do referido processo, caso a Fazenda Pública seja vencedora na ação,

haverá a conversão do depósito em renda a seu favor, momento em que será ex-

tinto o crédito tributário que antes estava suspenso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento

Essa forma de extinção do crédito tributário já foi estudada quando tratamos

sobre as modalidades de lançamento do crédito tributário.

Na oportunidade foi visto que no lançamento por homologação o sujeito passivo

calcula o tributo devido, paga-o, e somente depois a Fazenda Pública homologa o

referido pagamento realizado.

Desta forma, com a homologação subsequente ao pagamento antecipado iden-

tifica-se a extinção do crédito tributário.

A homologação poderá ser expressa ou tácita. A primeira poderá ser feita du-

rante o prazo de 5 anos após a realização do pagamento, enquanto a segunda

ocorre se ao fim do período o Fisco não tiver homologado expressamente o cré-

dito tributário.

Decisão Administrativa Irreformável

Essa hipótese de extinção do crédito tributário refere-se às decisões favoráveis

aos contribuintes que não possam mais ser objeto de recurso na via administrativa.

Pontuou ainda o legislador, no art. 156, IX, do CTN, que essa decisão irreformá-

vel para ser extintiva do crédito tributário não pode ser objeto de ação anulatória.

Veja que se a decisão fosse desfavorável, seria assegurado ao contribuinte a possi-

bilidade de ele utilizar a via judicial para discussão da validade da cobrança tributária.

Decisão Judicial Transitada em Julgada

Decisão judicial transitada em julgado é aquela que não pode ser mais objeto

de recurso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Assim como a hipótese acima, a referida decisão deve ser favorável ao con-

tribuinte para que seja considerada como causa extintiva do crédito tributário,

obviamente.

Dação em Pagamento de Bens Imóveis

Tratamos sobre essa modalidade de extinção do crédito tributário na aula em

que conceituados o tributo e afirmamos que conforme o art. 3º do CTN ele é pres-

tação pecuniária em moeda ou em cujo valor nela se possa exprimir.

A dação em pagamento de bens imóveis é aceita, portanto, pois pode ter o seu

valor exprimido em moeda. Além disso, como esta via extintiva do crédito tributário

foi incluída no ordenamento jurídico brasileiro através de lei complementar, consi-

dera-se como constitucional e aceitável.

Como é sabido, tal hipótese foi incluída no CTN pelo legislador em 2001, através

da edição da Lei Complementar 104, sendo esta modalidade indireta de extinção do

crédito tributário a única forma prevista pelo legislador em que se aceita um bem

como extintivo do tributo.

Decadência

A decadência é a perda do direito da Fazenda Pública de realizar o lan-

çamento do crédito tributário é está prevista no art. 173, CTN:

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após
5 (cinco) anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com
o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a cons-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

tituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida


preparatória indispensável ao lançamento.

Como se vê o prazo decadencial é de 5 anos e começa a contar no primeiro dia

do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado.

Nas palavras de Leandro Paulsen:

O art. 173, em seu inciso I, traz uma regra geral de decadência para o lançamento de
ofício: prazo de cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado, assim considerado:
a) para os tributos sujeitos ao regime de lançamento de ofício, o exercício seguinte ao
da ocorrência do fato gerador;
b) para os tributos sujeitos ao regime de lançamento por declaração, o exercício seguin-
te ao do decurso do prazo para a apresentação da declaração pelo contribuinte;
c) para os tributos sujeitos ao regime de lançamento por homologação em que, por falta
de pagamento tempestivo, não haja o que homologar, o exercício seguinte ao do venci-
mento do tributo sem qualquer pagamento por parte do contribuinte.

Assim, após esse período, o Fisco não mais terá direito de constituir o crédito

tributário e de consequentemente cobrar uma possível diferença que não tenha

sido paga pelo sujeito passivo.

Quanto aos tributos sujeitos à lançamento por homologação, e tendo havido

pagamento tempestivo, o prazo decadencial começa a ser contado da data de ocor-

rência do fato gerador conforme o art. 150, par. 4º, CTN:

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocor-
rência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pro-
nunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Saliente-se que, caso seja apurada diferença a ser paga no período de 5 anos do

pagamento antecipado, essa diferença deverá ser objeto de lançamento de ofício.

No entanto, caso o sujeito passivo declare o tributo, cumprindo a obrigação

acessória de entregar declaração à Fazenda Pública, mas não efetue o respectivo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

pagamento do valor declarado, não há que se falar mais em lançamento de ofício

constituição do crédito tributário e sua consequente cobrança, pois já houve, inclu-

sive, a confissão da dívida. Assim, nesta hipótese, haverá a decadência somente de

diferença apurada além do que foi declarado.

Voltando a analisar o art. 173, no que se refere ao inciso II, este trata sobre

lançamentos que já foram efetuados, mas que por terem tido um vício formal/

procedimental em sua realização, foram anulados através de decisão judicial ou

administrativa.

Tendo sido anulado o crédito tributário, portanto, o prazo para que este seja

devidamente lançado de novo, será contado da data em que se tornar definitiva a

decisão que o anulou.

Prescrição

A prescrição é a perda do direito do Fisco de cobrar judicialmente o crédito tri-

butário e tem como termo inicial para contagem de seu prazo a constituição defini-

tiva do crédito tributário, de modo que ao final do referido prazo o tributo não pode

mais ser objeto de cobrança judicial.

Enquanto a decadência se dá antes do lançamento do crédito tributário e impe-

de que este seja realizado, a prescrição se dá após o lançamento e impede que o

ente cobre judicialmente do sujeito passivo o tributo devidamente constituído.

Saliente-se que ambos os institutos tributários (prescrição e decadência) devem

ser previstos em lei complementar, em atenção à previsão do art. 146, CF/1988:

Art. 146. Cabe à lei complementar:


[…]
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
[…]
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Nesse sentido, os prazos prescricional e decadencial devem ser objeto de lei

complementar. Quanto ao prazo prescricional do crédito tributário, este é de 5 (cin-

co) anos e deve ser contado desde a data da sua constituição definitiva.

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.

Uma peculiaridade importante sobre a prescrição é quanto aos casos em que

há interrupção da contagem do prazo prescricional, hipóteses em que a contagem

é zerada e se reinicia o transcurso do prazo de 5 anos para que o tributo seja tido

como prescrito.

As hipóteses de interrupção do crédito tributário estão previstas no art. 174,

parágrafo único do CTN:

Art. 174, parágrafo único, CTN. A prescrição se interrompe:


I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela
Lcp n. 118, de 2005)
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconheci-
mento do débito pelo devedor.

Quanto aos 3 primeiros casos, esses se dão na esfera judicial, enquanto no úl-

timo a sua repercussão se dá na esfera extrajudicial, não necessitando, assim, de

ato do Poder Judiciário para que se identifique a interrupção do prazo prescricional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SP/2019) Sobre a suspensão do cré-

dito tributário, é correto afirmar:

a) O depósito do valor do tributo dispensa o contribuinte do cumprimento das obri-

gações acessórias.

b) A consignação em pagamento do valor do tributo dispensa o contribuinte do

cumprimento das obrigações acessórias.

c) A compensação não dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigações

acessórias.

d) O parcelamento não dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigações

acessórias.

e) A concessão de medida liminar em mandado de segurança dispensa o contri-

buinte do cumprimento das obrigações acessórias.

Questão 2    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Sobre a moratória, o Códi-

go Tributário Nacional prevê:

a) Do contribuinte devedor, contemplado irregularmente com o benefício da mora-

tória, não serão cobrados juros de mora e não será aplicada penalidade pecuniária,

na hipótese de dolo ou simulação, praticados por terceiro, em seu benefício.

b) A moratória somente pode ser concedida, em caráter individual ou geral, por

despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei ou decreto,

expedido pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo

a que se refira.

c) A concessão da moratória em caráter individual gera direito adquirido, garantido

pela Constituição Federal, e, por isso, nenhum motivo justifica sua revogação de

ofício, após ser concedida ao contribuinte por autoridade competente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d) Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos

definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo

lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao

sujeito passivo.

e) A moratória suspende a exigibilidade do crédito tributário e dispensa o cumpri-

mento das obrigações assessórias relacionadas com o tributo, cujo crédito tributá-

rio está suspenso.

Questão 3    (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO-CIÊNCIAS JURÍDICAS E SO-

CIAIS/2018) São causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário: o de-

pósito do seu montante integral; as reclamações e os recursos, nos termos das leis

reguladoras do processo tributário administrativo; e também

a) a moratória; a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a con-

cessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação ju-

dicial; e o parcelamento.

b) a moratória; o ajuizamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade em que se

questione a inconstitucionalidade do tributo; a concessão de medida liminar ou de

tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; e o parcelamento.

c) a equidade; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial; e o parcelamento.

d) a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a concessão de

medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; e a

isenção, desde que anterior ao fato gerador.

e) a moratória; a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a com-

provação de dificuldade econômica por parte do contribuinte, devidamente chance-

lada pela autoridade administrativa competente; e o parcelamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 4    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) O Código Tributário Nacio-

nal estabelece que a moratória suspende a exigibilidade do crédito tributário. De

acordo com o referido Código,

a) a lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplica-

bilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público

que a expedir, vedada essa concessão a determinada classe ou categoria de su-

jeitos passivos.

b) a moratória, exceto quando se tratar de reincidência em um prazo quinquenal,

pode ser concedida aos casos de simulação do sujeito passivo, ou do terceiro em

benefício daquele.

c) salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos

definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo

lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao

sujeito passivo.

d) ela pode ser concedida em caráter individual, por despacho da autoridade admi-

nistrativa, desde que autorizada por decreto, se o prazo concedido for de até seis

meses, e, por lei, se o prazo concedido for superior a seis meses.

e) a moratória pode ser concedida em caráter geral pelos Estados, quanto a tribu-

tos de competência da União, dos próprios Estados e do Distrito Federal, ou ainda

dos Municípios, quando essa concessão tiver sido autorizada, de forma geral ou

específica, por resolução do Senado Federal.

Questão 5    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEF-SC/2018) João, titular de uma pessoa jurí-

dica com domicílio em Florianópolis/SC, foi informado pelo Fisco que fora constituído

um crédito tributário em relação à atividade da empresa no período anterior. Confor-

me o Código Tributário Nacional (CTN), tal crédito terá sua exigibilidade suspensa

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) se sobrevier remissão total ou parcial do crédito, em caráter pessoal ou amplo.

b) pela apresentação, pelo sujeito passivo, de recurso, no âmbito de processo tri-

butário administrativo, nos termos da legislação aplicável.

c) por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhe-

cimento do débito pelo devedor.

d) se proposta a ação de cobrança do crédito, dentro do prazo de 5 anos, contados

da data do fato gerador.

e) se for realizada uma dação em pagamento, no montante integral do crédito.

Questão 6    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-RS/2018) Sobre o crédito tributário,

é correto afirmar:

a) A anistia é causa de exclusão do crédito tributário.

b) A isenção é causa de extinção do crédito tributário.

c) A compensação é causa de suspensão do crédito tributário.

d) A moratória é causa de exclusão do crédito tributário.

e) A prescrição é causa de exclusão do crédito tributário.

Questão 7    (FCC/JUIZ/TJ-AP/2014) Com relação ao crédito tributário e de acordo

com o Código Tributário Nacional, traz SOMENTE uma modalidade de suspensão,

uma de extinção e uma de exclusão:

a) consignação em pagamento, nos termos do disposto no parágrafo segundo do

artigo 164 do CTN, conversão de depósito em renda e anistia.

b) isenção, remissão e decadência.

c) anistia, pagamento e compensação.

d) transação, moratória e anistia.

e) depósito do montante integral, concessão de tutela antecipada e isenção.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 8    (FCC/CONSELHEIRO SUBSTITUTO-AUDITOR/TCE-CE/2015) “O sujeito

passivo, tão logo seja inaugurada a relação obrigacional, tem o dever de apurar o

montante devido, efetuar o pagamento no prazo estabelecido em lei, fazer declara-

ções tempestivas e recolher a importância devida antes de qualquer manifestação

da Fazenda Pública” (DERZI, Misabel Abreu Machado, in: NASCIMENTO, Carlos Val-

der do. Comentários ao Código Tributário Nacional. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense,

2002, p. 359). Considerando as lições acima descritas, o

a) prazo para homologação do pagamento antecipado é de 5 anos a contar do pa-

gamento, salvo dolo, fraude ou simulação.

b) prazo para pagamento antecipado no lançamento por declaração é de 5 anos a

contar da ocorrência do fato gerador.

c) lançamento por declaração traz inserta a obrigação principal de fazer declara-

ções previstas em lei para que o fisco tenha meios de realizar o lançamento.

d) não pagamento antecipado importa em lançamento de ofício pelo sujeito passi-

vo da obrigação tributária.

e) lançamento por homologação pressupõe que o sujeito passivo faz o pagamento

antecipado do tributo após ter praticado fato imponível.

Questão 9    (FCC/ANALISTA CONTADOR/COPERGÁS-PE/2016) De acordo com o

Código Tributário Nacional, o crédito tributário relativo a um determinado imposto

a) é constituído pela simples ocorrência do fato gerador, desde que esse fato gera-

dor ocorra dentro do prazo decadencial.

b) é extinto, provisoriamente, quando, pelo menos, metade do valor do acordo de

parcelamento é satisfeito.

c) tem sua exigibilidade suspensa com a consignação em pagamento.

d) é extinto temporariamente pela moratória.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

e) é constituído por meio do lançamento, formalizado nos termos da legislação

aplicável.

Questão 10    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-ES/2016) A prescrição e a decadên-

cia são fenômenos que atingem o crédito tributário e, neste sentido, impedem o Es-

tado de abastecer os cofres públicos. A respeito dos dois institutos, é correto afirmar:

a) O prazo para constituição do crédito tributário é decadencial e conta da data em

que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lança-

mento anteriormente efetuado.

b) Somente atos judiciais, entre eles o protesto, interrompem o prazo prescricional.

c) A prescrição se interrompe com a efetiva citação pessoal do executado.

d) A constituição em mora é indiferente para fins do prazo prescricional.

e) Tanto a prescrição quanto a decadência são hipóteses de exclusão do crédito

tributário.

Questão 11    (FCC/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM-GO/2015) De

acordo com o Código Tributário Nacional, são causas de extinção, de suspensão de

exigibilidade e de exclusão do crédito tributário, respectivamente, nessa ordem,

a) a moratória; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial; a isenção.

b) a isenção; a prescrição; a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

c) a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita ad-

ministrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; o depósito do seu

montante integral; a anistia.

d) o parcelamento; a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º

do artigo 164 do CTN; a moratória.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

e) a anistia; as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do pro-

cesso tributário administrativo; a decisão judicial passada em julgado.

Questão 12    (FCC/PROCURADOR/PGE-MT/2016) Considere:

I – A modalidade de lançamento a ser aplicada pelo fisco por ocasião da cons-

tituição do crédito tributário é a que impõe o menor ônus ao contribuinte,

inclusive quanto às opções fiscais relativas a regimes de apuração, créditos

presumidos ou outorgados e demais benefícios fiscais que o contribuinte por-

ventura não tenha aproveitado.

II – A modalidade de lançamento por declaração é aquela na qual o contribuinte,

tendo efetivado o cálculo e recolhimento do tributo devido com base na legis-

lação, apresenta à autoridade fazendária a declaração dos valores correspon-

dentes à base de cálculo, alíquota, tributo devido e recolhimento efetuado.

III – O pagamento antecipado efetivado pelo contribuinte poderá ser efetuado

mediante guia de recolhimentos, compensação ou depósito judicial.

IV – O lançamento de ofício é o formalizado quando a autoridade fazendária

identifica diferenças no crédito tributário constituído espontaneamente pelo

contribuinte.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) IV.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I.

e) I e II.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 13    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) De acordo com o Código

Tributário Nacional, com alteração da Lei Complementar n. 118/2005, a ação para

a cobrança do crédito tributário prescreve em

a) cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva, e se interrompe pelo

despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

b) quatro anos, contados da data do recebimento da notificação de lançamento,

e se interrompe por declaração do devedor reconhecendo o seu débito, desde que

essa declaração seja feita em processo judicial.

c) três anos, contados da data do lançamento fiscal, e se interrompe pela notifica-

ção enviada pela Administração Fiscal, por meio dos Correios.

d) dois anos, contados da data da sua constituição pela autoridade competente,

e se interrompe pelo protesto feito pelo Tabelião de Protesto e Títulos.

e) um ano, contado da data da sua constituição definitiva e da notificação do sujei-

to passivo, e se interrompe pela citação pessoal feita ao devedor.

Questão 14    (FCC/PROCURADOR/SEGEP-MA/2016) Acerca dos institutos da de-

cadência e da prescrição tributárias, é correto afirmar:

a) A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos e cento e

oitenta dias, contados da data da inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa da

Fazenda Pública, visto que durante cento e oitenta dias o prazo para inscrição na

dívida ativa suspende o curso da prescrição.

b) Prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que dene-

gar a restituição de pagamento indevido.

c) Se a Administração Fiscal cobrar tributo indevido ou maior que o devido em face

da legislação tributária aplicável, o direito de prejudicado pleitear restituição extin-

gue-se com o decurso do prazo de dois anos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d) No caso de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória,

o direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos

a contar da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar

em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindi-

do a decisão condenatória.

e) Se a lei não fixar prazo para homologação, será ele de dez anos, a contar da

ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou

simulação, hipótese em que o prazo será de cinco anos do ato doloso, fraudulento

ou simulado.

Questão 15    (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-RR/2015) Em uma situação hipotética,

um comerciante, contribuinte do ICMS (imposto lançado por homologação), com

estabelecimento localizado na cidade de Rorainópolis/RR, promoveu saída de mer-

cadoria tributada, sem emitir o devido documento fiscal, com o intuito comprovado

de reduzir o montante do imposto a pagar naquele período de apuração.

Tendo apurado esses fatos durante o regular desenvolvimento de processo de fisca-

lização, o fisco estadual de Roraima efetuou o lançamento de ofício desse imposto,

bem como aplicou a penalidade cabível pela infração cometida, tendo intimado o

contribuinte da prática desses atos administrativos poucos dias depois da data da

saída da mercadoria.

No prazo cominado pela legislação do processo administrativo tributário estadual

de Roraima para apresentação de impugnação (reclamação) contra os atos pratica-

dos pelo fisco, o contribuinte ofereceu seus argumentos de defesa.

O referido processo administrativo tributário tramitou durante dois anos, por todas

as instâncias administrativas possíveis, e a decisão final, irrecorrível na esfera ad-

ministrativa, manteve a exigência fiscal fazendária, tendo sido o contribuinte inti-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

mado a pagar o crédito tributário constituído, com os devidos acréscimos legais, no

prazo previsto na legislação do processo administrativo tributário estadual.

Considerando as informações constantes do enunciado acima, e a disciplina do Có-

digo Tributário Nacional a esse respeito,

a) verifica-se que o prazo prescricional teve início somente após a conclusão do

processo administrativo tributário referido no enunciado.

b) e sendo o ICMS um tributo lançado por homologação, o fisco não poderia ter

promovido o seu lançamento de ofício.

c) e sendo a penalidade um tributo lançado por homologação, o fisco poderia ter

promovido o seu lançamento de ofício.

d) verifica-se que, entre a data em que o documento fiscal deixou de ser emitido

e a data em que o contribuinte foi intimado da efetuação do lançamento de ofício,

transcorreu prazo prescricional inferior a cinco anos.

e) verifica-se que o prazo para a homologação tácita da atividade de lançamento

do imposto, por decurso de prazo, aplicável à situação deste contribuinte, teve iní-

cio a partir da data da ocorrência do fato gerador.

Questão 16    (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO

ESTADUAL/SEFAZ-PE/2015) A empresa Pilsen explora atividade de comércio de

cervejas e, em junho de 2013, entregou a Guia de Informação e Apuração do

ICMS, que é um tributo sujeito a lançamento por homologação, relativo a no-

vembro de 2012, cujo vencimento era em dezembro de 2012, sem, no entanto,

recolher qualquer quantia a esse título. Diante da situação hipotética, o Estado do

Pernambuco deverá

a) constituir o crédito tributário, por meio de lançamento de ofício, até janeiro

de 2019.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

b) constituir o crédito tributário, por meio de lançamento de ofício, até janeiro

de 2018.

c) constituir o crédito tributário, por meio de lançamento de ofício, até dezembro

de 2017.

d) promover ação para a cobrança do crédito tributário até junho de 2018.

e) promover ação para a cobrança do crédito tributário até dezembro de 2017

Questão 17    (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) Autori-

dade fiscal do Município de Manaus constatou que, em 2015, a Fazenda Pública mu-

nicipal deixou de promover o lançamento do IPTU daquele exercício, relativamente

a diversos imóveis localizados em seu território. Considerando: (1) o disposto no

Código Tributário Nacional acerca desta matéria; (2) que nada impedia que o referi-

do lançamento já fosse efetuado no próprio exercício de 2015; e (3) que não houve

a notificação, aos respectivos sujeitos passivos, de qualquer medida preparatória

indispensável ao lançamento; o prazo

a) prescricional para a efetuação do referido lançamento teve início em fevereiro

de 2015.

b) decadencial para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2015.

c) prescricional para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2016.

d) decadencial para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2016.

e) prescricional para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2015.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 18    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS/2019)

O Código Tributário Nacional estabelece que o crédito não integralmente pago no

vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da

falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quais-

quer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. De acordo com o

referido Código, os juros de mora são calculados

a) à taxa de 6% ao ano, no mínimo, não havendo incidência destes juros na pen-

dência de consulta formulada pelo devedor, dentro do prazo legal para pagamento

do crédito.

b) à taxa de 3% ao mês, se a lei não dispuser de modo diverso, sendo que não

haverá incidência destes juros na pendência de consulta formulada pelo devedor.

c) à taxa de 1% ao mês, se a lei não dispuser de modo diverso, sendo que não

haverá incidência destes juros na pendência de consulta formulada pelo devedor,

dentro do prazo legal para pagamento do crédito.

d) pro rata die, à taxa de 18% ao ano, sendo que não haverá incidência destes

juros somente nos casos em que a resposta de consulta formulada seja favorável

ao sujeito passivo.

e) com base na taxa SELIC, se a lei não dispuser de modo diverso.

Questão 19    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Existindo simultaneamen-

te dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma

pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou

provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administra-

tiva competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação,

obedecida a seguinte regra:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) Os débitos decorrentes de responsabilidade tributária devem ser pagos em pri-

meiro lugar, e, em segundo lugar, os débitos por obrigação própria.

b) Por ter como fato gerador a contrapartida de um serviço prestado ao contribuin-

te, as taxas devem ser pagas em primeiro lugar, depois serão pagas as contribui-

ções de melhoria e, por fim, serão pagos os impostos.

c) Quanto à prescrição, os tributos são pagos na ordem decrescente dos prazos

de prescrição.

d) Quanto ao valor, os tributos são pagos na ordem crescente dos montantes.

e) Quanto à espécie de tributo, pagam-se, primeiramente, as contribuições de me-

lhoria, depois as taxas e, por fim, os impostos.

Questão 20    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Acerca do pagamento in-

devido e a respectiva restituição pela fazenda pública, o Código Tributário Nacional

determina que

a) a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do

respectivo encargo financeiro, somente será feita a quem prove haver assumido o

referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expres-

samente autorizado a recebê-la.

b) o sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo se, dentre

outros casos, houver cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou

maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, inclusive no caso de

perda ou destruição da estampilha, sem qualquer exceção.

c) a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma propor-

ção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, inclusive das penalidades

referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.

d) o direito de o contribuinte pleitear a restituição do valor pago indevidamente,

havendo cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

devido, extingue-se com o decurso do prazo de dois anos, contados da data da ex-

tinção do crédito tributário.

e) a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição de tributo

pago indevidamente pelo contribuinte prescreve em cinco anos.

Questão 21    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-AP/2018) Lei estadual considera

ocorrido o fato gerador do imposto sobre a propriedade de veículos automotores no

primeiro dia do mês de janeiro de cada ano, quando se tratar de veículos adquiridos

em exercícios anteriores. A lei estabelece que a Secretaria da Fazenda notificará

previamente os proprietários dos veículos, na qualidade de contribuintes, informan-

do os valores por eles devidos, assim como o prazo para pagamento do tributo e as

instruções para que o recolhimento seja feito diretamente nas agências bancárias

conveniadas. Nesse contexto, o imposto devido em 2012 deveria ter sido pago inte-

gralmente pelos contribuintes no dia 10 do mês de fevereiro, conforme notificação

encaminhada pela Secretaria da Fazenda em janeiro daquele ano. Todavia, certo

contribuinte não efetuou o pagamento no prazo legal, ensejando a instauração de

processo administrativo de constituição do crédito tributário, que foi concluído em

dezembro de 2017. Na sequência, o débito foi inscrito em dívida ativa em janeiro de

2018, a respectiva execução fiscal foi ajuizada em março de 2018, tendo ocorrido a

citação do devedor em abril de 2018. Considerando essa situação à luz da legislação

aplicável e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o crédito tributário

a) não foi constituído no prazo legal, que terminou em fevereiro de 2017, tendo

sido extinto em razão da decadência.

b) foi constituído no prazo legal em dezembro de 2017, tendo o prazo prescricional

sido interrompido em abril de 2018.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

c) foi constituído no prazo legal em dezembro de 2017, tendo o prazo prescricional

sido interrompido em março de 2018.

d) foi constituído definitivamente em 1º de janeiro de 2018, tendo o prazo prescri-

cional sido interrompido em abril de 2018.

e) foi constituído definitivamente em janeiro de 2012 com a notificação da Secretaria

da Fazenda, mas foi extinto em razão da prescrição ocorrida em fevereiro de 2017.

Questão 22    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALE-SE/2018) Um determinado im-

posto de competência estadual, cujo lançamento deve ser feito de ofício, por ex-

pressa determinação de lei estadual, só foi efetuado depois de sete anos contados

da data da ocorrência do seu fato gerador, sendo que nunca houve qualquer im-

pedimento, de espécie alguma, para que ele fosse efetuado após a ocorrência do

referido fato gerador.

Nesse caso, de acordo com as normas do Código Tributário Nacional, ocorreu a

a) prescrição e a Fazenda Pública ainda não perdeu o direito de lançar o referido

imposto.

b) prescrição aquisitiva do direito de a Fazenda Pública lançar o referido imposto,

a partir do sexto ano posterior ao da ocorrência do fato gerador.

c) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

d) decadência e a Fazenda Pública perdeu o direito de lançar o referido imposto.

e) homologação tácita do lançamento, com a consequente exclusão do crédito tri-

butário e posterior suspensão de sua exigibilidade, após o transcurso do prazo de

cinco anos, contados da data da ocorrência do fato gerador.

Questão 23    (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO-CIÊNCIAS JURÍDICAS E SO-

CIAIS/2018) Nos termos do Código Tributário Nacional, é hipótese de interrupção

da prescrição para a cobrança do crédito tributário

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) a ocorrência do fato gerador.

b) a concessão de liminar que determina a suspensão de exigibilidade do crédito

tributário.

c) o indulto do Presidente da República.

d) o despacho do Juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

e) o protesto extrajudicial.

Questão 24    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/AMAPÁ/2018) A fábrica de cadei-

ras “JJ e Silva”, localizada em Oiapoque/AP, entendendo que pagou o ICMS a maior,

ingressou, administrativamente, em tempo hábil, com pedido de restituição do

imposto que entendeu ter pagado a maior do que o devido. Depois de alguns me-

ses da protocolização do referido pedido, foi publicada a decisão administrativa,

denegando a restituição pleiteada, porque a Administração Tributária estadual en-

tendeu que não houve o alegado pagamento a maior. Em razão disso, e com base

nas regras do CTN,

a) não é possível propor ação anulatória de decisão administrativa que denegue

restituição de tributo.

b) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, mas o prazo

prescricional não sofre interrupção, pois se trata de hipótese em que a Fazenda

Pública é ré.

c) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, observado o prazo

prescricional de dois anos para essa proposição.

d) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, observado o prazo

prescricional de cinco anos, que é interrompido pelo início da ação judicial, recome-

çando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao

representante judicial da Fazenda Pública interessada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

e) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, observado o prazo

decadencial de três anos, que é interrompido pelo início da ação judicial, recome-

çando o seu curso, por três quartos do prazo, a partir da data da intimação valida-

mente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.

Questão 25    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Antônio, sócio gerente de

um estabelecimento atacadista localizado em Blumenau/SC, em razão de limitação

de recursos financeiros, deixou de realizar o pagamento de alguns tributos esta-

duais cujo prazo de vencimento ocorreu entre janeiro e dezembro de 2017. Mas, no

decorrer do primeiro semestre de 2018, ocorreu uma melhora na liquidez da em-

presa, e ele promoveu o recolhimento de um valor substancial, porém insuficiente,

para liquidar os débitos para com a Fazenda Pública do Estado. Diante dos fatos

descritos, e considerando o disposto no Código Tributário Nacional (CTN), a autori-

dade administrativa competente deve

a) imputar, dentre os débitos por obrigação própria, primeiro, às contribuições de

melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos.

b) notificar a empresa, na pessoa de Antônio, para completar o pagamento do va-

lor faltante ou solicitar a restituição do valor recolhido, sob pena de perda do valor

para a Fazenda Pública.

c) imputar o valor recebido, aos débitos vencidos e vincendos, pagando primeiro

o ICMS, e suas multas e juros, depois o IPVA, com os acréscimos devidos, e final-

mente as taxas e multas.

d) intimar o sujeito passivo, na pessoa de seu representante legal, para realizar o

pagamento do saldo remanescente, sob pena de imputar o valor recebido ao paga-

mento dos impostos prescritos e decaídos, e depois, sucessivamente, os impostos

ativos, as multas, as taxas e o juros.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

e) imputar, primeiro, os impostos, na ordem crescente de montante, e depois as

taxas, multas e juros.

Questão 26    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Pedro, gerente tributário de

um fábrica localizada em Criciúma/SC, determinou, por engano, o pagamento es-

pontâneo de tributo em valor maior que o devido em face da legislação tributária

aplicável. Após a realização do pagamento, via transferência bancária, ele constatou

o equívoco. Nesse caso, conforme estabelece o Código Tributário Nacional (CTN),

a) o sujeito passivo tem o direito de solicitar a restituição do valor indevidamente

pago, desde que proteste por isto no prazo de 45 dias, contados da data do reco-

lhimento indevido, e que este tenha sido realizado mediante transferência bancária

com identificação do remetente e do tributo a liquidar.

b) a restituição somente poderá ser realizada no exercício seguinte, se o sujeito

passivo apresentar a solicitação até o dia 15 de novembro do ano corrente, instruí-

do com cópia de certidão negativa de tributos federais, estaduais e municipais e de

débitos perante a Justiça do Trabalho.

c) o direito de pleitear a restituição prescreve em dois anos da data do pagamento

indevido do tributo.

d) o direito do sujeito passivo à restituição total do tributo indevidamente recolhido

independe de prévio protesto, seja qual for a modalidade do seu pagamento.

e) a restituição, se realizada, será pelo valor nominal da parcela do tributo pago a

maior, sem incluir o valor referente à correção monetária e aos juros eventualmen-

te recolhidos, quando o erro for imputável ao sujeito passivo.

Questão 27    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) De acordo com o Código

Tributário Nacional, com alteração da Lei Complementar n. 118/2005, a ação para

a cobrança do crédito tributário prescreve em

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva, e se interrompe pelo

despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

b) quatro anos, contados da data do recebimento da notificação de lançamento,

e se interrompe por declaração do devedor reconhecendo o seu débito, desde que

essa declaração seja feita em processo judicial.

c) três anos, contados da data do lançamento fiscal, e se interrompe pela notifica-

ção enviada pela Administração Fiscal, por meio dos Correios.

d) dois anos, contados da data da sua constituição pela autoridade competente,

e se interrompe pelo protesto feito pelo Tabelião de Protesto e Títulos.

e) um ano, contado da data da sua constituição definitiva e da notificação do sujei-

to passivo, e se interrompe pela citação pessoal feita ao devedor.

Questão 28    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) A respeito da ação de con-

signação em pagamento, a legislação vigente dispõe que:

I – A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo

sujeito passivo, no caso de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao

pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obri-

gação acessória.

II – O contribuinte também poderá consignar judicialmente a quantia devida se a

Administração Fiscal subordinar o recebimento ao cumprimento de exigências

administrativas sem fundamento legal; ou, se duas ou mais pessoas jurídicas

de direito público exigirem tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

III – A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe

a pagar.

IV – Julgada improcedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a

importância consignada é convertida em renda; julgada procedente a consig-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

nação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora,

sem prejuízo das penalidades cabíveis.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) I e III.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) II e IV.

Questão 29    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Sobre a ação de repetição

de indébito, o Código Tributário Nacional dispõe que o sujeito passivo tem direito,

independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo,

seja qual for a modalidade do seu pagamento, estabelecendo, ainda, que

a) a perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalida-

de, dão direito à restituição, não havendo disposição legal proibindo tal restituição.

b) o sujeito passivo tem direito à restituição no caso de cobrança ou pagamento

espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tri-

butária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efe-

tivamente ocorrido.

c) a legislação não autoriza restituição se houver erro na determinação da alíquota

aplicável ou no cálculo do montante do débito.

d) a restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do recebimento da ação de

repetição de indébito pelo MM. Juiz de Direito competente.

e) prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que dene-

gar a restituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 30    (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREFEITURA DE RECI-

FE/2019) No que tange às isenções de impostos, inclusive municipais, o Código

Tributário Nacional estabelece que

a) a isenção concedida a contribuintes do IPTU não pode ser restrita a determinada

região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.

b) a isenção do ISSQN, desde que expressamente prevista em contrato firmado

entre o Município e as empresas de construção civil, prescinde da edição de lei que

especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, bem como o

prazo de sua duração.

c) a isenção de ISSQN aos prestadores de serviço de hotelaria, concedida para

vigorar durante os três meses em que se celebrarão os festejos de 100 anos da

emancipação do Município, e desde que o estádio de futebol local esteja pronto

para abrigar a sede dos festejos, poderá ser revogada, por ato do chefe do Poder

Executivo municipal, se esta autoridade, posteriormente, mudar de ideia e desistir

de realizar esses festejos.

d) as isenções são formas de extinção do crédito tributário e sua concessão, como

regra, dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obriga-

ção principal cujo crédito seja excluído.

e) a isenção do ITBI, concedida apenas em relação às transmissões onerosas de

imóveis localizados a menos de 1.000 metros de distância do pântano existente no

território do Município, deve ser efetivada, em cada caso, por despacho da autori-

dade administrativa.

Questão 31    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS/2019)

De acordo com o Código Tributário Nacional, a anistia

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) deve ser concedida necessariamente em caráter limitado, vedada sua concessão

em caráter geral.

b) não se aplica aos atos que sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo

sujeito passivo.

c) é uma forma de extinção do crédito tributário.

d) abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente à vigência da lei

que a concede.

e) só pode ser concedida por meio de lei ou de decreto.

Questão 32    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Conforme o Código Tribu-

tário Nacional, são casos de exclusão do crédito tributário a isenção e anistia,

sendo que a

a) isenção é sempre decorrente de lei, salvo quando prevista em contrato.

b) concessão de anistia, decorrente de infração tributária, compete privativamente

ao Presidente da República, sem necessidade da sanção do Congresso Nacional,

conforme dispõe, expressamente, o Código Tributário Nacional.

c) Constituição Federal veda à União instituir isenções de tributos da competência

dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

d) anistia abrange somente as infrações cometidas após a vigência da lei que a

concede, não se aplicando aos atos qualificados em lei como crimes ou contraven-

ções, mas se aplicando aos atos praticados apenas com dolo, fraude ou simulação

pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.

e) isenção concedida a determinado imposto sobre propriedade é extensiva às

taxas relacionadas com o referido bem e aos tributos instituídos posteriormente à

sua concessão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 33    (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/SEMF-TERESINA/2016)

Dentre as causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário NÃO se inclui

a) a concessão de medida liminar em mandado de segurança ou em tutela antecipada.

b) a moratória.

c) o depósito de seu montante integral.

d) o parcelamento.

e) o pagamento.

Questão 34    (FCC/ADVOGADO/CREMESP/2016) O depósito do seu montante in-

tegral e a concessão de medida liminar em mandado de segurança são hipóteses de

a) extinção do crédito tributário.

b) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

c) suspensão da exigibilidade e extinção do crédito tributário, respectivamente.

d) extinção e suspensão da exigibilidade do crédito tributário, respectivamente.

e) extinção e interrupção da exigibilidade do crédito tributário, respectivamente.

Questão 35    (FCC/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/TCM-RJ/2015)

Suspendem a exigibilidade do crédito tributário

a) o depósito do montante que o contribuinte entende devido, até o valor depositado.

b) a liminar concedida em mandado de segurança.

c) o oferecimento de fiança bancária no curso do processo de execução fiscal.

d) a decisão proferida pelo STF, com trânsito em julgado, relativa à inconstitucio-

nalidade do tributo objeto de questionamento.

e) o arrolamento de bens suficientes à satisfação do crédito tributário exigível

pela Prefeitura.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 36    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/MARANHÃO/2016) Acerca dos ins-

titutos da decadência e da prescrição tributárias, é correto afirmar:

a) Prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que dene-

gar a restituição de pagamento indevido.

b) Se a Administração Fiscal cobrar tributo indevido ou maior que o devido em face

da legislação tributária aplicável, o direito de prejudicado pleitear restituição extin-

gue-se com o decurso do prazo de dois anos.

c) No caso de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória,

o direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos

a contar da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar

em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindi-

do a decisão condenatória.

d) Se a lei não fixar prazo para homologação, será ele de dez anos, a contar da

ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou

simulação, hipótese em que o prazo será de cinco anos do ato doloso, fraudulento

ou simulado.

e) A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos e cento e

oitenta dias, contados da data da inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa da

Fazenda Pública, visto que durante cento e oitenta dias o prazo para inscrição na

dívida ativa suspende o curso da prescrição.

Questão 37    (CESPE/TJ-BA/2019) De acordo com o CTN, o parcelamento é uma

modalidade de extinção da obrigação tributária.

Questão 38    (CESPE/TJ-PR/2019) São modalidades de suspensão do crédito tribu-

tário o parcelamento e a moratória.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 39    (CESPE/TJDFT/2015) Determinado programa de parcelamento de

débitos tributários, que possibilita aos contribuintes parcelarem suas dívidas em

até cento e vinte meses, foi instituído por lei pelo DF. A empresa Z, que praticou

sonegação com emissão de notas fiscais fraudadas, realizou denúncia espontânea

e requereu ingresso em tal programa, com o parcelamento da dívida confessada.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

No caso de dolo, fraude ou simulação por parte do contribuinte, não é possível

a concessão de parcelamento, razão por que o requerimento da empresa Z deve

ser indeferido.

Questão 40    (CESPE/DPE-PE/2018) De acordo com o Código Tributário Nacional,

as hipóteses de suspensão do crédito tributário incluem a moratória, o depósito do

montante integral do crédito e a concessão de liminar em favor do sujeito passivo.

Questão 41    (CESPE/STJ/2018) À luz das disposições do Código Tributário Nacio-

nal (CTN), julgue o item a seguir.

O parcelamento pelo fisco suspende a exigibilidade do crédito tributário parcelado.

Questão 42    (CESPE/PF/2018) Acerca de crédito tributário, competência tributária

e Sistema Tributário Nacional, julgue o item.

Depósito judicial do montante integral do crédito tributário é causa suspensiva

de exigibilidade.

Questão 43    (CESPE/DPU/2017) Acerca da suspensão e da extinção do crédito

tributário, julgue o item a seguir à luz do CTN.

Nas hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, fica dispensado

o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal que

for suspensa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 44    (CESPE/DPU/2017) Acerca da suspensão e da extinção do crédito

tributário, julgue o item a seguir à luz do CTN.

É possível a suspensão da exigibilidade do crédito tributário em decorrência da con-

cessão de medida liminar em mandado de segurança.

Questão 45    (CESPE/DPU/2017) A respeito das normas gerais de direito tributá-

rio, julgue o seguinte item.

A efetividade de medida liminar para suspender a exigibilidade de créditos tributá-

rios está condicionada ao exaurimento das instâncias administrativas para a anula-

ção dos autos de infração pertinentes, visto que, nessa situação, não cabe ao Poder

Judiciário analisar o mérito administrativo.

Questão 46    (CESPE/TCE-PA/2016) Com base nas normas gerais e constitucionais

de direito tributário, julgue o item que se segue.

A concessão de parcelamento tributário não dá ensejo à extinção dos créditos tri-

butários parcelados, pois não ocorre o fenômeno da novação.

Questão 47    (CESPE/PREF CAMPO GRANDE/2019) Com relação a processo judi-

cial tributário, julgue o item subsequente.

Ação de consignação em pagamento constitui veículo adequado para que contri-

buinte em dúvida acerca da titularidade da capacidade tributária ativa exonere-se

do dever de pagamento.

Questão 48    (CESPE/PGE-PE/2018) Segundo o CTN, a conversão do depósito ju-

dicial em renda é considerada uma modalidade de

a) remissão do crédito tributário.

b) suspensão do crédito tributário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

c) extinção do crédito tributário.

d) exclusão do crédito tributário.

e) dispensa do crédito tributário.

Questão 49    (CESPE/STJ/2018) Julgue o item que se segue, a respeito das dispo-

sições do Código Tributário Nacional (CTN).

A decadência é uma hipótese de extinção do crédito tributário que decorre do

transcurso do tempo máximo previsto para a constituição desse crédito.

Questão 50    (CESPE/STJ/2018) À luz da jurisprudência majoritária e atual dos

tribunais superiores e da doutrina acerca dos princípios constitucionais tributá-

rios, do indébito tributário, do crédito tributário e do poder de tributar, julgue o

item seguinte.

A taxa de juros de mora incidente na repetição do indébito tributário deve corres-

ponder àquela utilizada para a cobrança do tributo pago em atraso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

GABARITO
1. d 18. c 35. b

2. d 19. e 36. c

3. a 20. a 37. E

4. c 21. e 38. C

5. b 22. d 39. C

6. a 23. d 40. C

7. d 24. c 41. C

8. e 25. a 42. C

9. e 26. d 43. E

10. a 27. a 44. C

11. c 28. c 45. E

12. a 29. b 46. C

13. a 30. e 47. C

14. d 31. b 48. c

15. a 32. c 49. C

16. d 33. e 50. C

17. d 34. b

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SP/2019) Sobre a suspensão do cré-

dito tributário, é correto afirmar:

a) O depósito do valor do tributo dispensa o contribuinte do cumprimento das obri-

gações acessórias.

b) A consignação em pagamento do valor do tributo dispensa o contribuinte do

cumprimento das obrigações acessórias.

c) A compensação não dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigações

acessórias.

d) O parcelamento não dispensa o contribuinte do cumprimento das obrigações

acessórias.

e) A concessão de medida liminar em mandado de segurança dispensa o contri-

buinte do cumprimento das obrigações acessórias.

Letra d.

As hipóteses de suspensão do crédito tributário estão previstas no art. 151 do CTN,

de modo que, conforme o par. único do referido artigo, a suspensão do crédito tri-

butário não dispensa o cumprimento da obrigação tributária acessória.

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações asses-
sórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Sendo assim, valor resolver as alternativas.

a) Falsa. O depósito do valor do tributo não dispensa o contribuinte do cumprimen-

to das obrigações acessórias.

b, c) Falsa. A consignação em pagamento e a compensação são espécies de extin-

ção do crédito tributário, previstas no art. 156, incisos II e VIII, CTN, e, portanto,

a elas não é aplicável a previsão do art. 151, par. único.

d) Certa. O parcelamento é modalidade de suspensão do crédito tributário, pre-

vista no art. 151, VI, CTN, sendo aplicável a ele, portanto, a previsão de que a sua

ocorrência não dispensa o cumprimento de obrigação tributária acessória.

e) Falsa. A concessão de medida liminar em mandado de segurança não dispensa

o contribuinte do cumprimento das obrigações acessórias, conforme se depreende

da análise do art. 151, CTN.

Questão 2    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Sobre a moratória, o Códi-

go Tributário Nacional prevê:

a) Do contribuinte devedor, contemplado irregularmente com o benefício da mora-

tória, não serão cobrados juros de mora e não será aplicada penalidade pecuniária,

na hipótese de dolo ou simulação, praticados por terceiro, em seu benefício.

b) A moratória somente pode ser concedida, em caráter individual ou geral, por

despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei ou decreto,

expedido pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo

a que se refira.

c) A concessão da moratória em caráter individual gera direito adquirido, garantido

pela Constituição Federal, e, por isso, nenhum motivo justifica sua revogação de

ofício, após ser concedida ao contribuinte por autoridade competente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d) Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos

definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo

lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao

sujeito passivo.

e) A moratória suspende a exigibilidade do crédito tributário e dispensa o cumpri-

mento das obrigações assessórias relacionadas com o tributo, cujo crédito tributá-

rio está suspenso.

Letra d.

A moratória é um tipo de suspensão do crédito tributário, prevista no art. 151,I,

e nos art. 152 a 155 do CTN.

a) Falsa. Segundo o art. 155, I, CTN, o contribuinte devedor, contemplado irregu-

larmente com o benefício da moratória, não serão cobrados juros de mora e não

será aplicada penalidade pecuniária, na hipótese de dolo ou simulação, praticados

por terceiro, em seu benefício. Veja:

Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e
será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou
de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a
concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
I – com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficia-
do, ou de terceiro em benefício daquele;
II – sem imposição de penalidade, nos demais casos.

b) Falsa. Segundo o art. 152, II, CTN, a moratória somente pode ser concedida,

em caráter individual ou geral, por despacho da autoridade administrativa, desde

que autorizada por lei ou decreto, expedido pela pessoa jurídica de direito público

competente para instituir o tributo a que se refira:

Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:


I – em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência
federal e às obrigações de direito privado;
II – em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que auto-
rizada por lei nas condições do inciso anterior.

c) Falsa. Segundo o art. 155, CTN, transcrito no comentário da alternativa “a”,

a concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido.

d) Certa, transcrição literal do art. 154, CTN.

e
 ) Falsa. Conforme se depreende da análise do par. único do art. 151, CTN, a moratória

suspende a exigibilidade do crédito tributário e não dispensa o cumprimento das obri-

gações assessórias relacionadas com o tributo, cujo crédito tributário está suspenso.

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
consequentes.

Questão 3    (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO-CIÊNCIAS JURÍDICAS E SO-

CIAIS/2018) São causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário: o de-

pósito do seu montante integral; as reclamações e os recursos, nos termos das leis

reguladoras do processo tributário administrativo; e também

a) a moratória; a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a con-

cessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação ju-

dicial; e o parcelamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

b) a moratória; o ajuizamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade em que se

questione a inconstitucionalidade do tributo; a concessão de medida liminar ou de

tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; e o parcelamento.

c) a equidade; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial; e o parcelamento.

d) a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a concessão de

medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; e a

isenção, desde que anterior ao fato gerador.

e) a moratória; a concessão de medida liminar em mandado de segurança; a com-

provação de dificuldade econômica por parte do contribuinte, devidamente chance-

lada pela autoridade administrativa competente; e o parcelamento.

Letra a.

Gabarito conforme o art. 151, CTN:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
consequentes.

Questão 4    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) O Código Tributário Nacio-

nal estabelece que a moratória suspende a exigibilidade do crédito tributário. De

acordo com o referido Código,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) a lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabili-

dade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a ex-

pedir, vedada essa concessão a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

b) a moratória, exceto quando se tratar de reincidência em um prazo quinquenal,

pode ser concedida aos casos de simulação do sujeito passivo, ou do terceiro em

benefício daquele.

c) salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos

definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo

lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao

sujeito passivo.

d) ela pode ser concedida em caráter individual, por despacho da autoridade admi-

nistrativa, desde que autorizada por decreto, se o prazo concedido for de até seis

meses, e, por lei, se o prazo concedido for superior a seis meses.

e) a moratória pode ser concedida em caráter geral pelos Estados, quanto a tribu-

tos de competência da União, dos próprios Estados e do Distrito Federal, ou ainda

dos Municípios, quando essa concessão tiver sido autorizada, de forma geral ou

específica, por resolução do Senado Federal.

Letra c.

a) Falsa. Segundo o art. 152, par. único, CTN, é possível a moratória ser concedida

a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos:

Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua


aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público
que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

b
 ) Falsa. Segundo o art. 154, par. único, CTN, “a moratória não aproveita aos casos

de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

c) Certa, nos termos do art. 154, caput, CTN.

d) Falsa. Segundo o art. 152, II, CTN, a moratória pode ser concedida em caráter

individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por

decreto lei, não havendo ressalva quanto ao prazo de concessão.

e) Falsa, pois contraria o art. 152, I, CTN:

Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:


I – em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se
refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Fede-
ral ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos
de competência federal e às obrigações de direito privado;

Questão 5    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEF-SC/2018) João, titular de uma pes-

soa jurídica com domicílio em Florianópolis/SC, foi informado pelo Fisco que fora

constituído um crédito tributário em relação à atividade da empresa no período

anterior. Conforme o Código Tributário Nacional (CTN), tal crédito terá sua exigi-

bilidade suspensa

a) se sobrevier remissão total ou parcial do crédito, em caráter pessoal ou amplo.

b) pela apresentação, pelo sujeito passivo, de recurso, no âmbito de processo tri-

butário administrativo, nos termos da legislação aplicável.

c) por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhe-

cimento do débito pelo devedor.

d) se proposta a ação de cobrança do crédito, dentro do prazo de 5 anos, contados

da data do fato gerador.

e) se for realizada uma dação em pagamento, no montante integral do crédito.

Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

A única alternativa que contém uma das hipóteses de suspensão do crédito tribu-

tário previstas no art. 151, CTN, é a alternativa “b”:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Questão 6    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-RS/2018) Sobre o crédito tributário,

é correto afirmar:

a) A anistia é causa de exclusão do crédito tributário.

b) A isenção é causa de extinção do crédito tributário.

c) A compensação é causa de suspensão do crédito tributário.

d) A moratória é causa de exclusão do crédito tributário.

e) A prescrição é causa de exclusão do crédito tributário.

Letra a.

Gabarito conforme esquemas abaixo:

Hipóteses de suspensão do crédito tributário


Moratória
Depósito do seu montante integral
Reclamações e recursos administrativos
Concessão de medida liminar em mandado de segurança
Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espé-
cies de ação judicial
Parcelamento (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Hipóteses de extinção do crédito tributário


Pagamento Prescrição Consignação em pagamento

Compensação Decadência Decisão administrativa irreformável

Transação Conversão de depósito em renda Decisão judicial transitada em julgado

Remissão Pagamento antecipado e a homologa- Dação em pagamento em bens imóveis


ção do lançamento

Hipóteses de exclusão do crédito tributário


Isenção
Anistia

Questão 7    (FCC/JUIZ/TJ-AP/2014) Com relação ao crédito tributário e de acordo

com o Código Tributário Nacional, traz SOMENTE uma modalidade de suspensão,

uma de extinção e uma de exclusão:

a) consignação em pagamento, nos termos do disposto no parágrafo segundo do

artigo 164 do CTN, conversão de depósito em renda e anistia.

b) isenção, remissão e decadência.

c) anistia, pagamento e compensação.

d) transação, moratória e anistia.

e) depósito do montante integral, concessão de tutela antecipada e isenção.

Letra d.

Gabarito conforme esquemas abaixo:

Hipóteses de suspensão do crédito tributário


Moratória
Depósito do seu montante integral
Reclamações e recursos administrativos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Concessão de medida liminar em mandado de segurança


Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espé-
cies de ação judicial
Parcelamento (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Hipóteses de extinção do crédito tributário


Pagamento Prescrição Consignação em pagamento

Compensação Decadência Decisão administrativa irreformável

Transação Conversão de depósito em renda Decisão judicial transitada em julgado

Remissão Pagamento antecipado e a homologa- Dação em pagamento em bens imóveis


ção do lançamento

Hipóteses de exclusão do crédito tributário

Isenção
Anistia

Questão 8    (FCC/CONSELHEIRO SUBSTITUTO-AUDITOR/TCE-CE/2015) “O sujeito

passivo, tão logo seja inaugurada a relação obrigacional, tem o dever de apurar o

montante devido, efetuar o pagamento no prazo estabelecido em lei, fazer declara-

ções tempestivas e recolher a importância devida antes de qualquer manifestação

da Fazenda Pública” (DERZI, Misabel Abreu Machado, in: NASCIMENTO, Carlos Val-

der do. Comentários ao Código Tributário Nacional. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense,

2002, p. 359). Considerando as lições acima descritas, o

a) prazo para homologação do pagamento antecipado é de 5 anos a contar do pa-

gamento, salvo dolo, fraude ou simulação.

b) prazo para pagamento antecipado no lançamento por declaração é de 5 anos a

contar da ocorrência do fato gerador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

c) lançamento por declaração traz inserta a obrigação principal de fazer declara-

ções previstas em lei para que o fisco tenha meios de realizar o lançamento.

d) não pagamento antecipado importa em lançamento de ofício pelo sujeito passi-

vo da obrigação tributária.

e) lançamento por homologação pressupõe que o sujeito passivo faz o pagamento

antecipado do tributo após ter praticado fato imponível.

Letra e.

a) Falsa. No lançamento por homologação o prazo para homologar o pagamento

antecipado realizado pelo contribuinte começa a contar do fato gerador, em regra,

nos termos do art. 150, par. 4º CTN:

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocor-
rência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pro-
nunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

b) Falsa. O prazo para pagamento antecipado no lançamento por declaração homo-

logação é de 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador.

c) Falsa. O dever de prestação de informações pelo contribuinte, no lançamento

por declaração, representa uma obrigação acessória.

d) Falsa. O não pagamento antecipado importa em lançamento de ofício pelo sujei-

to passivo da obrigação tributária pela autoridade administrativa.

e) Certa. Nos termos do art. 150, CTN:

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja le-
gislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autorida-
de, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente
a homologa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 9    (FCC/ANALISTA CONTADOR/COPERGÁS-PE/2016) De acordo com o


Código Tributário Nacional, o crédito tributário relativo a um determinado imposto
a) é constituído pela simples ocorrência do fato gerador, desde que esse fato gera-
dor ocorra dentro do prazo decadencial.
b) é extinto, provisoriamente, quando, pelo menos, metade do valor do acordo de
parcelamento é satisfeito.
c) tem sua exigibilidade suspensa com a consignação em pagamento.
d) é extinto temporariamente pela moratória.
e) é constituído por meio do lançamento, formalizado nos termos da legislação
aplicável.

Letra e.

a, e) O crédito tributário é constituído através do lançamento:

Art. 142, CTN: Compete privativamente à autoridade administrativa constituir


o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administra-
tivo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, de-
terminar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

b, c, d) Falsas. O parcelamento e a moratória são formas de suspensão do crédito


tributário, nos termos do art. 151, CTN, ao passo que a consignação em pagamento

é uma espécie de extinção do crédito tributário, nos termos do art. 156, CTN:

Hipóteses de suspensão do crédito tributário


Moratória
Depósito do seu montante integral
Reclamações e recursos administrativos
Concessão de medida liminar em mandado de segurança
Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espé-
cies de ação judicial
Parcelamento (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Hipóteses de extinção do crédito tributário


Pagamento Prescrição Consignação em pagamento

Compensação Decadência Decisão administrativa irreformável

Transação Conversão de depósito em renda Decisão judicial transitada em julgado

Remissão Pagamento antecipado e a homologa- Dação em pagamento em bens imóveis


ção do lançamento

Questão 10    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-ES/2016) A prescrição e a decadên-

cia são fenômenos que atingem o crédito tributário e, neste sentido, impedem o Es-

tado de abastecer os cofres públicos. A respeito dos dois institutos, é correto afirmar:

a) O prazo para constituição do crédito tributário é decadencial e conta da data em

que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lança-

mento anteriormente efetuado.

b) Somente atos judiciais, entre eles o protesto, interrompem o prazo prescricional.

c) A prescrição se interrompe com a efetiva citação pessoal do executado.

d) A constituição em mora é indiferente para fins do prazo prescricional.

e) Tanto a prescrição quanto a decadência são hipóteses de exclusão do crédito

tributário.

Letra a.

a) Certa. Dentre as hipóteses de extinção do crédito tributário previstas no art. 156,

CTN, há a decadência. Diante do art. 173, CTN, esta representa um lapso temporal

de 5 anos que o legislador concede à Fazenda Pública para constituição do crédito

tributário, de forma que não o constituindo nesse prazo, afirma-se que ocorreu a

decadência, o tributo foi extinto, e não há mais possibilidade de ser constituído.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Ademais, nos termos do art. 173, II, CTN, quando houver anulação de lançamento

anteriormente efetuado em razão de vício formal, o prazo de decadência começa a

ser contado da data se tornar definitiva a decisão que houver anulado o lançamento.

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após
5 (cinco) anos, contados:
[…]
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.

b) Falsa. O art. 174, par. único, IV, CTN, prevê que ato extrajudicial também será

capaz de interromper o prazo prescricional:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação
dada pela Lcp n. 118, de 2005)
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reco-
nhecimento do débito pelo devedor.

c) Falsa. A interrupção do prazo prescricional se dá com o despacho do juiz que or-

denar a citação, independentemente de quando se der a efetiva citação, conforme

art. 174, par. único, I, CTN, supratranscrito.

d) Falsa. Conforme o art. 174, par. único, III, CTN, qualquer ato judicial que cons-

titua em mora o devedor interrompo o prazo prescricional.

e
 ) Falsa. A prescrição e a decadência são hipóteses de extinção do crédito tributário.

Questão 11    (FCC/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM-GO/2015) De

acordo com o Código Tributário Nacional, são causas de extinção, de suspensão de

exigibilidade e de exclusão do crédito tributário, respectivamente, nessa ordem,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) a moratória; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial; a isenção.

b) a isenção; a prescrição; a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

c) a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita ad-

ministrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; o depósito do seu

montante integral; a anistia.

d) o parcelamento; a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º

do artigo 164 do CTN; a moratória.

e) a anistia; as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do pro-

cesso tributário administrativo; a decisão judicial passada em julgado.

Letra c.

Gabarito conforme esquemas abaixo:

Hipóteses de suspensão do crédito tributário


Moratória
Depósito do seu montante integral
Reclamações e recursos administrativos
Concessão de medida liminar em mandado de segurança
Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial
Parcelamento (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Hipóteses de extinção do crédito tributário


Pagamento Prescrição Consignação em pagamento
Compensação Decadência Decisão administrativa irreformável
Transação Conversão de depósito em renda Decisão judicial transitada em julgado
Remissão Pagamento antecipado e a homo- Dação em pagamento em bens imóveis
logação do lançamento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Hipóteses de exclusão do crédito tributário


Isenção
Anistia

Questão 12    (FCC/PROCURADOR/PGE-MT/2016) Considere:

I – A modalidade de lançamento a ser aplicada pelo fisco por ocasião da cons-

tituição do crédito tributário é a que impõe o menor ônus ao contribuinte,

inclusive quanto às opções fiscais relativas a regimes de apuração, créditos

presumidos ou outorgados e demais benefícios fiscais que o contribuinte por-

ventura não tenha aproveitado.

II – A modalidade de lançamento por declaração é aquela na qual o contribuinte,

tendo efetivado o cálculo e recolhimento do tributo devido com base na legis-

lação, apresenta à autoridade fazendária a declaração dos valores correspon-

dentes à base de cálculo, alíquota, tributo devido e recolhimento efetuado.

III – O pagamento antecipado efetivado pelo contribuinte poderá ser efetuado

mediante guia de recolhimentos, compensação ou depósito judicial.

IV – O lançamento de ofício é o formalizado quando a autoridade fazendária

identifica diferenças no crédito tributário constituído espontaneamente pelo

contribuinte.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) IV.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I.

e) I e II.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Letra a.
Item I) Falso. A modalidade de lançamento do crédito tributário é determinada con-
forme a legislação de cada tributo. Além disso, o art. 149, CTN, prevê as hipóteses
em que o tributo está sujeito a lançamento de ofício.
Item II) Falso. A referida afirmação refere-se ao lançamento por homologação
(art. 150, CTN). Quando o lançamento é por declaração não há recolhimento anteci-
pado do tributo, há tão somente prestação de informações à autoridade administra-

tiva, que lançará o crédito tributário com base nessas informações (art. 147, CTN).

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de


terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
***
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legis-
lação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame
da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.

Item III) Falso. O CTN prevê que o pagamento é efetuado:

Art. 162. O pagamento é efetuado:


I – em moeda corrente, cheque ou vale postal;
II – nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo me-
cânico.

Item IV) Certo. Na aula, ao tratarmos sobre a extinção do crédito tributário através
da decadência, pontuamos que o Fisco tem 5 anos para constituir o homologar o
lançamento, prazo este que será contado do fato gerador, e fizemos uma ressalva
quanto à diferença supostamente apurada pelo fisco quando da homologação, afir-
mando que essa diferença deve ser objeto de lançamento de ofício, nos termos do

art. 149, V, CTN:

Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa


nos seguintes casos:
[…]
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obri-
gada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 13    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) De acordo com o Código

Tributário Nacional, com alteração da Lei Complementar n. 118/2005, a ação para

a cobrança do crédito tributário prescreve em

a) cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva, e se interrompe pelo

despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

b) quatro anos, contados da data do recebimento da notificação de lançamento,

e se interrompe por declaração do devedor reconhecendo o seu débito, desde que

essa declaração seja feita em processo judicial.

c) três anos, contados da data do lançamento fiscal, e se interrompe pela notifica-

ção enviada pela Administração Fiscal, por meio dos Correios.

d) dois anos, contados da data da sua constituição pela autoridade competente,

e se interrompe pelo protesto feito pelo Tabelião de Protesto e Títulos.

e) um ano, contado da data da sua constituição definitiva e da notificação do sujei-

to passivo, e se interrompe pela citação pessoal feita ao devedor.

Letra a.

Gabarito nos termos do art. 174, par. único, I, CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos,
contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;(Redação dada
pela Lcp n. 118, de 2005)

Questão 14    (FCC/PROCURADOR/SEGEP-MA/2016) Acerca dos institutos da de-

cadência e da prescrição tributárias, é correto afirmar:

a) A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos e cento e

oitenta dias, contados da data da inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Fazenda Pública, visto que durante cento e oitenta dias o prazo para inscrição na

dívida ativa suspende o curso da prescrição.

b) Prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que dene-

gar a restituição de pagamento indevido.

c) Se a Administração Fiscal cobrar tributo indevido ou maior que o devido em face

da legislação tributária aplicável, o direito de prejudicado pleitear restituição extin-

gue-se com o decurso do prazo de dois anos.

d) No caso de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória,

o direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos

a contar da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar

em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindi-

do a decisão condenatória.

e) Se a lei não fixar prazo para homologação, será ele de dez anos, a contar da

ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou

simulação, hipótese em que o prazo será de cinco anos do ato doloso, fraudulento

ou simulado.

Letra d.

a) Falsa, o prazo prescricional do crédito tributário é de 5 anos e começa a contar

da data da constituição definitiva do crédito tributário, nos termos do art. 174, CTN.

b) Falsa. Nos termos do art. 169, CTN, o referido prazo prescricional, é, na verda-

de, de dois anos:

Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que de-
negar a restituição.

c) Falsa, tendo em vista que o art. 168, CTN prevê que o prazo para pleitear a res-

tituição do pagamento indevido ou a maior é de 5 anos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo


de 5 (cinco) anos, contados:
I – nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributá-
rio; (Vide art 3 da LCp n. 118, de 2005)
II – na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória.

d) Certa, nos termos do art. 168, II, CTN, supratranscrito.

e) Falsa. Nos termos do art. 150, CTN, o prazo para homologação é de 5 anos.

Questão 15    (FCC/JUIZ SUBSTITUTO/TJ-RR/2015) Em uma situação hipotética,

um comerciante, contribuinte do ICMS (imposto lançado por homologação), com

estabelecimento localizado na cidade de Rorainópolis/RR, promoveu saída de mer-

cadoria tributada, sem emitir o devido documento fiscal, com o intuito comprovado

de reduzir o montante do imposto a pagar naquele período de apuração.

Tendo apurado esses fatos durante o regular desenvolvimento de processo de fisca-

lização, o fisco estadual de Roraima efetuou o lançamento de ofício desse imposto,

bem como aplicou a penalidade cabível pela infração cometida, tendo intimado o

contribuinte da prática desses atos administrativos poucos dias depois da data da

saída da mercadoria.

No prazo cominado pela legislação do processo administrativo tributário estadual

de Roraima para apresentação de impugnação (reclamação) contra os atos pratica-

dos pelo fisco, o contribuinte ofereceu seus argumentos de defesa.

O referido processo administrativo tributário tramitou durante dois anos, por todas

as instâncias administrativas possíveis, e a decisão final, irrecorrível na esfera ad-

ministrativa, manteve a exigência fiscal fazendária, tendo sido o contribuinte inti-

mado a pagar o crédito tributário constituído, com os devidos acréscimos legais, no

prazo previsto na legislação do processo administrativo tributário estadual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Considerando as informações constantes do enunciado acima, e a disciplina do Có-

digo Tributário Nacional a esse respeito,

a) verifica-se que o prazo prescricional teve início somente após a conclusão do

processo administrativo tributário referido no enunciado.

b) e sendo o ICMS um tributo lançado por homologação, o fisco não poderia ter

promovido o seu lançamento de ofício.

c) e sendo a penalidade um tributo lançado por homologação, o fisco poderia ter

promovido o seu lançamento de ofício.

d) verifica-se que, entre a data em que o documento fiscal deixou de ser emitido

e a data em que o contribuinte foi intimado da efetuação do lançamento de ofício,

transcorreu prazo prescricional inferior a cinco anos.

e) verifica-se que o prazo para a homologação tácita da atividade de lançamento

do imposto, por decurso de prazo, aplicável à situação deste contribuinte, teve iní-

cio a partir da data da ocorrência do fato gerador.

Letra a.

a) Certa, tendo em vista que o CTN, art. 174, prevê que o prazo prescricional para

ação de cobrança do crédito tributário é de 5 anos, contados da data da constituição

definitiva do crédito tributário, que, no caso, se deu com a decisão administrativa.

b) Falsa. Como visto na aula, qualquer tributo pode ser objeto de lançamento de

ofício, conforme o art. 149, CTN.

c) Falsa. Como visto na aula inaugural, conforme o art. 3º do CTN, tributo “não

constitui sanção por ato ilícito”, logo, não é penalidade.

d) Falsa. A prescrição somente começa a contar da constituição definitiva do cré-

dito tributário, de forma que entre a data em que o documento fiscal deixou de ser

emitido e a data em que o contribuinte foi intimado da efetuação do lançamento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

de ofício não se fala em constituição definitiva do credito tributário, tampouco em

transcurso do prazo prescricional.

e) Falsa. Prazo para homologação tácita do tributo sujeito a lançamento por ho-

mologação é, em regra, de 5 anos, a contar do fato gerador, não sendo este o

termo inicial para contagem do prazo quando se trata de casos em que haja dolo,

fraude ou má-fé, nos termos do part. 4º, art. 150, CTN:

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocor-
rência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pro-
nunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Questão 16    (FCC/JULGADOR ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DO TESOURO ES-

TADUAL/SEFAZ-PE/2015) A empresa Pilsen explora atividade de comércio de cerve-

jas e, em junho de 2013, entregou a Guia de Informação e Apuração do ICMS, que

é um tributo sujeito a lançamento por homologação, relativo a novembro de 2012,

cujo vencimento era em dezembro de 2012, sem, no entanto, recolher qualquer

quantia a esse título. Diante da situação hipotética, o Estado do Pernambuco deverá

a) constituir o crédito tributário, por meio de lançamento de ofício, até janeiro

de 2019.

b) constituir o crédito tributário, por meio de lançamento de ofício, até janeiro

de 2018.

c) constituir o crédito tributário, por meio de lançamento de ofício, até dezembro

de 2017.

d) promover ação para a cobrança do crédito tributário até junho de 2018.

e) promover ação para a cobrança do crédito tributário até dezembro de 2017

Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, entende o Superior Tribunal

de Justiça, que a apresentação da declaração, ainda que sem o devido pagamento

antecipado, representa constituição do crédito tributário para fins de contagem do

prazo prescricional para cobrança judicial do tributo.

O termo inicial do prazo prescricional, nestes casos, diante da análise da decisão

proferida nos autos do AgInt no AREsp 526842 / SP, é a data da apresentação da

declaração ou a data do vencimento, o que ocorrer por último:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ART. 535 DO CPC/1973. VIOLAÇÃO.


CONFIGURAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. MANIFESTAÇÃO. NECESSIDADE.
1. “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a deci-
sões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de
admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então
pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça” (Enunciado Administrativo
n. 2 do Plenário do STJ).
2. Não havendo manifestação dos órgãos judiciais, de forma adequada, coe-
rente e suficiente, sobre questões relevantes suscitadas pelas partes, mor-
mente quando provocados por meio de embargos de declaração, fica caracte-
rizada a violação do art. 535 do CPC/1973.
3. Consolidou-se na jurisprudência deste tribunal que o termo a quo do
prazo prescricional de crédito tributário, no caso de tributos sujeitos
a lançamento por homologação, dá-se com a apresentação da decla-
ração pelo contribuinte sem o concorrente pagamento respectivo ou
com o vencimento da obrigação, o que ocorrer por último.
4. Hipótese em que a Corte regional, mesmo provocada, não se manifestou
acerca da controvérsia decorrente do confronto entre as datas de apresenta-
ção da DCTF e do vencimento da obrigação tributária, questão que seria capaz
de, por si só, alterar a conclusão adotada no acórdão recorrido com base na
jurisprudência consolidada nesta Corte Superior.
4. Agravo interno desprovido.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

(AgInt no AREsp 526.842/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA


TURMA, julgado em 21/02/2019, DJe 19/03/2019)

Assim, no caso da questão, considera-se que a contagem do prazo prescricional de

5 anos começa em junho de 2013, devendo, portanto, ser proposta a respectiva

ação judicial para cobrança do crédito tributário até junho de 2018.

Questão 17    (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) Autori-

dade fiscal do Município de Manaus constatou que, em 2015, a Fazenda Pública mu-

nicipal deixou de promover o lançamento do IPTU daquele exercício, relativamente

a diversos imóveis localizados em seu território. Considerando: (1) o disposto no

Código Tributário Nacional acerca desta matéria; (2) que nada impedia que o referi-

do lançamento já fosse efetuado no próprio exercício de 2015; e (3) que não houve

a notificação, aos respectivos sujeitos passivos, de qualquer medida preparatória

indispensável ao lançamento; o prazo

a) prescricional para a efetuação do referido lançamento teve início em fevereiro

de 2015.

b) decadencial para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2015.

c) prescricional para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2016.

d) decadencial para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2016.

e) prescricional para a efetuação do referido lançamento teve início em janeiro

de 2015.

Letra d.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Como o crédito tributário nem foi constituído, é preciso observar, portanto, o prazo

decadencial para a sua constituição.

Nos termos do art. 173, I, CTN, o prazo para lançamento do IPTU, é de 5 (cinco)

anos a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que deveria ter sido

efetuado o lançamento:

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após
5 (cinco) anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.

Questão 18    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS/2019)

O Código Tributário Nacional estabelece que o crédito não integralmente pago no

vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da

falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quais-

quer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. De acordo com o

referido Código, os juros de mora são calculados

a) à taxa de 6% ao ano, no mínimo, não havendo incidência destes juros na pen-

dência de consulta formulada pelo devedor, dentro do prazo legal para pagamento

do crédito.

b) à taxa de 3% ao mês, se a lei não dispuser de modo diverso, sendo que não

haverá incidência destes juros na pendência de consulta formulada pelo devedor.

c) à taxa de 1% ao mês, se a lei não dispuser de modo diverso, sendo que não

haverá incidência destes juros na pendência de consulta formulada pelo devedor,

dentro do prazo legal para pagamento do crédito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d) pro rata die, à taxa de 18% ao ano, sendo que não haverá incidência destes

juros somente nos casos em que a resposta de consulta formulada seja favorável

ao sujeito passivo.

e) com base na taxa SELIC, se a lei não dispuser de modo diverso.

Letra c.

Gabarito nos termos do art. 161, par. 1º, CTN:

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de


mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das pe-
nalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei
ou em lei tributária.
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à
taxa de um por cento ao mês.

Questão 19    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Existindo simultaneamen-

te dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma

pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou

provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administra-

tiva competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação,

obedecida a seguinte regra:

a) Os débitos decorrentes de responsabilidade tributária devem ser pagos em pri-

meiro lugar, e, em segundo lugar, os débitos por obrigação própria.

b) Por ter como fato gerador a contrapartida de um serviço prestado ao contribuin-

te, as taxas devem ser pagas em primeiro lugar, depois serão pagas as contribui-

ções de melhoria e, por fim, serão pagos os impostos.

c) Quanto à prescrição, os tributos são pagos na ordem decrescente dos prazos

de prescrição.

d) Quanto ao valor, os tributos são pagos na ordem crescente dos montantes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

e) Quanto à espécie de tributo, pagam-se, primeiramente, as contribuições de me-

lhoria, depois as taxas e, por fim, os impostos.

Letra e.

Para responder esta questão é preciso ter conhecimento do art. 163, CTN. Vamos

relembrar o esquema?

Ordem de imputação de pagamento havendo débitos tributários simultâneos

I – em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar


aos decorrentes de responsabilidade tributária;
II – primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim
aos impostos;
III – na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV – na ordem decrescente dos montantes.

a) Falsa. Os débitos decorrentes de responsabilidade tributária por obrigação pró-

pria devem ser pagos em primeiro lugar, e, em segundo lugar, os débitos por obri-

gação própria de responsabilidade tributária.

b, e) Em primeiro lugar devem ser pagar as contribuições de melhoria, depois as

taxas e por fim os impostos.

c) Falsa. Quanto à prescrição, os tributos são pagos na ordem decrescente crescen-

te dos prazos de prescrição.

d) Falsa. Quanto ao valor, os tributos são pagos na ordem crescente decrescente

dos montantes

Questão 20    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Acerca do pagamento in-

devido e a respectiva restituição pela fazenda pública, o Código Tributário Nacional

determina que

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do

respectivo encargo financeiro, somente será feita a quem prove haver assumido o

referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expres-

samente autorizado a recebê-la.

b) o sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo se, dentre

outros casos, houver cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou

maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, inclusive no caso de

perda ou destruição da estampilha, sem qualquer exceção.

c) a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma propor-

ção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, inclusive das penalidades

referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.

d) o direito de o contribuinte pleitear a restituição do valor pago indevidamente,

havendo cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o

devido, extingue-se com o decurso do prazo de dois anos, contados da data da ex-

tinção do crédito tributário.

e) a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição de tributo

pago indevidamente pelo contribuinte prescreve em cinco anos.

Letra a.

a) Certa. Transcrição literal do art. 166, CTN:

b) Falsa. Nos termos do art. 165, CTN, a restituição é devida, regra geral, no caso

de pagamento indevido. No entanto, no que se refere à afirmação de que a estam-

pilha, a sua restituição não é autorizada pelo código se ela for perdida ou destruída,

conforme art. 162, par. 4º, CTN:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em


face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do
fato gerador efetivamente ocorrido;
[…]
Art. 162, § 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta
modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente previstos na
legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à autoridade adminis-
trativa.

c) Falsa. Nos termos do art. 167, CTN, a restituição total ou parcial do tributo dá

lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pe-

cuniárias, inclusive salvo as penalidades referentes a infrações de caráter formal

não prejudicadas pela causa da restituição.

d) Falsa. Nos termos do art. 168, I, CTN, o direito de o contribuinte pleitear a res-

tituição do valor pago indevidamente, havendo cobrança ou pagamento espontâ-

neo de tributo indevido ou maior que o devido, extingue-se com o decurso do prazo

de dois cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário.

e) Falsa. Nos termos do art. 169, CTN, a ação anulatória da decisão administrativa

que denegar a restituição de tributo pago indevidamente pelo contribuinte prescre-

ve em cinco dois anos.

Questão 21    (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-AP/2018) Lei estadual considera

ocorrido o fato gerador do imposto sobre a propriedade de veículos automotores

no primeiro dia do mês de janeiro de cada ano, quando se tratar de veículos ad-

quiridos em exercícios anteriores. A lei estabelece que a Secretaria da Fazenda

notificará previamente os proprietários dos veículos, na qualidade de contribuintes,

informando os valores por eles devidos, assim como o prazo para pagamento do

tributo e as instruções para que o recolhimento seja feito diretamente nas agên-

cias bancárias conveniadas. Nesse contexto, o imposto devido em 2012 deveria ter

sido pago integralmente pelos contribuintes no dia 10 do mês de fevereiro, confor-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

me notificação encaminhada pela Secretaria da Fazenda em janeiro daquele ano.

Todavia, certo contribuinte não efetuou o pagamento no prazo legal, ensejando a

instauração de processo administrativo de constituição do crédito tributário, que foi

concluído em dezembro de 2017. Na sequência, o débito foi inscrito em dívida ativa

em janeiro de 2018, a respectiva execução fiscal foi ajuizada em março de 2018,

tendo ocorrido a citação do devedor em abril de 2018. Considerando essa situação

à luz da legislação aplicável e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça,

o crédito tributário

a) não foi constituído no prazo legal, que terminou em fevereiro de 2017, tendo

sido extinto em razão da decadência.

b) foi constituído no prazo legal em dezembro de 2017, tendo o prazo prescricional

sido interrompido em abril de 2018.

c) foi constituído no prazo legal em dezembro de 2017, tendo o prazo prescricional

sido interrompido em março de 2018.

d) foi constituído definitivamente em 1º de janeiro de 2018, tendo o prazo prescri-

cional sido interrompido em abril de 2018.

e) foi constituído definitivamente em janeiro de 2012 com a notificação da Secre-

taria da Fazenda, mas foi extinto em razão da prescrição ocorrida em fevereiro

de 2017.

Letra e.

Vamos avaliar o caso da questão?

Coma notificação do lançamento em janeiro de 2012 há a constituição do crédito tri-

butário, logo, não há que se falar em extinção do crédito tributário por decadência.

Nos termos de jurisprudência do STJ, o prazo prescricional começa a ser contado da

data do final do prazo para pagamento do tributo: 11 de fevereiro de 2012. Assim,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

não sendo ajuizada a ação judicial para cobrança do tributo não pago, até fevereiro

2017, haverá a prescrição do crédito tributário.

Como já afirmado, as alternativas “a”, “b”, “c”, “d”, são falsas pois houve a consti-

tuição do crédito tributário em janeiro de 2012, no prazo legal, não havendo que se

falar, inclusive, em extinção do crédito tributário por decadência.

Além da justificativa acima, as alternativas “b”, “c”, “d” são falsas pois não se veri-

fica a interrupção do prazo prescricional, tendo em vista que não ocorreu nenhuma

das hipóteses do art. 174, par. único, CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;(Redação dada
pela Lcp n. 118, de 2005)
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconheci-
mento do débito pelo devedor.

Questão 22    (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALE-SE/2018) Um determinado im-

posto de competência estadual, cujo lançamento deve ser feito de ofício, por ex-

pressa determinação de lei estadual, só foi efetuado depois de sete anos contados

da data da ocorrência do seu fato gerador, sendo que nunca houve qualquer im-

pedimento, de espécie alguma, para que ele fosse efetuado após a ocorrência do

referido fato gerador.

Nesse caso, de acordo com as normas do Código Tributário Nacional, ocorreu a

a) prescrição e a Fazenda Pública ainda não perdeu o direito de lançar o refe-

rido imposto.

b) prescrição aquisitiva do direito de a Fazenda Pública lançar o referido imposto,

a partir do sexto ano posterior ao da ocorrência do fato gerador.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

c) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

d) decadência e a Fazenda Pública perdeu o direito de lançar o referido imposto.

e) homologação tácita do lançamento, com a consequente exclusão do crédito tri-

butário e posterior suspensão de sua exigibilidade, após o transcurso do prazo de

cinco anos, contados da data da ocorrência do fato gerador.

Letra d.

Segundo o art. 173, I, CTN, a autoridade administrativa tem o prazo de 5 (cinco)

anos para constituir o crédito tributário, do primeiro dia do exercício seguinte àque-

le em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Caso o Fisco não efetue a referi-

da constituição, afirma-se que o crédito tributário foi extinto por decadência – pois

é nesse prazo que o CT deve ser constituído, sob pena de decadência.

No caso em apreço, por exemplo, ocorrendo o fato gerador em janeiro de 2010,

o prazo decadencial começaria a contar em janeiro de 2011, devendo, portanto,

o Fisco efetuar o lançamento para constituir o crédito tributário até janeiro de 2016.

A
 ssim, não seria possível constituir o crédito tributário em janeiro de 2017 (7 anos

após o fato gerador), pois o crédito tributário já teria decaído, Lembre, assim, que o

prazo decadencial representa o prazo que a Fazenda Pública tem para lançar o tributo.

Questão 23    (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO-CIÊNCIAS JURÍDICAS E SO-

CIAIS/2018) Nos termos do Código Tributário Nacional, é hipótese de interrupção

da prescrição para a cobrança do crédito tributário

a) a ocorrência do fato gerador.

b) a concessão de liminar que determina a suspensão de exigibilidade do cré-

dito tributário.

c) o indulto do Presidente da República.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d) o despacho do Juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

e) o protesto extrajudicial.

Letra d.

Gabarito nos termos do art. 174, par. único, CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela
Lcp n. 118, de 2005)
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconheci-
mento do débito pelo devedor.

Questão 24    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/AMAPÁ/2018) A fábrica de cadei-

ras “JJ e Silva”, localizada em Oiapoque/AP, entendendo que pagou o ICMS a maior,

ingressou, administrativamente, em tempo hábil, com pedido de restituição do

imposto que entendeu ter pagado a maior do que o devido. Depois de alguns me-

ses da protocolização do referido pedido, foi publicada a decisão administrativa,

denegando a restituição pleiteada, porque a Administração Tributária estadual en-

tendeu que não houve o alegado pagamento a maior. Em razão disso, e com base

nas regras do CTN,

a) não é possível propor ação anulatória de decisão administrativa que denegue

restituição de tributo.

b) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, mas o prazo

prescricional não sofre interrupção, pois se trata de hipótese em que a Fazenda

Pública é ré.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

c) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, observado o prazo

prescricional de dois anos para essa proposição.

d) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, observado o prazo

prescricional de cinco anos, que é interrompido pelo início da ação judicial, recome-

çando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao

representante judicial da Fazenda Pública interessada.

e) é possível propor ação anulatória de decisão administrativa, observado o prazo

decadencial de três anos, que é interrompido pelo início da ação judicial, recome-

çando o seu curso, por três quartos do prazo, a partir da data da intimação valida-

mente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.

Letra c.

a) Falsa. Nos termos do art. 169, CTN, á possível ação anulatória da decisão ad-

ministrativa que denegar a restituição.

b) Falsa. O art. 169, par. único, CTN, destaca a possibilidade de interrupção do

prazo prescricional. Veja:

Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, reco-
meçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao
representante judicial da Fazenda Pública interessada.

c) Certa, conforme previsão do art. 169, CTN:

Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que de-
negar a restituição.

d, e) Falsas. Conforme comentários nas letras “b” e “c”.

Questão 25    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Antônio, sócio gerente de

um estabelecimento atacadista localizado em Blumenau/SC, em razão de limitação

de recursos financeiros, deixou de realizar o pagamento de alguns tributos esta-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

duais cujo prazo de vencimento ocorreu entre janeiro e dezembro de 2017. Mas, no

decorrer do primeiro semestre de 2018, ocorreu uma melhora na liquidez da em-

presa, e ele promoveu o recolhimento de um valor substancial, porém insuficiente,

para liquidar os débitos para com a Fazenda Pública do Estado. Diante dos fatos

descritos, e considerando o disposto no Código Tributário Nacional (CTN), a autori-

dade administrativa competente deve

a) imputar, dentre os débitos por obrigação própria, primeiro, às contribuições de

melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos.

b) notificar a empresa, na pessoa de Antônio, para completar o pagamento do va-

lor faltante ou solicitar a restituição do valor recolhido, sob pena de perda do valor

para a Fazenda Pública.

c) imputar o valor recebido, aos débitos vencidos e vincendos, pagando primeiro

o ICMS, e suas multas e juros, depois o IPVA, com os acréscimos devidos, e final-

mente as taxas e multas.

d) intimar o sujeito passivo, na pessoa de seu representante legal, para realizar o

pagamento do saldo remanescente, sob pena de imputar o valor recebido ao paga-

mento dos impostos prescritos e decaídos, e depois, sucessivamente, os impostos

ativos, as multas, as taxas e o juros.

e) imputar, primeiro, os impostos, na ordem crescente de montante, e depois as

taxas, multas e juros.

Letra a.

Para responder esta questão é preciso ter conhecimento do art. 163, CTN. Vamos

relembrar através do quadro exposto na aula?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Ordem de imputação de pagamento havendo débitos tributários simultâneos


I – em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária;
II – primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos
impostos;
III – na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV – na ordem decrescente dos montantes.

a) Certa.

b) Falsa. Havendo débitos simultâneos deve haver a imputação do valor que deve

ser pago, respeitando as regras do art. 163, CTN.

c
 ) Falsa. A imputação se dá quanto aos débitos tributários já vencidos, não incluindo,

nesse caso, os vincendos. Ademais, havendo taxas e impostos a serem pagos, con-

forme o artigo, as taxas devem ser pagas em primeiro lugar, e, depois, os impostos.

Quanto a multas, juros, e demais acréscimos o legislador não fez nenhuma previsão.

d) Falsa. Débitos prescritos de decaídos não devem ser objeto de imputação de

pagamento, visto que já extintos. Além disso, a imputação se dá primeiro quanto

às taxas, e, depois, aos impostos.

e) Falsa. Imputar, primeiro, os impostos, as taxas na ordem crescente decrescente

de montante, e depois as taxas, multas e juros os impostos. Lembre que havendo

débitos de contribuições de melhoria, o pagamento de tais valores devem ser im-

putados em primeiro lugar.

Questão 26    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Pedro, gerente tributário de

um fábrica localizada em Criciúma/SC, determinou, por engano, o pagamento es-

pontâneo de tributo em valor maior que o devido em face da legislação tributária

aplicável. Após a realização do pagamento, via transferência bancária, ele constatou

o equívoco. Nesse caso, conforme estabelece o Código Tributário Nacional (CTN),

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

a) o sujeito passivo tem o direito de solicitar a restituição do valor indevidamente


pago, desde que proteste por isto no prazo de 45 dias, contados da data do reco-
lhimento indevido, e que este tenha sido realizado mediante transferência bancária
com identificação do remetente e do tributo a liquidar.
b) a restituição somente poderá ser realizada no exercício seguinte, se o sujeito
passivo apresentar a solicitação até o dia 15 de novembro do ano corrente, instruí-
do com cópia de certidão negativa de tributos federais, estaduais e municipais e de
débitos perante a Justiça do Trabalho.
c) o direito de pleitear a restituição prescreve em dois anos da data do pagamento
indevido do tributo.
d) o direito do sujeito passivo à restituição total do tributo indevidamente recolhido
independe de prévio protesto, seja qual for a modalidade do seu pagamento.
e) a restituição, se realizada, será pelo valor nominal da parcela do tributo pago a
maior, sem incluir o valor referente à correção monetária e aos juros eventualmen-
te recolhidos, quando o erro for imputável ao sujeito passivo.

Letra d.
a) d) O art. 165, CTN, informa que não é preciso prévio protesto pelo sujeito pas-

sivo para que seja pleiteada a restituição de tributo indevidamente pago:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em
face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do
fato gerador efetivamente ocorrido;
b) Falsa. Não há exigência da referida solicitação prévia para que seja realizada a res-
tituição.
c) Falsa. O direito de pleitear a restituição prescreve em dois anos da data do pagamen-
to indevido do tributo da decisão administrativa que denegar a restituição.
e) Falsa. Segundo o art. 167, CTN, a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à res-
tituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo
as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 27    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) De acordo com o Código

Tributário Nacional, com alteração da Lei Complementar n. 118/2005, a ação para

a cobrança do crédito tributário prescreve em

a) cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva, e se interrompe pelo

despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

b) quatro anos, contados da data do recebimento da notificação de lançamento,

e se interrompe por declaração do devedor reconhecendo o seu débito, desde que

essa declaração seja feita em processo judicial.

c) três anos, contados da data do lançamento fiscal, e se interrompe pela notifica-

ção enviada pela Administração Fiscal, por meio dos Correios.

d) dois anos, contados da data da sua constituição pela autoridade competente,

e se interrompe pelo protesto feito pelo Tabelião de Protesto e Títulos.

e) um ano, contado da data da sua constituição definitiva e da notificação do sujei-

to passivo, e se interrompe pela citação pessoal feita ao devedor.

Letra a.

Gabarito nos termos do art. 174, CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela
Lcp n. 118, de 2005)
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconheci-
mento do débito pelo devedor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 28    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) A respeito da ação de con-

signação em pagamento, a legislação vigente dispõe que:

I – A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo

sujeito passivo, no caso de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao

pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obri-

gação acessória.

II – O contribuinte também poderá consignar judicialmente a quantia devida se a

Administração Fiscal subordinar o recebimento ao cumprimento de exigências

administrativas sem fundamento legal; ou, se duas ou mais pessoas jurídicas

de direito público exigirem tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

III – A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe

a pagar.

IV – Julgada improcedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a

importância consignada é convertida em renda; julgada procedente a consig-

nação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora,

sem prejuízo das penalidades cabíveis.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) I e III.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) II e IV.

Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

A consignação em pagamento é um tipo de extinção do crédito tributário, destaca-

do no art. 156, VIII, CTN e previsto no art. 164, CTN.

Item I) Verdadeiro. Nos termos do art. 164, I, CTN:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo
sujeito passivo, nos casos:
I – de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou
de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

Item II) Verdadeiro. Nos termos do art. 164, II e III, CTN:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo
sujeito passivo, nos casos:
[…]
II – de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas
sem fundamento legal;
III – de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico
sobre um mesmo fato gerador.

Item III) Verdadeiro. Nos termos do par. 1º, art. 164, CTN:

§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar.

Item IV) Falso, em razão da previsão do art. 164, par. 2º, CTN: Julgada improce-

dente procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância

consignada é convertida em renda; julgada procedente improcedente a consig-

nação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem

prejuízo das penalidades cabíveis.

Questão 29    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) Sobre a ação de repetição

de indébito, o Código Tributário Nacional dispõe que o sujeito passivo tem direito,

independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo,

seja qual for a modalidade do seu pagamento, estabelecendo, ainda, que

a) a perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalida-

de, dão direito à restituição, não havendo disposição legal proibindo tal restituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

b) o sujeito passivo tem direito à restituição no caso de cobrança ou pagamento espon-

tâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicá-

vel, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido.

c) a legislação não autoriza restituição se houver erro na determinação da alíquota

aplicável ou no cálculo do montante do débito.

d) a restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do recebimento da ação de

repetição de indébito pelo MM. Juiz de Direito competente.

e) prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que dene-

gar a restituição.

Letra b.

a) Falsa. Segundo o art. 162, par. 4º, CTN, a perda ou destruição da estampilha,

ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito à restituição, não

havendo disposição legal proibindo tal restituição.

b) Certa, nos termos do art. 165, I, CTN:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em
face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do
fato gerador efetivamente ocorrido;

c) Falsa. O art. 165, II, CTN, autoriza a restituição nesse caso. Veja:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
[…]
II – erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no
cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento
relativo ao pagamento;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d
 ) Falsa. Conforme art. 167, par. único, CTN: a restituição vence juros não capitalizá-

veis, a partir do recebimento da ação de repetição de indébito pelo MM. Juiz de Direito

competente do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.

e) Falsa. Segundo art. 169, CTN, prescreve em cinco dois anos a ação anulatória

da decisão administrativa que denegar a restituição.

Questão 30    (FCC/ANALISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/PREFEITURA DE RECI-

FE/2019) No que tange às isenções de impostos, inclusive municipais, o Código

Tributário Nacional estabelece que

a) a isenção concedida a contribuintes do IPTU não pode ser restrita a determinada

região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.

b) a isenção do ISSQN, desde que expressamente prevista em contrato firmado

entre o Município e as empresas de construção civil, prescinde da edição de lei que

especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, bem como o

prazo de sua duração.

c) a isenção de ISSQN aos prestadores de serviço de hotelaria, concedida para

vigorar durante os três meses em que se celebrarão os festejos de 100 anos da

emancipação do Município, e desde que o estádio de futebol local esteja pronto

para abrigar a sede dos festejos, poderá ser revogada, por ato do chefe do Poder

Executivo municipal, se esta autoridade, posteriormente, mudar de ideia e desistir

de realizar esses festejos.

d) as isenções são formas de extinção do crédito tributário e sua concessão, como

regra, dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obriga-

ção principal cujo crédito seja excluído.

e) a isenção do ITBI, concedida apenas em relação às transmissões onerosas de

imóveis localizados a menos de 1.000 metros de distância do pântano existente no

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

território do Município, deve ser efetivada, em cada caso, por despacho da autori-

dade administrativa.

Letra e.

a) Falsa, tendo em vista que o art. 176, par. único, CTN, prevê que:

Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território


da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.

b) Falsa, tendo em vista que o art. 176, caput, CTN, destaca que:

Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de


lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão,
os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

c) Falsa. Nos termos do art. 178, CTN, a isenção que for concedida por prazo certo

e em função de determinadas condições não pode ser revogada ou modificada por

lei, a qualquer tempo.

d) Falsa. A isenção é um tipo de exclusão do crédito tributário e está prevista no

art. 175, I, CTN. No par. único do referido art., o legislador destaca que “a ex-

clusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações

acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou

dela consequente”.

e) Certa, conforme se depreende da análise do art. 179, CTN:

Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada
caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o inte-
ressado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos
previstos em lei ou contrato para sua concessão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 100 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 31    (FCC/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/MANAUS/2019)

De acordo com o Código Tributário Nacional, a anistia

a) deve ser concedida necessariamente em caráter limitado, vedada sua concessão

em caráter geral.

b) não se aplica aos atos que sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo

sujeito passivo.

c) é uma forma de extinção do crédito tributário.

d) abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente à vigência da lei

que a concede.

e) só pode ser concedida por meio de lei ou de decreto.

Letra b.

a) Falsa. Conforme art. 181, CTN, a anistia pode ser concedida também em cará-

ter geral:

Art. 181. A anistia pode ser concedida:


I – em caráter geral;
II – limitadamente:…

b) Certa. Nos termos do art. 180, I, nesse caso não pode ser concedida anistia:

Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à


vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I – aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem
essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo
ou por terceiro em benefício daquele;
II – salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou
mais pessoas naturais ou jurídicas.

c) Falsa. Anistia é uma forma de extinção exclusão do crédito tributário prevista

no art. 175, CTN:

Art. 175. Excluem o crédito tributário:


I – a isenção;
II – a anistia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 101 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

d) Falsa. Segundo o art. 180, CTN, transcrito no comentário da alternativa “b”,

a anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas posteriormente anterior-

mente à vigência da lei que a concede.

e) Falsa. Segundo o art. 97, VI, CTN, as hipóteses de exclusão do crédito tributário

devem estar previstas em lei.

Questão 32    (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-BA/2019) Conforme o Código Tribu-

tário Nacional, são casos de exclusão do crédito tributário a isenção e anistia, sen-

do que a

a) isenção é sempre decorrente de lei, salvo quando prevista em contrato.

b) concessão de anistia, decorrente de infração tributária, compete privativamente

ao Presidente da República, sem necessidade da sanção do Congresso Nacional,

conforme dispõe, expressamente, o Código Tributário Nacional.

c) Constituição Federal veda à União instituir isenções de tributos da competência

dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

d) anistia abrange somente as infrações cometidas após a vigência da lei que a

concede, não se aplicando aos atos qualificados em lei como crimes ou contraven-

ções, mas se aplicando aos atos praticados apenas com dolo, fraude ou simulação

pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele.

e) isenção concedida a determinado imposto sobre propriedade é extensiva às

taxas relacionadas com o referido bem e aos tributos instituídos posteriormente à

sua concessão.

Letra c.

a) Falsa. Nos termos do art. 176, CTN, a isenção é sempre decorrente de lei:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 102 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que
especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que
se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

b) Falsa. O CTN não faz tal previsão.

c) Certa. Tal afirmação está em conformidade com o princípio constitucional da

vedação heterônoma. previsto no art. 151, III, CF/1988.

d) Falsa, pois contraria o art. 180, CTN:

Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à


vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I – aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo
sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II – salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou
mais pessoas naturais ou jurídicas.

e) Falsa, pois segundo o art. 177, CTN:

Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:


I – às taxas e às contribuições de melhoria;
II – aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.

Questão 33    (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/SEMF-TERESI-

NA/2016) Dentre as causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário NÃO

se inclui

a) a concessão de medida liminar em mandado de segurança ou em tutela an-

tecipada.

b) a moratória.

c) o depósito de seu montante integral.

d) o parcelamento.

e) o pagamento.

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 103 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

O pagamento é um forma de extinção do crédito tributário prevista no art. 156,

I, CTN.

Quanto às hipóteses de suspensão do crédito tributário, estas estão previstas no

art. 151, CTN:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Questão 34    (FCC/ADVOGADO/CREMESP/2016) O depósito do seu montante in-

tegral e a concessão de medida liminar em mandado de segurança são hipóteses de

a) extinção do crédito tributário.

b) suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

c) suspensão da exigibilidade e extinção do crédito tributário, respectivamente.

d) extinção e suspensão da exigibilidade do crédito tributário, respectivamente.

e) extinção e interrupção da exigibilidade do crédito tributário, respectivamente.

Letra b.

As hipóteses de suspensão do crédito tributário, estas estão previstas no

art. 151, CTN:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 104 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação


judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Questão 35    (FCC/AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO/TCM-RJ/2015)

Suspendem a exigibilidade do crédito tributário

a) o depósito do montante que o contribuinte entende devido, até o valor depositado.

b) a liminar concedida em mandado de segurança.

c) o oferecimento de fiança bancária no curso do processo de execução fiscal.

d) a decisão proferida pelo STF, com trânsito em julgado, relativa à inconstitucio-

nalidade do tributo objeto de questionamento.

e) o arrolamento de bens suficientes à satisfação do crédito tributário exigível

pela Prefeitura.

Letra b.

As hipóteses de suspensão do crédito tributário, estas estão previstas no

art. 151, CTN:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial; (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp n. 104, de 2001)

Questão 36    (FCC/PROCURADOR DO ESTADO/MARANHÃO/2016) Acerca dos ins-

titutos da decadência e da prescrição tributárias, é correto afirmar:

a) Prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que dene-

gar a restituição de pagamento indevido.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 105 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

b) Se a Administração Fiscal cobrar tributo indevido ou maior que o devido em face

da legislação tributária aplicável, o direito de prejudicado pleitear restituição extin-

gue-se com o decurso do prazo de dois anos.

c) No caso de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória,

o direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de cinco anos

a contar da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar

em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindi-

do a decisão condenatória.

d) Se a lei não fixar prazo para homologação, será ele de dez anos, a contar da

ocorrência do fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou

simulação, hipótese em que o prazo será de cinco anos do ato doloso, fraudulento

ou simulado.

e) A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos e cento e

oitenta dias, contados da data da inscrição do crédito tributário na Dívida Ativa da

Fazenda Pública, visto que durante cento e oitenta dias o prazo para inscrição na

dívida ativa suspende o curso da prescrição.

Letra c.

a) Falsa. Segundo o art. 169, CTN, prescreve em cinco dois anos a ação anulatória

da decisão administrativa que denegar a restituição de pagamento indevido.

b) Falsa. Nos termos do art. 165, I, c/c art. 168, I, CTN, se a Administração Fis-

cal cobrar tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária

aplicável, o direito de prejudicado pleitear restituição extingue-se com o decurso do

prazo de dois cinco anos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 106 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
I – cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em
face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do
fato gerador efetivamente ocorrido;
[…]
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contados:
I – nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributá-
rio; (Vide art 3 da LCp n. 118, de 2005)

c) Certa, nos termos do art. 165, III, c/c art. 168, II, CTN:

Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à resti-
tuição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressal-
vado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos:
[…]
III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
[…]
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5
(cinco) anos, contados:
[…]
II – na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão
administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado,
revogado ou rescindido a decisão condenatória.

d) Falsa. Nos termos do art. 150, par. 4º, CTN: se a lei não fixar prazo para homo-

logação, será ele de dez cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador, salvo

se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, hipótese em que o prazo

será de cinco anos do ato doloso, fraudulento ou simulado.

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocor-
rência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pro-
nunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

e) Falsa. Segundo o art. 174, CTN: A ação para a cobrança do crédito tributário

prescreve em cinco anos e cento e oitenta dias, contados da data da inscrição do

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 107 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

crédito tributário na Dívida Ativa da Fazenda Pública, visto que durante cento e

oitenta dias o prazo para inscrição na dívida ativa suspende o curso da prescrição.

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, conta-
dos da data da sua constituição definitiva.

Questão 37    (CESPE/TJ-BA/2019) De acordo com o CTN, o parcelamento é uma

modalidade de extinção da obrigação tributária.

Errado.

Vamos esquematizar as modalidades de suspensão, extinção e exclusão do cré-

dito tributário:

SUSPENSÃO EXTINÇÃO EXCLUSÃO


(art. 151) (art. 156) (art. 175)
I – Moratória; I – Pagamento I – Isenção
II – Depósito do seu montante II – Compensação II – Anistia
integral;
III – Reclamações e recursos, nos III – Transação
termos das leis reguladoras do
processo tributário administra-
tivo;
IV – Concessão de medida liminar IV – Remissão
em mandado de segurança;

V – Concessão de medida limi- V – Prescrição e Decadência


nar ou de tutela antecipada, em
outras espécies de ação judicial;

VI – Parcelamento VI – Conversão de depósito em renda

VII – Pagamento antecipado e Homolo-


gação do lançamento

VIII – Consignação em pagamento;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 108 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

SUSPENSÃO EXTINÇÃO EXCLUSÃO


(art. 151) (art. 156) (art. 175)
IX – Decisão administrativa irreformável
(definitiva na órbita administrativa, que
não mais possa ser objeto de ação anu-
latória);
X – Decisão judicial passada em julgado;

XI – Dação em pagamento em bens


imóveis.

O mais comum em questões desse assunto é misturar as modalidades de suspen-

são, extinção e exclusão do crédito tributário, portanto é EXTREMAMENTE IMPOR-

TANTE ter gravado na memória quais são cada uma das modalidades para não

perder pontos importantes em sua prova.

Minha dica é a seguinte: decore as duas modalidades de exclusão (isenção e anis-

tia) e as modalidade de suspensão, que são bem lógicas. O que sobrar, será mo-

dalidade de extinção. E se você gosta de mnemônicos, temos o famoso MORDER

e LIMPAR para gravar as modalidades de suspensão:

• MORatória

• DEpósito integral

• Reclamações e recursos

• LIMinares

• PARcelamento

Vamos analisar agora a questão. O item afirma que parcelamento é uma modali-

dade de extinção. Só pelo nosso esquema fica fácil marcar o gabarito como errado,

mas vamos aprofundar.

A suspensão do crédito tributário diz respeito à suspensão da exigência desse crédi-

to por parte do fisco. No parcelamento, lei específica que trate do assunto concede

uma condição mais branda para que o contribuinte inadimplente possa regularizar

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 109 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

suas pendências. Assim, no momento que o ente tributante autoriza que um cré-

dito tributário seja parcelado, diz-se que o crédito está suspenso (e não extinto).

Questão 38    (CESPE/TJ-PR/2019) São modalidades de suspensão do crédito tribu-

tário o parcelamento e a moratória.

Certo.

Conforme vimos na questão anterior, moratória e parcelamento são sim modalida-

des de suspensão do crédito tributário, portanto gabarito certo. O parcelamento já

vimos, mas o que é a moratória?

Moratória é a dilatação (diferimento) do prazo de pagamento de um determinado

tributo, que pode ser concedida em caráter geral ou individual (art. 152, CTN).

Pode ser utilizada para amenizar os efeitos de uma crise econômica, por exemplo,

concedendo mais prazo para que um contribuinte pague seus tributos.

Questão 39    (CESPE/TJDFT/2015) Determinado programa de parcelamento de

débitos tributários, que possibilita aos contribuintes parcelarem suas dívidas em

até cento e vinte meses, foi instituído por lei pelo DF. A empresa Z, que praticou

sonegação com emissão de notas fiscais fraudadas, realizou denúncia espontânea

e requereu ingresso em tal programa, com o parcelamento da dívida confessada.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.

No caso de dolo, fraude ou simulação por parte do contribuinte, não é possível

a concessão de parcelamento, razão por que o requerimento da empresa Z deve

ser indeferido.

Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 110 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Perfeito! Realmente o parcelamento não pode ser concedido em casos de dolo,

fraude ou simulação. Assim, a empresa Z, por ter sonegado tributos e emitidos

notas fraudulentas, não terá direito ao benefício e deve ter seu pedido indeferido.

O interessante é que o CTN não traz expressamente essa proibição no caso de par-

celamento, veja como está disposto:

Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei


específica.
§ 2º Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, re-
lativas à moratória.

Por isso, temos que recorrer aos dispositivos que tratam da moratória. Veja o

art. 154 do CTN:

Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os cré-
ditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou
cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao
sujeito passivo.
Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simula-
ção do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.

Questão 40    (CESPE/DPE-PE/2018) De acordo com o Código Tributário Nacional,

as hipóteses de suspensão do crédito tributário incluem a moratória, o depósito do

montante integral do crédito e a concessão de liminar em favor do sujeito passivo.

Certo.

Correta a questão, pois as três modalidades citadas são sim hipóteses de suspen-

são do crédito tributário.

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 111 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de


ação judicial;
VI – o parcelamento.

Questão 41    (CESPE/STJ/2018) À luz das disposições do Código Tributário Nacio-

nal (CTN), julgue o item a seguir.

O parcelamento pelo fisco suspende a exigibilidade do crédito tributário parcelado.

Certo.

Como vimos, a ação do fisco fica suspensa diante de qualquer modalidade de sus-

pensão do crédito tributário, dentre elas o parcelamento. Assim, é correto dizer que

o parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário parcelado.

Questão 42    (CESPE/PF/2018) Acerca de crédito tributário, competência tributária

e Sistema Tributário Nacional, julgue o item.

Depósito judicial do montante integral do crédito tributário é causa suspensiva

de exigibilidade.

Certo.

O depósito do montante integral do crédito tributário é utilizado quando existe

alguma divergência entre o contribuinte e a Fazenda, e o contribuinte opta por de-

positar o valor integral do tributo em discussão. Esse litígio pode se dar na esfera

judicial ou administrativa, mas em ambos os casos o efeito é o mesmo: a suspen-

são da exigibilidade do crédito tributário.

Essa opção é interessante para o contribuinte pois assim não correrão juros e multa

sobre o tributo em atraso. Ao fim do litígio, se o contribuinte tiver razão, receberá

de volta o valor depositado. Caso contrário, haverá a conversão do depósito em

renda, modalidade de extinção do crédito tributário.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 112 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


[…]
II – o depósito do seu montante integral.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
[…]
VI – a conversão de depósito em renda.

Questão 43    (CESPE/DPU/2017) Acerca da suspensão e da extinção do crédito

tributário, julgue o item a seguir à luz do CTN.

Nas hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, fica dispensado

o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal que

for suspensa.

Errado.

Não. Independentemente de o crédito estar suspenso, as obrigações acessórias

decorrentes da principal continuam válidas. Até mesmo pessoas imunes ou isentas

continuam obrigadas ao cumprimento de obrigações acessórias, não seria diferente

com tributos suspensos.

Para não deixar dúvida, vejamos o parágrafo único do art. 151 do CTN:

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obri-
gações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja sus-
penso, ou dela consequentes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 113 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Questão 44    (CESPE/DPU/2017) Acerca da suspensão e da extinção do crédito

tributário, julgue o item a seguir à luz do CTN.

É possível a suspensão da exigibilidade do crédito tributário em decorrência da con-

cessão de medida liminar em mandado de segurança.

Certo.

Sim, perfeitamente possível! É uma das hipóteses previstas no CTN (lembre-se do

bizu MORDER e LIMPAR):

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:


I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tribu-
tário administrativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação
judicial;
VI – o parcelamento.

Questão 45    (CESPE/DPU/2017) A respeito das normas gerais de direito tributá-

rio, julgue o seguinte item.

A efetividade de medida liminar para suspender a exigibilidade de créditos tributá-

rios está condicionada ao exaurimento das instâncias administrativas para a anula-

ção dos autos de infração pertinentes, visto que, nessa situação, não cabe ao Poder

Judiciário analisar o mérito administrativo.

Errado.

Sabemos que a concessão de medida liminar suspende sim a exigibilidade do cré-

dito tributário. Mas afirmar que a concessão da liminar está condicionada ao exau-

rimento da esfera administrativa está completamente equivocado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 114 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Em primeiro lugar, porque não existe essa previsão em nosso CTN. E também por-

que a Constituição Federal traz a seguinte disposição:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantin-
do-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…]
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
a direito.

Esse é o princípio conhecido como inafastabilidade da jurisdição, definindo que

não se pode proibir o livre acesso do judiciário em situação de lesão ou ameaça a

direito. E, como toda boa regra, comporta algumas exceções, como concessão de

habeas data, acesso à justiça desportiva, reclamação contra o descumprimento de

Súmula Vinculante, ajuizamento de ação com pleito de concessão de benefício pre-

videnciário e a arbitragem (regulada pela Lei n. 9.307/1996).

Como a concessão de liminar não está nas exceções listadas, não é preciso exaurir

a esfera administrativa para acionar a esfera judicial.

Questão 46    (CESPE/TCE-PA/2016) Com base nas normas gerais e constitucionais

de direito tributário, julgue o item que se segue.

A concessão de parcelamento tributário não dá ensejo à extinção dos créditos tri-

butários parcelados, pois não ocorre o fenômeno da novação.

Certo.

Aqui a Cespe resolveu misturar um conceito mais ligado ao Direito Civil na prova

de Direito Tributário. A novação nada mais é que a substituição de uma dívida por

outra, substituindo a própria dívida entre os mesmos sujeitos ativo e passivo (no-

vação objetiva) ou substituindo-se o devedor ou o credor por outros. Veja a litera-

lidade do Código Civil:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 115 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

Art. 360. Dá-se a novação:


I – quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a
anterior;
II – quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III – quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, fican-
do o devedor quite com este.

Mas isso não é o que ocorre no parcelamento do CTN, causa de suspensão de cré-

dito tributário. O que ocorre na novação? Uma dívida se extingue, sendo subs-

tituída por outra. Mas não há, nas hipóteses levantadas pelo CTN, a novação como

causa de extinção. O parcelamento apenas dilata o prazo de pagamento, não sendo

criada uma dívida nova e muito menos extinta a anterior.

Questão 47    (CESPE/PREF CAMPO GRANDE/2019) Com relação a processo judi-

cial tributário, julgue o item subsequente.

Ação de consignação em pagamento constitui veículo adequado para que contri-

buinte em dúvida acerca da titularidade da capacidade tributária ativa exonere-se

do dever de pagamento.

Certo.

A consignação em pagamento é uma das modalidades de extinção, veja:

CTN, art. 156. Extinguem o crédito tributário:


VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

Vamos ver também o que é essa referência do inciso VIII:

Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo
sujeito passivo, nos casos:
III – de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo
idêntico sobre um mesmo fato gerador.
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a im-
portância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação
no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 116 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

O item em julgamento trouxe a hipótese de um contribuinte em dúvida sobre quem

seria o titular de um determinado tributo. Vamos imaginar um contribuinte resi-

dente em um território no limite entre municípios, sendo cobrado o pagamento do

IPTU pelos dois fiscos. O que o contribuinte pode fazer? Consignar judicialmente

o valor do crédito tributário até se resolver a discussão.

É o que acabamos de ver nos artigos 156 e 164 transcritos acima. Ao se utilizar do

instituto, o contribuinte exonerou-se do dever de pagar o tributo. Quando o litígio

for esclarecido, o valor depositado judicialmente será convertido em renda para o

município que detém a capacidade tributária.

Questão 48    (CESPE/PGE-PE/2018) Segundo o CTN, a conversão do depósito ju-

dicial em renda é considerada uma modalidade de

a) remissão do crédito tributário.

b) suspensão do crédito tributário.

c) extinção do crédito tributário.

d) exclusão do crédito tributário.

e) dispensa do crédito tributário.

Letra c.

Questão direta e objetiva. Veja como é importante nossa tabela:

SUSPENSÃO EXTINÇÃO EXCLUSÃO


(art. 151) (art. 156) (art. 175)
I – Moratória; I – Pagamento I – Isenção
II – Depósito do seu montante integral; II – Compensação II – Anistia

III – Reclamações e recursos, nos III – Transação


termos das leis reguladoras do processo
tributário administrativo;

IV – Concessão de medida liminar em IV – Remissão


mandado de segurança;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 117 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

SUSPENSÃO EXTINÇÃO EXCLUSÃO


(art. 151) (art. 156) (art. 175)
V – Concessão de medida liminar ou de V – Prescrição e Decadência
tutela antecipada, em outras espécies
de ação judicial;

VI – Parcelamento VI – Conversão de depó-


sito em renda
VII – Pagamento antecipado
e Homologação do lança-
mento
VIII – Consignação em
pagamento;
IX – Decisão administrativa
irreformável (definitiva na
órbita administrativa, que
não mais possa ser objeto
de ação anulatória);
X – Decisão judicial passada
em julgado;
XI – Dação em pagamento
em bens imóveis.

Assim, fica tranquilo afirmar que a conversão do depósito judicial (conversão de

depósito em renda) é modalidade de extinção do crédito tributário.

Questão 49    (CESPE/STJ/2018) Julgue o item que se segue, a respeito das dispo-

sições do Código Tributário Nacional (CTN).

A decadência é uma hipótese de extinção do crédito tributário que decorre do

transcurso do tempo máximo previsto para a constituição desse crédito.

Certo.

Exatamente isso. Prescrição e decadência aparecem no inciso V do art. 156,

ambas como formas de extinção do crédito tributário. Mas vamos esclarecer as di-

ferenças entre os dois institutos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 118 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

A decadência atinge o direito de constituição do crédito tributário através


do lançamento (art. 173, CTN). Já a prescrição atinge o direito de realizar uma
eventual ação fiscal para cobrança de crédito tributário já constituído, ou seja, já
lançado (art. 174, CTN).
Perceba que o marco temporal que distingue os institutos é justamente o lança-
mento do crédito tributário. Fica esquisito pensar que a decadência extingue um
crédito tributário que nem foi constituído, mas é isso mesmo, não é hora de brigar
com o CTN, apenas aceitar e gravar na memória.

Questão 50    (CESPE/STJ/2018) À luz da jurisprudência majoritária e atual dos tri-


bunais superiores e da doutrina acerca dos princípios constitucionais tributários, do
indébito tributário, do crédito tributário e do poder de tributar, julgue o item seguinte.
A taxa de juros de mora incidente na repetição do indébito tributário deve corres-
ponder àquela utilizada para a cobrança do tributo pago em atraso.

Certo.

A banca queria testar o conhecimento da Súmula abaixo transcrita:

Súmula 523/STJ: A taxa de juros de mora incidente na repetição de indébito


de tributos estaduais deve corresponder à utilizada para cobrança do tri-
buto pago em atraso, sendo legítima a incidência da taxa Selic, em ambas
as hipóteses, quando prevista na legislação local, vedada sua cumulação com
quaisquer outros índices.

Repetição de indébito é o direito do contribuinte de solicitar a restituição de tributo


pago desnecessariamente, em duplicidade, ou qualquer outra hipótese prevista em
lei. E essa Súmula foi editada para proteger o contribuinte da demora do Estado de
restituir esses valores. Assim, nada mais justo que o Estado seja submetido à mes-
ma taxa de juros de mora utilizada para cobrar o seu tributo. É uma decorrência

lógica do princípio da isonomia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 119 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 120 de 122
DIREITO TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário – Parte II
Prof. Diego Degrazia e Profª. Lis Ribas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 121 de 122
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIO LUIS DE SOUZA - 41250799864, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar